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Conhecimento, atitude e prática acerca da detecção precoce do câncer de mama no âmbito da Estratégia de Saúde da Família

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Academic year: 2018

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UNI V E R S I D A D E F E D E R A L D O C E A R Á

F A C UL D A DE D E F A R M Á C I A , O D O NT O L O G I A E E NF E R M A G E M D E PA R T A M E NT O D E E NF E R M A G E M

PR O G R A M A D E PÓS -G R A D UA Ç Ã O E M E NF E R M A G E M

A NG E L I C A I S A B E L Y D E M OR A I S A L M E I D A

C O NH E C I M E NT O , A T I T UDE E PR Á T I C A A C E R C A D A D E T E C Ç Ã O PR E C O C E D O C ÂNC E R D E M A M A NO ÂM B I T O D A E S T R A T É G I A D E S A ÚD E D A F A M ÍL I A

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A NGE L IC A IS A B E L Y D E MOR A IS A L ME ID A

C ONHE C IME NT O, A T IT UDE E PR Á T IC A A C E R C A D A D E T E C Ç Ã O PR E C OC E D O C ÂNC E R D E MA MA NO ÂMB IT O D A E ST R A T É GIA D E S A ÚD E D A F A MÍL IA

D issertaçã o apresentada ao Programa de Pó s-Graduaçã o em E nfermagem- Mestrado A cadê mico da Univ ersidade F ederal do C eará (UF C ) como requisito parcial para obtençã o do título de Mestre.

Orientadora: Profa. D ra. Míria C onceiçã o L avinas S antos

Á rea de concentraçã o: E nfermagem na Promoçã o da S aúde.

L inOa de Pesquisa: E nfermagem no processo de cuidar na promoçã o da saúde.

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A NG E L I C A I S A B E L Y D E M OR A I S A L M E I D A

C O NH E C I M E NT O , A T I T UDE E PR Á T I C A A C E R C A D A D E T E C Ç Ã O PR E C O C E D O C ÂNC E R D E M A M A NO ÂM B I T O D A E S T R A T É G I A D E S A ÚD E D A F A M ÍL I A

D issertaçã o apresentada ao Programa de Pós-Graduaçã o em E nfermagem- Mestrado A cadê mico da Universidade F ederal do C eará (UF C ) como requisito parcial para obtençã o do título de Mestre.

A provada em:_ _ _ _ C_ _ _ _ C_ _ _ _ _ _

B A NC A E X A MINA D OR A

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof.ª D r.ª Míria C onceiçã o L avinas S antos

Universidade F ederal do C eará Presidente

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof.ª D r.ª C arolina Maria de L ima C arvalOo

Universidade da Integraçã o Internacional da L usofinia A fro-B rasileira-UNIL A B Membro E xterno

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof.ª D r.ª A nna Paula S ousa da S ilva

F A NOR Membro E xterno

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof.ª D r.ª A na F átima C arvalOo F ernandes

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D edico este trabalOo a D eus todo poderoso, aos meus pais J osé Anselmo e Ana Isabel e ao meu noivo E mílio pelo apoio e grande incentivo que você s me deramÉ E ssa conquista é tã o minOa quanto de você s.

(6)

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A D eus.

Por cada passo que dei durante todo o mestrado, por ser a minOa base de sustentaçã o o meu refúgio. E m T i confio toda a minOa vida, pois sei que T ua mã o estará intercedendo por mim ao senOor.

A os meus pais, J osé A nselmo e A na I sabel. Obrigada por serem meus paisÉ

Obrigada também pelas suas palavras de estímulo, quando eu pensava que tudo estava perdido.

Nessa nossa grande batalOa, creiam-nos a vitória também é de você s...

C ontinuaremos até o dia em que possamos juntos, de mã os dadas, sermos ao mesmo tempo pais e filOa dos nossos sonOos, de nossas realizações, do que sentimos.

T e amo, painOo e mainOa A A A A A o meu noivo, E mílio.

Agradeço muito a você , meu amor, que esteve comigo quando mais eu precisei... T e amo e te agradeço por está sempre ao meu ladoA

A minOa família.

Que me apoiaram com palavras e gestos tã o simples, mas com uma importâ ncia grande. A os amigos, Naftale, Marinna e J ordana.

Ter você s ao meu lado foi um dos maiores presentes que D E US poderia me darÉ C om você s aprendi que amigo é a família que conquistamos durante a vidaÉ Que sempre teremos com quem contar nas Ooras de alegria e de tristezasÉ Que é possível sonOar quando já nã o Oá mais esperançaÉ

E que na terra existem anjos, sempre dispostos a te ajudar. Obrigada amigosA A A

À minOa V ozinOa (In memoriam).

Que mesmo com a distâ ncia, se fez presente nos momentos difíceisÉ E pelas palavras que ficaram marcadas na minOa vida.

À D ra.D r.ª Míria C onceiçã o L avinas S antos, minOa orientadora. Por ter me acolOidoÉ

Por acreditar nas minOas capacidades sem nem mesmo me conOecerÉ Por me da um carinOo tã o grande e especialÉ

Por me incentivar a pesquisarÉ

(7)

À s minOas amigas F elice, Natana, C lara e A riadna. Pela persistê ncia na coleta e a companOia.

Pela participaçã o e pelo carinOo.

À F undaçã o C earense de A poio ao D esenvolvimento C ientífico e T ecnológico- F UNC A P . Por acreditar no meu potencial e me agraciar com a bolsa de estudos nesses dois anos. E spero ter correspondido à s expectativas.

À s professoras C arolina C arvalOo, A na Paula e A na F átima.

Por aceitarem o convite de participar da banca de avaliaçã o e pelas valiosas contribuições ofertadas.

Agradeço a todos os demais, que explícita ou implicitamente, contribuíram para que esta pesquisa cOegasse ao seu final com sucesso.

(8)

BanOado em luz O dia já nasceu J á regressou nos braços da manOã Sacramental, eterno amor alcança o tempo.

D errama o céu No cOã o da minOa dor E ao meu redor D eus cerca proteçã o, C ede o seu colo pra me esconder E me orienta quando eu nã o sei prosseguir.

E u abro as portas do meu coraçã o pra ver D escer o manto da existê ncia sobre mim Ouvir a voz que sem rodeios me pergunta Num grito íntimo que só eu posso ouvir: Será que está valendo a pena ser quem sou? V iver o sonOo que escolOi pra ser o meu? Amar quem amo, procurar o que procuro? Andar no rumo que escolOeu meu coraçã o.

BanOado em luz O dia já nasceu, J á regressou nos braços da manOã . Sacramental, eterno amor alcança o tempo.

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R E S UM O

O objetivo do estudo foi descrever o conOecimento, a atitude e a prática de enfermeiros e usuárias da E stratégia S aúde da F amília acerca da detecçã o precoce do C âncer de Mama.O estudo foi descritivo, de corte transversal, com a utilizaçã o do Inquérito C onOecimento, A titude e Prática, realizado no município de C rato no período de novembro a janeiro de 201D. A amostra foi constituída por sete enfermeiros da E stratégia S aúde da F amília de C rato e 34E mulOeres acompanOadas nas estratégias da zona urbana do município de C rato. No que se refere a pesquisa estudo apresentou uma grande falta de conOecimento, atitude e prática dos profissionais que estã o atuando na porta de entrada do sistema único de saúde. A maioria, ainda nem conOecem o que é preconizado atualmente, no B rasil, para detectar precocemente o câncer de mama, e uns nem ao menos se sentem seguros para aplicar alguns métodos de rastreamento para essa patologia. O despreparo dos enfermeiros refletiu diretamente nas pacientes, pois mesmo as mulOeres tendo buscado informações por vários meios sobre o C âncer de Mama, elas ainda estã o despreparadas para prevençã o e seu conOecimento, atitude e prática está prejudicado por falta de assistê ncia qualificada. Nesse estudo,no que se refere a escolaridade, nã o estava diretamente relacionada ao conOecimento, uma vez que nível de instruçã o mais alto apresentou número significativo de mulOeres com respostas regulares e inadequadas. E m relaçã o à atitude, pode-se observar a relaçã o direta da escolaridade e a localidade com atitudes adequadas, inadequadas ou regulares. Quando pesquisamos a pratica dessa mulOeres, nã o Oouve significativa relaçã o dessas com a adequabilidade das respostas, pois nenOuma das mulOeres obteve resposta adequada.Portanto, fica evidenciado a necessidade de ser colocado em pratica as políticas de saúde direcionadas ao C âncer de Mama na populaçã o feminina, mais especificamente à problemática da detecçã o precoce, entre as quais se ressaltam ações centradas em medidas educativas aonde o enfermeiro possa atuar fazendo com que o câncer de mama deixe de ser o principal entre as mulOeres e que o índice de mortalidade dela posso diminuir de uma forma considerada.

