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E-book Como guiar seus investimentos no atual cenário

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E-book SELIC E INFLAÇÃO EM ALTA

spacemoney

Como guiar seus investimentos no atual cenário

(2)

Sumário

1. Remédio amargo: o que é a Selic?

Página 3

2. Como a Selic influencia a economia e os investimentos?

Página 7

3. O caminho para a independência financeira

Página 12

4. Garanta sua renda no futuro e planeje sua sucessão

Página 17

5. Inflação e juros altos: qual a carteira de investimentos ideal?

Página 20

6. Como usar o Guia Financeiro para obter melhores resultados

Página 25

(3)

“Taxa Selic” é um dos termos mais famosos da economia e figurinha carimbada no noticiário de finanças

e investimentos.

Mas você sabe o que ela é?

Remédio amargo:

O que é a Selic?

C A P Í T U L O

01

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4

Remédio amargo:

O que é a Selic?

O nome é uma sigla para o

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e diz respeito a um

sistema de infraestrutura do

mercado financeiro gerenciado pelo Banco Central. Porém, o

termo Selic que costumamos

ouvir e falar no dia a dia se refere, especificamente, à taxa básica de juros praticada

no Brasil.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco

Central se reúne para definir qual será o novo patamar da taxa de

juros, levando em consideração a variação da inflação registrada no período pelo IPCA ( Índice

Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística). Isso

porque a Selic é uma ferramenta que a equipe econômica do

governo tem para estimular o

consumo (baixando) ou controlar a alta dos preços (subindo).

C A P Í T U L O 01

(5)

5

A taxa básica de juros orienta o custo do crédito pelas

instituições financeiras. Quando você financia a compra de um

apartamento, por exemplo, os juros que você pagará pelo

empréstimo que o banco te concedeu estão diretamente ligados à taxa Selic naquele momento.

Isso por conta de um “efeito dominó” que acontece na

economia: quando o governo

reduz a Selic, os títulos públicos (como os do Tesouro Direto)

passam a pagar menos juros aos investidores. Os bancos, que são grandes compradores desses

títulos, deixam de investir no governo e baixam os juros dos

seus produtos de empréstimos e financiamentos para pessoas

físicas, que trarão mais retorno financeiro. Com os juros mais

baixos, as pessoas “aproveitam”

para emprestar dinheiro e financiar carros e imóveis,

aquecendo a economia.

Porém, nem tudo são flores.

Custo baixo de crédito, com o tempo, pode gerar um “excesso de demanda” ou “falta de oferta”.

Se todo mundo tiver dinheiro para comprar carro, diminuirá a

quantidade de carros disponíveis no mercado . Aí, pela lei da oferta e da procura, se há mais gente

querendo comprar do que

produtos para serem vendidos, o preço sobe. Essa é a tal da

inflação.

Quando a inflação sobe demais

— o que significa que o dinheiro das pessoas está valendo cada vez menos —, o governo “breca”

esse processo, aumentando a Selic e ocasionando o efeito

inverso: crédito mais caro, menos financiamentos e empréstimos, menor consumo e aumento de oferta sobre a demanda,

buscando reduzir o aumento dos preços.

Mas como ela faz isso?

C A P Í T U L O

01

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01/2021 01/2020

01/2019 01/2018

01/2017 01/2016

01/2015 01/2014

01/2013 01/2012

01/2011 01/2010

01/2009 01/2008

01/2007 01/2006

01/2005 01/2004

01/2003 01/2002

01/2001 01/2000

03/1999 10/1998

10/1997 08/1996

44,95%

25,36%

18,25%

12,66%

11,17%

14,15%

6,4%

1,9%

Em pouco mais de duas décadas, a Selic já esteve em extremos. Entre os meses de março e abril de 1997, por exemplo, a taxa chegou a ser

fixada em 42% ao ano. Em 2020, por outro lado, ela chegou à sua mínima histórica, de 2% ao ano.

Porém, o cenário mais uma vez virou: desde março deste ano, a

taxa voltou a entrar em ciclo de alta, escalando rapidamente a cada

reunião do Copom. Em dezembro, a Selic foi fixada em 9,25% ao ano,

mas analistas de mercado

consultados pelo relatório Focus (produzido semanalmente pelo

Banco Central), acreditam que ela subirá ainda mais em 2022.

