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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS AGRONOMIA

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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS AGRONOMIA

HYGOR MENDONÇA MOREIRA

ADUBAÇÃO POTASSÍCA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DO MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Metropolitana de Anápolis como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

Anápolis, GO 2018

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HYGOR MENDONÇA MOREIRA

ADUBAÇÃO POTASSÍCA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DO MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Metropolitana de Anápolis como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

Orientador: Prof. MSc. Vanderli Luciano da Silva

Anápolis, GO 2018

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HYGOR MENDONÇA MOREIRA

ADUBAÇÃO POTASSÍCA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DO MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso DEFENDIDO E APROVADO em 18 de junho de 2018, pela Banca Examinadora constituída pelos membros:

__________________________________________

Prof. MSc. Vanderli Luciano da Silva

Presidente –Faculdade Metropolitana de Anápolis FAMA

Prof. Dr. Vinicius Almeida Oliveira Membro –Faculdade Metropolitana de

Anápolis- FAMA

Prof.Dr. Ronice Alves Veloso Membro –Faculdade Metropolitana de

Anápolis- FAMA

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... 5

LISTA DE FIGURAS ... 6

RESUMO ... 7

ABSTRACT ... 8

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 11

2.1 MILHO ... 11

2.2 CARACTERISTICAS AGRÔNOMICAS DO MILHO ... 12

2.3 ADUBAÇÃO NA CULTURA DO MILHO ... 13

2.4 POTÁSSIO (K) ... 13

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 17

5 CONCLUSÃO ... 20

6 REFERÊNCIAS ... 21

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Recomendação de adubação potássica para a cultura do milho, com base na análise do solo ... 14 Tabela 2. Diâmetro de colmo em cm, altura (H) da primeira espiga em metros e altura (H) de planta em metros em função das diferentes épocas de aplicação da adubação potássica na cultura do milho. ... 17 Tabela 3. Produtividade de massa verde (MV) para produção de silagem em função das diferentes épocas de aplicação da adubação potássica na cultura do milho. ... 18

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Produtividade de Massa Verde em Kg ha-1 em função dos períodos de aplicação da adubação Potássica... ... ...18

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RESUMO

MOREIRA, H. M. Adubação Potassíca em Diferentes Épocas De Aplicação Sobre As Características Do Milho . 2018. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Faculdade Metropolitana de Anápolis, Anápolis, Goiás, 2018.1

O Brasil é um grande produtor de milho e apresenta condições climáticas favoráveis para produção de grãos nas diversas regiões do país, no entanto a produtividade ainda é considerada baixa e para superar essa barreira o uso e entendimento dos nutrientes tais como o potássio é de extrema importância. Nesse contexto,objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da adubação potássica aplicada em diferentes épocas na cultura do milho. O trabalho foi conduzido no município de Itaguaru- GO, num Argissolo Vermelho. O preparo do solo foi convencional com duas gradagens. As variáveis avaliadas foram: diâmetro do colmo em cm;

altura da primeira espiga em m; altura da planta em m e produtividade de massa verde em kg ha-1. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com cinco repetições e cinco tratamentos por bloco, sendoT1 (testemunha, sem K); T2 (aplicação do K no sulco de semeadura); T3 (aplicação do K em cobertura aos 10 dias após semeadura); T4 (aplicação do K em cobertura aos 20 dias após semeadura) e; T5: (aplicação do K em cobertura aos 40 dias após semeadura) utilizando 100 kg ha-1de K2O. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste Tukey a 5%. Todas as variáveis analisadas diferiram estatisticamente entre si (p<0,05), exceto a altura da primeira espiga em m. Os resultados mostraram que as variáveis diâmetro do colmo em cm e produtividade de massa verde em kg ha-1obtiveram maior eficiência com K aplicado 20 dias após a semeadura, evidenciando a necessidade do nutriente e a importância da época de aplicação do mesmo.

