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A quem interessa a divisão dos trabalhadores em educação?

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(31) 3481-2020

N.º 110

30/03/2015

A quem interessa a divisão dos trabalhadores em educação?

Hoje somos resultado da política do choque de gestão dos governos Aécio e Anastasia. Este modelo de administração promoveu, ao longo da última década, o esfacelamento dos trabalhadores em educação, como categoria profissional, adotando uma política que aumentou o vínculo precário na educação. Dados da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão divulgados recentemente revelaram que 84.917 servidores são efetivos, 82.149 servidores são efetivados e 96.833 servidores são designados da educação.

Nenhum outro setor do funcionalismo apresenta situação tão precária.

Oportunistas apareceram com falsas informações e promessas. Surgiram Movimentos e Associações articulados por advogados e deputados com o suposto compromisso de defesa dos servidores efetivados. Não sabemos quem patrocina as palestras que apresentam teses jurídicas que, na verdade, são minoritárias e não aceitas no Supremo Tribunal Federal. A exemplo do que fez a ex-secretária de Estado, Ana Lúcia Gazzola, promovem a tentativa de enfraquecer o Sind-UTE/

MG para arregimentar clientes para escritórios de advogados.

É importante lembrarmos o que foi o trabalho do Sindicato no último período. Porque não há nada mais falso do que dizer que o Sind-UTE/

MG nunca fez nada pelos efetivados. Conhecer é fundamental para não se reproduzir o discurso do governo que, ao longo dos anos, tentou destruir o Sindicato como forma de organização coletiva da categoria.

A responsabilidade do Governo do Estado

Em 2007, existia concurso público homologado e cargos vagos na Rede Estadual. Mas o governo não nomeou e preferiu efetivar servidores pela Lei Complementar (LC 100/07). Muitos efetivados poderiam atualmente ser detentores de cargo através de concurso público, se o Governo tivesse realizado as nomeações.

O Estado fez a opção do que era mais vantajoso para ele ignorando a situação de fragilidade que prejudicaria milhares de servidores. Criou o artigo 7º da Lei Complementar 100/07 para não precisar pagar uma dívida bilionária com o Regime Geral de Previdência (INSS).

Em junho de 2011, as Secretárias Renata Vilhena

e Ana Lúcia Gazzola enviaram correspondência

aos efetivados pela LC 100/07, informando

que “alterações na legislação pertinente foram

realizadas, visando estender aos efetivados

os mesmos direitos dos servidores efetivos.” A

campanha feita pelo Governo construiu a falsa

expectativa de que os efetivos e efetivados

gozariam das mesmas condições, mesmo

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conhecendo a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que negava esta condição.

O Governo de Minas adotou um discurso para a categoria e outro bem diferente para o Supremo Tribunal Federal.

Em sua manifestação sobre a Ação Direta de I n c o n s t i t u c i o n a l i d a d e (ADI), o Governo afirma que

“Ressalta-se que o caput do artigo 7º da Lei Complementar 100/2007 simplesmente visa assegurar a previdência ao servidor que teve seu emprego transformado em função pública, por força do artigo 4º da Lei Estadual 10.245/1990, o que, evidentemente, não viola nenhum dispositivo da Constituição da República.

(...) Tanto é assim que ditos servidores podem ser dispensados de suas funções correspondentes aos cargos efetivos, como de fato vem ocorrendo com diversos designados desde a publicação da LC 100, por vários motivos, tais como: termo do prazo das respectivas designações ou pelo fato de o servidor titular reassumir as funções de seu cargo efetivo. (...) Registre-se que a efetividade conferida pela legislação impugnada não confere a estabilidade no serviço público.” (página 22 da Manifestação do Estado protocolada no STF em 11/12 /2012).

Tentativas de reunião com o Governo do Estado

Na avaliação da direção estadual do Sind-UTE/MG, não era possível esperar a decisão do Supremo Tribunal Federal para iniciar as discussões sobre a situação dos servidores efetivados. Isso era importante para que a questão fosse discutida com tempo e seriedade e as alternativas pudessem ser construídas.

2013

O Sind-UTE/MG iniciou 2013 cobrando do Governador Antonio Anastasia o agendamento de reunião com o Sindicato para discussão da situação dos efetivados pela Lei Complementar 100/07. Embora o Sindicato tenha cobrado o Governo não marcou reunião.

Durante toda a campanha salarial, o Sindi- cato apresentou reivindicações sobre a situ- ação dos servidores efetivados. O Governo não quis abrir negociação.

