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ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE INVESTIMENTOS: Tecnologia Aplicada Na Produção Leiteira

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Academic year: 2022

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso – Administração

NATÁLIA VOGT GALLI

ORIENTADORA: ROSELAINE FILIPIN

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE INVESTIMENTOS: Tecnologia Aplicada Na Produção

Leiteira

Trabalho de Conclusão de Curso

Ijuí, RS, 2º semestre de 2019.

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NATÁLIA VOGT GALLI

ORIENTADORA: ROSELAINE FILIPIN

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE INVESTIMENTOS: Tecnologia Aplicada Na Produção

Leiteira

Trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à conclusão do curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração.

Ijuí, RS, 2º semestre de 2019.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado saúde e forças para chegar até o final da trajetória acadêmica, em especial à realização deste trabalho que possui grande significado e importância.

Aos meus pais, José e Rúbia, que sempre fizeram de tudo para que nada faltasse, proporcionando todo suporte necessário. Por todo amor e carinho, e por embarcarem nas minhas ideias. À irmã Débora, que sempre esteve presente compartilhando todos os momentos, apoiando e incentivando.

Aos amigos que conquistei durante o tempo na universidade e que levarei para o resto da vida, por todos os momentos de descontração quando tudo parecia tenso e pelos inúmeros trabalhos que juntos realizamos, o caminho até aqui com vocês foi muito melhor.

Aos meus amigos da vida, que sempre estiveram comigo não só nos tempos de alegria, mas também nos dias cinza. Por terem compreendido os momentos de ausência por conta dos estudos, pela paciência e carinho de sempre.

A professora Roselaine, minha orientadora, que desde o primeiro momento aceitou a ideia do trabalho, conduzindo a construção de cada etapa deste estudo.

A trajetória até aqui foi longa, mas extremamente gratificante. A vocês, muito obrigado!

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“Possui tu a sabedoria, que este é o princípio da mesma sabedoria, e adquire a prudência com todas as tuas posses. Arrebata-a, e ela te exaltará: glorificado serás por ela, quando a tiveres abraçado, ela derramará sobre a tua cabeça torrentes de graça, e te cobrirá com uma ínclita coroa.”

(Provérbios 4:7-9)

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RESUMO EXPANDIDO

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE INVESTIMENTOS: TECNOLOGIA APLICADA NA PRODUÇÃO LEITEIRA¹

Natália Vogt Galli², Roselaine Filipin³

¹Trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Unijuí

²Acadêmica do Curso de Administração da Unijuí. E-mail: natalia_vogtgalli@hotmail.com

³Professora do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação da Unijuí. E-mail: roselaine.filipin@unjui.edu.br

Introdução

O melhoramento da qualidade de vida e a redução de tempo ocioso na produção leiteira implicam diretamente na tecnologia investida e nas consequentes mudanças exigidas. Sendo assim, o presente estudo, realizado em uma pequena propriedade do noroeste do estado do Rio Grande do Sul, verificou a possibilidade da aquisição de um novo e moderno modelo de ordenha. Desta forma, foi elaborada a seguinte problemática: que elementos definem a viabilidade econômica e financeira no investimento de um sistema robotizado de ordenha na produção leiteira de uma pequena propriedade rural?

O desenvolvimento dos resultados foram obtidos através da retomada de um referencial teórico abrangente sobre o tema. Diante disto foram discorridos sobre questões financeiras e processos produtivos, que deram origem a análise do ambiente organizacional, bem como das suas áreas funcionais e a elaboração do layout e fluxograma do negócio. A construção de tabelas de fluxo de caixa e DRE, e os cálculos referentes ao retorno sobre o investimento deram conta de resolver o problema em questão.

Para tanto o objetivo geral do estudo foi definido como identificar os elementos que definem a viabilidade econômica e financeira no investimento de um sistema robotizado de ordenha na produção leiteira de uma pequena propriedade rural. Logo, para atingir esse objetivo foram determinados os seguintes objetivos específicos: fundamentar teoricamente os conceitos necessários para se fazer entender o estudo, como fluxo de caixa e análise de investimentos;

identificar os custos, despesas e receitas, separando os custos fixos e variáveis para as atividades estudadas; estruturar a Demonstração do Resultado do Exercício e o Fluxo de Caixa a partir dos dados coletados; verificar os elementos que definem a viabilidade econômica e financeira do investimento na produção leiteira.

Metodologia

A metodologia foi o subsidio que orientou como a pesquisa foi realizada. Ela tratou de definir a classificação do estudo, o método de coleta de dados, como se deu a análise e classificação dos resultados.

Quanto a natureza se classificou como aplicada, pois visa a resolução de problemas específicos da realidade, que neste estudo se definiu como identificar a viabilidade do investimento na propriedade estudada. Quanto a abordagem foi quantitativa, por se tratar da análise e proposição de valores numéricos e reais relevantes ao caso. Quanto aos objetivos foi pesquisa descritiva, pois expôs e descreveu os fatos observados junto a propriedade. Em relação aos procedimentos técnicos foi de pesquisa bibliográfica vista a busca do referencial teórico, documental pela captação dos arquivos necessários para acolhimento das informações, estudo de caso por estar focado nos acontecimentos dentro do ambiente, e participante pela autora estar diretamente ligada ao negócio.

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A coleta de dados aconteceu por meio das técnicas de observação, utilização de documentos e entrevistas informais. Deste modo os dados foram coletados através de conversas informais com o gestor, retomando o histórico da propriedade e indagando sobre seu método de trabalho, e seu controle com os custos e despesas. Da mesma forma foram coletados os documentos e arquivos necessários que serviram de apoio para a elaboração do plano financeiro. Foram também coletadas informações fora do ambiente da propriedade, juntamente a instituições de crédito sobre prazos e taxas de juros para financiamentos, fornecedores da ordenha robotizada sobre os custos de aquisição, e realizada uma visita a um produtor que possui o sistema robotizado para conhecer o processo e os benefícios que a tecnologia agrega. Com os dados coletos foram elaboradas as análises e calculada a viabilidade do investimento.

Resultados

Ao retomar o histórico da propriedade, foi possível identificar o quanto ela cresceu e se modificou ao longo dos anos. No ramo a mais de 30 anos e proveniente de sucessão familiar, a propriedade atualmente apresenta 27 hectares de área própria e possui mão-de-obra familiar.

Demonstrou crescimento ascendente sobre seu faturamento e volume de produção entregue, onde em seu formato atual conta com aproximadamente 60 animais, com uma média de 40 vacas em lactação, com instalações e equipamentos que suprem a demanda de produção.

