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Dissertação sobre a encephalite

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(1)

3 V

/

A

t

DISSERTA ÇÃ O

SOBRE A ENCEPHALITE . THESE

APRESENTADA E SUSTENTADAPERANTE

AFACULDADEDEMEDICINADORIO DE JANEIRO

,

KODIA19DE ABRILDE1839, ron

MANOELPACHECO DA SILVA

,

Natural do Rio de Janeiro, DOUTOREM MEDICINAPELAMESMAFACULDADE

.

RIO DE J

Á

1TEIRO ,

*ATYPOGRAPH)A IMPARCIAL DE FRANCISCODE PAULA BRITO.

riUÇ ADA C»

.

N8T1TUI Ç AÔN

.

06

.

1839 .

(2)

FACULDADE DE MEDICINA

DO RIO DE

JANEIRO .

OsSRS

.

DOUTOKES Lentes Proprietários

.

ConselheiroD.R.nosG

.

PEIXOTO

l

.

° ANNO

.

Director

.

RotanicaMedica,e princípios elementares de Zoologia

.

Phisica Medica

.

C Chitnica Medica*eprincípioselementaresde

\

Mineralogia

.

Anatomia geral, e descriptiva

.

í

F

.

F

.

ALLEMÃO

.

F,DEP

.

CÂNDIDO ' 2

.

° ANNO. J.Y. TORRESHOMEM

. .. . . .

3

.

°ANNO

.

D

.

R

.

nosG.PEIXOTO.

.

. Physiologia

.

Anatomiageral, e descriptiva

.

Pharmacia,MateriaMedica,especialmentea Brasileira,Thcrapeutiea,e Arte deformular

.

Pathologiainterna

.

Pulhologiaexterna

.

4

.

° ANNO

.

J

.

.Í.DECARVALHO

.

..

.

Examinador

{

.

.1.J.DASILVA

. . .

L.F

.

FERREIRA 5

.

°ANNO

.

Operações,Anal

.

Topograph., e apparelhos. asepari

-

C

.

B

.

MONTEIRO

F

.

J

.

X A V I E R

... .

\Partos,Moléstias dasmulheres pejad

í

das,ede meninosrecem

-

nascidos

.

6

.

* ANNO.

Examinador Medicina Legal.

Hygiene,eHistoriadaMedicina.

.

1.M

.

nAC.J013IM T

.

G

.

nosSANTOS

.

Présidente Clinica interna,eAnat

.

patholog

.

respectiva

.

Clinica externa,eAnot.patholog

.

respectiva

.

M.nr

.

V

.

PIMENTEL

.. ..

M

.

F

.

P.UECARVALHO

.

Lentes Substitutos

.

A.T.D KAQUINO A

.

F

.

M A R T I N S

.

1.B

.

DAROZA

L

.

DEA

.

P

.

DACUNHA

J.M

.

N UN ES G A RCIA

.

.Examinador gecçâo Cirurgicû.

iSecção dasScienciasaccessorias

.

Examinador SecçãoMedica

.

Secretario

.

OSR.DR.LUIZ CARLOSDAFONSECA

.

airIndedeumaUewlnçâosua,aFaculdademioapprova,nemreprovaasopinuft emittidasnasTheses

,

asquart devemterconsideradascomoprópriasdeseosauthors

.

(3)

«

*

h

*

% 4

AOSMANESDEMINHAEXTREMOSA MAE

.

A'SAUDOSA-MEMORIA DE

IPSISS & ID® 3>üî2

a

Si um decreto imprcvislo da Providencia, confirmando os colculos de vossa pre

-

vidêncialimitada (quen ã ochegaríeisameverdoutorado) ,naopermitli uquevís

-

seisorematede vossos desvelos, e ofructodesacrifíciostantos, que porvossofi

-

lho fizestes;dai que elle vos dedique, comoummonumentolevantadoás,este primeiro trabalho litterario,pequenoemediocrecmsi, masgrande cpenoso para elle

.

E’ umsacrifício, deproposito escolhido, para de novo derramar lagri- masdc saudadeeterna;lagrimas despertadas porcadalinhatra çada,que rememo

-

rava ospadecimentosdeque fostes viclima!

...

Ah!vossa lembrançasempreestará presente ao filhograto;epossaaimagem dc vossas virtudes servir

-

lhedcguiana

estrada perigosa da vida

.

A MEUSVERDADEIROS AMIGOS,

*

HOMENAGEM DE GRATIDAO EAMISADE

.

>!1'ACQICOr»SIUA

.

I

(4)

HVTRODUCÇÃO .

Basta passara vista de relançosobreo estudo das moléstias cnccphalicas,para medirmosadistancia,que aindatemde percorrer os trabalhos dos modernos, para

-

que elle chegue A aquellcestadode quasi perlcctibilidadea que tem locadooestu

-

do das moléstias dosoutros apparelhos

.

Todavia , os preciosos factos,deque se enriqueceuaAnatomia, eaPhysiologiado systcma nervoso, comostrabalhos ex

-

cellentesdeGall, e Spurlzhcim;aquclles com que continuãoenriquece

-

las, asin

-

dagações deM

.

Foville,casexpericnciasvivisecticasdeM

.

Magendie,auxiliadas pelas observaçõespathologicas de Lallemand,cGeorgct,vãojn,dc alguma maneira, dissipandoparledas trevas, queenvolviãoomais nobredosapparelhos

.

O olho perscrutador da anatomia pathologica, cujautilidadeapenas os antigos tinhão presenlido,esmerilhandonoscadaveres as desordensqueàpozsideixüo as moléstias,temdescoberto lesões, oumal percebidas, ou lidascmpoucoalóent ão

.

A physiologia,eapathologiaconcntená rão-se estreitamente, e com o auxilio da necroscopia,rasgarão o vco myslerioso,que,dcha muito, encobriaacausa dccertas aflecções,fazendodcsappareccras lesõesfunccionacs,erestringindo o circulo dc umgrandenumerodenévroses

.

