• Nenhum resultado encontrado

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES"

Copied!
116
0
0

Texto

(1)

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES

(2)

SUMÁRIO

1 O ESTUDO DA FILOSOFIA... 4

2 O QUE É FILOSOFIA? ... 4

3 ANTIGAS CONCEPÇÕES DA HISTÓRIA ... 7

4 HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA ... 8

5 O MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO ... 10

6 A EDUCAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE ... 12

7 O LUGAR EFETIVO DA EDUCAÇÃO NAS SOCIEDADES MODERNAS ... 14

8 ESTRUTURA E DINÂMICA DO ENSINO NO BRASIL ... 16

9 OS DONOS DO SABER E O SABER DOS DONOS ... 17

10 SOCIALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO. ... 19

11 PRINCIPAIS REPRESENTANTES: JEAN JACQUES ROUSSEAU ... 25

12 PENSADORES INFLUENCIADOS PELO PENSAMENTO DE ROUSSEAU.... 26

13 A EDUCAÇÂO COMO CENTRO FILOSÓFICO ... 28

14 A EDUCAÇÃO BIZANTINA ... 29

15 MURALHAS DE CONSTANTINOPLA ... 31

16 A EDUCAÇÃO ISLÂMICA ... 32

17 ESCOLAS MONACAIS ... 33

18 RENASCIMENTO CAROLÍNGIO ... 34

19 PERFIL DE CARLOS MAGNO ... 35

20 RENASCIMENTO DAS CIDADES: AS ESCOLAS SECULARES ... 36

21 COMO ERA A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA? ... 43

22 AS UNIVERSIDADES ... 44

23 A EDUCAÇÃO DAS MULHERES ... 45

24 PAGANISMO E CRISTIANISMO ... 46

(3)

25 PATRÍSTICA ... 48

26 ESCOLÁSTICA ... 49

27 AS CARACTERÍSTICAS FILOSÓFICAS DO CRISTIANISMO ... 51

28 FILOSOFIA MEDIEVAL E O CRISTIANISMO ... 54

29 ANTIGUIDADE ROMANA: EDUCAÇÃO HEROICO-PATRÍCIA ... 55

30 EDUCAÇÃO COSMOPOLITA ... 57

31 EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO ... 62

32 FILOSOFIA TOMISTA: TOMÁS DE AQUINO ... 63

33 ANTIGUIDADE ROMANA: A HUMANISTAS ... 66

34 EXISTENCIALISMO ... 67

35 ESSENCIALISMO ... 69

36 A EDUCAÇÃO DIFUSA ... 70

37 QUATRO IMPORTANTES FILÓSOFOS DA EDUCAÇÃO ... 72

38 A CONDUTA HUMANA E A EDUCAÇÃO ... 76

39 MORAL CIENTÍFICA E MORAL TRADICIONAL ... 77

40 MORALIDADE ÉTICA ... 79

41 UMA NOVA FORMA DE CONHECIMENTO SEGUNDO A FILOSOFIA E SEUS PENSADORES ... 82

42 O EMPIRISMO DE JOHN LOCKE ... 84

43 O PENSAMENTO: A GNOSIOLOGIA ... 85

44 IDEIAS METAFÍSICAS ... 86

45 MORAL E POLÍTICA ... 87

46 IDEIAS PEDAGÓGICAS ... 88

47 DESCARTES E AS CONDIÇÕES DO CONHECIMENTO VERDADEIRO ... 94

48 LOCKE: A CONSCIÊNCIA – O EU, A PESSOA, O CIDADÃO E O SUJEITO.. 95

49 NA EDUCAÇÃO ... 97

50 O MÉTODO CIENTÍFICO E AS CIÊNCIAS HUMANAS ... 99

(4)

51 O PENSAMENTO GREGO: PLATÃO ... 100

52 ARISTÓTELES ... 103

53 O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO ... 104

54 OS SOFISTAS ... 105

55 TEORIA DOS DOIS MUNDOS DEFENDIDA POR PLATÃO ... 106

56 O PAPEL SOCIAL DO PROFESSOR: UMA CONTRIBUIÇÃO DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO ... 108

57 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ... 115

(5)

1 O ESTUDO DA FILOSOFIA

Fonte: pt.slideshare.net

"A Filosofia contribui para o estudo da Ética e Moral, demanda social negligenciada na formação do cidadão brasileiro" - Arthur Meucci. Desde 2006, Filosofia é disciplina obrigatória no Ensino Médio brasileiro. Para muitos, perda de tempo, pois exige maturidade intelectual que a maioria dos alunos não tem. Mas há defensores fervorosos de sua inclusão no currículo, caso do filósofo e psicanalista Arthur Meucci. "É a única disciplina da grade escolar que faz a ponte entre o português, a sociologia, a história e a matemática, além de contribuir para o estudo da Ética e Moral, demanda social negligenciada na formação do cidadão brasileiro", destaca.

2 O QUE É FILOSOFIA?

A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado,

fechado em si mesmo. A filosofia é uma maneira de pensar e é também uma postura

diante do mundo.

(6)

Fonte: www.nacaojuridica.com.br

Antes de mais nada, ela é uma forma de observar a realidade que procura pensar os acontecimentos além da sua aparência imediata. Ela pode se voltar para qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e seus métodos; pode pensar sobre a religião, a arte; o seu cotidiano, o próprio homem em sua cultura e imagem. A filosofia em síntese não é tão somente uma interpretação do já vivido, daquilo que esta você possa estar objetivando, mais também a interpretação das aspirações e desejos do que ainda está por vir e do que está para chegar. Para iniciar o exercício de filosofa, a primeira coisa a fazer é admitir o que vivemos e vivenciamos valores e que é preciso saber quais são eles. Filosofia é inventariar os valores que explicam e orientam nossa vida e a vida da sociedade, e que dimensionam as finalidades da prática humana. O segundo momento é o momento da crítica que é um modo de penetrar dentro desses valores, descobrindo -lhe a sua existência.

A filosofia e educação estão vinculadas no tempo e no espaço. A pedagogia

inclui mais elementos do que o pressuposto filosófico da educação, tais como os

processos socioculturais, a concepção psicológica do educando e a forma do

processo educacional. Para que possamos compreender ainda mais essa filosofia e

como ela é parte de uma educação inteiramente possuía pela realidade e construção

(7)

cultural, segundo o filósofo e educador Demerval Saviani, a reflexão filosófica deve possuir as seguintes características:

RADICALIDADE

Chegar até a raiz dos acontecimentos, isto é, aos seus fundamentos; à sua origem, não só cronológica, mas no sentido de chegar aos valores originais que possibilitaram o fato. A

reflexão filosófica, portanto, é uma reflexão em profundidade.

RIGOR

A filosofia não considera os problemas isoladamente, mas dentro de um conjunto de fatos, fatores e valores que estão relacionados entre si.

A reflexão filosófica contextualiza os problemas tanto verticalmente, dentro do desenvolvimento histórico, quanto horizontalmente, relacionando- os a outros aspectos da situação da época.

CONTEXTUALIDADE

Seguir um método adequado ao objeto em estudo, com todo o rigor, colocando em questão as respostas mais superficiais, comuns à sabedoria popular e a algumas generalizações científicas apressadas.

