E-book SELIC E INFLAÇÃO EM ALTA
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Como guiar seus investimentos no atual cenário
Sumário
1. Remédio amargo: o que é a Selic?
Página 32. Como a Selic influencia a economia e os investimentos?
Página 7
3. O caminho para a independência financeira
Página 12
4. Garanta sua renda no futuro e planeje sua sucessão
Página 17
5. Inflação e juros altos: qual a carteira de investimentos ideal?
Página 20
6. Como usar o Guia Financeiro para obter melhores resultados
Página 25
“Taxa Selic” é um dos termos mais famosos da economia e figurinha carimbada no noticiário de finanças
e investimentos.
Mas você sabe o que ela é?
Remédio amargo:
O que é a Selic?
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Remédio amargo:
O que é a Selic?
O nome é uma sigla para o
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e diz respeito a um
sistema de infraestrutura do
mercado financeiro gerenciado pelo Banco Central. Porém, o
termo Selic que costumamos
ouvir e falar no dia a dia se refere, especificamente, à taxa básica de juros praticada
no Brasil.
A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco
Central se reúne para definir qual será o novo patamar da taxa de
juros, levando em consideração a variação da inflação registrada no período pelo IPCA ( Índice
Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Isso
porque a Selic é uma ferramenta que a equipe econômica do
governo tem para estimular o
consumo (baixando) ou controlar a alta dos preços (subindo).
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A taxa básica de juros orienta o custo do crédito pelas
instituições financeiras. Quando você financia a compra de um
apartamento, por exemplo, os juros que você pagará pelo
empréstimo que o banco te concedeu estão diretamente ligados à taxa Selic naquele momento.
Isso por conta de um “efeito dominó” que acontece na
economia: quando o governo
reduz a Selic, os títulos públicos (como os do Tesouro Direto)
passam a pagar menos juros aos investidores. Os bancos, que são grandes compradores desses
títulos, deixam de investir no governo e baixam os juros dos
seus produtos de empréstimos e financiamentos para pessoas
físicas, que trarão mais retorno financeiro. Com os juros mais
baixos, as pessoas “aproveitam”
para emprestar dinheiro e financiar carros e imóveis,
aquecendo a economia.
Porém, nem tudo são flores.
Custo baixo de crédito, com o tempo, pode gerar um “excesso de demanda” ou “falta de oferta”.
Se todo mundo tiver dinheiro para comprar carro, diminuirá a
quantidade de carros disponíveis no mercado . Aí, pela lei da oferta e da procura, se há mais gente
querendo comprar do que
produtos para serem vendidos, o preço sobe. Essa é a tal da
inflação.
Quando a inflação sobe demais
— o que significa que o dinheiro das pessoas está valendo cada vez menos —, o governo “breca”
esse processo, aumentando a Selic e ocasionando o efeito
inverso: crédito mais caro, menos financiamentos e empréstimos, menor consumo e aumento de oferta sobre a demanda,
buscando reduzir o aumento dos preços.
Mas como ela faz isso?
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01/2021 01/2020
01/2019 01/2018
01/2017 01/2016
01/2015 01/2014
01/2013 01/2012
01/2011 01/2010
01/2009 01/2008
01/2007 01/2006
01/2005 01/2004
01/2003 01/2002
01/2001 01/2000
03/1999 10/1998
10/1997 08/1996
44,95%
25,36%
18,25%
12,66%
11,17%
14,15%
6,4%
1,9%
Em pouco mais de duas décadas, a Selic já esteve em extremos. Entre os meses de março e abril de 1997, por exemplo, a taxa chegou a ser
fixada em 42% ao ano. Em 2020, por outro lado, ela chegou à sua mínima histórica, de 2% ao ano.
Porém, o cenário mais uma vez virou: desde março deste ano, a
taxa voltou a entrar em ciclo de alta, escalando rapidamente a cada
reunião do Copom. Em dezembro, a Selic foi fixada em 9,25% ao ano,
mas analistas de mercado
consultados pelo relatório Focus (produzido semanalmente pelo
Banco Central), acreditam que ela subirá ainda mais em 2022.
No site do Banco Central é possível ter acesso à série histórica da taxa básica de juros
no nosso país.
Veja, no gráfico abaixo, como foi o sobe e desce dos nossos juros de 1999 para cá:
HISTÓRICO TAXA SELIC (% A.A.)
A Selic no Brasil
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Conforme explicamos no tópico anterior, a Selic tem relação direta com a
rentabilidade dos títulos emitidos pelo governo. Porém, não são só eles que
estão sob influência da taxa.
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Como a Selic
influencia a economia e os investimentos?
