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N~VEIS DE FLÚOR."

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N~VEIS DE FLÚOR."

JOSE BRANDAO FONSECA MARC(LIO DE AZEVEDO

Prof. Titular & Depto. de Zoatecnia da UFV Prof. Adjunto do Depto. de Zootecnia da UFRPE

MARTINHO DE ALMEIDA E SILVA PAULO RUBENS SOARES

Prof. Titular & Depto. de Zodecnia da UFV Prof. Titular do Depto. de Zootecnia da UFV

Em um eqwimmto com a duração de qwtro semanas, foram utilizedos 220 pintos Cobb Dourado

com 1 dia de idade, aki/ados em bateria metálica e dktribuldos ao acaso em 11 dietas com níveis de flúor variando de O a 1000 ppm. O aumento nos nlveis de flúor da raça0 ocasbnou decréscimos lineares no ganho médio de peso, consumo de ração. resistência a quebra dos ossos das aves e aumento linear na porceniagem de cinza da tíbia mas a converdm alimentar e o teor de cinza do Úmero não foram influenciados pebs tratamentos. Os teores de cálcio do úmero e fósforo da tíbia aumentaram significativamente em virtude do aumento dos nlveis de f l h da ração ate 600 ppm mas, reduziram em nlveis mais elevados do mineral. A mortalidade de 2,3%. observada durante o experimento, foi considerada normal e ocorreu ao acaso.

PaWm&aw: cákio e fósforo dos ossos, desempenho de pintos de corte, f i h r da ração, resistência dos osrros.

INTRODUÇAO

A incorporação de flúor na dieta de aves despertou a atenção dos pesquisadores em vista de possíveis efeitos benéficos deste mineral sobre a estrutura óssea dos animais. Entretanto, a literatura apresenta resultados contraditórios com relaçClo aos efeitos do flúor sobre a resistência à quebra dos ossos e também quanto aos níveis tóxicos deste mineral para as aves.

Underwood (1971) cita o nível de 300 ppm de flúor na dieta como o limite de to1erAncia.pat-a frangos em crescimento mas Cakir, Sullivan e Mater (1978) não observaram diferenças significativas no peso vivo, consumo de ração e conversão alimentar de frangos de corte ate 4

Parte da rese apresentada pelo primeiro autor d Universidade F e d e d de Viçosa como pede das exigências para obtençao do grau de "Magister Scientiae" em Zootecnia.

Cad. brnega Univ. Fed. Rural PE. Sbr. Zoot., Recife, n. 2, p. 39-46, 1994

NÍVEIS DE FLÚOR.*

JOSÉ BRANDÃO FONSECA Prof Titular do Depto. de Zootecnia da UFV MARTINHO DE ALMEIDA E SILVA Prof. Titular do Depto. de Zootecnia da UFV

MARCÍLIO DE AZEVEDO

Prof. Adjunto do Depto. de Zootecnia da UFRPE PAULO RUBENS SOARES

Prof. Titular do Depto. de Zootecnia da UFV

Em um experimento com a duração de quatro semanas, foram utilizados 220 pintos Cobb Dourado com 1 dia de idade, alojados em bateria metálica e distribuídos ao acaso em 11 dietas com nfveis de flúor variando de 0 a 1000 ppm. O aumento nos níveis de flúor da ração ocasionou decri'scimos lineares no ganho médio de peso, consumo de ração, resistência à quebra dos ossos das aves e aumento linear na porcentagem de cinza da tíbia mas a conversão alimentar e o teor de cinza do úmero não foram influenciados pelos tratamentos. Os teores de cálcio do úmero e fósforo da tíbia aum «ntaram significativamente em virtude do aumento dos níveis de flúor da ração até 600 ppm mas, reduziram em níveis mais elevados do mineral. A mortalidade de 2,3%, observada durante o experimento, foi consioerada normal e ocorreu ao acaso

P^ivr rChave cálcio e fósforo dos ossos, desempenho de pintos de corte, flúor da ração, resistência dos ossos.