Em fim,alocalisaçãodasmoléstias doscentros nervosos, esuareunião,é,semduvida,

.

umadasmaisricas conquistas da Medicina; conquistasestas,paraasquaesn ãopoucoxoncorrcrãoosGeorgct, Bostan,eLal

-

lemand

.

Certo,Lallemand,entre todos,óumdospathologislas, quemais temcon

-

tribuidoparooavançodapathologiadoencephalo:foielle, quen ãosó approxi

-

mouosmoléstiasirrilalivns doencephalo,esubmetteu

-

as aomelhodophisiologico, scnãoque foi quemcompletouaobraprima de doutrina, em quantooutroserigião obras dcontologia

.

Convencidos dasuperioridade deste melhodo,cujarealidade não pode serdespulada,muitosoutroslizerãodelle applicaç.ãoásmoléstiasencc

-

phalicas

.

Entreestesdevemos collocar Mr

.

Bouiilaud, comofacilmentescdepre

-

hendedo

-

seu tratado de encéphalite, mappcjado vastamente, sem sombras dc ontologia,osciladocom o cunho daescola moderna

.

Seria impossí vel,em tãopequenoesboço,analysarostrabalhos,quehãoexecu

-

tadoesses, de que fal í amos,grandesobservadores:falta

-

nos mesmo oingenho,e afrnea

-

nosacoragem

.

Mas,permilla

-

sc

-

nossomenteque digamos,apesardoIra

-

1,,ilho»important íssimos,cdooflancomquetodossetomentregadoópesquisados phcnomrnos,que oprcscntào as lesões cercbrncs,apathologiadoencephaloainda

i

(5)

I f

reclamanovasindagaçôoj,o esforços,que,nunca esmorecido»,rompSoaléa, que eouuarauhatãoalto apparelho

.

Toduvia, devemosanimar

-

noscomareflexãocon-

uladora,que liojn»eusprogressossãomuito maiores, quonostempos passados

.

Antes docomeçarmos a descripçãoda encéphalite, temosquenão scrãestranho donossoassumptoumpequeno bosquejodahistoriadcslamoléstia,cdas discus

-

sões,quesetemalevanladosobre adisliucçSo entre os syinplomasda arachuite, eencéphalite

.

Poucoconhecida,haalgunsannos,aencéphaliteeradcscripla rara,eincom

-

pletamentcnamaiorparlodas obras clássicas;duvidava

-

se<la inflammaçSochroni

-

caJoonccphalo; e,oquoainda é mais,aencéphalite localeraignorada,apesar dosfactosrecolhidospelaCirurgia

.

Mal comprchcndidasasdiversasphases da in

-

flam mação doencéphale,todoophenomeno orgânico,quenasfuneçõesd'esseor

-

gão imprimisse alguma mudançaespecial, um nomeparticular recebia

.

Si a ne

-

cropsianãocorrespondiaassás áespcclativadoobservador,ouíslhoorinsdolem

-

]iO,gruposdo symptomas erãologocriados,econdecorados comum nome,scni

que primeiro interrogassemoorganismo,afimdequeelle lhesexplicassen causa dasdesordens da intelligence,dasensibilidade,e damotilidade

.

D’ahi nascerão as pretendidas febresnervosos,ataxicas,c«as névroses

.

Com tudoalguns medicos, com quantoreconhecessemaencéphalite, duvidavãoqueoccrcbropudesse irtflaimnar

-

seprimitivamente

.

Bichaié do numero desses

.

Apezardequealgumaprcdilecção tivesseparaadistineção dos tecidos no estadophysiologico, c nopalhologico, não ac: ditounapossibilidadedainílammaçãoprimitivadoenccpbalo,aqualidleju1

-

gvadependentedesuasrelaçõescom aarachno ï de , isto é, que o ccrebro se in

-

llammavasomente,quandoestamembranascachava inllamuiada;epor conseguin

-

te, nãosoparouophlegmasiadoccrebr

^ ^

udeseusenvollorios

.

Pinei,embalde,seesforçoupordistingiraarachnoidiledaencéphalite;porem

«rasuaNosographia, quepor muitosannos foi oCodigo, c oEvangelhodaEuropa Medica,scnotaapenetraçãodo verdadeiro homemdeprogresso,quandoconvida

aMedicinaachamar acirurgiacm seuauxilio, para que espalhe algumasluzes so

-

breasphlegmasias cnccphulicas, visto1ercila demonstradoumestado successivo

«!rinílammação,csuppuraçáodoccrcbro

.

Idéaluminosa,e ainda maisesclarecida pelasindagaçõesdeMr

.

Rccamier, eBaylesobre oamollcciinenlodasub>lancia cere- bral Guiado poresteclarão, partieLallemandpara chegar pornui•danpplicação

«b»

-

princípiosphysiologicos,e domais austero raciocínio, aprovar por factos,em

.10os symptomasda encéphalite dillcriãodos daarachnoidile,apesar dafroq

lecoincidência destas dunsphlegmasias

.

Relevo,porem, dizer

-

se,oProfessorde Montpellier pareceu dealgum modo prevenidocmfavordaarachnoidileem certas

«hs

. -

i ia çõesconsignadasnasuograndeobra,cornoaodiantemostraremos

.

Todavia,

r*limon denovo,oProfessordeMonlpollicrestaboleccncaracteresbemfrisantes, q fa/cmdistinguirnarachnilcdaencéphalite

.

Mas cumprenotar,nãotdaence

neu

-

(6)

V

phalil©çiTal

.

jmo falíamos, o«dapcri

-

cncephalitccomodenomina Mr Culiòeil;por i«oqueLallonrà

td

não

cftluna

inflammação do cérebro,oucomodieimproppa

-

monleappcllida, amollccimcalo, senão aquelle gráodeirritaçãocerebral, que pro

-

duzoamollecimcnto dasubstanciad'estavisoera;consequonloincute,descreveu somenteo mais alto gráode encéphalite, deixando deoccupar

-

sedos gráosmenos

intensosd’estaphlegmasia

.

