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Conselho Editorial Produção Editorial Conselho Consultivo

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Academic year: 2022

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Texto

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Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português - Texto majoritário com aparato crítico © 2008, Editora Cultura Cristã. Obra composta com base em The Greek New Testament According to the Majority Text Second Edition de Zane C. Hodges e Arthur L.

Farstad © 1985 pela Thomas Nelson Publishers, Nashville, USA. Todos os direitos são reservados.

1ª edição 2008 – 3.000 exemplares 2ª edição 2015 – 3.000 exemplares

EDITORA CULTURA CRISTÃ

Rua Miguel Teles Júnior, 394 – CEP 01540-040 – São Paulo – SP Fones 0800-0141963 / (11) 3207-7099 / 3346-2700 – Fax (11) 3209-1255

www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas

Editor: Cláudio Antônio Batista Marra Conselho Editorial

Antônio Coine Augustus Nicodemus Gomes Lopes Cláudio Marra (Presidente) Heber Carlos de Campos Jr.

Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Ulisses Horta Simões Valdeci da Silva Santos Conselho Consultivo Augustus Nicodemus Lopes João Alves dos Santos Mauro Fernando Meister Paulo Anglada Paulo Benício

Produção Editorial

Notas Analíticas,Tradução da Introdução e Tradução Interlinear do NT

Paulo Sérgio Gomes Tradução Final do NT

Odayr Olivetti (Mt, Mc, Lc, Jo, At, 1 e 2Tm, Tt, Tg, 1 e 2Pe, 1Jo e 3Jo, Jd e Ap) Paulo Sérgio Gomes (Rm, 1 e 2Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1 e 2Ts, Fm, Hb e 2Jo)

Revisão e Editoração Paulo Sérgio Gomes Leitura de Provas Ivani Pereira Gomes Thaís Pereira Gomes Capa

Magno Paganelli

N859 Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português - Texto majoritário com aparato crítico / por Paulo Sérgio Gomes e Odayr Olivetti . _ São Paulo: Cultura Cristã, 2ª ed. 2015

1024 p.; 16x23 cm

Texto Grego e aparato com introdução: The Greek New Testament according to the majoritary text, 2a. ed., de Zane C. Hodges e Arthur L. Farstad © 1985, Thomas Nelson, INC.

ISBN 978-85-7622-244-6 1. Exegese Bíblica I. Título

225.1 CDD

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PREFÁCIO

A Editora Cultura Cristã, em seus 60 anos de existência, tem se destacado pela qualidade dos livros e revistas publicados, sua fidelidade bíblica e, não menos importante, pelo valor prático deles. A razão é estarmos convencidos de que nossa missão é reformar a igreja no Brasil por meio da literatura. Desejamos que a igreja brasileira não siga as tendências da moda, passageira e mundana que é, mas busque sempre orientação divina nas Escrituras.

O estudo bíblico, sério e profundo, é indispensável para esse fim. Numa época que descarta o sentido original do texto, priorizando o que eu penso que o texto significa para mim, voltar ao método gramático-histórico de interpretação é urgente. Os livros que lançamos seguem essa orientação sadia, como se pode constatar de sua leitura e estudo, mas preocupamo-nos também em fornecer aos nossos leitores ferramentas que os ajudem nessa tarefa. Nossos títulos na área de hermenêutica, exegese e estudos bíblicos atestam isso amplamente.

É com essa preocupação que lançamos esta obra. O Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português, de Paulo Sérgio Gomes e Odayr Olivetti, traz uma contribuição inédita aos estudiosos da Bíblia em língua portuguesa.

Primeiramente, pelo uso do Texto Majoritário (uma versão bem mais atual e acurada do Textus Receptus), agora, pela primeira vez, publicado em nosso país. O Texto Majoritário representa a grande maioria dos manuscritos empregados ao longo dos séculos pela igreja cristã. As variantes escolhidas para compor o texto de Zane Hodges e Arthur Farstad, publicado pela editora Thomas Nelson e empregado no Novo Testamento Interlinear Analítico Grego- Português, são as que aparecem com maior freqüência nos vários tipos de manuscritos gregos, citações e versões antigas.1 A presente publicação oferece importante auxílio ao intérprete no primeiro passo para a exegese do Novo Testamento – a determinação do texto –, visto que as edições críticas de Nestle e da UBS não indicam todas as discrepâncias entre essas edições e o Texto Majoritário.

Em segundo lugar, a contribuição inédita se deve ao cuidadoso trabalho de tradução e revisão. Dele resultaram duas entrelinhas e um texto final primoroso. Desse modo, o pesquisador acompanhará desde a tradução palavra por palavra até a redação final. Uma exegese cuidadosa, porém, não dispensará a análise apresentada e obterá proveito no uso do aparato crítico. O resultado será um estudo bíblico de mais qualidade e fiel às Escrituras. O estudo semântico poderá então ser aprofundado com o auxílio de um léxico especializado, o que também a Cultura Cristã oferece.

O apóstolo Paulo, em suas cartas aos tessalonicenses, demonstrou grande apreciação e carinho por aqueles crentes. Uma das razões foi, segundo Paulo, o modo como eles receberam a Palavra de Deus: “Agradecemos também a Deus, continuamente, porque recebestes a palavra de Deus por nós pregada, e a acolhestes não como palavra de homens, mas como de fato é, palavra de Deus, a qual também está operando em vós, que sois crentes” (1Ts 2.13).

A igreja precisa desenvolver hoje a mesma característica e a Editora Cultura Cristã continuará a contribuir para esse fim.

Cláudio Marra, editor

(Com substancial contribuição de Paulo Anglada, do Conselho Consultivo)

1 Na conhecida Perícope da Mulher Adúltera, encontrada em João 7.53–8.11, e no Livro de Apocalipse, o texto de Hodges- Farstad segue uma metodologia um pouco diferente da adotada com relação ao restante do texto. Nessas seções os editores se baseiam em agrupamentos genealógicos dos documentos disponíveis, feitos por H. von Soden, H.C. Hoskier e Josef Schmid.

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APRESENTAÇÃO DO INTERLINEAR

O objetivo do Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português é prover uma ferramenta para favorecer a leitura e o estudo do NT na língua original. Para isso idealizamos:

1. Um interlinear duplo — O texto grego usado possui embaixo de cada palavra grega uma tradução interlinear que busca dar o significado imediato dessa palavra tal como exigido pelo contexto. Abaixo desta tradução interlinear há uma tradução final, uma nova versão do NT em português, que exprime o significado do texto grego de forma mais idiomática.

2. Uma análise morfológica — A coluna interna da página possui a análise morfológica de cada palavra grega. Usa-se uma sigla (ver tabela de siglas na p. xl) justaposta à forma básica (não flexionada) de cada palavra do texto grego, com a devida numeração dos versículos.

3. Uma nova versão do NT — Para facilitar a referência, a coluna externa da página coloca em destaque a tradução final, idiomática, contida na segunda linha abaixo do texto grego.

4. Um edição crítica do NT grego com aparato — Usa-se o The Greek New Testament According to the Majority Text, 2a. ed., com todos os seus recursos para a crítica textual. Ele nos remete às principais variantes e procura dar as leituras das demais edições críticas (UBS e Nestle-Aland).

