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MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

O Programa Bolsa Família e sua relação com o mercado de trabalho

Aluna: Mayara Santiago da Silva Matrícula: 1013657

Orientador: Gabriel Lopes de Ulyssea

Rio, 01 de julho de 2015.

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As opiniões expressas neste trabalho são de responsabilidade única e

exclusiva do autor

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Agradeço acima de tudo a minha família por todo apoio e carinho que recebi ao longo desses anos. Em especial, agradeço a minha mãe por todo companheirismo, amor, compreensão e lições que ela me ensinou ao longo de todas as fases da minha vida.

Além disso, agradeço ao meu orientador, Gabriel Ulyssea, e a todos os professores do departamento de economia da PUC-Rio.

Obrigada a todos os meus amigos pelo apoio que me deram. Agradeço

imensamente ao Vinícius Botelho por toda ajuda e paciência, pois estas foram cruciais para a conclusão do presente trabalho. Ao Bernardo Coelho e ao Paulo Henrique Peruchetti, agradeço por toda ajuda. A Raquel Freitas, muito obrigada pelo suporte e pelas palavras, pois ambos foram muito importantes.

Agradeço também a todos que de alguma forma contribuíram para que eu pudesse concluir mais essa etapa.

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Motivação...1

1-Introdução... 2

2-Revisão da Literatura... 3

3-Desigualdade...7

4-Programas de Transferência de Renda...10

4.1-No Mundo...10

4.2-No Brasil...13

5-O Programa Bolsa Família (PBF)...17

6-Dados e Metodologia...21

6.1-Dados... ...21

6.2-Metodologia...22

7-Conclusão...30

Referências...31

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Motivação

O objetivo dest e t rabalho é investi gar se existe al guma rel ação inversa entre t rans ferência de renda e o s incenti vos ao t rabalho.

Acredit a -s e que program as de t ransferência com o os que s ão adot ados no Brasil, especi fi camente o P rogram a Bol sa Famíli a, têm efeit os sobre o mercado de t rabalho, e o i ntuit o é investi gar s e há redução dos

incenti vos para parti cipação no m ercado d e trabalho por parte dos

benefi ciári os do program a, pois se acredi ta que a ofert a de t rabal ho t ende a diminuir quando o val or do benefí ci o aument a. Apesar de os gast os com o P rogram a Bol sa Famíli a (P BF) represent arem um a parcel a rel ati vament e pequena do P I B (0,5%), o mesm o t em grande i mpacto soci al , pois at ende as famíli as em sit uação de pobrez a e extrema pobreza, e com iss o pode s e observar m elhori a nos indi cadores de vulnerabilidade soci al ao longo dos últimos anos, de m odo que com preender os possí vei s impactos do P BF na dinâmica do mercado de trabal ho é de suma

importância.

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1 - Introdução

Os program as de t ransferênci a de renda t êm s ido grandes ali ados dos Governos no combat e à pobreza e desi gualdade. Es peci al ment e em países da Am éri ca Latina, program as condici onados de t rans ferênci a de renda t êm sido ampl am ent e diss eminados . Est e trabal ho t rat ará do

Programa Bol sa Fam ília (P BF), program a as sist enci al brasil ei ro feito por meio de t rans ferênci a diret a de renda. Es te program a uni fi cou os

program as “Bols a Es col a”, “Bolsa Alimentação”, “P rogram a Nacional de Acesso à Alimentação” e o P rogram a Auxílio Gás. O P BF vis a at ender fam íli as em situação de pobreza e extrem a pobreza na qual haj a crianças ou adolescent es de 0 a 17 anos de idade desde que os m es m os est ej am devidament e m at riculados na escola.

Apes ar de t er o obj et ivo de tirar as famíli as da mis éria, acredi ta -se que o P BF pode gerar di storções no que t ange a deci são de ofert a de trabalho dos adul tos das famíli as benefici adas, um a vez que os mes mos poderi am deixar de procurar em prego ou recus ar propost as que elim inem os pré-requi sitos para o recebim ent o do auxílio.

O pres ent e t rabalho t em o int uito de avali ar em que medida o

Programa Bol sa Fam ília es tá associ ado ou não a um a m enor part ici pação no m er cado de t rabal ho por part e dos benefi ci ários .

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2 - Revi são da l iteratu ra

De modo geral, program as condici onais de t rans ferênci a de renda têm dois obj eti vos bem defini dos: reduzi r a pobrez a im ediat a através do montante transferido às famílias, e reduzir a “pobreza de longo prazo”

através das exi gênci as feit as para o recebiment o, que giram em torno do investim ent o em capi tal hum ano - Janvr y e S adoul et (2006).

Alzúa e Rípani (2013) anali sam os efeitos de program as de bem est ar soci al sobre os incenti vos do t rabal ho e sobre a ofert a de mão de obra por part e dos que recebem t ais prog ram as . Bas ei am -se em três program as de t rans ferência de renda difundidos em país es latinos: o Programa Nacional de Educaci ón, Salud y Alim ent ación (PROGRESSA), no R ed de Prot ecci ón Soci al e no P rograma de As i gnación Familiar, implementados no M éxico, Nicar água e Honduras, res pecti vam ent e. El es argum ent am que em modelos estáticos de escol ha ent re t rabal ho e l azer, os program as condi ci onais de transferênci a de renda podem desempenhar um papel i mport ant e através de al guns canais t ais como a t ransferênci a de renda em si, que gera um aumento da renda não provenient e do trabalho . S endo assi m, s e o l azer for considerado um bem normal pel os benefi ciados , podem os obs ervar dois efei tos possí veis. P or um lado o núm ero de horas t rabalhadas pode dimi nui r (efeito renda) , poi s com o recebim ento do benefício pode haver incentivos à dim inui ção dos esforços do t rabalho. E por outro l ado, a ofert a de t rabalho pode

aum ent ar, pois os custos de não trabalhar podem s er alt os dem ais. Al ém disso, as condi cional idades podem ser consid eradas canal , poi s podem afet ar o comport am ento dos adultos, que devem matri cul ar as cri anças na escol a. Dess e modo, tais adult os t erão seus custos de t rabalhar

reduzidos, poi s di sporão do t empo que ant es era util izado para cui dar das cri anças . Concl uem qu e os program as condi cionais de t rans ferência de renda não impact am os result ados do m ercado de t rabalho para os adultos, de m odo que o efeit o encontrado sobre o m ercado de t rabalho apesar de negati vo é pequeno, e não estati sticam ent e si gni fi cat ivo.