Palavras-chave: Nutrição; Produção; K2O; Zea mays;

1 Orientador (a): Prof. MSc. Vanderli Luciano da Silva. FAMA.

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ABSTRACT

MOREIRA, H. M. Potassic Fertilization At Different Times Of Application On The Agronomic Characteristics Of Maize.2018. 22 f. Final Project (Graduation in Agronomy) – Faculdade Metropolitana de Anápolis, Anápolis,Goiás 2018.1

Brazil is a major producer of maize and has favorable climatic conditions for grain production in the different regions of the country, however, productivity is still considered low and to overcome this barrier, the use and understanding of nutrients such as potassium is extremely important. In this context, the purpose of this study was to evaluate the effect of potassium fertilization applied at different times in the maize crop. The work was conducted in the municipality of Itaguaru-GO, in a Red Argissolo. Soil preparation was conventional with two gradations. The evaluated variables were: stalk diameter in cm; height of the first tenon in m;

plant height in m and yield of green mass in kg ha-1. Experimental slope was the block with acasocom five replications and five treatments per block, being T1 (control, without K); T2 (application of K in the sowing furrow); T3 (application of K on cover at 10 days after sowing); T4 (application of K on cover at 20 days after sowing) and; T5: (application of K on cover at 40 days after sowing) using 100 kg ha-1 of K2O. Data were submitted to analysis of variance and Tukey test at 5%. All variables analyzed differed statistically from each other (p <0.05), except for the height of the first spike in m. The results showed that the variables stem diameter in cm and green mass yield in kg ha-1obtained greater efficiency with K applied 20 days after sowing, evidencing the necessity of the nutrient and the importance of the time of application of the same.

Key words: Nutrition; Production; K2O; Zea mays.

1Adviser: Prof. MSc. Vanderli Luciano da Silva. FAMA.

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1 INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays) é mundialmente uma das espécies agrícolas de maior importância socioeconômica. É uma das principais fontes de alimentação humana e destaca-se pela sua utilização como grãos, silagem, ração animal e matérias primas para vários produtos industriais, gerando empregos diretos e indiretos (EMBRAPA, 2017).

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho. Apresenta condições climáticas favoráveis para produção de grãos nas diversas regiões do país, no entanto a produtividade ainda é considerada baixa. Visando melhorar essas estimativas, tem-se implantado à adoção de tecnologias como a utilização de cultivares de elevado potencial produtivo, uso de corretivos e fertilizantes (substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de nutrientes às plantas), associado aos processos constantes de inovação no manejo das lavouras. Somando tudo isto aos custos de produção envolvidos, o resultado final é a geração de renda aos agricultores e à economia nacional (EMBRAPA, 2017).

Nos solos tropicais, especialmente no Cerrado, que possuem elevada acidez, encontram-se baixos teores de nutrientes na forma disponível às plantas. Nesse contexto, é inevitável a busca por melhores respostas produtivas, requerendo assim, gastos significativos com corretivos e fertilizantes (SOUSA & LOBATO, 2004).

Ao planejar a adubação do milho, deve-se levar em consideração aspectos como: a diagnose adequada dos problemas, quais nutrientes devem ser considerados na área a ser cultivada, pois muitos solos têm adequado suprimento de cálcio (Ca), magnésio (Mg), quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) necessárias na semeadura (determinadas pela análise de solo), qual a fonte, quantidade e quando aplicar o fertilizante (baseado na produtividade desejada) e quais nutrientes podem demonstrar problemas nesse solo (EMBRAPA, 2017).

Depois do nitrogênio, o potássio é o elemento absorvido em maiores quantidades pelo milho. Até pouco tempo, as respostas ao potássio, eram menos frequentes que aquelas observadas para fósforo e nitrogênio, devido principalmente, aos baixos níveis de produtividade obtidos (COELHO, 2006).

Embora tenha havido notável avanço nas pesquisas sobre fertilidade do solo e nutrição de plantas nas últimas décadas, ainda faltam informações atualizadas quanto às exigências nutricionais do milho. Nesse contexto, visando oferecer subsídios aos produtores e aumentar a produtividade agrícola e a qualidade dos produtos é que se torna viável analisar a

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fertilização a base de potássio no cultivo de milho, buscando sempre o menor impacto ambiental possível.

Assim, objetivou-se com este estudo, avaliar o efeito da adubação com potássio em diferentes épocas de aplicações nas características agronômicas do milho.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MILHO

O milho (Zea mays) é de longe o grão mais cultivado e consumido no Brasil, sendo que a área ocupada na safra 2017 foi de aproximadamente 16.515 milhões de hectares, fornecendo produtos largamente utilizados na alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria (CONAB, 2017). O mercado brasileiro de milho firmou-se como terceiro maior produtor do mundo, atrás dos Estados Unidos que utiliza boa parte da produção ao biocombustível e atrás da China, que não produz o suficiente nem para o mercado interno (ABRAMILHO, 2017).

Os principais consumidores de milho no Brasil são os produtores de aves (para corte e postura) e de suínos, os quais utilizam o milho como insumo principal para ração.

