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Formação e Capacitação para a Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI

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Formação e capacitação para a Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI: texto para discussão 1

Formação e

Capacitação para a Indústria Brasileira de

Software e Serviços de TI

Texto para Discussão 1

Dezembro de 2010

Observatório SOFTEX

(2)

A DIMENSÃO DO DESAFIO

Uma Visão Sistêmica da Escassez de Profissionais de TI

Os empresários da Indústria Brasileira de Software de Serviços de TI (IBSS) percebem que a cada dia fica mais difícil encontrar profissionais para contratar e assim sustentar de modo competitivo os seus negócios. As razões da escassez de mão de obra em TI são conhecidas e debatidas com frequência. Existe entendimento de que o problema é complexo, possui causas diversas, requer atuação consistente e simultânea em várias frentes e mudança em processos que exigem tempo de maturação. Pensar a escassez, portanto, é pensar de modo sistêmico, utilizando um modelo que permita conectar as várias partes do problema em um todo compreensível para aqueles que o vivenciam.

A seguir, apresenta-se uma ferramenta para pensar de modo sistemático, chamada diagrama causal. Ela ajuda a estruturar um modelo representativo da situação e buscar uma solução. Tal modelo facilita a comunicação e permite compartilhar dados, informações e conhecimentos de maneira racional e participativa.

A partir desse modelo qualitativo causal e de estudos desenvolvidos no âmbito do Observatório SOFTEX, unidade de estudos e pesquisas da Sociedade SOFTEX, criou-se um simulador que permite, mediante alterações em parâmetros do modelo, visualizar cenários futuros da escassez de mão de obra em TI. O simulador não dá uma resposta precisa sobre a dimensão da escassez, mas mostra o impacto de decisões no agravamento ou na mitigação do problema.

(3)

A

LGUMAS EVIDÊNCIAS E REFLEXÕES SOBRE AS VARIÁVEIS PRELIMINARES DO

M

ODELO DA

E

SCASSEZ

O

S NÚMEROS DA ESCASSEZ

O Observatório SOFTEX acredita que a falta de profissionais de TI irá se acentuar no decorrer dos anos. Com apoio de simulações baseadas na disciplina Dinâmica de Sistemas, e tendo como ponto de partida o número de assalariados com ocupações em software e serviços de TI e a produtividade e a receita gerada por estes profissionais, projetou o déficit de mão-de-obra, considerando cenários diversos. Levando-se em conta o Cenário Esperado, ou seja, aquele mais próximo ao que se acredita que ocorrerá, haverá um déficit, em 2013, de cerca de 140 mil profissionais.

Esse déficit pode ser ainda maior se a IBSS se reorientar mais do que o esperado para serviços.

Neste caso, segundo a estimativa do Observatório SOFTEX, o déficit, em 2013, seria de 200 mil profissionais. Em sentido contrário, em um cenário orientado a produtos, ele cairia para 80 mil profissionais.

A projeção da escassez será revista e atualizada a partir do novo modelo em desenvolvimento, que considera um número maior de variáveis e fatores intervenientes.

M

ERCADO DE TRABALHO PARA PROFISSIONAIS DE

TI Mão de obra qualificada

A Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI (IBSS) é responsável por apenas uma parte, e não a maior parte, dos postos de trabalho para profissionais de TI. Os empregadores são em sua maioria empresas com outras atividades-fim, tais como bancos, fábricas e estabelecimentos comerciais. As empresas desses setores econômicos, denominadas pelo Observatório SOFTEX de NIBSS (Não-IBSS), mantêm equipes internas de TI com os mais diversos fins, incluindo desenvolvimento de software e suporte técnico aos usuários.

Ao longo dos anos, percebe-se, no entanto, uma participação cada vez maior da IBSS na geração de postos formais de trabalho para profissionais de TI (PROFSSs). Em 2003, os PROFSSs na IBSS representavam 20% do total. Essa participação chega a 27%, em 2008.

Parcela considerável dos proprietários e sócios de empresas da IBSS também exerce ocupações relacionadas com TI. Nas microempresas e empresas de pequeno porte, eles acumulam atividades de desenvolvimento e de gestão do negócio. Muitas empresas surgem como uma alternativa de contratação de profissionais de TI fora do regime de CLT. O Observatório SOFTEX estima que algo em torno de vinte mil empresas da IBSS, das cerca de sessenta mil ativas no mercado, surgiram com esta finalidade.

De 2003 a 2008, o número de PROFSSs na IBSS cresceu 13,2% a.a.. Nas empresas da NIBSS, 5,6% a.a., indicando uma provável terceirização de atividades de software e serviços de TI da NIBSS para a IBSS. No período, o número de proprietários e sócios da IBSS com atividades na empresa cresceu 4,0% a.a.

(4)

Em cenário de escassez, IBSS e NIBSS competem pelos profissionais de TI. Os mais qualificados são atraídos pelas empresas capazes de oferecer melhores salários e benefícios. O problema afeta sobretudo (mas não só) as pequenas empresas. Com dificuldades para ter acesso aos profissionais mais qualificados, muitas têm desenvolvido estratégias próprias para driblar a crise:

buscar o profissional ainda em processo de formação, nos bancos escolares; criar programas próprios de treinamento; e apostar na criação de um ambiente de trabalho capaz de atrair (e manter) o profissional.