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Jesus cura o servo de um centurião

(Lc 7.1-10)

8.5 ÝEivselqo,nti de. auvtw/|2 eivj ‡Kapernaou,m(

prosh/lqen auvtw/| e`kato,ntarcoj parakalw/n auvto.n

5eivse,rcomaivpaadmsde,c

auvto,jppdmseivjpKapernaou,mnp prose,rcomaiviaa3sauvto,jppdms e`katonta,rchjsnms

parakale,wvppanmsauvto,jppams

25autw M vs autoue, Cr vs twIhsou TR

5 Ýeiselqontoj evs M 5 ÂKafarnaoum aB vs MC

Ao entrar então ele em Cafarnaum

Logo que Jesus entrou em Cafarnaum,

achegou-se a ele um centurião rogando-/suplicando- -lhe

um centurião aproximou-se dele e lhe suplicou:

5 Logo que Jesus entrou em Cafar- naum, um centu- rião aproximou-se dele e lhe suplicou:

tradução final (idiomática) nova versão do NT

tradução interlinear

sigla da análise morfológica interlinear duplo

edição crítica do NT grego título de seção

aparato crítico duplo (ver introdução)

parakalw/n parakale,wvppanms

palavra forma básica da palavra com sigla morfológica (tabela p. xl) do texto parakale,w - forma básica da palavra para pesquisa léxica

parakale,wvppanms - a sigla indica que parakalw/n é o verbo parakale,w flexionado no particípio presente ativo nominativo masculino singular

auvto.n auvto,jppams

palavra análise morfológica do texto a sigla indica que

auvto.n é o pronome pessoal auvto,j flexio- nado no acusativo masculino singular

referência paralela

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8.5 ÝEivselqo,nti de. auvtw/|2 eivj ‡Kapernaou,m(

prosh/lqen auvtw/| e`kato,ntarcoj parakalw/n auvto.n

Ao entrar então ele em Cafarnaum

Logo que Jesus entrou em Cafarnaum,

achegou-se a ele um centurião rogando-/suplicando- -lhe/(a) ele

um centurião aproximou-se dele e lhe suplicou:

A tradução final, idiomática, é um tanto livre e procuramos deixá-la mais próxima das palavras que traduz.

Quando possível, a ordem grega das palavras é seguida na tradução final.

sinônimos ou formas semelhantes são separadas por uma barra (/)

Se alguém pensa/supõe um outro (ter base para) confiar em (a) carne eu

Se alguém pensa que pode confiar na carne, eu

ainda mais com respeito a (a) circuncisão no (meu) oitavo dia de (a) nação/raça

ainda mais: circuncidado no oitavo dia, do povo

Ei; tij dokei/ a;lloj pepoiqe,nai evn sarki,( evgw.

ma/llon\ 3.5 peritomh/| ovktah,meroj( evk ge,nouj

Necessário então considerei/julguei Epafrodito o Achei necessário

irmão e colaborador e co-soldado meu

enviar-vos Epafrodito, meu irmão, meu colaborador, meu

vosso então enviado/apóstolo e ministro/servo da necessidade companheiro de lutas e vosso enviado e ministro para as minhas necessidades.

minha enviar a vós visto que saudoso de estava

Pois ele estava com saudades de

2.25 VAnagkai/on de. h`ghsa,mhn VEpafro,diton( to.n avdelfo.n kai. sunergo.n kai. sustratiw,thn mou(

u`mw/n de. avpo,stolon kai. leitourgo.n th/j crei,aj mou( pe,myai pro.j u`ma/j( 2.26 evpeidh. evpipoqw/n h=n

Sendo impossível seguir a ordem grega, a tradução final é “espalhada” o mais próximo possível do centro do conjunto de palavras que traduz.

Suprimos letras e/ou palavras entre parênteses para facilitar a leitura da tradução interlinear.

Nem sempre uma palavra da tradução final é uma verdadeira tradução do termo grego, mas vem debaixo dele para demonstrar a adaptação que se faz necessária numa versão idiomática.

E saindo dali o Jesus foi/retirou-se

Retirando-se dali, Jesus foi

para a[s] região/[regiões] de Tiro e de Sidom/Sídon E

para a região de Tiro e Sidom. Em dado

15.21 Kai. evxelqw.n evkei/qen o` VIhsou/j avnecw,rhsen eivj ta. me,rh Tu,rou kai. Sidw/noj) 15.22 Kai

letras ou palavras entre colchetes fazem parte da tradução literal, mas precisam ser substituídas.

Os/(eles) então consideravam/discutiam entre eles mesmos dizendo

Eles ficaram discutindo entre si e diziam

que/: Pães não trouxemos/tomamos

: "É porque não trouxemos pão."

16.7 Oi` de. dielogi,zonto evn e`autoi/j( le,gontej

o[ti :Artouj ouvk evla,bomen) O artigo usado como pronome é traduzido literalmente e em seguida, após a barra, vem o pronome adequado.

o o[ti recitativo, que em grego introduz citação ou discurso direto, pode ser representado também pelos dois pontos (:) Observações sobre o interlinear duplo

Observações sobre as notas analíticas - O sistema de siglas é semelhante ao usado em programas eletrônicos como o BibleWorks para o texto BYZ; contudo, não é o mesmo, pois foi desenvolvido especialmente para esta obra em português. Há simplificações na análise como, por exemplo, o termo genérico ‘partícula’, que inclui o advérvio ouv. Assim, pode haver divergência em relação a outros sistemas de análise.

Fonte grega - Foram usadas as fontes Bwgrkl e Bwgrki franqueadas pelo programa BibleWorks, desde que devidamente atribuídas.

Atribuições - O Rev. Odayr Olivetti contribuiu com a tradução final de Mt, Mc, Lc, Jo, At, 1 e 2Tm, Tt, Tg, 1 e 2Pe, 1 e 3 Jo, Jd e Ap, sendo que na revisão tive a liberdade de introduzir alterações. Todas as demais traduções foram feitas por mim.

Desejamos que esta obra contribua amplamente para o estudo do NT, para a glória de Deus.

São Paulo, 01 de agosto de 2008 Paulo Sérgio Gomes

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PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO

[do livro The Greek New Testament According to the Majority Text, 2a. ed]

Esgotando-se a primeira edição do The Greek New Testament According to the Majority Text [O Novo Testamento Grego Segundo o Texto Majoritário], a Thomas Nelson Publishers nos solicitou que fizéssemos uma segunda edição. As mudanças aqui são poucas no texto e no aparato, e em grande parte consistem em correções de erros tipográficos, principalmente na acentuação.

Pensamos também ser útil prover um breve prefácio para resumir a introdução detalhada.

RECEPÇÃO DO TEXTO MAJORITÁRIO

Os editores estão satisfeitos pelo fato de várias escolas e classes estarem usando nosso Testamento como texto e porque a demanda é ampla o suficiente para garantir uma segunda edição.

Aqueles que são favoráveis ao ponto de vista do Texto Majoritário estão contentes por terem uma edição compacta e de fácil leitura de um texto que nunca foi publicado, apenas se discutiu e se escreveu a seu respeito. Aqueles que são neutros acolheram bem a edição como sendo uma contribuição ao livre mercado de idéias numa ciência que ainda não produziu a resposta final. Mesmo aqueles de opinião oposta concordaram amplamente com respeito à utilidade de tal edição. Isto é verdade porque o nosso texto pode ajudar na comparação com outras formas de texto. Por exemplo, é muito mais fácil sentir o impacto do tríplice tris-hágios (santo) em Apocalipse 4.8 ao vê-lo impresso do que apenas ler a pequena palavra latina novies no aparato de Nestle-Aland.

O QUE É O TEXTO MAJORITÁRIO

O Texto Majoritário é um texto que emprega a evidência disponível da completa gama de manuscritos remanescentes ao invés de apoiar-se primariamente na evidência propiciada por poucos textos. Para nós não é científico praticamente ignorar oitenta a noventa por cento da evidência em qualquer disciplina.

