nossos corações cheios de alegria, aquela alegria que só o Senhor Deus nos dá.

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Data da gravação: Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves

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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" com nossos corações cheios de alegria, aquela alegria que só o Senhor Deus nos dá.

Alegramo-nos porque o nosso projeto de estudarmos a Bíblia toda segue com segurança e estamos estudando novamente mais um trecho importante do Novo Testamento, especificamente a segunda carta do apóstolo João. Mesmo sendo uma pequena carta temos visto nesses programas passados que ela tem um grande conteúdo. E para estudar parte desse conteúdo é que te convido para esses momentos. Estude comigo, abra a sua Bíblia e depois escreva dando-nos o seu retorno. Temos grande alegria pelas correspondências que têm chegado até nós dando-nos o retorno e testemunhando sobre o valor do nosso programa.

Somos gratos pelo privilégio de podemos a cada dia compartilharmos a Palavra de Deus com você. Hoje eu registro o e-mail que o Wesley nos enviou da cidade de Anápolis, no estado de Goiás. Foi essa a sua mensagem: 1138“A paz irmãos da radio Trans mundial. Muitos pregadores contemporâneos afirmam que devemos crer que Deus tem abundantes bênçãos materiais a nos conceder e citam vários versículos do Antigo Testamento. Como interpretar de forma correta aqueles textos que afirmam que Deus abençoará seu povo com riquezas? Deus os abençoe”. Wesley Alves - Anápolis- GO. Querido irmão, somos gratos pela confiança em compartilhar conosco essa dúvida que, certamente, tem incomodado não apenas você, mas a muitos cristãos sinceros que desejam viver de acordo com a vontade de Deus. Em relação a essa questão temos que entender que o Antigo Testamento também é Palavra de Deus e, portanto é inspirado por Deus e transmite a sua vontade para nós. Por isso devemos valorizá-lo. Porém temos que reconhecer que ele relata e registra a história do povo de Israel, o povo que foi formado e separado por Deus para

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cumprir um ministério lindo de abençoar todas as famílias da terra (conf. Gn 12.1- 3). Sabemos que Deus tinha prometido a Israel dar-lhe uma terra para que nela pudessem habitar e viver cumprindo a sua Palavra. As promessas de Deus visavam estimular o povo a obediência e ao cumprimento da aliança. As promessas de prosperidade foram dadas ao Israel físico, a nação de Israel. Se obedecessem a lei e respeitassem a aliança Deus os abençoaria com fertilidade de filhos, posse a terra, fertilidade dos animais, plantações frutíferas. Se não obedecessem receberiam, como receberam punições severas, chegando até aos exílios da Assíria e da Babilônia. Dessa longa história temos lições a aprender.

Temos princípios a considerar e a aplicar. Porém temos que lembrar que estamos na nova aliança e que as suas benção e promessas são espirituais (conf. Ef. 1.3).

Querido amigo, temos pedido a Deus que use o que aqui é transmitido para moldar o nosso caráter ao caráter de Jesus Cristo. Esse é o nosso maior interesse e é a nossa luta constante. E, como gostaríamos de saber qual tem sido o valor do programa, com esse propósito necessitamos que você escreva sobre suas experiências para que possamos adequar ainda mais o programa para que ele seja cada vez mais um momento de edificação para sua vida. Por isso, agora, te convido para aquele momento especial em que elevamos os nossos pensamentos para falarmos com Deus. Vamos orar pedindo suas bênçãos para esse projeto e para o programa de hoje: "Pai querido, chegamos à tua presença agradecidos porque a tua misericórdia dura para sempre. Agradecidos porque a tua misericórdia se renova constantemente sobre as nossas vidas. Agradecidos porque pela tua misericórdia o Senhor apaga de nós as nossas transgressões.

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Senhor, conforme a tua vontade, atende a necessidade de cada um de nós que te buscamos nessa hora. Senhor, conceda-nos também a iluminação do teu Espírito para essa hora de estudo. Nós oramos, em nome de Jesus, Amém!".

Querido amigo hoje o nosso propósito é estudarmos o verso 3 da 2ª carta de João. Neste texto o apóstolo João intensifica o que havia escrito no verso anterior.

