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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO EDUCATIVO

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Academic year: 2021

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO EDUCATIVO

ALBIANE, Fernanda França

1

FIORINI, Daniela Bissoli

2

PERIM, Liliane Barbosa

3

VIANA, Vitória Caroline Oliveira

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INTRODUÇÃO

A atual pesquisa tem como objetivo investigar como ocorre o processo de avaliação de aprendizagem do 1º ano do Ensino Fundamental, identificando as diferentes formas de avaliação e conceituando como ela ocorre no ambiente escolar. A escolha do tema se deu a partir das mudanças ocorridas na maneira de avaliar o aluno, pois durante muito tempo, esta ação era utilizada para medir, testar e atribuir nota aos alunos, causando um efeito classificatório.

Com o passar do tempo, esse modelo de avaliação sofreu transformações, em que o objetivo principal ao avaliar o aluno é propor o avanço para toda a turma; com a utilização desse instrumento é possível o professor analisar o rendimento dos alunos e oferecer intervenções para as correções necessárias.

A avaliação quantitativa não pode ser vista como a única forma de avaliar o aluno, a avaliação diária é de extrema importância no processo ensino- aprendizagem, em que o professor consegue analisar o grau de dificuldade e diagnosticar o que deve ser trabalhado de maneira diferente para que o aluno alcance o nível dos demais, oportunizando a todos o desenvolvimento de maneira plena, respeitando os limites e graus de dificuldade de cada um.

Algumas modalidades de avaliação podem ser aplicadas pelo professor, não apenas para a aferição de notas aos alunos, mas sim medir o nível de desenvolvimento de aprendizagem no qual indicará a necessidade de retomada de suas ações.

Constituem-se em avaliação diagnóstica, a avaliação formativa, avaliação somativa, avaliação escrita, auto avaliação e avaliação cooperativa, as quais serão abordadas no decorrer da pesquisa.

Ainda arraigados em modelos tradicionais de avaliação, o professor muito se atenta aos erros cometidos pelos alunos por não ter reproduzido fielmente as respostas, não levando em conta o raciocínio lógico para se chegar à solução do

1

Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário são Camilo-ES, fernandaalbiane@hotmail.com

2

Professora orientadora, Centro Universitário São Camilo-ES, danielafiorini@saocamilo-es.br

3

Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário são Camilo-ES, lilineperim@hotmail.com

4

Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário são Camilo-ES, carolineoliveira@hotmail.com

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problema, ao contrário da corrente construtivista que destaca o erro como mediador da aprendizagem.

MÉTODOS

Esse projeto foi realizado através de uma pesquisa qualitativa, feita por meio de estudos bibliográficos. Após estes eventos, realizou-se com cada um a leitura, análise crítica de conteúdo e fichamento, assim foram selecionadas as informações para se atingir o objetivo do presente projeto que se direciona para descobrir respostas para os problemas existentes, através de autores como Luckesi, Hoffmann, Melchior e outros que contribuem para encontrar caminhos na resolução destes, assim como o embasamento na LDB (Lei de Diretrizes e Bases); sendo descritiva, pois expõe característica de determinado problema, servindo como base para estudos mais aprofundados.

DESENVOLVIMENTO

A avaliação escolar é conceituada como um meio para obter informações sobre os avanços e as dificuldades de cada aluno, constituindo-se em um procedimento constante de suporte ao processo ensino-aprendizagem, de orientação para o professor planejar suas ações, a fim de proporcionar ao aluno a prosseguir, com êxito, seu processo de escolarização. A Lei n°9.394 – de 20 de Dezembro de 1996 assegura que:

Art.24. Parágrafo V. A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; (LDB, 1996).

Tradicionalmente a avaliação escolar estipula somente em escala numérica

o que o aluno alcançou por pontos a nota em uma prova, classificando-os em

médios, fracos ou fortes, atribuindo conceitos ou notas ao final de um bimestre ou

trimestre, ao qual permanecerá definitivamente nessa situação. Segundo Luckesi

(1986, p. 49): “Dessa forma, o ato de avaliar não serve como uma parada para

pensar a prática e retornar a ela, mas sim como um meio de julgar a prática e

torná-la estratificada”.

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Os professores passa o tempo todo em suas aulas assustando os alunos quanto às avaliações, fazendo desta uma figura negativa, medindo e classificando-os, emitindo seus juízos afetando a qualidade do ensino no momento em que o aluno sente-se incomodado e ameaçado pela autoridade do professor que, geralmente mostra-se despreocupado quanto à melhoria do ensino.

Hoffmann (1993, p. 13-14) aborda que:

Imagens de dragões, monstros de várias cabeças, guilhotinas, túneis escuros, labirintos e carrascos... Outras imagens evocam objetos surpresa ou de controle: bolo de faz de conta, embrulho de presente, radar, termômetro, balança... Raras vezes surgem imagens de cunho positivo relacionadas à palavra. (HOFFMANN, 1993, p. 13-14)

Essa avaliação classificatória têm como consequência a evasão e a repetência devida acarretar a desmotivação no aluno que anteveem a repetência no final do ano, e este quadro só mudam com a formação continuada dos professores, na qual se atualizam e enxergam novos modelos avaliativos. A tarefa do docente ao avaliar exige competência, discernimento, equilíbrio, além de conhecimentos técnicos.