A qualificação requerida para os PROFSSs varia em função do modelo de negócios da IBSS (produto e/ou serviços de maior ou menor valor agregado) e das necessidades de cada setor da NIBSS. Em ambos os casos, além do conhecimento técnico e de uma formação genérica, muitas vezes é requerido conhecimentos em áreas específicas de aplicação. Para os profissionais de TI que decidem pela criação de um empreendimento próprio, existe, ainda, a necessidade de capacitação e formação em gestão e empreendedorismo. O aumento no número de empreendedores reduz a oferta de PROFSSs, acirrando ainda mais a disputa por mão de obra no mercado formal de trabalho.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados da PAS/IBGE e da RAIS/MTE, anos 2003 a 2008.

Durante o período de 2003 a 2008, percebe-se uma alteração importante na composição da força de trabalho assalariada (PROFSSs), tanto na IBSS, como na NIBSS. Comparando-se os anos de 2003 a 2008, há um crescimento expressivo da participação de PROFSSs em ocupações classificadas pelo Observatório SOFTEX na categoria ´nível superior` (NS). Ela inclui os analistas de sistemas computacionais; os administradores de redes, sistemas e banco de dados; e os engenheiros em computação. Também aumenta ligeiramente a participação de profissionais de

´nível gerencial` (NG), categoria que abrange diretores de serviços de informação e gerentes de TI.

A terceira categoria utilizada pelo Observatório, profissionais de ´nível técnico` (NT), perde participação no total de PROFSSs, especialmente na IBSS (queda de 17 p.p.). Na NIBSS, em 2008, os NT ainda são a maioria, embora tenha ocorrido, também, uma forte redução na sua participação (queda de 11 p.p.). A categoria NT inclui técnicos em desenvolvimento de sistemas e aplicações; técnicos em operação e monitoração de computadores; operadores de rede de teleprocessamento e afins; operadores de equipamentos de entrada e transmissão de dados; e técnicos em telecomunicações.

Mão de obra ocupada em TI Em 2003:

IBSS – PROFSSs: 65.333 IBSS – Sócios: 78.098 NIBSS – PROFSSs: 256.500

Em 2008:

IBSS – PROFSSs: 121.641 IBSS – Sócios: 94.882 NIBSS – PROFSSs: 337.309

(5)

Distribuição percentual dos PROFSSs na IBSS e na NIBSS, por categorias ocupacionais 2003 e 2008

2%

43%

55%

IBSS - 2003

NG NS NT

4%

58%

38%

IBSS - 2008

NG NS NT

3%

27%

70%

NIBSS - 2003

NG NS NT

4%

37%

59%

NIBSS - 2008

NG NS NT

Salários de profissionais de TI

Em 2008, a remuneração média mensal de um PROFSSs na IBSS foi de R$ 3.077. Na NIBSS, ela foi ligeiramente inferior: R$ 2.994. No que diz respeito às empresas da NIBSS, observam-se diferenças significativas entre as médias salariais verificadas nos setores econômicos. Elas resultam do tipo de atividade de software ou de serviços de TI realizada em cada setor, que pode requerer maior ou menor participação de profissionais qualificados no quadro de pessoal, puxando a média para cima ou para baixo, respectivamente. O salário médio dos PROFSSs também varia em função do porte das empresas, da sua localização e dos acordos sindicais realizados em cada setor.

Na IBSS, para o período de 2003 a 2008, a taxa média de crescimento real do salário médio foi de 1,5% a.a. Na NIBSS, de 2,5%.

Como resultado da mudança na composição do quadro de pessoal, que resultou em uma participação maior de NG e NS no total de PROFSSs, o salário médio para o total da IBSS e da NIBSS cresce. No entanto, quando se analisa a média salarial de cada categoria ocupacional separadamente, observa-se queda em várias delas. Assim, por exemplo, em termos reais, a remuneração média mensal de um analista de sistemas computacionais cai de R$ 4.150, em 2003, para R$ 3.646, em 2008. A queda salarial parece se explicar pela utilização, em cada categoria ocupacional, de pessoal com menor qualificação e/ou experiência na função.

(6)

Valores deflacionados pelo IPCA, ano-base 2008.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados da RAIS/MTE, período 2003 a 2008.

Remuneração mensal de PROFSSs empregados na IBSS, por categoria ocupacional período 2003 a 2008

Em R$, ref. mês de dezembro, valores deflacionados pelo IPCA, ano-base 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Diretores de serviços de informática 10.457 11.811 11.958 14.862 11.399 11.238 Gerentes de tecnologia da informação 7.686 7.308 7.143 7.470 6.394 7.101 Engenheiros em computação 5.674 5.585 5.692 6.152 5.835 5.826 Administradores de tecnologia da

informação 5.179 4.318 4.316 4.266 4.321 4.248

Analistas de tecnologia da informação 4.150 3.988 3.751 3.673 3.687 3.646 Técnicos em telecomunicações 2.091 2.124 1.891 2.008 1.847 2.010 Técnicos de desenvolvimento de

sistemas e aplicações 2.408 2.164 2.247 2.206 2.147 2.130

Técnicos em operação e monitoração

de computadores 1.646 1.703 1.735 1.657 1.666 1.642

Operadores de rede de

teleprocessamento e afins 1.372 1.245 1.332 1.187 1.300 1.440 Operadores de equipamentos de

entrada e transmissão de dados 785 678 720 765 838 818

Salário médio de PROFSSs (mês dezembro)

