SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CONSEPE) N.° 08/2008
Dispõe sobre a criação do Curso de Pós- Graduação Lato Sensu “Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas” no Campus de Palmas.
O Egrégio Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONSEPE, da Fundação Universidade Federal do Tocantins - UFT, reunido em sessão no dia 15 de agosto de 2008, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar a criação do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu “Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas”, no Campus de Palmas.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor a partir desta data.
Palmas, 15 de agosto de 2008.
Prof. Alan Barbiero
Presidente
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
ENGENHARIA AMBIENTAL
RECURSOS HÍDRICOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (Pós-graduação lato sensu )
Coordenação: profa. Liliana Pena Naval
Agosto/2008
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
(Pós-graduação lato sensu )
RECURSOS HÍDRICOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
1. JUSTIFICATIVA
A proposta do curso de especialização em Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos que ora se apresenta, insere-se numa proposta de capacitação de recursos humanos para atender às necessidades do Estado do Tocantins, tornando-o pólo irradiador para as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, regiões com grande carência de pessoal qualificado e de centros de formação de recursos humanos na área da engenharia, meio ambiente e recursos hídricos.
As crises globais geradas pela crescente demanda de água doce combinadas com a falta de oferta são tão urgentes quanto as tarefas para enfrentar as mudanças climáticas, embora mais problemáticas e complicadas. Essa realidade foi constatada e amplamente analisada pelos delegados reunidos em Davos, Suíça, no primeiro painel da Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2008, que contou com a presença do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que informou aos CEOs e líderes da sociedade civil que o estresse causado pela falta de água representa um risco para o crescimento econômico, para os direitos humanos, para a saúde e para a segurança nacional."Assegurar água potável e em quantidades suficientes para todos é um dos maiores desafios que o mundo terá de enfrentar", afirma o Secretário-Geral. "A solução para falta de água é mais complexa do que a discutida para as mudanças climáticas", destacou Peter Brabeck-Letmathe, Presidente da Nestlé Suíça.
Os membros do painel concordaram que o desafio pode ser solucionado por meio de abordagens cooperativas, vontade política, estratégias de marketing e tecnologias inovadoras como algumas das encontradas para diminuir o aquecimento global. As forças de mercado podem funcionar bem dentro de um sistema de limites e comércio, semelhante ao utilizado para o dióxido de carbono dentro das regras do Protocolo de Kyoto.
"A tragédia começou com a remoção de uma grande quantidade de água dos rios. Se
não cuidarmos do aquecimento global e continuarmos a jogar gases poluentes na atmosfera
sem filtrá-los, vamos enfrentar uma gigantesca falta de água", afirmou Fred Krupp, Presidente
do Environmental Defense, EUA. Os membros do painel concordaram que nenhum indivíduo,
empresa ou nação consegue se subtrair das conseqüências da falta de água. Enquanto isso, os
esforços para extrair mais fontes de energia alternativa, como petróleo de xisto ou
biocombustíveis, aceleram as necessidades de abastecimento. Este recurso também é
desperdiçado, porque não possui valor econômico, apesar de ser o mais escasso e precioso de
todos, destaca Brabeck-Letmathe. "Se permitirmos que o mercado defina um valor comercial
para a água, podemos dar um grande passo", afirma.