ALGUMAS CONSIDERA ÇÕ ES II Ï GIENIGAS
A " } ?
Ojas fflowwiaa .
THESE
ÁCEUCA
riprcsfiUaÍia á Jramlí»aí
»
c i>e illcíúrina í>o Uio îirJaneiro , E sustentadaera4deDezembrode1845.
POR
nuo XEGITIMO DE rxDKO JOSé DE AEWEIDA, NATURAL DE PORTOAI.EGRE(rROVIXCIA DES
.
PEDRO DO SCL).
IDDD 'lD'Ji 2W IP31Ü msSîQ Û MO!LDÛD2»
Hueoput,bocMailiumpartiproperci Si palristuluniut , tiuobii tim«cari.
(Mutti.EMIT
.
3.Lu.I clampli,S'
s •.
T V r O G R A l’IIIA E LIVRARIA FRAISCEZA
,
RUA D E S.
J O SÉ,
N.
(>4.
1845.
TACULDADE DE 3 WEDICXNA
DO RIO DE JANEIRO .
DIRECTOR.
OSR
.
DR.
JOSÉ MARTINS DA CRUZ JOBIM.
LENTES PROPRIETÁRIOS
.
OsSBS
.
DOUTORES:1
.
®ANNO.
Franciscode PaulaCândido
. .
Francisco Freire Allnnäo
.
. . PhvsicaBotanicaM<Medica , e*dica.
princípios elementaresde Zoologia.
(Chimica Medica , eprincípioselementares de I Milieralogin
.
Anatomiageraledescriptiva
.
2
.
®ANNO. M
Joaquim Vicente Turres Homem
.
PRESID.
JoséMaurícioNunes Garcia 5
.
®ANNO.
JoséMaurício NunesGarcia
LourençodeAssiz Ferreirada Cunha
.
.. PhysiologiaAnatomiageral.
edescriptiva.
•i
.
®AN.
NO.
Luiz FranciscoFerreira
.
Joaquim JosédaSilira. . Pathologiaexterna
.
Pathologiainterna
.
SPharmacia, Materia Medica, especialmentea 'j Brasileira, Tlicrapeutica, e Artede formular.
JoãoJosédeCarvalho
. . .
ft
.
®ANNO.
CândidoPurges Monteiro
..
FranciscoJulioXavier
. .
0
.
®ANNO.
ThomasGomes dosSantos
.
JoséMartinsdaCruzJobim
Operações,Anat
.
topograph,eApparelhos.
( Partos, Moléstiasdas mulheres pejadas e pari
-
( das,ede meninos recem
-
nascidos.
HygieneeHistoria de Medicina
.
MedicinaLegal
.
2
.
"flo4.
°M.
F.
Pereirade Carvalho.
.Ex.
Clinicaexterna, e Anat.
patholog.
respectiva. 5.
®ooC.
®Manoelde ValadùoPimentel.
. Clinicainterna,eAnat.
patholog.
respectiva.
LENTESSUBSTITUTOS.
SeceSo(LasSciencias accessorias
.
SecçãoMedica
.
SecçãoCirúrgica
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SECRETARIO
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FranciscoGabriel daPochaFreire
. .
Ex.
AntonioMariade Miranda eCastro
. . .
Antonio FelixMartins JoséPento daPosa
Domingos MarinhodeA
.
Americano. . .
LuizdaCunhaFeijó, Ex
.
LuizCarlosdaFonseca
.
A
.
B.
A faculdade nãoapprova,
nem desapprota asopiniões emit tidasnasTheses. quelhesào apresentadas.
A MEU PAI E AMIGO
O ILL
.
8 S.
'm & m mm m
Retidonaprisão,dosfilhoslonge Nuncaolvidastes paternacs deveres A'sletras recorrendonosdictaveis Dotyrannico exiliosftosconselhos,
Oculto das sciencias,davirtude: Comesforçosdepois,comsacrifícios Apezar do infortúnioconseguistes Osóbices delir, queoSanctuario Do Templo d'Zpidaurome trancavAo
.
Coroados estãovossosdesejos.
Bom
ofructo primeiro
be vissesbesve í
os, è
meuna
reafibabe imperfeito
; mastaf , tjuaf é , espero
<juc oaeceifeis
comBeni ^ nibabe
,assim
comosinceros protestos
beamor , reconhecimento
, esuBmissá
o.
P
.
J.
A.
A MEMORIA DE MINHA QUERIDA MAI
Dos Justos na mansãoondedescanças Acolhei
,
terna Mài,
triste suspiro D'intensa dôr nascido. ..
da saudade.
A MEU IRM Ã O
E C O J B r A K H E X D O D A D E S G D AÇA,
D BUUM ú HHD mi M û itnaiM ,
O&etïa
.
'(Slrtes tamGeiu"T'
ao(Dao perpetuo renome a ieo:> cultures
.
£011roso; nome
& BlShlt à V M M A A
A SK .
A1 ) . A 1A J 0 SEPI1IW 1 ) E ALMEIDA E SILVA
E A MEL CUNHADO
O SR . GERMANO SEYERIANO DA SILVA .
prova b
<amor fraferna í
uic<
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.
J.
A.
A » ILLM
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MMMS î IPMBî M inana ,
Emquanto me animar da rida o sopro, Gratopublicareivossosfavores
.
A ILL
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ùWB&nAauDJi©a
ííBSUSSB ûTBS.
Comafalta de minha amada Mai,vosencarregastesde nossa debil infância,em cujas rei
-
teradasenfermidadessempreapresentastesafleiçAo,benevolência,amabilidade,cumapaciência angelica:recebeipoispor tanta bondade minhagratidão,meuperennereconhecimento.
V TODOS OS MEL
'S VERDADEIROS AMIGOS .
AOS MEUS COLLEGAS DO
G.°AMO ,
Cintilada promtí»c
minha amitadr .
V. J
.
A.
AO
HAM . -
SU.
JOAQUIM VICENTE TOMES HOHE «
« ?