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Como a Selic influencia a
economia e os investimentos?
Todos os ativos da chamada
“renda fixa” sofrem pressão do indicador, assim como da
inflação.
Por exemplo, a caderneta de poupança, que segundo a
pesquisa “Raio-X do Investidor”,
publicada neste ano pela
Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais), ainda é a modalidade preferida por 29%
dos investidores, tem a sua
rentabilidade diretamente ligada à taxa Selic.
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Quando você coloca o seu
dinheiro para render na poupança, o banco utiliza o recurso para
oferecer empréstimos para outras pessoas, te devolvendo juros todo mês como recompensa, segundo as regras do
Banco Central:
Sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da caderneta de poupança será de
70% da taxa de juros vigente, mais a Taxa Referencial (TR). Caso a
taxa supere esse patamar, a
rentabilidade é de 6,17% ao ano, somando também a variação da TR.
Isso, porém, vale para depósitos na poupança depois de 2012,
quando a autoridade monetária mudou as regras. Quem tem
dinheiro guardado há mais tempo
recebe juros segundo as regras da
“antiga poupança”, como ficou conhecida: rentabilidade fixa de 6,17% ao ano mais a variação da TR. Você deve ter reparado ali em cima que falamos de “Taxa
Referencial”, né? Confira como ela funciona no quadro ao lado.
Outros ativos de renda fixa que são influenciados diretamente
pela taxa Selic (clique e saiba mais sobre cada um deles no Guia
Financeiro da Guide Investimentos):
• Tesouro Direto
• CDBs
• Debêntures
• LCIs e LCAs
• CRIs e CRAs
• Fundos de renda fixa
Como funciona?
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A Taxa Referencial — TR — foi criada lá atrás, nos anos 90,
época de hiperinflação no Brasil, quando a variação dos preços
chegava a mais de 1.000% (sim, mil!) ao mês!
A TR foi projetada pelo governo à época como maneira de atualizar a moeda para acompanhar a
inflação gigantesca da época e preservar o poder de compra do dinheiro, que naquela época era o Cruzado. A Taxa Referencial era
calculada todo dia e,
mensalmente, era fixada como
uma “taxa de juros”, aumentando o rendimento da poupança para diminuir os efeitos da inflação.
Para se ter uma ideia, em junho de 1994, a TR mensal chegou a 46%. E, mesmo assim, não
resolveu. O fantasma da
hiperinflação só foi superado pelo Brasil com a chegada do Plano Real, no mesmo ano.
A Taxa Referencial, entretanto, ainda existe e continua sendo
calculada diariamente, com base nos juros pagos pelos títulos do tesouro nacional. Além da
poupança, a TR também
influencia o rendimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a atualização monetária dos Títulos de Capitalização e a rentabilidade de outros ativos de renda fixa, como títulos do
Tesouro Direto e, claro, a caderneta de poupança.
Mas, um detalhe importante:
desde 2017, a TR está zerada. Ela só voltará a subir caso a taxa de juros fique acima dos 13%. Será que isso vai acontecer?
O que é a
Taxa Referencial?
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Devido ao histórico de juros altos, o Brasil ganhou o apelido de “país dos rentistas”. Isso porque, para os investidores mais abastados do país, historicamente foi mais cômodo “encostar” o dinheiro em títulos da dívida pública, que têm quase risco zero (e, com a Selic alta, pagando boa rentabilidade), e viver dos seus juros sem pre- cisar se expor a maior risco na bolsa de valores.
Esse cenário, porém, tem
mudado nos últimos anos. Com a queda da Selic para patamares
comparativamente mais baixos, a renda variável entrou no radar
dos investidores em busca de melhor rentabilidade para suas carteiras de investimentos.
Em setembro de 2021, a B3,
bolsa de valores brasileira, regis- trou 3,3 milhões de pessoas físi- cas com contas abertas em
bancos ou corretoras para inve-
stir em renda variável. O número é quase cinco vezes maior que
em 2017, quando a bolsa contava com pouco mais de 700 mil in-
vestidores.
Outra mudança importante também favoreceu a popular-
ização da bolsa nos últimos anos:
a chegada de corretoras inde-
pendentes, como a Guide Investi- mentos, que permite aos investi- dores aplicar em mais de 450
produtos selecionados pela cura- doria da corretora, além de
acesso a todos os ativos listados na B3. O acesso é fácil e intuitivo por meio do home broker e os in- vestidores ainda contam com
carteiras recomendadas pela
equipe de analistas da Guide para escolherem os produtos mais
promissores.
Você ainda não investe com a Guide? Então chegou a hora de falarmos do seu futuro!
Como a Selic transformou
o Brasil no “país dos rentistas”?