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Ao est udarem al guns program as de t rans ferênci a de renda adotados no Brasil, M éxico, Honduras e Ni carágua, Rawlings e R ubio (2003) bus cam avali ar a efi cácia dos m esmos. Verificam que a prim ei ra geração de programas de transferência de renda (“Bolsa Escola” e “PETI” no Brasil, PROGRESA no México, o “PRAF” em Honduras e o Red de Prot ecci ón Famil iar na Ni carágua) t êm m eios efetivos para promover o desenvol vimento educaci onal da popul ação, aum ent ando o acúmulo de capit al hum ano. Além diss o, consi deram que t ais pro gram as ajudam a melhorar as m edidas preventi vas de saúde e aumentam o cons umo das fam íli as. Mesmo com os impactos favoráveis identi fi cados , ainda exist e uma lacuna a s er preenchi da no que tange a sust entabilidade das

mudanças comportament ais dos indiví duos , i mpact o no bem -est ar de longo prazo, e o tr ade off ent re o tam anho da transferência de renda e o núm ero de benefi ci ários. Al ém diss o, é necess ári o averi guar a efi cácia de tais programas na busca de reduzi r a pobreza crônica.

Ao l ongo dos últimos anos, os program as condi cionais de

trans ferênci a de renda t êm se ampli ado bastante, e de modo geral s eu obj etivo não é úni co, pois além de garanti r que as famíli as s ai am da situação de pobrez a e extrema pobrez a, t ais programas t ambém podem ser vi stos como investim ento em capital hum ano, pois se exi ge que as cri anças das famíli as at endidas est ej am m atriculadas na escola, Foguel e Barros (2010).

Kassouf et al (2010) mede o impacto de program as condi cionais de trans ferênci a de renda na deci são de parti cipar do m ercado de trabalho.

A est rat égia de estim ação consist e em um modelo probit , que avali a a probabilidade de as crianças, m ães e pais se i ns erirem no m ercado de trabalho, bem como estim am o núm ero de horas t rabalhadas pelos mesm os. Conclui que os program as condicio nais de transferência de renda reduz em o trabalho infantil , sendo a redução bem m aior no m eio rural do que no urbano. Não encont ram evidências de que o P BF reduz a probabilidade de m ães e pais se inserirem no mercado de t rabal ho, mas argum ent am que el e imp li ca num a redução no t empo que os pais se mant êm no mercado de trabalho. Al ém di sso, mães e pais do meio rural

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reduzem, em al gum a medi da, o t empo de t rabalho. Contudo, o art i go não avali a s e es sa redução s e deve ao fat o de os pais precis arem de m ais tempo para s e dedicar às crianças ou porque agora el es podem pagar pel o lazer.

Por out ro l ado, e tam bém at ravés de um probit bivariado, Cacci am ali, Tat ei e Batist a (2010) est im am as opções de t rabalhar e estudar e bus cam verifi car se o P rogram a Bol sa Famíli a im pact a a frequência escol ar e o trabal ho i nfantil. Encontram evidênci as de que o program a é eficiente no intuit o de aum ent ar a frequênci a es col ar,

contudo ao olharem para o trabalho i nfantil verifi cam um aum ent o da probabilidade de s ua ocorrênci a, especi al ment e em áreas rurai s.

Tavares (2009), por sua vez, utiliza o m étodo propensit y scor e - mat chi ng e t enta averi guar s e o recebim ento do auxílio provenie nte do Programa Bol sa Fam ília reduz os incentivos à parti cipação do mercado de trabalho, sendo es sa avali ação feita através da anális e do

com portam ento do número de horas trabalhadas e da t axa de

parti cipação. C ontudo, a análise desse est udo se concent ra n a ofert a de trabalho das m ães, pois est as são as que de modo geral recebem o auxílio, e a comparação é feita ent re a amostra de m ães t ratadas e a de mães não-t rat adas, chegando -se à concl usão de que o efei to t otal do P BF é positi vo.

Há ai nda na lit eratura outros trabalhos que não encont ram efei tos si gni fi cat ivos do P BF sobre o mercado de t rabalho. Foguel e Barros (2010) argum ent am que program as condi cionai s de t rans ferênci a de renda não t êm im pacto sobre o m ercado de t rabalho. Utiliz ando dados de muni cípi os brasil ei ros que entram na amostra da P NAD, o arti go mont a um painel com dados dos anos de 2001 a 2005 para averi guar se há impactos s obre o número m édi o de horas trabalhadas ou sobre a taxa de parti cipação de hom ens e mulheres adult os. Contudo, a PNAD não

investi ga diret am ent e a quest ão dos program as de t rans ferência de renda – exceto em dois questionários suplementares – de modo que o artigo basei a sua análise em um procedi mento i ndiret o que t ent a identifi car os

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indiví duos que de fat o recebem o auxílio. F oguel e Barros (2010) argum ent am que a parti cipação das famíli as no P BF não i mpacta as vari áveis de int eress e de modo si gni fi cat i vo, m es mo quando a anális e é fei ta por gênero. A análi se conclui que program as de t rans ferênci a de renda não afet am a part ici pa ção no mercado de trabalho e nem o núm ero de horas t rabalhadas dos i ndi víduos, qual quer que s ej a o gênero.

Corroborando a ideia de que o P rogram a Bol sa Famíli a não i mpact a o m ercado de t rabalho, através de um f uzz y R DD Barbos a e Cors euil (2014) exploram a des cont inui dade no critério de eli gi bilidade do program a, que é a i dade do filho m ais novo, e consi dera que o valor crí tico gira em torno dos 16 anos , que é quando a famíli a perde o benefí cio referent e ao fi lho cuja idade ult rapass a ess e val or. Busca analis ar quão propensos os benefi ci ári os do P BF est ão a i r para o mercado de t rabalho inform al (ou perm anecer no m esm o). P art em da idei a de que ao s e engaj arem no m ercado inform al de t rabal ho, as fam íli as benefi ci adas pelo program a não fogem dos critéri os de eli gi bilidade (pois não pos suem cart ei ra assi nada) e continuam

recebendo o auxílio. Contudo não encont ram evi dências de que o P BF estim ul a a inform ali dade dos benefici ári os.

Conform e most rado acima, a lit eratura parece divergir acerca dos efeit os de programas condi cionais de transferênci a de renda sobre o mercado de t rabalho, e em especi al para o caso estudado, o cas o do Programa Bol sa Fam ília, o efeito soci al do program a é indis cutivel mente positi vo, poi s el e ti ra mil hões de famí lias da po brez a e da ext rem a

pobrez a, e dado que para recebê -l o é necessário que as cri anças

frequent em a es col a, pode -s e diz er que el e t ambém é res pons ável , pelo menos em part e, pelo aumento da educação das m es mas.

