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CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

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Academic year: 2022

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

01 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

O trabalho consiste na concepção de um anteprojeto de um Centro de acolhimento para refugiados, um local que visa integrar, auxiliar e amparar um imigrante e suas dificuldades acerca da língua e do mercado de trabalho, além de criar um ambiente que promova a integração do indivíduo com a comunidade local.

O PROJETO

Nos últimos anos houve um considerável aumento de imigrantes refugiados no Brasil em decorrência das crises e guerras iminentes no mundo. O amparo de imigrantes se deslocando forçadamente vem sendo mais discutido em decorrência ao aumento de imigrações no país, debates onde se vê a importância não somente nas leis que promovem estes deslocamento mas também nos fatores que os precedem, como a marginalização do indivíduo e adaptação a uma cultura diferente a uma língua estrangeira.

REFÚGIO NO BRASIL

Como visto anteriormente, o Brasil promove boas políticas para refugiados, sendo um atrativo como país de deslocamento, entretanto, mesmo com direitos fundamentais garantidos, a integração plena dos indivíduos na sociedade é algo complexo que deve ser pensado. O direito a saúde e educação, não garantem renda adequada para o sustendo do indivíduo ou família e a inserção no mercado de trabalho pleno, tendo como principal barreira a língua e a marginalização pela xenofobia da sociedade.

O Brasil é um país que dispõe de muitas leis que beneficiam refugiados, por isso é um país onde há um grande número de imigração, “A Lei de Refúgio brasileira é considerada uma das mais modernas do mundo”, afirma o ex-Presidente da República Michel Temer em discurso na ONU em 19 de setembro de 2017 sobre a Lei 9.474/97. “Os direitos do solicitante de refúgio são os mesmos direitos do estrangeiro permanente no Brasil. A Constituição Federal veda tratamento discriminatório entre brasileiro e estrangeiro, fazendo ressalva apenas com o direito ao voto e ao exercício de determinados cargos públicos”, afirma o Ministério de Justiça e Cidadania (MJC), ressaltando também que os solicitantes de refúgio no Brasil tem os mesmos direitos básicos de todos os brasileiros, sendo estes, o direito a saúde, segurança, educação e inserção no mercado de trabalho.

São considerados refugiados aqueles que saem de seu país de origem por motivos relacionados a perseguição por raça, religião, opinião política, nacionalidade, pessoas que se deslocaram de países em guerra ou conflitos internos. são deslocamentos forçados por questões que violem os direitos humanos, de acordo com o art. 1º da Lei nº 9.474/97, conhecido como Estatuto do refugiado.

“A categoria de refugiado carrega em si as noções de transitoriedade, provisoriedade e temporalidade. Os refugiados se situam entre o país de origem e o país de destino. Ao transitar entre os dois universos, ocupam posição marginal, tanto em termos identitários, culturais e sociais, assentada na falta de pertencimento pleno (...)” MOREIRA, Julia Bertino. pg. 87.

REFERENCIAIS PROJETUAIS

Os galpões são setorizados, sendo um deles voltado a administração pela polícia federal, que auxilia no atendimento e processos jurídicos dos imigrantes, com um mezanino que dispõe de computadores com acesso à internet disponibilizados pelo governo. O outro galpão serve como uma cafeteria que se integra a praça, como um espaço para socialização. O centro dispoe de um pavimento superior com terraço, que liga o bloco da cafeteria com o bloco de escritórios

Arquitetos: Escola da Cidade/ B Arquitetos CIC DO IMIGRANTE

Ano: 2016

O projeto consiste em converter um conjunto de edifícios ferroviários em um local para acolher e integrar os refugiados e imigrantes a sociedade, garantindo qualquer apoio legal e social.

O projeto foi escolhido como referência devido ao programa de necessidades, por criar espaço para o apoio jurídico do indivíduo e ainda um espaço de integração para as diversas etnias a serem acolhidas pelo centro, o pátio central no térreo é utilizado tanto para eventos do centro como espaço de permanência no dia a dia, ele cria também uma conexão entre os blocos, gerando mais fruição na implantação.

Imagem 08: Térreo do bloco de atendimento

Fonte: Archdaily Imagem 07: Perspectiva CIC

do Imigrante

Fonte: Archdaily

CENTRO COMUNITÁRIO HANGZHOU

Foi a partir dele a referencia da passarela circular que entorna o pátio central, criando um eixo onde todas as atividades acabam se abrindo para o centro. A abertura c i r c u l a r c e n t ra l t a m b é m p o s s i b i l i t a comunicação e integração de todos os pavimentos, dando vitalidade para a edificação.