(8)

3 ANTIGAS CONCEPÇÕES DA HISTÓRIA

Fonte: www.hotfrog.com.br

A história resulta da necessidade de reconstituirmos o passado, relatando os acontecimentos que decorreram da ação transformadora dos indivíduos no tempo, por meio da seleção e da construção dos fatos considerados relevantes e que serão interpretados a partir de métodos diversos. Os povos tribais, por exemplo, não privilegiam os acontecimentos da vida da comunidade, porque, para eles, o passado os remete aos “primórdios”, às origens dos tempos sagrados em que os deuses realizaram seus feitos extraordinários. Fazer história, nesse caso, é recontar os mitos, os acontecimentos sagrados que são “reatualizados” nos rituais, pela imitação dos gestos dos deuses. A civilização micênica a.C., quando ainda predominava o pensamento mítico: constatamos nesse período a ações humanas.

A partir do século VI a.C., a filosofia surgiu na colônia grega da Jônia (atual Turquia) como uma maneira reflexiva de pensar o mundo, que rejeita a prevalência religiosa do mito e admite a pluralidade de interpretações racionais sobre a realidade.

Para os gregos, o Universo era dividido em mundo sublunar e supralunar: o primeiro

é o mundo terreno, temporal, sujeito à mudança, à corrupção e à morte, enquanto o

supralunar é o mundo perfeito das esferas fixas, constituído pela “quinta essência” e,

portanto, imóvel e eterno.

(9)

Apesar da novidade dessa investigação histórica, aberta à mudança, o que permaneceu na antiguidade e na Idade Média foi a visão platônica-aristotélica de um mundo estático em que se busca o universal, o que não garantia à história o status de ciência, sendo vista, portanto, como uma forma menor de retórica destituída de rigor e na qual, segundo alguns historiadores, eram feitas concessões demais à imaginação no relato dos fatos. Cabe a cada homem exercitar o seu “ser filósofo”, pôr-se em busca de uma apreensão significativa da cultura, de uma crítica leitura da realidade e de uma ação engajada no mundo.

A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:

• Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que

fazemos?

• O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando

falamos, o que queremos fazer quando agimos?

• Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que

fazemos?

4 HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA

www.slideplayer.com.br

(10)

As imagens, assim como quadros, retratam a bem a fundamentação e característica história dentro de uma perspectiva transcendente da época, seja antiga ou moderna. Somente a partir da modernidade, com as mudanças que começaram a ocorrer no século XVII, o estudo da história tomou nova configuração, consolidada no Iluminismo do século XVIII. A história cíclica foi então substituída pela descrição linear dos fatos no tempo, segundo as relações de causa e efeito, então os historiadores não mais se orientavam pelo passado como modelo a seguir, mas desenvolveram a noção de processo, de progresso, investigando o que entendiam por

“aperfeiçoamento da humanidade”.

A pintura barroca na Itália Características:

• Disposição de elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em

diagonal;

• Contraste de claro-escuro nas cenas, o que intensifica a expressão dos

sentimentos;

• Realismo, retratando não só a vida na burguesia, mas a vida do povo simples.

A história da educação é um dos meios mais eficazes para cultivar um saudável ceticismo que evita a “agitação” e promove a “consciência” crítica. História que nasce nos problemas do presente e que surge pontos de vista ancorados num estudo rigoroso do passado. Uma das funções principais do historiador da educação é compreender esta lógica de “múltiplas identidades”, por meio da qual se definem memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e solidariedades.

As palavras do cineasta Manuel de Oliveira na apresentação do seu último filme

merecem ser recordadas: “O presente não existe sem o passado, e estamos a fabricar

o passado todos os dias. Ele é um elemento de nossa memória, é graças a ele que

sabemos quem fomos e como somos”. Com base nessas duas funções da história da

educação devem exercer fecunda influência na política educacional, sobretudo nas

situações críticas em que são gestadas as reformas educativas, depois transformadas

em leis, a fim de que se possa defender a implantação de uma educação pública

democrática e de qualidade.

(11)

5 O MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO

Com o pensamento de Marx (1818-1883) estamos diante do processo de desmascaramento da política liberal. O liberalismo, com a sua ênfase no homem como indivíduo que busca a satisfação de suas necessidades, subjugando a natureza, obtendo riquezas e bem-estar crescentes.

Fonte: www.aulasdeyoruba.blogspot.com.br

Nessa concepção o pressuposto subjacente é a de que a propriedade privada é um direito natural, socialmente útil e moralmente legítimo, uma vez que estimula o trabalho concorrencial e competitivo, combatendo o vício da preguiça e estimulando o crescimento social. Contudo, Marx parte de outro pressuposto. O homem é essencialmente ser histórico e social, marcado pela produção de sua existência em sociedade. Marx e Engels escrevem: "nós conhecemos somente uma única ciência:

a ciência da história".

Para Marx, o nosso jeito de ser e pensar é determinado pelas relações sociais

de produção. Isso significa o termo materialismo. Nele, a consciência humana é

determinada a pensar as ideias oriundas das condições materiais. Materialismo se

opõe a idealismo. No caso, Marx se opõe ao idealismo de Hegel, que considera que

(12)

são as ideias que movem o mundo. Para Marx. Hegel é pensador utópico, que interpreta o mundo de cabeça para baixo: é ideológico. Para Hegel, as instituições existentes derivam de necessidades racionais, legitimando uma certa ordem como imutável. Assim, Hegel, na concepção de Marx, transforma em verdades filosóficas dados que são puros fatos históricos e empíricos. Exemplificando, seria o mesmo que dizer que a constituição cria o povo, ou a religião cria o homem. É um pensamento essencialista, a-histórico, que fica nas frases e não mergulha no mundo real do qual as frases são um reflexo.

Marx une a teoria à prática. Busca perceber as relações existentes entre ideias e fatos. Percebe que a prática, os conflitos, a luta entre os homens / classes é que gera as ideias e não o contrário. Estamos diante de fatos produzidos e não diante de leis a priori, eternas. Fazer essa inversão é ideologia, criticada por Marx. Para Marx, somos decorrência das práxis, da ação, dos conflitos históricos. O materialismo é histórico, pois a sociedade e política não são de instituição divina nem naturalmente dadas. Ao contrário, nascem e dependem da ação concreta dos seres humanos situados no tempo, fazendo história.

O materialismo histórico pretende-se explicativo da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. "No caso do estado moderno, as ideias de estado de natureza, direito natural, contrato social e direito civil fundam o poder político na vontade dos proprietários dos meios de produção, que se apresentam como indivíduos livres e iguais que transferem seus direitos naturais ao poder político, instituindo a autoridade do estado e das leis" (CHAUÍ, M. Convite à filosofia, 2003, p.386). A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infraestrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as ideias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc.). A base da sociedade é a produção econômica. Sobre esta base econômica se ergue uma superestrutura, um estado e as ideias econômicas, sociais, políticas, morais, filosóficas e artísticas.