Algueiudirá ,talvez,que ossymplomasreferidos á uma arachnoiditc, o provenientes do cérebro e n ão da arachnoidc, c que,por consequência, I

.

allemand nãodescreveu outra cousa mais do qlie uma en

-

céphalite geral

.

Isso mesmo confessa Lallemand; clic jamais poderia altribuir

aexaltaçãodas faculdadesintcllectaacs,em fim,odeli

.

io, ã uma membrana

inerte, que não pensa;mas sim aocercbro: demais disso, sabidoé,quese nãotemconhecidoumainllammoçãogeral doenccphalo primitiva, cila ësempre

*consecutivo,oudependentedeumaarachnoiditc

.

Logo,que duvida poderábavcfr

á não serumaperfeita logomacbio, em se diagnosticar uma arachnoiditc,oucomo querem, umaencéphalitegcrnl, oumelhor ainda ,uma mcningo-cncephalilc,sem- pre quesederemlacs,e tacssymptomns?Quererdistinguir uma daoutra,julga

-

mos iinpossivel, ao menos noestado actualdasciencia;por isso quesão tãoiuLimas asrelaçõesdo cncephalocomaarachnoïde, que sempre queestaseaffectar,aqucl

-

le solfrerá semduvida,evicc-vcrsa

.

Da coincidência t ãofrequente destas duas phlegmasias nasceu,que muitosauctores umartigoconsagrassem, em suas obras, ósduas phlegmasias,por falta demeios, que distinguissemumada outra. Boyerò Jcssc numero: em seu tratado das moléstia*cirúrgicas, dedica um uuico artigoá meningite,eá encéphalite,pornãohaver,diz elle, hum signal,que façaconhecer positivameutequaldas duaspartesëaffectada, quando ellaso sãoconjunct* mente,

<:emqueponto

.

Gcorgct,depois desubm«ttcráanalyse, e ámais escrupulosa cri - tica as observaçõesdeMrs.Parent,cMartinel;depoisdeadmillir, queos symptomns da arachnitc provém docérebro,que participa daalfecçãodosseusenvollorios, con- cluc, approvandoaopiniãodaquelles,que,emum sóartigo, as duasphlegmasias reunidotem

.

O professor Andrnl, aindaque mui vagamente emitia asuaopiniã oárespeito, todavia,parecepersuadir quen ãoacreditanainílammaçãoisolada das meningeas, quando acompanhada de delirios,movimentoconvulsivo, contractura,edepara

-

lysa

.

Porem,nãoéfrancamenteque estabeleceoseuvoto;asvezes em queestáa ponto de lazerestadeclaração, imuiediatamenle passaáoutraidea

.

Mr

.

Pioitnn também,vendoagrande similhança ,quecm seussymplomasoflere

-

ccuia meningite,ea encéphalite,achanestasimilhança umaprovadacxccllcucia daMedicina organica;pois, dizelle, asduas moléstiasapreseolãolambem uma simi- litude em suanatureza

.

Mr

.

Calmei! segueaGcorgct

.

Em fim,Mr

.

Bouilllaud ,áqueui

porultimo consultamos,depois detra çar ossymplomasdoi

.

*periodo da encé

-

phalite geral, que sãoparalMosaosda arachnoiditc:entãoprocurafurtar

-

scá

(7)

VI

qualquer arguição,dizendo que não óelle, massimos auclorcs,qu

^ fo

symplomasdn inflam mnçflo geral doenccphalocoin ri

^

àchnoid

^^ S

maltacomdizer,que não conhece inflammaçãogeralprimilivado ccrehro

.

Dopequenoexame

,

(piohavemos feito,julgamosseguir

-

seiinmcdialamcntc, que odiagnosticodaarachnoidile nãoé, e nempodeserfundadosenãosobre supposi

-

rões,que a inflammaçãodaarachnoïde,cdo ccrehro, podem manifestar

-

sesimul

-

taneamente,epelo efleitodeuma mesma causa

.

Emfim,paramelhor conclusão repeliremos com Lallemand» Asinflammaçõcsda pleura influem dircclamente

» sobreasfuncçòcs dopulmão,como asda arachnoïde sobre as funeções docere

-

» bro;c,sios symplomasdapleurisiamuita similhançatem cornos da pneumonia,

» os symplomasda arachnitc nãotemmenos analogia com os da encéphalite

.

»

nfundctno« trelanto rc

-

(8)

DISSERTAÇÃO SOBRE A ENCEPHALITE

-

ETIOLOGIA

.

Ainda que não façamuitoao nosso intento o tratar da encéphalitegeral, porisso quescachaligadaámeningite,mas sim da encéphalitelocal; todavia,umlanço dolhos,sobre os seus symptom as,dará maisalguma perfeição ao nossotrabalho, principiandoantespor apresentarmosaetiologia, como o uso temestabelecido

.

A encéphalite affectaindislinctamentelodosos indivíduos,sejaqualfòr a sua idade, sexo,temperamento, e constituição;comtudo,segundo as observações de Lallemand,Abercrombie, e Bouillaud,osvelhosc ascrianças sãomais sugeitos àclla,c os homensmais queas mulheres

.

O temperamento nervoso, mormente quando scelle dáem indivíduos, cujoencephalo,gozandode muita aclividade, exer

-

citatrabalhos iutcllectuaesaturados,emultiplicados;as vigilias continuadas; as affecçòes moraes tristes;ahypertrofiadocoração, principalmentea doventrículo esquerdo, e o habitoapoplético, sãopredisposiçõesassásfrequentesparaestaphle

-

gmasia

.