O centro comunitário Hangzhou é um projeto ganhador de concurso promovido pela província da China e influenciou na forma do projeto do Centro de acolhimentos para refugiados.

Perspectiva do centro comunitário Hangzhou

Imagem 11:

Fonte: Super Impose

Passarela do centro comunitário Hangzhou Imagem 10:

Fonte: Super Impose

A escolha da ONG como referência se dá pelo programa de necessidades do instituto, tendo um local que dispõe de cursos de língua portuguesa para diversas faixas etárias e capacitação profissional, também dá apoio jurídico e intermediação junto a empresas para colocação profissional, facilitando a inserção de refugiados capacitadas no mercado de trabalho.

O instituto Adus é uma ONG que atua há mais de 10 anos na integração de refugiados a sociedade, auxilia também na inserção e capacitação do indivíduo no mercado de trabalho. O instituto dispõe de salas e espaços para reuniões em um edifício em São Paulo.

INSTITUTO ADUS

Imagem 09: Fachada do edifício que comporta o Instituto Adus

Fonte: Google earth

EDIFÍCIO ADMINISTRATIVO E FÁBRICA DE STAR ENGINEERS

A fachada colorida do edifício foi inspiração para o projeto do Centro de acolhimento a refugiados.

As telas metálicas perfuradas compostas na fachada são elementos que evitam a alta incidência solar e trazem um ponto de cor para o projeto,

Projeto assinado pelo escritório Studio VDGA de um escritório administrativo com uma fábrica em anexo.

Imagem 13:

Telas metálicas perfuradas

Fonte: Archdaily

Fachada edifício administrativo Imagem 12:

Fonte: Archdaily

SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS

ÁREA DE INTERVENÇÃO

Floripa Airport LEGENDA

Área de intervenção

Imagem 01: Bairro Centro em vista superior

Fonte: Google earth com adaptações da autora

A área para o desenvolvimento do projeto, localiza-se em Santa Catarina, na cidade de Florianópolis. O bairro selecionado é o Centro, visto que é o maior polo de desenvolvimento do município, o qual apresenta maiores oportunidades de emprego e de maior acessibilidade. Além disso, esta área também possui um contexto histórico de grande importância para a cidade, sendo o precursor do desenvolvimento na região e um dos principais bairros.

Como mostrado na imagem 01 e 02 o terreno está localizado estrategicamente em uma região que apresenta potenciais de conexão com o Terminal de Integração do Centro (TICEN) e o Terminal Rodoviário interestadual Rita Maria. É um ponto focal no meio urbano, sendo de fácil acesso para as regiões Norte e Sul da cidade, além da ponte Pedro Ivo, a qual garante a conexão com a região da Grande Florianópolis.

Imagem 02: Bairro Centro em perspectiva

Fonte: Google earth com adaptações da autora

Continente

Terminal Rita Maria

TICEN Terreno

Ponte Colombo Salles Ponte Pedro Ivo

Ponte Hercílio Luz

Como é visto na imagem 03 e 04, atualmente há uma passarela que faz ligação entre o terminal e o terreno trabalhado, que auxilia na passagem pela via da Avenida Paulo Fonte. Sendo assim, essa conexão será mantida com o intuito de não apenas atravessar a rua, mas também de criar uma ligação direta com o centro de acolhimento.

Como demonstrado no mapa 01, este terreno é circundado pelas seguintes ruas: Rua Bento Gonçalves, Rua Francisco Tolentino, Rua Pedro Ivo e a Avenida Paulo Fontes. A Rua Dr. Frederico Rolla é a via de separação entre as duas quadras que compõem a escolha do terreno para o projeto, portanto, em decorrência a seu fluxo moderado de veículos, percebe-se que a retirada da via não provocará consequências negativas ao sistema viário local, possibilitando a sua incorporação à proposta como ligação entre as duas quadras.

Mapa 01: Ruas que entornam a área de intervenção

R. Francisco Tolentino

R. Bento Gonçalves

R. Pedro Ivo Av. Paulo Fontes

R. Dr. Frederico Rolla

Imagem 04: R. Dr. Frederico Rolla

Fonte: Acervo pessoal

Terreno

Terminal Rita Maria

Imagem 03: Passarela

Fonte: Acervo pessoal

Intervenção na área

De acordo com a legislação de Florianópolis, o terreno está em uma zona ACM 12.5, com amplo potencial construtivo.