Para Marx, as relações sociais são inteiramente interligadas às forças

produtivas, econômicas, sendo estas as determinantes. Adquirindo novas forças

produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, bem como modificam a

maneira de ganhar a vida, modificando todas as relações sociais. Na medida em que

(13)

mudam os modos de produção, a consciência dos seres humanos também se transforma. Por isso, ao contrário do que muitos afirmam, não são as ideias humanas que movem a história, mas as condições históricas que produzem as ideias em cada época. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Mas uma vez, dizemos, portanto: "não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência".

Assim, diz Meier (2009) em seu artigo “Karl Marx e a crítica à consciência moderna”, que Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, onde a riqueza é resultante de um processo de exploração sobre o trabalhador.

O capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, considerando que o operário produz para o seu patrão, produz riqueza e colhe pobreza. O capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração e degradação da vida, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.

Considerando que o fruto do trabalho não pertence ao trabalhador, e este permanece preso ao patrão, ocorre então o fenômeno da alienação, do trabalho alienado, na medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio ao sujeito criador. Dessa forma, o operário se nega (é negado) no objeto criado. É o processo de objetificação, coisificação ou reificação. Por isso, o trabalho que é alienado permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador. Havendo essa apropriação do valor incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito-produtor, promove-se a negação da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a desalienação, a libertação.

6 A EDUCAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE

Durante muito tempo se pensou que a educação formal, ou escolarização, seria

um instrumento fundamental para o desenvolvimento social, cultural e econômico de

um país. As grandes polêmicas do passado sobre escola pública ou privada, ensino

leigo ou religioso, educação técnica ou humanística, partiam do suposto de que o que

se estava decidindo era o próprio futuro do país.

(14)

Fonte: www.pt.slideshare.net

Esta visão otimista do papel da educação coincidiu com os anos de grande expansão e modernização da sociedade brasileira, pela formação de grandes centros urbanos, o desenvolvimento da indústria e dos serviços e a expansão do setor público.

Neste quadro de expansão e crescimento, ir à escola e obter as qualificações formais equivalia a adquirir o direito de acesso às novas oportunidades.

Esta visão otimista da educação formal é hoje muito discutida, e existem muitos que acham que, na realidade, as escolas trazem muito mais malefícios do que benefícios à sociedade. Os críticos da educação formal se utilizam, principalmente, dos seguintes argumentos:

• O ensino formal discrimina contra as pessoas de origem social mais humilde, e

não permite, de fato, nenhuma mobilidade social. As pessoas mais pobres têm mais dificuldade de ir à escola e aprender os conteúdos dos cursos, que são vasados em linguagem e cultura das classes mais favorecidas. Ao final dos estudos, os filhos de classes sociais mais favorecidas continuam nas melhores posições, e os das classes menos favorecidas, nas piores.

• Muito pouco do que é ensinado nas escolas realmente serve para alguma

coisa. A maioria dos conteúdos transmitidos, em todos os níveis, são

conhecimentos fragmentados e estéreis, sem ligação com a vida real das

(15)

crianças e dos adultos. O processo educacional, ao invés de ser formativo, se transforma na maioria das vezes em um ritual burocrático de memorização e repetição de informações inúteis, que penaliza as pessoas mais criativas e não conformistas.

• A imposição de conteúdos homogêneos a todo o sistema de ensino,

principalmente no ensino da língua, leva à destruição da variedade linguística e cultural do país, intensificando a hierarquia e a discriminação entre campo e cidade, ricos e pobres, centro e periferia.

• Dada a pouca relevância e pertinência dos conteúdos transmitidos nas escolas,

as exigências de diplomas para o trabalho profissional só servem para garantir os privilégios dos diplomados contra os demais, sob o manto da busca da competência e da qualificação.

O surgimento da visão pessimista da educação formal coincide com o esgotamento do processo de expansão e modernização acelerados da sociedade brasileira. Ao final da década de 80, o Brasil é um país predominantemente urbano, a industrialização pela substituição fácil de importações já chegou a seus limites, as burocracias governamentais incharam tanto quanto podiam, e os empregos de classe média já não se expandem de forma a absorver o número crescente de pessoas que saem das escolas.

7 O LUGAR EFETIVO DA EDUCAÇÃO NAS SOCIEDADES MODERNAS

Os adeptos mais fervorosos da visão pessimista da educação chegam ao

extremo de propor o fim da escola formal, e sua substituição por uma grande

variedade de mecanismos informais, espontâneos e não hierárquicos de transmissão

de conhecimentos e desenvolvimento da criatividade e competência.

(16)

Fonte: www.educacaonabocadopovo.blogspot.com.br

No entanto, da mesma forma que a Escola formal não pode, sozinha, promover o progresso social e eliminar as desigualdades, sua eliminação tampouco poderia produzir estes efeitos, e o mais provável é que aumentasse, ainda mais, os problemas com que hoje nos defrontamos.

A realidade é que o Brasil de hoje precisa, mais do que nunca, de um sistema educacional moderno, adequado, que possa preparar nossa população para um mundo onde o manejo adequado da língua falada e escrita, do raciocínio formal e abstrato e da informação são cada vez mais importantes.

Mas esta necessidade, para se transformar em realidade, não pode ser atingida com a ingenuidade dos que achavam, trinta ou quarenta anos atrás, que educar era, simplesmente, construir escolas.

Apesar de nunca termos atingido o nível de investimentos em educação de outros países mais adiantados, e de nunca termos dado à educação a

prioridade que ela recebe em outros tempos e lugares, o fato é que já acumulamos um volume

suficientemente de problemas, equívocos e dificuldades que não recomenda a pura e simples

injeção de mais dinheiro em nosso sistema educacional, sem, ao mesmo tempo, examinarmos

em profundidade seus problemas, e tratarmos de procurar suas soluções.

(SIMON, 1987)

(17)

8 ESTRUTURA E DINÂMICA DO ENSINO NO BRASIL

Fonte: letrasmt.blogspot.com.br

• O ensino primário está praticamente estacionado em seu crescimento. Ele

atende pouco mais de 80% da população, principalmente nos centros urbanos de centro-sul; a qualidade tende a ser baixa.

• O ensino secundário tem crescido mais, mas atende a uma parcela pequena

da população, não proporciona formação profissional, dado o fracasso da lei 7044 de 1970; as melhores escolas são as particulares, e são as que selecionam para o vestibular.

• Existe ainda um pequeno ensino técnico de qualidade, englobando os sistemas

SESI-SENAI e algumas escolas técnicas e agrícolas.

• Todo o ensino brasileiro está marcado por grandes discriminações sociais. A

pré-escola, e principalmente o ensino superior, são quase privativos dos grupos de renda mais alta; os que ganham até um salário mínimo dificilmente terminam o primeiro grau; os de 2 a 5, dificilmente chegam ao segundo.

• O ensino superior é altamente estratificado, com divisões entre:

• Pós graduação e graduação

• Centro sul e Nordeste

• Profissões tradicionais e novas profissões setor público e setor privado.