Doutor eraMedicina pela FaculdadedeParis; Bacharelemletras,escienciasphysicaspelafaculdadedesciencias
damesmaCidade: Commendador da Ordem deChristo:
Membro Titular da Academia Imperial de Medicina desta Corte: Medicoconsultante doHospitaldeMarinhadoRio de Janeiro:
Membro correspondentedoInstitutoHistorico de França: Lentede Chimicada Escola deMedicina doRio de Janeiro:
Medico de SS.MM.II.: Vereador da Camara Municipal, etc.,etc.
^ tncioso
aquarbava <sU ensejoafim
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• jencrosibabe
Reverentetributomeusrespeitos, E minlta gratidão durante a vida
.
P -
3. X
& M I D &8 ü o s m i u m s
j i i a j i i i m aA C E R C A
IlaLilação ,habitatio
,
habitacidum,éolugaremquesemora, é odomicilio, acasa.
Entreascausas que induemdeumamaneiravantajosa,ounocivasobreasaúde do homem,poucasliaqueexerçãouma potênciat ãodirecta,como ashabitações; suasituação,construcçâo,cdiversasoutrascircunstancias relativas asuasalubri dadeinterior,ouexterior são tantosobjcctosdignosdameditaçãodomedico, quan
-
doquircurar asmoléstias, cainda maisprocurandopreveni
-
las.
A selecção doslugares, emqueohomemseestabelece, équasisemprefundada emconsideraçõesalheiasnsalubridade:assimafertilidade do soloconvida cultor; oindustriosodirige suas\istasparaos pontospropriosafacilitar relações commerciacs; oartista ,osabiovem fazervalerseustalentos,aonde ha maiorfre
-
quênciade pessoas propriasaaprecia
-
los;porém cm poucoscasos é ohomem guiadopelointeresse desua saúde.
oagri
-
:»
10
—
Kntrelanloquandoestepoderosomovei vem fixarsuaallcnção, osconhecimen
-
tos physicos,quefazem partedainstnicçàomedica, sãoos queconvémapplicar, lendodefazerescolha do local,que maisproveitososejaaohomem, ou aqualquer reuniãod’elles:estes mesmos conhecimentos sãoaindareclamados, <•tornão
-
scuteis para melhorarashabitações já construídas; a"esteduplofim poistenderã o, postoque mui resumidamente,asidéas , que n’este trabalhopretendemos emittir
.
Nós odividimosem4parles:na1
.
*trataremos da escolha doslugares:na2.
*daconstrucçãodas habitações:na3
.
*desuadisposição:naï.
‘finalmente dire- mosalgumacousaácerca dos meios deremediarosinconvenientes das moradases-
treitas, emal arejadas
.
Oxalápossamos desempenhar salisfactoriamcntcatarefa, dequenosencarregamos! Porém si seatlender aotirocinio,indulgênciamere cerão nossasfaltas:I bi desuni vires, tarnen estlaudanda voluntas.
4-«
PRIMEIRA PARTE .
Escolha dos lugares
.
jJlanifics
.
Comoexistemplanicics de alturasmuito diversas,pois queumasse acham ao nivel doOceano a28 polegadas, 2 linhas e *
/
io‘
1« pressão , e outras es-
t ão collocadas cm terrenos muito elevados , grandes dilYerenças devem haver acercada relaçãodepressãoentreashabitaçõesdetal
,
outalplano; isto temlu-
gar mesmoem pequenas distancias
.
Umainfinidade deoutrascircunstanciasmais importantesainda estatuemdilíerençasnahabitaçãodas planícies:laessão aqua-
lidade dosolo, a exposição da habitação, os ventosdominantes, asmontanhas visinhas, rios ,pantanos, florestas, cadistancia do mar
.
O que dizrespeitoásalu-
bridadedas planíciesachnr
-
sc-
ha tratadopostcriormenlc.
Digamossomentecom Marc,que, se aplanicie fòrextensa , asalubridade variará nosdiversos pontosde suasuperficierelativamenlc ápresença , ou ausênciadas circunstancias,queaca-
bamosde mencionar
.
iHontanIjtw
,
c rolliiuts.
Quasi todososaulhoresadmitlcm,que a habitação noslugares elevadosé maisfavorave! á sa úde; n’isto elles seguemaopiniãodeHyppocratcs exarada no tratadosobreoar , agoas,elugares
.
Parececom effeito que osmontanhezessãoemgeralmaisfortes, robustos, durecidos nasfadigas, do queoshomens dasplanicics;eéentreelles que
conlrão maisexemplosdelongevidade
.
Postoqueestes cffcitos possuoserattribni dosem parte ásimplicidade doscostumes, ócertoqueaqualidade daatruosphera,emquevivem , contribueprincipalmenteaoseuvigorphysico:comeffeito ecn
-
seni
-
quait
-
dose sobea um plano elevado, o appetiteaugmenta, casaúde parecemolho Todaviaumagrande elevação acima donivel domarproduzna saúdeclYeilo»
nocivos; eha altura tal, que nãoéhabitável:porem rar
.
seriadilltcilprecisargeo
—
12—
oardas montanhas deixa mclricamunlo, ode umamaneiragorai aqnclla, cmquomenosdesersalutar,vistoqueascircunstancias,comovamos ver, iulluem
mais,ou
solire seugráo do salubridade
.
por tantosoutros efleitos queseobservão, suaaltura
.
Nãosópela pressãodo ar ,como
(>'inconvenientesdamorada das montanhas muitodependemde
Sabe
-
seque agrandeselevaçõesmnnifeslão-
scperturbações notáveis narespiração, ecirculação,consequências inevitáveis da faltadepressão
.
Parece que esta condiçãoatmospheric«.
M.M,d’Orbigny,« •com o tempohabitua
-
semuitasvezesaBoussaiugaull assegurãoaM
.
Broschet , queoscães , ceavallos , que tinhão sido conduzidossobre osAndes amuitograndesalturas, cxperimcnlavãoaoprincipio dilficuldadenarespiração , eque depoisde um certo tempo de demora,estesacci-
dentessedissiparão
.
Entretantonão acontece sempreo mesmo aohomem; eis
-
aquiaprova: Bres-
chet ,atravessando o Monte de S
.
Bernardo, foi consultado pelos religiosos d’estas montanhas ,csoube d’elles, quesetornavãoquasi todosasmalicos , e erà o allcctudosde moléstiasdocoração ,porissonãoficarãopor muito tempo al li.