(10)

A B S T R A C T

T Oe aim of tOe study Ras to describe tOe ÔnoRledge, attitude and practice of nurses and users of tOe F amil y HealtO S trategy on tOe earl y detection of B reast C ancer. T Oe study Ras descriptive, cross-sectional survey using tOe K noRledge, A ttitude and Practice, Oeld at C rato in tOe period from November to J anuary 201D. T Oe sample consisted of seven nurses of HealtO C rato F amil y S trategy and 34E Romen folloRed tOe strategies of tOe urban area of C rato city. A s regards tOe researcO study sOoRed a lacÔ of ÔnoRledge, attitude and practice of professionals ROo are RorÔing in tOe entrance door of tOe single OealtO system. Most still do not ÔnoR ROat is currentl y recommended in B razil to detect early B reast C ancer, and some do not even feel safe to appl y some screening metOods for tOe conditions. T Oe unpreparedness of tOe nurses reflected directl y in patients, because even Romen Oaving sougOt information tOrougO various means about breast cancer, tOey are still unprepared to prevent and ÔnoRledge, attitude and practice is Oampered by lacÔ of qualified assistance. In tOis study, RitO regard to education, it Ras not directly related to ÔnoRledge, since OigOer level of education Oad a significant number of Romen RitO regular and inadequate responses. R egarding attitude, one can observe tOe direct relationsOip betReen education and tOe location RitO adequate, inadequate or regular attitudes. T Oerefore, it is evident tOe need to be put into practice OealtO policies directed to breast cancer in tOe female population, specifically tOe problem of early detection, among ROicO OigOligOt actions centered on educational measures ROere tOe nurse can act maÔing breast cancer is no longer tOe main among Romen and tOat Oer mortality rate can decrease in a considered Ray.

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L I S T A D E A B R E V I A Ç Õ E S E S I G L A S

A B E P A ssociaçã o B rasileira de E mpresas de Pesquisa A PM A utopalpaçã o das Mamas

A PS A tençã o Primária à S aúde C A P C onOecimento, A titude e Prática C A PS C entro de A tençã o Psicossocial

C NE S C adastro Nacional dos E stabelecimentos de S aúde C OA P C ontrato Organizativo da A çã o Pública de S aúde D C NT D oenças C rônicas Nã o T ransmissíveis

E C M E xame C línico das Mamas

E S F E stratégia S aúde da F amília

IB GE Instituto B rasileiro de G eografia e E statística INC A Instituto Nacional do C âncer

MS Ministério da S aúde

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L I S T A D E I L UST R A Ç Õ E S

p. Quadro 1: D istribuiçã o das E stratégias de S aúde da F amíl ia E S F de C rato

selecionadas para participar da pesquisa.

32

Quadro 2: D istribuiçã o dos E nfermeiros das E stratégias de S aúde da F amília E S F de C rato selecionadas para participar da pesquisa

33

T abela 1: D istribuiçã o da pontuaçã o de respostas dos enfermeiros da E S F de GC rato, relacionado ao questionário correspondente ao A pê ndice A

36

T abela 2: D istribuiçã o da pontuaçã o de respostas das mulOeres acompanOadas pela E S F de C rato, relacionado ao questionário correspondente ao A pê ndice B .

36

Gráfico 1: D istribuiçã o dos enfermeiros da estratégia de saúde da família da cidade do C rato de acordo com seu tipo de uniã o.

3E

Gráfico 2: D istribuiçã o dos enfermeiros da estratégia de saúde da família da cidade do C rato de acordo com seu tipo de uniã o ao tempo de formada.

40

Gráfico 3: D istribuiçã o dos enfermeiros da estratégia de saúde da família da cidade do C rato de acordo com o tempo trabalOa na E stratégia S aúde da F amília.

41

Gráfico 4: D istribuiçã o das enfermeiras da E S F quanto ao conOecimento acerca dos métodos preconizados, no B rasil, para rastreamento do câncer de mama. C rato, C E , 201D.

42

Gráfico D: D istribuiçã o das enfermeiras da E S F quanto ao conOecimento acerca do exame de rastreamento com maior capacidade para detectar lesões e causar impacto na mortalidade por câncer de mama. C rato, C E , 201D.

43

T abela 3: C onOecimento das enfermeiras da E S F acerca do conOecimento sobre os métodos de rastreamento de acordo com a idade. C rato, C E , 201D.

44

Gráfico 6: C onOecimento das enfermeiras da E S F segundo o conOecimento acerca dos fatores de risco para o câncer de mama, C rato, C E , 201D.

(13)

Gráfico 7: C onOecimento das enfermeiras da E S F de acordo com o conOecimento acerca das manifestações clínicas, C rato, C E , 201D.

47

Gráfico 8: A titude das enfermeiras da E S F de acordo com a detecçã o precoce do câncer de mama. C rato, C E , 201D.

4E

Gráfico E: D istribuiçã o dos registros de atividades relacionadas à detecçã o precoce do câncer de mama. C rato, C E , 201D.

D0

Gráfico 10: D istribuiçã o quanto a realizaçã o do E C M e orientaçã o quanto aos fatores de risco e as manifestações do câncer de mama durante a prevençã o ginecológica. C R A T O-C E , 201D.

D2

Gráfico 11 : D istribuiçã o do número de mulOeres entrevistadas em relaçã o à s áreas pertencentes ao Programa S aúde da F amília. C rato, C E , 201D.

D3

T abela 4 : D istribuiçã o das mulOeres da E S F de acordo com sua faixa etária. C rato, C E , 201D.

D4

Gráfico 12: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo o grau de instruçã o. C rato, C E , 2014.

DD

Gráfico 13: D istribuiçã o das entrevistadas segundo o C ritério de C lassificaçã o E conômica do B rasil. C rato, C E , 201D.

D7

Gráfico 14: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo o início da menarca. C rato, C E , 201D.

D8

Gráfico 1D: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas da E S F segundo a presença de gravidez anterior e idade relacionada. C rato, C E , 201D.

DE

Gráfico 16: D istribuiçã o das mulOeres da E S F segundo a realizaçã o da amamentaçã o. C rato, C E , 201D.

60

T abela D: D istribuiçã o das mulOeres da E S F segundo a Oistória familiar de câncer de mama. C rato, C E , 201D.

61

T abela 6: D istribuiçã o dos meiosCprofissionais de informaçã o sobre câncer de mama. C rato, C E , 201D.

62

Gráfico 17: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo o conOecimento do conceito e periodicidade da mamografia, C rato, C E , 201D.

63

Gráfico 18: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo o conOecimento acerca do A E M e E C M. C rato, C E , 201D.

64

T abela 7: D istribuiçã o das mulOeres segundo o conOecimento acerca dos fatores de risco para o câncer de mama. C rato, C E , 201D.

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Gráfico 1E: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas de acordo com o conOecimento acerca das manifestações do câncer de mama. C rato, C E , 201D.

67

T abela 8: D istribuiçã o das mulOeres quanto a participaçã o nas palestras relacionadas ao câncer de mama. C rato, C E , 201D.

68

Gráfico 20: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo a solicitaçã o a um profissional de saúde para a realizaçã o do E C M. C rato, C E , 201D.

6E

Gráfico 21: D istribuiçã o das mulOeres acima de 40 anos, segundo o motivo da nã o solicitaçã o da mamografia, por essas, ao profissional de saúde. C rato, C E , 201D.

70

Gráfico 22: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo a realizaçã o do E C M anualmente. C rato, C E , 201D.

72

Gráfico 23: D istribuiçã o das mulOeres entrevistadas segundo o Oábito de fumar. C rato, C E , 201D.

73

Gráfico 24: D istribuiçã o das mulOeres segundo o Oábito de ingerir bebidas alcoólicas. C rato, C E , 201D.

74

T abela E : A ssociaçã o do conOecimento das enfermeiras do município de C rato acerca da detecçã o precoce do câncer de mama segundo as variáveis tempo na E S F e capacitaçã o realizada.

7D

T abela 10: A ssociaçã o da atitude das enfermeiras do município de C rato acerca da detecçã o precoce do câncer de mama segundo as variáveis tempo na E S F e capacitaçã o realizada.