(18)

9 OS DONOS DO SABER E O SABER DOS DONOS

Fonte: www.overmundo.com.br

Nenhum profissional pode considerar-se capacitado no momento em que recebe o diploma de graduação, pois ele nada mais é do que uma “chave” com a qual abrirá novas portas em busca de novos desafios, assim refletir acerca do conhecimento e da utilização do mesmo torna-se essencial no processo de formação do profissional das diferentes áreas. Todo aquele que quer ensinar-aprender, deve estar de posse da arte de manter-se firme em suas convicções sem ser dogmático, e respeitoso das convicções alheias sem ser subserviente. O conhecimento traz à luz da realidade e a partir dele é que a mesma pode ser transformada. Do ponto de vista da Filosofia o conhecimento que se pode ter do mundo humano pode oferecer bases mais sólidas nas interações sociais que produzem, mantêm ou transformam a sociedade.

O estudante só apreende na medida em que aquilo que é ensinado é significativo para esse estudante, é compreendido como capaz de satisfazer suas necessidades. Dessa forma, passa-se a entender que todos os programas de ensino devem ter as necessidades dos alunos, no contexto do mundo em que vivem como ponto de partida para que sejam alcançados os objetivos educacionais mais amplos.

Por um lado, na concepção da educação, o estudante passa a ser visto como

o centro e o sujeito do processo educativo; por outro lado, os métodos ativos de

aprendizagem passam a ser cada vez mais considerados como os mais adequados

(19)

para a eficiência do processo educativo. A filosofia, em contrapartida às demais áreas científicas, preocupadas com o entendimento adequado de algo a elas externo, debruça-se sobre si mesma, a fim de expor o procedimento do pensar enquanto tal.

Ela legitima sua importância para a educação pela prática de um procedimento autocrítico.

A educação está fundada em vertentes pedagógicas que divergem quanto a sua concepção de ser humano, que refletem claramente na prática educativa, já que convergem para um ideal de educação em função de metas e fins. Por isso, é que nos deparamos com o momento atual da educação em que sentimos a necessidade de unir as formas de pensamento que já vigoraram, buscando horizontes e novas perspectivas.

A ênfase da pós-modernidade deve estar na sensibilidade, na flexibilidade e na

cultura da imagem. A educação deve cumprir os compromissos que lhe são dados

pelo seu tempo, fazendo o conhecimento ser vivenciado. A escola e os próprios alunos

também exigem que ele atenda a outras necessidades que não a de educar. Há um

certo esquecimento da formação do sujeito e o que é ensinado na escola afastou-se

da vida dos alunos. Sem esta proximidade extremamente necessária, os alunos estão

se afastando das escolas, o que implica numa série de problemas de ordem social,

como a marginalização e a proliferação da violência. Por tudo isso, é que se faz

necessária a reformulação da prática educativa. Faz-se necessário retomar velhos

preceitos, aprender com antigas teorias, remodelar as novas e assim enfrentar os

desafios da pós-modernidade, onde não podemos nos prender a nada, mas sim

utilizar de nossa liberdade para formarmos nossa própria ação.

(20)

10 SOCIALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO.

Fonte: www.pt.slideshare.net

O que é socialização afinal? A socialização pressupõe a interação social, a capacidade de integrar-se a um grupo, assimilando padrões sociais. O que interfere na maneira como o sujeito percebe o mundo, o outro e a si mesmo. O processo de interação, a socialização, inicia-se no nascimento do sujeito e só se encerra com a morte, fazendo uso da linguagem para interagir e integrar os indivíduos. O ato de educar acontece no processo histórico/filosófico de cada grupo social no qual são repassadas as tradições, mas também, os valores e normas no sentido de contribuir com a personalidade do jovem estudante. Notadamente, educar vai além de transmissão de conhecimentos. É a forma de fornecer a alguém os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento físico, intelectual e moral. É promover o processo de formação do outro como ser humano integral.

Destacamos que a educação escolarizada não é o único espaço na sociedade

que promove processos educativos e que orienta a vivência dos estudantes. Ao

contrário, o estudante quando chega à universidade traz experiências e concepções

construídas na família e na comunidade e em outros espaços. Tais experiências e

concepções construídas, muitas vezes, entram em choque com os valores e normas

(21)

estabelecidas pela educação escolarizada. O debate sobre papel de ser educador e como este necessita pensar sobre a realidade em que estamos inseridos é fundante para que nossos estudantes compreendam que vamos precisar de pessoas éticas e responsáveis para construir outra nação. Daí a necessidade de professores/as e estudantes discutirem no mundo contemporâneo as suas práticas e lutarem decididamente por relações em que todos e todas se sintam sujeitos históricos.

Questão 01

Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. KANT, I.

Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).

Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa:

a) A reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.

b) O exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.

c) A imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.

d) A compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

(22)

e) A emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.

Questão 2 Texto I

O que vemos no país é uma espécie de espraiamento e a manifestação da agressividade através da violência. Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade, que está presente em todos os redutos — seja nas áreas abandonadas pelo poder público, seja na política ou no futebol. O brasileiro não é mais violento do que outros povos, mas a fragilidade do exercício e do reconhecimento da cidadania e a ausência do Estado em vários territórios do país se impõem como um caldo de cultura no qual a agressividade e a violência fincam suas raízes. Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099, 3 fev. 2010.

Texto II

Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle muito específico de seu comportamento. Nenhum controle desse tipo é possível sem que as pessoas anteponham limitações umas às outras, e todas as limitações são convertidas, na pessoa a quem são impostas, em medo de um ou outro tipo. ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal como descrito no Texto II, o argumento do Texto I acerca da violência e agressividade na sociedade brasileira expressa a:

a) Incompatibilidade entre os modos democráticos de convívio social e a presença de aparatos de controle policial.

b) Manutenção de práticas repressivas herdadas dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos administrativos.

c) Inabilidade das forças militares em conter a violência decorrente das ondas migratórias nas grandes cidades brasileiras.

d) Dificuldade histórica da sociedade brasileira em institucionalizar formas de

controle social compatíveis com valores democráticos.

(23)

e) Incapacidade das instituições político legislativas em formular mecanismos de controle social específicos à realidade social brasileira.

Questão 3

Nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963 (adaptado). O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Estados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização social.

Nessa época, surgiram reivindicações que tinham como expoente Martin Luther King e objetivavam:

a) A conquista de direitos civis para a população negra.

b) O apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros em espaço urbano.

c) A supremacia das instituições religiosas em meio à comunidade negra sulista.

d) A incorporação dos negros no mercado de trabalho.

e) A aceitação da cultura negra como representante do modo de vida americano.

Questão 4

É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado). A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito:

a) Ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.

b) Ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.

c) À possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da

submissão às leis.

(24)

d) Ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.

e) Ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.

Questão 5

Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das ideias formava- se em sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo:

Odysseus, 2012. O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C. 346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?

a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.

b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.

c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.

d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.

e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

Questão 6 Texto I

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe,

existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se

dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens

formam-se a partir do ar por filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em

água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando

condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da

filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

(25)

Texto II

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha. ” GILSON, E.: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional.

As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que:

a) Eram baseadas nas ciências da natureza.

b) Refutavam as teorias de filósofos da religião.

c) Tinham origem nos mitos das civilizações antigas.

d) Postulavam um princípio originário para o mundo.

e) Defendiam que deus é o princípio de todas as coisas.

