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Atividade física e qualidade de vida em mulheres idosas

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Academic year: 2017

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UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE

BRASÍLIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

EM GERONTOLOGIA

Mestrado

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

MULHERES IDOSAS.

Autor: Marcelo César Machado de Carvalho

Orientador: Prof° Dr. Gustavo Azevedo de Carvalho

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MARCELO CÉSAR M. DE CARVALHO.

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

MULHERES IDOSAS.

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de

Pós Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da

Universidade Católica de Brasília, como quesito parcial

para obtenção do Grau de Mestre em Gerontologia.

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TERMO DE APROVAÇÃO

Dissertação defendida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre no programa de Gerontologia, em 05 de dezembro de 2006, e aprovada pela banca examinadora constituída por:

Prof. Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho Orientador

Profa. Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira Examinador Interno

Prof. Dr. João Estevam Giunti Ribeiro Examinador Externo

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Dedicatória

Dedico este trabalho à minha família, principalmente ao meu pai Valdo César e a minha esposa Aline Malafaia

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Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho Incentivador, guia e mestre sempre atento e aplicado na minha formação profissional, e amigo sincero em todos os momentos. Aos Prof. Msc. Carlos Eduardo Panerai,

Dr. César Augusto Melo e Silva, e Dr. Sergio Leite. Pela orientação, estímulo, sugestões importantes e Principalmente, pela amizade sincera e construtiva

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SUMÁRIO Páginas

RESUMO --- VI ABSTRACT--- VII LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS --- VIII LISTA DE GRÁFICOS --- IX

1. INTRODUÇÃO ---1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 CONCEITO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA --- 4

2.2 ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA--- 6

2.3 PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS--- 10

2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA--- 15

3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL --- 18

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS --- 18

4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 TIPO DE ESTUDO --- 19

4.2 ÁREA DE TRABALHO --- 19

4.3 AMOSTRA E CASUÍSTICA --- 19

4.4 PROCEDIMENTOS E COLETAS DE DADOS --- 21

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA --- 22

4.6 ASPECTOS ÉTICOS --- 23

5. RESULTADOS --- 24

6. DISCUSSÃO --- 30

7. CONCLUSÃO ---36

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 37

9. ANEXOS ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO --- 46

ANEXO B – FICHA DE IDENTIFICAÇÃO --- 47

ANEXO C – QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA (OMS) --- 48

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RESUMO

Justificativa: O envelhecimento tem sido descrito como um processo, ou um conjunto de processos, próprio de todos os seres vivos que se caracteriza pela perda da capacidade de adaptação e pela diminuição da funcionalidade, estando relacionado com alterações físicas, psicológicas, sociais e perceptivas de qualidade de vida e saúde. Dentre os fatores modificáveis de perda de funcionalidade, destacamos a falta de atividade física orientada.

(9)

ABSTRACT

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS:

UCB – Universidade Católica de Brasília. UNATI – Universidade Aberta a Terceira Idade. OMS – Organização Mundial de Saúde.

(11)

LISTA DE GRÁFICOS Páginas

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1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e a cada ano esse processo se torna maior nos países em desenvolvimento podendo ocorrer um aumento de até 300% no número de pessoas idosas, especialmente na América Latina (TRUELSEN, 2001).

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total brasileira é de 169.799.170 habitantes, onde 8,6% (14.536.029) destes habitantes são idosos com 60 anos ou mais, com uma perspectiva de crescimento onde em 2020 cerca de 18% da população brasileira será de idosos (IBGE, 2001).

Tal envelhecimento tem sido descrito como um processo, ou um conjunto de processos, próprio de todos os seres vivos que se caracteriza pela perda da capacidade de adaptação e pela diminuição da funcionalidade, estando relacionado com alterações físicas, psicológicas e fisiológicas (MATSUDO, 2001).

Na atualidade, diversas pesquisas científicas têm evidenciado que, em qualquer sociedade, o processo saúde-doença está intimamente relacionado com uma rede multicausal, onde, além de aspectos genéticos e biológicos, causas subjetivas como a relação do homem com o meio-ambiente, formas de enfrentamento das situações cotidianas e estilos de vida, ganham destaque por interferirem diretamente na saúde, como fatores de risco (LOTUFO, 1998; FILHO, 2000; KANNEL, 2000; DANTAS, 2002; PÉREZ, 2002; PITANGA, 2002).

Assim sendo, o envelhecimento mostra ser um processo complexo que envolve inúmeras variáveis (por exemplo, genéticas, estilo de vida e doenças crônicas) que interagem entre si e influenciam a forma de como se envelhece (MAZZEO et al., 1998).

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própria vitalidade celular, aparecendo como conseqüência de várias manifestações patológicas (infecciosas, tóxicas e outras) que o cérebro vai suportando.

Cristofalo et al. (1994) descreveram conjuntos de características do envelhecimento que pode ser identificado nos mamíferos a saber:

I – Aumento da mortalidade com a idade, após a maturação;

II – Alterações na composição bioquímica dos tecidos com a idade;

III – Um conjunto de alterações fisiológicas com uma deterioração progressiva;

IV – Uma diminuição, com a idade, da capacidade de resposta adaptada as alterações do meio;

V – Um aumento da vulnerabilidade a numerosas doenças, com o avanço da idade. Este aumento nos idosos, as alterações biológicas e fisiológicas, a diminuição da capacidade de resposta à adaptação ao meio são características desse período de ciclo de vida. Tornam esta fase de envelhecimento alvo de importantes e recentes preocupações interdisciplinares, particularmente do médico, psicólogo e sociólogo (FERNANDES DA FONSECA, 2001).

O processo de envelhecimento está relacionado a inúmeras transformações com implicações na funcionalidade, na mobilidade, na autonomia, na saúde e claro na qualidade de vida da população (CARVALHO, 1999).