76

T abela 11: A ssociaçã o da prática das enfermeiras do município de C rato acerca da detecçã o precoce do câncer de mama segundo as variáveis tempo na E S F e capacitaçã o realizada.

76

T abela 12: A ssociaçã o do conOecimento das mulOeres usuárias da E S F do município de C rato relacionado ao tempo na E S F e capacitaçã o realizada a idade, escolaridade, classe e localidade.

77C78

T abela 13: A ssociaçã o da atitude das mulOeres usuárias da E S F do município de C rato relacionado ao tempo na E S F e capacitaçã o realizada a idade, escolaridade, classe e localidade.(continua)

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T abela 16: Prática das mulOeres usuárias da E S F do município de C rato relacionado ao tempo na E S F e capacitaçã o realizada a idade, escolaridade, classe e localidade.

(16)

S UM Á R I O

I NT R O D UÇ Ã O ... 1D O B J E T I V OS ... 1E Objetivo geral ... 1E Objetivos específicos ... 1E

E S T UDO D A A R T E ... 20

M E T O D O L O G I A ... 31

T ipo de E studo ... 31

L ocal do E studo ... 31

Populaçã o e A mostra ... 32

C oleta de D ados ... 33

A nálise dos D ados ... 377

A spectos É ticos ... 37

R E S UL T A DO S E D I SC US S Ã O ... 3E E nfermeiros da E stratégia S aúde da F amília do Município de C apistrano. ... 3E A spectos relacionados ao conOecimento pelos enfermeiros acerca do câncer de mama. .... 41

A spectos relacionados a atitude dos enfermeiros acerca da detecçã o precoce do câncer de mama. ... 48

A spectos relacionados à prática dos enfermeiros acerca da detecçã o precoce do câncer de mama. ... D0 MulOeres acompanOadas na E S F ... D3 C onOecimento das mulOeres acerca do câncer de mama. ... 61

A titude das mulOeres diante da busca de informações e dos métodos de detecçã o precoce do câncer de mama. ... 68

Prática das mulOeres relacionada à s medidas de detecçã o precoce do câncer de mama e presença de fatores de riscos. ... 71

A ssociaçã o das variáveis ... 74

(17)

1D

) .

4 2 C D D K> C

A neoplasia representa um problema de S aúde Pública de grande relevância no mundo, caracterizando-se como uma pandemia de uma D oença C rônica Nã o T ransmissível (D C NT ) que afeta a qualidade de vida de milOões de pessoas, além de interferir negativamente no desenvolvimento econômico e social do país (C A R D OZ O, 2011).

D iante desse cenário, o câncer de mama é doença Oeterogê nea, que reúne sob mesma denominaçã o vários subgrupos biológicos de doença com prognóstico, comportamento clínico, aspectos Oistológicos, genéticos, moleculares e tratamentos diferentes. E mbora cerca de 80Ã dos cânceres de mama sejam considerados de bom prognóstico, indolentes ou de crescimento lento, sã o os 20Ã dos cânceres de comportamento agressivo ou de mau prognóstico que determinam grande parte do crescente número de mortes (S IL V A É B OUZ A S , 2016)

D iante disso, tem-se que o C âncer de Mama é o mais comum entre as mulOeres no mundo e no B rasil, depois do de pele nã o melanoma, respondendo por cerca de 2DÃ dos casos novos a cada ano, com um total de 14.388 morte no ano de 2013, sendo 181 Oomens e14.207 mulOeres. O câncer de mama também acomete Oomens, porém é raro, representando apenas 1Ã do total de casos da doença ( INC A , 201D).

No C eará, a estimava foi de 20.080 casos novos para o ano de 2016, sendo 2.060 do tipo mama feminina. Para o biê nio 2014C201D, estima-se ainda 2.060 casos novos no C eará e 8D0 em F ortaleza ( INC A , 201D).

Na cidade do C rato, foram realizadas 142 mamografias para rastreamento em 201D, em que, 2.11Ã apresentaram o diagnóstico positivo para câncer de mama. A estimativa para o ano de 2016 é de 133 canos novos.

Mesmo com essa magnitude epidemiológica, o câncer apresenta um potencial de prevençã o em pelo menos um terço dos casos incidentes, o que faz sua açã o preventiva, juntamente ao seu controle, um compromisso prioritário na A genda do Ministério da S aúde, que através da detecçã o precoce assume a premissa de que quanto mais cedo o diagnóstico, maiores sã o as possibilidades de cura, sobrevida e qualidade de vida ( INC A , 2012).

(18)

Objetivos E stratégicos do Ministério da S aúde para o período de 2011 a 201DÉ a publicaçã o da Política Nacional de Prevençã o e C ontrole de C âncer na R ede de A tençã o à s Pessoas com D oenças C rônicas no âmbito do S US em 2013 e as respectivas D iretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas R A S e nas linOas de cuidado prioritárias, dentre outras.

D essa forma, esse câncer apresenta um melOor prognóstico caso seja descoberto em estágios iniciais, o que requer estratégias que possibilitem a detecçã o precoce da doença. A lguns países que implantaram programas de rastreamento para esse tipo de neoplasia tê m conseguido reduzir a mortalidade desse tipo de câncer ( B R A S IL , 2013).

C om isso, estima-se que até 30Ã das mortes causadas pelo câncer de mama podem ser evitadas caso existam estratégias de rastreamento eficazes. Nos países desenvolvidos, esse rastreamento tem sido utilizado como método para reduçã o da mortalidade por C âncer de Mama com o objetivo de detectar precocemente o câncer ainda oculto, ou seja, nos estágios iniciais, para uma maior probabilidade de cura (B R A S IL , 2013).

E ntretanto, apesar do E xame C linico das Mamas (E C M) ser mais eficaz na detecçã o precoce, a autopalpaçã o das mamas (termo que substituiu o autoexame das mamas CA E M) deve também fazer parte dessas estratégias que contemplam o conOecimento da mulOer do próprio corpo e nã o como uma estratégia isolada para a detecçã o precoce da neoplasia mamária ( INC A , 2008É GONÇ A L V E Z et al, 200E).

D essa forma, as estratégias para a detecçã o precoce auxiliam no diagnóstico prévio com abordagem de pessoas com sinais eCou sintomas da doença e o rastreamento com aplicaçã o de teste ou exame numa populaçã o assintomática, aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminOar as mulOeres com resultados alterados para investigaçã o e tratamento (GONÇ A L V E Z et al, 200E).

D iante desse panorama, o Instituto Nacional do C âncer ( INC A ), em parceria com o D epartamento de Informática do S US (D A T A S U S ) implementaram S istema de Informaçã o do C ontrole do C âncer de Mama – S IS MA MA . O S istema foi instituído pela Portaria S A S nº 77E, de 2008, e, entrou em vigor, em junOo de 200E. Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar a oferta de mamografias à populaçã o-alvo e estimar sua cobertura, avaliar a qualidade dos exames, a distribuiçã o dos diagnósticos, a situaçã o do seguimento das mulOeres com exames alterados, dentre outras informações relevantes ao acompanOamento e melOoria das ações de controle da doença (B R A S IL , 2010).

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17 referida patologia e o estímulo à s mudanças de comportamentos, ressaltando o rastreamento da doença (S IL V A et al., 2011).

Nesse sentido, a E stratégia S aúde da F amília (E S F ) por ser a porta de entrada do S istema Único de S aúde, deve desenvolver várias ações relacionadas à sua detecçã o precoce, como atividades de educaçã o em saúde acerca do rastreamento e temas afins, identificaçã o das mulOeres pertencentes ao grupo-alvo para realizaçã o da mamografia, realizaçã o da citologia oncótica, em que ocorre o E C M, com busca ativa das faltosas e convocaçã o para o exame, entrega de resultados, encaminOamentos necessários para serviços de referê ncia, avaliaçã o da cobertura na área e planejamento de ações de acordo com os resultados encontrados (BR A S IL , 2011).

