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O TEATRO DE MANUEL BOTFLHO DE OLIVEIRA

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1 Terça-feira, 24 8-1954 rüNDADOR- JORGE LACKRDA

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A

reedição da cMústea d»

Parnaso», pelo Institur to Nacional do Livros abre adequada perspec»

uva a Indispensável revisão erítica da obra de Manuel Ba- -telho dé Oliveira.

H_, ainda muito que esmerft»

Ihar nessa obra, sobretudo ne que se refere à aplicação do eulteranl»mo. Em geral, ot cri- tico» têm subestimado esse as- poeto. seguindo aliás uma ton»

denota sé ultimamente supera- da, após os notáveis estudos de Damase Aionso sobre Gôngora.

A preocupação absorvente d»

surpreender-se na obra do poe- ta baiano algum traço mais in- elsivo de côr local sempre con- tributa para relegar a segundo plano • teor estilístico, quando

• verdade é que êste apresen- ta várias particularidades de Interesse.

O problema é para o nosso país como o de Bufas de Alarcon para o México. Também não hu ceolor americana» na obra dra- mática desse autor, mas corno argutamente advertiu Alfonso Beys è~forçoso atentar em que

«os segredos da verdadeira lín- gua literária são menos exter- nos e mecânicos».

Não se deve exigir de Manuel Botelho de Oliveira aquilo que estava deliberadamente fora de

•uas cogitações. Que ó que o le- vara a escrever suas obras ou antes á precipitar o passo a fim de Impor-se à posteridade eomo o primeiro brasileiro a publicar um livro de versos na- queles tempos? Dí-lo o poeta, eom alguns rodeios, em certa altura da ampulosa dedicatória da «Música do Parnaso»: «Nes- ta América, inculta habitação antigamente de bárbaros In- dios, mal se podia esperar que as Musas se fizessem Brasilo' ras, contudo quiseram também passar-se a êste Empório, aon- de como a doçura do açúcar e tão simpática com a suavidade do seu canto, acharam muitos engenhos, que. Imitando aos Poetas de Itália e Espanha, «re aplicassem a tão discreto en- tretenlmento, para que se não queixasse esta última parte do Mundo que, assim como Apoio lhe comunica os ralos para os dias, lhe negasse as luzes para e« entendimentos. Ao meu, pos*

to que Inferior... de que é tão fértil êste Pais. ditaram as Mu- aas a» presentes rimas, que ms resolve exnor a publicidade de todos, para no menos ser o primeiro filho do Brasil, que faça pública a suavidade do metro, .. .que » não soa em merecer outros maiores erédl- tos na poesia».

Seu poetar era em suma «<Ito»

ereto entretenimento», à nm- neira dè poetas italianos e es- panhois, cujas presenças em seus versos não pode ser lgne- rada sé se quiser obter uma impressão verdadeira de sua arte. Arte de empréstimo e de reflexo», mas que não exclui contribuição lndlrldosl aprovei- tóvet. -

O Julgamento de sua obra aão prescinde portanto do es- tudo de »ua formação Inteleo- tual nem da pesquisa de suas fontes literárias. O que se pas- aa relativamente a seu teatro poderá . esclarecer tao bem • nosso ponto de vista que não é preciso sair desse setor, eom»

veremos.

Ambas ns suas peças — «Hay amigo 'para

amigo» e «Amor, Engaftqis, y Celos* — perten- cem h parte espanhollsanto d»

•nas produções.

Até agora fora Identificada apenas a fonte de ama delas, a primeira, na mi.il Cláudio «1»

O TEATRO DE MANUEL BOTFLHO DE OLIVEIRA

EUGÊNIO COMEU Aa «Tf» hay amiga para

go», d» Francisco d» Bojas Za- rilla.

A semelhança do» título» »a- rece ter dispensado um cotei»

de textos que, certamente, ha- via de tornar ainda mal» po- sitlva a relação não só eaplrt- tual, ma» também formal, tre a» duas oomédia». Em bas, • fecho obedeceu à seta fórmula Na peça de Boja»,

V.V.V.V

w

tre c_je—ar. Engano», m

cJLa mas constante mujer» ÍoW.

circ_r_t__cia de o»mr a nças d» ambas na Itália Naquet*

• peursoaagem principal é • Da- qae de Mantua; —i última, e Dnqne de Milão. O» doi»

li» tem afinal • Carie».