Fatores modificáveis como inatividade física, fumo, dieta inadequada e uso excessivo de bebidas alcoólicas, por exemplo, estão intimamente relacionados às mortes prematuras por doenças crônicas não-transmissíveis, especialmente as cardiovasculares e cérebrovasculares, que são as principais causa mortis mundial, sendo responsáveis por 44,1% das mortes masculinas e por 44,7% das femininas, no continente americano (IBGE, 2001)

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saúde para que se possa viver mais e melhor. Além dos aspectos biofisiológicos e injunções sociais, aspectos psicológicos devem ser observados, já que atuam na complexidade do ser humano e influenciam na qualidade de vida das pessoas (MAZO et al., 2004).

Para se especificar ou compreender melhor a relação dos sujeitos com situações do dia-a-dia, a qualidade de vida deve ser valorizada em todas as esferas onde se desenvolvam atividades humanas, com o intuito de conhecer e comparar o estado de saúde das populações e melhor delinear programas de intervenção (ELKINGTON, 1966).

Com o aumento da população idosa na maioria dos países do mundo e especificamente no Brasil, há necessidade de se criar estratégias que auxiliem um envelhecimento saudável. Se as pessoas viverem mais, é necessário que viva com qualidade. Para isso ocorrer é necessário modificar o pensamento dos idosos e criar ações que os levem a se engajarem na comunidade, favorecendo um estilo de vida ativo e saudável (KAO, 1979).

Holland et al. (2002) citam que o envelhecimento próspero ou contínuo depende não somente em evitar doenças e inaptidão, mas também preservar a função física e cognitiva alta, bem como o envolvimento regular em atividades de comunidades produtivas e sociais.

A meta de envelhecer com qualidade de vida é uma busca constante do ser humano. Esta melhoria de vida tem contribuído significativamente para o aumento da sobrevida nas últimas décadas. A OMS (2002) comemora o triunfo do envelhecimento humano, mas o considera um dos maiores desafios a serem superados em países subdesenvolvidos, principalmente pelos problemas de previdência social e sistema de saúde.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONCEITO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Desde a década de 50, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. Desta forma, ao tornar-se mais abrangente o conceito de saúde, passa-se a perceber que existem outros fatores a serem considerados, onde esta temática não pode ser analisada exclusivamente pelas estatísticas das doenças, mortalidade e morbidade (SEGRE & FERRAZ, 1997; DANTAS, 2002).

Bouchard e Pérusse (1990) conceituam saúde como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, caracterizada por algumas alterações contínuas e irregulares. A saúde positiva estaria associada à apreciação da vida e resistência aos desafios do cotidiano, e a saúde negativa se associaria à morbi-mortalidade, em outras palavras, de um lado estaria a morte e do outro a saúde positiva.

Qualidade de vida foi definida pelo Grupo de Qualidade de vida da O.M.S., como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas padrões e preocupações” (OMS, 2002).

A saúde associada à qualidade de vida tem características que devem respeitar os objetivos de cada indivíduo. Pode-se dizer, que o conceito de saúde é dinâmico, onde modelos ou padrões preestabelecidos visam atender a preceitos sociais, mas se não atenderem aos objetivos e expectativas individuais, não terão significado (DANTAS, 2002; MAZO et al.

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Segundo Gonzalez Rey (1997) “A saúde não é a ausência de sintomas, senão que um processo integral que otimiza os recursos do organismo para diminuir sua vulnerabilidade diante dos diferentes agentes e processos causadores da doença”.

Qualidade de vida é um conceito global que aborda diferentes facetas da vida do indivíduo (ELKINGTON, 1966) e tem sido definida como um termo que representa uma tentativa de nomear características da experiência humana (GONÇALVES et al., 1999).

Gonçalves (2004) afirma que qualidade de vida é a percepção subjetiva do processo de produção, circulação e consumo de bens.

Na atualidade, são muitas as reflexões acerca da propriedade que o ser humano tem de elaborar as coisas e o conhecimento de si mesmo. Há que se entender o homem a partir da integração harmônica da visão biológica com as ciências sociais e com os aspectos de subjetividade e individualidade humana, pautada na riqueza da cultura, das decisões, motivações, comportamentos e todo o modo de existência (GONZALEZ REY, 1997).

A falta de consenso na delimitação do que podemos chamar de “qualidade de vida“ se deve, dentre outras razões, à complexidade do seu estudo, determinada pelo seu caráter temporal e sua natureza multidimensional, onde intervêm fatores objetivos e subjetivos. Em torno do bem estar humano existe uma diversidade de enfoques, onde se incluem desde condições objetivas materiais e sociais a elementos de felicidade e satisfação pessoal, por exemplo. A definição de qualidade de vida está intimamente relacionada às categorias sociológicas e psicológicas que compreendem nível de vida, desenvolvimento econômico, condições de vida e estilo de vida (HUAN, 1979).

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mais que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida (FLECK et al., 1999).

Minayo et al. (2000) considera como qualidade de vida boa ou excelente aquela que ofereça um mínimo de condições para que os indivíduos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades, sejam estas: viver, sentir ou amar, trabalhar, produzindo bens e serviços, fazendo ciência ou artes.

O surgimento e o desenvolvimento do conceito de qualidade de vida para intervir na enfermidade, na saúde e bem-estar, reflete um progresso para a humanidade. A busca de informações acerca das condições de vida das sociedades, instituições, família e indivíduos, são as conseqüências que podem, de fato, colaborar para a promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas, principalmente idosas (PÉREZ, 2002).

2.2 ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA.

No que diz respeito a atividade física e como esta afeta os fatores biológicos, psicológicos e sociais, torna-se praticamente inexeqüível a distinção entre o declínio na capacidade funcional resultante do sedentarismo e o declínio resultante do próprio processo de envelhecimento (MOTA, 1999).

2.2.1 Aspecto físico e psicológico

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consequentemente, diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre a população de idosos.

Sardinha & Martins (1999), afirmam que, entre outras vantagens, a atividade física em indivíduos idosos tendem a evitar a sarcopenia (diminuição de massa muscular), a obesidade e a melhorar as atividades de vida diária.

Para Mazzeo et al. (1998), a atividade física regular e orientada auxilia na obtenção gradual de respostas favoráveis que contribuem para um envelhecimento mais saudável. Referem, ainda, que a participação em programas de atividades físicas é uma forma de intervenção eficaz na redução e ou prevenção de inúmeros declínios funcionais relacionados com o avançar da idade.