Cousasoccasionaes muivariadaspodem fomentarc produzir aencéphalite: as violências exteriores, comopancadas,equedassobreocráneo;as feridas do cére

-

bro,caexistência decorpos estranhosn'esteorgão;acrysipcladaface,aotites; oabuso debebidasalcoólicas, e aingestãode muitosvenenos noestomago, taes como a noz vomica,oopiof n insolação;apassagemsubita de uma temperatura quenteparaoutrafria;oaflluxoqueparan cabeça determina o vomito; asupressão de uma phlegmasia, ouhcmorrhagia habitual;muitasvezes, a inflammaçíto das moningeas,cmesmo asproducçõespallmlogicasdoencephalo, como tubérculos, derramamentosapoplccticos;o ascausas determinantes maisfrequen

-

cancros,e

tes,debaixodecujoimpérioapparcccordinariamenteaencéphalite, ainda que muitas outra

-

produzilapossão;bemcomoa referidapor Lallemand,isto é,ainflamma

-

ção do plexobrachial direito,quefoicondiçãonão menosfavorável paraainflam

-

mação,c«appuraç5oda partoposteriordohemispheric esquerdodo ccrcbro

.

Mr

.

(9)

2

BouilhuulL.mbemcm suasobservações faz menção<1«;um indiv íduo,que,em con

-

sequência d

.

i ligadura dualguns ramosdo plexo brachial, rcsctilio osprimeiros Muiplouias daencéphalite

.

SYMPTOMATOLOG1A

ENCEPHALITE GERALODDIFFUSA

.

Período dcirritação

.

Depois dosprodromos,que de ordináriocoslumãopreceder amaiorportedasphlegmnsias,odoenteé subitamente assaltadoporumafortíssima cephalalgiageral;algumasvezesporem,émaisnotávelnasregiõeslemporaes,nooc

-

cipul,e parlesInternesdacabeça

.

A exaltaçãodas faculdades intellccluacsnãotarda aapparecer;odelíriose apresenta revestido das diversasformas,deque ésusceptive!

-

Alíiguràose aodoentever entesimaginários, comquetravaconversação,c aque pareceresponder;Indo quanto ha de extravagantedesenha a suaimaginaçãoexal

-

tada;asnafaceinjecladarepresenta umacertamobilidadedifficilde descrever

-

se;

tem um certocunho dc esponto,ede terror; asusceplibilidadc dossentidos étão extrema,queo menorruido nãopodemsupportai*osouvidos;amaisfraca luz 1ère dolorosamenle os olhol;aspupillas, ordinariamentecontrahidasno princi

-

pio da moléstia,ásvezesse moslrãoimmoveis

,

edilatadas,quando ha abolição da vista;em muitoscasos,comtudo,uma alternativadecontracção,edilatação seapresenta

.

As lesões damotilidadelambemsemanifestãoecom maisfrequên

-

ciadoqueasdasensibilidade:assim, odoente éagitado continuamenteportremo- resgeraes, ouparciacs, janos lábios, janacabeça ebraços;osquatro membros são abalados dcvezcm quando por movimentos spasmodicos,convulsõesgeraes,

épileptiformes, e sobrcsaltosde tendões; umapropensão invencí velde mudarde lugarlambem seobserva;assimcomoa contracturadosbraços c pernas, edilíi

-

culdadcdecurva -los,quandoseachão em extensão;opescoçotãobem participa ás d’estacontractura,ourigeza; caimbras dolorosas,outiacçòes dos museu

-

vezes

los,quevestem acolumna vertebral, temsidonotadasjrtir.Mr

.

Calmei!,dnsquocselle julgadependera tendência, que temos doentesdc mudar dcposição cmquanto duraopériodedelluxão dos liquidosparaoenccphalo; constricçâonagarganta; dilTiculdide nadeglutição, e o apertodosmaxillarcs; em fim, certos esgares,o risos sardonico,«,são osplienomenosidiopalbicosmaissalientes

.

A’ estrsacompanlião symptoinns sympathicosnãomenosimportantes, asaber: febreardente emqueseo doenteabrasa; oaugmente do caloro«laperspi

-

mna

ft ruláncn;orubordaface, morinenledospomos, edaconjunctiva;osuor q,e D;

-

uliaa pelledos membros

,

edocorpo, queéatidacquente;aiVcqncnei»

(10)

8

1 p

l»o,queèmo,duro,e muitasvezesirregular,intermittente

,

e tumultuoso,

"Miiuma,urespiração acceleradu,esuspirosaf ulinguabranca

,

ourubra, uc

-

c poitlaguda,etremulafsedoviva, constipaçãode ventre

,

micçãoinvoluntária

.

l*diflorente<riodode compressdo primeiroão.

. —

YO»quellequadro,dostudosymplomasdesteperíodo éinteira

-

't

.

ul

. -

miadelias:assim,depoisdoalgunsdias, a excitação dasfaculdades inlel

-

"

ctuaes,odolirio,sãosubstituídos porumestadocomatoso;asensibilidadeéem

botada; jaodoente nãosenteacephalalgia; jaaspiipillas, dilatadas, senão rc

-

'1116111da luz:alucede animada queera,setorna pallida,eorvalhada d«suor

M'Cosoetrio,apresentandostupor;osmembros immoveis, em resoluçãoprofun

-

dI;comtudoásvezes,quandoaresolução nãoécompleta,os membros sãodetem- po« átemposagitados porconvulsões , porem fracas,semmuitaviolência: opul

-

'Oépequeno,irregular,intermittente;arespiraçãocorta,suspirosa, ouslertorosa;

aconstipaçãocontinua;micçãonulla,ouinvoluntária;emfim, amortechegano meio domaisprofundocoma

.

Sãoestesos symplomasdaencéphalite geraloudiffusa, que muisuccinlamcnlc havemostra çado;sabemos qiic

^

phaoutros, ainda que demenosimportância; porem,comoanossa these versa maissobreaencéphalite propriamente dita,ou parcial,doque sobreadiffusa, abriremos mãodesta, paratratarmosmaisextensa

-

mented'aquclla ,queé onossoobjecto

.

mente era exaltação dasfuneçõer ,nV

-

te

ENCEPHALITE LOCAL,OU PARCIAL

.