• vtoeef fOUno beba ei

£ ISrwSjmmjmj m

Se o dlferabã»

hh m jSBs'"... '•'¦'¦'•'•'"i**?»'¦

^B_Bv-'*s'w_ff^¦ _^_ucc*^—Hccffi'^_U^_i^_^_» ^^-~* * '.*•I^^*¦-*•¦¦*-¦• ^k_^P^_^_^_Lr^SR HB^^****-?^-*•* —ifiS"*'**" _K*'jâ*_u ¦ H H ***"a'•"•• _r-^__i

R^*SvwjttP' ___i^___pfc_BÍ il___8__-*-'•'*••'_B___^_3_R3k_é__^_sb 8_kJq_K!^t_P __hh_" bhp* *r*i_ Hkjc'"j* __-Í_B _B ___sIIí9kS8S9R_8I_s__1

Três mulheres, de F. LEGER eabe a um criado, Moscou, es-

cerrar a derradeira «Jornada»:

mY à un victor tambiem ma [óbligo, Si algo con él se remediei Mas si as mala Ia comedia lío hay amiga para amigo".

A comédia brasileira 4 igual- mente encerrada por um cri*- do, Bostro, e do mesmo mod*»:

"Y siendo amigo teu vuestrm El Autor, le dad un victor Para que diga dos veces Hay amigo para amigo".

Enfim, essa comédia reflete aquela e, consequentemento, embora às - avessas, a imlfacJto 4 perceptível de um modo oa douto em alguma» de sua» paa- sagens.

Aliás, ee tema» deseavoMde»

pelo poeta baiano em sua» pe»

ça» não tinham por sua vem originalidade; numa, dois ho»

mens amam a mesma mulher;

noutra, duas mulheres amam m mesmo homem Esse Jogo de ri»

validados era um lugar comuna no teatro, não Já espanhol, ma»

unlversaL

Quanto à peça «Amor, Enga- Bos, j Celos», não sabemos d»

nenhum paralelo porventura realizado com qualquer outra do teatr» espanhol, mas 4 f_- eílmente demonstrável que ha»

fluiu em sua Inspiração e co- textura a oomédia «Ia ma»

constante mujer», do Doutor Juan Perez Montalvan.

dl_t_e mefe—Iora», Imagens e coniçarações que denunciam n»

peça brasileira influxo d»

pe_s_me_t© e da Mie de Mon- tahraa, qne era por ima ve» tri»

bulârto submisso • natural de Certos recurso» Inevitáveis -">

Cutteiantesam. Cma evidòneo.

insoflsmávtl densa Identidade entre a» doa» peça» é a que flui d» cotejo a seguir. Na come- dia da Montalvan, • galã Car-

*P _*»-» algo, que como De fãs rayos Girasol, MfOTvposa ie .tu fuega, AgaSà de tu eandor, Y Avèja dulce, que A I'-r tua daveJes vivia Sm saia amos qua ta K agora, • BBfn%

•_«a Ia ísar, f ai Msmata»

En cuyaa Uamas, y visos

€:¦ eao Mariposa, cizga, Como Girasol, rendtíto, Al rijrnr de incêndios mnm dl favor és rapos atoe".

Ha Intriga

_4 ritoacões que ae

l_a_t por êsse en aquele aspoe»

4» • aã» 4 mera colRcldêstela • ia ia de abrirem ambas eom _r_» InUrasriTa. Isabel a Car- tos, em cia mas ©s_«S«,als. esa*

Jers-t

w. JT« Ma asf>t".

[CSsi%

?-"-»-- *t »•»_ *- lz ccaslc-a

primeira cjomada» «penas a laentldade de sestos ou de atí- tudea, mas também a que « estabelecida pela expressão:

«Vive ei Cielo», a qual embora comum à época foi claramente empregada na peça brasileira por força de influxo Imediato.

Se bem que Manuel Botelho de Oliveira haja imitado vist- velmente em sua peça a de Montalvan, a verdade é que es- tava menos preso a êsse toa»

trólogo do que a Franeí-jco de Bojas. Nesse, sua alma de balar no e brasileiro encontrava uma filosofia, da vida compatível com a» suas tendências as oo- liiçôe» nobres e à magnaniml<- dade moral. A atitude mais ea- raoteristlca de Bojas era a que e Impelira a oonduzfr a in- triga de «Sia honra na hay amlstad» de modo que, embora dois amigo» disputassem a mea»

ma dama, cada um estava pronto a renunciar à posse den»

aa dama em favor do rival. Ea»

•a também a conduta do» per- aonageas 4» «Has/ malfa para amigo».

O que dá peaa 4 ver qne ?*

nuet Botelho de Oliveira nãs>

haja podido assimilar do Bojas Justamente a força efusiva de vida • a naturalidade qu» a eornedlógraf» espanhol com»- nIcava às suas peças. Preferiu segui-lo teatralmente em sana excursões pela Itália, despreo»

eupado em impregnar a» sua»

comédias do sabor tão ãipero

« forte da vida brasileira â»

«eu tempo.