De uma forma geral, a atividade física é considerada importante na prevenção da obesidade abdominal, da osteoporose e da sarcopenia (MATSUDO, 1997). Safons (1999) sugere que o exercício mesmo que iniciado tardiamente, pode trazer algumas alterações na composição corporal.

Além da melhoria da sincronização da ativação das unidades motoras, o treino de força muscular promove, também, alterações a nível morfológico como a hipertrofia muscular (LOPES & SIEDLER, 1997). Estes dois efeitos, o aumento da massa muscular e a melhoria da sincronização possibilitam o aumento de diversos regimes de produção de força, tornando as atividades de vida diária do idoso menos intensas (SARDINHA & BAPTISTA, 1999).

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das quedas e uma menor propensão para o surgimento de fraturas ósseas aumentando assim a qualidade de vida dos idosos (SARDINHA & BAPTISTA, 1999).

De acordo com Spirduso (1995), os efeitos em longo prazo da participação em atividades físicas regulares e orientadas incluem melhorias a nível cardiovascular, aumentos dos níveis de força e de resistência, melhorias na flexibilidade, reduções na adiposidade e melhorias no perfil lipídico.

A OMS (1997 e 2002) sintetizou os efeitos a nível fisiológico da atividade física regular e orientada, salientando que os exercícios físicos quando realizados adequadamente promovem melhorias na capacidade aeróbica, na força, na flexibilidade, no equilíbrio, na coordenação e na velocidade de movimento.

Mazzeo et al. (1998) afirmam que a redução dos fatores de risco relacionados com estados de doença (por exemplo, doenças do coração e diabetes) contribui para um aumento da qualidade da esperança média de vida, salientando ainda que a treinabilidade de idosos, incluindo idosos com oitenta e noventa anos, é evidenciada pela sua capacidade de adaptação e de resposta ao treino de resistência e de força.

Na verdade, o treino de resistência pode ajudar a manter e a melhorar vários aspectos da função cardiovascular (MAZZEO et al. 1998) e segundo Norman (1995), o exercício aeróbico regular tem efeito positivo no sistema cardiopulmonar, diminuindo o declínio associado ao envelhecimento; Appel & Mota (1992) dizem ainda que após o treino sistemático e orientado de resistência, o consumo de oxigênio aumenta significativamente, de tal modo que os valores alcançados em adultos idosos correspondem aos valores encontrados em sujeitos com menos de vinte anos de idade sedentários.

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melhoria da estabilidade postural, reduzindo o risco de quedas e maior flexibilidade (MAZZEO et al. 1998).

O exercício físico tem ainda influência na melhoria do perfil lipídico e no aumento da tolerância à glicose e da sensibilidade à insulina, reduzindo, deste modo, o risco de surgimento de arteriosclerose e de diabetes (NORMAN, 1995).

2.2.2 Aspecto psicossocial

Para o idoso, um dos aspectos mais importantes é a necessidade de se adaptar às diversas transformações ocorridas a nível psicossocial, nomeadamente a alteração, redução e perda de papéis. A atividade física pode ter uma função importante nessa adaptação, uma vez que promove o alargamento das relações sociais, a realização de novas amizades e a aquisição de novos papéis no momento da reforma (CHODZKO-ZAJKOW, 1999), ao que se junta o fato de permitir à pessoa poder sentir-se mais jovem ou mais jovial (ALVES et al., 2004).

De acordo com a OMS (1997) os benefícios psicossociais decorrentes da prática regular de atividade física orientada são: o enaltecimento do valor destes indivíduos, ajudando-os a ter um papel mais ativo na sociedade; o aumento da integração social e cultural; a formação de novas amizades e o alargamento das relações sociais. Ferreira (2003) refere, ainda, que um estilo de vida ativo ajuda a criar as condições necessárias para a manutenção de um papel ativo na sociedade e para a aquisição de novos papéis, sendo que, uma vez que a atividade física seja partilhada entre várias gerações, pode ajudar na diminuição de crenças e de estereótipos vigentes na sociedade acerca dos idosos e do envelhecimento.

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participação e o envolvimento de idosos da mesma faixa ou de diferentes faixas etárias, podem contribuir para que estes ampliem o seu círculo de amizades. Lee & Paffenbarger (2001), afirma que as atividades físicas devem privilegiar as habilidades essenciais de forma a preservar a saúde mental e física, mas devem igualmente ter em conta a manutenção da autonomia e o desenvolvimento da socialização do grupo. Júnior & Ribeiro (1995) reforçam esta idéia, afirmando que a atividade física, como experiência psicossocial, também tem o intuito de incentivar as interações existentes entre os membros da sociedade.

Um dos objetivos da população idosa que pratica desporto deverá ser a conservação da independência, o que permitirá a vivência dos seus dias com mais alegria e dignidade (RIBEIRO, 1996). Com o mesmo propósito, Farinatti (1995) confirma a idéia de que as pessoas são mais felizes enquanto membros ativos da sociedade, situação esta que decorre da construção de condições que lhes permitam agir de uma forma independente. Geis (1994) reforça esta afirmação ao referir que o ser humano deve estar em constante relação, pois vive numa sociedade a qual se deve sentir unido por diferentes vínculos e razões; a atividade física proporciona a possibilidade de criação desses vínculos.

2.3. PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS

2.3.1 Características dos programas:

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ainda, a prevenção ou a diminuição de sintomas associados a qualquer tipo de doença (SPIRDUSO, 1995; MOTA, 1999; FERREIRA 2003).

Por conseguinte, a fragilidade física pode ser definida como um estado de diminuição da reserva fisiológica, associado a um aumento susceptível para a incapacidade, o que representa uma grande ameaça às capacidades dos adultos idosos e à sua qualidade de vida (SANTARÉM, 2006).