Praticamente, desde o tempo de Westcott e Hort, as leituras da maioria dos manuscritos têm sido rejeitadas como sendo "tardias e secundárias". Grande parte do apoio para esta abordagem tem sido a teoria da existência de uma recensão eclesiástica oficial imposta sobre a igreja no quarto século, explicando assim a preponderância dos assim chamados manuscritos bizantinos desde então. Um outro apoio era a opinião de que nenhuma evidência manuscritológica anterior ao quarto século parecia apoiar as leituras bizantinas. Ademais, um punhado de alegadas conflações foi usado para sugerir que o texto tradicional estava cheio delas. (Na verdade, todos os manuscritos têm algumas). A história não forneceu qualquer evidência de tal recensão, e hoje em dia este aspecto da teoria foi amplamente abandonado.

Papiros do segundo e do terceiro século agora apoiam muitas leituras que uma vez foram rejeitadas como sendo "tardias". E ainda, muitas "conflações" podem ser justamente o

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contrário: um texto mais completo do qual uma parte foi omitida por circunstâncias tais como homoioteleuton, considerações estilísticas ou teológicas, ou evidente descuido.

Sustentamos que em última análise a história da transmissão de cada livro do Novo Testamento deveria ser traçada por meio de uma árvore genealógica. Este método falhou sob Westcott e Hort precisamente porque eles recusaram dar o devido peso e papel à maioria dos manuscritos remanescentes. Porém, quando a completa gama de evidência é apropriadamente usada, a genealogia se torna a opção mais viável e promissora para a determinação da leitura original quando a evidência está significativamente dividida. Infelizmente, este método hoje é possível apenas na perícope da mulher adúltera e no livro do Apocalipse, porque uma grande porcentagem do material no restante do Novo Testamento nunca foi completamente colado. Nesses dois lugares, através da extensa obra de von Soden e Hoskier, a maior parte da evidência manuscritológica foi minuciosamente colada. No restante do Novo Testamento fomos forçados a depender pesadamente da obra de von Soden, aumentada por Tischendorf (posteriormente aumentada por Legg em Mateus e Marcos). Há ainda muito trabalho por realizar na crítica textual do Novo Testamento, especialmente se a pessoa confia antes no cuidadoso exame de toda a evidência ao invés de apoiar-se tão pesadamente num pequeno corpo de manuscritos egípcios que têm a sorte de serem as nossas cópias remanescentes mais antigas.

COMO USAR ESTA EDIÇÃO

Na maior parte do Novo Testamento você encontrará dois aparatos. O primeiro é o de maior interesse para nós, porque detalha as divisões dentro da tradição Majoritária. Ao invés de listar a sigla da contagem dos manuscritos individuais, usamos um tipo de taquigrafia para indicar quanto da tradição majoritária apoia uma leitura. Por exemplo, uma leitura grandemente apoiada pela tradição, em geral oitenta e cinco a noventa por cento, é indicada pela maiúscula alemã M, o símbolo escolhido por Kurt Aland para o Texto Majoritário como um todo. Se o Texto Majoritário está bastante unido, porém contém desvios em alguns ramos, usa-se o negrito romano M. Quando há uma verdadeira divisão, Mpt (pt = do latim partim) indica as divisões. Por vezes — porque os unciais e papiros individualmente citados estão do lado não escolhido para o texto — parecerá, à partir de uma leitura superficial dos símbolos, que o apoio para a leitura escolhida é mais fraca do que para a sua rival. Entretanto, deve-se compreender que o Mpt à esquerda do "vs" em qualquer caso, representa mais manuscritos que os unciais e papiros citados à direita. Porque tornou-se tradicional colocar peso especial em nossos códices mais antigos (

a

, B e A) e, mais recentemente, nos ainda mais antigos papiros, decidimos detalhar este material no aparato.

A letra cóptica

e

representa os manuscritos egípcios que em grande parte formam a base da maioria dos textos críticos. Cada livro possui uma fórmula levemente diferente, indicada no início do aparato desse livro, dos manuscritos que apoiam a tradição egípcia. Quando houver divisão significativa, eles são listados individualmente.

O segundo aparato é de especial interesse para aqueles que preferem o texto crítico (Cr = encontrado em Nestle-Aland26 e UBS3) ou que gostariam de saber como ele se compara com o Texto Majoritário. Aqui são utilizadas as siglas tão familiares aos usuários da tradição Nestle.

Elas são explicadas na introdução completa. Um novo símbolo que inventamos é um pequeno ponto (t) em frente de uma palavra para mostrar que há apenas uma variação na grafia sem qualquer diferença real de significado. O segundo aparato mostra o quão freqüentemente a evidência textual está dividida entre a vasta maioria, de um lado, e os manuscritos egípcios, de outro. Por vezes alguns deles também apoiam o Texto Majoritário.

x

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Na passagem acerca da mulher adúltera, há apenas um aparato usando notas numeradas de rodapé. Aqui as diversas ramificações estão divididas entre M1 até M7 (a mesma divisão usada por von Soden, exceto pela substituição que fizemos ao usarmos M em lugar do minúsculo m por ele usado. Embora dependamos bastante de sua detalhada obra aqui, nossa interpretação da evidência é bem diferente da dele.

No Apocalipse a obra notavelmente precisa de Hoskier, aumentada pela obra mais recente de Schmid, possibilita um detalhamento maior que em qualquer outra parte, tudo em um único aparato. Aqui a evidência é dividida pelo uso das letras Ma até Me. Só neste livro o Texto Majoritário concorda com o Texto Crítico acima de duas vezes mais freqüentemente do que com o Texto Recebido. Sem dúvida, isto se deve parcialmente ao fato do TR ter sido baseado originalmente num fundamento manuscritológico bastante estreito. É interessante notar que algumas das leituras escolhidas como originais são grego mais áspero (mais semíticas, antes de tudo), o que é lógico, considerando-se as circunstâncias limitadoras do autor no exílio.

Finalmente, deve-se enfatizar que consideramos nosso texto como um passo significativo para a disciplina da crítica textual do Novo Testamento. Mas ao mesmo tempo, reconhecemos a grande quantidade de trabalho ainda por ser feito. Se as nossas premissas estão corretas, o desenvolvimento da história genealógica para cada livro do Novo Testamento é uma aspiração. Isso exigirá muitas mentes e mãos para a realização da tarefa, entretanto, se futuros pesquisadores concluirem que indicamos a eles a direção correta, os editores se sentirão muito recompensados. Também haveremos de ser gratos a Deus por nos ter dado forças para fazermos a nossa parte.

Arthur L. Farstad Zane C. Hodges

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INTRODUÇÃO

[do livro The Greek New Testament According to the Majority Text, 2a. ed]

O Novo Testamento foi originalmente escrito em grego por seus autores inspirados. Por muitos séculos, até a invenção da imprensa (cerca de 1450 d.C.), ele foi transmitido mediante cópias manuscritas. Destas sobrevivem aproximadamente 5.000 manuscritos completos ou parciais. Os manuscritos disponíveis para a confirmação do texto do Novo Testamento são bem mais numerosos que para qualquer outro livro antigo.

O processo de reconstrução do fraseado original do Novo Testamento grego é conhecido como crítica textual. A história desta disciplina é longa e complexa, todavia a questão mais básica a ser respondida tem sido sempre a mesma: Como se deve usar o material remanescente a fim de se recuperar o fraseado exato dos autógrafos?

As duas edições mais populares do Novo Testamento Grego em uso hoje são produzidas pela United Bible Societies [Sociedades Bíblicas Unidas] (UBS 3a. [4a.] Edição) e pela Deutsche Bibelstiftung [Sociedade Bíblica Alemã] (O texto de Nestle-Aland 26a. [27a.] Edição). Estes dois textos são quase idênticos. Embora sejam ecléticos, ambos se apoiam bastante num número relativamente pequeno de manuscritos antigos procedentes principalmente do Egito.