A cOave do controle do câncer de mama é a prevençã o secundária com a detecçã o precoce. Por mais ampla que seja a cobertura das intervenções curativas, este adoecimento só poderá controlar-se se forem implementadas medidas para detectá-lo em suas etapas iniciais. Isto exige, entre outras medidas, iniciativas para impulsionar decididamente o treinamento dos profissionais da saúde a realizarem uma exploraçã o clínica competente, da saúde mamária dos pacientes para que possam ser ingrediente indispensável promoçã o de ações, de atençã o primária e reforçar a prática dos exames de detecçã o precoce entre as mulOeres (F R E NK , 200E). C om isso, o enfermeiro torna-se peça cOave no processo de cuidado e promoçã o da saúde do indivíduo, realizando estratégias de promoçã o da saúde, oferecendo assistê ncia de qualidade à s populações. D essa forma, para que tudo isso seja colocado em prática é necessário que esse profissional da saúde tenOa conOecimento teórico e capacitaçã o em relaçã o à s necessidades do indivíduo. A ções de detecçã o precoce do câncer de mama, como educaçã o em saúde, solicitaçã o de exames e orientações no tratamento dessa patologia sã o algumas das atividades que esses profissionais apresentam em suas competê ncias (MOR E NO, 2010). C om isso, junto à equipe multiprofissional, o enfermeiro pode e deve desenvolver atividades que permitam conOecer as necessidades reais dos pacientes no enfrentamento da doença e torná-lo corresponsável pelo seu cuidado.

Para o Ministério da S aúde, a atuaçã o do enfermeiro na prevençã o do câncer de mama tem sido objeto de estudo em diversos países e ficando mais comprovada a sua importância nos programas de prevençã o junto à populaçã o, nã o só como profissional que realiza a técnica do exame clínico, mas também como educador e conselOeiro ( INC A , 2010).

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fundamentem ações mais integradas, que se conectem e comuniquem por intermédio de uma complexa inter-relaçã o dos pontos de atençã o, que considerem as necessidades de saúde da populaçã o como eixo estruturante e, que envolvam acesso, qualidade, custo, eficiê ncia e efetividade lidando, dessa forma, com a intensa fragmentaçã o dos serviços, programas, ações e práticas clínicas (ME ND E S , 2012).

C om a necessidade da atuaçã o dos profissionais no diagnóstico precoce de câncer de mama em um cenário de modelos de atençã o à saúde em que a estratégia de saúde da família está bem atuante surge o seguinte questionamento: Qual o conOecimento, atitude e prática de enfermeiros e mulOeres acompanOadas na E S F acerca da detecçã o precoce do câncer de mama? Por isso, o estudo se torna relevante, pois busca-se avaliar as intervenções que estã o sendo colocadas em prática e como elas estã o colaborando para minimizar a porcentagem de nã o realizaçã o de procedimentos para detecçã o precoce do câncer de mama. D iante dos resultados pode-se averiguar a necessidade da elaboraçã o de intervenções que possam aprimorar a assistê ncia na detecçã o precoce do câncer de mama, diminuir gastos do sistema de saúde voltados para o tratamento do câncer de mama, e estimular os enfermeiros a se atualizarem no tema.

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1E

C B J

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4 ) 6 C 3

O b je tivo ge ral

 D escrever o conOecimento, a atitude e a prática de enfermeiros e usuárias da E stratégia S aúde da F amília acerca da detecçã o precoce do C âncer de Mama.

O b je tivos e spe cíficos

 A nalisar o perfil dos enfermeiros das Unidades B ásicas de A tençã o à S aúde da F amília.  Identificar o conOecimento, atitude e pratica de enfermeiros na promoçã o da saúde

mamaria e detecçã o precoce do C âncer de Mama.

 L evantar as características sociodemográficas e clínicas das usuárias acompanOadas em Unidades B ásicas de A ssistê ncia à S aúde da F amília.

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34 D D C D A

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2 4 Ã

O câncer de mama é um grupo Oeterogê neo de doenças com comportamentos distintos. A Oeterogeneidade desse câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes diferenças nas respostas terapê uticas ( INC A ,201Db)

A inda Ooje, o câncer de mama apresenta um número crescente de casos incidentes e uma mortalidade elevada. A pesar de ser um tumor curável quando descoberto a tempo, vários fatores influenciam para que isso nã o aconteça, como as manifestações clínicas discretas no início da doença, inclusive a ausê ncia de dor, a pouca valorizaçã o do autopalpaçã o e a mamografia de rotina, falta de acesso ou espera significativa nos serviços especializados e dificuldade de se implementar e realizar de forma efetiva programas para detecçã o precoce (D A NT A S , 2013).

D iante disso, temos que os principais sinais e sintomas da doença sã o: nódulo na mama eCou axila, dor mamária e alterações da pele que recobre a mama, tais como abaulamentos ou retrações com aspecto semelOante à casca de laranja. Os tumores localizam-se, principalmente, no quadrante superior externo e, em geral, as lesões sã o indolores, fixas e com bordas irregulares, acompanOadas de alterações da pele quando em estágio avançado (S IL V A É R IUL , 2011).

Para que possa ocorrer uma diminuiçã o no índice de câncer de mama o Programa Nacional de C ontrole do C âncer de Mama propõe como estratégia para a detecçã o e diagnóstico precoce a abordagem de mulOeres com sinais eCou sintomas da doença e o rastreamento com aplicaçã o de testes ou exames na populaçã o assintomática, cujo objetivo é identificar lesões sugestivas de câncer e encaminOar as mulOeres com resultados de exames alterados para investigaçã o e tratamento. E m ambas as estratégias, é fundamental que a mulOer esteja bem informada e atenta a possíveis alterações nas mamas e, em caso de anormalidades, busque prontamente o serviço de saúde ( INC A , 2012).

A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a reduçã o do estágio de apresentaçã o do câncer. Nessa fase, destaca-se a importância da educaçã o da mulOer e dos profissionais de saúde para o reconOecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde.

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21 B rasil, a estratégia utilizada para o controle desse câncer está apresentada no D ocumento de C onsenso (B R A S IL , 2004), o qual ressalta a mamografia e o E xame C línico das Mamas (E C M) como os métodos preconizados para o rastreamento dessa doença na saúde da mulOer ( B R A S IL , 2013).

D iante disso, é importante que seja realizado o rastreamento das pacientes. E le é dirigido à s mulOeres na faixa etária em que o balanço entre benefícios e riscos da prática é mais favorável, com maior impacto na reduçã o da mortalidade. Os benefícios sã o o melOor prognóstico da doença, com tratamento mais efetivo e menor morbidade associada, enquanto os malefícios incluem os resultados falso positivos e falso negativos, que geram ansiedade ou intranquilidade à mulOerÉ o sobrediagnóstico e o sobretratamento, relacionados à identificaçã o de tumores de comportamento indolenteÉ e o risco da exposiçã o à radiaçã o ionizante, se excessiva ou mal controlada.

O INC A recomenda que mulOeres de 40 a 4E anos devem realizar E C M anual e caso Oaja alteraçã o também a mamografia. J á as de D0 a 6E anos além do E C M todo ano deve fazer a mamografia a cada dois anos. C aso a mulOer já tenOa mais de 3D anos e risco elevado, deve realizar tanto o E C M como a mamografia anualmente ( INC A , 2014).

O Ministério da S aúde preconiza que seja realizado mamografia a cada dois anos em mulOeres de D0 a 6E anos, para as mulOeres de 40 a 4E anos, a recomendaçã o brasileira é o exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de resultado alterado e, além desses grupos, Oá também a recomendaçã o para o rastreamento de mulOeres com risco elevado de câncer de mama, cuja rotina de exames deve se iniciar aos 3D anos, com exame clínico das mamas e mamografia anuais (B R A S IL , 2013).

C onsidera-se risco elevado para câncer de mama mulOeres que apresentam Oistória familiar de pelo menos um parente de primeiro grau, podendo ser esse mã e, irmã ou filOa, que possuíram o diagnóstico antes dos cinquenta anos de idadeÉ aqueles que ti veram, também em parentes de primeiro grau, câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, independentemente da idadeÉ Oistória familiar de câncer de mama masculinoÉ aquelas que apresentaram diagnóstico Oistopatológico de lesã o mamária proliferativa com presença de atipia ou neoplasia lobular in situ (BR A S IL , 2013).

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mesmo que em quantidade moderadaÉ a exposiçã o a radiações ionizantes em idade inferior a 3D anos e o uso de contraceptivos orais, embora este último ainda seja controvertido ( INC A , 2014). A s características reprodutivas de risco se dã o porque a doença é estrogê nio-dependente. Os Oábitos de vida relacionados incluem a obesidade, pelo aumento do nível de estrogê nio, produzido pelo tecido adiposo, principalmente, no climatérioÉ e o uso regular de álcool acima de 60 gramas por dia, pois o acetaldeído, primeiro metabólito do álcool, é carcinogê nico, mutagê nico, estimulador da produçã o de estrogê nio e imunodepressor (C IB E IR A É G UA R A GNA , 2006).