A área atualmente é composta por duas quadras, uma com galpões subutilizados e outra, por um estacionamento com lanchonetes de rua dispostas na área. A proposta visa demolir os edifícios sem uso e realocar os comércios para outra área. A R. Dr. Frederico Rolla, como citada anteriormente, é integrada às duas quadras propostas.

Mapa 04: Ruas que entornam a área de intervenção

92,75

60,65 78,06

A= 6.402,43

65,42 18hs 6hs

Vento sul

Visuais

Atualmente há um estacionamento entre o terreno trabalhado e o mercado público, gerando obstrução visual. A proposta seria criar uma conexão entre o centro e o mercado público, por ser uma construção de extrema importância para a cidade.

POTENCIAL VISUAL

Vento nordeste Imagem 05: Sol, ventos e visual

Fonte: Google earth com adaptações da autora

Imagem 06: Eixo visual com mercado público

Fonte: Google earth com adaptações da autora

Cheios LEGENDA:

Estacionamentos Vazios

0 10 50 100

O terreno é inserido em um polo central, onde em seu entorno tem mais edifícios de caráter comercial, ideal ao contexto proposto no projeto devido a maior oportunidades de emprego, este fator, conciliado a quantidade de pessoas que transitam pela área, geram uma implantação com vitalidade e que possibilita maior integração entre os usuários do centro e a comunidade local. O entorno do terreno é composto, em sua maioria, por edificações com poucos pavimentos, tendo uma insolação direta na implantação.

SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO

O bairro carece de espaços de respiro na malha urbana, em contrapartida, na região da orla, há diversas áreas verdes vazias que não possuem integração com o restante do bairro devido às vias que acabam atuando como barreiras, dificultando o acesso e a possibilidade de uma integração plena com o restante da área.

MAR Comercial

LEGENDA:

Misto

Institucional Áreas verdes

0 10 50 100

Residencial

Mapa 03: Cheiros e vazios Mapa 02: Uso dos solos

O centro de acolhimento a refugiados é projetado para integrar pessoas que sofreram migração forçada de seu país de origem. O local atua na parte jurídica, psicológica e social do indivíduo. A palavra acolhimento atribuída ao nome do centro enfatiza o caráter da edificação, que não é apenas um local para suprir as necessidades iniciais do indivíduo, mas sim, um local que possa evitar a marginalização do refugiado e incentivar a interação do indivíduo e da sociedade local, criando a relação de pertencimento e acolhimento.

Após os estudos de diagnóstico da área e viabilidade de projeto, onde foram observadas as principais problemáticas da região, se deu início ao partido conceitual tendo como base a melhor forma de solucionar os problemas observados juntamente com as necessidades que o centro deveria suprir e, com base nisto, foram desenvolvidas as diretrizes do projeto.

PROPOSTA

- Setorizar os usos, deixando no térreo a área pública e de comércio e nos pavimentos acima atividades voltadas a educação e atendimento aos refugiados.

- Criar espaços que garantam o acolhimento judicial e social do indivíduo refugiado.

- Criar espaços públicos de lazer e convívio que possibilitem um primeiro contato do refugiado com a comunidade local.

- Criar espaços de comércio no terreno, incentivando o uso do centro pela comunidade local.

- Criar uma implantação não só como um espaço de permanência mas também como passagem.

- Na área marcada na imagem 14 propor o uso do projeto Largo do mercado por Hector Vigliecca, ganhador do concurso proposto pela prefeitura de Florianópolis em 2010 para a área. A inserção do projeto no entorno visa criar conexões com o mercado público e com o Terminal de integração do Centro (TICEN).

- Criar calçadão para a R. Frederico Rolla para pedestres e propor o uso de via gastronômica no terreno ao lado do projeto de intervenção, com o intuito de trazer mais vitalidade para a região com a possibilidade de funcionamento no turno da noite, trazendo mais segurança para o entorno.

- Incentivar o uso misto no entorno.

- Implementar sistema viário proposto pelo projeto do Hector Vigliecca.

- Qualificar o passeio, colocar ciclovia no entorno e travessia na R. Pedro Ivo.