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Todos têm sonhos e planos para tirar do papel.
Pode ser uma nova casa, um carro, aquela viagem para o exterior ou a tão esperada aposentadoria
com qualidade de vida. Todas essas metas podem ser alcançadas por meio dos
investimentos. Porém, é preciso começar agora!
O caminho para a independência
financeira
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O caminho para a
independência financeira
Afinal, o que te guiará de onde você está hoje para os seus
sonhos realizados no futuro é o pensamento de longo prazo.
O que você já está fazendo para o seu “eu” do futuro alcançar a
independência financeira?
Se a resposta é “nada”, vamos mudar esse cenário e colocar a
vida financeira nos trilhos agora mesmo.
O que é ser “independente
financeiramente”? Em termos
simples, esse termo significa que você não depende mais da renda do seu trabalho para manter seu padrão de vida. Quando alcançar esse patamar, os responsáveis por pagar as suas contas serão os seus ativos.
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Neste e-book falamos bastante a palavra “ativos” e no mercado fi- nanceiro esse termo é sempre
muito utilizado como sinônimo de investimentos. Porém, vamos
trazer uma definição mais sim-
ples, mostrada no livro “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter. Segundo os
autores, “ativo” é tudo aquilo que
“coloca dinheiro no seu bolso”, enquanto “passivo” é tudo que
“tira dinheiro do seu bolso”. Sim- ples, né?
Na prática: se você aplicou R$
1.000 em um investimento que tenha rentabilidade de 10% ao ano, isso significa (de forma sim- ples, sem considerar impostos e taxas) que a cada doze meses
você terá um acréscimo de 10%
sobre os valores aplicados. Ou seja: está colocando dinheiro no seu bolso! É um ativo!
Por outro lado, seu carro financia- do pode ser considerado um pas- sivo. Isso porque você precisa
tirar dinheiro do seu bolso para pagar as parcelas do financia-
mento, que tem juros, abastecer (e a gasolina está cara!), fazer ma-
nutenções, pagar IPVA e, ainda por cima, ao longo do tempo ele vai desvalorizando em relação ao preço que você pagou na
hora da compra.
Para alcançar a independência fi- nanceira, sua lista de ativos deve ser tão grande quanto possível.
Contudo, ela não crescerá do dia para a noite. Por isso a necessi- dade do pensamento de longo prazo.
Agora, avalie o patrimônio que você tem hoje: como está a sua lista de ativos? Muito menor que a de passivos?
Hora de mudar isso!
Você já sabe da importância de
contar com investimentos (ativos) para chegar à independência fi-
nanceira. Mas, mesmo estando no caminho, às vezes acontecem imprevistos que podem nos tirar momentaneamente dos trilhos, como perda do emprego ou uma
doença. Nos prepararmos para
esses momentos é indispensável para quem busca um futuro finan- ceiro tranquilo. Nesse sentido, é essencial contar com uma reser- va financeira de emergência e um seguro de vida.
Como se precaver de imprevistos?
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Se você precisar parar de tra-
balhar hoje, quanto tempo conse- guirá se manter? Segundo uma
pesquisa do PoderData, realizada em setembro de 2020 com 2.500 entrevistas em 459 municípios
brasileiros, mais da metade dos brasileiros (55%) não teria R$ 200 disponíveis para um gasto de
emergência. Na mesma pesquisa, foi constatado também que 68%
não guardam dinheiro para o futuro.
Mas, mesmo que você já invista e tenha uma certa quantidade de
ativos na sua carteira, a reserva de emergência ainda é essencial, pois em um momento de neces- sidade você teria que se desfazer dos investimentos, voltando
vários passos na sua caminhada
rumo à independência financeira.
E como você pode montar a sua reserva de emergência? Se você quer dar o primeiro passo para
criar esse “colchão” de tranquili- dade para os imprevistos, confira esse vídeo do Guia Financeiro da Guide Investimentos:
Como criar uma Reserva de Emergência? - Rafael Seabra (Quero Ficar Rico)
O que é a reserva
financeira de emergência?
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Com a reforma da previdência pública,
aprovada em 2019, ficou ainda mais difícil conseguir parar de trabalhar mantendo um
padrão de vida confortável.
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Garanta sua renda no futuro e planeje sua
sucessão
Garanta sua renda no futuro e planeje sua sucessão
Os planos de previdência privada são indispensáveis em qualquer
carteira de investimentos, pois são produtos projetados especifica-
mente para complementar a renda na aposentadoria e trazem diversos benefícios.
Os planos de previdência se di-
videm em duas modalidades: VGBL (vida gerador de benefício livre) e PGBL (plano gerador de benefício livre). A diferença básica entre eles é em relação ao imposto de renda.
