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O benefício do exercício funcional para prevenção de hipertensão arterial sistêmica em idosos

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O benefício do exercício funcional para prevenção de hipertensão arterial sistêmica em idosos

The benefit of functional exercise for prevention of systemic arterial hypertension in elderly

Aderlan Elias Monteiro 1 Jamilly Monteiro 2 Esp. Klenda Pereira de Oliveira3

RESUMO: Apesar do envelhecimento não ser o mesmo que adoecer, para os idosos acontece um fenômeno chamado vulnerabilidade, o que leva a ser suscetível a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), essas doenças estão compatíveis a incapacidade, o que liga questões de saúde pública pois é do interesse de encargos econômicos, sociais, custos e utilizações de serviços de saúde. Trata-se de uma revisão da literatura que busca mostrar a respeito do Benefício do exercício funcional para prevenção de hipertensão arterial sistêmica em idosos. Os estudos foram coletados nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e no portal de revistas Scientific Eletronic Library Online (SciELO). No que tange critérios de elegibilidade: Artigos publicados nos últimos 5 anos – 2017 a 2021, artigos em português, inglês, completos e disponíveis gratuitamente. Critérios de Inelegibilidade: Artigos em forma de resumos, monografias e artigos anteriores a 2017. Mediante o estudo apresentado foi observado que o estilo de vida dos idosos influenciam no quanto doenças crônicas podem se agravar e prejudicar a saúde, entretanto problemas pessoas também podem influenciar no descontrole na pressão arterial.

Intervenções por meio de atividade física, além de proporcionarem benefícios fisiológicos que viabilizam maior controle da HAS, possibilitam uma maior integração social desses indivíduos, o que interfere diretamente na qualidade de vida.

Palavras-chave: Fisioterapia em idosos, exercício funcional, hipertensão sistêmica, prevenção fisioterápica, benefício da prevenção.

ABSTRACT: Although aging is not the same as getting sick, for the elderly there is a phenomenon of public vulnerability, which leads to being susceptible to chronic non-communicable diseases (NCDs), these diseases are compatible with disability, which links it to a health problem because of interest of economic, social, costs and uses of health services. This is a literature review that seeks to show about the Benefit of functional exercise for the prevention of systemic arterial hypertension in the elderly. The studies were collected in the electronic databases: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), and in the journal portal Scientific Electronic Library Online (SciELO). Regarding eligibility criteria: articles published in the last 5 years - 2017 to 2021, articles in Portuguese, English, complete and available for free. Ineligibility Criteria: Articles in the form of abstracts, monographs and articles prior to 2017. The study showed that the lifestyle of the elderly influences how much chronic diseases can aggravate and harm health, although people's problems also can lead to uncontrolled blood pressure. Interventions through physical activity, in addition to providing physiological benefits that enable greater control of SAH, enable greater social integration that you want, which directly interferes with quality of life.

Key-words: Physiotherapy in the elderly, functional exercise, systemic hypertension, physiotherapy prevention, prevention benefit

____________________________

1Centro Universitário do Norte – UNINORTE. Curso Superior de Fisioterapia. E-mail: elias.aderlan@gmail.com

2Centro Universitário do Norte – UNINORTE. Curso Superior de Fisioterapia. E-mail: milly.monteiro2013@gmail.com

3Orientadora. Centro Universitário do Norte – UNINORTE. Curso Superior de Fisioterapia. E-mail:

fisioterapeutaklenda@live.com

Envio:20/10/2021 Aceite:08/11/2021

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1 INTRODUÇÃO

Quando se fala de envelhecimento, para a sociedade logo é pensado no que diz a respeito de saúde, com o aumento dos anos de vida o desafio é: além de viver, conseguir conciliar com uma vida saudável e com qualidade, o que nos direciona para o papel do desenvolvimento de cuidados, prevenções e intervenções que proporcionem a autonomia, e o direito de ter qualidade melhor de vida (MATTOS et al., 2021).

As etapas do envelhecimento acontecem de forma natural nos seres humanos, entretanto está vinculada a diversos aspectos, como por exemplo: culturais, genéticos, psicológicos, sociais e até mesmo familiares, sendo assim, entender a relação desses aspectos com a velhice ajudam positivamente ao longo da vida (VERAS et al., 2018).