- Realocar as edificações de uso comercial que estão no terreno e demolir os galpões subutilizados.

Imagem 14:

Mapa para diretrizes Fonte: Autora

Fonte da imagem anexa:

Hector Vigliecca

Propor uso misto no entorno Via gastronômica

Calçadão para a R. Dr. Frederico Rolla Conexão com o terminal rodoviário Rita Maria pela passarela

LEGENDA:

Para a concepção da volumetria, teve como primeiro partido a criação de um pátio central, que é instrumento de integração e passagem pelo centro de acolhimento, por este motivo determinou-se que o pavimento térreo teria cunho público, criando espaços comerciais de lojas e restaurantes. O outro parâmetro a ser considerado foi a passarela que vem do Terminal rodoviário Rita Maria, que foi conectada ao segundo pavimento para garantir a facilidade de acesso ao centro de acolhimento e, por consequência, é um pavimento voltado aos refugiados, onde tem a área de atendimento e cursos. Para garantir o acolhimento dos indivíduos em todos os cenários possíveis foi criado um terceiro pavimento com habitações temporárias, em casos onde a assistência jurídica ainda está em andamento no processo de moradia.

EVOLUÇÃO DA VOLUMETRIA

O terceiro estudo volumétrico foi composta por um térreo mais aberto, criando mais fluxos pelo terreno e optando por tornar o edifício linear.

A passarela tem seu espaço de corredor aumentada na proposta final é o único elemento orgânico na edificação, ela também passa a ser um elemento de convívio e não apenas de passagem como proposto na segunda volumetria.

No segundo estudo volumétrico optou- se por formas mais orgânicas, criando uma passarela redonda que era circundada pelo centro.

No primeiro estudo volumétrico, o pátio central agia apenas como elemento de passagem, tendo uma modulação que não era tão interessante e acabava agindo como barreira por ter apenas uma possibilidade de fluxo.

Imagem 15: Croqui feito pela autora Imagem 16: Croqui feito pela autora

Imagem 17: Esquema feito pela autora

Mais possibilidades de fluxo

Imagem 18: Croqui feito pela autora

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

MERCADO PÚBLICO

TICEN

Canteiros para garantir conforto térmico na área

Passarela circular como e s p a ç o d e c o n v í v i o e passagem

Passarela de conexão com o Terminal Rita Maria Perspectiva

Sem escala

Fonte: Hector Vigliecca

REFERENCIAIS TÉORICOS

B R A S I L , L e i n ° 9 . 4 7 4 , 2 2 d e J u l h o d e 1 9 9 7 . d i s p o n í v e l e m http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9474.htm

SILVA, G. J; CAVALCANTI, L; OLIVEIRA, T; MACEDO, M. Refúgio em Números, 5ª Ed.

Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública/

Comitê Nacional para os Refugiados. Brasília, DF: OBMigra, 2020.

FELICE, Juliana. Migração internacional: Desafios enfrentados pelas populações deslocadas

na chegada ao Brasil. Fadismaweb. 2019. Acessado em 08 de Mar 2022. migracao internacional-desafios-enfrentados-pelas-populacoes.pdf (fadismaweb.com.b

https://www.archdaily.com.br/br/881109/centro-comunitario-rehovot-kimmel-eshkolotarchitects Kimmel Eshkolot Architects] 15 Out 2017. ArchDaily Brasil. Acessado 25 Mar 2022.

Centro Comunitário Rehovot / Kimmel Eshkolot Architects" [Rehovot Community Center /

CIC do Imigrante / Escola da Cidade + B Arquitetos" [CIC do Imigrante / Escola da Cidade + B Arquitetos] 24 Mai 2017. ArchDaily Brasil. Acessado 26 Mar 2022. Disponível em:

https://www.archdaily.com.br/br/871396/cic-do-imigrante-escola-da-cidade-plus-b-arquitetos MOREIRA, Julia Bertino. REFUGIADOS NO BRASIL: REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO LOCAL. 2014. 14 f. Artigo, Brasília, 2014.

BRASIL. Ministério daJustiça e Segurança Pública. MJC esclarece principais dúvidas sobre refúgio, asilo político e visto humanitário. Brasília, 2016. Disponível em https://www.justica.gov.br/news/mjc-esclarece-principais-duvidas-sobre- refugio-asilo-politico-e-visto-humanitario

REFUGEES, United Nations High Commissioner For (org.). GLOBAL TRENDS: forced displacement in 2020. FORCED DISPLACEMENT IN 2020. 2021. Disponível em: https://www.unhcr.org/60b638e37/unhcr-global-trends-

2020#_ga=2.149120630.1345321275.1655497513-169275869.1646750753. Acesso em: 16 mai. 2022.

VIGLIECCA, Hector. Largo do Mercado. 2010. Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/pt- BR/projects/market-square#gallery. Acesso em: 10 mar. 2022.

Continente

Sul da ilha Norte da

ilha

(2)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

02 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

IMPLANTAÇÃO

Projeção passarela

CONEXÃ O COM O TICEN

PASSARELA DE

CONEXÃ O COM O

TERMINAL R ODO VIÁRIO

CONEXÃO COM O MERCADO PÚBLICO

R. FRANCISCO TOLENTINO

CONEXÃ

O COM A VIA GASTRONÔMICA

N

ACESSO DE VEÍCULOS

Claraboia para iluminação e ventilação de quartos e banheiros enclausurados

Pilar metálico com pintura acrílica fosca na cor bege

Telhas em fibrocimento

Paredes da escada em alvenaria estrutural Escada circular como

elemento estético Garden

Passarela de conexão com o t e r m i n a l rodoviário

Corte A1 com fachada interna Escala 1:250

Escala 1:250

Corte A2 com fachada interna

CORTES NO TERRENO

Edificações do entorno

Edificações do entorno

O c a m i n h o s e r v e c o m o conexão e apoio à via gastronômica proposta. As arquibancadas criam uma área de estar tanto para os usuários do centro como para os p e d e s t r e s . A m o d u l a ç ã o d a arquibancada também é uma forma de conexão com a via.

A passarela que vem do Terminal rodoviário Rita Maria é conectada diretamente ao primeiro pavimento da edificação a fim de facilitar ao máximo o trajeto para o Centro de acolhimento. Ela também desponta na implantação promovendo o fluxo de pessoas no térreo.

Com o intuito de criar uma conexão com o projeto Largo do Mercado, do Hector Vigliecca, foi direcionado a saída subterrânea do projeto citado com uma das entradas do Centro de acolhimento. Foi feito o uso de pavimentação usando o amarelo como cor de destaque, devido a pavimentação do Largo do mercado.

Os caminhos voltados para a Rua Francisco Tolentino propostos na implantação são abertos para as edificações de uso misto no entorno. O intuito é fazer com que haja mais eixos e aberturas para promover a vitalidade na área, fazendo com que a edificação também seja um espaço de passagem, se tornando mais convidativa e trazendo maior movimento de pessoas nas lojas propostas no térreo

No caminho direcionado ao TICEN (Terminal de integração do Centro) foi proposto expositores de arte com produções autorais dos usuários do Centro de acolhimento, criando uma galeria a céu aberto. O local em que os expositores foram posicionados na implantação é estratégico devido ao fluxo intenso do terminal, atraindo mais pessoas a conhecer e contemplar as obras.

Expositores

VOLUMETRIA

Escala 1: 250

AV. PAULO FONTES

R. BENT

O GONÇAL VES

R. PEDR O IV

O

Sem escala

Implantação em perspectiva

Vista do corredor de acesso ao pátio central

Perspectiva do Centro de acolhimento pela área de exposições aberta

Perspectiva do Centro de acolhimento pela passarela

Vista frontal da fachada da R. Pedro Ivo

Pátio central Área total do terreno: 6.402,43m²

Área primeiro pavimento: 1.200,18m² Área pavimento térreo: 542,26m²

Área segundo pavimento: 794,18m² Total construído: 2.536,62m²

(3)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

03 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

planta pavimento térreo

O pátio central além de ser uma área de convívio, também é um elemento de integração entre os pavimentos, já que é possível visualizá-lo de todos os andares e a edificação é construída em torno dele.

CORTES

Claraboia para iluminação e ventilação de quartos e

banheiros enclausurados Laje nervurada Pilar metálico Telhas em fibrocimento Paredes em alvenaria

Laje nervurada Claraboia

Passarela de conexão com o terminal rodoviário Laje nervurada

em balanço para sombreamento na fachada

Corte A3 Escala 1:125

Corte A3 Escala 1:125

Escala 1: 125

A loja galeria é tanto um espaço de venda dos artigos produzidos nos cursos de Artesanato e pintura como também um espaço de exposição, onde as obras são expostas nas vitrines, criando uma galeria na parte externa do edifício.