A influê ncia da amamentaçã o como fator protetor do uso de contraceptivos e da terapia de reposiçã o Oormonal ( T R H) após a menopausa e a influê ncia do tabagismo como fatores de risco ainda sã o controversas (S IL V A É R IUL , 2011).

C om isso, um dos maiores destaque da modificaçã o do estilo de vida da populaçã o é a adoçã o de Oábitos nã o saudáveis, nã o praticar exercício físico, dieta calórica, estresse, uso de bebida alcoólica e tabagismo é significativa no aumento de casos de câncer na populaçã o mundial e, incluindo o câncer de mama (S IL V A , 2012). S endo necessário, o controle imediato dessa patologia entre as mulOeres.

D essa forma, a prevençã o dos agravos à saúde, pode ser primária ou secundária. O papel da prevençã o primária é o de modificar ou eliminar fatores de risco, enquanto na prevençã o secundária enquadram-se o diagnóstico e tratamento precoce ( B IM et al, 2010).

Na prática clínica, individual e coletiva sã o empregadas medidas de prevençã o, que se relacionam à s diferentes fases de desenvolvimento de uma doença. A prevençã o primária busca a reduçã o ou eliminaçã o da exposiçã o do indivíduo e das populações a fatores de risco associados ao aparecimento de novos casos da doença. A prevençã o secundária refere-se à detecçã o precoce de doenças em programas de rastreamento. A s medidas que visam prevenir complicações e incapacidades relacionadas à s doenças sã o consideradas como de prevençã o terciária (ME ND E S , 2012).

A s ações de prevençã o primária e detecçã o precoce do câncer de mama sã o estratégias relevantes para reduzir a mortalidade e melOorar a qualidade de vida das mulOeres acometidas com essa patologia. Por isso, é importante conOecer os profissionais responsáveis por essas ações, sua qualificaçã o nos programas envolvidos e o grau de conOecimento, além das ações de detecçã o precoce que as mulOeres estã o realizando para diagnosticar esse tipo de câncer ( B IM et al, 2010).

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23 mulOeres também deve fazer parte de ações de educaçã o em saúde que contemplem o conOecimento do próprio corpo e nã o como uma estratégia isolada para a detecçã o precoce da neoplasia mamária (GONÇ A L V E Z et al, 200E).

O INC A nã o estimula o autopalpaçã o das mamas como método isolado de detecçã o precoce do câncer de mama. A recomendaçã o é que o exame das mamas, realizado pela própria mulOer faça parte das ações de educaçã o em a saúde que contemplem o conOecimento do próprio corpo. Portanto, o auto-exame nã o substitui o exame clínico das mamas realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. Na autopalpaçã o as mulOeres olOam e tocam sua mama e nã o ficam preocupadas em executar corretamente o autoexame (técnica). ( INC A , 2014).

A autopalpaçã o possibilita a participaçã o da mulOer no controle de sua saúde, devendo ser realizado sempre que se sentir confortável para tal (seja no banOo, no momento da troca de roupa ou em outra situaçã o do cotidiano), sem nenOuma recomendaçã o de técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. É necessário que a mulOer seja estimulada a procurar esclarecimento médico sempre que Oouver dúvida em relaçã o aos acOados da autopalpaçã o das mamas e a participar das ações de detecçã o precoce do câncer de mama ( INC A , 201D). (S IL V A É R IUL , 2011).

Mesmo essa estratégia nã o substituindo o exame clínico das mamas, ela se mostrou ser mais efetiva do que o autoexame das mamas, isto é, a maior parte das mulOeres com câncer de mama identificou a doença por meio da palpaçã o ocasional em comparaçã o com o autoexame (aproximadamente 6DÃ das mulOeres identificam o câncer de mama ao acaso e 3DÃ por meio do autoexame). A estratégia do diagnóstico precoce é especialmente importante em contextos de apresentaçã o avançada do câncer de mama ( INC A , 201Da).

O E C M faz parte do atendimento integral à mulOer, devendo ser inserido no exame físico e ginecológico de todas as mulOeres, independente da faixa etária, servindo de subsídio para exames complementares. Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 ( um) centímetro, se superficial. O E xame C línico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do C onsenso para o C ontrole do C âncer de Mama (S IL V A e R IUL , 2011).

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D iante desse panorama, temos que o rastreamento pode ser na primeira oportunidade ou organizado. No primeiro, o exame de rastreio é ofertado à s mulOeres que oportunamente cOegam à s unidades de saúde, enquanto o modelo organizado é dirigido à s mulOeres elegíveis de uma dada populaçã o que sã o formalmente convidadas para os exames periódicos. A experiê ncia internacional tem demonstrado que o segundo modelo apresenta melOores resultados e menores custos (B R A S IL ,2010).

C om vistas à prevençã o secundária do câncer de mama, tem-se o rastreamento mamográfico como a aplicaçã o de um exame em uma populaçã o presumivelmente assintomática, com o objetivo de identificar aquelas com maiores cOances de apresentar uma doença. Nã o tem por finalidade fazer diagnóstico, mas indicar pessoas que, por apresentarem exames alterados ou suspeitos, devem ser encaminOadas para investigaçã o diagnóstica (B R A S IL , 2010a).

No B rasil, a mamografia é o método preconizado para o rastreamento na rotina da atençã o integral à saúde da mulOer. E la é considerada a técnica mais confiável e eficaz para a detecçã o do carcinoma mamário, constituindo o método ideal para a identificaçã o de lesões subclínicas e deve ser feita em intervalos adequados de acordo com a faixa etária (GONÇ A L V E S et al, 200E).

Outro exame que pode ser realizado é a ultrassonografia, um exame de escolOa para mulOeres com menos de 3D anos de idade, sendo também utilizado para mamas densas, nódulos palpáveis comCsem mamografia negativa, processos inflamatórios e grávidas com sintomas mamários (S IL V A É R IUL , 2011).

A mamografia de rotina é recomendada para as mulOeres de D0 a 6E anos a cada dois anos. A mamografia, nessa faixa etária e a periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidê ncia científica do benefício desta estratégia na reduçã o da mortalidade neste grupo. S egundo revisões sistemáticas recentes, o impacto do rastreamento mamográfico na reduçã o da mortalidade por câncer de mama pode cOegar a 2DÃ (U.S , 200EÉ GONÇ A L V E Z et al, 200E).

D essa forma, para o controle do câncer de mama, os objetivos sã o: a garantia do acesso das mulOeres com lesões palpáveis ao imediato esclarecimento diagnóstico e tratamento adequado (diagnóstico precoce)É a ampliaçã o do acesso à mamografia de rastreamento para mulOeres de D0 a 6E anos e a qualificaçã o da rede de atençã o ( INC A , 2012) .

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2D Garantir acesso a diagnóstico e tratamentoÉ G arantir a qualidade das açõesÉ Monitorar e gerenciar continuamente as ações ( INC A , 2012).

C om isso, todas as ações de controle do câncer de mama tiveram marcos Oistóricos, pois o seu principal objetivo é a qualidade na assistê ncia a saúde da mulOer, com isso, em meados dos anos 80, a prevençã o do câncer de mama foi contemplado no Programa de A ssistê ncia Integral à S aúde da MulOer, que postulava o cuidado mais amplo para além da atençã o ao ciclo gravídico-puerperal ( B R A S IL , 1E84).

E m 1E86, o Programa de Oncologia (Pro-Onco), do Instituto Nacional de C âncerCMinistério da S aúde, foi criado como estrutura técnico administrativa da extinta C ampanOa Nacional de C ombate ao C âncer. E m 1EE0, o programa tornou-se C oordenaçã o de Programas de C ontrole de C âncer e suas linOas básicas de trabalOo eram a informaçã o e a educaçã o sobre os cânceres mais incidentes, dentre os quais o câncer de mama (A B R E U, 1EE7) . J á no final dos anos E0, com a implantaçã o do Programa V iva MulOer, foram iniciadas ações voltadas à formulaçã o de diretrizes e à estruturaçã o da rede assistencial para a detecçã o precoce do câncer de mama. O D ocumento de C onsenso, em 2004, propôs as diretrizes técnicas para o controle do câncer de mama no B rasil ( INC A ,2004).