"c-js dsikft? da raocisrcr v. U-

mama estrangeiro», Boja» recrWq m viJ» espanhola em muu» ouü

¦Ufestaçõe» mate ciipontãne»» o típica», • 4 graças a uma a/m alguma» de suas cenas apresena tam ainda hoje um timbre tust têntico de vitalidade. Beoordm oo, da peça «Dei Bey ahuvm, nlnguno», uma de sua» otorad prima», a fala do lavrador Oae»

ela sobro n» sua» caçada» da perdlxe», apesar de três sécotos de flxldade na página de wm livro, ainda tão audível • vm goroea. Por Interessante cotm eldêncla, nessi. passagem, fixo*

ra uma especiaria do Brasil —«

a canela — entre os requt&itaf para » prepar» de um éÜmmH de perdlseat

S \ mPelarlas dentro em mi «asq Perdigarlos en Ia brasa

puestas ai asador

Con seis dedos de un per**4 Que a cuatro vueltos o trs&

Postula de hambre cs canela dei Brasil;

entregársele a Teresa*

Aquela teolor americaasB que inutilmente se espera ea*

contrar no teatro de Mamud Botelho de Oliveira ei-lo. peto visto, tncidentalmente, numa peça espanhola, a que o omita patrício não era de maneira ai*

guma alheio. C que « Interos*

sava, porém, eram as espeeia*

rias do espírito de que se alua».

teceu ã vontade no« Culterunia»

mo. Neste particular, «eguiis passivamente os modelos espa*

nhois.

Observa-se, entretanto, qoa>

embora aão tivesse fugido *»

seduções da arte gongóríea, « poeta baiano procurou satiriza*

Ia através de alguns de seus personagens, e jüistamento «S personagens ordinários.

Em «Hay amigo para amlseg^

© criado «Puno»: .

"Bien obscura está Ia noehe\

Que porque más Ia enca- [rezea\

Me parece por Io obscuro , Un oultidiablo poeta". <

Segue-se um diálogo

cados entre os duis egraci-fiona^

Pinto e Bostro. Isto na prime») ra «Jornada»; na segunda, ro»

pete-se o gracejo:

"Puflo — Pero sabrds que em [tu com»

Te espera con gran secreto Unn demônio, o una mujor9 j Que poço Io diferencio, * Ocultando con rebozos

(Poquito de culto hablemos^

Los flamigerantes globos^

Los albicantes reflejos, Los rubicundos distrito*, Y los gemíferos senos.

Bi no me entendiste ahof%

Una verdade ta revelo, Pues aqui solos estamos,

Qua para haber és enter*

famrío Lo qua digo, ha menester Para mi pi ópio uu comeateb D. Momo

Es linguaje de Poetam S>e los Que ttamam moêe^>

(uo*\

Ha toreetra e última «toma*

da». • estilo cultoraalsta é «ia- da ridicularizado, dest» sos net» eriader Boctrat

"Es

fábula, (-fi* comjmsm Gongordtica poesia",

Coeae aquela outra, a Mab 41a «Amor, Engafiot*, j Celoee retrorglta de preciost.imoa da linguagem culttsta, esterçdeoiion se a um picara, • criado IH»

nh«'ro, que enh*emr'n nn %naM

\-W*i - i. — <

(2)

pntMá*»«<w •«*••*** ii inwiir—fimwn

Í.V

frágínt LBTR AS B ARTES Torça fcirs, 24-8-1954 V ¦ » «« '

7

)

I

A FSi ILIZAÇÀO NA POESIA

QUliRO

aqui entender a palavra — estüizaçào em sentido especifico:

transposição da reall- dade para o plano da obra de arte.

Por certo, toi "estiliza- ção" estará entrelaçada com estilo formal de um poe- ta, abandono, todavia, esta segunda perspectiva para de- ter-me, ncvralgicamente na primeira.

O poeta diz o mundo em palavras, em signos criados pelo homem e que revestem mil timbres de nossa Intiml- dade.

A ' cstillzação" aqui, mais do que na pintura ou na es- tatuaria será um acontecl- mer.to vital, um amálgama das circunstâncias (as coisas que estão em torno com o.

"eu".

Tal amálgama é irrecusá- vel — Napoleão da "Legende des Siecles" será, necessária- mente o Napoleão de Victor Kugo, do sentimento de Vic- tor Hugo. Uso propositada- mente o vacábulo "sentimen- to", pois nele vejo a origem da poesia, quor a instintiva, quer a metódica; êle è que há de marcar a essência da estilização poética. Sim, o estile de um poeta é o modo pelo qual o seu sentimento

Ovontv»

velo e me levou os papeis da mesa. Eu jà disse à criada que me pusesse sempre no lugar costumeiro 00 pesos ds Vidro, mar sempre se esquece, de. propósito ou por estética, e os coloca na estante ou na can»

toneira onde tenho uns «bis»

cuits». O diabo é que no mo- mento estou à procura deles •

«m nenhum distes lugares oa en<?ont -o. Ela deve ter posto nalgvm canto da casa, cujo ee- grêdo não ainda desvendei. E se "á discutir, mostrar a ela as razões, a utilidade de tais peças, de vidro, que me surgira co a alegaç ães, às quais, geral- mente, me curvo. Sempre me dobro às razúes domésticas...