Apesar do envelhecimento não ser o mesmo que adoecer, para os idosos acontece um fenômeno chamado vulnerabilidade, o que leva a ser suscetível a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), essas doenças estão compatíveis a incapacidade, o que liga questões de saúde pública pois é do interesse de encargos econômicos, sociais, custos e utilizações de serviços de saúde (FIGUEIREDO et al., 2021).

Portanto as doenças crônicas não transmissíveis estão no topo das principais causas de morbimortalidade do mundo, entre as causas de mortalidade no Brasil sobressaem quatro grupos: Doenças cardiovasculares 29,7%; Doenças respiratórias crônicas 5,9%; Diabetes 5,1% de incidência de óbitos, e neoplasias com 16,8% (GÓIS et al., 2017).

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é parte dos maiores desafios da saúde, sendo a protagonista de maior prevalência na atualidade, é estimado que a HAS alcance uma marca de aproximadamente 22% da sociedade na fase adulta, sendo ela responsável por 80% dos casos de acidentes cérebro vascular, 60% de casos com infarto agudo do miocárdio, 40% das aposentadorias precoces, além de 475 milhões de reais, de prejuízos gastos com 1,1 milhão de pessoas se internando anualmente (SILVA et al., 2019).

Com base dos desafios citados, o cuidado com a população idosa a cada dia vem se tornando um assunto de interesse para toda a equipe multidisciplinar de saúde em geral, com o propósito de alcançar resultados positivos inserir o profissional fisioterapeuta na saúde pública em nível de atenção básica é essencial e importante

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podendo apresentar diversas contribuições para esse a população idosa (MONTEIRO et al., 2019).

A fisioterapia é benéfica em qualquer etapa da vida, porém para idosos tem uma importância não só voltada para tratamento de doenças, mas também prevenção, auxiliado para a contribuição de uma qualidade melhor de vida (AVEIRO et al.,2018).

Os benefícios do exercício funcional regular é importante para a população em geral, em especial para idosos pois através disso pode-se aumentar o ciclo de vida de uma pessoa entre 1 a 2 anos, em consequência o aumento de 6 a 10 anos em relação a expectativa ajustada a qualidade e saúde.

Nesse contexto, o profissional fisioterapeuta atua com uma função fundamental na saúde de idosos com pré-disposição a ter hipertensão arterial sistêmica, pois apresentam recursos como exercícios funcionais, que podem auxiliar na prevenção da doença crônica ou até mesmo no tratamento desses pacientes.

O objetivo deste estudo foi analisar o benefício do exercício funcional para a prevenção da hipertensão arterial sistêmica em idosos (ESPERANDIO et al.,2018).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM IDOSOS

De acordo com MIRANDA et al., (2019) a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal doença crônica que atinge os idosos devido às alterações próprias do envelhecimento que os deixam mais vulneráveis.

Os idosos possuem maior risco para complicações vasculares que estejam relacionadas à HAS, sendo o acidente vascular cerebral (AVC) a complicação que ocorre frequentemente nessa população (MOTA et al., 2020)

A HAS tem como definição a manutenção dos valores pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg na pressão sistólica e/ou iguais ou acima de 90 mmHg na pressão diastólica. Ela está relacionada com alguns fatores intrínsecos como raça, sexo e idade e fatores extrínsecos como obesidade, sedentarismo e tabagismo (MENDES; MORAES; GOMES, 2017).

Levando em consideração esses fatores de risco para a hipertensão arterial, as intervenções não farmacológicas como a alimentação saudável, a prática regular de exercício físico e a redução do peso corporal, devido ao seu baixo custo, têm sido

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apontadas nas literaturas como meio preventivo contra a doença (ZAITUNE et al., 2018).

O procedimento de realização da medida da pressão arterial é de fácil realização, porém, se não for realizado de acordo com a técnica correta estará sujeito a resultados errados, como por exemplo, diagnosticar uma pessoa normotensa como hipertensa e vice-versa. Tais resultados irão prejudicar as pessoas expondo-as ao tratamento desnecessário (RABELLO; PIERIN; MION JR, 2019).

2.2 BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FUNCIONAL NA PREVENÇÃO DA HAS

Estudos demonstram que as reduções da pressão após o treinamento físico envolvem fatores hemodinâmicos, humorais e neurais (RABELO et al.,2021).