Em 2003:

IBSS: R$ 2.855 NIBSS – R$ 2.647

Em 2008:

IBSS: R$ 3.077 NIBSS: R$ 2.994

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Remuneração mensal de PROFSSs empregados na NIBSS, por categoria ocupacional - período 2003 a 2008

Em R$, ref. mês dezembro, valores deflacionados pelo IPCA, ano-base 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Diretores de serviços de informática 8.196 8.358 6.695 7.758 7.449 8.089 Gerentes de tecnologia da informação 7.807 7.319 7.385 7.169 7.177 7.437 Engenheiros em computação 6.839 6.496 6.840 6.386 6.936 6.760 Administradores de tecnologia da

informação 4.096 3.269 3.234 3.355 3.246 3.288

Analistas de tecnologia da informação 4.875 4.763 4.686 4.784 4.558 4.602 Técnicos em telecomunicações 2.153 2.204 2.209 2.205 2.184 2.208 Técnicos de desenvolvimento de

sistemas e aplicações 2.608 2.605 2.453 2.514 2.456 2.519

Técnicos em operação e monitoração

de computadores 1.593 1.544 1.513 1.516 1.458 1.464

Operadores de rede de

teleprocessamento e afins 1.112 1.456 1.576 1.813 1.679 1.721 Operadores de equipamentos de

entrada e transmissão de dados 1.011 1.040 1.015 1.124 1.138 1.194

Negócios em Software e Serviços de TI

Em 2008, a receita líquida da IBSS foi de R$ 47,5 bilhões. Ela cresceu, em média, 8,2% a.a., mostrando desempenho superior ao PIB brasileiro (5,0% a.a.).

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Receita líquida da IBSS Em R$ bilhões

Valores deflacionados pelo IGP-DI, ano-base 2008

47,5 bi

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir da PAS/IBGE, anos diversos.

(8)

O Observatório SOFTEX desenvolveu uma metodologia para estimar a parte da receita liquida da IBSS gerada pelos PROFSSs. Esse valor estimado foi denominado de VRProfssTotal. Ele exclui da receita da IBSS a parcela que, segundo a metodologia, provém das atividades realizadas por outros assalariados (não-PROFSSs), por proprietários e sócios e por terceirizados (empresas ou pessoas físicas contratadas como autônomo).

Em 2008, o VRProfssTotal da IBSS foi de R$ 14,9 bilhões. Ele cresceu, em termos reais, ao longo do período de 2003 a 2008, 11,2% a.a. A taxa é superior à verificada para a receita líquida total da IBSS, indicando uma participação cada vez maior dos PROFSSs na receita.

O VRProfssTotal da NIBSS, valor estimado em reais para as atividades exercidas pelos PROFSSs empregados na NIBSS, também cresce no período, ainda que de modo modesto, registrando média de 3,6% ao ano. O montante a que se chega, em 2008, é expressivo: R$ 34,6 bilhões.

0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 45.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

VRProfssTotal (R$ mil) IBSS

NIBSS

Valores deflacionados pelo IGP-DI, ano-base 2008.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados da PAS/IBGE e RAIS/MTE, período 2003 a 2008.

Produtividade dos PROFSSs

Conforme metodologia do Observatório SOFTEX, a produtividade dos PROFSSs (ou VRProfssMedio) é calculada dividindo-se o VRProfssTotal pelo número de PROFSSs. Para o período compreendido entre 2003 e 2008, tanto na IBSS quanto na NIBSS, verifica-se queda no VRProfssMedio (média de -1,8% a.a. na IBSS e - 1,9% a.a. na NIBSS).

A queda de produtividade ocorre em todas as ocupações incluídas pelo Observatório SOFTEX na categoria PROFSSs. São elas: diretores de serviços de informática; gerentes de TI;

engenheiros em computação; analistas de sistemas computacionais; administradores de redes, sistemas e banco de dados; técnicos no desenvolvimento de aplicações e sistemas; técnicos em operação e monitoração de computadores; operadores de equipamentos de entrada e transmissão de dados; operadores de redes de teleprocessamento e afins; e técnicos em telecomunicações.

Na IBSS, não só a produtividade dos PROFSSs, mas também a do total das pessoas ocupadas (assalariados mais sócios) se reduz no período de 2003 a 2008. Uma possível explicação pode ter a ver com uma orientação para modelo de negócios baseado em serviços de menor valor agregado. Essa orientação pode ser um sinal de adaptação da IBSS às necessidades e VRProfssTotal (R$ mil)

Em 2003:

IBSS: R$ 8.739.667 NIBSS – R$ 28.951.207

Em 2008:

IBSS: R$ 14.874.434 NIBSS: R$ 34.594.084

(9)

oportunidades do mercado; a ocupação possível na divisão de trabalho em nível global, que reserva para os países centrais os negócios e os serviços mais lucrativos. Pode ser também um indício de que a indústria trata de se adequar à queda na qualidade do seu principal insumo: o capital humano. Ela estaria seguindo o princípio darwinista de adaptar-se ao ambiente para garantir a sua sobrevivência. Essas são hipóteses que precisam, ainda, de melhor investigação.