Dentre esses, o códice Vaticano (B) e o códice Sinaítico (

a

) são os mais famosos manuscritos unciais (de letras maiúsculas). As testemunhas mais importantes em papiro neste grupo de textos são os papiros Chester Beatty (p45 46 47) e os papiros Bodmer (p66 75). O texto resultante da dependência para com manuscritos como estes pode bem ser descrito como egípcio. Não há provas de sua existência fora do Egito nos tempos primitivos.

Em contraste com este tipo de texto está a forma de texto encontrada na maioria dos documentos remanescentes. Este texto é reconhecidamente diferente do texto egípcio e tem sido apropriadamente denominado Texto Majoritário. É bem verdade que os documentos que o contém são no todo substancialmente mais tardios que as testemunhas Egípcias mais primitivas. Porém, não há qualquer surpresa nisso. Praticamente, só o Egito oferece as condições climáticas altamente favoráveis para a preservação de manuscritos muito antigos.

Por outro lado, as testemunhas do Texto Majoritário provêm de toda parte do mundo antigo.

O seu próprio número sugere que representam uma longa e espalhada cadeia de tradição manuscrita. Portanto, é necessário postular que os documentos remanescentes descendem de documentos ancestrais não-remanescentes da maior antigüidade. Estes devem ter sido em seu tempo tão antigos ou mais antigos que as testemunhas remanescentes do Egito.

Sendo assim, o Texto Majoritário merece a atenção do mundo cristão. Após a consideração de todas as questões envolvidas, o Texto Majoritário tem maior reivindicação de representar o texto original do que teria o texto do tipo egípcio. Este, provavelmente, seria um tipo local de texto sem qualquer circulação significativa exceto nessa parte do mundo antigo. Por outro lado, a maioria dos manuscritos foi amplamente difundida e suas raízes ancestrais devem recuar aos próprios autógrafos. À luz dessa consideração, é importante que a Igreja possua uma edição crítica da forma majoritária. É precisamente essa necessidade que a presente edição pretende suprir.

Os editores não imaginam que o texto desta edição representa em todos os detalhes a forma exata dos originais. Por mais desejável que seja esse texto, muito trabalho há por

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fazer antes que se possa produzi-lo. Portanto, deve-se ter em mente que a presente obra, O Novo Testamento Grego Segundo o Texto Majoritário, é tanto preliminar quanto provisória. Ela representa um primeiro passo na direção do reconhecimento do valor e da autoridade da grande massa de documentos gregos remanescentes. O uso desses documentos nesta edição devem estar sujeitos ao escrutíneo e à avaliação por eruditos competentes. Tal escrutíneo, realizado da maneira própria, poderá resultar num avanço em direção a um Novo Testamento grego que mais acuradamente reflita os inspirados autógrafos.

A TRADIÇÃO DE WESTCOTT-HORT

Nos tempos modernos, a popularidade obtida pela forma egípcia de texto deve-se principalmente aos labores de B. F. Westcott e F. J. A. Hort. Sua obra no texto grego do Novo Testamento foi um divisor de águas na história da crítica textual.

Em 1881, Westcott e Hort publicaram sua obra em dois volumes, The New Testament in the Original Greek (O Novo Testamento no Grego Original). Para produzirem esse texto, eles se apoiaram bastante no testemunho de

a

e B, mas principalmente em B. Estes dois documentos provêm do quarto século e eram os mais antigos manuscritos disponíveis nos dias de Westcott e Hort. O tipo de texto encontrado neles foi descrito como "neutro". Com este termo, Westcott e Hort desejavam indicar um tipo de texto grandemente isento de revisão editorial. Pensavam que o Texto Neutro descendia mais ou menos diretamente dos autógrafos e era exibido em sua forma mais pura em B.

Um elemento chave no esquema apresentado por Westcott e Hort era a sua teoria de uma recensão síria do Novo Testamento grego. Tinham a opinião de que a grande massa de manuscritos remanescentes descendia de uma revisão eclesiástica autorizada do texto, produzida por volta do quarto século. O local de tal revisão poderia ter sido Antioquia da Síria. Como resultado, sustentaram que a maioria dos manuscritos gregos era de caráter secundário e deveria receber pouco peso na determinação do texto original.

A erudição posterior sabiamente descartou o termo "neutro" para descrever o grupo egípcio de textos. A teoria de uma recensão síria também tem sido amplamente abandonada.

Mas apesar disso, os textos críticos em uso na atualidade diferem relativamente pouco do texto publicado por Westcott e Hort há mais de cem anos atrás. De fato, alguns entendem que a descoberta dos papiros tende a fortalecer a tese de Westcott e Hort acerca da superioridade de

a

e B. Este argumento vincula-se especialmente em relação a p75, um texto do terceiro século bastante similar a B. Porém, na verdade, p75 prova apenas que o tipo de texto encontrado em B é anterior ao próprio B.

Hoje em dia, os eruditos não mais argumentam que o Texto Majoritário procede de uma revisão de texto mais antigos. Antes ele é visto com freqüência como o resultado de um longo e continuado processo de cópia manual. Porém esta opinião é freqüentemente apresentada em termos vagos e gerais. Não é para se surpreender, pois é virtualmente impossível conceber qualquer tipo de processo não conduzido que pudesse resultar no Texto Majoritário. A relativa uniformidade neste texto mostra claramente que a história de sua transmissão foi bastante estável e regular.

Com freqüência se sugere que o caráter intrínseco do Texto Majoritário é inferior ao egípcio. Este também era um dos argumentos de Westcott e Hort. Mas esta abordagem implica uma parcela indevidamente grande de subjetividade. O fato é que quase sempre excelentes razões podem ser dadas em defesa da superioridade das leituras majoritárias sobre as suas rivais. Portanto, em resumo, a tradição de Westcott-Hort na crítica textual tem fracassado no propósito de levantar objeções convincentes à autenticidade do Texto Majoritário.

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UM MÉTODO DO TEXTO MAJORITÁRIO

São duas as premissas subjacentes à presente edição e que determinam a sua metodologia.

Ambas precisam ser claramente compreendidas pelos usuários deste texto.

(1) Qualquer leitura predominantemente atestada pela tradição manuscritológica possui maior probabilidade de ser original do que suas rivais. Esta observação surge à partir da própria natureza da transmissão manuscritológica. Em qualquer tradição em que não houver grandes rupturas na história da transmissão, a leitura individual que tem o mais antigo início é aquela mais propensa a sobreviver na maioria dos documentos. E a leitura mais antiga de todas é a leitura original. A menos que se cometa um erro nos primeiros estágios do processo de cópia, são significativamente reduzidas as chances de sobrevivência desse erro num grande número de cópias remanescentes. Quanto mais tarde surgir uma leitura, é menos provável que ela seja amplamente copiada.

Deve-se ter em mente que à época em que foram copiados os textos nos papiros remanescentes, o Novo Testamento já possuía mais de cem anos. Uma leitura atestada por tal testemunha, e encontrada apenas num pequeno número de outros manuscritos, não parece ser a leitura que sobreviveu do próprio autógrafo. Pelo contrário, provavelmente ela seria apenas uma idiossincrasia de uma estreita corrente de tradição. A única maneira de se justificar a aceitação de um número substancial de leituras minoritárias seria através da reconstrução de uma plausível história de transmissão para elas. Logicamente, foi isto precisamente que Westcott e Hort tentaram fazer em defesa de

a

e B. Mas o colapso de seu esquema genealógico sob a crítica dos eruditos anulou o mais essencial argumento deles. E nada o substituiu.

Na presente edição, onde quer que as considerações genealógicas puderem ser invocadas, as leituras impressas no texto são as mais atestadas entre os manuscritos. Porém isto nos conduz a uma segunda premissa.