(26)

11 PRINCIPAIS REPRESENTANTES: JEAN JACQUES ROUSSEAU

Fonte: www.oespiritualismoocidental.blogspot.com.br

Na história das ideias, o nome do suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) se liga inevitavelmente à Revolução Francesa. Dos três lemas dos revolucionários - liberdade, igualdade e fraternidade -, apenas o último não foi objeto de exame profundo na obra do filósofo, e os mais apaixonados líderes da revolta contra o regime monárquico francês, o admiravam com devoção.

O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau, pelo qual ela é definida até os dias atuais, é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Um dos sintomas das falhas da civilização em atingir o bem comum, segundo o pensador, é a desigualdade, que pode ser de dois tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais.

Entre essas causas, Rousseau inclui desde o surgimento do ciúme nas

relações amorosas até a institucionalização da propriedade privada como pilar do

funcionamento econômico. O primeiro tipo de desigualdade, para o filósofo,

é natural; o segundo deve ser combatido. A desigualdade nociva teria suprimido

gradativamente a liberdade dos indivíduos e em seu lugar restaram artifícios como o

culto das aparências e as regras de polidez. Ao renunciar à liberdade, o homem, nas

palavras de Rousseau, abre mão da própria qualidade que o define como humano.

(27)

Ele não está apenas impedido de agir, mas privado do instrumento essencial para a realização do espírito. Para recobrar a liberdade perdida nos descaminhos tomados pela sociedade, o filósofo preconiza um mergulho interior por parte do indivíduo rumo ao autoconhecimento. Mas isso não se dá por meio da razão, e sim da emoção, e traduz-se numa entrega sensorial à natureza.

Até aqui o pensamento de Rousseau pode ser tomado como uma doutrina individualista ou uma denúncia da falência da civilização, mas não é bem isso. O mito criado pelo filósofo em torno da figura do bom selvagem - o ser humano em seu estado natural, não contaminado por constrangimentos sociais - deve ser entendido como uma idealização teórica. Além disso, a obra de Rousseau não pretende negar os ganhos da civilização, mas sugerir caminhos para reconduzir a espécie humana à felicidade.

Não basta a via individual. Como a vida em sociedade é inevitável, a melhor maneira de garantir o máximo possível de liberdade para cada um é a democracia, concebida como um regime em que todos se submetem à lei, porque ela foi elaborada de acordo com a vontade geral. Não foi por acaso que Rousseau escolheu publicar simultaneamente, em 1762, suas duas obras principais, Do Contrato Social - em que expõe sua concepção de ordem política - e Emílio - minucioso tratado sobre educação, no qual prescreve o passo-a-passo da formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos.

12 PENSADORES INFLUENCIADOS PELO PENSAMENTO DE ROUSSEAU

Fonte:www.pensador.com

(28)

Johann Friedrich Herbart:

Nasceu em Oldenburgo, Alemanha, em maio de 1776, vindo a falecer em agosto de 1841. Filho de um brilhante advogado e mãe inteligente com forte gosto literário a qual sempre o acompanhou em seus estudos. Seu pai enviou-o Iena com o objetivo de prepará-lo para a profissão de advogado, no entanto Herbart não apresentava nenhuma inclinação para o Direito. Tornou-se filósofo, psicólogo e teórico da educação a partir de sua experiência como preceptor particular dos três filhos do governador de Interlaken, na Suíça e também sob a influência de “Schiller, que nesta época, estava escrevendo suas Cartas sobre a Educação Estética do Homem”. (EBY, 1978, p.409)

Foi educando seus três alunos que Herbart confrontou-se com situações práticas de ensino, daí surgindo toda a sua contribuição para a pedagogia como ciência, dando rigor e cientificidade ao seu método; sendo o primeiro também a elaborar uma pedagogia que pretendia ser uma ciência da educação, foi o precursor de uma psicologia experimental aplicada pedagogia. Por isso acabou sendo considerado o “Pai da Psicologia Moderna” e “Pai da moderna ciência da educação”.

Friedrich Froebel:

Natural de Oberweibach na Alemanha, filho de um pastor protestante, ficou órfão de mãe em tenra idade e foi criado com certa aspereza pela sua madrasta, dos 10 aos 14 anos foi morar com seu tio materno, também pastor, anos que considerou feliz. Resultado de seu temperamento introspectivo passou a observar e interpretar as atividades das crianças, despertando nele um grande interesse pelas experiências de natureza infantil. Após várias tentativas em encontrar uma profissão de acordo com sua vocação, acabou por descobrir na atividade educativa uma sua aptidão que correspondia aos seus anseios. Sua vida acadêmica iniciou-se com a escola primária, depois entrou para a Universidade de Iena, onde revelou grande aptidão para a matemática, ciências naturais, agricultura e arquitetura. Tornou-se em seguida, professor da escola de Grüner, discípulo de Pestalozzi a quem visitou em Yverdun.

Para Froebel, a unidade social era sempre um princípio de unidade universal,

inclusive cósmica. Esse propósito de naturalização de um sentimento de amor pelo

universo criado por Deus e transferido para a sociedade deveria ser compreendido e

defendido pela educação. A identificação da educação com o desenvolvimento, a

(29)

subordinação da ação educativa atividade interessada da criança, a utilização do jogo e do trabalho manual como instrumentos da aprendizagem, são caracteres do sistema froebeliano que o tornam precursor das teorias educacionais contemporâneas.

Todavia, a pedagogia científica rejeita o método das formas geométricas de Froebel, por abstrato e artificial.

13 A EDUCAÇÂO COMO CENTRO FILOSÓFICO

A Educação na Idade Média é marcada predominantemente pela filosofia religiosa e heranças culturais Greco-romanas, Germânicas, Bizantinas e Islâmicas adaptadas ao Cristianismo. Restringia-se à preservação dos princípios religiosos em que a razão se encontrava a serviço da fé. Sua finalidade era a salvação da alma e a vida eterna.

Fonte: www.slideplayer.com.br

A Educação na Idade Média é marcada predominantemente pela filosofia

religiosa e heranças culturais Greco-romanas, Germânicas, Bizantinas e Islâmicas

(30)

adaptadas ao Cristianismo. Restringia-se à preservação dos princípios religiosos em que a razão se encontrava a serviço da fé. Sua finalidade era a salvação da alma e a vida eterna.

A Idade Média compreendeu um período de mil anos, desde a queda do Império Romano (476) até a tomada de Constantinopla (atual Istambul) pelos turcos (1453).

Esse período sofreu diversas transformações econômicas, sociais e culturais; porém a educação permaneceu praticamente estática, sem grandes alterações e progressos.

Com a decadência do antigo Império Romano do Ocidente provocada pela fragmentação em inúmeros reinos bárbaros de diversas origens no início do século V, o Império Bizantino ou Romano do Oriente em contrapartida, manteve-se econômico e culturalmente adiantado.