Na pauta de reivindicações, mais uma vez o Sindicato tenta resolver a situação da esco- laridade dos efetivados. Constava na pauta:

Estabelecimento da promoção por escola- ridade adicional aos servidores efetivados, designados e efetivos.

O Sind-UTE/MG ajuizou ação contra o esta- do para que os servidores efetivados pudes- sem ter sua escolaridade atualizada.

2014

fevereiro de 2014

O jornal Estado de Minas publicou uma entrevista da Secretária de Educação, na qual ela afirmou que o Governo faria a defesa dos efetivados. O Governo foi construindo a ideia de tranquilidade e de que defenderia a efetivação. No entanto, ao ter acesso aos esclarecimentos pres- tados pelo Estado ao Supremo Tribunal Federal, constata-se uma situação muito diferente do discurso.

27 de março de 14

Imediatamente após o julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Sind-UTE/

MG cobrou, mais uma vez, reunião com o governador e a secretária de Plane- jamento e Gestão. O Governo não quis reunir.

3 de abril de 2014

O Sind-UTE/MG convocou paralisação e manifestação para cobrar do Governo do Estado e Assembleia Legislativa um posicionamento sobre a situação dos servidores efetivados, após o resultado do julgamento do STF. Cerca de 2.000 trabalhadores compareceram. Os depu- tados suspenderam os trabalhos, foram embora e o presidente da Assembleia Legislativa convocou a Polícia Legislati- va e o Batalhão de Choque para acom- panharem a manifestação. Ficamos na Assembleia Legislativa até as 22h:30, quando foi confirmada reunião para o dia seguinte com o secretário de Gover- no, Danilo de Castro.

4 de abril de 2014

O secretário de Governo, Danilo de Cas- tro, ouviu todos os questionamentos do Sindicato. Apresentamos a situação dos ajustamentos funcionais e adoecimen- tos, concurso público com os problemas de aulas fracionadas e perícias médicas, contribuição previdenciária, situação dos efetivados que tiveram movimenta- ção na carreira, situação dos servidores próximos da aposentadoria, entre outras questões. O secretário se comprome- teu a dar retorno, mas nunca retornou.

No mesmo dia, o governador Antonio Anastasia se licenciou do governo para se candidatar ao Senado. Saiu sem dar nenhuma explicação à categoria.

8 de abril de 2014

Nova Audiência Pública promovida pela Assembleia Legislativa discute a situação dos servidores efetivados após o julgamento de inconstitucionalidade Lei Complementar 100/2007, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do Sind-UTE/MG, participaram a Associação dos Diretores das Escolas Estaduais, o Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Minas Gerais e a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Montes Claros.

15 de abril de 2014

Conselho Geral do Sind-UTE/MG discu- te estratégias diante do julgamento do artigo 7º da Lei 100.

2015

12 de janeiro de 2015

Acontece a primeira reunião com o Gover- no e o Sindicato cobra a discussão da situ- ação dos servidores da Lei 100/07.

fevereiro de 2015

O Sind-UTE/MG cobra das Secreta- rias de Educação e de Planejamento e Gestão que o Estado receba as pastas de aposentadoria dos servidores da Lei 100/07 e promova perícias médicas para quem está de licença médica ou ajusta- mento funcional para encaminhamentos de aposentadoria.

2 de fevereiro de 2015

O Sind-UTE/MG protocola nova pauta de reivindicação com a solicitação de “discus- são e elaboração das soluções necessá- rias para os servidores efevados da Lei Complementar 100/07.”

30 de março de 215

Em reunião com o Governo do Estado, novamente o Sindicato cobrou que as si- tuações de aposentadoria, ajustamento funcional e adoecimento dos servidores da Lei Complementar 100/07 fossem resolvi- das. De acordo com a Seplag, os servido- res que já se encontravam de licença mé- dica até 01/04/14 serão avaliados para a possibilidade de aposentadoria. As demais questões permanecem pendentes.

23 de abril de 2014

Em reunião com a Seplag, o Sindicato cobra, novamente, negociação sobre a situação dos servidores efetivados.

24 de abril de 2014

O Sindicato convocou assembleia esta- dual com paralisação das atividades es- colares a para avaliar várias demandas, entre elas a campanha salarial 2014, a situação da categoria após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em re- lação ao Artigo 7º da Lei 100, concurso público, situação de quem está em ajus- tamento funcional e previdência, entre outras questões que permanecem pen- dentes de respostas do Governo.

15 de maio 2014

Nova assembleia estadual com paralisa- ção das atividades escolares. Na pauta uma agenda de reuniões para discussão da situação dos efetivados, designados e concursados, afetados pela Lei Com- plementar 100/2007, bem como a ques- tão do concurso público, a situação de quem está em ajustamento funcional e previdência, entre outras questões que permanecem pendentes de respostas.