De acordo com Norman (1995), os programas de atividade física que se centralizam na manutenção da capacidade funcional (necessária para que o indivíduo seja capaz de realizar as suas tarefas de atividade de vida diária e para que mantenha um estilo de vida saudável e independente) poderão ter um papel preponderante na diminuição do acréscimo das necessidades de cuidados, em longo prazo, para idosos.

Assim, Sardinha & Baptista (1999) referem que o incremento da massa muscular e da massa óssea, auxiliado pelo trabalho de coordenação, equilíbrio e cardiorrespiratório, devem representar a base de qualquer programa de atividade física para idosos. Pollock & Evans (1998) indicam que as atividades físicas mais recomendadas são as atividades aeróbicas de baixo impacto (caminhar, natação, ciclismo e hidrogisnática), pois estão associados a um menor risco de lesão.

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Paw et al. (2001) desenvolveram um programa para idosos frágeis e sedentários, no qual a força, a velocidade, a resistência, a flexibilidade e a coordenação foram treinadas utilizando ações motora selecionadas, integradas em jogos, modalidades e atividades de vida diária. De acordo com Benedetti (1999); Ferreira (2003), ao realizarem atividades que lhe eram familiares, adaptadas às capacidades individuais de cada um, mas com o aumento crescente da dificuldade e da intensidade, a eficácia destes idosos foi sendo desenvolvida. Este programa revelou-se agradável e adaptado a esta população, no entanto, os autores alertaram a dificuldade em convencer os idosos a iniciar e a manter a participação e o envolvimento em programas deste tipo.

Mota (1999), por sua vez e de um modo geral, faz referência a linhas orientadoras a serem consideradas quando se pretenderem desenvolver estratégias de promoção da atividade física, a saber:

(I)- Compreender que o envelhecimento não pode ser visto como uma doença e que o idoso não é um ser fraco, incapacitado, isolado e senil, esteriótipos que sugerem a exclusão social do idoso;

(II)- Ser idoso não é necessariamente sinônimo de sedentário. É necessário criar redes sociais que visem integração do idoso e estabelecer condições que propiciem um estilo de vida ativo;

(III)- É imperativo adaptar o tipo de atividade física à capacidade funcional e física da pessoa idosa (FERREIRA, 2003);

(IV)- A valorização positiva da atividade física deve enfatizar os sentimentos de felicidade e de satisfação com a vida (FERREIRA, 2003).

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benéfica para a saúde, uma vez que é necessária uma quantidade suficiente elevada de exercício para promover efeitos biológicos positivos sobre a saúde (LEE & PAFFENBARGER, 2000). Com tudo, parece sugerir a existência de um limiar a partir do qual o exercício é também indutor do aumento da probabilidade de lesão (POWELL & PAFFENBARGER, 1985).

Assim, é necessário conhecer as alterações originadas pelo processo de envelhecimento, as restrições e as carências desta população, de forma a planejar um programa de atividade física que tente atenuar os efeitos nocivos do envelhecimento, sem que haja prejuízo físico e mental do idoso. (CARVALHO, 1999; FARIAS JÚNIOR, 2001; BENEDETTI, 1999).

Deste modo, diversos aspectos devem ser considerados na prescrição de um programa de exercício físico (CARVALHO, 1999), nomeadamente a reduzida aptidão cardiovascular e consequentemente, a menor capacidade para realizar os exercícios moderados a intensos, o aumento da debilidade muscular e do cansaço, que prejudicam o equilíbrio e a marcha, os problemas ortopédicos e a diminuição da coordenação, bem como a degeneração do tecido ósseo, das articulações e dos tendões (POWELL & PAFFENBARGER, 1985).

2.3.2 Benefícios da prática de atividade física:

De acordo com as conclusões de um número temático do Journal of Aging and Physical Activity (JAPPA, 2001) são verificadas as seguintes alterações físicas e fisiológicas em idosos que aderem a prática de atividade física:

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coração, dos pulmões e do sistema circulatório, retardando assim comprovadamente algumas doenças (FARIAS JÚNIOR, 2001).

(II)- Força e resistência muscular: os exercícios de força muscular e resistência tornam os idosos mais capazes de realizarem as tarefas do seu dia a dia, bem como as atividades mais prazerosas, como por exemplo, a dança (FERREIRA, 2003; JAPPA, 2001);

(III)- Equilíbrio: os exercícios de equilíbrio cooperam na prevenção de quedas , a maior causa de incapacidades nesta idade (FERREIRA 2003; JAPPA, 2001).

(IV)- Flexibilidade: os exercícios de flexibilidade , além de proporcionarem uma maior liberdade de movimentos, podem prevenir lesões principalmente musculares e tendíneas (FERREIRA, 2003; JAPPA, 2001).

De fato, são vários os fatores que demonstram a influência da atividade física na melhora da saúde, da capacidade funcional e na redução de doenças crônicas e de incapacidade (BENEDETTI, 1999; FERREIRA, 2003).

Indivíduos idosos de ambos os sexos, que realizaram atividade física de uma forma regular, revelaram valores mais elevados de HDL (High-Density Lipoprotein) do que indivíduos sedentários (KAO, 1979). Estes valores elevados de HDL podem ajudar a prevenir o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.

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2.4 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA

A avaliação de qualidade de vida tem se tornado um parâmetro cada vez mais utilizado e valorizado em pesquisa clínica, como tem orientado nos últimos anos decisões dos próprios profissionais da saúde e pacientes (CONTE, 2004; MAURICE et al., 2002).

Na avaliação de intervenções para a melhora do estado de saúde, a qualidade de vida pode refletir aspectos que não eram analisados anteriormente, cuja ênfase era dada somente aos aspectos clínicos e laboratoriais, parâmetros estes objetivos que não permitiam a avaliação do ponto de vista do paciente (ASSUNÇÃO et al., 2000). Ainda, a avaliação da qualidade de vida permite, em um único parâmetro, considerar os ganhos (por exemplo, melhora de um sintoma) e perdas (por exemplo, presença de um efeito colateral) e quantificá-lo segundo a preferência e valores do paciente ou de que quem toma a decisão em seu nome como nos questionários de qualidade de vida. (MAZO, 2003; MAURICE et al., 2002).