Estaregra nãoé semcxccpção ,porqueum d’estesreligiososvintennnospermaneceu
noConvento
.
N’este lugar sóos cãesvivem , os lobosapparccem raramente, os galos, ratos , egalinhas morrem:portanto a habitaçãosobre as montanhasó perigosa.
Everdade«pieosviajantes,ou os «crostalas leemchegadoaregiões, emqueo barometro muito desce;masdeve
-
so distinguirasimples passagem porlaesluga-
resdu habitaçãoestacionaria
.
Üaspectodeserto,arido , c esleril das altasmontanhas basta para provar,que n ãosãoolugar, aqueohomeméchamado para fixarseudomicilio
.
Não ésomente nfalta de pressãodo ar,(pieoccasions accidentesnohabitante dasaltas montanhas ,maslambemnnecessidade,emqueohomem muitasvezes seacha,de trepar cmterrenosnevosos, ouescorregadios:oabaixamento datem
-
peratura, osventosterríveisqueabi rcinão, ahumidade doarpodemconcorrer com a diminuiçãodopeso almosphcrico adeterminar accidentes docoração,e dospulmões
.
Osinconvenientes da habitação sobre as montanhas elevados variàoaindaem razãodoumgrandenumerode circunstancias:laescomoa exposição, avisinhnn
-
ça , emquoa casapóde estar dospicos,(pioanbrigãodos ventosfrios, ouhúmi
-
dos, ouque aprivão por muito tempo dainfluencia da luz solar ,edos ventos quentes; a naturezadasaguas potáveis; a proximidadedas ladeiras escarpadas, dondeseprccipilào torrentes, orolãornpidas massas de novo; as fendasr
-
- terreno apresenta;emfimostremoresvolcanicos,quepodemarrastar ahabitação, efazê-
ladespenhar nosprocipicios,cie.
, etc.
queo
Asmontanhasmenos elevadasapresculàolambem umagrandeparlodos mesmos
—
13—
iuconvcnienlcs
.
Entretantoahabitação ,quo aliiscfar.
,êmuitasvcrcssaluhi*.
temperamentolyinplialico,quo clanguc»
-
cncaixotadoseoclia convêmprincipalmcnlcóspessoasdouni
cião noslugaresbaixos, n'esscs vollesestreitos,cmque
circumscriptoemseumovimento, cimpregnadode.humidade;cila« sabem d<:t c
-
apalbia , assimque transporlão seudomicilioparaestes lugares
.
oar
pentedosua
Apoucoentorpecidos ,csemelhantesaosmolluscos,estes indiv íduos seorrasta
-
atmospberabumida para satisfazeras suasmaisimperiosasne
-
vãoapenas em sua
cessidades:agora aclivos, elaboriososnomeio deumarsecco,emoveisengiláo; seentregão aexercícios salutares;perdemsua
cos;niudão cmbellacôrroscaapallidczdesuapelle;crenovãointciramenlcsua existência
.
Depoisdasplaníciesenxutas cquentes, oslimphaticosdevempreferiras montanhas pouco elevadas,denudadasdeflorestas,ehumidade.
üsvallcs, ou adepressão,queoterrenoapresontaentreasmontanhas ,sãofre
-
disposição aoscngorgitnmenlos bran
-
quentementeescolhidos paraahabitaçãodos homens
.
Sco gráodesalubridade depende de muitascircunstancias ,e nina parte do que dissemosarespeito das montanhas acha aquisuaapplicação
.
Suasprincipacs condições de salubridade consistem em sua extensão, clargura; nascorrentesde ar,(juea configuraçãodosmontesvisinhos ,eosventosdeterminão; naseccura dolugar; nosrios rápidos,queosotravessão; noabrigo,queas terraspróximas lhesprestâo contra osventosfrios,ehúmidos; na sua exposição á luz; no seu aflastauiento das massas de neve,que rolãodas montanhas, cpicos elevados;na pureza dasngons das fontes, que abiseachão;etc.
DisposiçõescontrariassãoC3u$adcinsalubridade paraashabitações
.
^
lorrôtas.
As habitações nas florestasespessassãogcralmcntc insalubres,porque oar n’esteslugares circula diíficiimenle, ochão est ásemprehúmido ,eosrniosdo sol nãopodempeneirar
.
Quando á noitese entra em suaespessurasente
-
selogo, ( mesmonoestio ) quo oar ésaturadodchumidade.
Scé verdade queasfolhas verdes desprendemoxi-
génio dc dia,ha todaacertezaquedc noitecilasfornecem porções notáveis do acido carbonico
.
Acrescentaiaistoqueasfolhas, coutrosre>tosvegetnes nhiapo-
drecem, clornão
-
sccausa dcemanações ,quenão sãoseminconvenientes:alem d’isto insectos numerososvivemcmorrem,cxhibindo porsuavez exhalaçõcsdc matériasanimacs , origem de incotnmodos.
Não acontece omesmocomashabitaçõescollocadas na entrada dasflorestas
.
maximequandoestas sãoesclarecidas
.
Entãosemimpediroacccssodos ventos, cilas llics quebrão n violência, c suasombra moderaoscaloresdo estio.
As cosas dcrecreio dos grandestOcm muitas vezes sidoedificadas na visinhonça das flo-
t
U
—
ha toda a razãoouicrerque, sedetalposiçãoresultasseminconvenien
-
reslns, c
tes, isso nãoaconteceria
.
Em olguuscasos avisinliança das florestasespessoscprofundos, serveparadi - minuirainsalubridadedolugnrliabilndo
.
AssimosRomanosseoppozerão nque seabatessem osvnslosbosques situadosnoOccidentc,porque garanlião acidade doSueste(denominadoSirocco )vento muitopernicioso.
O PapaClementeAll prohibiocortarasflorestas situadasnosarredoresde Cisterna,c deSerminela, afiai denãoleremlivreaccesso os ventos ,que passavãosobreospantauos chamados Ponlinos.
Osgrandes vegetaestêciutambémporpropriedadealtrahirastempestades, e a» chuvassobre oslugares, emqueseaclião; éporissoqueassituações ,que forão
despojadas do seusbosques , sãomuitasvezesmaisseccas doquoerãoantes
.
A* fontes tãoabundantescmNapoléon-Vcndccantesdocortedasmatastéeui-
sc tor-
nadorarasdepoisda rotcaçâo
.
O mesmo sc temobservadonoCarioca,cuja ogoa abastece estaCidade, pelo que aAuctoridadc rcspecliva prohibioocortarem-
seasarvores, ordenandoigualmentescreparasseaquelledaiuno com aplantaçãodcno
-
vos vegetaes
.
Noalto Egvpto, emqueosbosques forãoabatidos,choveraramenle, c nobaixo, onde oPacliámandou plantar vinte milhõesdcarvores,tècm
-
seas chuvastor-
nado maisfrequentes
.
Osgrandes vegetaesmesmoisoladoslambemattrahcmaclcctricidadc, ecollo
-
cados muito perto das habitaçõespódornn’cilas fazer cahiroraio
.
Plantaçõesmuitopertodns casasoílerccempois vantagens,einconvenientes; e nãoésem razãoqueem 178iaSociedadedasorlescsciencinsd'Utrecht propoz prémio sobreesteobjecto
.
Priestley, Kirvvan,Cavallo,Mezger,eIngenbours concorrerão , efoiestabelecido poresteultimo que, quantomais asarvoresestão expostas n acçãoda luz, e menososolosobrequeestãoplantadasfavoreceapu-
trefaeçãodasfolhascabidas, melhor purificão oar:porém queestese tornamais viciado do que puro, seaqucllesvegetaesest ãosituadosemlugar,onde larespcnclrãodiílicilmenlc ,ocujo solohúmido facilitaadecomposiçãodasfolhas scccas
.
um
osraios$o
-
Po>toquesctenhãosuscitadonumerosasdiscussõesrclalivamenteaográodc in
-
salubridadednsarvores perlo dascaso» , umfacto existo quedominatodos;c a sensaçãoagradável,queohomemexperimenta , capureza de ar, que julga pirar,quandoentra nadensidadodosbosques
.
Parece peloprazer quesente quaohomemloi feito paraviver nasflorestas
.
Estaimpressãoprimitiva éumindiciode que,donge dosereinperigosas ,as matas são asvezes uteis; acontece muitasvetes queosdeterminaçõesinstinctivasestãoem relaçãocomasmelhores regrosdehy-
giene
.
()lugar,cm quencasafür construída, nãoseja nafloresta
res
-
tnesma:primo,por
—
15—
causa dafrescura, chumidade d’estadurante a noite;secundo,pela alterne
.
1« no-
cturna, efaltade renovaçãodonr;tertio,pela obscuridade, que n’ellas reina, tendências que têeuiaattrnhiroraio
.
ra
IJtitias .
Avisinhança do mar égeralmcntcsãa, bem que seja um erropensar
-
se,queo ar maritimocontenha maior porçãodeoxigénio do queo daterra;comtudo cevidente queas cousas de suaalteraçãosãoallimenosfrequentesdoque sobre esta
.
Em geral, o arperlodomor ,segundo KaigeDelorme, é menos frio no in
-
verno, c menos quente durante oestio
.
Violentascorrentes dearpodem existir naspraias, c muitas vezes apresentarrapidamente grandes variações detempera-
tura ,c humidade,doquo devem resultarsemduvida influenciassobre ohomem,
cmodificações para a construcçãodamorada
.
Finalmenteos diversos lugares dapraiaestãolonge deseprestaremaconside
-
raçõesdo mesmogenero
.
Aqui achão se, como napatrin de\\alterScott,rochedos alcantilados,quesustenlãohabilaçõe«,carecendodeamparocontraos ventos frios , húmidos ,c terrí veis.
quen’esselugarrcinão ;emoutraparle, como emNápoles, umaatmosphcraardente, a quesuccédérapidamenteumfrio mais ou menosin-
tenso
.
Alli, como emNouvelle-Orléans, ousobre asmargensdoIndo,umgranderio vêmdepôr olimo funesto,quedálugaraos maisdeletercosmiasmas;ouvice-
versa,como nasplagasdeDieppe,uma areiaaprasivelconvida , aosqueusãodebanhos, a refrigerarem
-
se nomar.
Aquicnconlrão-
seos coraes«laOceania, allios restos das plantas, e dosanimaes marinhos;cmíim cada um desteslugaresteemexposições variadas, climas diversos , que nãopermillcmprescrever regras geraesácercada habitação, quen’ellessepóde fazer.
Diôin!)iuuit bos rios
,
cagoas correntes.
Aproximidadedos rios, eagoascorrentestemsido procuradapelohomem
.
As primeira.
«aldêas.
quese formarão forãosemduvida collocadnscmlugares, cujas agoaserãopotáveis,coudeopeixeliberalisnvasustentoabundante.
Asaldêas, ccidadestomarão umincremento tantomaior,quantomaisfácil
.
evantajoso seofFerecinocommerciosobreamargem dosrios, emcuja proximidade quasi sempresituadososquarteirõesmais habitados
.
Razões deinteresse doquedesalubridadelòem portanto determinado aagglomeraçãodoshomensmargensdos rios
.
Porém aronteceoque, emconsequência d’esta reunião,as construcçòesfeita*, forão amontoada«, ns moradas apertadasumas contra outras ,etiverão
antes sao
nas
pequenas
—
IC—
dimensões
.
D’alii circunstancias novasvitsräo ajuntar suainfluencia ácondição primitivada vi. -
inhança do rio, ctornarãomais diflicil aapreciaçãocxacladosac-
ciJentcs,queeslapódeproduzir
.
A habitação perlodasagonscorrentes, alemdo inconveniente das enchentes
.
que no seu limdcixâooslugareshúmidos, cpoucosãos,oflercce ,seasagoassã o baixas,perigosdomesmogeneroqueos panlanos
.
A forma dosriosaggravamais estes males.