Com relação aos efeitos hemodinâmicos, diz que o exercício físico, inclusive o de baixa intensidade (50% do consumo de oxigênio de pico) tem a capacidade de reduzir a frequência cardíaca de repouso, logo à redução do débito cardíaco e consequentemente diminui a pressão arterial, ou seja, há uma diminuição do tônus simpático no coração (SANTANA et al., 2019)

As alterações humorais e neurais que ocorrem, são respectivamente, a produção de substâncias vasoativas como o peptídeo natriurético, uma melhor sensibilidade à insulina e redução da noradrenalina plasmática, associada ao aumento da taurina sérica e prostaglandina E, que impedem a liberação de noradrenalina nas terminações nervosas simpáticas e a diminuição do fator ouabaína-like, que provocaria recaptação de noradrenalina nas fendas sinápticas (MONTEIRO; FILHO, 2017).

E o tratamento não farmacológico, indicado para o tratamento da hipertensão leve, são as seguintes medidas: redução do peso, restrição alcoólica, abandono do tabagismo e prática regular de atividades físicas (SCHMIDT et al., 2018).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão da literatura que busca mostrar a respeito do Benefício do exercício funcional para prevenção de hipertensão arterial sistêmica em idosos. Os estudos foram coletados nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e no portal de revistas Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os termos chaves extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde (DECs), foram utilizados pelo seguinte esquema de busca: “Fisioterapia em

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idosos”, “exercício funcional”, “hipertensão sistêmica”, “prevenção fisioterápica”,

“benefício da prevenção”. No que tange critérios de elegibilidade: Artigos publicados nos últimos 5 anos – 2017 a 2021, artigos em português, inglês, completos e disponíveis gratuitamente. Critérios de Inelegibilidade: Artigos em forma de resumos, monografias e artigos anteriores a 2017.

Para atingir o objetivo, foi definido a seguinte pergunta norteadora do estudo:

Como o profissional fisioterapeuta pode atuar no exercício funcional trazendo benefícios para prevenção de hipertensão arterial em idosos?

Após a busca dos artigos através das bases de dados científicas na Biblioteca Virtual em Saúde, foram escolhidos 10 artigos para compor a pesquisa.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

QUADRO 1 - A tabela a seguir demostra os artigos escolhidos para compor a análise

AUTOR/ANO TÍTULO OBJETIVO CONCLUSÃO

CASSIANO et al., 2020.

Efeitos do exercício físico sobre o risco cardiovascular e qualidade de vida

em idosos

hipertensos

Avaliar os efeitos de um protocolo misto de exercícios físicos sobre o risco cardiovascular, qualidade de vida relacionada à saúde e presença de sintomas depressivos em idosos hipertensos.

O protocolo misto de exercícios físicos de intensidade

moderada, realizado

durante 12

semanas, constituiu-

se em uma

alternativa viável e eficaz na redução do risco para o desenvolvimento de Eventos

cardiovasculares nos próximos dez anos.

SOARES et al., 2014.

Hábitos Alimentares,

Atividade Física e Escore de Risco

Global de

Verificar o efeito de um programa de modificação do estilo de vida sobre o escore de Risco Cardiovascular Global de Framingham em

Assim, conclui-se que a modificação do estilo de vida, por si só, é uma ferramenta

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Framingham na Síndrome

Metabólica e HAS.

indivíduos com HAS. importante no tratamento global de pacientes com síndrome

metabólica e HAS.

RIBEIRO et al,. 2015

Avaliação da qualidade de vida

em idosos

hipertensos

atendidos em

clínica de

fisioterapia.

O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida entre idosos hipertensos sedentários e não sedentários atendidos em clínica de fisioterapia por meio do Mini Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial

Intervenções por meio de atividade física, além de proporcionarem benefícios

fisiológicos que viabilizam maior controle da HAS,possibilitam

uma maior

integração social desses indivíduos, o que interfere diretamente na qualidade

de vida.

CARNAVALI et al., 2018

Impacto do

programa de fisioterapia aquática funcional em idosos com hipertensão arterial

O objetivo do estudo foi verificar a influência do programa de fisioterapia aquática na aptidão funcional, pressão arterial e qualidade de vida em idosos hipertensos

Dessa forma, o exercício realizado no ambiente aquático, é um valioso recurso terapêutico que produz benefícios à saúde funcional de idosos com doenças crônicas não transmissíveis.