O café é o local de venda das produções feitas na cozinha escola, movimentando a economia do centro e garantindo uma parcela da renda para os participantes do curso.

Como apoio, foi criada uma área de refeição entre o Café e a Loja de roupas, onde em dias com menos incidência do vento sul é possível abrir a porta e integrar essa área com a parte externa do centro.

O programa de necessidades do pavimento térreo foi proposto para suprir atrair a comunidade, sendo uma área pública. As lojas criadas são, em sua maioria, estabelecimentos administrados pelos usuários do centro, criando uma fonte de renda para manter as despesas do local e uma renda própria para o indivíduo.

Os estabelecimentos terceirizados são o restaurante e a biblioteca, criados para ser um atrativo adicional à comunidade local, fomentando a vitalidade na edificação e a economia para o centro.

A estrutura do edificio é composta por pilares metálicos e lajes nervuradas. A escolha do sistema construtivo se deu devido a necessidade das vitrines até o teto no pavimento térreo. Por este motivo, a laje direcionada a R. Francisco Tolentino tem um balanço de dois metros da edificação no pavimento térreo, para garantir sombreamento nas lojas e criar um passeio livre para os pedestres na implantação.

Planta pavimento térreo Escala 1:125

N

Vent. mec.

Pavimento térreo Primeiro pavimento

Segundo pavimento Cobertura

Sem escala

Perspectiva conica explodida

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

04 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

Pintura com tinta acrílica fosca na cor bege

Chapa metálica perfurada Vitrines com janelas

altas como atrativo parar as lojas no térreo Escada circular como

elemento estético Passarela de conexão com

o terminal rodoviário

Porta como possibilidade de integração na parte externa e como barreira contra o vento

Ripas de madeira com cobertura de vidro como elemento estético

Passarela de conexão com o terminal rodoviário Janelas grandes voltadas para

pátio central como conexão entre os pavimentos

Escala 1:125

Elevação 01: Fachada Av. Paulo Fontes

N

Elevação 02: Fachada R. Pedro Ivo Escala 1:125

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

FACHADAS

Edificações do entorno

Edificações do entorno

Escala 1: 125

Vent. mec.

Vent. mec.

O primeiro pavimento é composto por salas de aula e atendimento jurídico.

Uma parte da circulação circular se sobressai do volume dando um visual do projeto proposto do Largo do mercado e, consequentemente, o Mercado público.

A passarela, como citado anteriormente, é um elemento existente que no projeto foi requalificado para despontar no primeiro pavimento e no pavimento térreo, promovendo a vitalidade na edificação. Ela foi conectada ao primeiro pavimento também para facilitar o acesso do refugiado ao centro de acolhimento e para direcioná-lo melhor, foi posicionada a recepção na chegada da passarela.

A vegetação proposta no pátio central torna a circulação do primeiro pavimento mais confortável devido à árvore que avança o vazado circular.

A área de atendimento jurídico é feita por guichês, mas para questões mais delicadas e que necessitam de mais privacidade foi proposto no programa de necessidades o atendimento privado.

Os cursos propostos no programa dão ênfase na inserção do indivíduo no mercado de trabalho, para profissionalizá-lo. Os cursos voltados a questões artísticas são de extrema importância tanto na área psicológica, para expressar questões emocionais como forma de arte, como também na renda, em que é possível obter lucro com as confecções de projetos e venda nas lojas propostas no pavimento térreo.

Como estratégia climática e composição de fachada, optou-se pelo uso de chapas metálicas perfuradas, pela resistência a intempéries climáticas e fácil manutenção. As chapas estão conectadas a trilhos invisíveis na laje que podem ser deslocados horizontalmente a medida da necessidade de iluminação.

Ver Det. 01

Ver Det. 01

Ver Det. 04

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

05 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

Chapa metálica perfurada com pintura eletrostática branca Chapa metálica perfurada com

pintura eletrostática amarela Chapa metálica perfurada com

pintura eletrostática vermelha

Chapa metálica perfurada com pintura eletrostática azul Chapa metálica perfurada com

pintura eletrostática roxa

Passarela de conexão com o terminal rodoviário

Expositor de obras artísticas

Volume reservat’rio

Elevação 03: Fachada R. Francisco Tolentino Escala 1:125

Elevação 04: Fachada R. Bento Gonçalves Escala 1:125

N

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO

FACHADAS

Escala 1: 125

O segundo pavimento é composto por unidades habitacionais para fins emergenciais e temporários. É composto por 6 unidades com uma suite, 4 unidades com dois quartos para famílias e 2 unidades com dois quartos e sala. O andar também tem uma sala de estar comum para convívio, uma cozinha para uso coletivo e um espaço externo.