Sendoascausas,queproduzemaencéphaliteparcial, as mesmas, quo reconhece aencéphalitediffusa,ougeral, n ão nosfaremos cargodc menciona -las de novo:

comtudo, édenotar,cilasobrevémmais frcquentcmenlecmconsequência dasfe

-

ririasdacabeça,que inleressãoamassa encephalica, e daspercussões produzidas sobrencranco, doquespontancamcntc

.

De

-

feilo,éfácil dcconhecer quantoesta verdadeécxacta, serecorrermos ãsobservações consignadas nas obras dcCirurgia

.

Trribemalgumasoflccçôcschronicas doccrebro podem produzi

-

la , cm tornodas parlesemquecilasexistem;assim,não ó raro vêr

-

seaencéphaliteloralsuccéder, algum tempodepois,áumahemorrhagia cerebral, quetiverdeterminadoumkis

-

to, ede

-

cnvolver

-

sc aoderredordc certasprodncçõesaccidcntaes

,

como tumores rancorosos Ac

.

Comoos symplomas da encéphalitetraumaticascmelhão

-

sc aos

dispontaneaolocal, julgamosn ã oserdemisterfallnr decada umasoparadamente, e por issoescolheremos aspontanea porseachar izentadecomplicações dcferi

-

das,fommoçócs Ac

.

Prriotlodcinilnçdo

.

Aencéphalite,local precedemuitas vezesocephalalgia

r

.

»regiodidbeçacorrespondente ãphlegmasia

.

Alguns doentesseapresentão 2

(11)

U

tristes,oumacertadisplicência os ncompmiim;outrosse turn ãoirasei veil,r tio atormentadosj>or insomnias;nnfttoscooieçSoasentir umacertafraqueza,t|MJZ«, jInobraço,janaperna;orado um lado todo,oradeauffeos;algumas vezessoflVcai aomesmotempoumoutroincoimuodo,áquoos|ialliologistas teui dadoo nome peformigueiro, oqualn&o ópcrmnnonlo;mns, vem evai alternalivamcnlc; cm outras occasiõcshaembaraçonapronunciação,emesmoosindivíduossenãoleui

-

brfiodoslermosparase.exprimirem,senãocomdilliculdadc;alingoatorna - setar

-

diacmsensmovimentos:lamlu

-

malgunscoslumaosentir torpornuma dnsfaces, a qualparecc

-

lbes mais friadoquoaoutra ,oque muitas vezesosleva aesfrega

-

la

conlinuamentc:sãoestes os svmplomas precursoresda encéphalitelocal

.

Com tudo, algumas vezes ella apparecs deimproviso,trazendologoconvulsões,cperda dememória ,quedesapparccem,para denovovoltaremdepois de alguns instantes, oumesmodepoisdcmuitashoras:cmfim

,

afebre,umfraco delírio, precedemuitos diasantesa lesão domovimento

.

Depoisdos symplornasprecursores,dequeacabamosdefallar, osphenomenos funccionacssepr

.

lenlcào nuis : umdos mais constantes,eque oflerece maior iule

-

lesse,éarigezaComcontracçãodosmcrnbroá

^

ppostosaofocoda phlegmasia par

-

cial

.

Este pheiiomenoó,semduvida,umsignalexcellentesemprequesceileder, paradistinguirmosesta dcqualqueroutra aflecção

.

Porem, nemsempre,como moslrãomuitas observações deMM

.

Amiral, cBouillaud, elleaccompanhaaencé

-

phalite local;por isso, ainda está longede ser umsignalpathognomico,como queremmuitos

.

Arigeza,ccontracturadosmembros,produzindoaimpossibilidade dcexecutarmovimentosvoluntários, causão atrocíssimasdoresao doente,seuiprc

quese elle esforçaporcslonde

-

los:assim, osmembrosseachãoemum estadode semiflexão,oude flexãocompleta,cmconsequência talvezdapreponderância dos flexoressobreoscxlensores

.

Asvezesacontracturaélevada atalponto,queos tendõesparecemcordastensas, ospunhosloçãoaparleanterior dos hombros, c o.;

calcanhares asnadegas

.

Acccssosconvulsivos,pelocommum, deum sóladodo corpo,agitãode tempos àtempososmembros rijosccontrahidos, osquaes,duran

-

teestesacccssos,sã oimmovcis,cinsensíveis; osmusculosdafaceparticipãolam. bemdosacccssosconvulsivos,cent ão scobservaodesviode uma dascommissuras labiacsparao lado opposloãlesãoencephalica,

-

ha, de mais disso,quedadaspálpe

-

bras,emconsequência dacontracção dosorbicularcs, enãoda paralvsia do

ulolevant

.

ulor,como acontecenaapoplexia;occlusfiomais,ou menoscompleta doolho;muitasvezesslrnbismo comonaepilepsia

.

Aencéphaliteparcialdemar cha lenta, segundoreferem algunspalhologislas, não aprosenta nrigeza, ccontrac tuntvointensas,como a cncophnlilo aguda;cilas faltãoemalgunscasos

.

Também o*miMCulosda respiraçãotemparlenas convulsões,duranteosaccesses; e »'nesta ora»i«o,queopulsoscmostra ,rm rca do lentoefroxo queera

.

frequente,efor poremc« t,iroacçâofebrilèante»devidaAnccclcroção da respiração ,

mu>

-

caosmovi

(12)

&

menu>»convulsivos,influindo sobroacirculação, do< juráuflccç&occrrbril,por

n àodeterminaraencéphalitelocal rcacção febril

.

Asfuneções sensitivaslambem

»llerecem plienoinonos inorbidos,ainda ejue0111gráomenor doque noencéphalite ireral

.