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Produtividade - VRProfssMedio (R$ mil / pessoa) IBSSNIBSS

Linear (IBSS)

Valores deflacionados pelo IPCA, ano-base 2008.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados da PAS/IBGE e RAIS/MTE, período 2003 a 2008.

M

ERCADO DE FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE

TI

Formação de nível superior Vagas

O número de vagas oferecido pelas instituições de ensino de nível superior (IESs) em cursos de Computação e Informática cresce no período de 2003 a 2008. As maiores taxas médias de crescimento são verificadas para os cursos de mais curta duração (dois anos, em geral) na modalidade denominada ´tecnologia` (22,4% a.a.). O número de vagas fornecidas para cursos de bacharelado, com duração de quatro ou cinco anos, cresce 3,8% a.a.

Parte significativa da oferta de vagas é em IESs privadas. Em 2008, as instituições públicas contribuíram com apenas 9,6% das vagas oferecidas na modalidade bacharelado e 7,2%, na modalidade tecnologia.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados do INEP/MEC, período 2003 a 2008.

VRProfssMedio (R$ mil/pessoa) Em 2003:

IBSS: R$ 133,8 NIBSS – R$ 112,9

Em 2008:

IBSS: R$ 122,3 NIBSS: R$ 102,6

(10)

Candidatos

Seguindo a tendência já verificada para as vagas fornecidas pelas IESs, também se observa um crescimento relevante no número de candidatos na modalidade tecnologia (11,3% a.a.). Para o período 2003 a 2008, não há crescimento no número de candidatos para cursos de bacharelado em Computação e Informática. Em ambas as modalidades, a relação candidato-vaga cai ao longo do período.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados do INEP/MEC, período 2003 a 2008.

Ingressantes

No período em análise, o número de ingressantes em cursos de bacharelado cai ao longo dos anos a uma taxa média de –0,9% a.a.. A quantidade de ingressantes nos cursos de tecnologia aumenta no período (18,9% a.a.), embora menos que as vagas oferecidas.

Nos cursos de tecnologia, do total de vagas oferecidas em 2008, 46,4% foram preenchidas. Para cursos na modalidade bacharelado, apenas 29,0% das vagas. A baixa relação entre vagas e ingressantes mostra desajustes entre a oferta e a demanda e um subaproveitamento da infraestrutura e dos recursos disponíveis nas IESs, o que ocorre, sobretudo, nas IESs privadas.

Em 2008, 18,2% dos ingressantes em cursos de bacharelado na área de Computação e Informática ingressaram em IESs públicas. Na modalidade tecnologia, esse percentual foi de 14,1%

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados do INEP/MEC, período 2003 a 2008.

(11)

Egressos

De 2003 a 2008, 173.599 pessoas concluíram cursos na área de Computação e Informática, nas modalidades bacharelado ou tecnologia. O número de egressos cresceu a taxas médias de 7,8%

a.a. e 15,3% a.a, respectivamente. Apesar do crescimento superior na modalidade tecnologia, durante o período, a maioria dos egressos ainda era oriunda de cursos de bacharelado. Em 2008, dos graduados bacharéis, 18,1% eram provenientes de instituições públicas. Na modalidade tecnologia, a participação das públicas no total de concluintes foi de 15,7%.

Mantidas as taxas de crescimento observadas para o período 2003 a 2008, a quantidade de egressos de cursos de graduação em Computação e Informática provavelmente seria suficiente para atender às necessidades do setor. O problema da escassez parece ser mais de qualidade do que de quantidade.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir dados do INEP/MEC, período 2003 a 2008.

Formação de nível técnico profissionalizante

Durante o período de 2007 a 2009, a quantidade de matriculados em cursos de nível médio profissionalizante com ênfase em Computação e Informática cresceu, em média, 15,2% a.a. As matrículas incluem duas modalidades de cursos: concomitante (conteúdo profissionalizante é fornecido integrado às disciplinas do ensino médio tradicional, educação especial ou educação de jovens e adultos) e sequencial (conteúdo profissionalizante é ministrado após a oferta das disciplinas do ensino médio).

Os cursos técnicos sequenciais têm nos cursos superiores de tecnologia fortes concorrentes. Por questões de status e perspectiva profissional e salarial, alunos egressos do curso médio têm optado por ingressar nos cursos de nível superior.

Os melhores cursos técnicos na modalidade concomitante atraem os melhores alunos. Finalizado o curso profissionalizante, estes preferem dar continuidade à sua formação acadêmica ao invés de trabalhar como técnicos. Como resultado, o mercado carece de bons técnicos.

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Qualidade em cursos de nível superior

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma combinação de variáveis diversas, incluindo o perfil socioeconômico e as habilidades inerentes aos alunos que ingressam

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em determinado curso e a contribuição do próprio curso para a formação específica do aluno. O resultado é uma pontuação para o curso que varia de 1 a 5, sendo 5 o valor máximo.

Em exame realizado em 2008, 70,0% dos cursos de bacharelado em Computação e Informática e 74,0% dos cursos na modalidade tecnologia foram pontuados com notas 2 ou 3. Entre os cursos de tecnologia, encontra-se uma quantidade superior de notas 1 e, entre os de bacharelado, uma quantidade maior de notas 5.