Apes ar de a lit eratura não t er chegado a um cons en s o quanto à existênci a de impact os negati vos do P BF sobre o m ercado de t rabalho, tal possibili dade não pode ser descart ada dada a import ânci a daquel e para o bom funcionament o da economi a.

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3 - Desigualdade

Através do gráfi co 1 podemos observar como a desi gualdade, medi da pelo coefi ci ente de Gini, cai u ao l ongo dos úl timos anos. Vale ress alt ar que a t raj et óri a des cendente da desi gualdade teve iní cio no ano de 2001, o que coincide com o ano em que o Program a Bols a Escol a foi instituído. Apesar di sso, não se pode afi rmar que os programas de renda caus aram a queda da desi gualdade no Brasil. Apenas podemos obs ervar que exist e al gum a correl ação ent re ess a última e os programas , que mesm o não s endo os respons áveis pela di minui ção da me sma, podem s er considerados um a grande conquist a nacional que contribui u (e ai nda contri bui ) para que milhões de famíl ias não permaneçam na pobrez a e extrema pobrez a.

Gráfico 1

Fonte: IPEA Data

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Quando comparamos o Brasil com outros país es , podemos obs ervar que a desi gualdade no Brasi l é extremam ente alt a, especialmente quando com paramos com paí ses des envolvi dos. P odemos ver no gráfi co 2 que a desi gualdade cal cul ada at ravés do Índice de Gini para o Brasil é a mai s alt a na comparação com país es tais com o Est ados Unidos, R ei no Unido, Noruega e Alemanha. Com exceção do Brasil , não há dados para os anos ent re 2004 e 2007, de m odo que só podemos olhar para os anos que constam no gráfi co abaixo. Cont udo, m es mo ao olharm os apenas para dois anos, é fácil perceber que o índi ce de desi gualdade no Brasil ultrapas sa 0,500 (val e l embrar que para o Índi ce de Gi ni quant o m ais próximo de 1 mais desi gual é o país ), enquanto na Noruega esse mesmo indi cador não ult rap ass a a cas a dos 0,300.

Gráfi co 2

Fonte: Banco Mundial

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Mesm o quando comparam os com al guns país es lati no -ameri canos, podemos ver que os níveis de desi gualdade no Brasil é o m ai s alt o ao longo de t oda s éri e, apes ar de apres ent ar uma tendênci a de queda ao longo dos anos. É fácil perceber no gráfi co 3 que quando com parado ao Paraguai, Uruguai e Peru o Brasi l apresenta Índi ce de des i gualdade bast ante elevado, e s e com parada a queda nos dem ais paí ses, a queda da desi gualdade brasi lei ra não é as sim t ão acent uada.

Gráfi co 3

Os program as de t ransferênci a de renda adot ados em grande part e dos paí ses, dentre outras coi sas , t êm o i nt uito de reduzir os índices de desi gualdade tai s como o apres ent ado nos gráfi cos acim a. Program as t ais com o o Bols a Famíli a contri buem si gni fi cativam e nt e para a queda

recent e e contínua de tal probl em a social.

Fonte: Banco Mundial

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4 - Programas d e transferên cia de rend a

Os program as condi cionais de transferência de renda adot ados no Brasil são m edi das adot adas para garanti r que famíli as em situação de pobrez a e extrem a pobreza t enham seus direitos constituci onais

at endi dos . Ou s ej a, s ão programas que devem garant ir, dent re outras coisas , que todos tenham acess o à cidadania. De modo que, como cons ta no art i go 6º da const ituição de 1988, t odos tenham seus direit os soci ais garantidos.

Contudo, tai s programas não são peculi aridades brasil eiras . Os program as condi cionais de t ransferênci a de ren da são ferramentas ampl am ent e difundidas ao redor do mundo, e geralment e poss uem os mesm os propós itos: t irar famíli as da sit uaç ão de extrem a pobreza e ao mesm o t empo investi r em capit al hum ano.

4.1 - No mundo

Com o intuito de ati ngir ní vei s de bem estar m ais al tos entre a parcel a m ai s carent e da popul ação bem como auxiliar no acúm ulo de capit al hum ano, o governo da Ni carágua i ns titui u o “Red de P rotección Social”1, programa cujos focos específi cos eram cri ar uma estrutura de funcionamento com boa rel ação de custo -benefí cio, atingi r um a m et a de prot eção social e complem entar, de form a t emporári a, a renda de famíl ias em situação de extrema pobreza para que as m es mas pudess em aumentar em quantidade e qual idade os itens de sua cest a de cons umo. Além diss o, o program a vi sava aumentar os cui dados às cri anças m enores de ci nco anos, bem como reduzir a t axa de abandono es col ar em regiões

recebedoras do benefício.

1 Em julho de 2005 o programa deveria ter entrado em sua terceira fase, porém alguns problemas considerados de natureza política fizeram com que ele chegasse ao fim.

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Assim como o governo da Ni carágua, o governo hondurenho

instituiu al guns program as condici onais de t rans ferênci a de renda , s endo o de maior destaque o “Programa de Asignación Familiar”, o PRAF. Tal program a t eve duas fas es di sti ntas, e seus obj etivos em am bas as fas es também podem s er di tos diferentes. Em 1990 o program a foi criado com obj etivo ini ci al de compens ar as external idades negati vas causadas por program as de ajust ament o est rut ural, s endo a pri nci pal del as a si tuação de extrem a pobrez a na qual uma parcel a da popul ação s e encontrava.

Dentre as m etas des s a et apa do program a, destacam - s e a tentativa de prover renda para parte da população, bem como m el horar as condi ções de saúde, nut ri ção e educação das famíli as extrem am ent e pobres. Al ém disso, aum ent ar a t axa de mat rí cul a e a permanência das cri anças na escol a durante os anos de base t ambém era um dos objet ivos do program a.

J á a segunda parte, por sua vez, aproxim a -s e m ais dos PCTR adotados pelos país es cujo obj eti vo é a cabar com a pobreza no longo prazo. A segunda parte do PR AF vi sava aumentar o acúmul o de capit al hum ano das crianças que s e encont ravam nas famíli as m ais pobres, e dessa form a colocar um fim no ci clo da pobreza. As m et as do program a incl uíam o aum ento da d emanda por educação, o incenti vo à popul ação para que parti ci pass e do processo de desenvolvimento educaci onal das cri anças , bem como garanti r que as fam íl ias pos suís sem um a cest a de consumo adequada.

Tam bém com o intuit o de reduzi r a pobrez a extrema, e fo calizando na popul ação rural, no ano de 1997 o México deu i ní cio ao PR OGR ESA,

“Programa de Educación, Salud y Alimentación”, cujo benefício é dividi do em três part es dependent es do component e do programa.