Com estes dados foi obtido como resultado um diagnóstico do ambiente onde evidenciou que a agricultura é uma das principais atividades econômicas do país, dela provem alimento e renda para as famílias. Um dos principais setores primários do agro é a pecuária leiteira, segundo o CNA Brasil é quinto maior provedor de valor bruto, com uma representatividade de 48,17 milhões de reais sobre o montante total. Resultado disso são as novas tendências de mercado e as novas possibilidades em tecnologias emergentes. Novos modelos de ordenha vêm acompanhando e adaptando às necessidades dos produtores, até chegar a um dos seus modelos mais contemporâneos, o robotizado.

A proposta de investimento, portanto, sugeriu a aquisição da ordenha robotizada. Para isto, foram analisadas as áreas a cerca da propriedade, onde foi constatado que o principal cliente do produto ofertado são indústrias e cooperativas de laticínios que beneficiam o produto e distribuem até chegar ao consumidor final. O preço a ser pago pelo produto é de poder do comprador, cabendo ao produtor investir em ações que agreguem qualidade e valor adicionado. Para isto foi diagnosticado, através do reconhecimento do atual modelo de produção, a necessidade de novas instalações para comportar o sistema robotizado que visa a ordenha voluntária, onde o animal através da criação de uma rotina procura pela ordenha.

Como justificativa a cerca disso foi elaborado o fluxograma que explicou a diferença entre o processo convencional e o robotizado.

Com estes elementos definidos foram criadas as informações financeiras, que deram conta de explanar o total dos bens presentes na propriedade e que com o investimento continuam necessários, os custos e despesas atuais, e a receita líquida. Os novos bens a serem adquiridos contemplam uma ordenha robotizada, uma nova sala de ordenha, um resfriador a granel 2.000l, 30 matrizes leiteiras, além de um capital de giro inicial, totalizando R$923.000,00 a serem financiados. O financiamento sugerido é sob modalidade SAC e o pagamento efetuado em até 120 meses, incluídos 36 meses de carência a uma taxa de 7% ano, ao final do financiamento o valor pago é de 1.278.355,00.

Com base nos valores obtidos pela coleta procedeu-se a projeção da nova receita com o incremento da ordenha robotizada e o aumento do número de animais, nela é previsto produzir aproximadamente 421.857 litros de leite ao a um preço inicial médio do final do período de R$1,6948 o litro, partindo de uma receita líquida de R$593.395,77 estimando-se crescimento de 39,28% sobre esse valor até o último ano. Quanto aos novos custos e despesas

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estima-se um aumento de 43,63% com o investimento, o que representa no primeiro ano R$242.032,22 em custos e R$144.334,02 de despesas, totalizando R$387.366,23. A partir desse valor foram incrementados a taxa de inflação do ano de 2018, de forma que o décimo ano gere um desembolso de R$477.610,85 ao produtor. Com a projeção desses resultados foi elaborado o fluxo de caixa que indicou um saldo líquido do período positivo para todos os anos previstos, porém um caixa acumulado negativo até o terceiro ano do investimento, onde é a partir do quarto ano que o valor aplicado começa a se pagar, porém é no sexto ano que o valor é recuperado e começa a gerar lucro. O payback simples tratou de comprovar este resultado, conforme a apuração realizada o período de recuperação do investimento é de 6,43 anos, com uma taxa de atratividade de 28,02%. Por fim a DRE apontou um resultado líquido de R$141.419,54 sendo positivo até o final do período, com uma lucratividade inicial média de 24,20% e uma rentabilidade de 15,32%.

Conclusão

A propriedade em estudo está em um ambiente de negócios propício a inovação que visam um melhoramento na qualidade de vida do produtor e incremento na receita. Baseado nisso acredita-se que por apresentar resultados positivos nas projeções o empreendimento possui a capacidade de investir em novas tecnologias, pois o investimento da ordenha robotizada demonstra ser viável pelos resultados obtidos.

Palavras-Chave: Investimento. Ordenha robotizada. Produção. Viabilidade.

Referências

CNA BRASIL. Valor bruto da produção: faturamento da agropecuária encerra 2018 com crescimento de 3,1%. Disponível em: <https://www.cnabrasil.org.br/boletins- tecnicos/valor-bruto-da-producao-faturamento-da-agropecuaria-encerra-2018-com-

crescimento-de-3-1>. Acesso em: 26 nov 2019.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Estrutura da demonstração do resultado do exercício ... 21 Quadro 2 - Planilha Fluxo de Caixa ... 30

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Layout atual da sala de ordenha ... 47

Figura 2 - Fluxograma do processo de ordenha ... 48

Figura 3 - Novo layout da sala de ordenha ... 50

Figura 4 - Fluxograma ordenha robotizada ... 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Relação de bens ligados à produção leiteira na propriedade ... 54

Tabela 2 - Investimentos necessários para a execução do projeto ... 56

Tabela 3 - Origem dos recursos... 56

Tabela 4 - Sistema de simulação de prestação SAC... 57

Tabela 5 - Custos e despesas atuais da produção ... 59

Tabela 6 - Ração animais em lactação ... 60

Tabela 7 - Custo formação silagem 10ha safra ... 61

Tabela 8 - Custo formação silagem 10ha safrinha ... 62

Tabela 9 - Custo formação pastagem 10ha verão ... 63

Tabela 10 - Custos formação pastagem 15 ha inverno ... 63

Tabela 11 - Composição atual da receita ... 64

Tabela 12 - Projeção da receita ... 65

Tabela 13 - Projeção dos custos e das despesas ... 67

Tabela 14 - Fluxo de caixa ... 71

Tabela 15 - Indicadores de viabilidade ... 74

Tabela 16 - Demonstração do Resultado do Exercício ... 76

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 15

2.1. ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA... 15

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 15

2.3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 16

2.4. OBJETIVOS ... 17

2.4.1.Objetivo geral ... 17

2.4.2.Objetivos específicos ... 18

2.5. JUSTIFICATIVA ... 18

3. REFERENCIAL TEÓRICO ... 19

3.1. ANÁLISE FINANCEIRA ... 19

3.2. DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS ... 20

3.2.1.Demonstração do Resultado do Exercício ... 20

3.3. PLANO DE NEGÓCIO ... 22

3.3.1.Análise de Mercado ... 23

3.3.1.1. Concorrência ... 24

3.3.1.2. Fornecedores ... 25

3.3.1.3. Clientes ... 25

3.3.2.Plano de Marketing... 26

3.3.2.1. Produtos e serviços ... 26

3.3.2.2. Preço ... 27

3.3.2.3. Praça... 27

3.3.2.4. Promoção ... 27

3.3.3.Plano Operacional ... 28

3.3.3.1. Layout ... 28

3.3.3.2. Capacidade Produtiva ... 28

3.3.4.Processos operacionais ... 29

3.3.5.Plano financeiro ... 29

3.3.5.1. Investimentos... 30

3.3.5.2. Fluxo de Caixa ... 30

3.3.5.3. Receitas ... 32

3.3.5.4. Despesas ... 32

3.3.5.5. Custos ... 33

3.3.5.6. Indicadores de Viabilidade ... 33

3.3.5.6.1. Payback ... 34

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3.3.5.6.2. Taxa interna de retorno (TIR) ... 35