21 de maio de 2014

Deflagração da greve por abertura de negociação. Foram 15 dias, com 10% de adesão. Na pauta, a abertura de nego- ciação e a discussão sobre a situação dos servidores efetivados.

28 de julho de 2014

Em reunião com Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, do governo do Estado de Minas Gerais (Seplag) para dis- cutir a situação dos servidores da Lei 100, o Sind-UTE/MG questionou a situação dos servidores efetivados em relação a férias -prêmio, ajustamento funcional, servidor que está em tratamento de saúde pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), como ficará a situ- ação dos servidores que tiveram progressão publicada, como ficará a situação dos dire- tores e vice-diretores efetivados, extensão de jornada, aposentadoria, concurso públi- co, empréstimos consignados, situação dos servidores que adquirirem doenças no exer- cício da profissão. O Governo deu poucas respostas. Foi a única reunião que discutiu a situação dos efetivados.

11 de agosto de 2014

O Sind-UTE/MG se reuniu com o Minis- tério da Previdência e da Assistência Social em Brasília, para tentar resolver os problemas de indeferimento na con- cessão de benefícios previdenciários a esses servidores. O Estado simples- mente jogou os servidores no INSS sem nenhuma discussão, principalmente sobre carência. Foi o caos. O Sindicato conseguiu discutir que não fosse exigida nenhuma carência. No entanto, a Jus- tiça Federal, após analisar uma Ação proposta pelo Estado contra o INSS, determinou que os servidores efetivados fossem atendidos pelo Estado de Minas Gerais e não pelo INSS.

12 de agosto de 2014

O Sind-UTE/MG convoca o Dia estadual de mobilização, com paralisação das ati- vidades escolares. Na pauta, pressionar o governo pela abertura de negociação so- bre a situação dos servidores efetivados.

O Sind-UTE/MG inicia o ajuizamento de ações coletivas e individuais sobre direitos dos servidores da Lei 100/07.

22 de agosto de 2014

O Governo de Minas começa a negar o afastamento preliminar para aposentado- ria dos servidores efetivados que comple- taram os requisitos após 01/04/14. Diante disso, o Sind-UTE/MG encaminha do- cumento à secretária de Planejamento e Gestão, para que o Estado modifique seu comportamento e receba as pastas de aposentadoria.

31 de agosto de 2014

Candidatos ao governo do Estado parti- cipam de debate durante a VII Conferên- cia Estadual do Sind-UTE/MG e assinam compromisso com a categoria para “discu- tir e propor as soluções necessárias para os servidores efetivados da Lei Comple- mentar 100/07”.

2 de setembro de 2014

Diante dos prejuízos causados pelo gover- no do Estado aos servidores efetivados, o Sind-UTE/MG ajuizou ação coletiva de da- nos morais contra o governo mineiro.

12 de setembro de 2014

O Sind-UTE/MG ajuíza ação coletiva requerendo FGTS para os servidores efetivados.

Novembro de 2014

O Sind-UTE/MG entrega documento à equipe de transição cobrando abertura de discussão sobre a situação dos ser- vidores efetivados.

23 de dezembro de 2014

Sind-UTE/MG entrega documento à nova secretária de Estado da Educação, Macaé Evaristo, cobrando abertura de discussão sobre a situação dos servido- res efetivados.

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Desde novembro de 2012, o Sindicato tentou conversar com o Governo.

Foram sete pedidos de reunião e nenhum foi atendido.

Audiência Pública discute a situação dos efetivados

A pedido do Sind-UTE/MG, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa realizou Audiência Pública no dia 19/12/12. Em pauta, a situação dos efetivados pela Lei complementar 100/2007, a partir do questionamento da constitucionalidade do artigo 7º.

As Secretárias de Estado Ana Lúcia Gazzola e Renata Vilhena foram convidadas, mas enviaram representantes, sem poder de decisão.

No entanto, estes representantes não souberam responder os questionamentos feitos pelo Sindicato e pelos deputados que participaram da Audiência. Inicialmente, o representante da Seplag afirmou que a Lei 100 era “decisão desta casa”, se referindo à Assembleia Legislativa como responsável pela lei em discussão. No entanto, não soube dizer quais estratégias o Governo adotaria e, diante do questionamento do Sindicato, que demonstrou a contradição na fala do governo entre o que afirma à categoria e a manifestação protocolada no STF, os representantes também não souberam explicar.