O vento veio e me levou os papeis da mesa... Corri a fe- char a janela, pensando nos meus petos, numa praga, no que iria dizer de manhã à cria-

«ia e de repente, ao cair o se- reno da noite em meu rosto, senti do escuro o perfume da dama-da-noite. Náo sei porque, mas a rua assim dnserta, o perfume de flor me trouxe a imagem de Renata. Ora esto, Rerata!

Maü o diabo é que brigue) com PvCnaf-\ e pronto! Por rcrls qiu. fosse amável, por mais que fosse uma pérola, deixou de Eervír. Briguei. Estamos arru- fados. Razão!?... Briguei ba?ta! E «plaft»! com a janela 3tfas Renata continua como u'a do-y-viin miúia. Assim, como certas dores de dente que doem xnaJ n..o doem.

Todo o mundo sabe que brl- gamos, tíe me perguntam o respondo afirmativamente, fa>

*em um ar contrafeito como se eu fosse um bárbaro, um Jrrascivcl. Tenho vontade de dizer que não me amolem. Brl- guei e pronto! — está feito. E

»té a própria criada já me olha de esguelha e arrisca certas incursões no assunto.

Tudo acontece na horinha do café, quando lhe elogio as tor- radas, o cházinho ao limão, quando naturalmente é tuio um bom humor na casa. A»

vezes estou assim distraído, es*

piando meus peixes no aquário, as samambáias, as plantinhas

•no jardim de inverno, quando percebo pelas cercanias seus calcanhares. Falámos vulgari- dades. Pergunto-lhe pelo mari- do. como o encontrou da última visita à Santa Casa, pelos netos, po- plguma barulheira durante e noite, pelo vizinho da esquer- da ou da direita. Noto que vai íicando mais morosa e se põe a rodear o lugar onde estou.

Pi.rrarreia. Alisa as melenas gri- saihas. Concentra as forças numa poeira teimosa, talvez Imaginária, vaga, daqui e da- lém no aparador. Antes, esta

«ena acontecia ao querer faser uma reclamação ou um ad'.an- ta mento, agora, agora é dife- rente: a poeira é mais demora*

da e noto, quando fala, que se toma de um rubor leve e des- Via os olhos de mim. Va) di- tpndo ti'do com uma inorAn*

«ia tTaajo. S Iás a sus pergua»

^^^^^^^SSM3^^^^^^^S

JOSV PAUW MOREIRA DA WISSECA transfigura o mundo, ez-

pressando essa transfigura- ção em palavras fiéis, ou, d'ouiro modo, é a "forma"

vocabular de seu sentimento do mundo, atendidos os re- quisitos estéticos.

Tal estilo tende a humanl- sar as circunstâncias, a en- tendê-las na dimensão da vivência.

Na Inútil recusa a tal di- mensão repousa o fracasso do parnasianismo, que quis ser "pintura" e não poesia.

Distingo "sentimento" de

"sentimentallsmo", no qual a vivência superficial impede nm entendimento mais In- tenso do "não eu", engano dos ultra-românticos, nos quais não houve o concerto do homem com o seu âm- bito, e tudo, assim, se estio- lou num pálido arremedo da vida, sem a seiva tonificante da realidade.

Entre essas duas heresias

— a emocionada ortodoxia de nm Donne, um Virgílio, um Eliot, um Garcia Lorca, que realizaram em seus versos a síntese da Intimidade e do universo, que realmente dis- seram sobre a vida, no ato do canto, que constitui por si

só uma das formas mais In- tensas do viver

POEMAS DE ONESTÀLDO PENNAFORT

Reuniu Oncstaldo de Penna- fort os seus vários livros de versos num único volume —

"POESIAS" - editado pela benemérita "Organização Si- rnôes". Poeta de câmera, de um lirismo que, por vezes, nos impressiona na sua me- lancólica pureza, como em

•ALTO DA BOA VISTA (1914 - 1934) Esta água fria e antiga em

que se "banham

oa meus olhos franzidos;

estas sombras de sons que me acompanham,

como cães, aos ladridos;

este silêncio de parado engenho

de abandonado moinho, e estes barrancos de que r,%$

despenho,

como o vento, sczinhol"

Admirável, Igualmente, é

a arte do poeta em eplgra- mas, como nos que a seguir transcrevo, inteligentes e emocionados, atingindo aque- Ia concisão rica de perspec- Uvas que o gênero exige.