O VGBL é a opção ideal para quem é isento de IR ou faz a declaração simplificada. O cálculo do quanto o investidor deve pagar ao “leão” é feito em cima apenas dos rendi-
mentos do certificado da previdên- cia, não dos valores aplicados. Já o PGBL é indicado para quem faz a
declaração completa. Com esse
tipo de certificado é possível dedu- zir até 12% da renda tributável.
Nessa modalidade, o cálculo incide sobre o valor total aplicado.
É importante destacar que os
planos de previdência funcionam como fundos de investimentos, ou seja: o dinheiro dos investidores é alocado por um gestor em diversos ativos, tanto de renda fixa quanto variável. Desse modo, há certifica- dos de previdência que são mais conservadores, enquanto outros são mais agressivos — com maior fatia em ações ou até cotas
de outros fundos.
Neste texto, do Guia Financeiro da Guide, você pode conferir em detal- hes como contratar o seu plano de previdência privada!
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Todo investidor quer deixar um legado para as próximas gerações. Porém, por mais que você tenha conseguido
acumular um grande patrimônio, sua família ainda pode ficar desamparada caso você venha a
faltar repentinamente.
Para ter acesso aos bens, os familiares precisam primeiro passar pelo
processo de inventário, que é
obrigatório por lei. Até que todos os trâmites sejam resolvidos, ninguém
consegue usufruir dos ativos em nome de quem faleceu. Também é comum
que haja discordância entre herdeiros e o processo leve mais tempo para ser
concluído — em alguns casos, leva-se anos até a conclusão.
Embora os recursos fiquem “travados”, infelizmente o mesmo não acontece
com as contas: os gastos do dia a dia não param e o próprio processo de inventário custa caro. Como resolver esse impasse?
Para não deixar seus familiares em
maus lençóis nesse momento difícil, é essencial contar com um seguro de
vida. Esse tipo de produto é essencial até para quem já tem um grande
patrimônio porque, segundo a
legislação, não entra em inventário. O processo para resgate costuma ser rápido, deixando os segurados
garantidos.
Detalhe importante: por conta da Covid-19, diversas seguradoras
passaram a cobrir óbitos decorrentes da doença. Porém, isso não é regra
geral, então vale a pena ler o contrato com atenção para entender se há
alguma causa excludente.
Existe ainda uma modalidade de
seguro “resgatável”, em que o dono da apólice pode utilizar o dinheiro ainda em vida. Quer saber como funciona?
Confira no Guia Financeiro da Guide!
Já tem uma reserva de emergência?
Seu futuro e o da sua família estão garantidos com um certificado de previdência e seguro de vida?
Então chegou a hora de falar de investimentos!
Planejamento sucessório: como
garantir o futuro de quem você ama?
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Onde você guarda seu dinheiro? Embaixo do colchão? Deixa na conta-corrente? Em
uma caderneta de poupança, talvez?
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Inflação e juros altos:
qual a carteira de
investimentos ideal?
Inflação e juros altos: qual a
carteira de investimentos ideal?
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Se respondeu “sim” para qualquer uma das perguntas da linha acima, você está perdendo dinheiro. Até outubro deste ano, o IPCA (inflação oficial do Brasil) estava acumulado em 10,67%. O que isso significa? Se você tinha R$ 100 guardados debaixo do colchão no fim do ano passado, em dez meses eles
passaram a valer o equivalente a pouco menos de R$ 90. O mesmo vale para a conta-corrente!
Também por conta da variação da in- flação, quem deixou o dinheiro na cad- erneta de poupança perdeu dinheiro.
Conforme as regras que explicamos acima, hoje ela rende 70% da Selic somada à taxa referencial. Porém, é necessário descontar a inflação no período, que é o quanto o dinheiro se desvalorizou, para se chegar à “rentabil- idade real”. No caso da caderneta, o
rendimento real em 2021 foi negativo em 7,59% até outubro, pior desempen- ho desse tipo de investimento desde o início dos anos 1990.
Ou seja: deixar o dinheiro na poupança é
quase a mesma coisa que deixar no col- chão!
Quem investe com a mentalidade de
construção de um legado financeiro no longo prazo tem que ter em mente que a inflação está sempre à espreita para
tirar valor do dinheiro. Por isso, é impor- tante estruturar sua carteira de investi- mentos para “vencer” esse efeito colat- eral da economia.
Como apontamos mais acima, a inflação nos últimos meses ultrapassou os 10%.