Contudo, o uso do milho não se limita à indústria alimentícia, é usado também como matéria prima na produção de elementos espessantes, colantes e na produção de óleos, entre outros (IBGE, 2017). A cultura deste cereal assume importante papel socioeconômico por demandar muita mão de obra e consequentemente gerar grande quantidade de empregos.

Esta cultura no Brasil vem passando por constantes mudanças tecnológicas que contribuem para aumentos significativos da produtividade. Destaca-se a busca continua por melhorias na qualidade dos solos, objetivando uma produção sustentável. Nesse sentido, o adequado manejo está diretamente relacionado com as eventuais melhorias. Dentre as práticas adotadas, podemos incluir a rotação de culturas, o plantio direto e o manejo da fertilidade (calagem, gessagem e adubação equilibrada) (EMBRAPA, 2017).

O Estado de Goiás começou a apresentar aumento da produção agrícola a partir de meados dos anos 70, fomentado pelas políticas agrícolas do governo federal. Assim, através desses incentivos técnicos e financeiros, e a posterior propagação tecnológica do cultivo de grãos no cerrado, a região passou a fazer parte do cenário agrícola nacional. Neste contexto, o aumento da produção de grãos na região, se deu pela correção da fertilidade dos solos no cerrado, principalmente pelas pesquisas desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Assim, o solo do cerrado, com elevada acidez e “pobreza” de nutrientes essenciais passou a ser apropriado ao cultivo de grãos (RODRIGUES, 2012).

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2.2 CARACTERISTICAS AGRÔNOMICAS DO MILHO

O milho é uma gramínea pertencente à família Poaceae, e sua espécie é a Zea mays L. e pertencem à tribo Maydeae, que possui sete gêneros, dos quais dois são nativos do hemisfério ocidental e cinco da Ásia. Calcula-se que seu local de origem seja a América Central ou o México, tendo sido desenvolvido há 8 ou 10 mil anos (EMBRAPA, 2017).

A semente do milho classificada botanicamente como cariopse (grão) apresenta três partes: o pericarpo (parte mais externa da semente); o endosperma (envolvida pelo pericarpo, é constituída de amido e carboidrato, sendo determinante no processo de germinação); e o embrião. Quando as condições de temperatura e umidade são favoráveis, a semente do milho germina em cinco ou seis dias. A temperatura do solo deve ser superior a 10ºC, sendo considerada adequada 15ºC. Na fase de desenvolvimento vegetativo e floração as temperaturas variam de 24 a 30ºC (BARROS & CALADO, 2014).

O milho tem raízes nodais ou fasciculadas, também conhecida como “raiz em cabeleira”, com grande desenvolvimento. São raízes que partem dos primeiros nós do colmo, dando sustentação física à planta (EMBRAPA, 2017). O colmo possui, de acordo com Barros& Calado (2014), diâmetro avaliado entre 21,2 a 23,3 mm, levando-se em consideração a variedade do milho e as condições de plantio. Pode atingir uma altura de cerca de dois metros, podendo o seu porte variar em função do próprio híbrido, das condições climáticas, do fornecimento adequado de água à planta, das características do solo e da fertilidade do mesmo, da disponibilidade de nutrientes, etc. (EMBRAPA, 2017).

O milho apresenta colmo ereto, em geral não ramificado e apresenta nós e entrenós que se denominam de meritalos. Além de ter a função de suportar as folhas e partes florais, é também um órgão de reserva, pois armazena sacarose. Quando alcança cerca de 15 centímetros de altura, o caule já está formado, possuindo as folhas, os primórdios da inflorescência feminina que irão constituir a espiga, localizada na axila das folhas e, já possui também os primórdios da inflorescência masculina, situada na extremidade do caule (EMBRAPA, 2017).

Segundo Barros & Calado (2014), as plantas do milho são consideradas de folha estreita, com o seu comprimento a ser muito superior à largura. A espiga nasce a aproximadamente 1,06 a 1,30 metros do solo, dependendo do híbrido.

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13 2.3 ADUBAÇÃO NA CULTURA DO MILHO

A adubação adequada do solo é essencial para a obtenção da produtividade dos grãos, permitindo ao mesmo tempo, um rendimento econômico satisfatório e a manutenção do potencial produtivo do solo, garantindo o equilíbrio do meio ambiente. A adubação começa com a análise do solo, continua com a correção da acidez e termina com a aplicação do fertilizante.De acordo com Castro (1989) a adubação dos solos é um fator indispensável à manutenção da fertilidade e à obtenção de safras grandes, e o considerável aumento da produção.