Foi criado, a pedido do Sindicato, um grupo de trabalho formado pelo Sind- UTE/MG, Associação dos Docentes de Universidade Estadual de Montes Claros, deputados e representantes do Governo para aprofundar as discussões sobre a questão. Mas os deputados nada fizeram neste grupo de trabalho.

Sindicato promove Plenária de Efetivados

No dia 15 de dezembro de 2012, o Sind-UTE/MG promoveu uma plenária estadual de efetivados com representantes de todas as regiões do Estado. A atividade contou com cerca de 300 participantes e definiu a linha de atuação do Sindicato sobre o assunto.

Vale dizer, há um marco temporal: a norma atinge somente os servidores em exercício da data da publicação da LC 100.

Tanto é assim que os ditos servidores podem ser dispensados das funções correspondentes aos cargos efetivos, como de fato vem ocorrendo com diversos designados desde a publicação da LC 100, por vários motivos, tais como término do prazo das respectivas designações ou pelo fato de o servidor titular reassumir as funções de seu cargo efetivo.

Foram vários os ofícios de pedido de reunião

com o Governo feitos pelo Sind-UTE/MG

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Sind-UTE/MG inicia o ajuizamento de ações para ex-efetivados da Lei Complementar 100/07

FÉRIAS-PRÊMIO

Para os servidores que tiveram a publicação de férias-prêmio até 01/04/2014:

Os servidores efetivados pela LC 100/07 que tiveram as suas férias-prêmio publicadas até 01/04/14, sugere-se que, façam imediatamente, o pedido de gozo, através de requerimento a ser protocolizado em duas vias na Direção da Escola e na Superintendência Regional de Ensino em que o (a) servidor é vinculado (a). A análise de possibilidade ação judicial, visando pedido de indenização, será feita a partir do momento em que o Estado não conceder o afastamento para o gozo das férias-prêmio ao servidor.

Para os servidores que não tiveram a publicação de férias-prêmio até 01/04/2014 ou a publicação tenha sido revogada:

Os servidores efetivados pela LC 100/07 que não tiveram reconhecido o seu direito às férias-prêmio até o dia 01/04/14 ou o Estado revogou a publicação das férias-prêmio, neste caso poderá ser ajuizada ação judicial, com o pedido sucessivo de gozo de férias-prêmio. Senão for o caso, que o servidor seja indenizado. Os documentos necessários são:

a) procuração e declaração, devidamente assinados;

b) cópia da CI e CPF;

c) cópia da contagem de tempo a partir de 2007 até a presente data;

d) cópia dos contracheques a partir de 2007 até a presente data;

e) cópia da ficha funcional do servidor, disponibilizada no Portal do Servidor.

Destaca-se que as férias-prêmio não serão aproveitadas no Regime Geral de Previdência Social

AJUSTAMENTO FUNCIONAL

Para os servidores efetivados pela LC 100/07 que tiveram o ajustamento funcional concedido até 01/04/14, com ou sem prazo final para a sua concessão.

Acaso, o INSS, não conceda Auxilio Doença ou algum benefício equivalente ao servidor efetivado

pela LC 100/07 quando da realização de perícia médica e obrigue o servidor a retornar às suas atividades normais. Sem estar apto para tanto, será avaliada a possibilidade de ação indenizatória para esses casos. Vale ressaltar que, no INSS, não há o ajustamento funcional, portanto, a perícia poderá tomar duas medidas: declarar a aptidão e o retorno ao trabalho ou a concessão de Auxílio Doença ou outro benefício equivalente.

LICENÇA MÉDICA E APOSENTADORIA

Para os servidores efetivados pela LC 100/07 que se encontram em sucessivas licenças médicas e não tiveram a publicação da aposentadoria por invalidez até 01/04/2014

Caso o servidor efetivado pela LC 100/07 esteja de sucessivas licenças médicas, cuja incapacidade total e definitiva para o trabalho não foi declarada até o dia 01/04/2014, poderá ser ajuizada ação judicial visando à sua aposentadoria por invalidez perante o estado de Minas Gerais. Os documentos necessários são:

a) procuração e declaração, devidamente assinados;

b) cópia da CI e CPF;

c) cópia de todas as licenças médicas (BIN);

d) cópia de todos os laudos médicos e receitas;

e) cópia de laudo médico recente atestando a gravidade da doença, bem como a incapacidade laborativa para o serviço e/ou irreversibilidade da doença;

f) cópia dos contracheques a partir de 2007 até a presente data.

Importante esclarecer que os casos acima serão objeto de análise individual, havendo a possibilidade de pedido de complementação de documentos, se for o caso.