No geral, os cursos das IESs públicas obtiveram pontuação superior ao das instituições privadas.

Os melhores resultados foram obtidos pelas IESs públicas federais. Essas instituições, contudo, são responsáveis por uma quantidade muito pequena do total de cursos oferecidos. Por outro lado, apesar da sua, em geral, alta excelência, as instituições públicas parecem ter mais dificuldades que as demais para incorporar mudanças, o que se torna um problema sério no cenário atual, de rápida transformação tecnológica.

As informações obtidas através do Enade podem ser complementadas pelo Indicador de Diferença de Desempenho (IDD), uma estimativa do valor que um curso agrega ao desenvolvimento das habilidades acadêmicas, das competências profissionais e do conhecimento específico do aluno. Em 2008, 70,5% dos cursos de bacharelado e 64,9% dos de tecnologia avaliados pelo IDD, com pontuações que variavam entre 1 e 5, receberam nota 2 ou 3. Da mesma forma que no Enade, entre os cursos de tecnologia, encontra-se uma quantidade superior de notas 1 e, entre os cursos de bacharelado, de notas 5. As IESs públicas e, em especial, as federais, tendem a obter melhor pontuação no Indicador.

A Tabela abaixo apresenta a distribuição percentual dos cursos de bacharelado em Computação e Informática, relativos ao ano de 2008, considerando o Conceito Preliminar de Curso (CPC). O CPC combina o desempenho obtido pelos estudantes no Enade e os resultados do IDD com avaliações da infraestrutura e das instalações físicas, dos recursos didático-pedagógicos e do corpo docente das IESs.

Também no caso do CPC, percebe-se uma concentração maior de notas superiores nos cursos oferecidos pelas IESs públicas. Em termos relativos, o melhor desempenho é apresentado pelos cursos das federais.

Pontuação CPC Total de cursos Total de cursos em IESs públicas

Total de cursos em IESs públicas federais

1 0,7% 0,9%

2 26,7% 14,4%

3 56,0% 39,9% 22,0%

4 13,6% 29,7% 48,0%

5 2,9% 15,3% 30,0%

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados SINAES/MEC, 2008.

Quando comparados aos cursos de bacharelado, os cursos na modalidade tecnologia, justamente os que apresentam um crescimento acelerado em termos de vagas, ingressantes e egressos, recebem relativamente mais notas inferiores nas três avaliações consideradas: Enade, no IDD e no CPC.

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Pontuação ENADE IDD CPC

Bacharelado Tecnologia Bacharelado Tecnologia Bacharelado Tecnologia

1 2,6% 8,6% 3,3% 13,8% 0,7% 4,4%

2 24,9% 40,8% 22,9% 30,3% 26,7% 47,4%

3 45,1% 33,2% 47,6% 34,6% 56,0% 38,5%

4 21,6% 14,1% 19,2% 14,9% 13,6% 7,0%

5 5,8% 3,3% 7,0% 6,4% 2,9% 2,6%

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados SINAES/MEC, 2008.

Não se dispõe de série histórica (Enade, IDD ou CPC) para avaliação de cursos superiores de Computação e Informática ao longo dos anos. No entanto, empresários da IBSS que contratam egressos das IESs percebem que a cada ano cai a qualidade destes. Também consideram que parte das dificuldades que possuem para recrutamento de PROFSSs com a qualificação necessária seria resolvida se houvesse um esforço orquestrado em prol da melhoria da qualidade dos egressos dos cursos que alimentam o setor. Pelo seu lado, professores e coordenadores de cursos da área de Computação e Informática reconhecem que a bagagem cognitiva trazida pelo aluno que ingressa nos cursos universitários piora a cada ano.

Qualidade na Educação Básica

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) coleta informações sobre o desempenho acadêmico de alunos em língua portuguesa e matemática, apontando o que sabem e são capazes de fazer, em diversos momentos de seu percurso escolar. A população de referência do SAEB é composta por alunos brasileiros do ensino regular, de todas as unidades da federação, que frequentam a 4a e 8a séries do ensino fundamental e a 3a série do ensino médio.

Durante o período de 1995 a 2005, observa-se queda nas médias de proficiência em Matemática, para alunos das três séries avaliadas pelo SAEB. A perda do conhecimento básico em Matemática, verificada ao longo dos anos de ensino fundamental e médio, afeta, de modo ainda não mensurado pelo Observatório SOFTEX, a qualidade dos alunos que ingressam nos cursos de nível superior. O impacto é especialmente relevante para os cursos que têm no domínio dos saberes lógico-racionais um de seus pilares, como é o caso, por exemplo, dos cursos de Computação e Informática.

Assim, tudo leva a crer que o problema da escassez de mão de obra em TI seja mais de qualidade do que de quantidade. Qualidade entendida em duas perspectivas diferentes: a queda, ao longo dos anos, nas competências e habilidades que o egresso desenvolve durante o período da sua formação acadêmica e o desajuste entre as competências e habilidades ensinadas na academia e as competências e habilidades requeridas pelo mercado de trabalho.

(14)

Fonte: INEP/MEC, “SAEB – 2005 – Primeiros resultados: média de desempenho do SAEB/2005 em perspectiva comparada”.