INTRODUÇÃO

A incorporação de flúor na dieta de aves despertou a atenção dos pesquisadores em vista de possíveis efeitos benéficos deste mineral sobre a estrutura óssea dos animais. Entretanto, a literatura apresenta resultados contraditórios com relação aos efeitos do flúor sobre a resistência à quebra dos ossos e também quanto aos níveis tóxicos deste mineral para as aves.

Underwood (1971) cita o nível de 300 ppm de flúor na dieta como o limite de tolerância - para frangos em crescimento mas Cakir, Sullivan e Mater (1978) não observaram diferenças significativas no peso vivo, consumo de ração e conversão alimentar de frangos de corte até 4

* Parte da Tese apresentada pelo primeiro autor à Universidade Federa! de Viçosa como parte dus exigências para obf içSo do grau de "Magister Scientiae" em Zootecnia.

Cad. Omega Univ. Fed Rural PE. Sér. Zoo*, Recife n. 2, p. 39-46,1994

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semanas de idade, submetidos a rações com níveis de flúor até 800 ppm.

Suplementação da ração de codornas com flúor ao nível de 0,075%, segundo Chan et al. (1973), acelerou a mineralizaflo do osso havendo maior retenHo de cálcio, entretanto estas variações foram acompanhadas por um decréscimo na resistencia à quebra do osso.

O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito de níveis crescentes 'de flúor na ração sobre o ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, mineralização e resistência à quebra dos ossos de pintos até quatro semanas de idade.

MATERAL E MÉTODOS

O ex~erimento foi realizado na S e d o de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa, no período de 1 a 29 de setembro de 1977. Foram utilizados 220 pintos de 1 dia de idade da marca Cobb Dourado, sendo 110 de cada sexo,criados em uma bateria metalica "Peter Sime" e distribuídos ao acaso em 11 dietas com os seguintes níveis de flúor: 0, 100, 200, 300, 400, 500,600, 700, 800, 900 e 1000 ppm. A ração foi preparada com a mistura de um concentrado comercial mais o fubd de milho, segundo as recomendações do fabricante (65% de fuba + 35% de concentrado), contendo a ração 23% de PB e 3000 Kcal EMIKg. O flúor foi fornecido através da raçao na forma de fluoreto de sódio (NaF). No final do experimento, três aves de cada unidade experimental foram escolhidas ao acaso e sacnficadas para a retirada da tíbia e úmero.

A resistencia à queba dos ossos foi medida em um aparelho de pressa0 hidráulica (Hidraulic Press - 1044) da Welch Scientific Company, e

. os dados foram registrados em kilograma. Os fragmentos dos ossos foram em seguida, colocados em uma mufla a 600°C por 10 horas para a determinação do teor de cinza.

O fósforo dos ossos foi determinado por colorimetria em um aparelho SPECTRONIC-20 e o cálcio foi analisado em um espectrofotbmetro de absorção atomica PERKIN-ELMER, modelo 2908.

RESULTADOS

A analise estatística dos dados mostrou decréscimos lineares (P <

0,05) no ganho de peso e consumo de ração com o aumento do nível de flúor (Fig. 1). As equaç6es de regressão Y = 691.52 - 0,0228 X e Y =

Cad. drnega Univ. Fed. Rural PE. SBr. Zoot., Recife, n. 2. p. 39-46. 1994

semanas de idade, submetidos a rações com níveis de flúor até 800 ppm.

Suplementaçâo da ração de codornas com flúor ao nível de 0,075%, segundo Chan et al. (1973), acelerou a mineralização do osso havendo maior retenção de cálcio, entretanto estas variações foram acompanhadas por um decréscimo na resistência à quebra do osso.

O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito de níveis crescentes de flúor na ração sobre o ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, mineralização e resistência à quebra dos ossos de pintos até quatro semanas de idade.

MATERAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Seção de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa, no período de 1 a 29 de setembro de 1977. Foram utilizados 220 pintos de 1 dia de idade da marca Cobb Dourado, sendo 110 de cada sexo,criados em uma bateria metálica "Reter Sime" e distribuídos ao acaso em 11 dietas com os seguintes níveis de flúor; 0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 ppm. A ração foi preparada com a mistura de um concentrado comercial mais o fubá de milho, segundo as recomendações do fabricante (65% de fubá + 35% de concentrado), contendo a ração 23% de PB e 3000 Kcal EM/Kg. O flúor foi fornecido através da ração na forma de fluoreto de sódio (NaF). No final do experimento, três aves de cada unidade experimental foram escolhidas ao acaso e sacrificadas para a retirada da tíbia e úmero.

A resistência à queba dos ossos foi medida em um aparelho de pressão hidráulica (Hidraulic Press - 1044) da Welch Scientífic Company, e os dados foram registrados em kilograma. Os fragmentos dos ossos foram em seguida, colocados em uma mufla a 600

o

C por 10 horas para a determinação do teor de cinza.

O fósforo dos ossos foi determinado por colorímetría em um aparelho SPECTRONIC-20 e o cálcio foi analisado em um espectrofotômetro de absorção atômica PERKIN-ELMER, modelo 290B.

RESULTADOS

A análise estatística dos dados mostrou decréscimos lineares (P <

0,05) no ganho de peso e consumo de ração com o aumento do nível de flúor (Fig. 1). As equações de regressão Y = 691,52 - 0,0228 X e Y =

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér Zoot Recife n, 2, p. 39-46,1994

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1252,61 - 0,142 X (Fig. 1) mostram que o acréscimo de 100 ppm de flúor na raça0 representa um decréscimo de 2,289 no ganho médio de peso e 14.2 g no consumo de ração respectivamente, sendo que a variação no nível de flúor da dieta explica 77% da variação no ganho médio de peso e 60% do consumo de ração.

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~ Í v o i s do Flkr da R y d o ( ppm ) FIGURA 1 - Efeito do nível de flúor da raça0 sobre o ganho médio de peso e consumo de r-o.

Cad. bmega Univ. Fed. Rural PE. Ser. Zoot.. Recife. n. 2, p. 3946, 1994

1252,61 - 0,142 X (Fig. 1) mostram que o acréscimo de 100 ppm de flúor na ração representa um decréscimo de 2,28g no ganho médio de peso e 14,2 g no consumo de ração respectivamente, sendo que a variação no nível de flúor da dieta explica 77% da variação no ganho médio de peso e 60% do consumo de ração.

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FIGURA 1 - Efeno do nível de flúor da ração sobre o ganho médio de peso e consumo de ração.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 2, p. 39-46,1994

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Nao houve efeitos significativos (P > 0.05) dos tratamentos sobre a conversClo alimentar.

A mortalidade observada durante todo o período experimental foi de 2,3% e ocorreu ao acaso, sendo considerada normal.

~ Í v o i s do FlÚoi da ação ( ppm 1

FIGURA 2 - feio do níwl de flúor da raça0 sobre a resistencia B quebra e porcentagem de f6sforo e cinza da tíbia.

Cad. bmega Univ. Fed. Rural PE. Ser. Zoot., Recife, n. 2. p. 39-46, 1994

Nâo houve efeitos significativos (P > 0,05) dos iratamemos sobre a conversão alimentar.

A mortalidade observada durante todo o período experimentai foi de 2,3% e ocorreu ao acaso, sendo considerada normal.

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FIGURA 2 - Efeito do nível de (luor da ração sobre a resistência à quebra e porcentagem de fósforo e cinza da tíbia.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 2, p. 39-46,1994

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O teor de cinza da Ribia aumentou linearmente * 0.05) com o aumento do nivel de flúor da ração como mostra a equaÇ8o Y = 47,85 + 0,0049 X (Fig. 2) mas ngo foram observada diferenqs significativas (P >

0,05) entre tratamentos para o teor de cinza e fósforo do úmero e cálcio da tíbia.