3.3.5.6.3. Valor presente líquido (VPL) ... 35

3.3.5.6.4. Índice de lucratividade ... 36

3.3.5.6.5. Taxa de rentabilidade ... 37

4. METODOLOGIA ... 38

4.1. CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO ... 38

4.2. COLETA DE DADOS ... 40

4.3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ... 41

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 43

5.1. DIAGNÓSTICO DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL ... 43

5.2. ÁREAS FUNCIONAIS DO NEGÓCIO ... 45

5.3. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ... 54

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 82

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1. INTRODUÇÃO

Uma das principais atividades econômicas do país é a agricultura, tanto que no ano de 2017 representou 23% a 24% do PIB brasileiro, onde se enquadram diversas categorias, sendo uma delas a produção leiteira. Desse percentual no território nacional foram captados um total de 24,12 bilhões de litros de leite. Ainda neste viés, segundo pesquisas da Emater/RS o Rio Grande do Sul produziu um equivalente a 4.473.485.610 litros de leite em 2017, com cerca de 1.309.259 vacas em lactação, contando com aproximadamente 173.706 produtores.

O preço médio por litro de leite no ano de 2018 circulou por volta de R$1,1649/litro no estado, este preço pode variar por região, volume entregue e qualidade.

Nesse cenário da produção de leite ocorreram muitas mudanças quanto aos seus processos e máquinas. Os avanços tecnológicos proporcionaram a criação de diversos instrumentos que melhoraram e proporcionaram mais conforto ao trabalho. As propriedades passaram a investir em infraestrutura, número e produtividade dos animais (l/dia de leite).

No início tudo que uma propriedade precisava para coletar o leite era um balde, um coador ou filtro, um local para refrigeração e um banquinho para o produtor sentar e realizar a atividade. Com o sistema automatizado estes aparatos foram substituídos pela ordenha mecânica que apresenta vantagens como a redução no tempo de ordenha, economia de mão- de-obra, bem-estar animal, mais animais a serem ordenhados por vez, maior facilidade de manejo e criação de rotina fixa.

Outro modelo de automação que vem ganhado espaço no mercado é o modelo de ordenha robotizado, também conhecido como VMS (Voluntary Milking System). O sistema robotizado é comandado por um computador que controla o funcionamento do ambiente como acender as luzes e ventiladores, acionar a limpeza do piso e o manejo da ordenhadeira.

Este sistema apresenta inúmeras vantagens como a possibilidade de realizar até três ordenhas diárias, redução de mão-de-obra, acompanhamento detalhado através de relatórios, adaptação e bem-estar animal, e retorno sobre o investimento. No Rio Grande Sul o primeiro sistema robotizado foi no município de Paraí no ano de 2015 com o modelo Lely Astronaut, desenvolvido na Holanda.

Tendo estas informações o presente estudo tem por base analisar a viabilidade econômica e financeira do investimento desta tecnologia aplicada na produção de leite, levando por base os custos do sistema robotizado de ordenha e todos os demais envolvidos no seu funcionamento. Para que isso seja possível foi definido o tema para o estudo,

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apresentando um problema a ser resolvido através do cumprimento dos objetivos preestabelecidos, com uma justificativa plausível para sua realização.

Definidos os princípios e objetivos deste estudo se elaborou o referencial teórico que tem objetivo retomar todo embasamento teórico necessário para que seja desenvolvida, posteriormente, a análise dos dados. Sendo assim foi discorrido sobre análise financeira, os principais demonstrativos financeiros, o plano de negócios onde abordou conceitos de análise de mercado, plano de marketing, plano operacional e financeiro, onde nesses conceitos foi tratado de temas como produtos e serviços, investimentos, fluxo de caixa e indicadores de viabilidade.

Foi desenvolvida a metodologia que foi utilizada nas próximas etapas da pesquisa, classificando o estudo em suas naturezas, e realizado os planos de coleta de dados, análise e interpretação dos resultados, e sistematização do estudo.

Tendo esses tópicos definidos, realizou-se a coleta de dados, com o intuito de suprir o tema da pesquisa e gerar informações suficientes para a análise. Nesta coleta foram discriminadas informações referente a propriedade, como imobilizados, origem de recursos, levantamento de custos e despesas, receitas e outros.

Com os dados devidamente coletados se elaborou os resultados obtidos, sendo relatado o diagnóstico do ambiente frente aos seus concorrentes, clientes e fornecedores. As diretrizes do negócio deram conta de evidenciar como ocorrem os processos produtivos e o ambiente de negócios. Após, foi tabulado os dados financeiros e realizadas as projeções necessárias para dar conta de responder ao problema da pesquisa.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

A etapa de contextualização de estudo contemplará a apresentação do tema de estudo, bem como sua problematização, abrangendo o objetivo geral e os específicos, e por fim a justificativa.

2.1. ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

Parte importante para qualquer estudo a ser realizado, determinar o tema que será explanado irá delimitar uma linha de pesquisa e estudos para ser seguido. Vergara (2009, p.

23) explica que “delimitação do estudo refere-se à moldura que o autor coloca em seu estudo”.

Nesta linha de pensamento o presente estudo visou à realização de uma análise de um investimento na área da pecuária leiteira de uma propriedade rural familiar, com a implantação de um sistema de produção automatizado, dessa forma buscando reunir informações geradas que possam auxiliar na gestão do empreendimento.

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Historicamente a propriedade a ser estudada atua na atividade há mais de 30 anos, sendo de uma sucessão familiar. Nos últimos dez anos foi dado mais atenção ao negócio com o intuito de aperfeiçoar, melhorar a qualidade e aumentar o volume de produto entregue. Com isso pode-se destacar que a propriedade atualmente conta com 27 hectares de área própria, destas 20 ha são de planta, o restante abrange hectares de área florestada, potreiro, casa, sala de ordenha, galpões e outros. Sua atividade é basicamente realizada com a utilização de mão de obra familiar.

Em meados do ano de 2007 a produção de leite contava com aproximadamente 12 animais em lactação, um volume médio de 5.400 litros de leite ao mês a um preço médio de R$0,75/l. Percebendo que o negócio era próspero e que a longo prazo traria uma rentabilidade significativa o proprietário em 2008 construiu uma nova sala de ordenha, com mais conforto e praticidade para a realização da atividade. Também adquiriu novos e modernos equipamentos, como resfriador de leite a granel para 800 litros, silo de armazenamento de ração com capacidade de 3.500 kg, transferidor de leite automático e outros. Para acompanhar seus investimentos, adquiriu um volume maior de vacas em lactação. No ano de 2010 eram

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aproximadamente 23 vacas na ordenha, passando seu volume entregue por mês para uma média de 10.500 litros aproximadamente, com um preço médio de R$0,80/l.