O prim ei ro com ponente é a educação, e o benefí cio p ropi ci a s uporte financeiro a j ovens menores de dezoit o anos que est ej am m at ricul ados ent re o terceiro ano da escola prim ári a e o t erceiro ano da escola

secundári a. Al ém disso, o mont ant e do benefí cio aumenta de acordo com o rendim ento escol ar, e sendo assi m, quanto m aior a not a do estudant e,

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maior o benefí cio recebido. J á no s egundo component e do program a o auxílio é na forma de aces so à saúde bás i ca para todos os m embros da fam íli a. O t ercei ro componente, por sua vez, tem o auxíli o na form a de trans ferênci a monetária de m odo a vi abil i zar a mel hora nutri ci onal dos alim ent os consumi dos. O objet ivo por t rás dess e com ponente é garanti r que cri anças com até ci nco anos de i dade e m ulheres gest ant es est ej am recebendo alim ent ação adequada. O m ai or propósit o do prog rama é, assim como na m aior part e dos programas dess a natureza , des enhar benefí cios que i ncentivem o aumento do capit al hum ano, e as condi ções requeridas para o recebim ent o dos benefí cios visam atingir ess e

propósit o.

Sobre os im pact os do PROGRES A, P arker e Skoufias (20 00 ) analis am se há efeit os sobre o uso do t em po e s ua dis tri bui ção entre ativi dades t ais como o m ercado de t rabalho, di stinguindo trabalho

ass al ariado de out ras ati vidades sem ret ri bui ção, sobre a es col a (som ente no caso infantil ), o t rabalho dom ést ico e o trabal ho agrí col a. Encont ram evi dênci as de que o program a reduz a participação i nfantil no mercado de trabalho. Mas o m esmo não pode ser di to no que diz respeit o aos adultos , pois não encontram evidênci as de que o PROGRES A i mpact a a atitude dos adultos quanto a sua decis ão de se ins eri rem ou não no mercado de t rabalho.

Além di sso, Behrman, P arker e Todd (2010) avalia m como o PROGR ESA impacta a educação escolar e o t rabalho dos benefici ári os.

Os result ados i ndi cam que os im pact os sobre a educação são positi vos , e que o programa cont ribui t ambém com a redução do t rabalho nos

prim ei ro anos da juvent ude, pois os jovens adiam a ent rada no mercado de trabalho para s e dedi carem um pouco mais à educação. Além diss o, aum ent a o t rabalho para meni nas m ai s vel has e aum ent a o t rabalho não agrí col a.

Behrm an et al (2005) tam bém investi gam o PROGRES A, e visam descobri r se di ferent es form as de exposi ção ao program a im pact a si gni fi cat ivam ent e o desempenho educaci onal, renda no m ercado de

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trabalho, dentre out ras coi sas. Os resultados apont am que um a l onga exposi ção ao programa im pact a de forma posi tiva o des empenho es col ar, mas isso não se apli ca aos impactos sobre o t rabalho, pois encontram que o program a impact a negati vamente o trabalho d e hom ens jovens.

Os program as condi cionais de transferência de renda não são

exclus ividades dos país es lati no -ameri canos, e at é m esm o os governos de países m ais desenvol vidos encont ram em tais programas um a form a de atingir al guns obj eti vos es pecí fi cos . Val e à pena cit ar o program a adotado por al guns país es europeus2, o Education Maint enance Allowance3, ou EMA, que t em foco na educação de jovens de até dez ess eis anos pert encent es a famíli as m enos favoreci das e cujos pais têm part e da renda t axada. Cr iado com o i ntuito de promover apoio financeiro aos jovens de modo que est es continuem se educando em tempo integral, o EM A consist e num auxíl io s em anal calcul ado com bas e na renda dos pais , uma t axa bônus fixa paga a prazo por cont a do

com pareci mento, bem como uma t axa bônus fixa por conta da conclus ão do curso. Pode -s e di zer que o program a t em vis ão m ai s de m édio prazo e que o foco do m esmo é garanti r que j ovens adol es cent es continuem se educando. Apes ar da naturez a do program a diferir dos ant eriorment e cit ados, o m esm o t em sua relevância garanti da à m edida que viabiliza a continuação dos es tudos àqueles que s em o auxílio não poderi am fazê -lo, condi cionando -o a uma s éri e de fatores.

4.2 - No Brasil

Os program as condi cionais de transferência de renda adot ados no Brasil t êm como al vo part e dos di reitos soci ais garant idos pel a

2 País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte, e até o ano de 2010, o Reino Unido.

3 Apesar de não ser um programa condicional de transferência de renda propriamente dito, ele dá renda aos jovens estudantes das famílias menos favorecidas, e, por conta disso, estes se mantêm na educação integral.

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constitui ção, s endo a mai ori a deles focada no aces so à ali mentação, educação e s aúde.

Em abril de 2001, durant e o mandato de Fernando Henrique C ardoso, foi instituída a l ei nº10. 219 que cria o P rogram a Nacional de R enda Mínim a Vinculada à Educação, o “Bolsa escola”, programa que visava garantir que al gum as famíl ias tivess em acesso a uma de t erminada quantia, desde que tives sem renda per capita m enor ou i gual a um det ermi nado val or, bem como as famíl ias deveri am garantir que as cri anças frequentas sem as aulas. O “Bolsa Escola” beneficiava famílias com crianças entre 6 e 15 anos de idade, m at r i cul adas e com frequênci a em pelo m enos 85% das aul as. O benefici o era no val or de R$15,00 por benefi ci ário podendo chegar a t rês por fam ília.

Tal programa tinha como pri nci pal objeti vo garanti r que as crianças de baixa renda frequent ass em a escol a, oferec endo a bols a como forma de “comprar” o tempo das mesmas e reduzir o custo de oportunidade de a cri ança não est ar ins eri da no m ercado de trabalho.

O Bol sa Es cola foi um programa pensado prim ei ramente pelo então governador do est ado de Brasíli a, o professor Cri stovam Buarque, no ano de1995, e i nicial mente im pl ement ado em al gumas regiões do país, com o intuito de m anter as cri anças de t ais regi ões na es col a, bem como

garanti r que um a renda mínim a para as unidades fami liares nas quais tai s cri anças estivess em i nseridas . Contudo o program a i nstit uído por

Crist ovam Buarque concedia às fam íli as o benefí cio de um s al ári o mínimo. Ini cialment e o program a não at endi a a todos os muni cípi os do país, m as com o pass ar do t empo e com a repercus são que t al program a obt eve, m uitos muni cípi os brasil ei ros adotaram o Program a B olsa

Escol a, ou al gum a variação do mesmo. Al ém de Brasíl ia, est ado no qual o Program a Bols a Es col a foi ori gi nado, o Rio de J anei ro, Mi nas Gerai s, Alagoas, Goiás, Acre, Mato Grosso do Sul , dent re outros, ade ri ram ao mesm o com o i ntuit o de garantir o acesso à educação fundam ental às cri anças entre 6 e 15 anos de idade.