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FIGURA 3 - Efeito do nlvel de flCior da ração sobre a refsist- queba e porcentiigsm da dlck do úmero

Cad. bmega Univ. Fed. Rural PE. SBr. Zoot., Recife, n. 2. p. 3446, 1994

O teor de cinza da tíbia aumentou linearmente (P < 0,05) com o aumento do nível de flúor da ração como mostra a equação Y = 47,85 + 0,0049 X (Fig. 2) mas não foram observada diferenças significativas (P >

0,05) entre tratamentos para o teor de cinza e fósforo do úmero e cálcio da tíbia. V« I4,M ♦ O.MM ■ • O.OOMM» y*

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FIGURA 3 - Efeito do nfvel de flúor da ração sobre a resistência a quebra e porcentagem de cálcio do úmero

Cad. Omega Univ. Fed. Rural PE, Sér. Zoot., Recife, n. 2, p. 39-46,1994

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A variação do fósforo da tíbia e cálcio do úmero é mostrado pelas equações Y = 8,35 + 0,0039 X - 3.10 x2 (Fig. 2) e Y = 14,66 + 0,0064 X

- 55.10" X* (Fig. 3). respectivamente.

A tíbia e o úmero apresentaram decréscimos lineares ( P < 0,05) na resistencia a quebra com o aumento dos níveis de flúor na ração. O comportamento da tibia é mostrado da Figura 2, através da equação Y = 4.69 - 0,00042 X, onde 46% das variações ocorridas na resistencia da tíbia são explicadas pelas variações dos níveis de flúor da raflo.

Os decréscimos lineares (P < 0,05) observados na resistencia A

quebra do úmero (Fig. 3). ocorreram na razão de 0,076Kg. .para cada 100 pprn de flúor adicionado, como se evidencia pela equação Y = 4.84 -

0,00076 X.

As aves reagiram ao aumento nos níveis de flúor da ração com redução no ganho de peso e consumo de ração na raz4o de 2,28 g e 14,2 g para cada 100 pprn de acr6scimo de flúor, respectivamente. Adições de flúor na ração aos níveis de 100 pprn de acordo com Doberenz et al.

(1965), 750 pprn segundo Lawrence & Martinson (1972) e 800 pprn (Chan, Rucker e ~iggins, 1975). ocasionaram reduções na taxa de crescimento de pintos em varias idades. Gardiner, Rogler e Parker (1968) mostraram que o reduzido consumo de ração contendo alto nível de flúor foi responsável por 51,4% na redução da taxa de crescimento de pintos.

A convek80 alimentar não foi influenciada significativamente (P >

0,05) pelos tratamentos. Como a redução no ganho de peso foi atribuída a um decréscimo no consumo de ração sem diferenças na conversão alimentar, conclui-se que esta redução foi mais em virtude do baixo consumo de ração do que qualquer influencia do flúor sobre a eficiência de utilização alimentar.

O teor de cinza da tibia aumentou linearmente (P < 0,05) com O

aumento do nivel de flúor da ração, resultados estes que concordam com aqueles obtidos por Chan et al. (1973) e Merkley (1976).

Observa-se (Figuras 2 e 3) que os teores de fósforo da tíbia e cálcio do úmero aumentaram ate o nivel de 600 pprn de flúor na ração, reduzindo então, nos níveis mais elevados do mineral, redução esta que, provavelmente, foi ocasionada pela baixa ingestao deYósforo e cálcio pelas aves destes tratamentos, em virtude do decréscimo no consumo de ração.

Estes resultados diferem daqueles obtidos por Gardiner, Rogler e Parker

Cad. bmega Univ. F d . Rurai PE. Sér. Z d . , Recife, n. 2, p. 3946,1994

A variação do fósforo da tíbia e cálcio do úmero é mostrado pelas equações Y = 8,35 + 0,0039 X - 3.10 * X

2

(Fig. 2) e Y = 14,66 + 0,0064 X - 55.10

7

X

2

(Fig. 3), respectivamente.

A tíbia e o úmero apresentaram decréscimos lineares ( P < 0,05) na resistência à quebra com o aumento dos níveis de flúor na ração. O comportamento da tíbia é mostrado da Figura 2, através da equação Y = 4,69 - 0,00042 X, onde 46% das variações ocorridas na resistência da tíbia são explicadas pelas variações dos níveis de flúor da ração.

Os decréscimos lineares (P < 0,05) observados na resistência à quebra do úmero (Fig. 3), ocorreram na razão de 0,076Kg para cada 100 ppm de flúor adicionado, como se evidencia pela equação Y = 4,84 - 0,00076 X.

DISCUSSÃO

As aves reagiram ao aumento nos níveis de flúor da ração com redução no ganho de peso e consumo de ração na razão de 2,28 g e 14,2 g para cada 100 ppm de acréscimo de flúor, respectivamente. Adições de flúor na ração aos níveis de 100 ppm de acordo com Doberenz et al.

(1965), 750 ppm segundo Lawrence & Martinson (1972) e 800 ppm (Chan, Rucker e Riggins, 1975), ocasionaram reduções na taxa de crescimento de pintos em várias idades. Gardíner, Rogler e Parker (1968) mostraram que o reduzido consumo de ração contendo alto nível de flúor foi responsável por 51,4% na redução da taxa de crescimento de pintos.

A conversão alimentar não foi influenciada significativamente (P >

0,05) pelos tratamçntos. Como a redução no ganho de peso foi atribuída a um decréscimo no consumo de ração sem diferenças na conversão alimentar, conclui-se que esta redução foi mais em virtude do baixo consumo de ração do que qualquer influência do flúor sobre a eficíí ncia de utilização alimentar.

O teor de cinza da tíbia aumentou linearmente (P < 0,05) com o aumento do nível de flúor da ração, resultados estes que concordam com aqueles obtidos por Chan et al. (1973) e Merkley (1976).

Observa-se (Figuras 2 e 3) que os teores de fósforo da tíbia e cálcio do úmero aumentaram até o nível de 600 ppm de flúor na ração, reduzindo então, nos níveis mais elevados do minerai, redução esta que, provavelmente, foi ocasionada pela baixa ingestão defósforo e cálcio pelas aves destes tratamentos, em virtude do decréscimo no consumo de ração.

Estes resultados diferem daqueles obtidos por Gardiner, Rogler e Parker

Cad. Omega Univ. Fed. Rural PE Sér. Zoot, Recife, n. 2, p. 39-46,1994

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(1961), que náo observaram efeitos da suplementação da dieta com flúor sobre o teor de cálcio dos ossos.

Os ossos'da perna (tíbia) e asa fúmero) apresentaram'decréscimos lineares (P < 0,05) na resistência à quebra com o aumento das dosagens de. fluor na ração. Estes resultados discordam daqueles obtidos por Merkley (1976) que obteve ossos mais resistentes através da fluoretação da água de beber de frangos em níveis até 200 ppm. Por outro lado, Chan et al.

(1973) demonstraram que ingestões excessivas de flúor, através da ração, diminuem a resistência dos ossos de codornas. Tambem Chan, Rucker e Riggiins (1975) encontraram ossos significativamente mais frágeis em pintos de 3 semanas de idade alimentados com rações contendo níveis de flúor acima de 500 ppm.

0 s resultados obtidos neste experimento sugerem as seguintes conclusões:

a) O aumento nos niveis de flúor da ração ocasionou decréscimos lineares (P < 0,05) no ganho de peso, consumo de ração e resistência à quebra dos ossos mas não influenciou a conversáo alimentar (P > 0,05).

b) Adição de flúor na ração até o nível de 1000 ppm nao influenciou a taxa de mortalidade de pintos até 4 semanas de idade.

c) As aves fixaram mais cálcio no úmero e fósforo na tibia com o aumento dos níveis de flúor na ração até 600 ppm, reduzindo a fixação a partir deste nível.