No ano de 2016 alguns hectares de pastagens foram substituídos por grama tifton para alimentação dos animais, o que reduziu custos com semente e adubo e garantiu um manejo mais duradouro. Tal medida foi pensando no número de animais para alimentar. Nesta época eram um total de aproximadamente 40 animais no campo.

Atualmente a propriedade conta com cerca de 60 animais, sendo em média 40 lactantes, entregando até o momento uma variação de 16.500 l/mês a um preço médio de R$1,25/l. Percebendo que o ramo da produção de leite traz um retorno significativo, o proprietário investiu na construção de um galpão para trato e sala de espera dos animais, proporcionando maior comodidade e facilitando o processo produtivo.

2.3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

O cenário das propriedades produtoras de leite mudou muito nos últimos anos.

Dentre algumas notícias, o destaque é para questões que envolvem êxodo rural e os impactos que isto traz para a atividade agrícola e os problemas sociais causados. A busca por melhores condições de vida, melhor remuneração, qualidade de ensino, entre outros, são as principais causas desse evento. Tendo desta forma o problema de falta de mão de obra, abre-se uma janela no mercado surgindo então a possibilidade de investimentos e de inovações tecnológicas. Zanin (et al, 2015) cita que o avanço tecnológico e a inserção de novas estratégias de produção oportunizam que empresas e produtores atuantes no agronegócio identifiquem alternativas para a maximização da sua produção.

Os sistemas de ordenha acompanharam a necessidade de mercado e aperfeiçoaram- se. O primeiro registro do desenvolvimento de uma máquina de ordenha foi em 1878 por Anna Baldwin, que desenvolveu um sistema de sucção à base de borracha. Este foi o pontapé inicial para a migração do processo manual para o mecânico. De lá pra os modelos evoluíram até o formato atual.

A intensa carga de trabalho exigida na atividade leiteira e a qualidade de vida dos produtores é um dos principais fatores que levam o desenvolvimento deste estudo, visto que esta rotina acaba tornando-se escravizante por conta dos horários fixos de ordenha e alimentação dos animais, serviços estes diários, sem desconsiderar os finais de semana, feriado, condições climáticas e outros.

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Para minimizar estes efeitos e gerar uma melhor qualidade de vida e de trabalho, e seguindo as tendências e exigências de mercado, foi desenvolvido o sistema automatizado de ordenha. Conforme Venturini et al. (2012) a profissionalização da atividade, buscando maiores índices de mecanização, produtividade da mão-de-obra, sistemas produtivos adequados à realidade nacional e modelos de gestão eficientes, deve ser a meta do produtor de leite nacional para competir no mercado.

Diante de todo esse cenário o produtor se indaga sobre o custo de aquisição e de produção do investimento e o tempo para o retorno. Conforme Marion (2012, p.79) “a contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas as empresas) ou particular (aplicada a certo rama de atividade ou setor da economia)”. Desta forma um dos desafios do estudo é mostrar que a propriedade rural também é um empreendimento e que deve ser controlado sobre sua forma de gestão.

Vergara (2004, p. 21) apresenta que “problema é uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa”. Nesse contexto a questão problema de estudo é: que elementos definem a viabilidade econômica e financeira no investimento de um sistema robotizado de ordenha na produção leiteira de uma pequena propriedade rural?

2.4. OBJETIVOS

Roesch (2006, p. 95) corrobora que “realizar um diagnóstico, gerar soluções, formular um plano, implantar um sistema, avaliar um programa, todos esses são em princípio objetivos viáveis para guiar a elaboração de um projeto”. Visto isso se compreende a necessidade de definir um objetivo, uma linha de pensamento sobre o estudo, para que este não fuja do tema e do propósito inicial. Para Vergara (2004, p.25) implica que “objetivo é um resultado a alcançar. O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos intermediários são metas de cujo atingimento depende o alcance do objetivo final”.

2.4.1. Objetivo geral

O objetivo geral deste estudo foi identificar quais elementos definem a viabilidade econômica e financeira no investimento de um sistema robotizado de ordenha na produção leiteira de uma pequena propriedade rural.

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2.4.2. Objetivos específicos

1. Fundamentar teoricamente os conceitos necessários para se fazer entender o estudo, como fluxo de caixa e análise de investimentos;

2. Identificar os custos, despesas e receitas, separando os custos fixos e variáveis para as atividades estudadas;

3. Estruturar a Demonstração do Resultado do Exercício e o Fluxo de Caixa a partir dos dados coletados;

4. Verificar os elementos que definem a viabilidade econômica e financeira do investimento na produção leiteira.

2.5. JUSTIFICATIVA

A principal função da justificativa é mostrar a relevância do tema, evidenciando a importância de ser estudado. Sendo assim Roesch (2006, p. 98) explica que “justificar é apresentar razões para a própria existência do projeto, [...] em termos gerais, é possível justificar um projeto através de sua importância, oportunidade e viabilidade”. Vergara (2009, p.25) completa dizendo que a justificativa é onde “o autor justifica seu estudo, apontando-lhe contribuições de ordem prática ou ao estado da arte na área”.

Com estas considerações se compreende que a justificativa deve atender as necessidades do estudo, possuindo significado para ambas as partes interessadas, sendo elas o autor e a comunidade acadêmica. Zamberlan (2014, p. 109) diz que “ao elaborar a justificativa do projeto busca-se responder porquê?”.

Este estudo, portanto justifica-se pela necessidade de analisar uma propriedade rural como empreendimento promissor que se adapta as condições de mercado. Sendo assim, foram analisadas as condições econômicas e financeiras, bem como o ambiente ao qual o negócio está alocado, e a partir dos objetivos analisar a viabilidade do negócio.

Para a universidade e alunos do curso de Administração, este estudo poderá servir como base de estudo e apoio teórico para estudos futuros, servindo como auxilio de material sobre o agronegócio, processo produtivo, estruturas e demonstrações contábeis.

Para a acadêmica, serviu como experiência sobre como gerir um negócio em frente às mudanças de mercado e analisar sua condição econômica e financeira, podendo realizar a sistematização entre a teoria e a prática.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico trouxe o embasamento teórico necessário para que se faça entender o tema do estudo. Conforme Vergara (2004, p. 35), “o referencial teórico contempla uma revisão da literatura existente, no qual concerne não só o acervo de teorias e as suas críticas, como também, a trabalhos realizados que as tomam como referência”.

Desta forma foram abordados assuntos como a análise financeira, os demonstrativos financeiros explanando sobre DRE e fluxo de caixa. Também será tratado sobre o plano de negócios, onde será explanado sobre a análise de mercado, os planos de marketing, operacional e financeiro.

