PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS DE USINAGEM
- Eletroerosão (Parte 2)
Prof. Almir Turazi, Dr.Eng. 2017/1
TECNOLOGIA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA Módulo 5
almir.turazi@ifsc.edu.br
Eletroerosão por penetração
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Eletroerosão por penetração
O processo de erosão ocorre simultaneamente entre peça e eletrodo. Com ajustes convenientes da máquina, é possível controlar a erosão, de modo que se obtenha até 99,5% de erosão na peça e 0,5% no eletrodo.
Figura da folga (GAP) entre eletrodo e peça
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A distância entre a peça e o eletrodo, na qual é produzida a centelha, é denominada GAP, e depende da intensidade da corrente.
O GAP é o comprimento da centelha.
Eletroerosão por penetração
O tamanho do GAP pode determinar a rugosidade da superfície da peça.
Com um GAP alto, o tempo de usinagem é menor, mas a rugosidade é maior. Já com um GAP mais baixo implica maior tempo de usinagem e menor rugosidade na superfície.
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Eletroerosão por penetração
Imagem rugosidade na região erodida 5
GAP X Velocidade de Usinagem
O valor do GAP depende da área de remoção de material.
Dependendo da área da superfície sendo usinada a velocidade de remoção de material precisa ser ajustada para manter o avanço do eletrodo constante.
Quanto maior o GAP, maior a centelha e maior a remoção de material (mais rugosidade).
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Exemplo de tabela para seleção dos parâmetros de EDM.
Penetração:
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Exemplo de tabela para seleção dos parâmetros de EDM.
Penetração:
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O processo mais comum de eletroerosão baseia-se na penetração do eletrodo na peça, como foi descrito anteriormente.
Para certas finalidades, como a usinagem de cavidades passantes e perfurações transversais, é preferível usar o processo de eletroerosão a fio.
Eletroerosão a fio
Os princípios básicos da eletroerosão a fio são semelhantes aos da eletroerosão por penetração.
A diferença é que, neste processo, um fio de latão ionizado, isto é, eletricamente carregado, atravessa a peça submersa em água deionizada, em movimentos constantes, provocando descargas elétricas entre o fio e a peça, as quais cortam o material.
Para permitir a passagem do fio, é feito previamente um pequeno orifício no material a ser usinado.
Eletroerosão a fio
Atualmente, a eletroerosão a fio é bastante usada na indústria para a confecção de placas de guia, porta- punções e matrizes (ferramentas de corte, dobra e repuxo).
Representação do processo de Eletroerosão a Fio
Com a utilização de comandos CNC com mais de cinco eixos torna-se um processo muito versátil, e com grande aplicação em matrizaria.
Possui vantagens em termos de velocidade de usinagem, custo e velocidade de reposição de eletrodo em relação ao processo de eletroerosão de penetração.
Normalmente usa água deionizada como dielétrico.
Eletroerosão a Fio
Eletroerosão a fio
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Eletroerosão a fio
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Tempo de onda ligado (TON)
O tempo de onda ligado, comumente denominado de TON é o tempo durante o qual a faísca possui energia elétrica.
Este valor é inserido diretamente na máquina e se situa na faixa de alguns microsegundos a alguns milisegundos.
O aumento de TONnormalmente leva a um aumento da taxa de remoção, a uma piora da qualidade superficial e subsuperficial e na diminuição do desgaste do eletrodo.
Parâmetros do Processo
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Resultado de uma craterização obtida com diferentes TONe corrente.
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Tempo de onda desligado (TOFF)
O tempo de onda desligado, denominado TOFF, é o tempo necessário à estabilização do ambiente no gap, incluído o tempo de explosão da bolha de gases, após o tempo de corrente ligada. Pode afetar drasticamente a velocidade do processo, mas é fundamental para a estabilidade deste.
O TOFFnão influi no desgaste do eletrodo, uma vez que este ocorre devido à energia disponibilizada apenas durante TON.
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Rugosidade
A medição da rugosidade da superfície é o parâmetro mais utilizado para definição da superfície obtida.
Se utilizam parâmetros bidimensionais de rugosidade, Ra e Rt.
Ra = Rugosidade Média Rt = Rugosidade Máxima
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Ra
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Rt
Rt = Z3
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Um exemplo típico de gráfico analisando a relação de um parâmetro com a rugosidade obtida pode ser
visualizado abaixo;
• Material da peça.
• Material do eletrodo.
• Área usinada.
• Profundidade da usinagem (para eletroerosão de penetração).
• Composição e condição do fluido dielétrico.
• Corrente nominal utilizada.
• Tempo de onda ligado (TON).
• Tempo de onda desligado (TOFF).
• Frequência.
• Tipo do dielétrico.
• Condição de limpeza.
• Sistema de usinagem (a fio ou penetração).
Parâmetros de Entrada:
• Polaridade
• Corrente (i)
• Tempo de onda ligado (Ton)
• Tempo de onda desligado (T off)
• Tempo de retração do eletrodo
• Tempo de sequencia de descargas
Parâmetros de Controle: