• Nenhum resultado encontrado

ANÁLISE DA POSITIVIDADE DE ENSAIOS SOROLÓGICOS PARA O VÍRUS DA DENGUE EM ACADÊMICOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "ANÁLISE DA POSITIVIDADE DE ENSAIOS SOROLÓGICOS PARA O VÍRUS DA DENGUE EM ACADÊMICOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

ANÁLISE DA POSITIVIDADE DE ENSAIOS SOROLÓGICOS PARA O VÍRUS DA DENGUE EM ACADÊMICOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Camila Antunes de Souza 094.829.589-93 Prof.ª Dr.ª Maristela Adamovski

Faculdades Pequeno Príncipe Biomedicina

camila_souza96@hotmail.com

Trabalho de estudante de graduação

PALAVRAS-CHAVE: Dengue; Sorologia; NS1, anticorpos.

RESUMO: Introdução: A dengue possui notificação compulsória e é considerada como uma das mais importantes doenças tropicais e subtropicais. Seu vírus pertence à família Flaviviridae e é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, vetor de várias outras patologias (MARTINA; KORAKA; OSTERHAUS, 2009). Atualmente suas apresentações clínicas podem ser classificadas como: dengue assintomática, dengue clássica e dengue hemorrágica (DH), podendo evoluir para o quadro de síndrome de choque da dengue; sendo que a mais frequente é a forma assintomática (MARTINA; KORAKA; OSTERHAUS, 2009; VILAS BOAS et al., 2011). Estima-se que 390 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue anualmente ao redor do mundo e, destes novos casos, apenas cerca de 96 milhões são infecções sintomáticas, o corresponde a aproximadamente 25% dos casos (ARAÚJO et al., 2017). Cerca de 3,6 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco de transmissão do vírus e aproximadamente 500.000 pessoas chegam a desenvolver a dengue hemorrágica (DH) (KATZELNICK; COLOMA; HARRIS, 2017). Há várias hipóteses sobre os motivos para o desenvolvimento das formas graves da doença, como a relação entre cepas mais virulentas e fatores genéticos do hospedeiro (MARTINA; KORAKA; OSTERHAUS, 2009). O fato de possuirmos os quatro sorotipos circulantes no Brasil aumenta as possibilidades dos habitantes desenvolverem as formas mais graves da doença, por meio de infecções cruzadas (DIAS et al., 2010). O maior problema é que vários dos infectados não possuem o conhecimento de sua sorologia, pois muitos desenvolvem apenas a forma clínica assintomática da doença. Objetivos: Verificar a frequência de positividade dos ensaios sorológicos para investigação de antígeno NS1 e anticorpos IgG e IgM, contra o vírus da dengue, nos acadêmicos de uma Instituição privada Ensino Superior de Curitiba/PR. Métodos: Foi realizada uma pesquisa experimental exploratória descritiva longitudinal com abordagem quantitativa com 58 acadêmicos de ambos os sexos de uma Instituição privada de Ensino Superior localizada em

(2)

Curitiba/PR, e analisado a frequência de indivíduos que estão, ou já foram infectados com o vírus da dengue (DENV) e que não possuem o conhecimento de sua sorologia.

A análise foi feita com testes imunocromatográficos da Bioclin de detecção de anticorpos e antígenos. Resultados: Do total de alunos não foi possível realizar os testes em três (5%), devido à dificuldade na punção venosa. O restante das amostras obtidas foram testadas tanto para detecção de anticorpos IgG/IgM quanto para antígenos NS1. Somente uma amostra positivou para a o teste que investiga IgG e IgM (1,8%) e uma para a pesquisa do antígeno viral NS1 (1,8%). Em um trabalho anterior, realizado na mesma Instituição de Ensino Superior em 2016, foram encontrados em 40 amostras testadas, 15 (37,5%) positivas para IgG, 11 (27,5%) para IgM e 1 (2,5%) positivo para NS1, onde a maioria não tinha conhecimento da sorologia e afirmou não ter desenvolvido nenhum sintoma relacionado à dengue (PEREIRA, 2016). Mas no presente estudo, somente 2 (3,5%) dos 58 voluntários obtiveram resultados positivos, dos quais, nenhum tinha diagnóstico fechado prévio da doença. A predominância da apresentação clínica assintomática permaneceu prevalente, mas a incidência dos casos foi menor do que a esperada com base em estudos prévios. Conclusão: A dengue, apesar de todos os esforços de combate ao vetor e controle da doença, ainda é uma das mais importantes arboviroses do mundo. A prevenção desta doença deve ser uma prioridade, e o desenvolvimento de novas vacinas mais eficazes e pesquisas nessa área é fundamental para melhorar ainda mais o quadro da dengue no Brasil e no mundo. A partir disso, conclui-se que é necessário um maior interesse no acompanhamento dos progressos de combate à uma doença de extrema importância para a Saúde Pública, além de investimento em pesquisas nessa área. Por fim, para um resultado mais fidedigno à real situação da população, seria recomendado a análise de um número amostral maior.

REFERÊNCIAS: ANAND, A. M. et al. Evaluation of NS1 Antigen Detection for Early Diagnosis of Dengue in a Tertiary Hospital in Southern India. Journal of clinical and diagnostic research : JCDR, v. 10, n. 4, p. DC01-4, abr. 2016.

ARAÚJO, V. E. M. DE et al. Aumento da carga de dengue no Brasil e unidades federadas, 2000 e 2015: análise do Global Burden of Disease Study 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, n. suppl 1, p. 205–216, maio 2017.

BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados, v. 22, n. 64, p. 53–

72, dez. 2008.

BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BIOCLIN. Dengue BIO. Disponível em:

<http://www.bioclin.com.br/sitebioclin/wordpress/wp-

content/uploads/arquivos/instrucoes/INSTRUCOES_DENGUE_BIO.pdf>. Acessado em 20 de Setembro de 2017.

BIOCLIN. Dengue NS1. Disponível em:

<http://www.bioclin.com.br/sitebioclin/wordpress/wp-

(3)

content/uploads/arquivos/instrucoes/INSTRUCOES_DENGUE_NS1.pdf>. Acessado em 20 de Setembro de 2017.

BHATT, S. et al. The global distribution and burden of dengue. Nature, v. 496, n. 7446, p. 504–7, 2013.

CASTRO, M. C.; WILSON, M. E.; BLOOM, D. E. Disease and economic burdens of dengue. The Lancet. Infectious diseases, v. 17, n. 3, p. e70–e78, 1 mar. 2017.

CAVALCANTI, L. P. DE G. et al. Surveillance of deaths caused by arboviruses in Brazil:

from dengue to chikungunya. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 112, n. 8, p.

583–585, ago. 2017.

DE LA GUARDIA, C.; LLEONART, R. Progress in the Identification of Dengue Virus Entry/Fusion Inhibitors. BioMed Research International. Hindawi, 24 jul.

DEEN, J. The Dengue Vaccine Dilemma: Balancing the Individual and Population Risks and Benefits. PLoS Medicine, v. 13, n. 11, p. e1002182, 29 nov. 2016.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

DIAS, L. B. A. et al. Dengue: transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento.

Medicina (Ribeirao Preto. Online), Ribeirão Preto, v. 43, n. 2, p. 143-152, jun 2010.

FARIA, N. R. et al. Genomic and epidemiological characterisation of a dengue virus outbreak among blood donors in Brazil. Scientific reports, v. 7, n. 1, p. 15216, 9 nov.

2017.

FLASCHE, S. et al. The Long-Term Safety, Public Health Impact, and Cost-

Effectiveness of Routine Vaccination with a Recombinant, Live-Attenuated Dengue Vaccine (Dengvaxia): A Model Comparison Study. PLoS Medicine, v. 13, n. 11, p.

e1002181, 29 nov. 2016.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

Apostila.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

IBÁÑEZ-BERNAL, S. et al. First record in America of Aedes albopictus naturally

infected with dengue virus during the 1995 outbreak at Reynosa, Mexico. Medical and veterinary entomology, v. 11, n. 4, p. 305–309, 1 out. 1997.

KATZELNICK, L. C.; COLOMA, J.; HARRIS, E. Dengue: knowledge gaps, unmet needs, and research priorities. The Lancet. Infectious diseases, v. 17, n. 3, p. e88–

e100, 1 mar. 2017.

(4)

LEATTE, E. P. Epidemiologia de dengue e zika vírus na 13a regional de saúde do paraná-brasil epidemiology of dengue and zika virus in the 13 th regional health of paraná , brazil. Revista Saúde e Pesquisa, v. 10, p. 259–269, 2017.

LIMA, J. R. C. et al. Interpretation of the presence of IgM and IgG antibodies in a rapid test for dengue: analysis of dengue antibody prevalence in Fortaleza City in the 20th year of the epidemic. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 45, n.

2, p. 163–167, 2012.

LIU, Y.; LIU, J.; CHENG, G. Vaccines and immunization strategies for dengue prevention. Emerging Microbes & Infections, v. 5, n. 7, p. e77, 2016.

MALAVIGE, G. N.; OGG, G. S. Pathogenesis of vascular leak in dengue virus infection.

Immunology, 151(3):261-269. Jul, 2017.

MARTINA, B. E. E.; KORAKA, P.; OSTERHAUS, A. D. M. E. Dengue virus

pathogenesis: An integrated view. Clinical Microbiology Reviews, v. 22, n. 4, p. 564–

581, 2009.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 52, 2015. Vol. 47. nº3. Brasília: Ministério da Saúde, Janeiro de 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 52, 2016. Vol. 48. nº3. Brasília: Ministério da Saúde, Abril de 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 52, 2017. Vol. 49. nº2. Brasília: Ministério da Saúde, Janeiro de 2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença aguda pelo vírus Zika até a Semana

Epidemiológica 14 de 2018. Vol. 49. nº18. Brasília: Ministério da Saúde, Abril de 2018.