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O Bols a Escol a at endia uni dades famili ares nas quai s houves s e cri anças com i dade entre 6 e 15 anos, e cuja renda per capita não ultrapas sas se 90 reai s. O int uito de t al program a era, por um l ado, garanti r que famíl ias pobres t ivessem acesso à renda, que vinha s ob a forma do auxílio, proporci onando a essas famíli as um a m elhor condi ção de vida. E por outro lado o programa tinha o int uito de extinguir a

pobrez a de longo prazo at ravés do estí mul o à educação, pois para receber o benefíci o referente ao Program a Bols a Escol a as famíli as t i nham não apenas que m ant er as cri anças m at ricul adas na escol a, m as t ambém tinham que garantir que as m esm as fr eqüent ass em as aul as, pois a cada três m eses havi a uma es péci e de supervi são, que era feita pelo Cons elho de C ont rol e S ocial , que tinha o intuit o de averi guar s e as

condi cionali dades para o recebimento do auxílio referent e ao program a est avam sendo atendi d as .

Ainda em 2001, foi criado o P rogram a Nacional da R enda Mínima Vinculada à Saúde, o “Bolsa-Alimentação”, adotado através de uma medi da provi sóri a, que por m eio de uma com plem entação da renda fam ili ar tinha o i ntui to de proporcionar m elhores condi ções d e saúde e nutrição a gest ant es , nutrizes e cri anças entre s ei s m es es e onz e anos de idade. Assim como o “Bolsa escola”, o “Bolsa -Alimentação” atendia fam íli as em situação vulnerável no int uito de lhes proporcionar um a melhor quali dade de vida.

No ano s ubs equente à criação dos doi s program as cit ados

ant eriorment e, foi criado através de um decreto o P rogram a Auxílio Gás , que subsidi ava o preço do gás para as famílias m ais carentes. Tal decret o foi revogado no ano de 2008.

J á em 2003, sob o comando do ent ão pr es idente Lula, foi insti tuída a l ei que cria o P rogram a Nacional de Acesso à Alim ent ação, o PNAA, que era um program a de combat e à fom e, o qual visava promover a segurança alim ent ar e nutrici onal das fam ílias em sit uação de insegurança al iment ar.

(21)

Apes ar do impacto s oci al posi tivo observado nos program as ci tados ant eriorment e, os m esmos t inham am plitude rel ativam ent e pequena no que t ange o núm ero de pessoas at endidas. As sim sendo, no ano de 2004, ainda sob comando do presidente Lula, o “Bolsa Escola”, o “Bolsa

Alimentação”, o Auxílio Gás, e o “PNAA” foram unificados por meio da lei nº10.836/2004 e g eraram o P rograma Bol sa Famíli a.

(22)

5 - O Programa B ol sa Famí lia (PB F)

O P BF é um program a condi cional de t ransferênci a de renda

instituído no Brasil no ano de 2004, que através da uni fi cação dos quat ro princi pai s program as sociais adotados no país até ent ão, int egra o Pl ano Brasil S em Mis éri a, que vis a tirar as famí lias da s it uação de pobreza e extrema pobrez a, provendo às m esm as, acess o a bens e s ervi ços

considerados es senci ais. Com o m encionado na seção anterior, o Programa Bol sa Fam ília foi instituí do no Brasil at ravés da lei

10.836/2004 e regul ament ado pel o decret o 5.209/ 2 004. Al ém disso, a sel eção das famíli as parti cipant es fi ca a cargo do Minis tério do

Desenvol vim ento Soci al e Combate à Fome (M DS), que faz t al s el eção de form a aut om áti ca.

Assim como a maior part e dos program as de trans ferênci a de renda, o Bols a Famí lia v is a alivi ar os probl emas imedi at os da pobreza at ravés da trans ferênci a de renda à famíli a. Al ém diss o, dadas as

condi cionali dades do program a el e tem como di retriz es a dimi nui ção da pobrez a de longo prazo, objeti vo que se veri fi ca através do invest imento em capit al hum ano que o program a t enta pres ervar at ravés da

obri gatoriedade da m atrícula das cri anças do domi cílio.

Como const a no decreto que regul am ent a o program a, os obj et ivos bási cos do m esm o s ão, dentre out ras cois as, garantir que famí lias de baixa renda t e t enham acesso à saúde, educação, ass ist ênci a s oci al, e outros servi ços s ociais. Além di sso, des ej a -se t ambém garanti r a segurança alim ent ar de tai s fam íli as, bem como prover meios para que el as s ai am da sit uação de pobrez a ou extrem a pobrez a em que est ão.

O P BF disponibi liza o benefíci o àquel as famíli as que em sua

com posi ção t enham cri anças e adol es cent es com idade entre 0 e 17 anos, gest antes ou nutriz es , e cuj a renda famili ar per capita est eja entre R $0 e R$154 por m ês, o que caracteriz a sit uação v ul nerável de pobreza e extrema pobrez a, dependendo do int erval o de renda. O benefí cio do program a vari a de acordo com a composi ção da famí lia, de acordo com o núm ero de crianças e com a idade, sendo maior para aquel as famíli as que

(23)

têm adol es centes. C ontudo , o benefício é extens ível à, no máx imo, cinco por famíli a.

Como const a no M DS, o benefí cio bási co de R$77,00 é concedido apenas às famíl ias que se encont ram em situação de extrema pobrez a, fam íli as cuj a renda per capita não ult rapassa R$77,00. Al ém disso, a part e variável do benefí ci o depende do número de cri anças ou

adoles cent es que o m esmo possui , e o auxílio é de R$35,00 por cri ança.

Da mesm a forma, há no P BF o auxílio referente às gest antes do domi cílio, s endo es s e auxílio pago ao longo da gest aç ão, no valor de R$35,00. As nutriz es , mul heres que ainda est ão amamentando, tam bém podem s er benefi ci árias do programa, des de que a criança tenha ent re 0 e 6 m eses e o valor do benefí cio é o m esm o das gest ant es . Além disso, fam íli as pobres ou extrem am ent e pobres que possuem adol es cent es de 16 e 17 anos em s ua composi ção t am bém podem reivi ndi car o benefí cio, sendo es se no valor de R $42,00. C ontudo, o benefí cio a adol escent es é limitado a dois por famíli a.