No site do Banco Central é possível ter acesso à série histórica da taxa básica de juros

no nosso país.

Veja, no gráfico abaixo, como foi o sobe e desce dos nossos juros de 1999 para cá:

HISTÓRICO TAXA SELIC (% A.A.)

A Selic no Brasil

C A P Í T U L O

01

01

(7)

C A P Í T U L O

Conforme explicamos no tópico anterior, a Selic tem relação direta com a

rentabilidade dos títulos emitidos pelo governo. Porém, não são só eles que

estão sob influência da taxa.

02

Como a Selic

influencia a economia e os investimentos?

01

(8)

Como a Selic influencia a

economia e os investimentos?

Todos os ativos da chamada

“renda fixa” sofrem pressão do indicador, assim como da

inflação.

Por exemplo, a caderneta de poupança, que segundo a

pesquisa “Raio-X do Investidor”,

publicada neste ano pela

Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados

Financeiro e de Capitais), ainda é a modalidade preferida por 29%

dos investidores, tem a sua

rentabilidade diretamente ligada à taxa Selic.

C A P Í T U L O 02

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Quando você coloca o seu

dinheiro para render na poupança, o banco utiliza o recurso para

oferecer empréstimos para outras pessoas, te devolvendo juros todo mês como recompensa, segundo as regras do

Banco Central:

Sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da caderneta de poupança será de

70% da taxa de juros vigente, mais a Taxa Referencial (TR). Caso a

taxa supere esse patamar, a

rentabilidade é de 6,17% ao ano, somando também a variação da TR.

Isso, porém, vale para depósitos na poupança depois de 2012,

quando a autoridade monetária mudou as regras. Quem tem

dinheiro guardado há mais tempo

recebe juros segundo as regras da

“antiga poupança”, como ficou conhecida: rentabilidade fixa de 6,17% ao ano mais a variação da TR. Você deve ter reparado ali em cima que falamos de “Taxa

Referencial”, né? Confira como ela funciona no quadro ao lado.

Outros ativos de renda fixa que são influenciados diretamente

pela taxa Selic (clique e saiba mais sobre cada um deles no Guia

Financeiro da Guide Investimentos):

• Tesouro Direto

• CDBs

• Debêntures

• LCIs e LCAs

• CRIs e CRAs

• Fundos de renda fixa

Como funciona?

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10

A Taxa Referencial — TR — foi criada lá atrás, nos anos 90,

época de hiperinflação no Brasil, quando a variação dos preços

chegava a mais de 1.000% (sim, mil!) ao mês!

A TR foi projetada pelo governo à época como maneira de atualizar a moeda para acompanhar a

inflação gigantesca da época e preservar o poder de compra do dinheiro, que naquela época era o Cruzado. A Taxa Referencial era

calculada todo dia e,

mensalmente, era fixada como

uma “taxa de juros”, aumentando o rendimento da poupança para diminuir os efeitos da inflação.

Para se ter uma ideia, em junho de 1994, a TR mensal chegou a 46%. E, mesmo assim, não

resolveu. O fantasma da

hiperinflação só foi superado pelo Brasil com a chegada do Plano Real, no mesmo ano.

A Taxa Referencial, entretanto, ainda existe e continua sendo

calculada diariamente, com base nos juros pagos pelos títulos do tesouro nacional. Além da

poupança, a TR também

influencia o rendimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a atualização monetária dos Títulos de Capitalização e a rentabilidade de outros ativos de renda fixa, como títulos do

Tesouro Direto e, claro, a caderneta de poupança.

Mas, um detalhe importante:

desde 2017, a TR está zerada. Ela só voltará a subir caso a taxa de juros fique acima dos 13%. Será que isso vai acontecer?

O que é a

Taxa Referencial?