14 A EDUCAÇÃO BIZANTINA

Fonte: pt.slideshare.net

O Império Bizantino foi herdeiro do Império Romano do Oriente tendo sua

capital em Constantinopla ou Nova Roma. Durante o seu período de existência, o

(31)

grande governante que teve em sua região foi Justiniano, um legislador que mandou compilar as leis romanas desde a República até o Império; combateu as heresias, procurando dar unidade ao cristianismo, o que facilitaria na monarquia.

Internamente enfrentou a Revolta de Nika (fruto da insatisfação popular contra a opressão geral dos governantes e aos elevados tributos), já no aspecto externo realizou diversas conquistas, pois tinha o objetivo de reconstruir o antigo Império Romano. Contudo, esse império conseguiu atravessar toda a Idade Média como um dos Estados mais fortes e poderosos do mundo mediterrâneo. É importante ressaltar que o Império Bizantino ficou conhecido por muito tempo por Império Romano do Oriente. No entanto, este não foi capaz de resistir à migração ocorrida por germanos e por hunos, o que acabou por fragmentar em reinos independentes.

Como população teve a concentração dos Sírios, Judeus, Gregos e Egípcios.

Destacando-se três governadores durante todo império: Constantino (fundador de Constantinopla); Teodósio (dividiu efetivamente o império); e, Justiniano. Este durante o seu governo atingiu o apogeu da civilização bizantina. Pois, teve uma política externa; retomou vários territórios; modificou aspectos do antigo Direito Romano (o Corpus juris Civilis – Corpo do Direito Civil); e ainda, realizou a construção da Igreja de Santa Sofia, altamente importante por seu legado cultural arquitetônico.

Com a utilização de uma política déspota e teocêntrica, utilizou uma economia

com intervenção estatal, com comércio e desenvolvimento agrícola. Além do mais,

durante o período denominado por Império Bizantino, a economia era bastante

movimentada, principalmente no comércio marítimo e sob o controle o estado. Sendo

que, o seu controle deu-se por Constantinopla até o século XI.

(32)

15 MURALHAS DE CONSTANTINOPLA

Fonte: www.papodehomem.com.br

A sociedade urbana demonstrou enorme interesse pelos assuntos religiosos,

facilitando o surgimento de heresias, como por exemplo, a dos monofisistas e dos

iconoclastas, e de disputas políticas. No âmbito religioso, as heresias deram-se

através do arianismo que negaram a Santíssima Trindade; além do caso do arianismo,

teve ainda, a questão monofisista, esta nega a natureza humana de Cristo, afirmando

que Cristo tinha apenas natureza divina (o monofisismo foi difundido nas províncias

do Império Bizantino e acabou identificada com aspirações de 48 independência por

parte da população do Egito e da Síria); por fim, no tocante à iconoclastia, ocorre a

grande destruição de imagens e a proibição das mesmas nos templos. Durante o

período que ficou conhecido por Cisma do Oriente, ocorre a divisão da Igreja do

Oriente, a igreja divide-se em Católica Romana e Ortodoxa Grega.

(33)

16 A EDUCAÇÃO ISLÂMICA

Fonte: www.academiaislamica.org.br

Por volta do século VII, a Arábia era ocupada por tribos de origem semita, hostis entre si, politeístas, místicas e supersticiosas. Eram cerca de trezentas tribos, distribuídas no litoral da península Arábica (tribos urbanas) e no deserto (beduínos).

As tribos urbanas tinham boas condições de sobrevivência, vivendo da agricultura e do comércio; já a vida no deserto era muito difícil e os beduínos não conseguiam sobreviver só como pastores e, por isso, praticavam o butim (saques a caravanas).

A cidade de Meca era o centro comercial e religioso mais importante da Arábia pré-islâmica; ali eram realizadas as feiras, e ali ficava o santuário da Caaba, com a Pedra Negra e as diversas imagens cultuadas pelas tribos de então. Foi nesse cenário que nasceu Maomé, na tribo dos coraixitas, guardiã da Caaba. Ele era de uma família pobre e ficou órfão aos seis anos de idade; aos quinze, passou a trabalhar como guia de caravanas, que percorriam os desertos do Oriente Médio. Nessas viagens, fez contato com povos e religiões diferentes, que muito iriam influenciar o seu futuro.

Conheceu o judaísmo e o cristianismo, assimilou os ensinamentos dessas religiões e

integrou-as num sincretismo, isto é, somou elementos das duas religiões e alguns

costumes e tradições árabes, surgindo assim, o Islamismo.

(34)

Isso só foi possível graças ao seu casamento com Cadidja, uma viúva rica, que possibilitou a Maomé a tranquilidade econômica para que ele pudesse dedicar-se à meditação. Maomé, então, iniciou a propagação do Islamismo (abandono à vontade de Alá). Se sentido seguro começou a pregação pública aos coraixitas, de quem viria a maior oposição, visto que estavam ligados ao politeísmo que dominava a Arábia. A perseguição e uma tentativa de assassinato fizeram com que Maomé fugisse de Meca para Medina em 622. É a Hégira, ou a fuga, que marca o início do calendário muçulmano.

Em Medina, Maomé conseguiu adeptos e começou a atacar caravanas, cujos hábitos ele conhecia muito bem. Seus êxitos militares eram transformados em prova da existência de Alá. Seu prestígio cresceu na mesma proporção que aumentaram os problemas de Meca. Em 630, com o apoio dos árabes do deserto, Maomé destruiu os ídolos da Caaba, menos a Pedra Negra. Estava implantado o monoteísmo e com ele surgia o Islão, o mundo dos submissos de coração a Alá e obedientes ao seu representante, o Profeta Maomé. Dessa forma, a Arábia foi unificada como um Estado teocrático.

17 ESCOLAS MONACAIS

Fonte: www.pt.slideshare.net

(35)

Com a queda do Império, escolas leigas e pagãs continuaram funcionando precariamente em algumas cidades e com a decadência da sociedade merovíngia as escolas entraram também em desagregação, então surgiram as escolas cristas, ao lado dos mosteiros e catedrais, e com isso os funcionários leigos do Estado passaram a ser substituídos por religiosos, que eram os únicos que sabiam escrever e ler.

O monarquismo é um movimento religioso que começou lentamente com a vida solitária dos monges e com o tempo exerceu influência na cultura da Alta Idade Média. Criar escolas não era a finalidade principal dos mosteiros, porém as atividades pedagógicas tornaram-se inevitável à medida que era preciso instruir os novos irmãos, então começaram a surgir novas escolas monacais em que se aprendiam o latim e as humanidades, os melhores alunos coroavam a aprendizagem com o estudo da filosofia e a teologia.

Os Mosteiros foram assumindo o monopólio da ciência, tornando-se principal reduto da cultura medieval, guardavam nas bibliotecas grandes tesouros da cultura greco-latina e traduziam obras para o latim adaptando algumas e reinterpretavam outras à luz do cristianismo.

18 RENASCIMENTO CAROLÍNGIO

Fonte: www.pt.slideshare.net

(36)

Logo após a coroação de Carlos Magno como imperador dos Francos, o mesmo introduziu uma moeda, uma escrita e um sistema de pesos e medidas comuns no império. Carlos Magno, consagrado como eficiente comandante que, junto aos seus dozes pares, cristianizou e modernizou a Europa, também impulsionou as artes e as ciências. Em torno de si ele reuniu os mais importantes pensadores da época e os incumbiu de compilar todo o saber conhecido até o período, o que estabeleceu um florescimento cultural, conhecido como renascimento carolíngio.