FERNANDES et al., 2014.

Efeitos da prática de exercício físico

sobre o

desempenho da

Este estudo pretende verificar os efeitos de um programa de exercícios físicos nas variáveis espaço

Este estudo demonstrou

objetivamente que um programa de

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marcha e da mobilidade

funcional em idosos

temporais da marcha e na mobilidade funcional de idosos.

exercícios físicos direcionados para o treino da força, equilíbrio e propriocepção foi capaz de melhorar o desempenho físico e funcional dos idosos, e saúde dos idosos.

RAMALHO et al., 2018.

O papel do exercício físico no tratamento da hipertensão arterial associada a diabetes melitus.

Analisar a importância do exercício físico no paciente com hipertensão arterial associada a diabete melitus.

De acordo com o estudo realizado o exercício funcional trouxe bons rendimentos a pacientes com hipertensão arterial.

RUAS et al., 2013.

Avaliação respiratória, capacidade

funcional e comorbidade em indivíduos com hipertensão arterial

O objetivo deste artigo é analisar a associação entre atividade física e prevenção ou tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis e incapacidade funcional

Neste estudo os indivíduos com hipertensão arterial avaliados

apresentaram diminuição

significativa no pico de fluxo expiratório, na força muscular respiratória e na tolerância ao exercício

COELHO et al., 2013.

Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional

O objetivo deste artigo é analisar a associação entre atividade física e prevenção ou tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis e incapacidade funcional, rever os principais mecanismos biológicos

Muitos estudos epidemiológicos com atividade física integram os aspectos dietéticos e psicológicos nos programas os quais

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responsáveis por esta associação

e as recomendações atuais para a p

podem interferir nos resultados obtidos.

PEDROSA et al., 2014

Força muscular respiratória e capacidade

funcional em idosas hipertensas com sonolência diurna excessiva

Esta pesquisa tem com objetivo comparar a força dos músculos respiratórios e a CF entre idosas hipertensas com e sem

SDE, a fim de,

posteriormente, definir Intervençõesfisioterapêuticas adequadas.

Os resultados do presente estudo indicam que a força dos músculos respiratórios não sofre alterações em decorrência da presença de SDE

em idosas

hipertensas e que essa sonolência

também não

interferiu na capacidade

funcional das idosas pesquisadas.

MORAES et al., 2012

Programa de exercícios físicos

baseado em

frequência semanal mínima: efeitos na pressão arterial e aptidão física em idosos hipertensos.

O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de um programa de exercícios físicos com frequência de duas sessões semanais e duração de 12 semanas nos níveis pressóricos, na aptidão física e na capacidade funcional de idosos com HA

Os profissionais envolvidos na área de reabilitação devem considerar as possibilidades terapêuticas,

integrando as principais

recomendações baseadas em evidências à escassez

de recursos materiais

sofisticados e à baixa adesão ao

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tratamento não- farmacológico da HA, comumente encontrada na Atenção Básica de Saúde.

De acordo com Cassiano et al., (2020), o envelhecimento se enquadra como um processo multifatorial influenciado por aspectos psicológicos, sociais, biológicos e funcionais, que diminuem a capacidade física e comprometem o desempenho para as atividades de vida diária, tornando assim o processo do envelhecimento um período de mudanças na vida do ser humano, podendo aparecer problemas de saúde.

Entretanto com base de estudos, os surgimentos de doenças podem estar associados a mudança de comportamento na velhice, em muitos casos hábitos anteriores aparecem como consequências na velhice em forma de doenças, assim comprometendo habilidades funcionais e a redução da qualidade de vida assim prejudicando a saúde (SOARES et al., 2014).

Podemos observar que de acordo com os dados vistos, a hipertensão arterial é uma das doenças crônicas de maior incidência no Brasil e no mundo, o estilo de vida acompanhado por maus-hábitos durante a juventude como excesso de sal, estresse, ou até mesmo fatores não modicáveis como genética podem acarretar em problemas de saúde posteriormente (FERNANDES et al., 2014).