C A P Í T U L O

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Devido ao histórico de juros altos, o Brasil ganhou o apelido de “país dos rentistas”. Isso porque, para os investidores mais abastados do país, historicamente foi mais cômodo “encostar” o dinheiro em títulos da dívida pública, que têm quase risco zero (e, com a Selic alta, pagando boa rentabilidade), e viver dos seus juros sem pre- cisar se expor a maior risco na bolsa de valores.

Esse cenário, porém, tem

mudado nos últimos anos. Com a queda da Selic para patamares

comparativamente mais baixos, a renda variável entrou no radar

dos investidores em busca de melhor rentabilidade para suas carteiras de investimentos.

Em setembro de 2021, a B3,

bolsa de valores brasileira, regis- trou 3,3 milhões de pessoas físi- cas com contas abertas em

bancos ou corretoras para inve-

stir em renda variável. O número é quase cinco vezes maior que

em 2017, quando a bolsa contava com pouco mais de 700 mil in-

vestidores.

Outra mudança importante também favoreceu a popular-

ização da bolsa nos últimos anos:

a chegada de corretoras inde-

pendentes, como a Guide Investi- mentos, que permite aos investi- dores aplicar em mais de 450

produtos selecionados pela cura- doria da corretora, além de

acesso a todos os ativos listados na B3. O acesso é fácil e intuitivo por meio do home broker e os in- vestidores ainda contam com

carteiras recomendadas pela

equipe de analistas da Guide para escolherem os produtos mais

promissores.

Você ainda não investe com a Guide? Então chegou a hora de falarmos do seu futuro!

Como a Selic transformou

o Brasil no “país dos rentistas”?

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Todos têm sonhos e planos para tirar do papel.

Pode ser uma nova casa, um carro, aquela viagem para o exterior ou a tão esperada aposentadoria

com qualidade de vida. Todas essas metas podem ser alcançadas por meio dos

investimentos. Porém, é preciso começar agora!

O caminho para a independência

financeira

C A P Í T U L O

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O caminho para a

independência financeira

Afinal, o que te guiará de onde você está hoje para os seus

sonhos realizados no futuro é o pensamento de longo prazo.

O que você já está fazendo para o seu “eu” do futuro alcançar a

independência financeira?

Se a resposta é “nada”, vamos mudar esse cenário e colocar a

vida financeira nos trilhos agora mesmo.

O que é ser “independente

financeiramente”? Em termos

simples, esse termo significa que você não depende mais da renda do seu trabalho para manter seu padrão de vida. Quando alcançar esse patamar, os responsáveis por pagar as suas contas serão os seus ativos.

C A P Í T U L O 03

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Neste e-book falamos bastante a palavra “ativos” e no mercado fi- nanceiro esse termo é sempre

muito utilizado como sinônimo de investimentos. Porém, vamos

trazer uma definição mais sim-

ples, mostrada no livro “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter. Segundo os

autores, “ativo” é tudo aquilo que

“coloca dinheiro no seu bolso”, enquanto “passivo” é tudo que

“tira dinheiro do seu bolso”. Sim- ples, né?

Na prática: se você aplicou R$

1.000 em um investimento que tenha rentabilidade de 10% ao ano, isso significa (de forma sim- ples, sem considerar impostos e taxas) que a cada doze meses

você terá um acréscimo de 10%

sobre os valores aplicados. Ou seja: está colocando dinheiro no seu bolso! É um ativo!

Por outro lado, seu carro financia- do pode ser considerado um pas- sivo. Isso porque você precisa

tirar dinheiro do seu bolso para pagar as parcelas do financia-

mento, que tem juros, abastecer (e a gasolina está cara!), fazer ma-

nutenções, pagar IPVA e, ainda por cima, ao longo do tempo ele vai desvalorizando em relação ao preço que você pagou na

hora da compra.

Para alcançar a independência fi- nanceira, sua lista de ativos deve ser tão grande quanto possível.

Contudo, ela não crescerá do dia para a noite. Por isso a necessi- dade do pensamento de longo prazo.

Agora, avalie o patrimônio que você tem hoje: como está a sua lista de ativos? Muito menor que a de passivos?

Hora de mudar isso!