Odoenteaccusadores do cabeça; asensibilidadedapellecconservada,ou

"lamentada em uma ametadodocorpo,sobre tudo quando n molc6liaé rccenlcf muitas ver

.

es, apellede todoocorpo,insensívelaosimplescontactoda inflo,soífle

'

nasdores,quandoscbelisca,otiseexercemfricçõesirritantes: asuaphysiono

-

miatemum certo cunho particular:estranhoátudo quanto ocerca, responde

apenasaalgumasquestões, queselhefaz,paradonovovoltarámodorracmqueja

-

zin

.

Mascumprenotar,ordinariamente quando ha susceplibilidadeextremados sentidos, uma arachnoidile, ou antes encéphalite geral acompanho ainflammaçãolo

-

cal,quenenhuma exaltaçãoappreciavel apresenta

.

Ainlelligencia, oinda que rara

-

mente,nãodeixa deser alterada,apezar de muitos admillirem,queosfaculdades intcllectuaessãointaclasnaencéphalite local

.

Podo existir, na verdade, algumaco

-

hcrcncia nasrespostas, podem serjustas; porem, scallcntarmosbem, veremos que ellas, ou sãomuiraphias, ounotavelmente lentas;emfimumcerto estado inso

-

lilo daintelligencin,que nos fere immodialamente

.

Odelirio, inseparáveldainflam

-

maçãogeral,jamaisseobservanaencéphalitelocal,salvo quando existeumaarach

-

nite,porqueent ão arazão dodelirioéobv ia;amembrana inflammadhinfluindosobre amassacerebral, edeterminando irellaumaphlogose,comoerythematosa,segun- do a expressãodeMr

.

Bouillaud, faz resultar umaexaltaçãodasfuneções;em quanto que,seainflammaçãoliver a sua sédcnapropria substanciadocercbro,este cpromptamente comprimidoealterado de modo, quesctornaincapaz dcpreencher asfuneçõesdequeestáencarregado

.

De mais,naencéphalitegeral,aphlegmasia estende

-

se sobrequasitoda a massaencephalic

.

*», noentantoque na encéphalite local,cila occupaumponto mais,on menoscircunscriptodequalquerdoslicmis

-

pherios

.

Com tudoodelirio pode appnrccer, se ainflammaçãodcumhcmispherto scpropagarao outro; eellevariará deforma,segundoa sédc,aextensão, cintensi

-

dadedairritação

.

O delirio pode lambem sobrevir,quandoairritaçãoparcialsc generalisar, oquenão é raro

.

A deglutiçã o scfazcomdifliculdado; a necessidade debeber não épercebidaa pezar da scccura dalingua; asmaxillasscapertãoestreilamento;aspupillascon

-

trábidas,desiguacs,poucoounadasensíveisáluz;opulsoéou lento,oufrequen

-

te;poremdc ordinárionãosoflre alteraçãoalguma,porissoque,segundooqueso temobservado,acirculaçãoparecequenã oésensivelmente iniluida pelainflnm

-

maçáodocercbro,cás vezos em queparecesê

-

loésempre dependentedc qual

-

queroutracausa, comocvidentcmenlc comprovãonsobservaçõesdeMM

.

Lalle

-

mand,eBouillaud

.

Períododeutppuroção

,

e.desorganisaçãoda substanciain/latnmada

À'exalta

,jo daspotênciasmusculares,ouantesaoestado decotiser

'

ação das for2 4 ças,que

(13)

tf

evistiào oté aqui

,

succédé, depoisdeum tempo variável,tunaproslraeçüofierai mai»oumenos completa

.

Odoenteomais das vezos eutdecúbito dorsal,com a» pálpebrasaproximadas, liraconstanlcmenlon'esta posição, 'iodaasuperficiedo corpo exhalaumcheiroderalosmuipronunciado, cheiroestedevidoáabsorpçgo Itla urina, doqueestácheia abexiga, que nãopódcserevacuada, porocerebro nãotorniaisimpério sobro esteorgào

.

Mr

.

Lallemand temestephenomenocomo um signaldemuitomauagouro, porisso que nunca vioescapardamorte um só indiv íduo, emqueseelle désse;todaviacasos ha,cmquecalephenomeno tendo apparccido os indiv í duos não lãlleccrâo,mastambém, naverdade, não se resta

-

belecerão,por a moléstia ter passadoaoestado chronico, ficandoelles, porcon

-

seguinte, ou dementes,ou paralylicossomente,esugeilosaos terriveisaccesses apileptilbrinos:nós, infclizrncnle, tomos testemunha occulardehuui casosirni

-

lhantc

.

Osphenomenosspasuiodicos doprimeiropériodediminuem poucoepou- co,paradarem lugará resoluçãodosmembros oppostosaofccodaphlegmasia, osquaes cnetncomomassas inertes, quando,depoisdcseremlevantados, são en- treguesásimesmos

.

O desvio da commissuradoslábios,produzidopelacontrac- çãospasmodica dos musculosdaface, clssapparece,eaboca tomaasuaposição natural,*porem,quandoosmusculosquese achavãoconlrahidosseparalysão,o desviodabocaparaoladocorrespondente aohemispherio lesadotemlugar;en

-

tão afaee quecorresponde áparalysiase tornaílaccida,murchaependente. Kin geral, ainsensibilidade dapelle caminhacom menosrapidez, doqueaparalysia dosmusculos;muitasvezesaquellacomeçamais tarde que esta,csempre parece pouco intensa,ao menos durantealgumtempo

.

Em certos casos, apellenãoé maisscnsivcl nosbraços, ainda que nospernas seja;emoutrosnãoperdetodaa sensibilidadesenãonoinstanteda morte; e,quanto menos sensívelàapelle,e maiscompletaa paralysiadosmusculos, tanto mais intensaé a moléstia

.

Algu

-

mas vezes,umaparle liea semsentimento,conservandocomludoo movimento, o queé muitomais raro,doqueophenomeno inverso

.