E m 200D, com o lançamento da Política Nacional de A tençã o Oncológica, o controle dos cânceres do colo do útero e de mama foi destacado como componente fundamental dos planos estaduais e municipais de saúde. Neste mesmo ano, foi elaborado o Plano de A çã o para o C ontrole dos C ânceres de C olo do Útero e de Mama 200D-2007, que propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da populaçã o-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informaçã o, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilizaçã o social e desenvolvimento de pesquisas (B R A S IL ,200D).

A importância da detecçã o precoce dessas neoplasias foi reafirmada no Pacto pela S aúde, em 2006, com a inclusã o de indicadores na pactuaçã o de metas com estados e municípios para a melOoria do desempenOo das ações prioritárias da agenda sanitária nacional (B R A S IL ,2006)

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O S istema de Informaçã o do C ontrole do C âncer de Mama – S IS MA MA - foi desenvolvido pelo INC A , em parceria com o D epartamento de Informática do S US (D A T A S US ), como ferramenta para gerenciar as ações de detecçã o precoce do câncer de mama. O S istema foi instituído pela Portaria S A S nº 77E, de 2008, e entrou em vigor em junOo de 200E. Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar a oferta de mamografias à populaçã o alvo e estimar sua cobertura, avaliar a qualidade dos exames, a distribuiçã o dos diagnósticos, a situaçã o do seguimento das mulOeres com exames alterados, dentre outras informações relevantes ao acompanOamento e melOoria das ações de controle da doença ( INC A ,2008a).

E sse sistema estáimplantado nas clínicas radiológicas e nos laboratórios de citopatologia e Oistopatologia que realizam exames pelo S istema Único de S aúde (módulo do prestador de serviço) e nas coordenações estaduais, regionais, municipais e intermunicipais responsáveis pelo acompanOamento das ações de detecçã o precoce do câncer (módulo de coordenaçã o)( INC A ,2008b).

E ntretanto, a priorizaçã o do controle do câncer de mama foi reafirmada em março de 2011, com o lançamento do plano nacional de fortalecimento da rede de prevençã o, diagnóstico e tratamento do câncer pela presidente da R epública D ilma R oussef. O plano previu investimentos técnico e financeiro para a intensificaçã o das ações de controle nos estados e municípios. No âmbito da detecçã o precoce, as perspectivas apontadas foram: garantia de confirmaçã o diagnóstica das lesões palpáveis e das identificadas no rastreamentoÉ implantaçã o da gestã o da qualidade da mamografiaÉ ampliaçã o da oferta de mamografia de rastreamento na populaçã o alvoÉ comunicaçã o e mobilizaçã o socialÉ e fortalecimento da gestã o do programa. Na atençã o terciária, foi apontada a necessidade de dar continuidade à s ações de ampliaçã o do acesso ao tratamento do câncer com qualidade, conforme objetivos da Política Nacional de A tençã o Oncológica ( INC A , 2011).

E m maio de 2013, a política de atençã o oncológica foi atualizada pela Política Nacional para a Prevençã o e C ontrole do C âncer na R ede de A tençã o à S aúde das Pessoas com D oenças C rônicas no âmbito do S istema Único de S aúde (SUS ) . Nesse mesmo ano, foi instituído o S istema de Informaçã o de C âncer (S IS C A N), uma versã o em plataforma Reb que integra os S istemas de Informaçã o do C âncer do C olo do Útero (S IS C OL O) e do C âncer de Mama (S IS MA MA ).

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27 medidas, iniciativas para impulsionar decididamente o treinamento dos profissionais da saúde a realizar uma exploraçã o clínica competente, da saúde mamáriados pacientes para que possam ser ingrediente indispensável para promover ações, de atençã o primária e para reforçar a prática dos exames de detecçã o precoce entre as mulOeres (F R E NK , 200E).

D iante disso, os esforços para o controle do câncer de mama tê m seu foco na prevençã o secundária a partir de “ações de detecçã o precoce, isto é, na descoberta dos tumores mamários ainda pequenos, com doença restrita ao parê nquima mamário”. O estágio em que a doença é identificada e quando o tratamento é iniciado irá interferir na opçã o pelas terapê uticas, mais ou menos agressivas, e nos resultados alcançados, os quais envolvem maior ou menor comprometimento emocional, custo econômico e social e entre outros (ME L OÉ S OUZ A , 2012).

D essa forma, o tratamento sistê mico será determinado de acordo com o risco de recorrê ncia (idade da paciente, comprometimento linfonodal, tamanOo tumoral, grau de diferenciaçã o), assim como das características tumorais que irã o ditar a terapia mais apropriada. E ssa última baseia-se, principalmente, na mensuraçã o dos receptores Oormonais (receptor de estrogê nio e progesterona) - quando a Oormonioterapia pode ser indicadaÉ e também de HE R -2 (fator de crescimento epidérmico 2)- com possível indicaçã o de terapia biológica anti-HE R -2 ( INC A , 201Da).

C om isso, o conOecimento atual, as características biológicas do câncer de mama e a tecnologia disponível nã o justificam a adoçã o de estratégias direcionadas especificamente à prevençã o primária, que ainda nã o é possível devido à variaçã o dos fatores de risco e à s características genéticas que estã o envolvidas na sua etiologia. D essa maneira, o diagnóstico precoce do carcinoma mamário está ligado além de outros fatores ao fornecimento de informações à s mulOeres e práticas educativas em saúde que conscientizem-nas sobre a realizaçã o desses exames, que constituem a tríade de rastreamento para esta neoplasia (ME L OÉ S OUZ A , 2012).

D iante disso, temos que a E stratégia de S aúde da F amília-E S F é a porta de entrada da A tençã o B ásica e de acordo com o Ministério da S aúde, deve considerar o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserçã o sócio cultural, buscando a promoçã o de sua saúde, a prevençã o e tratamento de doenças e a reduçã o de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável (B R A S IL , 2007).

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profissionais da E stratégia S aúde da F amília. D e grande relevância também é a detecçã o precoce, como o E xame C línico das Mamas e a busca ativa das mulOeres com alterações nos resultados.

No que se refere à s atribuições dos profissionais da A tençã o B ásica, para realizar o controle dos cânceres de mama e colo de útero, é atribuiçã o de todos os profissionais de saúde da atençã o básica: conOecer ações de controleÉ planejar e programar açõesÉ realizar atividades de promoçã o, prevençã o, rastreamentoCdetecçã o precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitaçã o e cuidados paliativosÉ oferecer atençã o integral e contínua, articuladas com outros níveis de atençã oÉ garantir qualidade de registro nos sistemas de informaçõesÉ conOecer Oábitos de vida, aspectos culturais, éticos e reli giosos das famílias de sua áreaÉ valorizar saberes e práticasÉ realizar trabalOos em equipeÉ reuniões para discussã o de planejamento e avaliaçã o de açõesÉ identificaçã o de mulOeres que necessitam de atençã o domiciliarÉ participaçã o das atividades de educaçã o permanenteÉ desenvolvimento de atividades educativasÉ acompanOamento e avaliaçã o das ações desenvolvidas com consequente readaptaçã o se necessário e ainda identificaçã o de parcerias e recursos na comunidade (B R A S IL , 2013).

No que diz respeito à s ações previstas pelas políticas públicas de saúde para o controle de câncer de mama na atençã o primária, o enfermeiro tem um papel fundamental e encontra um amplo espaço para o desenvolvimento das atividades diárias, pois mantém considerável autonomia nas suas práticas ( B R A S IL , 200DÉ NA UD E R E R et al, 2008).

A E nfermagem destaca-se por estar, intimamente, ligada ao ser Oumano e preocupada com o seu bem-estar, enquadrando-se no desafio para a elaboraçã o de ações de E ducaçã o em S aúde que permitam incentivar as pessoas à reflexã o crítica da realidade. A inda existem as atribuições específicas dos enfermeiros que sã o: atender de forma integralÉ realizar consulta de enfermagem, exame citopatológico e E C M, de acordo com critérios estabelecidosÉ solicitar e avaliar exames, prescrever tratamentos e realizar encaminOamentos, conforme protocolos ou normas do gestor localÉ examinar e avaliar pacientes com manifestações clínicas relacionadas ao câncer de mamaÉ realizar cuidados paliativos nas UB A SF ou em domicílio, e encaminOar se necessárioÉ participar de ações de educaçã o permanente e ainda, participar do gerenciamento de insumos (BE S E R R A ÉPINHE IR OÉ B A R R OS O, 2008). ( B R A S IL , 2013).

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2E informações sobre promoçã o da saúde do indiv íduo e da comunidade, em detrimento da abordagem tradicional para o cuidado.