3.1. ANÁLISE FINANCEIRA

A análise financeira tem extrema importância na tomada de decisões para as organizações. Através dela que é analisada a saúde financeira da empresa, podendo assim medir o desempenho da aplicação de recursos. Pereira da Silva (2010) explica que a análise financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a mesma, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a empresa.

Para a realização de uma análise financeira, além do monitoramento dos fatos e resultados por meio do planejamento, se deve tomar uma posição de ação gerencial estratégica considerando três pontos: equilíbrio econômico e financeiro, crescimento, e indicadores econômicos. O equilíbrio econômico é o estudo da viabilidade do negócio através da estabilidade e capacidade de geração de lucros que podem ser medidos através de indicadores contábeis. O crescimento pode ser visto como o crescimento patrimonial da empresa, representado pela análise do patrimônio liquido. Por fim, os indicadores econômicos são medidas de desempenho para mensurar o desenvolvimento econômico da empresa.

(SEBRAE, 2017)

Neto (2017) explica que a empresa deve delinear seu objetivo, de maneira que as decisões a ser tomadas sejam segundo critérios racionais, permitindo avaliar os vários resultados provenientes das decisões financeiras. Completa ainda corroborando:

Dentro do ambiente empresarial, a administração financeira volta-se basicamente para as seguintes funções: planejamento financeiro, controle financeiro, administração de ativos e administração de passivos. Ao basear-se nas funções

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financeiras enunciadas, qualquer que seja a natureza de sua atividade operacional, uma empresa é avaliada como tomadora de duas grandes decisões financeiras:

decisão de investimento – aplicação de recursos – e decisão de financiamento – captação de recursos. Uma terceira decisão que envolve a alocação do resultado líquido da empresa, também conhecida por decisão de dividendos, é geralmente incluída na área de financiamento por representar, em última análise, uma alternativa de financiar suas atividades. (NETO, 2017, p.18)

Silva (2017) traz a ideia de que a análise das demonstrações contábeis consiste na coleta de dados constantes nas respectivas demonstrações, com vistas à apuração de indicadores que permitem avaliar a capacidade de solvência (situação financeira), conhecer a estrutura patrimonial (situação patrimonial) e descobrir a potencialidade da entidade em gerar bons resultados (situação econômica).

3.2. DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS

A análise dos demonstrativos financeiros é uma das ferramentas de auxilio para a tomada de decisão. Quanto mais informações estiverem disponíveis nas demonstrações, maior e mais completo será o planejamento estratégico.

As Demonstrações Financeiras obrigatórias a partir da Lei no 11.638/07 são o Balanço Patrimonial (BP), Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

3.2.1. Demonstração do Resultado do Exercício

Para Iudícibus (2004, p.194): “a Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”.

Ao fim de cada exercício social, conforme disposição da Lei das Sociedades por Ações é elaborada a Demonstração de Resultado do Exercício, em que se observa o grande indicador global de eficiência: o retorno resultante do investimento dos donos da empresa, lucro ou prejuízo. (MARION, 2003)

A DRE também não deixa de ser um simples balanceamento entre as origens de recursos, representadas pelas receitas, e as aplicações feitas em despesas. As contas

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representativas são chamadas contas de resultado, ou, por provocarem modificação para mais (receita) ou para menos (despesas) no patrimônio liquido, contas diferenciais. (REIS, 2009)

O principal aspecto gerencial da demonstração do resultado é que ela mostra a capacidade de geração ou criação de valor empresarial, e, consequentemente, de fluxo de caixa. Além disso, é por meio da avaliação da lucratividade evidenciada na demonstração de resultados que se avalia o retorno do investimento, quando se confronta o lucro obtido com o investimento realizado evidenciado no balanço patrimonial. (PADOVEZE, 2012, p. 42)

Conforme o quadro 1 abaixo está apresentada a estrutura da DRE.

Quadro 1 - Estrutura da demonstração do resultado do exercício Demonstração do resultado do exercício – período de 01/01 a 31/12

Receita operacional bruta

(-) Tributos incidentes sobre as vendas (-) Devoluções e abatimentos

= Receita operacional líquida

(-) Custo das mercadorias vendidas (se comércio) Custo dos produtos vendidos (se indústria)

Custo dos serviços vendidos (se prestação de serviços)

= Lucro bruto

(+) Outras receitas operacionais (-) Despesas operacionais

Administrativas Com vendas Tributárias

Financeiras líquidas

(Despesas financeiras (-) receitas financeiras) Outras despesas operacionais

Equivalência patrimonial

= Lucro (prejuízo) operacional (+) Outras receitas

(-) Outras despesas

= Resultado do exercício antes do imposto de renda

(-) Provisão para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (-) Participação dos administradores

(-) Participação dos empregados

= Lucro (prejuízo) do exercício

Fonte: PADOVEZE, 2012.

Como pode ser observado a DRE visa ratificar o resultado econômico da organização, salientando a receita operacional bruta, receita operacional líquida, lucro bruto,

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lucro operacional, resultado do exercício antes do imposto de renda e por fim o lucro/prejuízo do exercício.

Desta forma entende-se que receita operacional bruta corresponde ao valor bruto do faturamento das vendas/serviços, enquanto a receita operacional líquida é deduzida dos tributos, devoluções e abatimentos. Logo o lucro bruto corresponde à receita líquida menos o custo de mercadoria vendida, consequentemente o lucro operacional é acrescido de outras receitas operacionais ou deduzido de despesas operacionais. O resultado antes do imposto de renda equivale ao lucro operacional antes do abatimento do imposto de renda e da retirada da participação de terceiros no resultado. Por fim o lucro/prejuízo corresponde ao resultado final do período (REIS, 2003).

A partir destas ferramentas da contabilidade por meio da utilização dos demonstrativos contábeis e ferramentas da administração é possível elaborar um plano de negócios como forma de evidenciar a viabilidade do mesmo.

3.3. PLANO DE NEGÓCIO

O plano de negócios é uma ferramenta chave para os gestores, tanto na criação das organizações como em suas melhorias. É um relato do que contem o negócio e o que ele pretende atingir, prevendo sua maneira de operar, as estratégias necessárias, bem como projetar suas despesas, receitas e resultados financeiros. Chiavenato (2004) confirma isso discorrendo que o plano de negócios auxilia o empreender com o plano que tem em mente, mas para que esse empreendimento prospere, faz-se necessária a transformação dessas ideias em um documento formal.

Um plano de negócio é um documento que descreve (por escrito) quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que estes objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.

(ROSA, 2004, p.10)

Logo, o plano de negócios auxilia a avaliar a viabilidade do empreendimento, através de análises de mercado e ferramentas da contabilidade.

O desenvolvimento do plano de negócios conduz e obriga o empreendedor ou empresário a concentrar-se na análise do ambiente de negócios, nos objetivos, nas estratégias, nas competências, na estrutura, na organização, nos investimentos e nos recursos necessários, bem como no estudo da viabilidade do modelo de negócio.