(2) A decisão final de determinadas leituras deve ser feita com base na reconstrução da sua história na tradição manuscritológica. Isto significa que, para cada livro do Novo Testamento, deve-se construir uma genealogia dos manuscritos. Os dados disponíveis para isso nas fontes padrão são inadequados no presente, exceto para o Apocalipse. Nesta edição, portanto, apenas para esse livro oferecemos uma derivação (árvore familiar) provisória de manuscritos. As decisões textuais em Apocalipse são feitas com base nessa reconstrução genealógica. E ainda, oferecemos uma derivação provisória para João 7.53-8.11; aqui também as decisões acerca do texto são baseadas em fatores derivativos.

É fato, naturalmente, que muitos críticos textuais modernos não crêem na possibilidade do uso do método genealógico. Entretanto, este continua sendo o único metodo lógico.

Se Westcott e Hort o empregaram pobremente, não será por essa razão que deverá ser abandonado. Decerto, o maior impedimento deste método na crítica moderna tem sido a falta do reconhecimento das reivindicações do Texto Majoritário. Qualquer forma de texto com um número muito grande de representantes remanescentes parece bem ser o resultado de uma longa cadeia de transmissão. Todas as reconstruções genealógicas deveriam considerar este fator. Enquanto não se desistir de uma persistente preferência por uma pequena minoria de textos, então, naturalmente, o trabalho genealógico será tido como impossível. Entretanto, esta impossibilidade se apoiará nesta preferência e não em deficiências intrínsecas ao próprio método. Esta edição não se encontra de modo algum presa à predileção por uma pequena quantidade de manuscritos, quer sejam muito antigos ou um tanto posteriores. Ela busca seguir a trilha do texto original através do vasto corpo de documentos remanescentes. Onde possível, isto foi feito de forma derivativa.

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O APARATO BÁSICO

Visto não ser possível ainda traçar a derivação para a maior parte do Novo Testamento, esta edição opera dentro dessa realidade. O aparato, exceto para João 7.53-8.11 e para o Apocalipse, toma a seguinte forma básica:

(1) O Primeiro Aparato. Em todos os casos em que as fontes disponíveis indicam haver uma divisão significativa dentro dos manuscritos remanescentes, o problema será tratado no primeiro aparato. Isto se encontra, sempre que necessário, imediatamente abaixo da seção de texto. Uma outra classe de variantes também aparece neste aparato. A edição Oxford 1825 do Texto Recebido foi usada como base de comparação dos dados dos manuscritos. Onde quer que o nosso texto difira do Texto Recebido de Oxford, a variação é anotada no primeiro aparato. Isto não ocorrerá apenas em alguns poucos casos de erro tipográfico e de certos tipos de variação na soletração.

(2) O Segundo Aparato. No segundo aparato serão encontrados todos os casos, ainda não incluídos no primeiro aparato, em que esta edição difere dos textos da United Bible Societies [UBS] e Nestle-Aland. Aqui, também, serão desconsideradas apenas algumas variações na soletração e erros tipográficos nos outros textos. Ao usar este aparato em conjunto com o primeiro, o leitor desta edição terá diante de si todas as diferenças significativas entre o Texto Majoritário e o texto das duas outras edições bastante difundidas.

(3) Notas de Rodapé e Siglas. A leitura variante a ser tratada no primeiro aparato será indicada no texto por um número de nota de rodapé colocado após a última palavra afetada pela variação. Caso a leitura variante deva ser tratada no segundo rodapé, então um conjunto diferente de siglas será empregado. Estas siglas são as seguintes:

Þ indica a adição de uma ou mais palavras no ponto indicado.

ê indica a omissão da palavra que vem após este sinal.

èé indica a omissão das palavras incluídas entre os dois sinais.

âá indica a transposição das palavras incluídas entre os dois sinais.

Ý indica a mudança de forma ou a substituição por outra palavra em lugar da que vem apos este sinal.

äå indica algum tipo de alteração envolvendo as palavras incluídas entre os dois sinais.

indica uma variação na soletração na palavra que vem após este sinal.

Se num mesmo verso ocorrer mais de uma variação do mesmo tipo, o sinal apropriado vem seguido por um número. Assim, Þ1 seria a primeira adição no verso em questão, Þ2 seria a segunda, e assim por diante.

21 Þ1en p45

a

, [Cr] vs M

e

A

21 Þ2tw agiw

e

vs Mp45vid A

No caso de sinal duplo (èé, âá, äå), apenas o primeiro membro é repetido na nota no aparato.

7ä1legei p75B vs M; (legei de

a

)

7 ä2ta grammata

e

(h.C) vs MA

xv

(13)

No primeiro aparato, são mencionadas inicialmente as palavras do texto afetadas pela variação, em seguida vem a evidência que lhes dá suporte. O sinal vs (versus) introduz a leitura rival e sua evidência. Se mais de uma leitura rival deve ser citada, cada uma é introduzida por vs. No segundo aparato, a leitura das edições da United Bible Societies e do Nestle-Aland vêm em primeiro lugar, logo após o sinal apropriado.

26 Ýen

e

(h.C) vs MA

Seguindo a evidência manuscritológica para esta leitura, o sinal vs introduz a evidência para a leitura do Texto Majoritário.

10 Ýeqhka

e

vs M

No segundo aparato a leitura do texto majoritário não é dada.

Se uma leitura, encontrada em qualquer um dos dois aparatos, for majoritariamente atestada na tradição manuscritológica, o sinal M é usado para indicar este fato.

3 Þtouj

e

vs M

Se a leitura majoritária for grande, porém um tanto reduzida no tamanho, o sinal usado é M. 4 Ýautoi

e

vs M

Se houver uma divisão significativa dentro da tradição do Texto Majoritário, este fato é apontado pela colocação do sinal Mpt (pt para partim, em parte) após cada leitura que tiver amplo apoio.

112 krabbaton Mpt, TR vs krabatton MptB*A

Para a evidência do Texto Majoritário, a presente edição apóia-se bastante na informação fornecida pela obra de Hermann von Soden, Die Schriften des Neuen Testaments (I 1/2/3, 1911;

II, 1913). Embora ela tenha sido amplamente conferida com a Oitava Edição de Constantine Tischendorf, com os aparatos de S. C. E. Legg para Mateus e Marcos, e com os aparatos do UBS3 e do Nestle-Aland26, só raramente os dados de von Soden podem ser corrigidos com confiança. Quando isto tiver sido feito, ou quando as citações de von Soden não puderem ser interpretadas com confiança, o sinal apropriado do Texto Majoritário será seguido pelo sobrescrito vid (videtur, aparentemente).

Para facilitar a comparação deste aparato com o material de von Soden, reteve-se basicamente a sua nomenclatura para os subgrupos dentro da tradição majoritária. Não se pode negar que alguns desses subgrupos careçam de mais análise. Entretanto, a adoção dos agrupamentos de von Soden decorreu simplesmente da conveniência até que eles possam ser adequadamente revisados. Todavia, onde quer que von Soden tenha empregado K (seu texto Koine), esta edição emprega M. Uma comparação de nossa sigla com a dele é a seguinte:

Nos Evangelhos: K1 = M1; Kr = Mr Em Atos e nas Epístolas: Kc = Mc; Kr = Mr

Para os Evangelhos, não se considera o subgrupo Ki de von Soden, visto incluir apenas quatro manuscritos unciais. Além disso, o texto I de von Soden, altamente amorfo, para o qual ele discerniu numerosos subgrupos, é citado como Mi. Von Soden estava equivocado ao considerar o seu texto I como sendo uma forma de texto separada em si mesma. Porém, não há nele coesão suficiente para justificar tal conclusão. Em sua maior parte, Mi adere à forma majoritária, embora com freqüentes desvios em várias porções de seus elementos constituintes. Só raramente acontecerá de uma maioria substancial das leituras de Mi vir a diferir em conjunto da leitura do Texto Majoritário. Assim, as citações de Mi em nosso aparato são pouco freqüentes.