Esta paralysiadosegundo période, ouresoluliva,resultadodadesorganisação da massaenccphalicu,jamais desapparece, porisso queanatureza nãorepara osestragos quetemproduzido; quanto queaparalysiadoprimeiro periodo,ouconvulsiva ,provenientedacom - pressã olocal, pode dissipar

-

se

d

.

s orgãosdos sentimentos6pouco frequente;todaviacila pode acompanharns lesões domovimentoedainlclligcncia, ouexistir isoladamentc:o gosto raras ve

-

nfraqiicce,aindaqueaparalysiadosmusculosdoseuorgãosejaumacci

-

cm

logoque a inflammnç&o se desvaneça

.

Aparalysia

ZCSsee

,1

.

ntemuicommun); oolfacto parece allerar

-

scmaisdilficilmenle,asua perver-

TO<rnnisequivoca;aaudiçãoá svezes éaludida,oususpendida

.

A

-

fiincçõo*intellectual'spodem conservar asuaintegridade,seumdoshemis

-

|,|)frio«estiver illcso; mas,factos lia,emquo nestas mesmas circunstanciasain

Il/"neinsealterou ,oncxtinguio

-

sccomplcctaineulc

.

Mr,Lollomaudexplicaeste

(14)

7

phenomcno pela compressãoquesoífrcoliemisplioriosão,emconsequênciadoex- pansão iloheuiispherio inflaimnado,que,nchnndo

-

scentumecido,nãoencontrasa-

l

'

idaparatoradacaixa craniannn;edissonasce,semduvida,osentimento deten- oparticular, quoacompanhaacephalalgia, e asomnolcncia,ocoma,aperda

<la iutclligcnciacalgumasvezesa paralysia geral,quandoumsóladoélesado. Nãoéraro queaalteração invada maisoumenosproíundamcnteosdons hemis - pherios;então asfuneções inlellccluaesscparalysão,comoasloccunoloras;ossen - tidosseextinguem; aidéa deexistênciadesappnrccc;apliysionomia representa umaspecie de stupidezeimbccillidade;aperccpçãode dorn ãoexiste maisnesta epocodamoléstia;asextremidadesseesfrião ; ocorposecobre dcsuorvisco

-

oe.

gelado;adeglutição éimpossí vel;haregurgitaçãodosliquides;arespiraçãoelogo depoisacirculaçãoseexccul ão comprecipitação e imperfeiçãocadavezmaiores;

porem,os seusmovimentos, paraoíim,v ãoseornandomaiscmais imperccpli

-

veis,atéquo tolalmentcparáo.

Talé amarcha dos symptomas da encéphalitelocal aguda; porem cilapode sermaisoumenos modificada,segundoasusccplibilidndedosindivíduos, aidade, otemperamento,aséde,emesmoascausasproductorasda moléstia.

SYMPTOMAS SYMPATI1ICOSDA ENCEPHALITE.

1

Sympathiasdirigidassobreoapparelhodigestivo

.—

Pouca influencia direct.» tem a encéphalite sobreosphenomenosdigestivos,por issoqueocerebro,no esta-

do physiologico, lambem não influe immediala, c direclamentc sobre estes phenomenos.Com tudo, oapparelhodigestivo,dealgum modo,seachasuhmeUido á potência cerebral; porquenoexorcicio dcalgumadesuasfuneções,reclamaa intervençãodavontade, como,v.g.,odesejo dealimentos,eosesforços necessá- riosevoluntáriospara defecação,micção,Ócc. Istoposto,siainflammaçãotizer rom(pieocerebrose torneinhabil paraocumprimentodesuasfuneções,certa- menteresultaráaperda dassensaçõesinternas;e osmovimentosvoluntários,neces- sários á excreçãodasmalcriasfecacscdasurinasnão lerãolugar.Daquinasce,que aparalysia dossentidosexternos,dasfuneçõesinlellectuacs,edos movimentosvo

-

luntáriossãoobservadosnasmesmascircunstanciasqueaconstipação, c asdejec - çõesalvineasinvoluntárias

.

Muitasvezes,uoprincipioda moléstia,o eslomago eo grosso intestinoentrãoconvulsivamcnleemacção,eexpulsãoasmatérias, queem

»i conlinhão,porcin ,estesorgãosnãotardào ácahir emumaniquillatnenlo proper cionadoaodoenccpbalo;e ,cm tjnuntonbexigacontinua adesembaraçar-se«lo liquido,queadistende, ouinvoluntariamente,oupeloelicitodavontade,o canil intestinalficasem nova evacuação.

(15)

8

Aimmobilidadeáquoscrodiisomosnrgàosdigestivos,lemaiictorisndo aingci

-

i odostimulantes«rovulsivos,dcstinndosndespertarocanalintestinal; porcines

-

te»meiospostos iinniedinlainentoem contactocomtecidos

,

quoscnão rcsenleoi daimpressão , são,emcertoscasos ,perigosos

.

Sympathies dirigidas sobre o apparelhogenito

-

urinário

.

Nos primeiros

instantesdaencéphalite,aurina podosercxpellida;maslogoque os rinscnbexiga

»e resentem dairritaçãodos outrosorgãos,semcom tudopareceremexcitados di

-

mlamentepelo cncephalo,podemdar symptomasnegativos mais oumenosdura

-

\eis,querepresentem aintensidadedaaílecção

,

eas desordenssobrevindasásíunc

-

çõrscerebracs

.

Noscasospoucointensos, abexiga transmilteaocerebroasensação produzida porsuadistensão;eosmovimentos necessários paraaexpulsãodaurinasãovolun

-

tariamente executados

.

Nos indivíduos,cuja lesãoémais profunda,ocercbron ão percebeasensação danecessidade;mas, siasfibras vesicaes conservarema sua con

-

tractilidadc,a distensãopódeprovoca

-

laá contracçao, quen’estecaso ó involuntá

-

ria

.