Assim;

"PENSAMENTO

São formas do meu penso- mento

os teus gestos e o teu andar.

Às vezes os ponho nas voltas do vento

$ outras vezes na ondulação do mar...**

Também, do melhor qui- late:

-DEVASTAÇÃO

As águas que descem não vencem mais nada.

De resto, não há mais o quê vencer.

Tudo foi varrido, tudo foi levado,

o que tinha sido e o mais que ia ser.M

Todavia, Oncstaldo Penna- íort além de inUvtàsta é um pintor, o que logo se cons- tata em;

UM PERFUME DE DAMA DA NOITE

tinha, dfsfarçando-a entre 00- trás, banais e corriqueiras, co- mo se estivesse a falar das chu- vas, do diabete do marido, da pia do banheiro que preciso consertar ou da vida cara dês- tes tempos. Sua voz fica mun- sa, noto-lhe uma doçura, um quebrado • M vem o assunto

— Renata. Se tem telefonado, ae anda em viagem, doente ou—

Geralmente encolho os ombros.

Teço mentirão que geralmente esqueço. Toda esta ternura de minha criada por Renata ¦- eu explico —, vem da internação do marido na Santa Casa, de uns vestidos que lhe deu no aniversário, além de uns óculo»

novos para a sua miopia.

Que diabo», já não se pode mandar às favaa alguém? Duas criaturas não podem, nâo têm o direito de se apartarem? E*

RATANÍEL DANTAS

— mas ninguém julga assim.

Talvez fosse porque andássemos sempr» juntos. E isto faz com que aa pessoas se habituem a aliar à nossa personalidade à outra, a que nos segue a toda parte. Se amanhã passasse a usar óculos, todo mundo me perguntaria por que razão os adotava e entraria a uma fase, para os outros, de admissão física de meus olhos por de- trás das lentes. Depois os vi- dros seriam como um sinal pe- culiar à minha face, como um sinal de nascença, uma cica- triz, um tic de fechar e abrir olhos, nunca um objeto isolado

• morto. E talvez seja isto, o que anda a acontecer entre mim e Renata — o hábito dos outros contrariado. Nada mais. E' só Isto!

Agora raeame, antes de bater

ss perstanas, o cheiro da da- ma-da-noite me trouxe sua voz, o seu rosto quadrado anincha- do entre os cabelos fulvos, on- de se rasga uma boca ampla e uns olhos proeminentes, côr de avelã. Sim, os olhos de Re- nata são côr de avelã... Não

— talvez sejam de um vede profundo e musgoso. Passei a notá-los depois que a criada me deu aquele recado cheio de mistério. «Esteve à sua pro- cura aquela moça espantada».

Espantada, meu Deus! — quem seria?! Uma que anda assim»...

e com gestos e palavras, imJ- tou o andar de Renata. Renata com sua testa curta, a boca rasgada e aqueles olhos de es- panto. Renata...

Recordo-me de que era uma bela tarde, por mais que seja vulgar este «bela tarde», não

¦ « ¦ » 1 ¦ n ¦ . . . . .... . ,. r _ '-•''•¦«i»»i»»«>i><>t|l,tl,>t,,tt<<tt

FEDERAÇÃO INTERNA- CIONAL DOS TRADU-

TORES

Os tradutores acabam de fundar uma Federação In- ternacional que já tem adeptos na França, Dina- marca, Noruega, Itália. Ale- manha Ocidental e Tur*

quia. Esta previsto um con- gresso para se'.embro em Pa- ris, no edificlo da UNESCO.

Esta federação pretende criar prêmios de tradução.

NOVO BALLET NA OPERA DE PARIS

Em 28 de Julho, o Teatro da ópera apresentou o bai- let de Harald Lander "Pri- mavera em Viena", inspira- do da Sinfonia n° 2 de Schubert. Os principais in»

térpretes foram: Micheline Bfirdin. Liane Daydé. Youls Alçaroff, Josette Clavier « Pierre Lacotte.

PRÊMIO "RIVAOES*

O Prêmio -Rivage", des- tinado a recompensar um autor de Inspiração medi- terránea, foi outorgado pela primiera vez a Claude de Frémlnvllle por sua novela

; *T> manège et Ia noria",

FUNERAIS DE COLETTE Colette recebeu no dia 7 de agosto a homenagem so- Iene da nação francesa e dos parisienses, centenas de pessoas compareceram aos seus funerais e honras mi- litares lhe foram tributa- das. As flores se amontoa- ram em redor do ataúde re- coberto da bandeira tricô- lor. Vários discursos lem- braram aos presentes a fi- g u r a extraordinária d a grande romancista que dei- xou á posteridade uma das obras mais representativas do espírito francês.