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Você já sabe da importância de

contar com investimentos (ativos) para chegar à independência fi-

nanceira. Mas, mesmo estando no caminho, às vezes acontecem imprevistos que podem nos tirar momentaneamente dos trilhos, como perda do emprego ou uma

doença. Nos prepararmos para

esses momentos é indispensável para quem busca um futuro finan- ceiro tranquilo. Nesse sentido, é essencial contar com uma reser- va financeira de emergência e um seguro de vida.

Como se precaver de imprevistos?

C A P Í T U L O

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15

(16)

Se você precisar parar de tra-

balhar hoje, quanto tempo conse- guirá se manter? Segundo uma

pesquisa do PoderData, realizada em setembro de 2020 com 2.500 entrevistas em 459 municípios

brasileiros, mais da metade dos brasileiros (55%) não teria R$ 200 disponíveis para um gasto de

emergência. Na mesma pesquisa, foi constatado também que 68%

não guardam dinheiro para o futuro.

Mas, mesmo que você já invista e tenha uma certa quantidade de

ativos na sua carteira, a reserva de emergência ainda é essencial, pois em um momento de neces- sidade você teria que se desfazer dos investimentos, voltando

vários passos na sua caminhada

rumo à independência financeira.

E como você pode montar a sua reserva de emergência? Se você quer dar o primeiro passo para

criar esse “colchão” de tranquili- dade para os imprevistos, confira esse vídeo do Guia Financeiro da Guide Investimentos:

Como criar uma Reserva de Emergência? - Rafael Seabra (Quero Ficar Rico)

O que é a reserva

financeira de emergência?

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Com a reforma da previdência pública,

aprovada em 2019, ficou ainda mais difícil conseguir parar de trabalhar mantendo um

padrão de vida confortável.

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Garanta sua renda no futuro e planeje sua

sucessão

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Garanta sua renda no futuro e planeje sua sucessão

Os planos de previdência privada são indispensáveis em qualquer

carteira de investimentos, pois são produtos projetados especifica-

mente para complementar a renda na aposentadoria e trazem diversos benefícios.

Os planos de previdência se di-

videm em duas modalidades: VGBL (vida gerador de benefício livre) e PGBL (plano gerador de benefício livre). A diferença básica entre eles é em relação ao imposto de renda.

O VGBL é a opção ideal para quem é isento de IR ou faz a declaração simplificada. O cálculo do quanto o investidor deve pagar ao “leão” é feito em cima apenas dos rendi-

mentos do certificado da previdên- cia, não dos valores aplicados. Já o PGBL é indicado para quem faz a

declaração completa. Com esse

tipo de certificado é possível dedu- zir até 12% da renda tributável.

Nessa modalidade, o cálculo incide sobre o valor total aplicado.

É importante destacar que os

planos de previdência funcionam como fundos de investimentos, ou seja: o dinheiro dos investidores é alocado por um gestor em diversos ativos, tanto de renda fixa quanto variável. Desse modo, há certifica- dos de previdência que são mais conservadores, enquanto outros são mais agressivos — com maior fatia em ações ou até cotas

de outros fundos.

Neste texto, do Guia Financeiro da Guide, você pode conferir em detal- hes como contratar o seu plano de previdência privada!

04

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Todo investidor quer deixar um legado para as próximas gerações. Porém, por mais que você tenha conseguido

acumular um grande patrimônio, sua família ainda pode ficar desamparada caso você venha a

faltar repentinamente.

Para ter acesso aos bens, os familiares precisam primeiro passar pelo

processo de inventário, que é

obrigatório por lei. Até que todos os trâmites sejam resolvidos, ninguém

consegue usufruir dos ativos em nome de quem faleceu. Também é comum

que haja discordância entre herdeiros e o processo leve mais tempo para ser

concluído — em alguns casos, leva-se anos até a conclusão.

Embora os recursos fiquem “travados”, infelizmente o mesmo não acontece

com as contas: os gastos do dia a dia não param e o próprio processo de inventário custa caro. Como resolver esse impasse?

Para não deixar seus familiares em

maus lençóis nesse momento difícil, é essencial contar com um seguro de

vida. Esse tipo de produto é essencial até para quem já tem um grande

patrimônio porque, segundo a

legislação, não entra em inventário. O processo para resgate costuma ser rápido, deixando os segurados

garantidos.