Há ai nda um benefí cio extra, caso a famíl ia perm aneça em sit uação de pobreza extrem a, mesm o após o recebi ment o de out ros benefí ci os soci ai s. Ent retanto, t al benefí cio é cal cul ado cas o a caso, para que s e garant a apenas que a famíli a s ai a da sit uação de mis éri a (renda per capit a mensal de R$77,00).

Além di sso, as condi cionali dades do program a s ão uma form a de al cançar t ant o os obj etivos considerados de curt o prazo quant o os de longo prazo, que s ão miti gar de form a im edi at a os efeit os da pobreza e da extrem a pobrez a e vi abiliz ar o acesso à saúde e educação.

No que t ange a s aúde, as fam íli as devem s e com prometer a m anter a vacinação das cri anças m enores de 7 anos em di a, al ém de s er necess ári o mant er o pré -nat al em di a s e houver al guma ges tant e no domi cílio.

Da mesm a forma, para garantir a capacit ação dos jovens e cri anças, os m esmos devem estar m atriculados regularm ent e em al gum a es col a e ter frequênci a mínim a de 85% se cri ança e 75% se adolescent e.

(24)

O não cumprim ent o das condici onalidades impost as pel o program a pode acarret ar na ex clus ão da famíli a do mesm o . C ontudo, exi ste a possi bilidade de s e j ustificar o descum pri ment o de al gum as dessas condi cionali dades, bast a que a fam íli a s e ori ent e com a coordenação muni cipal do programa ou procurar um assist ent e s ocial para ajudar a fam íli a superar as di ficuldades e ncont radas. No caso de a fam ília não consegui r s uperar os problemas que a faça descumpri r os crit érios de eli gi bilidade para program a, a mesm a pode ter s eu benefício suspens o, ou m esm o cancel ado.

Assim como os program as condi cionai s de trans ferênci a e rend a adotados ao redor do mundo, o P BF at ende a mil hões de famí li as at ravés da trans ferênci a di reta de renda, al ém de possi bilit ar o consumo,

estim ul ar o i nvestim ent o em educação e i ncenti var os cui dados com a saúde. Da m esm a forma, é um pot enci al aumentador de capit al hum ano à medi da que condi ciona o recebim ento do auxílio ao fat o de as cri anças receberem educação de form a regul ar.

O gráfi co 4 most ra a evolução, em milhões de reais , do P BF.

Podem os obs ervar que des de que foi instit uído, o P BF cres ceu

largament e, e com a ampli ação do programa m uit as famíli as cons egui ram sai r da situação de pobreza ou extrem a pobreza em que s e encontravam .

(25)

Gráfi co 4

Fonte: Ipea Data

(26)

6 - Dados e Metodol ogia 6.1 - Dad os

O Pres ente trabal ho utiliza os microdados da P esquis a Nacional por Amost ras de Domi cíl ios com o i ntuit o de encontrar os efeitos para os indiví duos. A P NAD é um a pesquisa reali zada todos os anos (com

exceção dos anos em que há censo dem ográfi co) pel o Insti t uto Brasil ei ro de Geografi a e Est atí stica ( IBGE), e ela recolhe t anto i nform ações

soci oeconômi cas como demográficas. Al ém disso, a pesqui sa disponibil iza duas bases de dados, um a referent e à pessoa e outra

referente ao domi cili o. O int uito do presente trab al ho com o m encionado ant eriorment e, é aval iar o impacto do recebimento do P rogram a Bols a Famíli a s obre o com port am ent o do i ndiví duo, e t ent ar inferi r se o

recebim ento do auxíl io cri a ou não al gum incenti vo perverso de m odo a faz er com que o recebedor do be nefíci o se retire (ou deixe de ent rar) do mercado de t rabalho. Cont udo, a variável referente ao recebim ent o do Programa Bol sa Fam ília es tá presente apenas na bas e de domicílios, o que di fi cult a a análi s e propost a pelo t rabalho, que é referent e à pes soa.

Sendo assim , para al cançar o objetivo proposto foi necess ário faz er a junção das duas bas es de modo a trazer a vari ável referente ao Program a Bol sa Famíli a para o nível do i ndi víduo. Os dados utiliz ados s ão

referentes ao ano de 2006, pois no ano em quest ão a PNAD apres ent a uma pergunt a es pecí fica para o recebimento do program a de

trans ferênci a de renda Bols a Famíli a. No ano em questão a am ostra da PNAD cont a com 145.547 domi cílios e 410.241 pessoas , s endo ess a amostra referent e a t odos os estados do Brasil. D e m odo geral não há na PNAD um a pergunt a referente a benefíci os de program as de t rans ferênci a de renda. Contudo, no quest ionário supl ement ar de 2006 ess a pergunt a é fei ta, e ess e é o pont o de partida do presente trabal ho. Foguel e Barros (2010) faz em uma a nális e m ais extens a, pois el es extrapolam a base e através de um m étodo de i dentificação, e estim am o im pact o do

Programa Bol sa Fam ília ao longo de al guns anos. Apes ar de t al

est ratégia s er possível, o present e t rabalho não se propõe a iss o, pois pode t er havi do mudanças si gni fi cativas no grupo de cont rol e, e, al ém

(27)

disso, dado que não se pode identi fi car a vari ável de int eres se

diret am ent e, a má identi fi cação poderi a resul tar num a estim ação vi es ada.

A PNAD di sponibili za os pesos para cada obs ervação i ndi vidual , tant o para pess oa quant o para o domi cíli o, e ess es pesos s ão usados à medi da que querem os obt er estim ati vas para todo o país, Foguel e Barros (2010).

As s eguint es s eções apresent arão a estrat égi a empíri ca do present e trabalho, bem como os princi pai s result ados e i mpressões acerca do impacto do Programa Bols a Famíli a sobre a deci são dos i ndiví duos no que t ange a es colha de se reti rar do mercado de t rabalho, ou de s e engaj ar no m ercado de trabalho i nform al, dado que o P BF im põe um a restri ção de ren da mí nima àquel es que o recebem .

6.2 - Metodologia

Na tent ativa de expli car a parti ci pação dos indivíduos no mercado de trabalho condi cionando tal fat o ao recebim ent o ou não do auxílio do Programa Bol sa Fam ília, o pres ente trabalho s e propõe a rodar um a s érie de modelos com al gumas das especi ficações utiliz adas pel a lit erat ura. A parti r da utiliz ação dos mi crodados da PNAD querem os expli car qual a probabilidade de o individuo est ar ou não na força de t rabalho.