ABSTRACT

This experiment was carried out in electrically heated batteries with raised wire to determine the effects of çeveral levels of fluoride in diets in the perfomance and bone traiis of brdler chiiks f r m m e to 29 days dd. Two hundred and iwenty dayold broiler chkks (1 10 maks and 110 f a l e s ) were diistributed in a cornpletely randomized desing and fed on diets containlng 0, 100, 200, 300, 400,500,600, 700, 800, 900 and 1000 pprn added F (NaF). The chicks had access to feed and water at all times. Daily weight gain as well as feed intake and bom breaking sirenght were reduced lineariy (P

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0,05) with increasing in fluoride levels. Treatments had no effect (P < 0,05) on feed conversion. Mortaiii was 2,3%. Mortali was not affected by any of the diiary treatments. Calcium levels in the humeri ash as well as phosphoms levels in the tibia ash increased in response to dietary fluoride up to the level of 600 ppm and reduced with increase in fluoride levels from 600 pprn up to 1000 ppm level (P< 0.05).

Key words: Calcium and phosphorus of bones. performance of broiler chiiks, fluoride in dii, bone breaking strenght

Cad. brnega Univ. Fed. Rural PE. Ser. Zoot., Recife, n. 2, p. 3946,1994

(1961), que nào observaram efeitos da suplementaçâo da dieta com flúor sobre o teor de cálcio dos ossos.

Os ossos da perna (tíbia) e asa (úmero) apresentaram decréscimos lineares (P < 0,05) na resistência à quebra com o aumento das dosagens de flúor na ração. Estes resultados discordam daqueles obtidos por Merkley (1976) que obteve ossos mais resistentes através da fluoretação da água de beber de frangos em níveis até 200 ppm. Por outro lado, Chan et al.

(1973) demonstraram que ingestões excessivas de flúor, através da ração, diminuem a resistência dos ossos de codomas. Também Chan, Rucker e Riggiins (1975) encontraram ossos significativamente mais frágeis em pintos de 3 semanas de idade alimentados com rações contendo níveis de flúor acima de 500 ppm.

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos neste experimento sugerem as seguintes conclusões;

a) O aumento nos níveis de flúor da ração ocasionou decréscimos lineares (P < 0,05) no ganho de peso, consumo de ração e resistência à quebra dos ossos mas não influenciou a conversão alimentar (P > 0,05).

b) Ac

1

' ;ão de flúor na ração até o nível de 1000 ppm não influenciou a taxa de mortalidade de pintos até 4 semanas de idade.

c) As aves fixaram mais cálcio no úmero e fósforo na tíbia com o aumento dos níveis de flúor na ração até 600 ppm, reduzindo a fixação a partir deste nível.

ABSTRACT

This experiment was carned out in electrically heated batteries with raised wire to determine the effects of several leveis of fluoride In diets in the perfomance and bone traits of broiler chicks from one to 29 days old Two hundred and twenty day-old broili chicks (110 males and 110 females) a e dístributed in a completely randomized desing and fed on diets containing 0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 and 1000 ppm added F (NaF). The chicks had access to feed and vrat - at ali tim s. Daily weight gain as well as feed intake and bone breaking strenght were reduced linearly (P < 0,05) with increasing in fluoride velf Treatments had no effect (P < 0,05) on feed conversion. Mortality was 2,3%. Mortalíty was not affected by any of the dietary treatmi írts Calcium leveis in the humeri ash as well as phosphorus leveis In the tibia ash increased in response to dietary fluoride up to the levei of 600 ppm and reduced with increase in fluoride leveis from 600 ppm up to 1000 ppm levei (P< 0,05).

Key words: Calcium and phosphorus of bonés, performance of broiler chicks, fluoride in diet, bone breaking strenght

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Zoot., Recife, n. 2, p. 39-46,1994

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1 CAKIR, A,; SULLIVAN. T. W.; MATER. F. 8. Allevlatii of fluoride toxicity in starting turkcys and chkks whith aluminium. Pouffry Science, Champaign, v. 57, n. 2, p. 49ü-505, feb. 1978.

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3 CHAN, M. M.; RUCKER, R. 6.; RIGGINS, R. S. The rekikmhip ol

(hioride

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4 DOBERENZ, A. R.; KURNICK, A. A.; HULLET, 0 . J. et al. Bromide and flwride toxicities in the chiik. Pouüry Science, Champaign, v. 44. n. 6, p. 1500-1504, Aug. 1965.

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