Além da verdade de que Jesus estará com os salvos para sempre, não só na eternidade, mas desde agora, João mostra outros elementos que nutrem, que alimentam a vida cristã; elementos fundamentais para que possamos desenvolver adequadamente a vida cristã. Mas, afinal, o que é vida cristã. Será possível defini- la? Será importante estudarmos esse tema? A resposta só pode ser: Certamente!

É de fundamental importância estudarmos sobre a vida cristã:

1) O estudo deste tema se torna necessário e é imprescindível a todos os cristãos que desejam viver de modo agradável a Deus.

2) No desenvolvimento da nossa vida cristã facilmente entramos numa rotina, ou muitas vezes começamos a desenvolvê-la como tal (Ml 1.10).

2.1. Muitos cristãos nascem em um lar cristão, e praticamente assimilam um comportamento cristão, sem terem um relacionamento íntimo com Jesus. Larry Coy diz que seu curso Conflitos da Vida precisa ser ensinado a cada 100 anos, porque a terceira geração se rebela contra as práticas cristãs que seus pais imitaram dos pais deles. Isto porque cada geração precisa se converter.

Convicções doutrinárias são insuficientes (Mt 23.27).

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2.2. A pregação do evangelho, muitas vezes, é falha. “Você precisa se tornar cristão” – e a pessoa aprende a se comportar como cristão, mas não a amar a Cristo, tendo Nele a fonte da sua vida.

2.3. Devido à rotina ou a algum pecado pode ocorrer um esfriamento pessoal, em que o homem interior não se refaz diante de Deus.

2.4. Pode também ser que o diabo implante um sentimento de culpa fictício: “Isto é vida cristã? Você não tem respostas de oração e vive preocupado – nem parece ser diferente dos descrentes!” E nós acreditamos! E ficamos embaraçados em nossa vida cristã sem desenvolvê-la.

3) Quando não entendemos que a vida cristã é um relacionamento de intimidade com o nosso Senhor, podemos ter como resultado frustrações, pressões internas e externas, que podem nos levar a desenvolver a vida cristã conforme uma dessas quatro alternativas:

3.1. Desistir de vez, uma vez que não percebemos mudanças radicais, que pode ser entendida como apostasia.

3.2. Colocar uma máscara de espiritualidade, que pode ser entendida como hipocrisia.

3.3. Sair à procura de soluções mágicas e rápidas, abrindo todas as defesas ao inimigo, que pode ser entendida como imaturidade.

3.4. Reconhecer que o desenvolvimento da vida cristã requer persistência e disciplina ao mesmo tempo em que requer dependência e submissão ao Senhor, andando no Espírito Santo e permitindo a Ele o controle de nossas vidas, que pode ser entendida como maturidade.

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Mas, a vida cristã tem um início. A vida cristã só começa depois de um acontecimento marcante em nossas vidas. O início da vida cristã acontece quando entregamos nossa vida ao Senhor Jesus.

1) Quando pregamos: “Quem invocar o nome do Senhor, será salvo” e a pessoa faz uma decisão, muitas vezes entendemos que isso é o suficiente. Esse procedimento é semelhante ao que ocorreu com aqueles “discípulos” de At 19.1-7:

só conheciam o batismo de João (arrependimento). Achavam que isto era tudo.

Paulo lhes explicou que o evangelho consiste em nos entregarmos a Jesus, tendo- o em nossas vidas e, depois de Jesus, o Espírito Santo. Quando isso ficou claro, eles receberam o Espírito Santo.

2) Precisamos voltar às verdades básicas do evangelho. A mensagem bíblica revela o segredo até então oculto: Cristo morando em nós (Jo 14.23); Cristo vivendo em nós (Gl 2.20) e; Cristo em nós, a esperança da glória (Cl 1.26-27).

3) Esse processo só acontece mediante dois passos: arrependimento e fé. O próprio Senhor Jesus declarou essa necessidade quando proclamava o reino de Deus entre nós (conf. Mc 1.14-15)

Assim acontece a vida. Isto é vida. Isso é vida cristã. Mas, devemos perceber e deixar claro que não abraçamos uma religião. Vivemos dependentes de Jesus e em comunhão com Ele. Por isso é tão importante que Jesus tenha ressuscitado (1 Co 15.14, 17): só podemos ter comunhão com alguém que está vivo.