Sabemos que o fato de um a pessoa est ar ou não na força de t rabalho depende de as pectos rel acionados às condições da econom ia e de

característ icas idi oss incráticas da pessoa. De modo que as condições gerais da economi a de cert a form a i nfl uenci am o comport am ento cícl ico da taxa de parti cipação, m as par a um det erminado cenári o econômi co o que deve expli car a vari ação na t axa de part ici pação, ou s ej a, se o indivi duo est á ou não no m ercado de t rabalho, s ão ess enci alm ent e suas característ icas idi oss incráticas.

(28)

Dado que queremos explicar, para um dado ambi ent e econômi co, qual a t axa de parti ci pação das pess oas recebedoras do P BF no mercado de trabalho, e para i s so ol haremos para as suas caract erí sti cas nes sa tax a de parti ci pação at ravés da análise dos m icrodados da PNAD referent e ao ano de 2006.

Os i ndivíduos poss uem caract erísti cas im utávei s (caract erísti cas exógenas), t ais como a sua i dade ou gênero. Espera -s e que a idade est ej a correl acionada com a parti cipação no m ercado de t rabalho porque,

intuiti vam ente, esperamos que pessoas jovens parti cipem ati vam ent e do mercado de t rabalho. Por out ro l ado, esperam os tam bém que a parti r de cert a i dade al gum as pes soas s e apos ent em, de m odo que as m esm as sai rão da força de t rabal ho. Por essa raz ão, vamos impor um a rest ri ção ao modelo, e as es ti mações feit as serão com pess oas com menos de 60 anos, pois t emos o i ntuito de expurgar os efeit os de apos ent adori a e event uai s com plexidades advindas da não -lineari dade que o m odelo t eri a em virt ude de s e est ender a idade dos i ndi víduos considerados no modelo para além de 60 anos . A razão para a escolha de exclus ão dos i ndiví duos com mai s de 60 anos se dá porque, em geral , a parti r des sa idade as pessoas s e apos ent am o que di fi cult ari a o res ult ado de um m odelo que avali a a ent rada (permanênci a) dos i ndiví duos no mercado de t ra balho.

Além di sso, t emos as questões de gênero, que devem afetar a t axa de parti ci pação por caus a de fat ores culturai s, pois podemos observar que a t axa de parti ci pação das mul heres é menor que a dos homens , apes ar dis so est ar m udando ao l ongo do t empo. Ad em ais, t em os característ icas econômicas i ndi viduais que podem fazer as pes soas

opt arem por est ar na força de t rabal ho ou não. Uma dess as característ icas é a renda famili ar, pois esperamos que a mesm a est ej a relaci onada com a parti cipação na força de trabal ho. O fato de a pessoa es tar ou não na força de t rabal ho aument a a renda famili ar. M as apesar de exi stir es se canal, que gera um a rel ação posit iva, esperam os uma rel ação positi va ent re as vari áveis. Ou seja, pessoas com a renda famili ar muit o alta podem t e r um a escol ari dade m aior e via essa escolari dade el as podem ter menor parti ci pação no m ercado de t rabalho hoj e e maior parti cipação

(29)

am anhã, de modo que existe um a séri e de canais pelos quais a renda fam ili ar pode afet ar a t axa de partici pação de um det ermi nado indi víduo.

Por fim, conform e t rat ado no trabal ho, o tent aremos es timar o impacto do recebim ento de benefí ci os s ociais sobre o m ercado de trabalho. Em parti cul ar, t rataremos dos benefí cios do Program a Bols a Famíli a.

A prim ei ra estrat égi a do pres ent e trabal ho é rodar um m odelo

linear, dado pelo MQO, para estim ar a participação das pess oas na força de trabalho controlando para um conj unt o de vari áveis, e encontram os todos os coefi ci ent es com os sinai s esperados. Como pode s er visto na prim ei ra equa ção da tabel a 1, a parti cipação do indi viduo no program a bols a famíli a (vari ável bf), anali sando - se at ravés do m odelo MQO, reduz em m ais ou m enos 2,5% a probabili dade de ess e m esm o indiví duo ser economicam ent e ativo (vari ável econ_ativ), ou s eja, de el e e st ar no mercado de t rabalho. E conform e o indiví duo fi ca m ais velho a

probabilidade aumenta. Se a pessoa em quest ão é mul her, a probabilidade de se est ar no mercado de trabalho cai 16% . Al ém diss o, a renda

fam ili ar está positivament e correlacionada com a at ividade econômi ca, com o esperado.

Todavi a, apesar de t odos os coefi ci ent es serem est atisti cam ente si gni fi cant es a 99% de confiança, s abem os que o MQO não é a m elhor forma de esti mar, pois s abemos que a mel hor form a de faz er essa anál is e de probabili dade s é através da estim ação com o m odelo probit , poi s diferentem ente do M QO, o probit é não li near rest rit o ao int erval o [0,1].

Dess a forma, rodamos também um modelo probit , que obt eve os mesmos sinais ass ociados a um modelo MQO.

(30)

Tabela 1

Em particular, quando olhamos para o “fit ” do modelo, ou seja, a forma como el e s e aj usta à realidade, observamos na t abel a 2 que o modelo diz que 76,98% dos indi víduos que est ão na força de trabalho ele diz que est ão na força de trabalho. Da m esma form a, 79,18% dos

indiví duos que não estão na fo rça de t rabalho s ão identi fi cados pelo modelo. As sim sendo, podemos perceber que el e erra os com pl em ent ares . Ou sej a, 23,02% dos indiví duos que est ão na força de t rabalho el e diz que não estão, e 20,82% dos que não est ão ele diz que est ão.

Consequentem ente , nesse m odelo conseguimos capturar bem a

vari abili dade dos indivíduos. Ou sej a, apesar de t ermos um erro de 20%,

(1) (2)

VARIÁVEIS econ_ativ econ_ativ

bf -0.0248 -0.0674

(0.00235)*** (0.000351)***

idade 0.0166 0.0511

(6.68e-05)*** (1.31e-05)***

mulher -0.165 -0.580

(0.00211)*** (0.000322)***

rend_fam 0 0

(0)*** (0)***

Constant 0.194 -0.907

(0.00228)*** (0.000341)***

Observations 187,497 78,856,647

R-squared 0.314 0.256

Notas: Robust standard errors in parentheses (no caso do probit, Pseudo R2)

*** p<0.01, ** p<0.05, * p<0.1

(31)

ess e erro est á dist ribuído entre os dois tipos, de modo que podemos diz er que o modelo est á capturando a vari abilidade das pess oas quanto à

decis ão de est ar ou não no mercado de trabal ho. Podemos diz er que o modelo em quest ão não est á jogando todo mundo pra dentro ou pra fora do m ercado de t rabal ho. Ou, de out ro modo, el e não apres ent a soluções de cant o.