TAPEÇARIA DO APOCA- LIPSE EM ANOERS Foi aberta ao público, no eastelo de Anqrers, a sala que contém a tapeçaria do Apocalipse. Esta obra de arte. executada no fim do século X^v, além de ser a mais antiga tapeçaria fran- cêsa é uma obra-prima no- tável pela amnlidão de suas proporções: 7 peças de 20 metros por 6 cada uma.

FESTIVAL DE EVIAN Sí « í* julho a 4 de

agosto, realizou-se um fes- tival na cidade de Evian.

Foram representadas duas peças teatrais: "Arlequin serviteur de deux mal três"

de Goldoni, na adaptação de Albert Husson e "Am- phitryon", de Molière, esta com a participação de ele- mentos da Companhia Ma- deleine-Renaud-Jean-Loiüs Barrault.

PRÓXIMA TEMPORADA ! DOS TEATROS PARI- i

SIENSES

Para a próxima tempo- rada, vários teatros já anunciaram as obras que serão apresentadas ao pú- blico. Entre elas, destaca- mos: "Souviens- toi mon amour" de André Birabeau.

com Claude Dauphin e Mi- cheline Dax; "Le Maitre et Ia servante" obra românti- ca de Kierkegaard, com Jean Vincl e Dominioue Blanchar; "Les mariés 'du Jour de l'an" com Jean- Pierre Aumont; "L'Ecole des pères", de Anouílh*

••Les cyclones", de Jules Roy t finalmente "Namouna'', de J. Deval, com Fernand Gravey e Lily Mounet, E B

"NATUREZA MORTA — • / Dois sapotis, uma romã e três cajus, na porcelana anui e verde da fruteira. .

?ela janela aberta, a Mito*.

reza inteira...

«1 Nesta pequena pee*-* • **¦¦

lor plástico dos três primei- ros versos não bastava para

"fechar" o epigrama, e bem o sentiu o poeta que acres**

centou a linha final, um

•'fundo" perfeito e livre com»

as paisagens que vemos sur- girem, azuis e inquietas, além uma nítida e palpável com- posição de Braque ou de Mal tlsse.

Não me furto, antes de 11- nallzar, à citação de uma quadra — DESPEDIDA — onde o autor em tela, táe visual no "quadro" que le- mos acima, consegue reall- zar algo de muito bom sem o uso de uma Imagem m- quer:

"Digo-te adeus para quê1

vás embora.

Poâerias ficar ainda..a]

Embora!

seria tudo em vão. Agora»

parte. *.

Eu estarei contigo ên tõdã

parte." 1

Por tudo isso, razão tinha Manuel Bandeira ao dizer dt Oncstaldo Pennaíorte — êss§

. poeta admirável, dos mais fim nos e raros que possuimot, j) há palavra que diga mais esfi jr.enos do momento em que »*• * tivemos ali sentados a coover» 1 i sar sob as somb. as da d ma*»

! da-noite. O céu muito alto, pou- j ca gente passava na rua t ai

! deitando falsr, estava a von» \ j tade para observá-la sem os ne»

rigos da indiscreção. Os olho*

eram côr de musgo realmente, aquele «espanto», não era ec*

não um ar selvagem fundido à uma ingenuidade. Âa vezes seu olhar se esquivava, notando 9 meu, as pálpebras lhe pendiam densas de timidez, e se punha muito séria ou mostrava uns dentes minúsculos • amarela»*

dos. Notei suas mãos alvas, bem feitas de dedos, com aquelas unhas aparadas sem esmalte*

seu vestido azulado com p«»

quenos «pois», os cilios, as som- brancelhas, a face e os lábio®

lavados, sem artifícios.

Falámos de muita coisa. Ob- servei que dava aos ís uma en*»

tonacão natural aos riogratv»

denses e a uma pergunta ml»

nha, disse ser filha de Uni*

guaiana e da estância do pa|

nos pampas. Depois o assunta foi seus quadros, a matéria donde buscava seus tema» • assim nos deixámos, até que chegassem as estrelas e a da- ma-da noite lançasse seu per*

fume e pela rua os lampiões acendessem. Sim. foi assim nos- so primeiro encontro, se bem que a conhecesse de nome. d*

vista. Depois se despediu. Do- brou a esquina ligeira, multe depressa no seu vestido de

«pois». Renata ia toda assina, como dizia minha criada.

Bom, se briguei com Renata, se não a quero ver, por que me teima em pensamentos?