As teorias do envelhecimento bem sucedido (STEVENS, 2001) vêem o sujeito como pró-ativo, regulando a sua qualidade de vida através da definição de objetivos e lutando para os alcançar, acumulando recursos que são úteis na adaptação à mudança e ativamente envolvidos na manutenção do bem-estar. Sendo assim, um envelhecimento bem sucedido é acompanhado de qualidade de vida e bem estar e deve ser fomentado ao longo dos estados anteriores de desenvolvimento. De acordo com Victor et al. (2000), a qualidade de vida inclui um alargado espectro de áreas da vida. Os modelos de qualidade de vida vão desde a "satisfação com a vida" ou "bem-estar social" a modelos baseados em conceitos de independência, controle, competências sociais e cognitivas.

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Atualmente relaciona-se, também, com dimensões menos tangíveis (sentido de segurança, dignidade pessoal, oportunidades de atingir objetivos pessoais, satisfação com a vida, alegria, sentido positivo de si). A noção de qualidade de vida também passa pela mesma alteração, engloba os recursos e o direito a "gozar" a vida.

A qualidade de vida na velhice tem sido, muitas vezes, associada a questões de dependência-autonomia (DUARTE & PAVARINI, 1997). As dependências observadas nos idosos resultam tanto de alterações biológicas (deficiências ou incapacidade) como de mudanças nas exigências sociais (desvantagens) e, frequentemente, as últimas parecem determinar as primeiras. Baltes & Silvenberg (1995) descrevem três tipos de dependência:

• Estruturada, onde o significado do valor do ser humano é determinado, em primeiro lugar, pela participação no processo produtivo (na velhice salienta-se a dependência gerada pela perda do emprego).

• Física, incapacidade funcional individual para realizar atividades de vida diária. • Comportamental, com freqüência antecedida pela dependência física, é socialmente induzida independentemente do nível de competência do idoso, o meio espera incompetência.

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3. OBJETIVOS:

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a qualidade de vida de mulheres idosas não institucionalizadas, praticantes de atividade física orientada da Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI), programa da Universidade Católica de Brasília (UCB), e comparar com mulheres idosas não institucionalizadas não praticantes de atividade física.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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4. MATERIAIS E MÉTODOS:

4.1 TIPO DE ESTUDO:

Este estudo transversal caracterizou-se como sendo do tipo descritivo, associativo e correlacional com intuito de investigar a relação entre a atividade física habitual e orientada e a qualidade de vida em idosas.

4.2 ÁREA DE TRABALHO

O estudo foi realizado em Brasília na cidade de Taguatinga – Distrito Federal, na Universidade Católica de Brasília (UCB) campus I, local de desenvolvimento do programa de extensão chamado Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI). A UNATI é composta por várias atividades de lazer, ensino e principalmente de atividade física orientada para idosos. A UNATI possui 400 idosos inscritos no total, onde 50% destes idosos são praticantes de atividade física orientada de musculação e hidroginástica. A coleta de dados para os inscritos da UNATI foi no próprio campus I da UCB, nos locais de atividade, ao passo que os entrevistados não inscritos no programa, compareceram ao Bloco“M” (São Gaspar Bertoni) da UCB na sala 317 A, sala destinada a estudos dos professores de Anatomia Humana desta Universidade.

4.3 AMOSTRA E CASUÍSTICA:

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composto por uma população total de idosos de 109.638, onde 38.381 são mulheres idosas que possui uma renda mensal de um a três salários mínimos (IBGE, 2001).

A amostra estudada foi de conveniência composta por 70 mulheres, onde os critérios de inclusão foram: idosas com sessenta anos ou mais, moradoras da cidade de Taguatinga ou cidades próximas, com renda mensal de até três salários mínimos, participantes dos programas da UNATI ou inscritos em sua lista de espera.

Os critérios de exclusão desta pesquisa foram idosas analfabetas, e/ou com deficiência grave cognitiva, e/ou com dificuldade grave de deambulação, e/ou impossibilitadas por qualquer outro motivo de comparecer a UCB para a entrevista no dia marcado.

O grupo experimental foi composto por 35 idosas, devidamente inscritas na UNATI, sendo que 32 eram donas de casa aposentadas e 3 trabalhavam em casas de família, sendo todas estas praticantes de atividade física orientada de musculação (16 idosas) e hidroginástica (19 idosas), há pelo menos dois anos. O sorteio foi aleatório de acordo com o número na lista de inscrição do programa.

O grupo controle foi composto por 35 idosas, sendo 34 delas donas de casa, aposentadas e uma delas trabalhava em casa de família, sendo todas elas não praticantes de atividade física. O recrutamento foi através de ligações telefônicas, de nomes retirados das listas de espera dos programas de musculação (15 idosas) e hidroginástica (20 idosas), escolhidas aleatoriamente de acordo com o número vinculado a cada um dos participantes em cada lista. Todas as participantes foram informadas previamente sobre o estudo e elas assinaram voluntariamente um termo livre de consentimento (ANEXO A).

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Eram utilizados exercícios com objetivo de ganho de força, flexibilidade, resistência muscular e melhora na condição cardiovascular e respiratória, onde todas as participantes realizavam os mesmos exercícios.

4.4 PROCEDIMENTOS E COLETAS DE DADOS

Tal pesquisa foi realizada com a aplicação de um questionário de qualidade de vida, entre os dias 12 e 26 de maio de 2006. Todo o delineamento de pesquisa foi realizado por um único pesquisador, no caso o autor do trabalho.

A qualidade de vida foi mensurada por meio do questionário WHOQOL-BREF (ANEXO C), da Organização Mundial de Saúde (OMS), validado para a população brasileira por Fleck et al. (2000). O questionário WHOQOL-BREF formado por 26 questões, é multidimensional e avalia a qualidade de vida geral, assim como os quatro domínios maiores: saúde física, saúde psicológica, relações sociais e meio ambiente. O domínio da saúde física contém questões relativas a performance das atividades físicas da vida diária, limitações funcionais, níveis de energia e fadiga, dor, desconforto e sono. O domínio psicológico inclui questões pertinentes a sentimentos positivos e negativos, e a fatores cognitivos (pensar, aprender, memória e concentração). O domínio social refere-se a relacionamentos pessoais e ao suporte social. E o domínio meio ambiente contém questões referentes a recursos financeiros, transporte, ambiente e segurança física, proteção e atividades recreativas.