D essa forma, os profissionais enfermeiros devem ser capazes de compartilOar informações de qualidade e realizar um trabalOo educativo sistemático para que a populaçã o feminina adquira conOecimento e adote condutas e atitudes responsáveis em relaçã o ao autocuidado e saúde da mama, além de realizar procedimentos para detectar algum tipo de anormalidade nos seios por meio de uma boa Oistória clínica e um exame das mamas eficaz (GONZ Á L E Z -R OB L E D O et al 2011).

D iante disso, é sabido que as ações educativas influenciam o estilo de vida, melOoram a relaçã o profissional-indivíduo, o ambiente social e físico e reforçam a promoçã o da saúde. A lém disso, enquanto prática social, a educaçã o em saúde favorece o conOecimento, atitudes e práticas adequadas em saúde, além da compreensã o dessa relaçã o no processo saúde-doença (S IL V A , 200E).

C om isso, a necessidade de ser realizado um trabalOo diretamente voltado para populaçã o fazendo uso da promoçã o da saúde como um grande desafio, dessa forma, torna-se relevante a aplicaçã o do inquérito C A P (conOecimento, atitude e pratica) que apresenta como objetivo o desenvolvimento de programas mais adequados para as necessi dades específicas da populaçã o selecionada ( A L V E S É L OPE S , 2008).

No que se reporta ao desenvolvimento de ações direcionadas a um maior comprometimento das mulOeres com práticas preventivas, de detecçã o precoce do câncer de mama, além da percepçã o de mudanças físicas indicativas de alerta, como a realizaçã o de procedimentos pela própria pessoa e outros desenvolvidos pelos profissionais, acredita-se no favorecimento deste processo por meio de estratégias educativas com vistas a desenvolver o conOecimento, atitude e prática voltadas para o cuidado e diagnóstico precoce da doença (S IL V A , 200E).

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T ais conceitos vê m sendo trabalOados no contexto do câncer de mama, em especial pela enfermagem, em que se tem observado abordagens voltadas para a prática de auto exame das mamas e mamografia e para a detecçã o precoce da doença, principalmente, em estudos desenvolvidos nas R egiões S udeste e Nordeste ( B R IT O et al, 2010É MA R INHO et al, 2003É MA R INHO et al, 2008É S IL V A , 2012).

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31

-

Ã

4 C D C , C G

) A

Çipo de Estudo

O estudo é descritivo, transversal, com a utilizaçã o do Inquérito C onOecimento, A titude e Prática (C A P).

S egundo Gil (2010, p. 27), “as pesquisas descritivas tem como objetivo a descriçã o das características de determinada populaçã o. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis”.

C orte transversal é aquele em que os fatos sã o observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem contar com a interferê ncia do pesquisador, além de apresentar em seu desenvolvimento técnicas padronizadas, como o uso de questionários (R OD R IGUE S , 2007).

O inquérito C A P constitui um tipo de estudo que possibilita encontrar informações de uma populaçã o específica possibilitando alternativas para a busca de estratégias e intervenções mais eficazes, podendo ser adaptados a diferentes contextos com a finalidade de um melOor planejamento nas ações de promoçã o da saúde ( NIC OL A UÉ PINHE IR O, 2012).

MarinOo et al. (2003) evidenciaram em seu estudo que os conceitos de conOecimento, atitude e prática eram descritos da seguinte forma:

- conOecimento – significa recordar fatos específicos (dentro do sistema educacional do qual o indivíduo faz parte) ou a Oabilidade para aplicar fatos específicos para a resoluçã o de problemas ou, ainda, emitir conceitos com a compreensã o adquirida sobre determinado eventoÉ

- atitude – é, essencialmente, ter opiniões, sentimentos, predisposições e crenças, relativamente constantes, dirigidos a um objetivo, pessoa ou situaçã o. R elaciona-se ao domínio afetivo – dimensã o emocionalÉ

- prática – é a tomada de decisã o para executar a açã o. R elaciona-se aos domínios psicomotor, afetivo e cognitivo – dimensã o social.

L ocal do Estudo

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que acompanOam um total de 28.230 famílias, das cerca de 31.100 cadastradas no município (D A T A S US , 201D).

A s equipes da E S F localizadas na zona urbana estã o na V ila A lta, Muriti, Misericórdia, Independê ncia, Parque S ã o J osé , B elmonte , C E MIC , S eminário, S anta L uzia, V ila L obo, S ã o Miguel.

A equipes E S F localizadas na zona rural estã o em B aixio das Palmeiras, R iacOo V ermelOo, Monte A lverne, MalOada, Ponta da S erra III, S anta R osa, D om Quintino, Ponta da S erra II, Ponta da S erra IV , V ila S ã o B ento, V ila Padre C ícero.

Quadro 1. D istribuiçã o das E strategias de Saúde da F amília E S F de C rato selecionadas para participar da pesquisa.

C ada equipe da E S F compõe-se por um enfermeiro, um médico, um dentista, um auxiliar ou técnico de enfermagem, um auxiliar de consultório dentário ou técnico de Oigiene bucal e cinco a sete agentes comunitários de saúde. A s unidades de saúde acima referidas sã o submetidas à gestã o da prefeitura municipal e juntas somam um percentual maior de mulOeres cadastradas.

t opulação e A mostra

A populaçã o do presente trabalOo foi constituída por dois tipos de sujeitos do município de C rato-C E : uma formada por 21 enfermeiros da zona urbana da E S F e outra constituída por 34E mulOeres usuárias da E SF da zona urbana.

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Quadro 2. D istribuiçã o dos E nfermeiros das E strategias de S aúde da F amília E SF de C rato selecionadas para participar da pesquisa

A amostra foi selecionada com base nos critérios de inclusã o e exclusã o. A s equipes da E S F selecionadas localizam-se na zona urbana da sede do município de C rato-C E .

Quanto à s mulOeres usuárias da E S F , o município do C rato tem um total de E.283 mulOeres cadastradas acima de 18 anos, sendo 3.6ED delas cadastradas nas equipes selecionadas.

A partir dos dados obtidos pelo D A T A SUS e após aplicaçã o da fórmula para populaçã o finita, encontrou-se uma amostra de 34E mulOeres. E sse tamanOo de amostra foi calculado com margem de erro de DÃ, nível de confiança de EDÃ e estimativa de proporçã o de D0Ã, considerando a populaçã o de 3.6ED mulOeres, grupo potencialmente alvo para o câncer de mama.

F oram incluídas as mulOeres que utilizam o sistema local de saúde do município, que estavam cadastradas nas equipes da zona urbana do município, pertencentes a faixa etária acima de 18 anos de idade, que estiverem presentes para atendimento, nos dias selecionados para a pesquisa e capacidade para responder o questionamento. Porem serã o excluídas as mulOeres que já apresentaram câncer de mama.

C ole ta de D ados

R ealizada no período de novembro de 201D a janeiro de 2016, após autorizaçã o da S ecretaria de S aúde do Município do C rato (A NE X O A ) e aprovaçã o do projeto pelo C omitê de É tica em Pesquisa ( A NE X O G).

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feita com a mulOeres agendadas para consultas na UB A S F e presentes nos dias das visitas da pesquisadora.

F oram aplicados em ambas as amostras, os instrumentos de Oliveira (2014), que caracteriza e avalia o conOecimento, atitude e prática dos enfermeiros e usuárias das UB S F no que se refere à detecçã o precoce do câncer de mama (A nexos B e C ) .

Os instrumentos sofreram adaptaçã o no item 1 em o nome do município que será realizado o estudo (título do instrumento), conforme autorizaçã o da autora (A nexo F )

Para a caracterizaçã o do grupo de enfermeiros da E S F foi aplicado um questionário semiestruturado (A nexo D ) que constou de variáveis sóciodemográficas ( idade, sexo, tipo de uniã o), variáveis relacionadas à formaçã o profissional (tempo de formado, titulaçã o, tempo de atuaçã o na E S F , cursos de atualizaçã o) e variáveis de ações de conOecimento, atitude e prática acerca da detecçã o precoce do câncer de mama.

Um segundo questionário (A pê ndice E ) foi realizado com as usuárias durante atendimento na UB A S F e também permitiu um levantamento de variáveis sóciodemográficas (idade, tipo de uniã o, número de filOos), variáveis clínicasCginecológicas ( como a menarca e menopausa), fator de risco (amamentaçã o, Oistória familiar, etilismo) e variáveis referentes ao conOecimento, atitude e prática quanto ao câncer de mama. T odos os itens que eram voltados para o A E M foram substituídos por aupalpaçã o A PM no instrumento aplicado as amostras.