(BERNARDI, 2008, p. 4)

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Elaborar um plano de negócios tem grande importância para a empresa, pois através dele é que se organizam as ideias ao iniciar um novo empreendimento, auxilia a orientar a expansão de empresas já em atividade, apoia a administração do negócio, facilita a comunicação entre os membros da organização, e capta recursos (SEBRAE, 2019).

O plano de negócio em si não garante o sucesso da empresa ou sua lucratividade; no entanto, quando desenvolvido com boa qualidade, aumenta as chances do empreendimento, pois, através da reflexão e da compreensão das necessidades, cria bases sólidas para o monitoramento do modelo e da estratégia de negócios.

(BERNARDI, 2008, p. 4)

O plano de negócios, de acordo com dados do SEBRAE (2013) é divido em pontos estratégicos, que facilitam o desenvolvimento e a execução do mesmo. São estas partes a análise de mercado, o plano de marketing, plano operacional e plano financeiro.

3.3.1. Análise de Mercado

Quando se fala em análise de mercado é importante destacar que se tenha um olhar critico sobre o meio, avaliando as oportunidades e ameaças, verificando tendências, monitorando e adaptando as mudanças e exigências de mercado.

A empresa não esta sozinha no mundo dos negócios e a estratégia não funciona no vácuo. A empresa faz parte integrante de um ambiente complexo, dinâmico, mutável e competitivo que constitui o cenário em que ela vive, opera, enfrenta desafios, aproveita oportunidades, oferece P/S, satisfaz necessidades da sociedade e do mercado. (CHIAVENATO, 2011, p.268)

A análise tem por objetivo conhecer e definir seu mercado para assim se chegar no objetivo organizacional. Salim (2010, p. 148) explica que: “a análise de mercado é sempre feita para um mercado definido, em face de necessidades de um de seus empreendimentos e visa a orientar suas ações em face do resultado obtido”.

Conhecer o mercado significa saber o seu tamanho, identificar quem são os consumidores ou o público-alvo, quais são suas necessidades e desejos. É importante conseguir compreender os segmentos que compõem esse grupo de consumidores e beneficiários. Em seguida, o empreendedor deverá identificar os players que concorrem no mercado e quem são os seus benchmarks. É necessário entender como atuam e para onde estão conduzindo o modo de satisfazer os clientes em cada mercado. (SALIM, 2010, p. 139)

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Para uma análise bem estruturada se faz necessário coletar o máximo de informações sobre o mercado. Uma pesquisa de mercado seguida de uma análise de compreensão dos resultados visa integrar o plano. Como resultado deve oferecer uma visão clara sobre as condições que existem para o empreendimento conquistar a fatia de mercado, permitindo testar elementos para avaliar o risco e conveniência de investir em uma proposta. (SALIM, 2010)

Com isso a análise de mercado se faz necessária para que se tenha uma visão realista do negócio ou investimento, fazer que se tenha uma visão do passado e do futuro para estar preparado para as tendências de mercado, como auxilio na tomada de decisões, e uma forma de analisar e acompanhar o mercado continuamente. Chiavenato (2002, p.3) relata que: “quem olha o mercado e imediatamente reage aos seus desafios sem examinar o que esta por trás – as causas –, nem o que está à frente – as tendências –, pode se surpreender com um sério golpe”.

3.3.1.1. Concorrência

No âmbito organizacional se deparar com concorrentes faz parte da rotina, e para que estes não se sobressaiam é importante conhece-los e analisa-los, pois segundo Salim (2010, p.149): “concorrente é aquele que produz e comercializa o mesmo produto ou serviço que o empreendimento em análise. Na área social seria o que presta o mesmo beneficio”. Para Kotler (2006, p.340): “pela abordagem de mercado, concorrentes são empresas que atendem as mesmas necessidades dos clientes”.

Percebe-se que ambos os autores concordam que os concorrentes ofertam aos clientes o mesmo tipo de produto ou serviço, possuindo certas vezes as mesmas características que conquistem o mercado.

Por isso é necessário ter cuidado com novos projetos e investimentos inovadores, pois com uma janela de mercado aberta o crescer de novos concorrentes é inevitável. Para confirmar isso Salim (2010, p.151) corrobora sobre referindo que: “novos entrantes: são concorrentes que entram em um mercado estratificado, apresentando soluções inovadoras, algumas vezes disruptivas”.

Para se defender dos concorrentes Kotler indica os seguintes passos:

Primeiro, a empresa deve encontrar formas de expandir a demanda de mercado total.

Segundo, deve proteger sua participação de mercado por meio de ações defensivas e ofensivas. E, terceiro, pode tentar aumentar ainda mais sua participação de mercado, mesmo que o mercado continue estável. (KOTLER, 2006, p. 347)

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3.3.1.2. Fornecedores

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor:

Art.3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, publica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (CDC – Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990)

Segundo Neumann (2002, p. 14), “o desenvolvimento dos Fornecedores da empresa, para um novo tipo de relacionamento, é uma tarefa de longo prazo”. Isto significa que, criar relações de comunicação e confiança com fornecedores atenua os riscos de mercados com concorrentes, além de ser um caminho par novas oportunidades e investimentos. Outro aspecto que se pode entender é que criar parcerias como uma via de mão dupla, beneficia ambos os lados envolvidos, organização e fornecedor.

3.3.1.3. Clientes

Um dos principais desafios das organizações são os clientes, capta-los, conquista-los e fazer com que permaneçam. Para isso é importante entender o seu conceito, para dessa forma entender o que este procura e assim satisfazer sua demanda. O Código de Defesa do Consumidor determina no seu art.2º que: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.

É preciso se fazer entender que existe diferença entre consumidor e cliente, sendo que o primeiro remete as compras habituais e que não geram vínculos com as organizações, enquanto o segundo mantém relação de lealdade a com as empresas. Confirmando isso Dias (2003, p. 38) explica que “cliente designa uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha um papel no processo de troca ou transação com uma empresa ou organização”.

No entanto tratar o consumidor como cliente não significa desconsiderar as diferenças existentes entre seus volumes ou frequências de compras, mas considerar que independente do tipo de mercado, quem influencia e toma as decisões de compra são as pessoas, com valores, crenças e atitudes moldadas pela sociedade e pela personalidade.

(DIAS, 2003)

É necessário definir o perfil do cliente para entender por quais motivos o levou a comprar. Para isso é avaliado o perfil geográfico, demográfico, psicográfica e

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comportamental. Outro aspecto é considerar como está comprando e porque está comprando.

(SEBRAE, 2019)

3.3.2. Plano de Marketing

O plano de marketing é uma das ferramentas do plano de negócios que auxilia nas ações estratégicas no que diz respeito aos preços, canais de distribuição, a promoção e bens e serviços das organizações. Assim, os seguintes aspectos estão descritos com o intuito de fortalecer e dar embasamento ao estudo da análise de viabilidade econômica e financeira proposta.