Agora mesmo fui fechar a )a*>

nela e pronto: bastou o chHrt»

da dama-da-noite. a rua sem ninguém para trazé-la de azul na tarde. Talvez se Renata ?>

vesse outros amigos, quem sabe se a coisa melhorasse? Quan- do se junta a eles fica mirara- vel. Não posso suportA-los por mais de dez minutos. Há um arquiteto que passa o tempo todo a falar detrás de uns óculos de ouro, pequeno, esver- dinhado de bilis. a se cocar come um símio; uma inglesa lour»

com olhos de boneca e que du- rante as conversas, fica a es»

piar com uns ares de garça. Imó»

vel, nívea, a bebericar «cherry»*;

um redator ventrudo, cuja In- tervenção ruidosa na palestra 6 tecida de apartes asnáticos oa de um riso grosso, a mostrar umas gengivas núa» e verme»

lhas. Qual, não serve! Não: «m não posso apreciar Renata -ta tal covil, depois, aquela sua ma- nia de beber cerveja, de comer cachcrro-qucnte em plena ru%

alem das suas estravagâncias.

Por. exemplo: às vozes cisma- va e íamos aos mafuás. E que»

ria descer e subir às rodas-g{«

gantes ou se encarapltar numa prancha Incômoda, com um saca imenso de pipocas entre oe d«»

dos, enquanto, em baixo, n*9 picadeiro, desfilavam cachorros»

einfn^t»*» esqueléticos ?** «ti ma»

{CCNCUJ1 >ÍA !&.« r*GCtA£

(3)

•>...

Torça-feira, 24 8-1954

IE'1 R A S E ARTE*

r.t.nn.i

imnantiimiir m i »»¦ wrawm-i ¦*¦*¦

OCULTO

«ii beleza r d coto ItíwUin, ii. 14 reli»

rüte que! se adaptava facilmente aos i -cais

¦oaiaJa e morais da ii.t vlt.trla-

a*: t«niiU ao ((in.iiiniu e á Re-

aoaldsde, e Impossível negar mtskt a Influência di- uma for*

a*açs> puritana. Revivia ou axtetloaa e o;t moralistas Black

§ Werdsworth. Já os pró-ra- jfctrHUa. «pesar de alguns pnn- ikt 4© ouutucto com Rus'dn e

§» eerta simpatia comum, tie- aaattstraram atitude diversa em

&m amar ao belo, lembrando romantismo de Kcats, de wmt* rotuptuosldade dc alma e

§r an transporte romântico ftwtabwrae a os pró-mfaeKtas ftartflearam • belo com ardor Aeocnidado, multo pouco dc aotrda eom o recato vitoriano Vetes, o belo pode ser perce-

%oük eomo nm apelo sensorlal, aaqvante que em Ruskin é um ahamad» à dignidade, à ordem

¦3 aa método. O culto do belo ajurlav. assim, na Inglaterra. E

§ aas pré-rafaclitas, e níio no evangelho ruskiniano, que en-

•ontramos a origem do mnvi-

¦senta qoe, embora não sendo mais representativo do espí- itta Inglês, é a mais brlhante teoria da estética surgida ja Inglaterra: • movimento este-

O F-STETICISMO INGLÊS

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desse movimento WaKer Pater. Em seu retiro

de Oxford, ele * pregava eom elcgunola de estilo impecável, s no final do seu livro sobre a Renascença, expressa viva opo- síção as teorias de Ruskin. A finalidade do esteta nao é. afir- ma Patcr, procurar a belesa nas formas naturais e tidas eomo perfeitamente morais; a beleza não é a perfeição das criaturas fiéis n lei d» nua es- seneta, não está na comunida- de dos homens, na austeridade simples e no heroísmo, como Ruskin, Qualquer consideração moral ou social perde o valor em estética: a vida oferece aos (iue os sabem usufruir, momen- to* de grande Intensidade Inte- lectual, e obter êsfies momen- tos, em maior nómero e da maior intensidade possível, a fim dc que o homem possa eo- nhecer, possa saber o máximo, -tal o principio íntimo para os que se quiserem conhecer inte- gralmcntc. Longe de se entre- gar nma existência realizada nessas bases sugará de todos e de tudo, absorverá o qoe a vida lhe fôr apresentando, até se extinguir: a morte é a "nol- te inevitável", cuja chegada

WALTENSIR DUTRA

pode apenas ser retardada* o nada Importa -mu a Intensl- dade com que uma energia efó- mera é Irradiada, para a «ua própria destruição.

f:sse hedonismo vago e eon- ftiMO nlo se detém senão em limites extremados: rompe to- das as cadeias cora as quais a sociedade e a higiene do espi- rito tinha tornado cautelosa a busca do prazer; desprezando a coletividade, prega a morte In- dlvldual numa alameda de ro- sas rescendentes, e a sua eon- eepçXo de prazer foi (pelo me- pos teoricamente) exclusiva- mente intelectual. De aparên- cia mais ascética, êle se IItob pouco aos aspectos sorridentes do epicurLsmo, e foi dotado do uma ansiosa impaciência de vi- ver; transformou om pouco as emoções Intelectuais e estétl- ca*, introduzindo nelaa nm pouco de voluptuosldade, mas sem enriquecê-las eom nenhwra conhecimento.