Tabela 2

Classified + if predicted Pr(D) >= .5

True D defined as econ_ativ != 0

Sensitivity Pr( + | D ) 76.98%

Specificity Pr( - |~D) 79.18%

Positive predictive value Pr( D | + ) 80.81%

Negative predictive value Pr( ~D| - ) 75.12%

False + rate for true ~D Pr( + | ~D) 20.82%

False - rate for true D Pr( - | D ) 23.02%

False + rate for classified + Pr( ~D | + ) 19.19%

False - rate for classified - Pr( D | - ) 24.88%

Correctly classified 78.01%

Através da anális e da s ensibili dade do m odelo, que pode ser vist a na tabel a 2 por mei o do goodness of fit ness t est, observam os que os

result ados s ão rel ati vam ent e promiss ores. Todavi a, os coefi ci ent es

diretos dess e modelo probit não são os coefi ci ent es de im pact o m arginal, porque s eri a necessário inverter a função de dist ribuição norm al

acumul ada para cal cular t al impacto. Sendo assim , quando cal cul amos os impactos m arginais do probi t encont ramos que a probabili dade de um indiví duo est ar ou não no m ercado d e t rabalho, dado que el e recebe o

(32)

recebedor do auxílio referente ao program a. Ess e valor, apes ar de est atist icam ent e si gnifi cante, não é t ão relevant e as sim. E a

probabilidade de ele est ar n a força de t rabalho sobe. Vale not ar que o efeit o m arginal do program a bols a famíli a, ness e caso estim ado pelo probit, é muit o sim il ar ao núm ero estim ado através do M QO

ant eriorment e m enci onado.

Agora vamos para uma s egunda cl as se de regres sões, nas quais analis arem os não s ó a parti cipação do indivíduo no m ercado de t rabalho, mas tam bém s e o indivíduo é inform al ou não. Ness e caso, assi m como fei to acim a, est imaremos, por m eio de um MQO, um m odelo com as mesm as especi fi cações ant eriores, acresci do de um a variável dumm y para região nordeste. Dess e m odo vamos estim ar a probabilidade de ele ser inform al, dado todo o conj unto de variáveis ant eri ores , condi cional ao fato de o individuo t er menos de 60 anos e condi cional a el e est ar na força de t rabal ho. Ago ra, podemos perceber que o bols a famíl ia aum enta a probabilidade de o indiví duo est ar na informalidade. Ou s ej a, através da tabel a 3 é poss ível not ar que o P rograma Bols a Famíli a aument a em 3,3% a probabilidade de um indi víduo est ar na i nform ali dade (resul t ado obtido através do M QO). E, como esperado, quant o m aior a renda

fam ili ar menor a probabilidade de o i ndi víduo es tar na inform alidade. Ou sej a, es ses result ados vão de encont ro aos res ult ados obtidos

ant eriorment e, de modo que ess a anális e i ndi ca que se r benefi ciário de al gum program a de prot eção soci al é um fenômeno ass ociado à não

parti cipação no m ercado de t rabalho, e quando a parti cipação do m ercado de trabalho ocorre, há t endênci a à inform alidade. Do m esm o modo, a renda famili ar, ant es posi tivam ent e relaci onada com a força de trabalho, agora é negat ivament e relacionada com a força de t rabal ho.

(33)

Tabela 3

(1) (2)

VARIÁVEIS informal informal

bf 0.0332 0.120

(0.00354)*** (0.000568)***

nordeste 0.0318 0.121

(0.00297)*** (0.000508)***

idade -0.00381 -0.0153

(0.000112)*** (2.02e-05)***

mulher -0.0810 -0.325

(0.00261)*** (0.000476)***

rend_fam 0 0

(0)*** (0)***

Constant 0.324 -0.363

(0.00464)*** (0.000748)***

Observations 98,570 41,991,244

R-squared

0.0309 0.0337

Notas: Robust standard errors in parentheses

*** p<0.01, ** p<0.05, * p<0.1

Volt ando ao argumento s obre o fato de a regres são em M QO não ser restri ta ao conjunt o de valores do espaço param étri co da probabili dade, ou s ej a, o espaço [0,1], estim amos um m odelo probit para ess a anális e, e tal análi se obt eve os coefici entes com os mesm os sinais e t odos el es est atist icam ent e si gnifi cantes (t abela 3 equação 2). Quando faz emos a análise dos efeitos m arginais , percebem os que a probabili dade de um indiví duo est ar na informalidade, dado que el e é benefi ciári o do

(34)

el e s er parti cipant e do program a de t ransferênci a de renda em questão.

Do m esm o m odo, a probabi lidade de el e estar na i nformal idade pel a renda famili ar cai .

(35)

7 - Conclu são

Apes ar de t ermos encontrado result ados est atist icam ent e si gnifi cantes e rel ati vament e robust os, t ais res ult ados não podem s er int erpretados diret am ent e com o sugest ão de políti cas públi cas. É im portant e not ar que existem duas int erpret ações econômicas possí vei s para ess es result ados.

A prim ei ra é que a existência do Program a Bols a Famíli a caus a ambos os movim ent os (m enor parti cipação no m ercado de t rabalho e m aior

propens ão à informal idade). Todavi a não é possí vel des cart ar

com plet am ente a exi stênci a de variávei s omitidas dent ro dess a anális e e de cont rol es i nst rum ent ais que possibilit em expurgar do P BF as out ras vari áveis não obs ervadas no sist em a. Em parti cul ar, existem

característ icas do in divíduo que est ão rel acionadas ao recebi ment o do auxílio do Bols a Família e possivelm ent e relacionadas à part icipação no mercado de t rabalho, e que não est ão sendo cont rol adas no estudo. De modo que é poss ível que na vari ável de recebim ent o do benefí cio do bols a famíli a ess as vari ávei s est ej am im pactando a partici pação dos indiví duos. Ou s eja, é possí vel que vari áveis omiti das ness a anális e est ej am faz endo com que at ribuam os ao Bolsa Famíli a um a causali dade que não é dele, m as de out ros fat ores . De modo que apesar de os

result ados encontrados est arem em linha com Foguel e Barros (2010) e Barbos a e C orseuil (2014), por exem plo, é necess ário s ali entar que outras anális es de robust ez s eriam neces s ári as para que se pos sa derivar concl usões de políti cas públ icas a part ir do present e estudo.

(36)

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Referências

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