Abordando o processo avaliativo em alunos do 1° ano do Ensino Fundamental, o professor deve considerar todo o desenvolvimento que ele apresenta em sala de aula respeitando as individualidades, pois cada aluno tem um ritmo de aprender e de construir seu próprio conhecimento.

Esse tipo de avaliação deve ser contínua e realizada por todos os profissionais da escola auxiliando o professor com os resultados e conhecimento da conduta dos alunos, fazendo uma análise reflexiva das potencialidades e limitações, assim como do seu trabalho objetivando a composição de um diagnóstico no qual se propõe a formulação de hipóteses de intervenção.

As modalidades de avaliação e suas respectivas funções apresentam-se como: Diagnóstica em que o professor verifica a presença ou ausência de pré- requisitos para novas aprendizagens, detectando dificuldades específicas, tentando identificar suas causas, como exemplo a leitura das palavras; a avaliação formativa em que constata se os objetivos foram alcançados pelos alunos, fornecendo dados para aperfeiçoar o processo de ensino e a avaliação somativa na qual classifica os resultados de aprendizagem alcançados pelos alunos, de acordo com níveis de aproveitamento estabelecido.

Ao propor os objetivos a ser alcançado o professor pode utilizar a avaliação

escrita que tem como função ampliar e estabelecer relações da hipótese da

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escrita, a auto avaliação que permite o aluno refletir sobre o que estudou ou reconhecer as próprias falhas, conduzindo ao aperfeiçoamento, como também avaliação cooperativa em que envolve todos os alunos, promovendo a interação.

Como instrumentos de avaliação no 1° ano do Ensino Fundamental o professor realiza a observação diária e registra todo o processo analisando e servindo de base para um novo planejamento, criando oportunidades para os alunos desenvolverem novos aprendizados. Segundo Melchior (1999, p. 76):

O conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo de crianças incorpora, necessariamente, elementos de, outros domínios de sua vida. É a observação, o professor pode constatar dados não apenas aspectos cognitivos- as dificuldades e as possibilidades de cada um- mas também dos aspectos afetivo e motor. (MELCHIOR, 1999, p. 76).

Nessa fase escolar de alfabetização o aluno deve ser avaliado em seu estado global, portanto, o professor deve fazer uso de instrumentos avaliativos respaldados em frequência, disciplina, empenho ou desempenho, atividades feitas em casa e em aula, iniciativas, debates, pesquisas, leitura em voz alta, interesse, em fim, variadas formas de conhecer o aluno objetivando encontrar falhas em suas ações pedagógicas proporcionando a reflexão sobre suas ações e a retomada do processo.

Ao avaliar alunos em seu ciclo de alfabetização o professor deve registrar aspectos de modo a responder questões como (Moraes, 2012, p. 169): “Escreve da esquerda para a direita? Escreve de cima para baixo, na folha? Escreve com letra de imprensa? Escreve com letra cursiva? Lê palavras, textos em letras de imprensa maiúscula e minúscula? Tem letra legível?”

Dessa forma o professor poderá constatar se o aluno apresenta ou não conhecimentos mínimos necessários para o desenvolvimento de habilidades para dar seguimento ao processo de ensino aprendizagem com a função mediadora, desempenhando o papel de ligação entre o aluno e o objeto de estudo na construção do conhecimento.

Assim, o aluno ao escrever ou ler de forma errônea o professor mediador

enxerga como significativo, pois o aluno tentou assimilar o conteúdo e a partir daí

o professor tem conhecimento de seus sistemas de significações, ou seja, o que o

aluno já sabia, portanto, cabe ao professor encontrar mecanismos para entender

adequadamente os erros e o momento certo de corrigi-los.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O assunto abordado nesse pré-projeto é de extrema importância, pois é na escola que o aluno aprende a sistematizar o ensino adquirindo consciência de sua atuação no mundo, e, por conseguinte passa vários anos estudando, portanto, para que se efetive o processo de ensino aprendizagem e diminuam as evasões escolares, é preciso que seja revisto os métodos avaliativos tradicionais em que o valor quantitativo sobrepõe ao qualitativo em desrespeito à lei, principalmente aos aspectos globais do aluno em suas diferenças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por ser considerado um processo contínuo e sistemático avaliação escolar se processa no dia a dia da sala de aula, considerando os aspectos globais do indivíduo e não só a partir de provas escritas caracterizadas pelas avaliações tradicionais, que tanto causam medo nos alunos, principalmente as crianças do 1°

ano do Ensino Fundamental que estão no processo de descobrimento da leitura e da escrita.

Portanto, a avaliação escolar consiste em uma atividade que envolve todos os aspectos do aluno. O professor avaliador deve interpretar o que o aluno escreveu sobre o assunto com suas próprias palavras e o quanto ele foi se modificando no decorrer do ano letivo, considerando o erro como um proporcionador de averiguação e mediador no processo de construção do conhecimento.

Assim, objetivando humanizar o processo avaliativo, é preciso primeiramente que o professor diagnostique os seus alunos, no intuito de refletir sobre suas ações pedagógicas na apreciação do progresso no desempenho do aluno, papel fundamental da avaliação.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio; uma perspectiva construtivista.

Porto Alegre, Hoffmann, 1993.

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LUCKESI, Cipriano C. Avaliação educacional escolar; para além do autoritarismo, in revista Ande n°10, São Paulo: Cortez, 1986.

MELCHIOR, Maria Celina. Avaliação pedagógica: função e necessidade. 2ªed

Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.

Referências

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