P

OLÍTICAS

P

ÚBLICAS E

M

ACROINDICADORES

E

CONÔMICOS

O Observatório SOFTEX trabalha com alguns macroindicadores, a seguir descritos, para captar os resultados globais das políticas públicas que afetam a economia do país como um todo e também os negócios da IBSS.

Encargos trabalhistas e benefícios concedidos a empregados da IBSS

Entre os pesquisadores, não há consenso no que se refere à fórmula para apuração dos encargos trabalhistas. Como resultado, o percentual de encargos calculado sobre os salários pode variar de modo significativo.

Para efeito do cálculo aqui utilizado, incluíram-se os encargos propriamente ditos e os benefícios diversos concedidos aos trabalhadores, em virtude da legislação do trabalho e das negociações sindicais. Os benefícios concedidos acabam sendo uma forma complementar de salário, já que se destinam diretamente a um dado trabalhador.

Os resultados obtidos mostram que, ao longo do período de 2003 a 2008, o valor desembolsado pelas empresas da IBSS, a título de encargos trabalhistas e benefícios, manteve um percentual mais ou menos fixo em relação ao total pago em salários e outras remunerações (52,6%, em 2003; 55,0% em 2008). Os encargos trabalhistas foram responsáveis por algo em torno de 24%

do percentual e os benefícios concedidos aos trabalhadores por cerca dos 30% restantes.

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0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Macro Indicadores Encargos trabalhistas e benefícios IBSS (% do salário recebido)

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados da PAS/IBGE, anos diversos.

Carga tributária do país (% sobre o PIB)

No Brasil, a carga tributária permaneceu mais ou menos constante no período de 2003 a 2008.

Ela se encontra na mesma faixa verificada para países europeus e o Canadá. No entanto, é muito superior à carga praticada em outros países (por exemplo, Estados Unidos, China, Índia, Argentina e Chile). Também parece ser muito elevada, quando se considera a qualidade dos serviços públicos oferecidos em troca dos tributos pagos. A tributação excessiva trabalha contra o objetivo de inserção do país na economia global, já que contribui para a perda de competitividade do setor produtivo.

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Macro Indicadores Carga Tributária do país (% do PIB)

Fonte: Brasil: Ipeadata, anos diversos; países selecionados: Observatório SOFTEX, a partir do Index of Economic Freedom, Heritage Foundation, 2009, apud in http://pt.wikipedia. org/wiki/ carga_tributaria, em 30/11/2010. Dados para o Brasil: Ipeadata, 2008.

Balança comercial

As exportações brasileiras cresceram de modo contínuo durante o período 2003 a 2008. Após a queda nas exportações e importações, verificada no ano de 2009, como reflexo da desaceleração global, o fluxo comercial entre os países voltou a crescer. A nova tendência, que já vinha se insinuando desde 2006, é de redução no saldo da balança comercial brasileira.

Argentina 22,9%

BRASIL 34,9%

Canadá 33,4%

Chile 17,1%

China 17,0%

Colômbia 23,0%

Estados Unidos 28,2%

Índia 17,7%

Média países OECD 36,0%

Carga tributária Países selecionados (%PIB)

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0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Macro Indicadores Exportação FOB Importação FOB

Saldo da Balança Comercial Brasil (US$ milhões)

Fonte: Bacen, anos diversos.

Taxa de câmbio R$/US$

A valorização do real afeta as exportações brasileiras. Os serviços prestados pela IBSS tornam-se especialmente caros quando comparados aos das concorrentes estrangeiras. Aumenta a dificuldade de a IBSS adotar um modelo de negócios inspirado na experiência indiana, baseado na oferta de serviços de baixo valor, com baixo custo. Para manter-se no mercado externo, provavelmente a IBSS terá de buscar um modelo de negócios diferenciado, orientado para produtos ou serviços de maior valor agregado, cuja vantagem competitiva não esteja no preço final do bem ou serviço. Neste caso, a questão da qualidade da educação torna-se ainda mais crítica.

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Macro Indicadores Câmbio médio (R$ / US$)

Fonte: Ipeadata, anos diversos.

Risco Brasil

Após o crescimento observado no período 2006 a 2008, em 2009, o Risco Brasil volta a cair, finalizando o ano com pontuação de 196. Em 2010, a pontuação cai ainda mais, chegando em novembro a 172. A queda no Risco Brasil é um bom indicador da confiança dos investidores estrangeiros no país.

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0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Macro Indicadores Risco Brasil

Fonte: Corecon, SP.

Taxa de juros Selic

A tendência à queda verificada na taxa de juros Selic dá ânimo à economia e estimula o crescimento. O sistema de crédito cresce, o volume de dinheiro em circulação aumenta e as pessoas consomem mais. A facilidade em obter financiamento pode contribuir para que as pequenas empresas cresçam, surjam novos negócios e os empregos se multipliquem. Em 2009, a meta Selic estabelecida na última reunião do COPOM foi de 8,75%. Em 2010, a meta definida no encontro de 20 de outubro foi de 10,75%.

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Macro Indicadores Taxa de juros (Selic) - %

Fonte: Banco Central, apud in http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS.