Detalhe importante: por conta da Covid-19, diversas seguradoras

passaram a cobrir óbitos decorrentes da doença. Porém, isso não é regra

geral, então vale a pena ler o contrato com atenção para entender se há

alguma causa excludente.

Existe ainda uma modalidade de

seguro “resgatável”, em que o dono da apólice pode utilizar o dinheiro ainda em vida. Quer saber como funciona?

Confira no Guia Financeiro da Guide!

Já tem uma reserva de emergência?

Seu futuro e o da sua família estão garantidos com um certificado de previdência e seguro de vida?

Então chegou a hora de falar de investimentos!

Planejamento sucessório: como

garantir o futuro de quem você ama?

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Onde você guarda seu dinheiro? Embaixo do colchão? Deixa na conta-corrente? Em

uma caderneta de poupança, talvez?

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Inflação e juros altos:

qual a carteira de

investimentos ideal?

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Inflação e juros altos: qual a

carteira de investimentos ideal?

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Se respondeu “sim” para qualquer uma das perguntas da linha acima, você está perdendo dinheiro. Até outubro deste ano, o IPCA (inflação oficial do Brasil) estava acumulado em 10,67%. O que isso significa? Se você tinha R$ 100 guardados debaixo do colchão no fim do ano passado, em dez meses eles

passaram a valer o equivalente a pouco menos de R$ 90. O mesmo vale para a conta-corrente!

Também por conta da variação da in- flação, quem deixou o dinheiro na cad- erneta de poupança perdeu dinheiro.

Conforme as regras que explicamos acima, hoje ela rende 70% da Selic somada à taxa referencial. Porém, é necessário descontar a inflação no período, que é o quanto o dinheiro se desvalorizou, para se chegar à “rentabil- idade real”. No caso da caderneta, o

rendimento real em 2021 foi negativo em 7,59% até outubro, pior desempen- ho desse tipo de investimento desde o início dos anos 1990.

Ou seja: deixar o dinheiro na poupança é

quase a mesma coisa que deixar no col- chão!

Quem investe com a mentalidade de

construção de um legado financeiro no longo prazo tem que ter em mente que a inflação está sempre à espreita para

tirar valor do dinheiro. Por isso, é impor- tante estruturar sua carteira de investi- mentos para “vencer” esse efeito colat- eral da economia.

Como apontamos mais acima, a inflação nos últimos meses ultrapassou os 10%.

Ou seja: para igualar o poder de compra atual do seu patrimônio, a soma dos

seus investimentos deve ser capaz de

“pagar” mais do que esse percentual da inflação. A caderneta de poupança,

como vimos acima, não conseguiu.

Já explicamos no início deste e-book como a Selic é utilizada pelo governo para controlar a inflação, certo? Para os investimentos, a lógica é a mesma:

aposte nos juros altos — e no próprio IPCA — para proteger o seu patrimônio contra a desvalorização.

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• CDBs

• Debêntures

• LCIs e LCAs

• CRIs e CRAs

• Fundos de renda fixa

Você já viu como a Selic e a inflação podem influenciar, de maneira

positiva ou negativa, nos seus

investimentos. Agora, vamos trazer um exemplo prático:

O Tesouro Direto é um programa do governo federal para venda de

títulos públicos. No site oficial é

possível simular os diferentes tipos de títulos públicos, que podem ser prefixados (que permitem saber

quanto receberá de juros no vencimento já no momento da

compra) ou pós-fixados, que variam de acordo com a taxa de juros ou a inflação, além de pagar uma

pequena

rentabilidade a mais.

Um exemplo de ativo do Tesouro Direto que vence a inflação é

justamente o IPCA+. Sua

rentabilidade funciona da seguinte forma: se a inflação for 10% ao ano, pagará esses 10% ao ano mais juros adicionais. No caso do Tesouro

IPCA+ 2026, um dos títulos

atualmente disponíveis para compra, a rentabilidade adicional está em

torno de 5% ao ano. Ou seja: se nos próximos 12 meses você deixar seu dinheiro investido nesse título, terá uma rentabilidade real de mais de 5% acima da inflação do período. E com risco quase zero, uma vez que o Tesouro Direto representa dívidas do governo brasileiro com você e

nenhuma empresa tem a mesma capacidade de pagamento do

Estado.