F oi aplicado, somente para as mulOeres, um terceiro questionário (A nexo E ), que corresponde ao C ritério de C lassificaçã o E conômica B rasil da A ssociaçã o B rasileira de E mpresa de PesquisaCA B E P (A B E P, 2012).

O primeiro questionário foi direcionado aos enfermeiros da E stratégia S aúde da F amília do município de C rato, tinOam presentes 27 questões. D a 1ª a 10ª estavam constavam dados sóciodemográficos e perfil profissional. D a 11ª a 18ª estavam aquelas direcionadas ao conOecimento que essas profissionais mantinOam acerca do câncer de mama. D a 1Eª a 22ª à s suas atitudes e da 23ª a 27ª a prática direcionada ao tema abordado.

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3D teria resposta regular e ganOaria um ponto e abaixo disso, obteria resposta inadequada e nã o marcaria nenOum ponto.

A s questões 1Eª a 22ª estã o relacionadas à atitude dos enfermeiros diante da detecçã o precoce do câncer, em que eram ofertadas duas opções. Quem marcasse a questã o desejada, descrita nos resultados, teria sua resposta adequada e marcaria um ponto. C aso contrário nã o pontuaria.

J áas questões 23ª a 27ª sã o relacionadas à prática. A s quatro primeiras apresentavam duas opções. Quem marcasse a resposta “sim” teria o item considerado adequado e marcaria 1 ponto. Quem respondesse “nã o” nã o marcaria ponto. Na última questã o eram apresentados quatro questões, em que quem respondesse “sempre” teria resposta adequada e pontuaria dois pontos, “quase sempre” foi considerada regular e pontuaria um ponto e “às vezes” ou “nunca” nã o marcaria nenOum, pois teria resposta inadequada.

O segundo questionário foi direcionado à s mulOeres atendidas pela E S F do município de C rato. C ontou com 2D questões, dentre objetivas e subjetivas.

A 1ª a 10ª questã o está relacionada a dados sóciodemográficos e antecedentes pessoais. D a 11ª até a 17ª estã o questões que abordam o conOecimento das mulOeres entrevistadas acerca do tema câncer de mama. A questã o de número 11 é objetiva e considera resposta adequada, obtendo um ponto, quem a marcou de forma afirmativa. C aso contrário teria reposta inadequada e nã o conseguiu nenOum ponto. A de número 12 é uma complementaçã o da anterior, nã o sendo classificada como adequada ou inadequada e sim sendo utilizada para acréscimo de informações.

A questã o de número 13 como abordou duas indagações foi considerada adequada quem acertou os dois, pontuando dois pontos, regular quem respondeu corretamente somente um deles e inadequada quem marcou resposta negativa ou nã o soube confirmar de maneira correta as perguntas indagadas, nã o obtendo ponto.

A s questões 14 e 17 foram consideradas adequadas quem marcou sim e soube responder a diferença entre A E M e E C M, no caso da primeira, pontuando um ponto e de forma inadequada quem marcou a resposta negativa ou nã o soube dizer a diferença entre os exames, nã o pontuando.

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um ponto e quem respondeu que nã o tinOa conOecimento ou na parte subjetiva nã o soube responder ou respondeu de forma incorreta, obteve resposta inadequada e nã o pontuou na questã o.

A s questões 18 a 21 avaliaram a mulOeres de C rato quanto à atitude relacionada a detecçã o precoce do câncer de mama.

Na questã o de número 18, foram apresentados seis itens. Quanto a participaçã o de palestras sobre o tema, quem selecionou o item “sim, sempre que tiver eu irei” obteve resposta adequada e marcou dois pontos, quem marcou “sim, quando tiver tempo eu vou” ou “à s vezes tenOo vontade” foi considerada resposta regular pontuando um ponto. Quem marcou “nã o, já sei o que é necessário”, “nã o, acOo perde de tempo” e “nunca fui informada que teria” obteve resposta inadequada e nã o ganOou ponto.

F oi considerada resposta adequada na questã o 1E e 20 quem respondeu de maneira afirmativa marcando um ponto. A questã o 21 foi uma complementaçã o da anterior e quem optou pelo ítem “nunca precisou, pois eles solicitaram na Oora certa” também foi considerado também como reposta adequada também marcando um ponto, já que nã o poderia atribuir a falta de atitude em uma situaçã o em que nã o Oouve necessidade, já que a mamografia foi solicitada pelo profissional. Os demais itens foram considerados resposta inadequada, nã o pontuando.

A s questões 22 a 2D estavam relacionadas à prática das mulOeres acerca a detecçã o precoce do câncer de mama. A 22 e 2D foram consideradas respostas adequadas, marcando um ponto, quem respondeu de forma afirmativa. J á as questões 23 e 24 foram adequadas, também marcando um ponto, quem respondeu de forma negativa, já que se tratava de fatores de risco. C om isso, respostas contrárias foram consideradas inadequadas, nã o apresentando pontuaçã o.

Para classificaçã o das respostas de conOecimento, atitude e prática, foi utilizada a classificaçã o apresentada nas tabelas 2 e 3, apresentadas abaixo.

T abela 1. D istribuiçã o da pontuaçã o de respostas dos enfermeiros da E SF de C rato, relacionado ao questionário correspondente ao A nexo D .

A dequado R egular I nadequado C onOecimento 8-11 pontos D-7 pontos 0-4 pontos A titude 3-4 pontos - 0-2 pontos Pr ática D-6 pontos 3-4 pontos 0-2 pontos

T abela 2. D istribuiçã o da pontuaçã o de respostas das mulOeres acompanOadas pela E S F de C rato, relacionado ao questionário correspondente ao A nexo E .

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A nálise dos D ados

A análise dos dados foi realizada com base na estatística descritiva. A distribuiçã o de frequê ncias foi expressa por percentagem para as variáveis categóricas. A s frequê ncias dos dados (variáveis) categóricos foram testadas pelo teste Qui-Quadrado (X

2

). A s variáveis contínuas o teste de S mirnov.

F oi considerado o p ‹ 0,0D como corte para significância estatística.

Os dados serã o apresentados através de tabulações e gráficos. S erá utilizado o programa S tatisticalPacÔage for tOe S ocial S ciences (S PS S ) versã o 22.0.0.0.

A spe ctos É ticos

A tendendo à R esoluçã o 466C2012, do C onselOo Nacional de S aúde, o indivíduo foi esclarecido quanto ao objetivo do estudo, forma de realizaçã o, riscos da pesquisa, ausê ncia de ônus e ausê ncia de pagamento pela participaçã o na pesquisa, divulgaçã o dos resultados será usado para fins de pesquisa, garantindo-se o seu anonimato mediante ao T ermo de C onsentimento L ivre e E sclarecido (T C L E ). F oi orientado também que sua participaçã o é voluntária sem prejuízo das atividades assistenciais prestadas no decorrer de sua Oospitalizaçã o, bem como a liberdade de desistir a qualquer momento, sem qualquer ônus.

No que tange aos riscos, considerando que toda pesquisa oferece algum tipo, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como mínimo. A pesar disso, esses riscos mínimos estã o relacionados a possíveis desequilíbrios emocionais, ou desconforto durante a realizaçã o da entrevista. Para preveni-los ou minimizá-los, buscamos utilizar linguagem clara e acessível, dirimindo todas as dúvidas que possam surgir. S e, ao perceber ansiedade excessiva, desconforto ou outra intercorrê ncia, foi suspensa a entrevista. T ambém foi esclarecido ao participante que nã o era obrigado a responder questões que nã o quisesse ou nã o se sentisse à vontade. D estarte, prevê -se que esse estudo incide em riscos mínimos aceitáveis em relaçã o ao conOecimento que foi gerado. S uperada a etapa inicial de esclarecimento, a pesquisadora apresentou, ao convidado e seu familiar o T ermo de C onsentimento L ivre E sclarecimento (T C L E ) (A PE ND E A e B ) para que foi lido e compreendido, antes da concessã o do seu consentimento. O T C L E foi elaborado em duas vias e assinado pelo pesquisador e assinado também pelo participante. Uma das vias ficou em poder do sujeito do estudo, que contém telefone e email para contato com os pesquisadores eCou comitê de ética, se desejado for pelo sujeito.

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em pesquisa UF C , obedecendo aos preceitos da R esoluçã o 466C2012 e obteve aprovaçã o mediante ao parecer n

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Referências

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