Em um grãomais elevadodcstupor,este ultimo phenomeno nãolem lugar; entãoa urinaseaccumulacmseureservatório , c delle nãosabesenão por meiode ummecanismo estranhoátodaaforca de expulsão

.

Da accumulaçãodaurina rc sultan irritação c inílammação d.i bexiga, clogo depoisaabsorpçaod’ella,que, infectandoa massa dosangue,dááperspiração ocheiro dcratos, eproduznfebre ardenteáque Mr

.

Richerand deuo nome deurinosa

.

O conhecimentod’estephe- nomeno ultimoómuito importante,para quese nãodeixedcempregarocathelc

-

rismonoscasos dcaffecçãocerebral

.

5

.

°

Sympathiesdirigidassobre arespiração

.

Aencéphalite jamais determina irritaçãosympalhicanotecido pulmonar

.

Ocerebro parece nãocommunicarcom opulmão,senãoparaentreteromovimento respiratório , c esta relação,puramente vital,nãoósusccptiveldcadquirirocaracter que provocaa extensãodas inflam

-

mações dc umavisceraá outra

.

Ostactosrespiratóriossemprehomogéneossótemde morboso airregularidade oncxtcnsSoincompleta dosmovimentos(pioosconstituem;cm fim, arespiração nada soffre quando ainflamniação nãopassaalem dos hemisphcrios ccrebraes pro

-

priamenteditos;mas quando cila,excedendoesteslimites,alacaosmembranas,e o prolongamento rachidiano, oqueacontece ordinariamente nos últimos dias dos doentes accommellidosdaencéphalite, entãoappareccmadilTiculdadcextremado respirar,precipitação dosmovimentosrespiratórios,ourclardança;ás vezesinter

-

mitência destes movimentos, oulambemumstertor

.

'fomos dito queaindammo*

ç,*opropagada noprolongamentorachidianoó(pieproduziaa nccclernção cirre

-

gularidadedosmovimentosrespiratórios

.

Cerlnmcnlo,aphysiologiao a observação rlinifaestioconcordesáesteres|)eito

.

Aphysiologiatemdemonstrado«pie nenhu

-

ma influenciatem ocerebro sobre osphenomenosda respiração

.

Mr

.

1

.

allemand

(16)

0

prétendequo,quandoosmusculosda respiraçãonãoparticipéedaparalysia dos membros,ópornúoreceberemos musculostodosos nervos damedullaspinlia J

.

massim também dosgangliosdo grandesyinpalhico

.

Mr

.

Bouillaud explicaophc

-

nomeno com mais exactidão;pois,diz elle» seosmusculosrespiradoresnãopar

-

» tilhãoda paralysia dos membros, é porque os primeirostirão oprincipiode

» seusmovimentosda partesuperiordamedulla,cmquantoqueossegundosestão

» debaixodoimpério immedialodocérebroe da vontade

.

»

Peloqueíicaexposto, vemo

^

qm

^

naencéphalite, nrespiração sedeveconscrvar com todaasuaregularidade,cquandoassimnãoseja,devemos rcceiarnpropaga

-

çãoda lesã ocerebralá medullaalongada,complicação estasempre nunciadeuma mortepróxima

.

De passagemdiremosqueéassazordinárioqueosindivíduosacom

-

mcltidosdaencéphalite sejüo ao mesmotempoatormentadospor tosse maisoume

-

nosfadigosa;porem,si esta aíTecçãon ão existiaantesdamoléstia,devemosaltri

-

bui

-

laáimpressãodofriodequose fazuzosobre a cabeça,ouûinfluencia sym

-

pathiesdeumainflammação concomitantedocslomago

.

4

.

°

Sympalhias dirigidas sobrea circulação

.

As irritaçõessympalhicas da encéphalitesobreacirculaçãosãopoucosensíveiscincompletas

.

Aperturbaçãoda circulaçãonainflammação do ccrebro ódevidaãaccoleraçãoda respiraçãoemcon sequênciadosmovimentos convulsivos,ou ãqualquer outra phlegmasiaconcomi

-

tante, queacomplique,bem comouma nrachnilc, c asinflatumaçõesdasvísceras digestivaserespiratórias

.

Algunsmedicospretendem que0cérebro,centroda vida de relação,é0meiopeloqualasmoléstiasprimitivameulelocaes segeneralisão e produzem asirritaçõesfebris;porem,sabidoé, quenãoé o cérebro,massimo systema nervosoganglionar,quercalmenlcconduz asirritaçõesfabris

.

Cointudo, apezarde queafrequênciadopulso,na encéphalite,pertença à uma outraphleg- masia, apezardequenaencéphalitemui intensacom alteraçãodasubstanciacere

-

bral,0coração seconserveimpassí vel,c0pulso nenhuma modificaçãosoíTra, temos queafebrepodeser0resultadoda irritaçãocerebral,seallcndermosaoestadoda circulação emmuitascongestõescerebraescomfrequência,ouplenitudee dureza dopulso

.

ó

.

°

Sympalhias dirigidas sobre0apparclho cutâneo

.

Emcertos casos de en

-

céphalite,apelle ganhaumasensibilidadeextremaaomenorcontacto;ccslcphc

-

quandoapparece,ésignalde uma funestaresulta

.

A necropsia temindi

-

cado0ccrcbelloe oprolongamentorachidiano, assimcomo as suasmembranas

.

inflammadas;porem alguémpensa queacausadeumadoro der- nomeno,

maisou menos

ramada6provenienteunicamente daphlogosedamedulla spinhal

.

c nãodependente

dainflammaçãodoccrcbello

.

Com efleito,os symplomasqueosdoentesapresenlão particular, são os daspinile

.

Poremn irritação damedulla, cm vez de ser uma contribuirparaalesão essencialouprimitiva, doudo em

complicação,pode

proccdúo osoccidcnte»,cd’islo algunsexemplosreferem mesmo

os auctores

.

Referências

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