4) Demoramos muito para aprender isto. No princípio essas verdades mudam muito pouco em termos de domínio sobre o pecado. Esforçamo-nos muito para arranjar tempo para a devocional, somos muito ativistas no Reino de Deus. Só

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depois aprendemos que é Deus quem “provoca” isto em nós (Fl 2.13). O que nós precisamos fazer é beber (Jo 7.37), com sofreguidão (Sl 42.1), almejar conhecê-lo (Fl 3.8-9), contemplá-lo, como Maria (Lc 10.38-42). Isso é intimidade. E, Deus então nos abençoa com uma comunhão gostosa com Ele.

5) Depois aprendemos também que o processo é de crescimento lento: Hb 5. 11- 12 e 2 Pe 3.18. Vivemos da graça, e não existe uma fórmula mágica para o crescimento. Quanto mais lento o crescimento de uma árvore, mais fundo ela lança as suas raízes. A diferença é que nós já partimos de um patamar mais alto, que são as promessas (são mais de 3.000 por toda a Bíblia) com cumprimento garantido (2 Co 1.20).

Querido amigo para progredirmos nessa nova vida, nessa vida abundante que Jesus nos prometeu, temos que desenvolver certos elementos básicos concedidos pelo próprio senhor Jesus. Por isso o título para a nossa reflexão é:

Os elementos essenciais para a vida cristã 2ª João 3

3. a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.

Introdução

Falamos muito sobre vida cristã, mas há pouco entendimento e muita confusão a respeito desse tema tão importante. É necessário recordarmos que:

1. Vida Cristã é a vida que o ser humano tem a partir do momento que recebe Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

2. É importante confirmarmos a etnologia da palavra:

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2.1. Cristianologia – teologia da vida cristã - é o capítulo da teologia que se ocupa com o estudo dos fatos teológicos da vida cristã.

2.2. Cristianologia é uma palavra composta, transliterada do grego, cristianós - cristão, mais logia- estudo.

3. Precisamos aprender de uma vez por todas que vida cristã não se refere a:

3.1. Participação nas formalidades da Igreja.

3.2. Trabalhar nas atividades da Igreja.

3.3. Dar o dízimo e participar da vida financeira da Igreja.

3.4. Seguir um código moral da própria Igreja que o exige dos seus membros.

3.5. Conhecer as doutrinas centrais do cristianismo.

Ora, se vida cristã não é isso, não são essas atitudes é certo que necessitamos discernir de modo claro a terminologia bíblica que nos ajuda a definir o que é que vida cristã, o que é cristianologia.

Para evitarmos a confusão de linguagem é importante reconhecermos como os autores bíblicos se referem à vida cristã.

1. Para Paulo vida cristã é:

1.1. Entregar os nossos membros como instrumentos de justiça – Rm 6.11 1.2. Entregar os corpos como sacrifício vivo – Rm 12.1

1.3. Viver para Cristo – 2 Co 5.15

1.4. Ao invés de vivermos, Cristo vive em nós – Gl 2.20 1.5. Andar no Espírito – Gl 5.16

1.6. Ser cheio do ES – Ef 5.18

1.7. Cristo em nós, esperança da glória – Cl 1.27

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2. Para Tiago vida cristã é:

2.1. Tornar-se praticante da Palavra – Tg 1.22 2.2. Ter e demonstrar fé prática – Tg 2.14-18 2.3. Sujeitar-se a Deus – Tg 4.7

3. Para Pedro vida cristã é:

3.1. Ser santo como Deus é – 1 Pe 1.14-17

3.2. Seguir as pisadas de Jesus – 1 Pe 2.11, 12 e 21 3.3. Ter uma vida de amor fraternal – 1 Pe 3.8-9 4. Para João vida cristã é:

4.1. Amar a Deus – 1 Jo 1.15-17

4.2. Amar os irmãos – Jo 13.34-35; 17.21; 1 Jo 3.11,14-16

4.3. Amar o próximo como prova do amor a Deus – 1 Jo 4.19 a 5.5.

5. Para Jesus, através dos sinóticos, vida cristã é:

5.1. Negar o próprio eu e segui-lo – Mt 16.24;19.21; Mc 8.34; Lc 9.23 5.2. Deixar tudo e segui-lo – Mc 10.28

5.3. Renunciar a tudo que tivermos – Lc 14.33; 18.29-30

Mas, além dessas definições dos autores bíblicos e do próprio senhor Jesus é necessário também identificarmos algumas “Linguagens Metafóricas”

Além da terminologia diferente entre os autores temos que considerar a linguagem metafórica:

1. Como o cristão pode, ao mesmo tempo, ser considerado filho de Deus (Rm 8.16), e ser seu escravo (Rm 6.18, 22)? Para ampliar a compreensão devemos considerar Gl 4. 1-7.