PIB Brasil

No período 2003 a 2008, o PIB brasileiro cresce a uma taxa média de 5,0% a.a. Para o mesmo período, a IBSS mostrou desempenho superior, crescendo em média 8,2% a.a..

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Valores deflacionados pelo IGP-DI, ano-base 2008.

Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do IBGE, anos diversos.

Os macroindicadores econômicos apontam para um cenário promissor para a IBSS, que deve continuar a crescer mais que o PIB brasileiro, ampliando a sua participação na economia, gerando maior riqueza e uma quantidade maior de postos de trabalho. Para a IBSS, a alternativa com menos restrições parece ser concentrar-se no mercado interno, pleno de boas oportunidades (mais recentemente, entre elas, os eventos esportivos de 2014 e 2016). A atratividade do mercado brasileiro trabalha no sentido de adiar a urgência e relaxar os constrangimentos que poderiam impeli-la para soluções que incluam o mercado externo como uma opção importante e necessária de negócios.

A capacidade de a IBSS obter mais ou menos vantagens do ambiente favorável, e superar as dificuldades de ampliar a sua participação no mercado externo, dependerá das medidas a serem tomadas e dos compromissos a serem assumidos pelos diferentes players. Dependerá, também, das respostas a serem dadas ao problema da escassez de mão de obra em TI. Que, por sua vez, seguindo a lógica de pensar de modo sistêmico, remete à questão de decidir que modelo de negócios, que competências e aonde se quer chegar.

Contribua com este documento, enviando os seus comentários e recomendações de mudança para o e-mail: observatoriosoftex@softex.com.br

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Notas:

IBSS: Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI. Para os anos 2003 a 2005, inclui as empresas com fonte principal de receita nas atividades da Divisão 72 da versão 1.0 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), Atividades de Informática e Serviços Relacionados. Para os anos 2006 a 2008, inclui as empresas com fonte principal de receita em atividades pertencentes à Divisão 62, ao Grupo 63.1 e à Classe 95.11 da versão 2.0 da CNAE.

Utiliza-se indústria, neste caso, em seu sentido genérico, como um grupo de empresas que compartilham um método comum de gerar dividendos, embora não pertençam, necessariamente, ao segundo setor.

NIBSS: Não-IBSS. Inclui as empresas pertencentes a todas as divisões da CNAE, exceto aquelas incluídas na IBSS.

PROFSSs: Profissionais com emprego formal, com vínculo empregatício ativo em 31/12, pertencentes às seguintes famílias ocupacionais da Classificação Brasileira de Ocupações: 1236 - Diretores de Informática; 1425 - Gerentes de TI;

2122 - Engenheiros em Computação; 2123 - Administradores de Redes, Sistemas e Banco de Dados; 2124 - Analistas de Sistemas Computacionais; 3171 - Técnicos de desenvolvimento de sistemas e aplicações; 3172 - Técnicos em operação e monitoração de computadores; 4121 - Operadores de entrada e transmissão de dados; 3722 - Operadores de redes de teleprocessamento e afins; 3133 - Técnicos em telecomunicações. O cálculo de PROFSSs foi realizado na versão1.0 da CNAE, para os anos 2003 a 2005, e na versão 2.0, para os anos 2006 a 2008. Para dados da NIBSS, foi descontado o efeito Rondônia.

Salário médio: Refere-se à remuneração média mensal apurada em dezembro de cada ano. Valores em R$, deflacionados pelo IPCA, ano-base 2008. No caso da NIBSS, dados incompletos para o Estado de Rondônia. O conceito do salário aqui utilizado inclui as importâncias pagas a título de salários fixos, honorários da diretoria, comissões sobre vendas, horas extras, participação nos lucros, ajudas de custo, 13º salário, abono financeiro de 1/3 das férias, sem dedução das parcelas correspondentes às cotas do INSS ou de consignação de interesse de empregados.

Receita líquida: para o período 2003 a 2006, dados na versão 1.0 da CNAE. Para os anos de 2007 e 2008, dados na versão 2.0.

VRProfssTotal: Valor de referência definido como a contribuição monetária hipotética dos PROFSSs no total da geraão da riqueza de uma dada atividade econômica. Baseado em metodologia do Observatório SOFTEX. Cálculo na CNAE 1.0 para anos 2003 a 2005 e para CNAE 2.0 para os anos 2006 a 2008. Dados incompletos para a NIBSS do Estado de Rondônia.

VRProfssMedio: VRProfssTotal dividido pelo número de PROFSSs. Utilizado pelo Observatório SOFTEX como proxy da produtividade dos PROFSSs. Cálculo na CNAE 1.0 para anos 2003 a 2005 e para CNAE 2.0 para os anos 2006 a 2008. Dados incompletos para a NIBSS do Estado de Rondônia.

Cursos superiores de bacharelado e tecnologia: incluem todos os cursos das áreas detalhadas 481 - Ciência da Computação e 483 - Sistemas de Informação.