O milho, entre as espécies cultivadas, é classificado como sendo de tolerância mediana às condições de acidez e toxidez. Entretanto, deve-se acrescentar que isso depende da ocorrência ou ausência de déficit hídrico, dos teores de matéria orgânica e potássio no solo e da variedade de milho (VIANA, 2008). Suas exigências nutricionais diferem quanto à extração de nutrientes e à remobilização destes dos diferentes órgãos da planta para os grãos.

Desse modo, é importante conhecer as particularidades dos nutrientes e a quantidade mais adequada para garantir o equilíbrio nutricional da planta, de forma a alcançar o máximo do seu potencial genético, permitindo assim, determinar o potencial de resposta à adubação e as épocas de maior exigência nutricional da cultura (VASCONCELLOS et al.,1998).

O que se almeja com a análise e o manejo do solo é obter as condições iniciais favoráveis ao estabelecimento e crescimento das plantas, de tal forma que se assegure uma população de plantas preestabelecida, a fertilidade do solo e determinar a quantidade de nutrientes necessários para a planta (EMBRAPA, 2017).

2.4 POTÁSSIO (K)

Como fertilizante, o potássio é um dos mais usados na agricultura nacional.

Normalmente os trabalhos que envolvem o potássio resumem-se em estudos com uma única fonte do elemento, o cloreto de potássio (KCl), para solos tropicais e outras regiões (VIANA, 2008).Nos solos do Brasil Central, a quantidade de potássio disponível é normalmente baixa e a adubação com esse elemento produz resultados significativos, sendo calculado com base na análise química do solo e com auxílio de tabelas de recomendações, conforme exemplo na tabela 1 (EMBRAPA, 2017).

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Tabela 1. Recomendação de adubação potássica, com base na análise do solo.

Classes de teor do solo

K no solo cmolc/ dm3

Doses de K2O recomendadas Milho grão Milho forragem

---Kg ha-1---

Muito baixa <0,07 90 – 120 150 – 180

Baixa 0,08- 0,15 60 – 90 120 – 150

Média 0,16 – 0,30 30 – 60 60 – 120

Alta >0,30 30 60

Fonte: Embrapa (2017).

Segundo Sousa & Lobato (2004), para as regiões do Cerrado os valores de referência de K na análise de solo, a serem alcançados e mantidos quando se busca um ambiente de alto potencial produtivo de grãos, corresponde a 80 mg dm³. Solos acima desse nível crítico indicam oportunidades para um melhor planejamento da adubação. O potássio é responsável por numerosas e importantes funções metabólicas da planta. Sua absorção ocorre por absorção do íon K+da superfície das raízes por difusão, processo que não requer energia despendida pela planta (VIANA, 2008).

De acordo com Pereira (2006), o potássio contribui para a produtividade das lavouras por elevar o crescimento das raízes e aprimora a tolerância à seca; sintetiza celulose e reduz o acamamento; ativa pelo menos 60 enzimas relacionadas ao crescimento; auxilia na fotossíntese e na formação de alimento; auxilia no deslocamento de açúcares e amidos;

produz grãos ricos em amido; eleva o conteúdo protéico das plantas; mantém a turgidez, reduz a perda de água e o murchamento; auxilia a retardar a disseminação de doenças da lavoura e nematoides. Por tais motivos é considerado o “nutriente da qualidade” (RAIJ, 1991).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na fazenda Santo Antônio do Curral Queimado, localizada no município de Itaguaru – Goiás nas seguintes coordenadas: S 15º46'44.6” e W 049º39'12.6” à 777 m de altitude. O solo utilizado foi um Argissolo vermelho (SANTOS, 2013), onde foi utilizado o preparo convencional com duas gradagens. A semeadura foi realizada no dia 15/11/2017 e a colheita no dia 15/02/2018.

Realizou-se a análise de solo de 0 à 20cm de profundidade, onde obteve os seguintes resultados: pH=5,6; Argila=34%; Silte=9%; Areia=57%; Ca=6,3cmol/dm3;

Mg=1,4cmol/dm3; Al=0,0cmol/dm3; K=0,34cmol/dm3; P=32,5mg/dm3, não houve necessidade de correção do mesmo(SOUSA & LOBATO, 2004). Para a adubação, foram aplicados 50 Kg ha-1 de Fósforo utilizando a fonte superfosfato simples, 30 Kg ha-1 de Nitrogênio na semeadura e 100 Kg ha-1 em cobertura utilizando como fonte uréia aos 20 dias após a semeadura. Foi aplicado ainda, na superfície do solo, 100 Kg ha-1 de Potássio, utilizando-se da fonte Cloreto de Potássio em cada tratamento e em seus respectivos dias de aplicação (SOUSA & LOBATO, 2004).

Foi utilizado o Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), com cinco tratamentos:

-T1 (testemunha, sem K);

-T2 (aplicação do K no sulco de semeadura);

-T3 (aplicação do K em cobertura aos 10 dias após semeadura);

-T4 (aplicação do K em cobertura aos 20 dias após semeadura) e;

-T5: (aplicação do K em cobertura aos 40 dias após semeadura).

Foram utilizadas 5 repetições, totalizando 25 unidades experimentais de 6 linhas espaçadas de 0,50m por 5,0m de comprimento cada.

Utilizou-se o híbrido de milho AG8088 PRO2, com densidade de 70 mil plantas ha-1,safra 2017/2018, (AGROCERES, 2017).

Para o controle de plantas daninhas foram aplicados 3 L ha-1 de glifosato aos 20 dias após semeadura do milho, utilizando-se um pulverizador costal manual de 20 L para aplicação.

As avaliações foram realizadas nas cinco plantas centrais de cada tratamento, desprezando as bordaduras.

Foram analisadas as seguintes variáveis:

-altura de planta aos 15 cm do solo até o último limbo foliar (uso da trena);

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-altura da inserção de espiga, da base de corte até a primeira espiga (auxílio da trena);

-diâmetro do colmo, com auxílio de um paquímetro;

-massa verde para silagem, a planta foi cortada e pesada inteira (uso de balança);

A colheita, bem como as análises das respectivas variáveis se deu quando o milho apresentou um teor de 35% de matéria seca na planta inteira, estádio ideal para silagem (PEREIRA, 2011).Isso foi verificado pelo “teste do micro ondas”, pesando uma planta verde, picando-a e colocando no micro ondas até atingir peso constante (para não pegar fogo na planta é necessário colocar um copo com água dentro do micro ondas com uma bolinha de gude dentro do copo para não ferver a água) e, posteriormente fazendo a relação de massa verde e seca, onde a massa verde é a planta com água, a massa seca é a planta sem água e matéria seca é a relação em porcentagem de massa seca e massa verde.

Os dados foram submetidos à análise de variância e quando significativos realizados testes de médias (Tukey a 5%).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 2.Diâmetro de colmo (cm), alturada primeira espiga (m) e altura de planta (m) em função das diferentes épocas de aplicação da adubação potássica na cultura do milho.

Tratamentos Diâmetro de colmo em cm

H* da 1ª espiga em m

H de planta em m

Sem K 1,87b 0,84a 1,53b

K na semeadura 1,92ab 0,92a 1,96a

K aos 10 DAS 1,99ab 0,95a 2,08a

K aos 20 DAS 2,14a 0,88a 1,93a

K aos 40 DAS 1,84b 0,97a 2,07a

Letras minúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%.

*H: altura de planta

Para diâmetro de colmo em cm, houve diferença significativa (p<0,05) variando de 1,84 cm para o K2O aplicado em cobertura aos 40 dias após semeadura a 2,14 cm para o K2O aplicado aos 20 dias após semeadura. Andreotti et al.(2001),estudando sobre o crescimento do milho em função da saturação por bases da adubação potássica, também encontraram variação no diâmetro do colmo e obteve em seu experimento uma resposta quadrática com relação ao tempo e linear com relação a dosagem de K2O. Simonete et al.

(2003), nesse mesmo contexto concluíram que o acúmulo e produção de matéria seca e consequentemente o diâmetro do colmo são incrementados pela adição de K mineral.

Para a altura da primeira espiga, estatisticamente não houve diferença significativa (p>0,05), sendo as menores alturas 0,84me 0,88 m respectivamente nos tratamentos (sem K) e (K aos 20 DAS), e as maiores alturas nos tratamentos (K aos 10 DAS) e (K aos 40 DAS) com 0,95m e 0,97m respectivamente. Da mesma forma Costa et al.(2009),em estudo sobre a distribuição de potássio e de raízes no solo e crescimento de milho concluíram que a absorção de K e o crescimento do milho não foram associados à distribuição desse nutriente. Petter et al. (2016) também notou que a época de aplicação de potássio em milho não influenciou na altura da primeira espiga e salientou que tal fato pode ser atribuído à utilização pela cultura do milho, das reservas de K-trocável do solo.