Se.ellessãobemfundos,c asmargensalias,éraroque dem lugaraaccidentes funestos;se porém terrenos planososcircuindáo, sc sob um seccamenlodoIodo, que acarrctão ,dcposlo sobresuamargem oumenosclima queuteha um
baixa,como temlugarnoGanges,Mississipi,Amazonas, eNilo,entãovastospauta* calor faz muitasvezesaindamaisperigososconstituemashordas dos c oscasosfocos do febresperniciosas,febre nos, queo
rios,elornão
-
scsegundooslugares, ainarcila,ctalvezdeepidemias pcslilcnciacs.
Sesequizerfixar ahabitaçãoperto de um rio, seja adistancia rasoavel, sobre um lugarexpostoás correntesdear, queserãomais saudaveis,quandosc
-
suadirecção :colloque
-
sc ao menos fòra do alcance das inundações , c ou guiremexaminesecomcuidado, se o terreno é , ounãomuitohúmido
.
Sisctraiadeumaconslruc çãojáestabelecida, asala em queseresidir tenhoa frente paraoSeptcntrião; (vice
-
versa «o Nortedo Equador)sequem-
seomais possiveloslugares, evitando exporosquartosáfrescuradastardes, edns noites.
tliôinljnnrnl»os
ß
antanos.
'O* efleitos nocivos dos panlanos tècmsidoassignnlados desdeamais remo
-
ía antiguidade
.
Deve-
se-
lhes allribuir as idéas dos Egypcios sobre o gigante Typhon, e a dospovos que oihnvão certos panlanoscomo sendo a entradapara osinfernos.
Ilyppocralcstroçou uma dcscripçãotãocxactacomoanimada,des-
crevendo as oíTecçõcs aque os habitantesdePhaseeslav ãoexpostos
.
Suas obser-
vações forão confirmadas por lodosaqucllesque desde entãot êeinprocurado verifica-las; taes como Avicena , Nicoláo , Massa, Lancisi , Gatloni , Hoilé,.Gu
-
thrie,Beaumé,Alibcrt, Fédéré,Ramel,RignuddePlsle,etc
.
Assimhem demons-
tradoestáque,sc ocultotributadopelos antigosasdeosasCloacinu, e Mcphilcs era insensatoem seu objecto , linha por motivos factosrcaes
.
Entretantotécm-
sc achadoemlodosos tempos homensdispostosa pô-
lasemduvida, ou ao menos a explicalas pela única influeuciadahumidade junta nofrio:nósjulgamossu-
pérfluocombater scriamcnlcsua opinião , cadmillindo comouma verdade irre
-
cusávelodesprendimentodos miasmaspaludosos,csua sédc noarambiente, va
-
mosprocurar apreciarsuainfluenciasobreasa úde dohomem, oquefòrmnccrla
-
mente a partemaisimportantedahistoriadospanlanos
.
M
.
Monlfalcondesignou com onomedcacçíophysiologicaosefleitoscontinuo.* ,-
17-
«|uensemanaçõespaludosasproduzem sobroosindivíduos submcllidos ãsuam fluência
.
Eraabusar muito doslermoscbamar physiologicnuma acção, quetem>obrcnsaúdecffeiloslúncslos,cuja«Icscripçãopassamosadar;ó nnverdade abre
-
siada, porem milito sullicienlc para demonstraracxaclidãodas observações de llyppocratesno seu tractado doar,agoas,clugares
.
Quereisconheceratéquepontonhabitaçãodoslugarespaludosos pódcalterar aespecie humana ? Daialtenção aoque dizoauthorda e>tali»!ica dodepartamento de1’Ain :
•
l ma còrpallida ,elívida ,olhosternos , eabatidos ,palpcbrasengurgi-
tadas ,rugasnumerosassulcandoafacecm umaidade, cmqueformasbellas, c ar
-
redondadassódeveriãoobservar
-
se, espadoasestreitas, peitos comprimidos,pes-
coçoalongndo, vozaguda,e tenue ,pelle sempresccca ,ouinundada porsuores debilitantes, andarlento,cpenoso,emíiiu todooapparato dos soflrimcnlos dosor
-
gãospulmonares; velliòaos30 annos, discrcpitoaos40, ou 30 loióohabitante daBasse Bresse,oudo Doubs, d'cslcvastopanlanoentrecortadopor algunsterre
-
nosvagos,ealgumassombrias florestas
.
Asaúdeópara eileumbemdesconheci-
do ,nascidonomeio«le causasinsalubressentedepressasua funestainfluencia
.
A jovialidadeda infância , a alegriada mocidade seobservãoraramente.
Um estado valetudinário occupaolugar«la saúde, dormeno meio desufíVimcntos, c seudes-
pertar éparaadòr
.
Usorgãosprincipaesda vida interiorest ão em um estadode fraqueza habitual,do que resultauuiaindiflcrcnçaperfeita paraosinalesproprios, edosoutros:ohabitante d’estes tristeslugares parece perdercom uma sortede estoicismo osseres que lhesãomaiscaros.
» Estatística de A\n parM.
Bossi, Prcfecto.
Fodéró ,quepor muito tempo habitou oslugares paludososdo centro , cde LestedaFrança ,diz:«Omoral segueoestado pbysico,olavradortraçapenosa, ctristementeseusulco, ocompanheirode seustrabalhosélambemodesuaaf
-
íliçào, nãotemsensibilidade, não se ri sobre o berçodorecem
-
nascido ,c nãosechora sobreoféretro doquemorre
.
» Tratadode medicina legal,ehygiene publica.
«NaItalia, oarqueserespira nolagoPonlino
.
dizM.
deProny, muita influencia tinha sobre asaúdedeseushabitantes , principalmcntedopobre reduzidoabeber agoacorrupta , ctendoapenasmáos , cprecáriosalimentospara minorarafome.
Segundoasrelaçõesquenosfurão feitaspor homens fidedignos,umgrandenumero dehabitantesdo centrodo pantano antesde1777tinhão ascarnessobreasuperfi-
cie do corpo do talsorteedematosns,queaimpressão«lo dedo apoiadosobreellas deixavauma cova ,quesó sedesfaziadepoisdo umtempo bastante sensivcl
.
Aalo-
niogeraleraa consequêncianeccssariadeumsemelhante estado , oa forçavital tinhatãopouca energia,queasmortessúbitaserão osconsequências de um traba- lho umpoucoforçado,c acontccião mesmo sem serprovocadasporfadigasex
-
traordinárias
.