3.3.2.1. Produtos e serviços

Os conceitos de produtos e serviços assumem diversos papei e aspectos no ambiente organizacional. Este item pode ser estudo mais profundamente na área do marketing, mas deve ser de conhecimento de todas as áreas de uma organização.

Entende-se que são as combinações de bens e serviços que a empresa oferece ao mercado-alvo, que possuem características como qualidade, design, marca, embalagem, e outros aspectos, para assim satisfazer as necessidades do consumidor.

Segundo Kotler (2000), o produto representa algo que pode ser oferecido a um mercado para a sua apreciação, uso ou consumo na tentativa de satisfazer um desejo, necessidade ou demanda. Os produtos e serviços abrangem uma esfera tangível e intangível, de modo que se tornem noções associadas aos benefícios e peculiaridades.

Para que os produtos e serviços adentrem o mercado e alcancem liderança e criem vantagem competitiva e valor para o cliente é recomendado adotar a estratégias de diferenciação. Estas estratégias visam desenvolver um conjunto de diferenças significativas e valorizadas. Existem algumas formas de diferenciação e são elas: o preço ou vantagem de custo; atributos e benefícios do produto; serviços agregados; canais de distribuição; e imagem da marca. (DIAS, 2003)

A qualidade dos produtos e serviços devem ser sempre levadas em consideração como ponte para a satisfação dos clientes. Para isso Kotler (2006, p.145) implica que:

“qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas”.

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3.3.2.2. Preço

Preço é a quantidade de dinheiro que os clientes devem desembolsar para obter o produto, esse é o único componente que gera receita para a organização. Logo, Kotler (1993, p. 215) discorre que: “preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo beneficio de possuir ou fazer uso de um produto ou serviço”. Também através do preço a organização determina seus lucros, onde se baseia em seus custos e despesas, para assim poder conceder condições de pagamento, prazos e descontos.

Seguindo a ideia de Kotler (1993), o SEBRAE (2013) indica avaliar se o preço sugerido é compatível com aquele praticado no mercado pelos concorrentes.

3.3.2.3. Praça

Os canais de distribuição utilizados pelas organizações, também conhecido como praça, envolve as atividades da empresa em relação a oferta do produto ao mercado dos consumidores-alvo. É a maneira como o produto será distribuído ao cliente. São os métodos de distribuição dos produtos/serviços, para estabelecer uma ligação entre o consumidor e a empresa, devendo facilitar o acesso do consumidor ao produto. Kotler e Armstrong (2007) definem praça como sendo um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial.

3.3.2.4. Promoção

Promoção são as atividades que comunicam os atributos do produto e persuadem os consumidores-alvo a adquiri-lo, é o esforço da empresa em comunicar e promover o seu produto ou serviço, torna-lo conhecido e desejado. Kotler (1993) enfatiza que os canais que envolvem a promoção dentro das organizações inclui um sistema interligado entre a empresa, as propagandas e relações públicas, os revendedores, clientes, o marketing boca a boca e o público.

O SEBRAE (2013) diz é necessário usar a criatividade para encontrar a melhor maneira de divulgar seus produtos, ou então, observar os concorrentes. Logo, a promoção é um processo que se bem trabalhado com os meios corretos faz com que o produto se venda sozinho.

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3.3.3. Plano Operacional

Um dos elementos do plano de plano de negócios é plano operacional, que diz respeito ao setor produtivo das empresas, desde sua gestão até cada etapa do seu funcionamento. Desta forma, conhecer e entender como estes processos funcionam auxiliará a pesquisa deste estudo, e consequentemente resolver o problema sugerido. Para contemplar este ponto, será abordado sobre layout, capacidade produtiva e processos operacionais.

3.3.3.1. Layout

O layout, ou também conhecido por arranjo físico, tem a preocupação de alocar estrategicamente os recursos de transformação, de maneira a maximizar os resultados e minimizar desperdícios e gargalos produtivos. Slack (2002, p. 200) diz que: “o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal de produção”.

Moreira (2012, p. 239) conclui que: “em todo planejamento de arranjo físico, ira existir sempre uma preocupação básica: tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho por meio do sistema, quer esse movimento se refira ao fluxo de pessoas ou de materiais”.

O arranjo físico é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua “forma” e aparência [...]. Também determina a maneira segundo a qual os recursos transformados – materiais, informação e clientes – fluem pela operação. Mudanças relativamente pequenas [...] podem afetar o fluxo de materiais e pessoas por meio da operação. Isso, por sua vez, pode afetar os custos e a eficácia geral da produção (SLAK, 2002, p.200)

Deste modo, vê-se que um espaço bem planejado, considerando as atividades exercidas no processo e onde são dispostos os recursos de transformação, pode auxiliar na redução de custos, implicando diretamente nos resultados financeiros da organização.

3.3.3.2. Capacidade Produtiva

A medição da capacidade produtiva é saber quanto a empresa produz atualmente, e quanto, com os mesmos recursos de transformação, pode aumentar, e ainda quais os recursos devem ser realocados ou substituídos para que a produção aumente. Para afirmar esta ideia Moreira (2012, p. 137) cita que: “chamamos de capacidade a quantidade máxima de produtos

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e serviços que podem ser produzidos em uma unidade produtiva, em dado intervalo de tempo”.

Os estudos de mercado e a previsão da demanda a longo prazo alimentam as decisões sobre a capacidade necessária no futuro para a unidade de produção. Essas decisões sobre capacidade influenciam diretamente no planejamento das instalações produtivas e, consequentemente, no planejamento das necessidades de mão-de-obra e equipamentos. (MOREIRA, 2012, p. 140)

É de grande importância estar atento às variações e projeções de demanda para que se possa adaptar os processos, pois estas decisões de investimentos na capacidade produtiva interferem nos custos e despesas de produção.

3.3.4. Processos operacionais

Os processos operacionais são todas as atividades executadas pela organização, que no final geram o produto de demanda. Slak (2002) diz que na produção de bens e serviços existe um processo de transformação, através da utilização de recursos para mudar o estado ou condição de algo.

Slak (2002, p.36) diz que: “a produção envolve um conjunto de recursos de input usado para transformar algo ou para se transformado em outputs de bens e serviços”. Nestes processos incluem-se os recursos de entrada (input) a serem transformados e os transformadores, que após passarem pelo processo de transformação geram a saída (output) dos bens e serviços aos consumidores. Todo esse processo ainda resulta de um retorno (feedback) sobre a aceitação e desempenho dos bens e serviços.

3.3.5. Plano financeiro

O plano financeiro é o ponto chave deste estudo, é baseado nele, juntamente com os demonstrativos financeiros, que irá se solucionar o problema de pesquisa. Para que isto seja possível, resgatou-se abordagens sobre investimentos, fluxo de caixa e indicadores de viabilidade.