Na altura de planta em m, houve diferença significativa (p<0,05) variando de 1,53 m para o tratamento sem K, a 2,08 m para o K aplicado aos 10 dias após semeadura. Petter et al. (2016) encontraram resultados parecidos, obtendo maior altura no tratamento 50% no plantio e 50% 30 dias após o plantio. No entanto, esses resultados se diferem dos obtidos por

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Rabêlo et al. (2013) que não verificaram diferenças na altura de plantas quanto as doses de potássio aplicadas parceladas. Segundo Petter et al. (2016),tal diferença de resultado está ligada as condições edafoclimáticas de cada região onde foi realizado cada experimento.

Tabela 3.Produtividade de massa verde (MV) para produção de silagem em função das diferentes épocas de aplicação da adubação potássica na cultura do milho.

Tratamentos Produtividade de massa verde em kg ha-1

Sem K 51870b

K na semeadura 54978b

K aos 10 DAS 68250a

K aos 20 DAS 68530a

K aos 40 DAS 64960a

Letras minúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%.

Para produtividade de massa verde, houve diferença significativa (p<0,05) variando de 51870 kg ha-1sem K, a 68530 kg ha-1 para o K aplicado aos 20 dias após semeadura (Tabela 3). Petter et al. (2016), afirmam que a utilização de doses elevadas de K2O, principalmente em função do efeito salino do K poderá ocasionar redução na germinação, dessa forma fica evidenciado que as plantas de milho necessitam do K2O, no entanto se obtém maior eficiência quando aplicado após a semeadura para a variável em questão.

Figura 1:Produtividade de MV em Kg ha-1 em função dos períodos de aplicação da adubação potássica.

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Na Figura 1 é possível observar que ouve um incremento seguido de baixa, para a variável produtividade de massa verde em kg ha-1 com máxima eficiência com k aplicado aos 20 dias após a semeadura. Isto pode ser devido à maior quantidade de nutrientes disponíveis para a planta, afirmam Valderrama et al. (2011). Kalpana & Krishnarajan (2002), verificaram efeito significativo das épocas de aplicação de K2O na altura de plantas e fitomassa seca da parte aérea do milho. Esses resultados evidenciam que aplicações parceladas do nutriente tendem a ser mais responsivas devido a elevada necessidade desse nutriente ao longo do desenvolvimento da cultura (VON PINHO et al., 2009).

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5 CONCLUSÃO

Em função das variáveis analisadas, o K aplicado aos 20 dias após a semeadura apresentou um melhor resultado evidenciando a necessidade de aplicação do nutriente em cobertura.

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6 REFERÊNCIAS

ABRAMILHO. Associação Brasileira de Produtores de Milho. Disponível em:<http://www.abramilho.org.br/>. Acesso em: 15 de setembro de 2017.

AGROCERES. Grupo Agroceres. Disponível em:<http://www.agroceres.com.br/>. Acesso em: 15 de setembro de 2017.

ANDREOTTI, M. et al. Crescimento do milho em função da saturação por bases e da adubação potássica. ScientiaAgricola, Piracicaba, v. 58, n. 1, p. 145-150, 2001.

BARROS, J. F.; CALADO, J. G. A Cultura do Milho.Universidade de Evorá, 2014Disponível em: <https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/10804/1/Sebenta- milho.pdf>. Acesso em: 20 Setembro de 2017.

CASTRO, O. M. Preparo do solo para cultura do milho. Campinas: Fundação Cargil, (Boletim técnico n. 3), 1989, p 41.

COELHO, A. M. Nutrição e adubação de milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2006. Disponívelem: <https://https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPMS/19 622/1/Circ_78.pdf>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2018.

CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. Disponível em:<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_02_09_09_58_19_boletim_gr aos_fevereiro_2017.pdf>. Acesso em: 15 de setembro de 2017.

COSTA, S. E. V. G. de A. et al. Distribuição de potássio e de raízes no solo e crescimento de milho em sistemas de manejo do solo e da adubação em longo prazo. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa, v. 33, n. 5, p. 1291-1301, Out. 2009.

EMBRAPA. Empresa Brasileia de Pesquisa Agropecuária. Disponível em:<https://www.embrapa.br/milho-e-sorgo/cultivos>. Acesso em 14 de setembro de 2017.

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Referências

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