Achaváo-
scsobre oscaminhos,
c noscampos lavradores,que pa-
r
.
18
—
it>rendo adormecidos , tinliSocessadodoviver
.
*HaigaDelorme sobre ospanta-
nosDontinos
.
<) habitante dosnanlnnos nfio csiú sõsujeitoapassersuavidan’esseestado con
-
Iintiodepadecimentos, idem d'isto experimentacmcertasépocasaílecçõesagudas mais, ou menosgraves
.
Kmgeralsãofebres intermittentes,porém oenfraqueci- mentodosindivíduos,aquem alliedão ,asla/,de temposatempospassarno lypo continuo.
Entãocilas desenvolvem (oucomplicão,quandojácxislão) accidentes gravesentre osquaes apparece diarrliéa, ouadysenlciia,que ordinariamentetem consequênciasfunestas.
Quandomesmo a febre conserve seucarácterintermittente, augmenta sempreadeterioraçãopliysico,queatinha precedido,cpréparaostris - tesresultados paraumasegunda,outerceirainvasão.
K nnrepetiçãod’estnfebre, quesevêdesenvolver lesõesprofundasdas vísceras do baixoventre,cujoquadro doloroso nos têemapresentado todosaquelle»quetOcmcscripto sobroasuiolcstins dos pantanos.
Os diversosphenomenonqueacabãodoser cnnumcrndoscxperimcnlãograndes modificaçõessegundoosclimas
.
Mospnizes muitofrios ospantanos ficiosemac- çãosobreoshabitantesdurante umagrande partedo anuo , c só têemdepoisuma muitafraca , cdc pouca duração no tempo doscalores.
Mos pairestemperados sua accãosefazsentir lodooanno de uma maneira mais, ou menosdistinct»,augmen-
tando
-
sc muito comoscalores.
Mos paires quentes ciladura comuinaintensidade sempreigual.
Segue-
scqueos pantanos dasregiões iriaspodemserhabitados quasi seminconvenientes, queoperigocresce paraosdasregiões temperadas,final-
mentequecertospantanos dospaires quentessãoabsolulamcnlc inhabitaveis
.
Se-
gundo istocomprehendcr
-
sc-
ha semdifiiculdadc quenospairesfrios,ou tempe-
rados,os meios hygienicosbastãoparapreservarquasi inteiramenteaqucllcsque osempregãocontra aacçãodasemanaçõespeludosas
.
Atéaqui temosencarado as emanações dos pantanos em seus efieitos gernes, i>to é,cmrelaçãoaocarneter dasmoléstias,que produzem
.
Convém agora indi-
caralgumasparticularidadesmaisnotáveisarespeitode suancção
.
A experiência temensinado queas emanaçõesmiasmniicas seguememsuadilnluçõo,
cconden-
sa ção as variaçõesdiurnas «localor atmospheric«
.
Portantoresulta quesua ac-
ção,pouco distinclaao meiodia , t
.
una-
semuitoatemerdetarde,denoite , e mesmo dc manhãa.
Aagitaçãodaatinosphcra , dispersandoosmiasmas, oulevan-
do
-
os a umlugar determinado, c suacalma,que lhespermitle dcalguuinsortenc-
cumular
-
se nos mesmospontos,modificãoaindasingularmcnleesta mesmaacção.
Poréma condição, que atemdc algumasortesobsuadepeudencia, é ocalor qualnãohaveria fermentaçãopútridadas agoaspaludosas
.
Por issoéprinci-
palmentenasestaçõesquentes , comojá odissemos
,
queospantanos exercemsua influencia perniciosa.
Entretantoscapezard’istocoagidosformosahabitar lugarescontíguosnospou
-
semo
19
—
tatios,ticvomosIrr ocuidadode seccnrqunnlofôrpossível ointerior dascnias,«• procuraremosaépocaemquot»lerrenoestádescoberto, emeio enxutopelo»raios do sol
.
Esta época varia segundoaslatitudes,rcmgeralótantomaisdemorada, quantoolugarmais dista dalinha Equinocial.
Este grãodescccnuicnto é omelhor thcrmomelro parajulgardo momento maisperigoso.
Talvez nospaizespantano-
sosconviesse habitaros andaressuperiores
.
Os panlanosquocercãooslugares da habitação deverãoser scccos o mais possivcl.
Meios mcchanicos darão cm certoslugaresesgotoásngoas.
Acultura chegarátalvezamelhorarosolo
.
As casassituadas emlugarespantanosos deverão serabandonadas , logoquos<;
manifestarainvasão dosaccidentes produzidospelosmiasmas
.
Ctònks
.
Nãocsempre utilásalubridade,queahabitaçãosejaisolada,quasitodas as casas nos diversos povosest ão reunidascm aldôas, villas,ccidades
.
Quantomaisestreitassão, segundo J
.
P.
Franch ,tantasmais consideraçõesnpresentão contrarias ápureza «lo ar.
ludcpendeutumcnleda reunião de umgrande nu-
mero de indivíduos em um lugar estreito, causa primaria de insalubridade, aclião
-
sealgumasvezesoutrasdealgumasorteexteriores,caccidentaes.
Istotem lugar nascidades cercadas de muralhas elevadas,oudefortificações,quescop-
poem tanto maisálivrecirculação doar,quanto existem jácrrcumstancias des
-
favoráveis; ou entãosãocilascircundadas de fossoscheios de lodo,deagoases
-
tagnadas, edo liortas,«|uoformãotantospanlanosinfectos porcausa dasregascon
-
tinuasqueexigem, c doestrumecomquecmabundânciaascobrem
.
A maneira por quesãodispostasentresi ashabitaçõesparticulares,quocom
-
poemascidades, ouemoutroslermosadisposiçãodas ruas, epraçaspublicas in
-
line muito nasalubridade«lascidades
.
A maiorparte«losoulborcssãodeopinião«jucas runssejãolargas
.
(*)Asvan-
tagens que olFerecceste augment«»de extensão transversalsão numerosas:ent ã o
circula facilmente,a luz penetranas parlesmais baixas«lascasas , o secca
-
menlo«las ruastorna
-
scfacil, c ashabitações latcralmcntesitua«lassc ressentem«lasinfluenciassalutares
.