(30)

3.3.5.1. Investimentos

Investimento é o comprometimento de dinheiro ou de outros recursos no presente com a expectativa de colher benefícios futuros. É o sacrifício de algo de valor agora com a expectativa de colher benefícios mais adiante (BODIE, 2014)

Helfert (2000) explica que o primeiro elemento da análise do investimento consiste no investimento bruto em novos ativos menos os recursos recuperados pela venda de eventuais ativos existentes devido a esta decisão.

Portanto investimento é todo esforço financeiro que a empresa faz para sua ampliação e melhoramento no que diz respeito ao seu processo produtivo e operações.

3.3.5.2. Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa no plano de viabilidade envolve ferramenta financeira. Assaf Neto (2010) afirma que os fluxos de caixa são a base de avaliação de uma empresa, os quais são definidos em termos operacionais, onde se excluem os fluxos de remuneração de capital de terceiros (despesas financeiras).

Fluxo de caixa é um relatório gerencial que informa toda a movimentação de dinheiro no empreendimento, incluindo as entradas e saídas, sempre considerando um período determinado de tempo, mostrando saldos ou insuficiências de recursos para o empreendimento honrar seus compromissos. (SALIM, 2010)

Verificando as afirmações de Assaf Neto (2010) e Salim (2010), percebe-se que ambos discorrem sobre o conceito de fluxo de caixa afirmando que apenas são contabilizados os valores referentes a entradas e saídas. Assaf Neto (2000, p.60) confirma dizendo que: “os valores que não representam efetivamente entradas e saídas de caixa devem ser desprezados”.

O SEBRAE (2018) explica que quando a entrada de recursos é maior que a de saída, temos um saldo positivo, caracterizando uma situação superavitária. Por outro lado, quando a saída e recursos é maior que a de entrada se há uma situação deficitária. Para melhor ilustrar como se dá fluxo de caixa o SEBRAE ilustra o a seguinte planilha exposta no quadro 3.

Quadro 2 - Planilha Fluxo de Caixa

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8

ENTRADAS

Previsão de recebimento

vendas

(31)

Contas a receber-

vendas realizadas

Outros

recebimentos

TOTAL DAS

ENTRADAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

SAÍDAS

Fornecedores

Folha de

pagamento

INSS a recolher

FGTS

Retiradas sócios

Impostos s/ vendas

Aluguéis

Energia elétrica

Telefone

Serviços

contabilidade

Combustíveis

Manut. de

veículos

Manutenção

fábrica

Despesas diversas

Férias

13º salário

Verbas para

rescisão

Empréstimos

bancários

Financiamentos

equip.

Despesas

financeiras

Pagamento novos

empréstimos

Outros

pagamentos

TOTAL DAS

SAÍDAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1 (ENTRADAS -

SAÍDAS) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2 SALDO

ANTERIOR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3 SALDO ACUMULADO

(1 + 2 ) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

4

NECESSIDADE

EMPRÉSTIMOS

5 SALDO FINAL

(3 + 4) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fonte: SEBRAE Nacional, 2018.

(32)

Observa-se a partir do quadro 3 quais são as contas que englobam as entradas e saídas, e que consequentemente são incluídas e consideradas na análise do fluxo de caixa.

3.3.5.3. Receitas

A receita é um dos elementos que estão diretamente ligados a contabilidade das empresas. Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros ganhos eventuais (IUDÍCIBUS, 2000). Desta maneira todo montante monetário de direito da empresa é considerado uma forma de receita.

As receitas podem ser definidas como financeiras e operacionais. Todas as movimentações de fluxo de caixa com caráter monetário é definida como financeira, enquanto as operacionais tem relação direta com as atividades da empresa.

Iudícibus (2000, p.154) explica que para: “uma boa mensuração da receita exige que se determine o valor de troca do produto ou serviço prestado pela empresa”. Entende-se a partir disso que para medir as receitas se considera o valor da troca em relação ao tipo do produto e serviço, considerando os custos de oportunidade na aplicação dos recursos.

Receita também aceita ser considerado como a expressão monetária do agregado de produtos e serviços, em sentido amplo, colocado a disposição do mercado, em determinado período, cujo valor é validado, mediata ou imediatamente, pelo próprio mercado (IUDÍCIBUS, 2000).

3.3.5.4. Despesas

As despesas consistem nas saídas de caixa equivalentes a geração das receitas.

Despesa, em sentido restrito, representa a utilização ou o consumo de bens e serviços no processo de produzir receita. Note que receita pode referir-se a gastos efetuados no passado, no presente ou que serão realizados no futuro. De forma geral, podemos dizer que o grande fato gerador de despesa é o esforço continuado para produzir receita. (IUDÍCIBUS, 2000, p.155)

Portanto, conforme o que Iudícibus (2000) discorreu, despesa é o custo proporcional a geração de receita. Completando esta ideia, Hendriksen e Van Breda (1982, p.236) citam que: “o registro de uma despesa pode coincidir com a atividade de utilização dos bens e

(33)

serviços; ou pode ser posterior a essa atividade; ou ainda, em casos excepcionais, pode preceder à ocorrência da atividade”.

São as despesas que reduzem o capital do patrimônio líquido.

Despesa é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da empresa, e não identificados com a fabricação. São as atividades fora do âmbito da fabricação. A despesa é geralmente dividida em administrativa, operacional, comercial e financeira. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos de fabricação pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da empresa. (BORNIA, 2002, p.40)

Além das despesas os custos fazem parte desse aparato quanto ao resultado da empresa, pois para a obtenção das receitas é necessário um custo, ou seja, ou produzo o produto e vendo, ou adquiro de terceiros e revendo.

3.3.5.5. Custos

Custo é o valor em dinheiro, ou o equivalente em dinheiro, sacrificado para produtos e serviços que se espera que tragam um beneficio atual ou futuro para a organização. Um objeto de custo é qualquer item, como produtos, clientes, departamentos, processos, atividades, e assim por diante, para o qual os custos são medidos e atribuídos. (HANSEN, 2001)

Os custos podem ser definidos como custos variáveis e fixos. Os custos variáveis são todos aqueles que variam em proporção direta às mudanças das atividades, ou seja, se houver mudança no volume de produção haverá variação de custos. Enquanto os custos fixos não se alteram com o aumento ou diminuição das atividades e dos processos produtivos. (HANSEN, 2001)

3.3.5.6. Indicadores de Viabilidade

Os indicadores de viabilidade servem para auxiliar na análise de viabilidade de projetos. Desta maneira é possível medir o potencial do negócio, considerando os investimentos realizados na aquisição ou estruturação do empreendimento (SEBRAE, 2018).

Nestes indicadores as abordagens integram conceitos de valor do dinheiro no tempo, considerações de risco e retorno, e conceitos de avaliação, para solucionar dispêndios de

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