Deve-se ressaltar que o subgrupo Kx de von Soden para os Evangelhos nunca recebe citação em separado nesta edição. Em virtude de seu grande tamanho (mais de 300 manuscritos), onde quer que vier a divergir de grande parte das testemunhas remanescentes do Texto Majoritário,

xvi

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a leitura é sempre tratada como sendo uma leitura Mpt. O mesmo é verdadeiro em Atos e nas Epístolas quanto ao tipo K de von Soden (quando distinguido de Kc e Kr).

Um número de importantes manuscritos unciais e papiros são consistentemente citados onde quer que dêem testemunho numa variante incluída no primeiro ou no segundo aparato.

A lista completa deles é a seguinte:

Papiros:

p37, terceiro ou quarto século (Mateus 26.19-52)

p45, terceiro século (grandes porções dos quatro Evangelhos e de Atos) p46, ca. 200 (porções extensas do corpo Paulino e de Hebreus)

p47, terceiro século (porções extensas do Apocalipse) p66, ca. 200 (porções extensas de João)

p72, terceiro ou quarto século (1 Pedro 1.1-5.14; 2 Pedro 1.1-3.18; Judas) p75, terceiro século (porções extensas de Lucas e de João)

p88, quarto século (Marcos 2.1-16) Unciais:

a

, Códice Sinaítico, quarto século (Novo Testamento)

A, Códice Alexandrino, quinto século (maioria do Novo Testamento)

B, Códice Vaticano, quarto século (não contém 1 Timóteo a Filemon, Hebreus 9.14 ao final, e Apocalipse)

C, Códice Efraimita Reescrito, quinto século (porções extensas do Novo Testamento)

Pode-se observar nesta lista que cada um dos quatro evangelhos está representado por pelo menos dois textos em papiros, embora p37 (Mateus) e p88 (Marcos) sejam apenas fragmentos. Para as demais seções do Novo Testamento, há um representante em papiro.

Visto que o propósito desta edição é a apresentação da tradição do Texto Majoritário, não foi considerada necessária uma mais ampla citação dos papiros. Os maiores e extensos textos em papiro de data primitiva estão incluídos juntamente com os quatro famosos manuscritos unciais. Com a citação de todos estes, o usuário dos aparatos do Texto Majoritário pode obter uma perspectiva razoavelmente boa do texto do tipo egípcio. Decidiu-se deliberadamente por não incluir as leituras do Códice Beza de Cambridge (D, quinto século) em razão de que seu texto altamente idiossincrático viria a aumentar desnecessariamente os aparatos. Todavia, por vezes, onde nenhuma das testemunhas regularmente citadas apoia a variante encontrada no segundo aparato, D é mencionado. Assim também, pela mesma razão, são citados os manuscritos L (oitavo século), R (sexto século), W (quinto século), Q (nono século), S (sexto século), 074 (sexto século), e as família de minúsculos f 1 e f 13.

Quando houver consenso entre os representantes dos textos egípcios, eles são citados corporativamente pela letra cóptica

e

. Porém a composição de

e

varia de livro para livro e pode ser observada à partir da informação dada logo antes do primeiro aparato na página inicial de cada livro. Se um manuscrito regularmente citado reflete os textos egípcios, mas é fragmentário em extremo, ele é normalmente excluído de

e

no livro em questão. Se assim não se fizesse, seria necessário mencionar repetidamente o hiato nesse manuscrito. Porém, se não estiver incluído em

e

, o leitor pode concluir que o seu não aparecimento no aparato indica que seu testemunho não se encontra disponível.

xvii

(15)

Eis um resumo do valor de

e

:

Mateus, Marcos

a

BC

Lucas p75

a

BC

João p66 75

a

BC

Atos p45

a

BAC

Romanos até 1 Tessalonicenses p46

a

BAC

2 Tessalonicenses

a

BA

1 Timóteo até Filemon

a

AC

Hebreus p46

a

BAC

Tiago

a

BAC

1, 2 Pedro p72

a

BAC

1 João

a

BAC

2 João

a

BA

3 João

a

BAC

Judas p72

a

BAC

Apocalipse

a

AC

Naqueles livros onde

e

representa apenas três manuscritos, este sinal é usado apenas quando há concordância entre os três. Onde

e

possui quatro representantes, ele é usado onde houver concordância pelo menos entre três. A leitura do outro membro é dada então separadamente ou ele é citado entre parênteses precedido por um h. (hiato). Onde houver cinco representantes de

e

, o sinal é usado apenas se quatro concordarem. A leitura das outras testemunhas ou é dada ou um hiato é indicado. Se a leitura de um manuscrito em qualquer ponto não puder ser determinada com certeza, sua citação é omitida ou é seguida pelo sobrescrito vid. Se ele estiver incluído em

e

, sua leitura deveria ser considerada como certa.

As leituras do Texto Recebido de Oxford 1825 são indicadas pela sigla TR. A convergência das edições da United Bible Societies (UBS 3a. ed) e de Nestle-Aland (26a. ed.) é representada por Cr (textos críticos). Se essas duas edições divergirem, elas são indicadas respectivamente por U e N. Nos lugares em que essas edições usam colchetes em seu texto, a presença de colchetes é indicada por [Cr]. Quantas são as palavras na unidade de variação, incluídas dentro dos colchetes nesses textos, deve-se determinar pelo exame de um ou de outro desses textos. Porém, se a unidade de variação inclui apenas uma única palavra, naturalmente essa é a palavra entre colchetes.

O sinal + e - indicam que a palavra ou as palavras seguintes são acrescentadas ou omitidas.

Mas - pode aparecer por si para indicar que todas as palavras no texto envolvido na variação são omitidas pela(s) testemunha(s) em questão.

36ean M

e

A, Cr vs + men Mr, TR

16Ýostij p75B vs MA; (- makarioj até autwno versículo16

a

*)

Onde houver uma transposição envolvendo mais de duas palavras, isso poderá ser representado no aparato usando-se uma série de números. Assim uma variação como â2-41 mostra que a primeira palavra do texto aqui é colocada após a quarta palavra nas testemunhas que vierem citadas em seguida. Pode-se usar números também para indicar omissões. Uma variante como ä241 indicaria não somente transposição, mas também a omissão da terceira palavra do texto.

Como é usual na citação de manuscritos, um * após determinado manuscrito (e.g. p75* ou C*) indica que o manuscrito sofreu correção em algum ponto na unidade de variação. O

* indica a leitura anterior à correção. Nesta edição não fornecemos as leituras dos corretores.

Se um manuscrito citado vem dentro de parênteses — como (

a

) ou (B) — isto significa que

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o manuscrito exibe uma variação ortográfica na leitura com a qual aparece. Isto deve ser distinguido de uma citação como (-

a

) ou (sthnai para staqhnai B). A primeira representa uma omissão em

a

e a segunda uma substituição em B.

A presente edição não cita o testemunho das antigas versões ou dos pais da igreja. Nem se consideram os textos dos lecionários. Não porque não tenham qualquer valor para a crítica textual. Antes, isso se deve aos objetivos específicos desta edição, em que o alvo principal é a apresentação do Texto Majoritário tal como aparece na tradição manuscritológica regular.

(4) Lendo os Aparatos. Se os sinais assim considerados forem lembrados, os aparatos desta edição poderão ser lidos com facilidade.

No primeiro aparato, a entrada começa com um numeral sobrescrito indicando o número da nota de rodapé no texto a que o material citado faz referência. Isto é seguido pelo número do versículo em que a variante é encontrada. Em seguida vêm as palavras no texto que são afetadas pela variação em questão. Após estas palavras vem a evidência do Texto Majoritário seguida pela evidência de qualquer dos manuscritos regularmente citados a apoiar este texto.