A maior parledospovostempelocontrario cmsuascidades ruas estreitas
.
Tac er ão osantigos Romanos.
Parecequosuas casas erãoisoladas, cuma runc»trcila.
islimitavaem torno.
Não orasó napatrin«losBrutos,
Camillo»,oRégulos« jucse usavadeestreitezanasruas, nossosantepassadoslambemndoplnràoamesmamo-
muda,oupor tradicçáo,ou por queentãolhosparecessemaisconvenientetal
»Omratão«lit Ilusiyqueos ruasfão paro asddatlcso mesmoquoos pulmões parao o ar
cos
-
*) corpohumano
.
—
20—
lume, oqueoplitnamentetcstiíição as velhasruas«lestaCidade;cquemdesem
-
barcar nas praias«laBahia, cBeeilecm Pernambucoo mesmo observará
.
En- tretanto asruasde Pouipeatèemuma certalargura.
Em Alger ,emConstantin» sobretudo,as casas sãoapenas separadasumas«le outras.
J.
P.
Franck condemn» com rnzãolaesdisposições de cidades.
M.
Marcas consideracomoconstituindo receplaculos denrcorrupto ,epro luzindooetiolamento,
caffecçôcscscrophulo-
sas
.
Boudelocquoinsistiumuito sobreestaidén.
Comtudotambém as ruasestreitastèem lido seusapologistas
.
Tem-
se ditoquenosclimas muito«picnles erãoespccialmentcuteis parapreservardo ardordosol
.
e nos paizes frios tornavãoas habitaçõesmais quentes,accresceotando
-
seseremfavoráveisas correntes dear:Baige Delorme diz quepodem convircomcfteitoao»
climas ardentes
.
O»Bomnnosestavãotãoapegadosásruas estreitassegundoTácito, cFrank, que depoisdoincêndio deBorna,quandoNeroquizdar ás ruas maio-
resdimensões,oshabitantesseoppozerào
.
Sabe-
scquoosArabes nãovêcm com prazeroalargamento desuas ruas.
Emgeralpóde
-
scdizerqueosespaçossituadosentre ascasasdevemserlargos, sendobom proporciona-
losaalturadas mesmas.
Quando ascidadessãomuitoextensas,n ãoépossivel quea«lirecção de todas as ruasseja igualmcntc favoravcl, 6 entretanto vantajoso queasprincipaesse ex
-
teudã o doNorteaoSul, ( seesta«lirecçãonão asexpõemaventosinsalubres par
-
ticularesaolugar) equecomecem ,eterminememlugares espaçosos , emqueo ar exterior possa1erumlivre accesso
.
As praças publicassãoutilíssimas , porque contribuemácirculaçãodo arno interiordas cidades ,augmentandoalémd’isto a extensãorelativadoespaçoconsa gradoa umnumerodeterminadode habitações; o assim a origem de inconve
-
nientes,que resultàodesuareunião,seacha diminuida
.
Asdisposições indicados prccedentcmente scriãoinsuflicientcs paraentreter a salubridade doarnascidades, si se nãoprocurasseaindadestruir ,ouminoraro>
causasnumerosas ,que tendem aalterarsuapureza
.
Oacciodasruasexige , que cilas sejãocalçadas com cuidado: de outra sortesuasuperficieé umpanlano quasi permanente , d’ondeseevoporão emanaçõesdelclcrcas ,comoseobservaem muitasaldòas , cpequenas cidades,cujascondicçõcs asmais felizes íicãonullifies-
das porestaunicacircumstancia
.
A calçada deve ser construída de maneira a ofle-
rccerumainclinaçãofavoravelaoesgoto dosogoas
.
Todasassubstancias suscepti-
veis de corrompcr
-
so devem sertiradas.
Os cemitérios, osdeposilosde immundicias , cdo matériasfecncs,osmala dourosdevem ser afastados das cidades,ccollocndosemlugares elevados, cquanto fòr possivelexpostos de maneira,queoventoquesopramaisordinariamentenão tragaascxhalaçõcs
.
Estesmontões demnlcriaemputrcfacçlonãotemcerlamen-
tc ,comooprovouM
.
P.
de Châtelet , oseUeitosdclctcreos, queselhes attribui-
-
21—
rão; porémocheiroinfecto,que cspalhão, é|>or si s» uminconveniente dos maisgraves
.
Kpoisumarazãosufliciente paraafastar dos habitaçõesesseslugares diversas localidades.
csobre tudoprocurar, eadoptarlo-
neulralisarocheiro das asquerosos,dispo
-
losemdososprocessosinduslriaes,que tendemadiminuir,ou matériaseinpulrefacção,fazendo
-
asserviraagricultura.
Ao terminaresta primeiro parte dcnossaslucubraçõcsseja
-
noslicitoexpenderalgumaspalavrasácèrcadapéssima po
. -
içãodomatadouro d’csla Cidade collocado na praiadeSanta Luziacmfrenteda barra, porondequasitodososdiasentra a agradavcl, ebencfica virnção, que vem nomesmo temporefrigerarseushabitan-
tes,epuri íicar
-
lheso ar.
Éportantodaprimeiraintuiçãoquea brisa,atraves-
sando logono seuingresso porcima d’esscimmense deposito de podridão, iuiprc
-
gnar
-
sc deve dcemanações corruptas,que espalhadas depois portodanCidade tornaráõ narealidademenosprofícuos ( outalvez duvidosos) os salutaresefleilos, qued’ellaseaguardavão : ora constando-
nosqueaHim.
*CamaraMunicipal cura dcremoverpara localapropriadonquellemanancial de infecção , sónos restadizer queoacciodaCidade ,c a snude publica reclamão apossivcl brevidade.
Emfim lenios dcdeplorar aindaaexistência dctantoscemitérios nocentrodaCapitaldo Império,umadas populosas CidadesdaAmerica;todavia osprogressosdo espirito humanonos nnimãoaconfiar que,postos dcparleavitos preconceitos,cêdo desap-
parcccrãodo seu recintoessas oflicinas de gaz mcphilico,cuja continua evapo- risaçãomuito contribuiráparo viciaro aralmosphcrico
.