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e 2) Questionário de Qualidade de Vida (QV) da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF). Foram apresentados aos participantes do trabalho, os procedimentos detalhados do uso dos instrumentos, bem como as informações sobre sua propriedade em termos de confiabilidade e validade (MAZO, 2003). Em média, o tempo de preenchimento do questionário pelos participantes foi de dez minutos. Os participantes não praticantes de atividade física compareceram a sala 317 A do bloco M da UCB, sala destinada aos professores de Anatomia Humana, que possui um espaço amplo e uma mesa de reunião grande com oito cadeiras e um computador. Os participantes foram convidados a comparecer em horários pré-determinados, sempre de cinco em cinco participantes, para uma melhor atenção do pesquisador em relação as participantes do estudo.

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

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4.6 ASPECTOS ÉTICOS

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5. RESULTADOS

A amostra foi composta de mulheres idosas de idades variando entre 60 e 79 anos com uma média de idade de 67,3 anos com desvio de ± 4,6 anos. As idades dos dois grupos, Praticantes de Atividade Física Orientada (PAFO) e Não praticantes de Atividade física Orientada (NPAFO), quando comparadas mostram uma similaridade com p= 0,59, tornando-os totalmente comparáveis, conforme demonstrado no gráfico 1:

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A média de pontuação total do questionário de qualidade de vida foi maior no grupo PAFO, com pontuações variando entre 10 e 20 e uma linha mediana de 16 pontos, já que os dados não são paramétricos. A média de pontuação total do questionário do grupo NPAFO foi menor que a do grupo PAFO, onde as pontuações variaram de 7 a 18 tendo uma linha mediana de 10 pontos, já que estes dados também não são paramétricos. O desvio padrão desta comparação foi de p=0,001. Todos estes dados foram demonstrados no gráfico 2.

GRÁFICO 2: Pontuação total do questionário de qualidade de vida dos grupos experimental e controle.

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Em relação ao domínio físico (1) do questionário, observamos uma média de pontuação de 15,3 com desvio padrão de ± 1,2 pontos para o grupo PAFO. A média obtida no mesmo domínio pelo grupo de NPAFO foi de 11,8 com desvio padrão de ± 1,2. Tais pontuações quando comparadas mostram uma média maior de pontuação para o grupo PAFO em relação ao grupo NPAFO com p=0,001. Todos estes dados foram demonstrados no gráfico 3.

GRÁFICO 3: Pontuação do domínio físico do questionário de qualidade de vida dos grupos experimental e controle.

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Em relação ao domínio psicológico (2) do questionário, observamos uma média de pontuação de 15,9 com um desvio de ± 1,1 ponto para o grupo PAFO. A média observada no grupo NPAFO foi de 12,4 com desvio de ± 1,6 pontos. Observamos então que a média de pontuação foi maior para o grupo PAFO em comparação ao grupo NAPFO com p=0,001. Todas estas informações foram demonstradas no gráfico 4.

GRÁFICO 4: Pontuação do domínio psicológico do questionário de qualidade de vida dos grupos experimental e controle.

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Em relação ao domínio (3) sobre relações sociais do questionário, observamos uma média de pontuação 16,9 com um desvio de 2,3 pontos para o grupo PAFO. Para o grupo NPAFO foi constatada uma média de pontuação de 12,6 com um desvio de ± 3 pontos. Como observado, a média de pontuação do grupo PAFO é maior do que a média do grupo NPAFO com p= 0,001. Todas estas informações foram demonstradas no gráfico 5.

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Em relação ao domínio (4) sobre meio ambiente, observamos uma linha mediana, já que os dados não são paramétrico, em torno de 16 pontos no grupo PAFO. A linha mediana obtida no mesmo domínio para o grupo NPAFO foi de 9,5 pontos. Como observamos a linha mediana do grupo PAFO é uma pontuação bem maior do que o grupo NPAFO com p= 0,001. Estas informações são observadas no gráfico 6.

GRÁFICO 6: Pontuação do domínio meio ambiente do questionário de qualidade de vida dos grupos experimental e controle.

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6. DISCUSSÃO

Assim como nos trabalhos de Weuve et al. (2004); Lee (2003); Mazo (2003); Brill et al. (2000); Adams et al. (1999); Paffenbarger & Lee (1996), e Fiatarone et al. (1994), a média do valor total que caracteriza a percepção de qualidade de vida do idoso no questionário de qualidade de vida, foi maior no grupo praticante de atividade física orientada (PAFO) do que no grupo não praticante de atividade física orientada (NPAFO). Isto pode ter sido atribuído a várias razões. As atividades físicas propostas no programa da UNATI visam um ganho ou uma melhora cardiovascular e muscular, uma interação social com outras idosas, uma nova visão de presente e futuro em relação as atividades de vida diária, e uma busca de lazer com prazer visando saúde. Todos estes fatores alteram a percepção de qualidade de vida destas idosas pelo aumento da auto-estima, pelo aumento da capacidade muscular de realização de atividades prazerosas como danças, caminhadas, lazer com netos ou familiares, aumentando a capacidade de realização de atividades de vida diária (AVD), e alterando totalmente a visão de qualidade de vida e saúde enquanto praticantes destas atividades.

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objeto de estudo de inúmeros trabalhos científicos atuais como este. Integrar todas essas variáveis é o objetivo de vários pesquisadores que almejam encontrar o segredo de um envelhecimento saudável (OMS, 2006). De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o exercício físico regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso, beneficiando-o em vários aspectos principalmente na prevenção de incapacidades (NÓBREGA et al., 2006).