AÇÃO DE DANOS MORAIS

Em decorrência dos inúmeros constrangimentos causados pela declaração de inconstitucionalidade da LC nº 100/07, já que o estado de Minas Gerais

promulgou lei flagrantemente inconstitucional, criando expectativas em milhares de servidores públicos que acreditavam estar em uma condição funcional estável e que eram titulares de diversos direitos de ordem funcional e previdenciária, mas que agora se vêem em uma situação totalmente inversa, sem garantia de emprego, com direitos previdenciários sendo negados pelo IPSEMG e pelo INSS, no receio de perderem sua fonte de sustento e de sua família; no receio de interromperem eventual tratamento de saúde; sentindo-se rebaixados em sua situação funcional e tantos outros constrangimentos sofridos em consequência da declaração de inconstitucionalidade, que dão direito ao servidor efetivado requerer indenização por dano moral em face do estado de Minas Gerais.

E ainda, em junho de 2011, vários servidores efetivados receberam carta assinada pela Secretaria de Educação, na qual narrava as providências que o Estado vinha tomando para equipará-los aos servidores efetivos, desencorajando-os a prestarem o concurso público realizado naquele ano.

Dessa forma, o Sind-UTE/MG irá ajuizar coletiva, visando pedido de indenização por Danos Morais para os efetivados pela LC 100/07, como substituto processual. Além da medida coletiva, será ajuizada ação individual para esses servidores. Os documentos necessários são:

• procuração e declaração de pobreza, devidamente assinados;

• cópia da CI e do CPF;

• cópia dos contracheques desde Outubro/2007 até a presente data;

• cópia da publicação da efetivação no Diário Oficial no ano de 2007;

• cópia de eventuais documentos relativos a tratamento de saúde realizado junto ao IPSEMG;

• cópia de eventuais documentos relativos à benefícios previdenciários requeridos após 01/04/2014 e que foram encaminhados e indeferidos pelo INSS;

• cópia da carta enviada pelo Estado de Minas Gerais no ano de 2011 (se houver);

• cópia do comprovante de contratação de empréstimo consignado ou contracheques

que comprovem o empréstimo realizado (se houver);

• cópia de eventuais compromissos financeiros assumidos pelo servidor e que dependem da renda do cargo para serem quitados.

AÇÃO DE FGTS e demais reflexos

Em 2001, a lei 8.036/90 (Lei do FGTS), sofreu alteração pela medida provisória nº 2.164-41 de 2001, incluindo o art. 19-A, determinando ser devido o depósito do FGTS quando o contrato seja declarado nulo por afronta ao art. 37, §2º da Constituição Federal.

O Supremo Tribunal Federal fundamentou a inconstitucionalidade da efetivação dos servidores pela LC 100/07, justamente por afronta ao art.37, inciso II da Constituição Federal (obrigação da realização de concurso público para provimento dos cargos).

Deste modo, por aplicação direta do previsto no art.

19-A da lei 8.036/90, é devido o depósito do FGTS para os servidores efetivados pela LC 100/07.

Contudo, o Sind-UTE/MG irá ajuizar ação coletiva para que o estado de Minas Gerais seja compelido a efetuar o recolhimento do FGTS de todo o período da efetivação pela LC 100/07 em prol dos servidores efetivados pela LC 100/07, bem como os reflexos correspondentes. Além da medida coletiva, será ajuizada ação individual para esses servidores. Os documentos necessários são:

• procuração e declaração de pobreza;

• cópia da CI e do CPF;

• cópia dos contracheques desde Outubro/2007 até a presente data;

• cópia da publicação da efetivação no Diário Oficial de Minas Gerais no ano de 2007.

Os documentos podem ser entregues nas Subsedes

do Sind-UTE/MG ou enviar pelo correio para o seguinte

endereço: Departamento Jurídico do Sind-UTE/MG - Rua

Ipiranga, 80, Floresta – BH/MG CEP 30.015-180

(5)

2015

FILIADO À

Diagramação: Eficaz Comunicação

Expediente: Sind-UTE/MG Rua Ipiranga, nº 80 - Floresta - BH - MG Fone: (31) 3481-2020 - Fax: (31) 3481-2449

Sind-UTE debateu exaustivamente e procurou esclarecer à categoria

sobre as possibilidades e r iscos que permanecem na vida funcional

do servidor não aprovado em concurso público

Levando em consideração os aspectos desta lei, esclarecemos à categoria que, posteriormente, poderão

surgir problemas com os questionamento de sua inconstitucionalidade.

Haverá concurso público em 2008

Foram vários os ofícios de pedido de reunião

com o Governo feitos pelo Sind-UTE/MG

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