Já citamos acima, mas vale ressaltar outros títulos — desta vez privados — que também têm opções

indexadas à Selic e ao IPCA:

Selic e inflação em alta:

renda fixa pagando mais!

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Apesar de a renda fixa estar

ganhando evidência por conta da conjuntura econômica atual,

diversificar a carteira de

investimentos é um dos principais mandamentos para quem busca a melhor rentabilidade com

exposição

controlada a risco.

Nesse sentido, a renda variável é o caminho que muitos investidores têm tomado nos últimos anos,

atraídos pela possibilidade de

investimento em ações das mais de

400 empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, ou em BDRs (certificados de ações de empresas estrangeiras), fundos imobiliários (FIIs) e derivativos.

Embora rentabilidade passada não signifique rentabilidade futura, para se ter uma ideia de que é possível obter bons retornos com a bolsa de valores tendo um pensamento de longo prazo, nos últimos cinco

anos o Ibovespa (índice que reúne as ações mais negociadas da B3) se valorizou em 70%.

E a renda variável?

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Como podemos ver no gráfico acima, a bolsa é um ambiente bastante “volátil”, isto é, os ativos ganham e perdem valor diariamente. Por isso, é importante

aprender a analisar sua carteira de renda variável para fazer ajustes sempre que necessário. Porém, como vimos no

exemplo dos últimos cinco anos, o ideal é sempre ter foco no crescimento de

longo prazo.

Ainda não tem experiência?

O Guia Financeiro, traz

carteiras recomendadas pelos analistas da Guide, que podem te ajudar a

tomar melhores decisões na hora de montar o seu portfólio de ações ou FIIs.

Fonte: B3

Desempenho do Ibovespa

em 5 anos (nov/16 - nov/21)

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(25)

Além de contar com conteúdo gratuito sobre educação financeira e planejamento das finanças pessoais, o Guia

Financeiro também conta com uma área exclusiva para assinantes que traz conteúdo ainda mais amplo para

quem quer entrar no mercado financeiro com o pé direito.

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Como usar o

Guia Financeiro para obter melhores resultados nos

investimentos

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Como usar o Guia Financeiro

para obter melhores resultados nos investimentos

Além de contar com conteúdo gratuito sobre educação

financeira e planejamento das finanças pessoais, o Guia

Financeiro também conta com uma área exclusiva para

assinantes que traz conteúdo

ainda mais amplo para quem quer entrar no mercado financeiro

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Um grande destaque de ser um assinante VIP é contar com uma mentoria exclusiva, que tem

como objetivo auxiliar quem

ainda é iniciante nas finanças a colocar as contas nos trilhos, eliminando hábitos financeiros ruins e aprendendo como

começar a poupar e a construir seu patrimônio.

O processo acontece em três etapas, por meio de encontros online semanais com Mayra

Suelen de Lima, gestora

financeira e especialista em

investimentos CEA pela Anbima.

Além do conteúdo rico, a

mentoria traz também diversas ferramentas, como material

didático complementar exclusivo para potencializar o aprendizado, planilha para monitoramento e

controle de indicadores financeiros.

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(27)

No Guia Financeiro VIP, o investidor encontrará, por exemplo, relatórios diários sobre os principais fatos que estão mexendo com a bolsa de

valores. O documento apresenta as notícias que foram destaque nos

principais cadernos econômicos do país, como Valor Econômico, Folha de S. Paulo, Estadão e Globo, além de

agenda de eventos econômicos e números de fechamento das

principais bolsas de valores do mundo.

Além disso, há conteúdos exclusivos,

como análises de executivos da Guide Investimentos, além de vídeos e

podcasts que explicam como

funciona o mercado de capitais de maneira simples e trazem dicas de como se disciplinar e colocar as finanças nos trilhos.

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com os especialistas da Guide Investimentos.

O que é a reserva

financeira de emergência?

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