MINISTÉRIO DA SÁUDE. Dengue. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-

ministerio/principal/secretarias/svs/dengue>. Acessado em 15 de novembro de 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança.

4. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Perguntas e Respostas - Dengue. Disponível em

<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/PerguntaseRespostasDengue03032017.pdf>

(5)

. Acessado em 19 de Maio de 2018.

NOVITSKI, A. Alerta sobre Dengue é emitido em Araucária pelo setor de endemias. Disponível em: <http://araucarianoar.com.br/alerta-sobre-dengue-em- araucaria-e-emitido-pelo-setor-de-endemias/>. Acessado em 8 de Maio de 2018.

OLIVEIRA, M. S. F. Vacina da dengue no Brasil. 2016. 19 f. Artigo (Graduação) - Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2016.

OMS. Diretrizes da OMS para a tiragem de sangue: boas práticas em flebotomia.

Disponível em: <http://www.who.int/infection-prevention/publications/Phlebotomy- portuges_web.pdf>. Acessado em 22 de Setembro de 2017.

PEREIRA, F. N. R. Pesquisa de anticorpos IgG para o vírus da Dengue em alunos de Instituição Privada de Ensino Superior. 2016. 51 f. Monografia (Graduação em Biomedicina) - Faculdades Pequeno Príncipe, São Paulo, 2016.

RODRIGUES, A. A. R. DE S. et al. Controle da dengue sob a ótica bioética. Revista Bioética, v. 24, n. 3, p. 478–487, dez. 2016.

ROSSO VERDEAL, J. C. et al. Recomendações para o manejo de pacientes com formas graves de dengue. Rev Bras Ter Intensiva, v. 23, n. 2, p. 125–133, 2011.

SANCHEZ-RODRÍGUEZ, O. S. et al. Natural Transmission of Dengue Virus by Aedes albopictus at Monterrey, Northeastern Mexico. Southwestern Entomologist, v. 39, n.

3, p. 459–468, 2014.

SANTOS, G. A. C. et al. Dengue: prevenção, controle e cuidados de enfermagem - revisão integrativa da literatura 2008-2013. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 20, n. 1, p. 71–78, 7 abr. 2016.

SANTOS, V. S. Mosquito-da-dengue transgênico. Disponível em:

<https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mosquito-dengue-transgenico.htm>. Acessado em 30 de maio de 2018.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CURITIBA -SMS/CSA. Boletim Epidemiológico da Dengue, Chikungunya e Zika 2018. Disponível em:

<http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/images/Boletim%20Epidemiol%C3%B3gico%20De ngue%202018-%20abril.pdf>. Acessado em 8 de Maio de 2018.

SBPC/ML - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/ MEDICINA LABORATORIAL. Os aspectos legais e riscos dos procedimentos invasivos.

Disponível em: <http://www.bibliotecasbpc.org.br/index.php?P=4>. Acessado em: 2 de Setembro de 2017.

(6)

VILAS BOAS, V. A. et al. Triagem sorológica e influência do conhecimento sobre a dengue em pacientes do ambulatório de especialidades do SUS. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 47, n. 2, p. 129–136, abr. 2011.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Weekly Epidemiological Report. World Health Organiszation, v. 30, n. 30, p. 349–364, 2016.

XAVIER, A. R. et al. Manifestações clínicas na dengue. Diagnóstico laboratorial. Jornal Brasileiro de Medicina, v. 102, n. 2, p. 7–14, 2014.

Referências

Documentos relacionados

O controlo da realização de transações entre os diferentes Fundos de Investimentos administrados pela Sociedade Gestora e das operações dependentes de

a) Gráficos das concentrações diárias de dióxido de enxofre (SO2), registradas nos analisadores das estações automáticas Vila Moema, São Bernardo, Capivari de

No artigo “A racionalidade construída da Geografia observada em um exercício epistemológico no campo da Geografia Urbana”, assinado por Rosana Figueiredo Salvi, Cláudio

O presente trabalho aplica procedimentos metodológicos de diagnóstico para a elaboração de um projeto de pesquisa de soluções alternativas de saneamento em quatro comunidades

Concluiu-se, pois, que o que Castro cha- mou de &#34;precoce desenvolvimento voltado para dentro&#34; coincide exatamente com um aspectoessencial da formapao capitalista do

Em 2014, entre as Semanas Epidemiológicas 37 e 53, foram notificados 3.657 casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya em oito municípios, pertencentes aos estados da

§ 1° - A Banca Examinadora para obtenção do título de Doutor será constituída por 5 (cinco) membros titulares, incluindo o orientador, os quais somente 1 (um) dos

Após reforma administrativa em 2011, a DEC passou a ser vinculada diretamente à Secretaria de Cultura do Estado, através da Superintendência de Desenvolvimento