Cursos profissionalizantes - nível médio: Ano de 2007 - Foram incluídos os seguintes cursos profissionalizantes:

administração de redes de computadores; gerência de redes de computadores; informática - configuração de redes;

projeto e administrador de redes; redes de computação; sistemas de informação; computação gráfica; CTI - suporte ao usuário; manutenção de componentes periféricos; manutenção de equipamentos de informática; design gráfico Web;

editoração eletrônica e web design; informática - editoração; informática com ênfase em web design; sistemas de Internet e intranet; Web Design e web developer; CTI - desenvolvimento de sistema; CTI - desenvolvimento de software;

cursos da área de informática; desenvolvimento de programas; desenvolvimento de sistemas; desenvolvimento de software; informática; informática - programação comercial; informática com ênfase em automação; informática com ênfase em hardware; informática com habilitação em programação; informática empresarial; informática industrial;

manutenção e programação de microcomputadores; operação e manutenção de microcomputadores; processamento de dados; programação de computadores. Ano de 2008 - Foram incluídos os seguintes cursos profissionalizantes:

Administração de redes de computadores; gerência de redes de computadores; informática - configuração de redes;

projeto e administrador de redes; redes de computação; sistemas de informação; computação gráfica; CTI - desenvolvimento de sistema; CTI - desenvolvimento de software; cursos da área de informática; desenvolvimento de sistemas; desenvolvimento de software; informática; informática - programação comercial; informática com ênfase em automação; informática com ênfase em hardware; informática com habilitação em programação; informática empresarial; informática industrial; manutenção e programação de microcomputadores; operação e manutenção de microcomputadores; processamento de dados; programação de computadores; CTI - suporte ao usuário; manutenção de componentes periféricos; manutenção de equipamentos de informática; design gráfico Web; informática - editoração;

editoração eletrônica em Web Design; sistemas de Internet e intranet; Web desin e web developer.

2009 - Foram incluídos os seguintes cursos profissionalizantes; programação de jogos digitais; redes de computadores;

informática; informática para Internet; manutenção e suporte em informática.

Cursos de Computação e Informática avaliados pelo MEC: Modalidade bacharelado - Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Modalidade tecnologia – Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia de Redes de Computadores.

Risco Brasil: refere-se à pontuação do último dia do ano para o qual foi mensurado o risco. Em 2003, 2004, 2007, 2008 e 2009: 31/12; em 2005: 30/12; em 2006: 29/12. Para 2010: 10/11.

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Taxa de juros Selic: refere-se à meta para a Taxa Selic divulgada na última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) de cada ano. Para 2003, reunião ocorrida em 17/12; para 2004, em 15/12; para 2005: 14/12; para 2006:

29/11; para 2007: 05/12; para 2008: 10/12; para 2009: 21/10 e para 2010: 20/10.

Encargos trabalhistas e benefícios concedidos aos empregados: Cálculo realizado em relação ao montante em salários e outras remunerações. Consideram-se salários e outras remunerações as importâncias pagas a título de salários fixos, honorários da diretoria, comissões sobre vendas, horas extras, participação nos lucros, ajudas de custo, 13º salário, abono financeiro de 1/3 das férias, sem dedução das parcelas correspondentes às cotas do INSS ou de consignação de interesse de empregados. Entende-se como encargos trabalhistas: contribuição para a Previdência Social e PIS sobre folha de pagamento e como benefícios concedidos aos empregados: FGTS, contribuição para a previdência privada, indenizações por dispensa (trabalhistas e incentivadas); vale transporte e alimentação, auxílio- educação, planos de saúde, auxílio doença, seguro de vida em grupo, etc.

Carga tributária – países diversos – O ano para os dados não foi mencionado pela fonte original, que utilizou o valor mais recente disponível antes de 30/06/2008.

_________________

Elaborado pelo Observatório SOFTEX, unidade de estudos e pesquisas da Sociedade SOFTEX.

Divulgado em: 01/12/2010

Conheça a Sociedade SOFTEX (www.softex.br):

A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – SOFTEX - é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, que desenvolve ações para promover a melhoria da competitividade da indústria de software e serviços, bem como a disponibilidade de recursos humanos qualificados, tanto em tecnologias como em negócios. É gestora do Programa para Promoção da Exportação do Software Brasileiro – Programa SOFTEX, considerado programa prioritário pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O Sistema SOFTEX é composto pela SOFTEX e pela rede de Agentes Regionais, distribuídos por 23 cidades em 13 estados brasileiros e contam com mais de 1.300 empresas associadas. A Missão do Sistema SOFTEX é ampliar a competitividade das empresas brasileiras de software e serviços e a sua participação nos mercados nacional e internacional, promovendo o desenvolvimento do Brasil.

Saiba mais sobre o Observatório SOFTEX (www.softex.br/observatoriosoftex):

O Observatório SOFTEX é a unidade de estudo e pesquisa da SOFTEX. Cabe ao Observatório coletar, organizar, analisar e difundir dados e informações sobre as atividades de software e serviços de TI realizadas no Brasil e no exterior. Também faz parte das suas atribuições, propor, aplicar e disseminar novos conceitos e novas metodologias para estudos, interagir com universidades e institutos de pesquisa em nível nacional e internacional e incentivar o surgimento de grupos de pesquisa sobre temas de interesse.

A geração de Inteligência Estratégica e Competitiva para o setor de software e serviços de TI é uma ação do Observatório viabilizada pela manutenção e atualização de Sistema de Informação composto por dados confiáveis oriundos de fontes oficiais diversas e por pesquisas de mercado. As atividades do Observatório SOFTEX incluem, ainda, a realização de estudos e consultorias sob demanda e a elaboração da publicação Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva.

Referências

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