Ou seja: para igualar o poder de compra atual do seu patrimônio, a soma dos
seus investimentos deve ser capaz de
“pagar” mais do que esse percentual da inflação. A caderneta de poupança,
como vimos acima, não conseguiu.
Já explicamos no início deste e-book como a Selic é utilizada pelo governo para controlar a inflação, certo? Para os investimentos, a lógica é a mesma:
aposte nos juros altos — e no próprio IPCA — para proteger o seu patrimônio contra a desvalorização.
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• CDBs
• Debêntures
• LCIs e LCAs
• CRIs e CRAs
• Fundos de renda fixa
Você já viu como a Selic e a inflação podem influenciar, de maneira
positiva ou negativa, nos seus
investimentos. Agora, vamos trazer um exemplo prático:
O Tesouro Direto é um programa do governo federal para venda de
títulos públicos. No site oficial é
possível simular os diferentes tipos de títulos públicos, que podem ser prefixados (que permitem saber
quanto receberá de juros no vencimento já no momento da
compra) ou pós-fixados, que variam de acordo com a taxa de juros ou a inflação, além de pagar uma
pequena
rentabilidade a mais.
Um exemplo de ativo do Tesouro Direto que vence a inflação é
justamente o IPCA+. Sua
rentabilidade funciona da seguinte forma: se a inflação for 10% ao ano, pagará esses 10% ao ano mais juros adicionais. No caso do Tesouro
IPCA+ 2026, um dos títulos
atualmente disponíveis para compra, a rentabilidade adicional está em
torno de 5% ao ano. Ou seja: se nos próximos 12 meses você deixar seu dinheiro investido nesse título, terá uma rentabilidade real de mais de 5% acima da inflação do período. E com risco quase zero, uma vez que o Tesouro Direto representa dívidas do governo brasileiro com você e
nenhuma empresa tem a mesma capacidade de pagamento do
Estado.
Já citamos acima, mas vale ressaltar outros títulos — desta vez privados — que também têm opções
indexadas à Selic e ao IPCA:
Selic e inflação em alta:
renda fixa pagando mais!
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Apesar de a renda fixa estar
ganhando evidência por conta da conjuntura econômica atual,
diversificar a carteira de
investimentos é um dos principais mandamentos para quem busca a melhor rentabilidade com
exposição
controlada a risco.
Nesse sentido, a renda variável é o caminho que muitos investidores têm tomado nos últimos anos,
atraídos pela possibilidade de
investimento em ações das mais de
400 empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, ou em BDRs (certificados de ações de empresas estrangeiras), fundos imobiliários (FIIs) e derivativos.
Embora rentabilidade passada não signifique rentabilidade futura, para se ter uma ideia de que é possível obter bons retornos com a bolsa de valores tendo um pensamento de longo prazo, nos últimos cinco
anos o Ibovespa (índice que reúne as ações mais negociadas da B3) se valorizou em 70%.
E a renda variável?
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Como podemos ver no gráfico acima, a bolsa é um ambiente bastante “volátil”, isto é, os ativos ganham e perdem valor diariamente. Por isso, é importante
aprender a analisar sua carteira de renda variável para fazer ajustes sempre que necessário. Porém, como vimos no
exemplo dos últimos cinco anos, o ideal é sempre ter foco no crescimento de
longo prazo.
Ainda não tem experiência?
O Guia Financeiro, traz
carteiras recomendadas pelos analistas da Guide, que podem te ajudar a
tomar melhores decisões na hora de montar o seu portfólio de ações ou FIIs.
Fonte: B3
Desempenho do Ibovespa
em 5 anos (nov/16 - nov/21)
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Além de contar com conteúdo gratuito sobre educação financeira e planejamento das finanças pessoais, o Guia
Financeiro também conta com uma área exclusiva para assinantes que traz conteúdo ainda mais amplo para
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Como usar o
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Suelen de Lima, gestora
financeira e especialista em
investimentos CEA pela Anbima.
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mentoria traz também diversas ferramentas, como material
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controle de indicadores financeiros.
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No Guia Financeiro VIP, o investidor encontrará, por exemplo, relatórios diários sobre os principais fatos que estão mexendo com a bolsa de
valores. O documento apresenta as notícias que foram destaque nos
principais cadernos econômicos do país, como Valor Econômico, Folha de S. Paulo, Estadão e Globo, além de
agenda de eventos econômicos e números de fechamento das
principais bolsas de valores do mundo.
Além disso, há conteúdos exclusivos,
como análises de executivos da Guide Investimentos, além de vídeos e
podcasts que explicam como
funciona o mercado de capitais de maneira simples e trazem dicas de como se disciplinar e colocar as finanças nos trilhos.
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O que é a reserva
financeira de emergência?
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