SEGUNDA PARTE
.Construcçào
.
<L\iirtltôrtï»csî>o tcrmio
.
0solo, cm queahabitaçãofòr edificada,deverá sersolido,c aoarchitecte pertence velar a respeito
.
Conviráquonãoseja húmido;quasisempreestacon diçãonão é prchcnchida, c torna-
secausa do humcdccimonlopermanentedas paredes,que subindopelasfendas aalgunspés,dálugar a accidentes ,dc queG
—
22—
faliaremosaodepois
.
M.
Courtier «lá os conselhos seguintes paraprevenir este grave inconveniente:«se estahumidadeópouco considerável, bastará1er osolo interior«naisaltode1ou2degráosacima«loexterior, se pelocontrario tem uma certa intensidade,lornar-
se-
haulil, dando-
lhe maiorelevação, cobrirosolo in-
teriorem todaasuperficieda habitaçãodeumacamadaespessa de boa alvenaria hydraulics, emargamassa
.
»Serásem duvidadegrandevantagem umaabobada, que levantando do chão opavimento do edifício , facilite por baixoacirculação doar;acontecerá o mesmo com o soalhode madeira,que procurará, álêmd’islo, umsolo saudavcl, cmenos frio noinverno.
lisses baixos deixados diminuem a humidadeprovenientedaterra,quandosãobem ventilados por largos,c nume-
rosos respiradouros, c os malerioesempregadoscm seuenchimento ( quandose
«jueira) devem ser hydrofugos:vicc
-
vcrsa são menos prolicuos pela transmissão da humidade,doqueumsolo saibroso, ouumentulho de areia ,cpedra.
Perce-
bcr
-
sc- ha ainda que uma camada de betuuic, cuma lamina dechumboentre ochão , c osoalhopôde apresentar algumas vantagens.
Deve
-
se quanto fò rpossivelevitarumterreno,d'onde cmanãogazes deletereos , ouquetemcorrespondidoa umlugar pantanoso.
Pelasrazoasprecedentes devemos fugirdecollocnrahabitação sobre umacor
-
rentede ogoa, e no caso emque seja preciso,imitemosasconslrucçõssdosPa
-
pous, (*)efaçamosdesortequeuma correntedearpassepor baixoda casa
.
illrtlriirtCS
.
Aselecção dosmateriaes,queentrarem naconslrucção das casas, nãode
-
verápretermittir
-
se: emgeral nãosejãomuitoporosos, cfacilmente allcrnveis pela humidade.
Aspedras novamente extrahidas conservão pormuito tempo agoa; será por tantoulil faze-
las scccar ao ar antes de emprega-
las.
Deverãoquantoíorpossivelduas condicçõcs,solidez, e scccura
.
O gesso collocailonacontiguidade daterra,ou sob o solonllcra-sc promplamen
-
te, absorve,eretêmahumidade porcausada grnndo quantidadedenitrato dc potassaque contêm, porcujomotivoa cal ,c asdiversasargamassas, emqueen
-
tra comoelemento,parecempreferí veis
.
Sc só setiver(comomateriaes) turadepedrashúmidas, e seccas, serámelhorempregarnsprimeiras noslugares expostosaosol, eas correntesdear,e nssegundasnas partes maisobscuras, e menosventiladas.
Os tijolosbem cozidos sãoexcellentesmateriaes ,porquesãoseccos
.
eofogo n ão tem acçãosobre elles.
Sabe-scquoosRomanos osfaziãoentrarção de,suasparedes
.
(*) Os Papous comvaras,ctal
.
oa« grossciromcnlccorladasfal.
ricãoalpendres degrand priíncuto,queIcvaaUoacimadoninldo marsustentadosem esteiosde 8a10pc»dcalturareunir
umamis
-
na construc
-
ccom
-
—
23—
A>carpintaria» deverão»ercm geral preparada«coininiiila aniecedcnci»
.
Quando tratarmos dadispo.
-
içãodacasa, lallarcmos então <!<»> outros male-
riacs,qno podem servir suu conslrucção , odasprecauçõeshygienicns,queque rslaexige
.
—
**' &>TERCE IP , A PARTE .
Disposição da habitação
.
3itòar
.
A alluro,cmque a habitaçãodeveser collocnda,nãoéindiferente
.
Cons-
truída aoniveldochãopela humidade das paredes,estagnação do ar, c falta delus adquiretodos osinconvenientes,dequeprecedentementefalíamos
.
Marioltc confurmearelaçãodeJ.
P.
Tranck fez experiências paradeterminaraquantidade deagoa,queaotmosphcracontêmcmdiferentes alturas ,cobservou queos sacs alcalinosseliquefícãomoisdepressoãproporção,quesãoexpostosfaoarmais perto do solo.
Quandoa habitaçãoapresentaespaçosa abertura,que deixatransitar no interior correntes dear, quandoéexpostaáluz semserdominada porcasas risinhos , quando íinalmentcnãohaandares superpostos, então, se émaiselevada queoterreno, tempoucosinconvenientes:talê amoradade umgrandenumero de salvageus , ousemi-civilisndos.
Porém nas ruaspopulosasdas cidadesorez da terra émuito insalubre: aslojaslèem emgeral iguacsdisposições.
Quanto mais osquarteirões ,cmqueaslojas estiveremcollocadas, foremobscuros,emnl areja-
dos,maisinconvenientesler ão
.
Asmesmasconsideraçõessãoapplicavcisaosbai-
xosabertossobrepnteos maisoumenosgrandes: tudoisto éconsequência do quo dissemosrelativamcnlo áescolha doslugares
.
íiaquisobre tudoque convcriamultiplicarnsprecauçõeshygicnicnsparapreser
-
var
-
se contrao fiio , humidade , estagnaçãodo nr.
suaalteração, efaltadoluz.
Asmoradasbaixassolubrifiendosporestesmeios convém principalinente a certos homens ,ùaquellcs quosãodispostosnenfermidadesdocoração,quandooshron
-
chios não segregãomuitoslíquidos , aoshomensfracos,ouconvalescentesdelongas seu