Carlos Magno criou escolas nos mosteiros, nas catedrais e nos palácios, conhecidas como Escolas Palacianas. A principal escola palaciana foi criada em Aachen, capital do Império Franco. Esse "Renascimento carolíngio" é de fenomenal importância, pois foi através dele que os francos se tornaram um elo entre a Antiguidade e a Europa da Idade Média. Com isso o medievo ficou definitivamente influenciado pelas ideias dos mestres da Antiguidade. As primeiras universidades Europeia, como foram os casos de Bolonha e Oxford, surgiram dessa tradição criada por Carlos Magno, principalmente dos conhecimentos produzidos nos mosteiros.

19 PERFIL DE CARLOS MAGNO

Fonte: www.pt.slideshare.net

(37)

Carlos Magno foi um grande líder militar da Idade Média. Expandiu os seus domínios, sobretudo em duas frentes: a leste conquista a Saxónia e a Caríntia e impõe derrotas aos povos pagãos - ávaros e eslavos; a sul, adquire domínios na região itálica, apropriando-se mesmo da Lombardia em 774. Todas estas campanhas granjearam-lhe, mais tarde, os estatutos de Imperador, Patrício dos Romanos e Protector da Santa Sé, visto que foi responsável pela difusão do Cristianismo.

Recuperou a glória imperial que já havia sido testemunhada no Império Romano. Para além disso, enriqueceu, em parte, a economia estatal porque, ao alargar o seu território, conseguiu impor novos impostos sobre as populações agora submetidas ao seu poder.

Com amargura, não conseguiu concretizar o sonho de tomar a Península Ibérica, na altura dominada maioritariamente pelos muçulmanos, isto sem falar dos imprevisíveis montanheses bascos (vascões) que, com as suas emboscadas, causaram sérias baixas nas suas tropas (em Roncesvales - 778, a retaguarda do exército carolíngio foi mesmo varrida, tendo mesmo tombado em combate o conde Rolando, importante vassalo de Carlos Magno). Mesmo assim, as forças cristãs conseguiriam, mais tarde, chegar até Barcelona que cairá entre 800 e 801 d. C. (feito que se deve a Luís, o Pio - filho de Carlos Magno que o tinha enviado), gerando assim a Marca Hispânica.

Mas Carlos Magno não foi apenas mais um grande soberano medieval que somou variados e elogiosos triunfos no campo belicista, até porque a sua genialidade propagou um notável eco na vertente cultural. A necessidade de criar um povo mais astuto fazia parte dos objetivos prioritários do seu reinado.

20 RENASCIMENTO DAS CIDADES: AS ESCOLAS SECULARES

As escolas seculares, prefiguravam uma revolução, no sentido de contestar o

ensino religioso, muito formal ao qual contrapunham uma proposta ativa, voltada para

os interesses da classe burguesa em ascensão.

(38)

Fonte: www.pt.slideshare.net

Inicialmente as escolas não tinham acomodações adequadas e os mestres recebiam os alunos em diferentes locais. No século XIII a burguesia dividiu-se entre o rico praticamente urbano, dedicado as atividades bancarias, e os seguimentos de pequenos comerciantes e artesões. Os primeiros começaram a se aproximar a classe nobre então dirigente desprezando o trabalho manual dos artesões, com consequência disso eles preferiram uma educação voltada para a cultura desinteressada deixando para a burguesia plebeia as escolas profissionais em que leitura e escrita se achavam reduzida mínimo.

Por volta do século XI, o comércio ressurge, as moedas voltas a circular, as

cidades crescem e aos poucos as vilas se libertam e transforma-se em comunas ou

cidades livres. As modificações no sistema de educação fazem surgir às escolas

seculares. Secular significa do século, do mundo, qualquer atividade não-religiosa. O

desenvolvimento do comércio faz reaparecer a necessidade de se aprender a ler,

escrever e calcular. Os burgueses de início frequentaram as escolas monacais e

catedrais, mas logo procuraram uma educação que atendia aos objetivos da vida

prática. Por volta do século XII surgem pequenas escolas nas cidades mais

importantes, com professores leigos nomeados pela autoridade municipal. O latim foi

substituído pela língua nacional. As escolas seculares prefiguram uma revolução,

contestando o ensino religioso contrapondo umas propostas ativas, voltadas para os

interesses da classe burguesa em ascensão. No início as escolas não dispõem de

(39)

acomodações adequadas. Procuraram restabelecer a educação voltada para a cultura

“desinteressada”, deixando para a burguesia plebeia as escolas profissionais em que a leitura e escrita se acham reduzidas ao mínimo.

Outro elemento na educação secular da Idade Média foi constituído pelo desenvolvimento da cavalaria. A educação do cavaleiro realizava-se no seio da família. Dos sete aos quinze anos, eram mandados para outro castelo a ser pajem.

Aos vinte e um anos, após rigorosas provas de valentia, o escudeiro é sagrado cavaleiro. A educação deles não destacava as atividades intelectuais, muitos não sabiam ler e escrever, mas valorizava as habilidades da caça e da guerra e cuidavam mais com a formação espiritual.

Questão 01

A importância do ensino de Filosofia, no Ensino Médio, está, dentre outros vários fatores, na possibilidade de propiciar ao aluno a condição de aprender a pensar. Dito isto, é CORRETO afirmar que:

a) O ensino de Filosofia, no atual contexto pós-moderno, se apresenta como superado e descartável.

b) A Filosofia, como uma disciplina acadêmica, firma-se como um objeto de indagação e investigação para os estudantes secundaristas.

c) A Filosofia, como uma forma encontrada pelo homem para compreender a realidade que o cerca, não se enquadra na proposta pedagógica do Ensino Médio.

d) Os estudos referentes à Filosofia podem ser abarcados por outras disciplinas, como a História, o que tornaria o ensino de Filosofia, no nível médio, algo supérfluo.

e) O estudo descritivo e crítico dos processos gerais do conhecimento não deve ser uma preocupação na formação dos alunos secundaristas.

Questão 02

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

(40)

O ensino de Filosofia deve propiciar aos alunos a possibilidade da reflexão. Sobre o conceito de reflexão, é CORRETO afirmar que se trata da (do):

a) Operação discursiva do pensamento que consiste em encadear logicamente juízos e deles tirar uma conclusão.

b) Operação lógica em que, de dados singulares suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal.

c) Ato do conhecimento que se volta sobre si mesmo, tomando como objetivo seu próprio ato.

d) Ato de influenciar as pessoas por meio da comunicação de massa.

e) Relação estabelecida entre as pessoas, entre os sujeitos.