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2. Se a santificação se refere à vida cristã, e isso envolve obras, então, é por elas que seremos salvos (Hb 12.14)?

Além dessas e de outras linguagens que confundem aqueles que não tem estudado profundamente a Palavra, temos, na verdade, que considerar que para entendermos o que é vida cristã devemos considerar “um só fato teológico”.

É importante definirmos e saber o significado de todas essas expressões e metáforas:

1. Temos que entender que a Bíblia se refere a “um só fato teológico”, mas refere- se de diversas maneiras a este mesmo fato, mostrando suas diversas facetas e implicações.

2. O único fato teológico sobre é a conversão (Mt 18.3).

3. O único fato teológico atrás dessas expressões e metáforas é a renuncia (Lc 14.33).

4. Quando renunciamos a tudo e nos entregamos a Jesus Cristo, quando renunciamos às nossas tentativas de viver de modo agradável a Deus estamos prontos a experimentar a verdadeira vida. Quando decidimos perder essa vida, ganhamos a nova vida, a vida eterna, a vida que realmente vale a pena ser vivida.

5. Quando renunciamos a nós mesmos e deixamos que Jesus controle nosso viver ele mesmo nos concede elementos divinos que nos ajudam a desenvolver adequadamente essa nova vida, a vida espiritual, a vida abundante que ele nos dá O princípio que esse texto nos apresenta e nos desafia a aplicarmos se vê nessa frase:

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Somente através da ação poderosa de Deus Pai e de Jesus seu filho temos os elementos essenciais para o desenvolvimento da vida cristã.

Neste texto encontramos cinco elementos essenciais para o desenvolvimento da vida cristã

O 1º elemento essencial para o desenvolvimento da vida cristã é a graça divina.

A graça divina é o favor imerecido que recebemos da parte do Senhor Jesus Cristo. É por Jesus Cristo que podemos ser chamados filhos de Deus.

O 2º elemento essencial para o desenvolvimento da vida cristã é a misericórdia divina.

A misericórdia divina, como disse Jeremias é a causa de não sermos consumidos.

A misericórdia divina não tem fim; se renovam a cada manhã. Misericórdia é a ação de Deus em não nos punir mesmo que sejamos culpados.

O 3º elemento essencial para o desenvolvimento da vida cristã é a paz divina.

Essa paz que excede todo o entendimento, conforme disse Paulo aos filipenses (conf. 4.6-7) só pode ser experimentada por todo aquele que já usufrui da paz de Deus. Essa paz de Deus só acontece quando recebemos a justificação, pela fé (conf. Rm 5.1)

O 4º elemento essencial para o desenvolvimento da vida cristã é a verdade divina.

Jesus é a verdade. Jesus é o verbo, é a palavra de Deus encarnada. A palavra de Deus é a verdade. É pela Palavra que somos santificados. Quando deixamos a

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mentira e praticamos a verdade estamos vivendo corretamente a vida cristã.

Quando em meio a comunidade dos santos falamos a verdade, em amor, isto é, quando falamos a verdade de modo amoroso, edificamos e criamos condições de não sermos enganados pelos falsos mestres.

O 5º elemento essencial para o desenvolvimento da vida cristã é o amor divino.

O amor é a característica maior do cristianismo. O amor ágape é o amor cristão. É o amor verdadeiro, o amor que se dá, o amor que dá a sua vida em favor dos seus amigos. O verdadeiro amor é sacrificial, é o amor que dá sem esperar nada em troca. Deus nos amor de tal maneira, sendo nós ainda pecadores.

Conclusão

Através de Jesus Cristo temos acesso a esses cinco elementos que nos ajudam e nos capacitam a desenvolver de modo seguro a nossa vida cristã. Quando agimos assim, com base nesses elementos rumamos ao pleno conhecimento da verdade.

A vida cristã exige isso. Você age assim?

Querido amigo, que o próprio senhor te abençoe para que você desenvolva a sua vida baseada nesses cinco elementos.

Um grande abraço. Até o próximo programa. 2670