Mazo (2003) confirma a suposição de associação positiva entre a prática de atividade física e a melhora da qualidade de vida, o que fortalece a necessidade de manutenção, o quanto possível, de uma vida ativa ao longo do processo de envelhecimento humano. Os resultados deste estudo vêm contribuir para a operacionalização no contexto da região, do plano de ação proposto pela Organização Mundial da Saúde na II Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Envelhecimento, realizada em abril de 2002 em Madrid, quando se definiram, as estratégias de promoção do envelhecimento ativo e saudável.

Em relação ao domínio físico do questionário aplicado, o grupo PAFO teve uma média de pontuação maior do que o grupo NPAFO, concordando assim com os trabalhos de Santarém (2006); Papaleu Netto (2002); Shephard (2002); Lee et al. (2001); Paffenbarger (1996); Fiatarone (1994). Este fator se explica pela idéia de que quando uma idosa pratica atividade física orientada, há um aumento da sua aptidão física com ganho de massa muscular, de flexibilidade e equilíbrio, com conseqüente aumento das atividades de vida diária. Ocorre também diminuição da sarcopenia e da obesidade abdominal, de quedas e fraturas, bem como os riscos de doenças cardiovasculares, respiratórias, osteoarticulares e posturais. Todos estes fatores geram autonomia das idosas melhorando de sobremaneira sua qualidade de vida e saúde.

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frágil e descondicionada, com limitações de força, equilíbrio e resistência, encontra dificuldades para realizar as mais simples atividades da vida diária como banhar-se e vestir-se; além de estar mais susceptível a quedas que podem resultar em fraturas e conseqüente imobilidade. Muitas das dificuldades advindas com o avanço da idade são reversíveis, podendo a idosa melhorar sua autonomia e capacidade funcional através da inserção do exercício físico em sua rotina diária (PAPALÉU NETTO, 2002). A escolha do exercício físico para pessoas idosas também é complexa. Muitas atividades que poderiam ser prazerosas tornam-se inviáveis devido à perda de aptidão decorrente da idade avançada e do sedentarismo (SANTARÉM, 2006).

O estilo de vida tem um papel fundamental na promoção de saúde e na qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. O fator idade não é por si só, um obstáculo para o exercício físico. Diferentes estudos têm demonstrado que o declínio físico e funcional associado ao envelhecimento, mesmo em sujeitos com idade avançada, pode ser revertido através do exercício físico (FIATARONE, 1994; LEE et al., 2001; PAFFENBARGER, 1996; SHEPHARD, 2002). Tal atividade pode contribuir com mudanças positivas aumentando a capacidade física do idoso. Deste modo, verifica-se no presente estudo que a maioria das idosas que participa da UNATI é ativa. Apesar disso, deve-se intervir nesta realidade, incentivando as menos ativas, e orientando as demais a manter ou aumentar este nível.

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uma melhora na composição corporal e da auto-estima, deixando visível a satisfação com a auto-imagem, trazida da alegria e do humor oriundos do prazer em realizar atividades em grupo.

No Brasil, assistir televisão é o maior componente na ocupação do tempo livre das pessoas, principalmente das idosas (IBGE, 1998). De fato, esta ocupação de baixo dispêndio energético que não exige nem desenvolve nenhuma capacidade física (ALLSEN et al., 2001; WILCOX et al., 2002), o isolamento desta idosa do meio social, foram associados significativamente aos marcadores bioquímicos de obesidade, risco de doenças cardiovasculares e psicológicas como a depressão (FUNG et al., 2000; GONZALEZ REY, 1997; SOUZA, 2002). Neste contexto, observa-se que as idosas que participam de Grupos de Convivência, como na UNATI, são mais ativas tanto nas atividades domésticas, como nas de lazer (caminhada, ginástica, natação e atividades recreativas). Nos Grupos de Convivência são realizadas atividades de lazer, culturais, intelectuais, físicas, manuais, artísticas e de convívio grupal que podem favorecer uma vida ativa das idosas (MACHADO, 2003; RIBEIRO, 1996). Neste estudo, com relação ao nível de atividade física e às características sócio-demográficas das mulheres idosas, observou-se que as idosas menos ativas são mais velhas, “viúvas”, e não fazem trabalho voluntário. Em relação ao nível de atividade física e à escolaridade das mulheres idosas, ainda foi observado que, quanto mais baixo o nível de atividade física, menor é o nível educacional das mesmas (LEE & PAFFENBARGER, 2001).

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sociedade; o aumento da integração sócio-cultural; formação de novos ciclos de amizades com alargamento e aprendizado do convívio e das relações sociais.

Os estudos acadêmicos comprovam que o Programa de Atividade Física para os idosos favorece a melhoria da aptidão física, do domínio corporal, da auto-estima e da capacidade funcional, além de ampliar as relações sociais diminuindo a chance de aparecimento de doenças psicossociais como a depressão (SOUZA, 2002). A assiduidade no programa e os comentários dos idosos acentuam a importância da prática de atividade física regular orientada, pois cada aula da atividade é um encontro social com busca de contato interpessoal, ensinando e estimulando o convívio (BENEDETTI, 1999; LOPES, 1999; MACHADO, 2003). As famílias de idosas praticantes de educação física sentem-se melhor com o aumento da autonomia e com a diminuição dos cuidados básicos terceirizados, tais como higiene pessoal, alimentação, visitas a médicos, tornando o convívio familiar muito mais prazeroso, melhorando as relações interfamiliares (FERREIRA, 2003; FLECK et al., 2003, LOPES, 1999).

Contradizendo aos trabalhos de Alves et al, (2004); Benedetti (2004); Conte (2004); Mazo et al, (2004); Mazzeo et al, (2004); Weuve et al. (2004); Mazo, (2003); Allsen et al.