A conexão entre os três pavimentos se vê presente em todas as áreas de uso comum na parte residencial do edifício, podendo-se observar o pátio central em todas as janelas.

A conexão entre os três pavimentos se vê presente em todas as áreas de uso comum na parte residencial do edifício, podendo-se observar o pátio central em todas as janelas.

Uso das chapas metálicas no living

Muitos comodos propostos haviam ficado enclausurados e como solucao, foi criado uma claraboia para garantir ventilacao e iluminacao no ambiente

Corte esquemático claraboia

Área do Garden Área do Garden

Vidro temperado com proteção solar sem reflexão (modelo Habitat Neutro ou semelhante)

Ver Det. 04

Ver Det. 01

Ver Det. 01

Ver Det. 03

Visão primeiro e segundo pavimento

(6)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ARQUITETURA E URBANISMO - PROJETO

CENTRO DE ACOLHIMENTO A REFUGIADOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA FERNANDA MARIA MENEZES

2022-B

06 /06

PRANCHA ACADÊMICA YASMIN WAHID AHMAD

PLANTA COBERTURA

DETALHES

Escala 1: 125

Detalhe 01: Trilho da chapa metálica Escala 1:25

Detalhe 04: Cobertura de vidro no ripado de madeira Escala 1:25

Detalhe 02: Claraboia Escala 1:25

Detalhe 03: Floreira Escala 1:25

Perspectiva Sem escala

Escala 1:25

Ampliação detalhe 04: Distanciamento entre perfis de madeira

Comitê Nacional para os Refugiados. Brasília, DF: OBMigra, 2020.

Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública/ SILVA, G. J; CAVALCANTI, L; OLIVEIRA, T; MACEDO, M. Refúgio em Números, 5ª Ed.

FELICE, Juliana. Migração internacional: Desafios enfrentados pelas populações deslocadas

na chegada ao Brasil. Fadismaweb. 2019. Acessado em 08 de Mar 2022. migracaointernacional- desafios-enfrentados-pelas-populacoes.pdf (fadismaweb.com.b

Centro Comunitário Rehovot / Kimmel Eshkolot Architects" [Rehovot Community Center / Kimmel Eshkolot Architects] 15 Out 2017. ArchDaily Brasil. Acessado 25 Mar 2022.

https://www.archdaily.com.br/br/881109/centro-comunitario-rehovot-kimmel-eshkolotarchitects

https://www.archdaily.com.br/br/871396/cic-do-imigrante-escola-da-cidade-plus-b-arquitetos B Arquitetos] 24 Mai 2017. ArchDaily Brasil. Acessado 26 Mar 2022. Disponível em:

CIC do Imigrante / Escola da Cidade + B Arquitetos" [CIC do Imigrante / Escola da Cidade +

MOREIRA, Julia Bertino. REFUGIADOS NO BRASIL: REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO LOCAL. 2014. 14 f. Artigo, Brasília, 2014.

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Ver Det. 02

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a toda minha família, mas principalmente meus pais por todo apoio sempre. Meus pais, nascidos na Palestina, sempre me ajudaram a ver a realidade capaz de fazer este projeto.

Obrigada aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado me apoiando e confortando, cada um de vocês é essencial na minha vida. Obrigada às minhas amigas da arquitetura que estiveram comigo todos estes anos me incentivando e me ajudando mais vezes que posso lembrar.

Obrigada também aos professores que me ajudaram e ensinaram tanto durante estes anos de faculdade, vocês mostraram a importância da arquitetura na vida das pessoas e são os maiores exemplos de profissionais a seguir. Obrigada em especial a minha orientadora, que me ajudou e acalmou tanto durante este processo.

Pátio central

Vista pátio central do primeiro pavimento Vista da fachada pela R. Pedro Ivo

Vista da fachada pela R. Pedro Ivo

Vista dos perfil de madeira no primeiro pavimento

Referências

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