Após a vírgula, TR ou Cr podem ser citados caso apoiem o texto. A próxima leitura é dada após o vs, juntamente com a evidência citada na mesma sequência acima. As variantes adicionais, se houver, possuem o mesmo formato.

No segundo aparato, o número do versículo aparece em primeiro lugar. Ele é seguido pelo sinal de variação encontrado no texto. Então vem a variante em si e a evidência para ela. Se um ou mais manuscritos possuem uma pequena variação em relação a esta leitura, esta variação é então adicionada entre parênteses juntamente com o(s) manuscrito(s) que a contém. Caso haja mais que uma dessas variações menores, todas serão acrescentadas dentro do mesmo parêntese. Variações menores distintas dentro de um parêntese são separadas por um ponto e vírgula. Após vs vem a evidência para a leitura do Texto Majoritário. As variações menores dessa leitura são tratadas da forma acima descrita. Todavia, se houver uma terceira variante maior, ela aparecerá também entre parênteses, mas a evidência para o Texto Majoritário é separada do parêntese por um ponto e vírgula. Variantes maiores adicionais também podem aparecer dentro dos parênteses separadas por ponto e vírgula de forma semelhante.

42 Ýpareinai p75B* vs MC; (afeinai p45

a

*; parafienai A)

Visto ser função do segundo aparato dar as variantes dos textos da UBS e de Nestle-Aland quando diferirem do Texto Majoritário, não é necessário, normalmente, empregar a sigla Cr neste aparato. A primeira leitura citada é a de Cr, a menos que se indique ser de outra maneira.

Pode haver exceções quando as duas edições divergirem, neste caso usa-se a sigla U e N.

Para alertar o leitor quanto à presença de colchetes nas duas edições em comparação, a sigla [Cr] aparecerá no segundo aparato onde for apropriado. De fato, esta sigla pode aparecer no mesmo lado como evidência para o Texto Majoritário se essas edições retiverem as palavras do texto entre colchetes. Nesse caso, a evidência para a omissão ou alteração delas é o que é dado em primeiro lugar.

Deve-se compreender que, em ambos os aparatos, um parêntese não separado por ponto e vírgula da evidência precedente geralmente conterá apenas a porção da leitura precedente que estiver modificada. Por exemplo, em Marcos 3.25 a entrada no segundo aparato é a seguinte:

25 ä2-41

a

C (sthnai para staqhnai B) vs MA

Isto significa que na transposição apoiada por

a

C, B altera a palavra staqhnai por sthnai, todavia ainda apoia a ordem das palavras de

a

C. Quando o texto for consultado, ele mostrará que staqhnai é a palavra de número 1. Vê-se que M e A apoiam igualmente o texto. Deve-se notar que numa variação deste tipo empregam-se os sinais äå antes que âá. É porque a diferença de B em relação à leitura do Texto Majoritário envolve mais que uma simples mudança de ordem de palavras.

xix

(17)

Quando a evidência em favor do Texto Majoritário estiver separada por um ponto e vírgula de um parêntese que vem em seguida, então se oferece a leitura completa do(s) manuscrito(s) dentro do parêntese. Isto é ilustrado em Marcos 11.2:

2Ýoupw anqrwpwn B (â

a

C) vs M; (pwpote anqrwpwn A)

Aqui foi usado o sinal Ý antes que äå, porque o texto contém apenas a palavra anqrwpwn.

B tem a leitura mais longa oupw anqrwpwn, que também é encontrada em

a

C na seqüência anqrwpwn oupw. M (uma maioria levemente reduzida se comparada com M) apoia o texto.

Uma terceira grande variante, separada de M pelo ponto e vírgula, é a de A e é dada na íntegra.

Por vezes uma palavra grega no primeiro ou no segundo aparato terá uma ou mais de suas letras entre parênteses. Os parênteses indicam que os manuscritos citados possuem uma variação de grafia nesse ponto. O caso mais comum desses parênteses é o do n móvel. A ortografia desta edição segue a prática geral da massa de manuscritos na omissão desse n antes das consoantes. Porém, pensou-se que o leitor deveria ser lembrado de que quando tal palavra é considerada no aparato, as testemunhas podem ou não ter o n. Em geral, as leituras dos unciais e dos papiros são citadas com o n, não incluído entre parênteses, porque normalmente eles o trazem. Nem sempre se conferiu se eles de fato o possuem em determinado ponto.

Entretanto, se a leitura de um uncial ou papiro é citada sem o n, pode-se assumir que, neste caso, ele está ausente. Vários itacismos muito comuns nos manuscritos especificamente citados são totalmente desconsiderados, e não se usam parênteses para incluir as próprias letras ou os manuscritos. Todavia, achou-se prudente indicar regularmente a alternância na terminação -ai/e ao se incluir entre parênteses o manuscrito que itacizou esta terminação. Isto foi feito porque a forma resultante do itacismo é, em geral, tecnicamente diferente, mesmo que essa forma seja impossível de se deduzir no contexto.

Determinadas variações na grafia bastante comuns são intencionalmente excluídas do aparato, visto que incluí-las aumentaria muito o aparato sem ressaltar muito o seu valor. As variações mais comuns Dabid/Dauid e Mwshj/Mwushj não são tratadas. Dabid (sempre) e Mwshj (freqüentemente) são impressas nesta edição. Também não são tratadas as alternâncias outw/outwj, all/alla, erreqh/errhqh, e eipon/eipan (juntamente com outras flutuações semelhantes entre as formas do primeiro e do segundo aoristo). Igualmente ficaram de fora as flutuações ortográficas em en$n%enhkonta e em palavras como lh$m%yetai. A variação -ss-/

-tt- é ignorada. Abreviações dos nomina sacra nos manuscritos não são consideradas, nem o são outras abreviações, exceto em raras ocasiões.

Freqüentemente no primeiro aparato a sigla TR é dada, após uma leitura do Texto Recebido de Oxford, sem qualquer dado manuscritológico citado. Não se deve inferir disto que o Texto Recebido não possua qualquer evidência manuscritológica em seu apoio, embora, por vezes, isso possa ser verdadeiro. Antes isso significa que nenhuma das testemunhas regularmente citadas, nem algum dos subgrupos do Texto Majoritário, apoiam a variante. Uma leitura variante no segundo aparato pode também, ocasionalmente, aparecer sem qualquer citação manuscritológica. Isso significa que nenhum dos materiais regularmente citados no aparato apoia a leitura do texto da United Bible Societies (UBS) e do Nestle-Aland. Todavia, se estas edições forem apoiadas por evidência importante nos unciais e nos papiros que não é mencionada regularmente, tal evidência é freqüentemente dada.

(5) Determinação do Texto. Se não houver leitura variante citada em qualquer um dos aparatos, o leitor pode assumir que o texto impresso, conforme o melhor conhecimento dos editores, é atestado por M ou M. Em ambos os casos, dessa maneira o texto pode ser classificado como a leitura do Texto Majoritário. A sigla M indica a concordância entre todos os subgrupos do Texto Majoritário (até onde se conhece). Ou seja, o Texto Majoritário como um todo é essencialmente unido em tais casos, embora, naturalmente, um ou até todos os

xx

(18)

subgrupos possam ter membros que divirjam. É importante notar que ao ser impresso o M, o consenso inclui até mesmo os textos I de von Soden (nosso Mi), que devem ser entendidos como a apoiar o texto por margem substancial. Quando o apoio em Mi não for tão grande, na medida em que isto puder ser determinado à partir do material de von Soden, M é reduzido a M.