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bem estar. Um exemplo de confusão pode ser a percepção de uma melhora na poluição do ar, mas na verdade o que está acontecendo é uma melhora do seu próprio sistema cardio-respiratório, com aumento da captação e transporte do oxigênio no seu corpo, dando uma impressão de que a melhora é do meio ambiente. Outra confusão na percepção pode ser, por exemplo, na questão do próprio meio de locomoção, onde a idosa por ser mais ativa fisicamente, consegue se locomover melhor, subir num ônibus, caminhar mais rápido, por mais tempo e sem dor, se mover mais rápido, dentre outros. Todas estas alterações dão a impressão que o meio de transporte público ou particular usado, seja melhor no grupo praticante de atividade física do que o grupo não praticante que tem uma dificuldade (física) de se locomover. A melhora relacional com a família, com os amigos, com os novos contatos traz para a idosa uma visão melhor até mesmo da sua moradia. Quando estamos bem tudo fica melhor, aquela casinha pequena mal cuidada, agora já se encontra bem cuidada, pois a idosa já consegue (fisicamente) cuidar da casa. O que era sujo agora está limpo, alterando sua auto-percepção, auto-eficiência e autoconfiança em relação a sua moradia e a todos os domínios.

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7. CONCLUSÃO

A qualidade de vida das idosas não institucionalizadas participantes do programa de atividade física orientada do grupo da UNATI foi avaliada como muito boa.

Quando comparadas com idosas não institucionalizadas e não praticantes de atividade física orientada, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa, mostrando uma melhor qualidade de vida para o grupo praticante de atividade física orientada, do que para o grupo não praticante de atividade física orientada.

Em relação aos domínios do questionário nos campos físico, psicológico, relação social e meio ambiente, o grupo praticante de atividade física é melhor em cada um deles, quando comparados com o grupo não praticante de atividade física orientada.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(57)

ANEXOS

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome do voluntário: _________________________________________________________

Pesquisador responsável: PROF. MARCELO CÉSAR MACHADO DE CARVALHO

Contato: (61) 33569341 / 33464649 / 92144379 E-mail: marcelocmc@brturbo.com.br ORIENTADOR: PROF. DR. GUSTAVO DE AZEVEDO CARVALHO

O presente trabalho: “ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES IDOSAS.” Visa avaliar e comparar a qualidade de vida de idosas com 60 anos ou mais da cidade de Taguatinga ou entorno, praticantes de atividades físicas orientadas de musculação e hidroginástica da UNATI (Universidade Aberta a Terceira Idade), com idosas não praticantes de atividades físicas orientada.

Estarão excluídas mulheres idosas com déficit cognitivo grave, e ou analfabetas, e ou impossibilitadas de comparecer à Universidade Católica quando recrutadas.

A metodologia de avaliação segue um protocolo de preenchimento de uma ficha de identificação, logo após a leitura deste termo de consentimento e assinatura, e finalmente o preenchimento de um questionário de Qualidade de Vida - Abreviado de 26 questões validado no Brasil, da Organização Mundial de Saúde.

O voluntário tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu consentimento em qualquer momento ou fase da pesquisa, sem qualquer tipo de penalização ou dano à sua pessoa.

É garantido o sigilo total e a privacidade dos dados confidenciais dos envolvidos na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção da presente dissertação.

Eu ________________________________________________________________________ Venho por meio desta manifestar meu consentimento em participar da amostragem da pesquisa acima referida, estando consciente acerca da sua justificativa, objetivos e procedimentos a serem utilizados. Estou ciente ainda de que, em qualquer momento que me sentir constrangido em participar do presente trabalho, comunicarei ao seu autor e serei, desta forma excluída da pesquisa.

Brasília, ________ de _______________________de 2006.

________________________________ ___________________________

(58)

ANEXO B – FICHA DE IDENTIFICAÇÃO UCB

1.Nome: __________________________________________________________________

2. Sexo: Masculino Feminino

3. Naturalidade: ___________________Nacionalidade:_________________________

Data de Nasc.: ___________________ Idade: _________________

4. Estado Civil: __________ Nome do Cônjuge:______________________________

5. Endereço Residencial: __________________________________________________

_________________________________________________________________________

Bairro: ________________________ CEP: ____________________

Cidade: ____________________ Estado: _______________________

Tel.: _______________________ Cel.: __________________________

Email: _____________________________________________________

6. Ocupação: ______________________________________________________________

7. Renda:

1 a 3 salários mínimos

4 a 6 salários mínimos

Mais de 6 salários mínimos

8. Praticante de atividade física orientada? SIM NÂO

9. Se marcou sim na questão 9, informe qual atividade pratica:

Hidroginástica

(59)

ANEXO C – QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA (OMS)

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha.

Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

nada Muito

pouco médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas.

Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.

nada Muito pouco médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 5

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.

muito ruim Ruim nem ruim nem boa boa muito boa

1 Como você avaliaria sua qualidade de

vida? 1 2 3 4 5

muito

insatisfeito Insatisfeito

nem satisfeito nem

insatisfeito satisfeito

muito satisfeito

2 Quão satisfeito(a) você está

com a sua saúde? 1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.

nada muito

pouco

mais ou

menos bastante extremamente

3 Em que medida você acha que sua dor (física)

impede você de fazer o que você precisa? 1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum tratamento

(60)

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a sua vida tem

sentido? 1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? 1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente físico (clima,

barulho, poluição, atrativos)? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

nada muito

pouco médio muito completamente

10 Você tem energia suficiente para seu dia-a- dia? 1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 1 2 3 4 5

12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas

necessidades? 1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão as informações

que precisa no seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades de

atividade de lazer? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

muito ruim ruim nem ruim

nem bom bom

muito bom

15 Quão bem você é capaz de se

locomover? 1 2 3 4 5

muito

insatisfeito Insatisfeito

nem satisfeito nem insatisfeito

satisfeito Muito satisfeito

16 Quão satisfeito(a) você está com o

seu sono? 1 2 3 4 5

17

Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as

atividades do seu dia-a-dia?

Imagem

GRÁFICO 1: Média de idades dos grupos experimental e controle.
GRÁFICO 2: Pontuação total do questionário de qualidade de vida dos grupos  experimental e controle
GRÁFICO 3: Pontuação do domínio físico do questionário de qualidade de vida dos  grupos experimental e controle
GRÁFICO 4: Pontuação do domínio psicológico do questionário de qualidade de vida  dos grupos experimental e controle
+3

Referências

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