Sendo a HAS considerada o principal fator de risco para doenças cardiovasculares pois foi responsável por 33% dos óbitos no Brasil em um estudo realizado em 2011 atingindo tanto homens quanto mulheres de diferentes faixas etárias, com maior prevalência nas pessoas idosas, no momento atual a hipertensão tem alcançado diversas faixa etária (SOUSA et al., 2018).

Uma decisão pode colaborar muito para uma mudança de vida, decidir por hábitos saudáveis está claramente ligada a saldos positivos para a saúde, isso inclui disposição para enfrentar os desafios do dia a dia, o exercício funcional tem como benefício a melhora na qualidade de vida e da condição clínica do indivíduo, portanto para o idoso é fundamental ter uma vida mais ativa para prevenir doenças causadas pelo sedentarismo e excesso de peso, principalmente porque os ossos estão mais frágeis (SOARES et al., 2014).

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Além disso, de acordo com Carnavali et al (2018) pode-se citar também à fisioterapia aquática que é indicada especificamente para idosos que sofrem com a hipertensão, pelo fato de apresentar inúmeros benefícios a saúde funcional, como distração em situações de estresse, aumento da força muscular, flexibilidade, controle da pressão arterial e melhora da qualidade de vida (PEDROSA et al., 2014).

Nos estudos realizados por Moras et al., (2012) a prática regular de atividade física acompanhada pelo profissional fisioterapeuta pode gerar benefícios à população em idade mais avançada, como o aumento da resistência, maior flexibilidade articular e capacidade aeróbia, melhora nas atividades cerebrais, melhor coordenação e equilíbrio, perda de peso e melhor administração das doenças crônicas e das deficiências.

Sobre estes benefícios de acordo com Fernandes et al., (2014) eles podem ocasionar uma melhora da capacidade funcional e resistência, o que resulta em reversão da fragilidade visto que idosos correm maior risco de queda relacionada a fragilidade dos ossos além de decréscimo do risco de mortalidade entre os indivíduos com bom nível de aptidão física e elevado gasto energético.

Portanto, o estilo de vida de pessoas acometidas por HAS deve ser alvo de modificações de caráter não apenas curativo, mas principalmente, preventivo pois a mudança no estilo de vida é um investimento a longo prazo, o profissional fisioterapeuta é o mais indicado para trabalhar nesta questão, pois ele está apto para auxiliar idosos a alcançar este patamar de saúde da melhor forma, sempre respeitando suas limitações (RAMALHO et al.,2018).

Desta forma, essas mudanças acompanhadas por um fisioterapeuta podem potencialmente controlam os níveis da Pressão Arterial (PA) prevenindo os picos da hipertensão e aumentado as chances de ter uma vida saudável, podendo também diminuir a mortalidade cardiovascular que é um grande perigo para quem sofre de HAS (CASSIANO et al., 2020).

Entre as principais recomendações para prevenção e controle da HAS estão a alimentação saudável, consumo controlado de sódio e álcool, ingestão de potássio, combate ao sedentarismo e ao tabagismo podendo ser através do exercício funcional acompanhado de um fisioterapeuta pois esse acompanhamento se enquadra no grupo de intervenções para o sedentarismo, e ao controle da pressão arterial (MORAES et al., 2018).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante o estudo apresentado foi observado que o estilo de vida dos idosos influenciam no quanto doenças crônicas podem se agravar e prejudicar a saúde, entretanto problemas pessoas também podem influenciar no descontrole na pressão arterial.

Intervenções por meio de atividade física, além de proporcionarem benefícios fisiológicos que viabilizam maior controle da HAS, possibilitam uma maior integração social desses indivíduos, o que interfere diretamente na qualidade de vida.

Apesar dos resultados obtidos, sugere-se a realização de novos estudos, visando a um delineamento mais claro da qualidade de vida entre os idosos hipertensos, sedentários ou não.

Com base nos estudos apresentados o profissional fisioterapeuta tem um papel fundamental na saúde de idosos, através do exercício funcional idosos podem experimentar uma maneira mais descontraída de cuidar da saúde, utilizando métodos que também visa melhorar o convívio social.

Vale ressaltar a importância da valorização do profissional fisioterapeuta e incentivo de mais estudos voltados para esta temática.

6 REFERÊNCIAS

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