Questão 03

Moral e Ética, muitas vezes, na linguagem cotidiana, são tidas como sinônimos;

porém, para a Filosofia, compõem áreas distintas do pensamento filosófico. Partindo desta constatação, estaria CORRETA a afirmação que se completa na alternativa:

a) A Ética se aplica à disciplina filosófica que trata de estabelecer os fundamentos e a validade das normas morais e dos juízos de valor ou de apreciação sobre as ações humanas, qualificando-as de boas ou más.

b) A Ética não chamou a atenção de filósofos gregos como Aristóteles.

c) A questão da moral não se enquadra nos estudos sobre Ética.

d) No século XVII, Spinosa negou a importância dos estudos sobre Ética.

e) Os estudos sobre Ética só tomaram fôlego no século XX com a obra de filósofos, como Michel Foucault e Jean Paul Sartre.

Questão 04

Quando os filósofos se referem à Teoria do Conhecimento, eles estão se remetendo a uma área da Filosofia que tem por meta:

a) Se opor à chamada Epistemologia.

b) A crítica da Gnoseologia, negando sua importância nos estudos sobre o

conhecimento humano.

(41)

c) A reestruturação do conceito de racionalidade, substituindo-o pelo de subjetividade.

d) Ao estudo exclusivo das atitudes subjetivas, negando a importância das atitudes lógico-racionais.

e) O estudo descritivo e crítico dos processos gerais do conhecimento.

Questão 05

Considerando-se o conhecimento metafísico, no que concerne ao conhecimento humano, é CORRETO afirmar que este:

a) Ocorre, porque a razão humana é capaz de apreender, muito naturalmente, a essência das coisas.

b) Foge da esfera de atuação da iluminação divina.

c) Partindo da abstração, nega as experiências sensíveis.

d) Não está ligado às noções de verdade e de ação boa.

e) Não se consubstancia a partir de modelos prototípicos, como pensava Platão.

Questão 06

A cosmologia é a parte da filosofia, que estuda o mundo, a natureza, dialogando com a parte da metafísica, que se ocupa da essência da matéria. Acerca deste conhecimento, podemos associá-lo:

a) À chamada Epistemologia pós-moderna.

b) À atuação filosófica dos pré-socráticos.

c) Ao mito da caverna de Platão.

d) Aos estudos de Foucault sobre a sexualidade ocidental.

e) Ao estudo desenvolvido por Spinoza sobre a metafísica.

Questão 07

A Lógica investiga a validade dos argumentos e dá as regras do pensamento correto.

Acerca desta área da Filosofia, é CORRETO afirmar que:

a) Se trata do estudo normativo das condições da verdade, ou seja, da

consequência e da verdade da argumentação.

(42)

b) Só teve reflexo na obra dos pensadores pré-socráticos.

c) Se limita ao estudo da chamada lógica formal.

d) Encontra em Karl Marx um dos seus mais notórios teóricos.

e) É o principal objeto das indagações filosóficas de Simone de Beauvoir.

Questão 08

Sobre Pitágoras de Samos (século VI a. C.), filósofo, matemático e místico, que atuou em Atenas e lá fundou uma escola filosófica dedicada à investigação dos mistérios do universo. Sobre o pensamento de Pitágoras, é CORRETO afirmar que:

a) Renovou ideias herdadas de Aristóteles.

b) Acreditava que o conhecimento deveria modificar as pessoas, e estas deveriam merecer o conhecimento.

c) Pregava uma relação de total liberdade entre o mestre e seus discípulos.

d) Encontrou eco na obra de filósofos posteriores, como Marco Aurélio.

e) Limitou-se ao estudo dos fenômenos da natureza.

Questão 09

O conceito de Dialética tomou parte nas preocupações filosóficas de pensadores, como Hegel, Engels e Marx. Sobre o conceito de dialética em Hegel, é CORRETO afirmar que se trata da:

a) Ciência das leis gerais do movimento, tanto do mundo externo como do pensamento humano.

b) Marcha do pensamento que procede por contradição, passando por três fases - tese, antítese e síntese -, reproduzindo o próprio movimento do ser absoluto ou ideia.

c) Sistematização do chamado materialismo histórico.

d) Organização política e econômica que torna comuns os bens de produção.

e) Situação do filósofo cujo pensamento supõe comprometimento com a situação

social e política vivida.

(43)

Questão 10

Sócrates teve um papel importantíssimo na configuração da Filosofia em Atenas, no século V a. C. Sobre este fato, é CORRRETO afirmar que a preocupação maior da filosofia socrática era a de:

a) Interpretar o mundo como sendo espiritual e organizado, segundo uma moral fundamentada em verdadeiros conceitos imutáveis.

b) Compreender as causas primeiras e os fins últimos de todas as coisas.

c) Que o autoconhecimento poderia ser obtido por meio da ironia e da maiêutica.

d) Fazer um estudo crítico da história, comparando a história grega com a dos povos orientais, a fim de mostrar que o mundo era mais amplo do que se imaginava.

e) Mostrar que todo o conhecimento era obtido por intermédio dos sentidos

humanos e que, por esses serem falhos, era relativo e limitado.

(44)

21 COMO ERA A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA?

Fonte: www.pt.slideshare.net

A educação era para poucos, pois só os filhos (nem todos) dos nobres estudavam a maioria era analfabeta. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros. A Igreja era a dona da cultura e conhecimento, pois controlava grande parte do saber herdado da Antiguidade Clássica. Os mosteiros medievais ficaram célebres por sua política de hospitalidade, dando abrigo temporário a peregrinos e andarilhos e pelas minuciosas e caprichosas cópias manuais de textos e livros da Antiguidade Clássica. Como os livros, pergaminhos, manuscritos e documentos ficavam nos mosteiros e nas universidades da igreja, os padres detinham praticamente o monopólio da cultura erudita que, segundo a visão predominante na época, representava um perigo para as mentes e as crenças cristãs (isso foi bem retratado no filme O Nome da Rosa).

Educação bizantina: Inicialmente, não era para pobres, era só para filhos de

ricos... as escolas bizantinas baseavam a instrução na literatura grega clássica. Os

escritores imitavam a prosa de Tucídides, porque foi o mais profundo historiador da

antiguidade, e tinha uma visão realista e racional, pois se preocupava em narrar os

Referências

Documentos relacionados

A formação de calos e raízes nos segmentos de limbo de ambos os cultivares testados foi observada 21 dias após a inoculação dos explantes nos respectivos meios de cultura

As empresas representadas pelo SINDICATO DAS SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA – SINFAC NCO SC ficam obrigadas a recolher a contribuição assistencial

Este
 trabalho
 descreve
 o
 caminho
 percorrido
 pelo
 autor
 na
 busca
 de


Percebemos na comunidade de leitores investigada um parado- xo no que se refere à leitura de literatura: os alunos, em sua maioria, leem, entretanto uma leitura diferente do que

a) Ações — as ações da S/A são bens móveis e representam uma parte do capital social, a qualidade de sócio, e são também um título de crédito.. Conforme a natureza dos

Capítulo VII – Direito Econômico Internacional: Sistema Brasileiro de Comércio Exterior e Defesa

da Educação e Centro de Convívio da Fonte Nova--- 5. Constituição da Comissão para revisão do Regimento da Assembleia--- Antes do início dos trabalhos a Presidente

imagem da empresa - o caráter de "empresa exportadora" é uma referência importante, nos contatos da empresa no Brasil e no exterior; a imagem da empresa fica associada