A obra de Pater variou tua pouco, dentro desses prlnc.í- pios. Em alguns momentos soa prosa se detém na contempla- ção e análise das formas belas.

aa «nata leva aetnpra *» «#©- mento qoe as altera e modui- ca. elemento de caráter mar- cadament* pessoal. "Mário, a Eplcúreo", novela onde eaeon- tramo* a máximo de sua filo- aofia, ne bem que não a de sns arte, parece querer espirllnaU- sax a procura do prazer, Linda quanto o sacrificlo puro e sina- pica. Tal extensão de prlnel- pios gerais sem dúvida Implica em que a hedonismo estava modificado por Influências na- vas, que admitia uma quallda- de superior, altamente inteleo- tual, que a percepçáe ordlná- ri» nãa era mais competente, por si só, para apreciar.

Espirito estranho a retirada, Pater nunca delxoa de gnar- dar um pouco de mistério em sua vida, e sua adesão à es- sêncla de nma forma multo H- vre de cristianismo pareee-nos mais do que uma simples atl- tude. Seu estetlcismo limitou- se a provar a intensificar a prazer que encontrava na oa- nhecimento do passada, aa compreensão da alma hama- na; para lata, sea método fot aprofundar-se na análise de

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Patbr lntcrcmva.se ttafimm*

oiei.Ui pelas f^es da historia»

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«om» ns Renascença e no prin- eíuio do cristianismo, o espirl- to dos homens foi Impulsiona- do nor poderoso entusiasmo oo mareado de profundos i-otifil- toa, que suscitaram tumulus apaixonados. Seu principal in- terE6.se é ainda o homem, mes- mo quando o acompanha netos locais pitorescos onde sua vt- da ae desenrolou: e a medida da valor art.stleo é para ela slnda * complexidade do cará- ter estudado. Nesse ponto o historiador ou o moralista ten- de a se confundir, em Pater*

eom o psicólogo, e êste traba- lha em beneficio do critico.

Pater foi um critico notável.

Usando o impresstonLsmo ds nma Intuição muito anurada, muito pessoal, governada ex- cluslvamonte pelos Impulsos emocionais, utiliza na crítica nm estado de euforia, uma es- pécle de êxtase do crítico fren- te à obra de arte — e seus Jut- gamentos e análises são era sus maioria, a revelação da partes obscuras on do recesso de almas e obras de arte qua analisa. Tal forma de penetra- eáo parecerá a muitos a!r«

mórbida, mas qualquer que se*

Ja a nossa opinião, as "apro- (CONCLUI NA 10.* PAGINA)

Vinheta da SANlA kvM

DE RU ryi tt

I — BOAZ VÊ RUTH fLÜMA VOLUTA

PERDIDA NOS OLHOS RUTH SEGAVA

PCULTA ENTRE PLUMAS*

P CAMPO SORRIA P SOL ESBOÇAVA JNFLORESCÊNCIA

— 0 CORPO DE RUTH.

PS BRAÇOS BAILAVAM PS SEIOS TREMIAM

INOS OLHOS DESPERTOS fM RUTH POUSADOS FLUMA PERDIDA

POM ASAS LEVES RUTH DANÇAVA

JfO SEIO DAS FLORES CABELOS DE RUTH

JFLUTUANDO NOS OLHOS P0BB1RT0S DE TERRA

PE SOL E DE PLUMAS.

II — BOAZ FALA A RUTH

rm irmã.

FAZ DE MEU CAMPO EIRADO TEU,

SENTA-TE NAS ONDAS DO VENTQ QUE EMBALA AS GAVELAS

EM TEUS OLHOS DOURADOS.

REPOUSA TUA FRONTE

NA IMOBILIDADE DOS CÂNTAROS, O TEU CORPO DESCANSANDO

À SOMBRA DOS CEIFADORES.

OUVE O SILVO DO VENTO, NA BOCA

DA TERRA, AÇOITANDO COM A NÉVOA ^ DOS GESTOS OS TRIGAIS SILENCIOSOS.

DEIXA QUE AS PÉTALAS DE TUAS MÃOS ^ ACARICIEM A PLUMAGEM DO CAMPO

EECLINANDO A SEARA EM PRECE DE AMOR.

| III — RUTH VAI DEITAR-SE AOS PÉS DE BOAZ NAS ALAS DA NOITE

VESTIDA DE PLUMAS DE VENTO E DE FLORE»

OS OLHOS EM ARCO CABELOS REVOLTOS EM MEIO À CEVADA UNGIDA DE LUZES ] RUTH QUEDOU-SE

COM LÁBIOS DE SERV^

E SEIOS DE ESPOSA.

EMANUEL DE MORAES

Referências

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