Se M é impresso, e nenhuma sigla indica a divergência de um subgrupo específico, pode- se assumir que a razão para o uso de M deve ser encontrada na pequena margem de apoio para o texto em Mi. Mas M também é impresso sempre que um subgrupo específico do Texto Majoritário por si só vier a divergir. Tais casos estão incluídos no primeiro aparato para que o leitor possa com mais facilidade seguir os dados de von Soden nessa matéria. Assim o usuário deste texto pode descobrir, à partir do primeiro aparato, os lugares em que (segundo von Soden) um grupo como Mr, por exemplo, possui uma leitura diferente em relação ao restante da tradição majoritária.

Mas M não aparece no aparato quando um subgrupo divergente é acompanhado por uma evidência substancial do restante dos representantes majoritários. Tais leituras são designadas Mpt. Leituras Mpt (nos evangelhos) também aparecem sempre que a leitura do Texto Majoritário não puder reivindicar o apoio de um forte consenso dos textos Kx de von Soden juntamente com um consenso semelhante à partir de pelo menos dois dos outros três agrupamentos:

M1, Mr, e Mi. Assim um testemunho seriamente dividido de Kx é suficiente para produzir Mpt mesmo que os outros três grupos estejam unidos. Porém, dificilmente esses três grupos apresentam um testemunho coeso se Kx não o faz.

Na escolha de um texto dentre as variações Mpt, normalmente foi dada forte preferência para a leitura de Kx onde este grupo estava essencialmente unido. Dentre todos os agrupamentos na tradição majoritária, Kx parece ser o que melhor reune condições de ser rastreado até um arquétipo próximo do próprio texto original. É possível que, enquanto se aguarda maior análise, dentro de Kx devam ser encontrados vários fios a retroceder independentemente aos próprios autógrafos. Contrastadamente, é provável que, como pensou von Soden, o grande agrupamento Mr(Kr) seja rastreável até uma fonte única que não seja o texto original. O mesmo é provavelmente verdadeiro quanto a M1 se a sua unidade se sustentar frente à investigação. É improvável que Mi seja um agrupamento como tal, e as suas reais ligações com o restante da tradição majoritária devem ser descobertas pelo futuro estudo genealógico de seus elementos constituintes.

Onde Kx por si mesmo estava nitidamente dividido dentro de uma leitura Mpt, as variações rivais foram avaliadas tanto em termos de sua distribuição dentro da tradição majoritária como um todo quanto no que diz respeito às probabilidades intrínsecas e transcricionais. Ocasionalmente uma consideração transcricional pesa mais que até mesmo uma preponderância de testemunho contraditório à partir de Kx. Por exemplo, na leitura Mpt encontrada em Lucas 22.30, a frase en th basileia mou foi omitida em 10 de 13 manuscritos Kx que von Soden examinou. Não somente esta amostra de Kx é muito pequena para ser satisfatória, mas também a omissão poderia ser devida a homoioteleuton à luz de mou que segue trapezhj. Segundo von Soden, Mr apoia a inclusão bem como o faz uma grande maioria de Mi. É claramente possível que um erro de omissão como este pudesse ter ocorrido até mais de uma vez nos textos Kx. Quem sabe, seja menos provável que a frase tenha se ensinuado a um escriba em face de basileian no versículo 29. Entretanto, a decisão é difícil diante da ausência de uma reconstrução derivativa da história da transmissão do texto.

Deve-se compreender, portanto, que todas as decisões acerca das leituras Mpt são provisórias e experimentais. Os editores se apressam em dizer que o texto pode muito bem ser melhorado com escolhas diferentes em muitos casos. Porém, era necessário que escolhas fossem feitas e o foram segundo as linhas acima discutidas. Essencialmente o mesmo procedimento foi

xxi

(19)

seguido em Atos e nas epístolas, dando-se preferência ao agrupamento K (em detrimento de Kc e Kr) de von Soden, praticamente da mesma forma em que se deu preferência a Kx nos evangelhos. Em Atos e nas epístolas, Mi novamente representa os textos I de von Soden.

Nestas seções do Novo Testamento bem como nos evangelhos, os textos dificilmente devem ser distingüidos da tradição majoritária como um todo.

Como o sabem todos que estão familiarizados com os materiais de von Soden, a sua apresentação dos dados deixa muito a desejar. Particularmente problemática aos editores desta edição foi a extensão a que o seu exame dos materiais K pareceu carecer de consistência.

Como o mostram as declarações específicas, por vezes somente uns poucos representantes de Kx nos evangelhos ou de K em Atos e nas epístolas foram por ele examinados. Só nos resta imaginar com que freqüência isto aconteceu nas ocasiões em que ele não nos deixou o quadro exato. Os seus outros subgrupos K sofrem da mesma deficiência. É evidente que tais procedimento prejudicam a acuracidade de qualquer aparato independentemente construído.

Porém os dados generalizados das outras fontes (tais como Tischendorf ou Legg) foram de pouco valor para a correção desta deficiência. Numa análise final, se é que a presente edição devesse ser produzida, as declarações de von Soden freqüentemente tiveram que ser aceitas.

Entretanto, onde o nosso texto difere daquilo que von Soden considerava como sendo a leitura comum (Koine), deve-se assumir que isso se deve ao avanço na pesquisa ou a dados conflitantes dentro dos volumes de von Soden.

É urgentemente necessário um novo aparato para os evangelhos, para Atos e para as epístolas, que cubra toda a tradição manuscritológica. Ele deveria incluir colações completas de um alto percentual dos manuscritos remanescentes do Texto Majoritário. Tal aparato poderia, então, ser usado para se determinar a real distribuição das variantes rivais dentro da tradição majoritária. Além disso, ele poderia prover a base indispensável sobre a qual se poderia fazer um trabalho definitivo de derivação.

O APARATO PARA JOÃO 7.53-8.11

Os materiais fornecidos por von Soden para a famosa história da mulher surpreendida em adultério são muito mais adequados que aqueles que ele provê para o restante do Novo Testamento. Aqui von Soden, de fato, realizou a colação completa de todas as cópias disponíveis desta perícope, mais de novecentas no todo. Embora os dados precisos destas colações devam ser cuidadosamente reunidos de suas discussões (e não apenas de seu aparato), pelo menos eles estão acessíveis. A partir deles os editores do presente texto chegaram a construir uma derivação provisória. Ela representa compreensão dos editores da história da transmissão desta narrativa.

Está claro que os problemas textuais que atingiram a perícope começaram cedo. Ela é omitida pelas mais antigas testemunhas da tradição egípcia, quais sejam, p66, p75,

a

, e B.

Evidentemente, ela também estava ausente de C e mesmo de A, que, nos evangelhos, geralmente está do lado do Texto Majoritário. Porém, o testemunho conjunto destes manuscritos, com exceção, possivelmente, de A, pode simplesmente apontar para uma cópia muito antiga na qual esta passagem estava faltando.

Não há qualquer razão que nos force a duvidar da originalidade Joanina desta história, a despeito da opinião contrária prevalecente. Dentre as marcas do estilo Joanino que ela exibe, nenhuma é mais clara que a frase em 8.6: tou/to de. e;legon peira,zontej auvto,n. Isto é um Joanismo puro e simples, que fica evidente pela comparação com 6.6; 7.39; 11.51; 12.6, 33; e 21.19. Igualmente o uso do vocativo gu,nai (8.10) por Jesus para se dirigir a uma mulher é uma característica Joanina (cp. 2.4; 4.21; 19.26; cp. também 20.13, 15). A frase mhke,ti a`ma,rtane

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Referências

Documentos relacionados

Nesse sentido, as equipes que fazem frente à organização deste periódico (Instituto de Linguagem, Conselho Editorial e Conselho Temático Consultivo, Unemat Editora) não têm

REVISTA DE ESTUDOS DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.. Programa de Pós-graduação em Ciências

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