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Academic year: 2022

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EFICIÊNCIA DE FONTES DE BORO APLICADO VIA FOLIAR EM PLANTAS DE CAFÉ

LO Macedo, R Jacobassi, FWR Hippler, RMBoaretto, JA Quaggio& D Mattos-Jr.

No Brasil, boro (B) é um dos micronutrientes mais limitantes na produção do café (Raijet al. 1997; Quaggio et al., 2010), pelos baixos teores no material de origem e baixa disponibilidade no solo. A prevenção ou correção das deficiências de B para as plantas de café pode ser feita pela aplicação do fertilizante no solo ou nas folhas. Contudo, a adubação foliar tem sido preferida pelos cafeicultores em função da facilidade de aplicação juntamente com outras práticas culturais, além de que o B é um nutri ente muito pouco móvel no floema e depende do fluxo de massa, onde em condições de estresse hídrico o transporte é diminuído (Clemente, 2014).

A eficácia da fertilização por pulverizações foliares depende do íon acompanhante e da solubilidade da fonte utilizada.

Entretanto, o tamanho das partículas do fertilizante, podem aumentar a absorção do nutriente pela planta, mesmo que em fontes menos solúveis (Volkweiss, 1991; Hippler et al., 2015). Fertilizantes pouco solúveis mantém o suporte de nutrientes para a pl anta por um longo período e reduzem o risco de toxicidade imediatamente após a aplicação, bem como a frequência de aplicação (Westfallet al., 1999).

Frente ao exposto, o objetivo do trabalho foi gerar informações que validem a eficiência agronômica de fonte de boro pouco solúvel em água, porem microparticulada, e comparar essas fontes com as fontes solúveis usualmente recomendadas para aplicação foliar em plantas de café.

O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Centro APTA Citros Sylvio Moreira, com cafeeiros Catuaí Amarelo [Coffeaarabica (L.)] (6 a 12 meses), no esquema fatorial 2x4 com delineamento inteiramente ao acaso e cada tratamento com 4 repetições. Foram utilizadas duas fontes contendo B (ácido bórico e borato de cálcio) nas doses controle, baixa, adequa da e alta (0; 130; 260; 520 mg L

-1

de B). Cada tratamento foi aplicado em 3 pulverizações foliares, com 60 dias de intervalo entre as aplicações. Após 60 dias da última pulverização, foi medido o teor de B nas folhas, matéria seca da parte área, área foliar e medida indireta de clorofila (SPAD).

Figura 1 - Concentração de B nas folhas (A), medida indireta de clorofila (B), massa seca (MS) da parte aérea (C) e área foliar (D) de plantas jovens de cafeeiro pulverizadas três vezes com [B] variada e colhidas após 60 dias. Linhas verticais representam o erro padrão da média (n=4).

* significativo a 5% pelo teste F.

Resultados

O teor de B nas folhas aumentou linearmente com as doses crescentes de ambas as fontes. Apesar do borato de cálcio [CaCl

2

/ Na

2

B

4

O

7

·10H

2

O] ser menos solúvel comparado ao ácido bórico (H

3

BO

3

), por ser microparticulado faz com que ocorra liberação do nutriente para a planta à medida que as partículas vão solubilizando, fato explicado pelo ponto de deliquescênci a, definido como o teor de umidade relativa que faz com que um sal se torne um soluto. Em relação à matéria seca da parte aérea e área foliar, verificamos uma tendência polinomial com aumento no peso da matéria seca da parte aérea e aérea foliar até a dose considerada adequada (260 mg L

-1

) e queda por excesso do micronutriente na dose alta (520 mg L

-1

) (Figuras 1C e 1D), mostrando que o B esta cumprindo seu papel fisiológico quando aplicada a fonte microparticulada da mesma forma que para a fonte solúvel .

O ponto de máximo de produção da matéria seca da parte aérea foi de 400 g atribuído a uma dose de 320 mg L

-1

, o qual está coerente com a dose de 300 mg L

-1

de B, considerada adequada para café (Raij et al., 1997) e usualmente aplicado como ácido bórico. Com o aumento da dose de B aplicada, houve uma tendência polinomial também para a medida SPAD, que para a fonte solúvel aumenta ate as doses adequadas e depois diminui com o elevado teor de boro foliar, queda essa mais acentuada para a fonte microparticulada.

Conclusão

Concluímos que ambas as fontes utilizadas, ácido bórico e borato de cálcio foram igualmente suficientes em aumentar o teor do micronutriente na planta, bem como aumentar a produção de matéria seca da parte área, área foliar e índice SPAD até a dose adequada, sendo reduzidos na dose mais alta.

SPADBoro folhas (mg kg-1)

Boro (mg L -1) Boro (mg L -1)

Borato de Cálcio Ácido Bórico

Área Foliar (m2planta-1)MS Parte Aérea (g planta-1)

y = -0,0005x2+ 0,3172x + 354,85 R² = 0,99 *

y = -0,0005x2+ 0,2873x + 355,12 R² = 0,99 * 300

350 400 450

y = -5E-06x2+ 0,0032x + 2,861 R² = 0,99 *

y = -3E-06x2+ 0,0019x + 2,8953 R² = 0,78 * 2,4

2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6

0 130 260 390 520

y = 0,0421x + 18,455 R² = 0,96 *

y = 0,0372x + 22,435 R² = 0,87 * 10

20 30 40 50 60

y = -4E-05x2+ 0,0145x + 54,075 R² = 0,99 *

y = -8E-05x2+ 0,0422x + 54,222 R² = 0,98 * 45

50 55 60 65

0 130 260 390 520

A

B

C

D

Referências

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