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NEGOCIAÇÕES NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO DE CASO NA PECUÁRIA DE CORTE

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Academic year: 2018

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NEGOCIAÇÕES NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO DE CASO NA PECUÁRIA DE CORTE

Silvia Helena Carvalho Ramos Valladão de Camargo Marcos Fava Neves Dante Pinheiro Martinelli Resumo

Este estudo de caso abordou alguns tópicos considerados importantes no ambiente de uma negociação no agronegócio especificamente na pecuária de corte, e demonstrou como ocorre o relacionamento de uma empresa do com seus fornecedores, clientes e instituições financeiras e as principais dificuldade encontradas para que ela possa continuar sobrevivendo num mercado competitivo problemas onde as variáveis da negociações estão fortemente entrelaçadas. Dentro das variáveis utilizadas no processo de negociação notou-se que os preços, prazos e entrega são os que mais se destacaram e que acabam por dificultar a melhor administração dessa organização. Já a relação de poder, e dependência entre o produtor e o fornecedor inexiste enquanto que o produtor prefere ficar na dependência da indústria (frigorífico) pois é mais seguro e certo o recebimento da sua venda, o que acaba dando um poder maior aos frigoríficos. Observamos, que se manter informado é primordial, essencial e necessário no segmento e em todas as negociações, e as questões éticas são levadas em consideração e tratada de forma que exista uma relação coerente entre as partes.

Palavras-chaves: negociação, pecuária de corte, ética.

INTRODUÇÃO

A pecuária de corte no Brasil passa por rápidas e intensas transformações que acionam, diretamente, diversos segmentos de sua estrutura de produção, passando pelos geradores de conhecimento científico e pelo setor de oferta de insumos até o consumidor do produto final.

Tendo ainda uma parte significativa de sua estrutura calcada em modelos produtivos antigos, com caracterização exploratória do ambiente natural, a pecuária de corte, ao longo desta última década, transforma-se num acelerado conceito de negócio, que como tal precisa viabilizar-se economicamente. Essa mudança acarretada por fatores que se assentam nas novas relações econômicas e sociais baseadas nos campos da tecnologia e ambiente, mercados e marcas, conhecimento científico e empresarial está se modificando diariamente, gerando, de imediato, uma maior profissionalização do pecuarista brasileiro e de todo o setor de beneficiamento e insumos.

A mudança dá sinais claros de conscientização da existência de uma cadeia dirigida ao consumidor e de suas relações. Atualmente, o pecuarista busca aprimorar seu sistema produtivo, dando ênfase tanto na precocidade de seu rebanho quanto na minimização da sazonalidade, como também já se preocupa sobre percentual de gordura e rendimento de carcaça. Os frigoríficos se adaptam aos padrões de abate, com preocupações quanto à origem e ao processo de desossa e os comerciantes buscam a qualidade de apresentação e de informações que garantam a imagem e qualidade do produto final.

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aponta uma outra expectativa importante para o setor, que é o aumento da participação no cenário de consumo mundial. Projeções internacionais sinalizam para, em futuro próximo, a consolidação do País como o principal fornecedor de carne bovina. Tal projeção não está calcada na condição de maior rebanho do mundo, mas sim na rápida e contínua evolução do modelo produtivo, do uso intenso de novas tecnologias, e nas condições favoráveis existentes para essa exploração no país.

No entanto, é necessário destacar a presença e uma coexistência entre os modelos de negócio da bovinocultura e o sistema produtivo tradicional com ramificações em pontos do agronegócio pouco estruturados e competitivos. Esta coexistência acarreta um diagnóstico do setor ainda negativo, com problemas estruturais a serem superados a curto tempo nas áreas de genética, nutrição, manejo sanitário, processos agroindustriais, ação governamental e das ações de marketing segmentado do produto, entre outros fatores.

Um dos fatores que prejudicam a avaliação do desempenho da bovinocultura de corte é a falta de organização de suas informações, fato este que impossibilita obter dados de desenvolvimento e importância. No entanto, pode-se verificar que a bovinocultura de corte responde por 47% de toda a carne produzida no país. Com o maior rebanho comercial mundial de gado bovino, com cerca de 160 milhões de cabeças, o Brasil detém o segundo lugar com 12% da produção mundial, sendo o terceiro maior exportador com cerca de 800 mil toneladas no ano de 1999.

Na configuração do rebanho brasileiro, tem-se aproximadamente 75% para corte, 20% para gado leiteiro e o restante com dupla aptidão. Quanto ao tamanho de estabelecimentos que estariam envolvidos, projeta-se em 1,85 milhão, direta ou indiretamente, empregando-se um quantitativo de quase 7 milhões de pessoas. Segundo o Anuário da Pecuária de Corte - Anualpec ( 2003), o Brasil é considerado o dono do maior rebanho bovino comercial do mundo.

As pressões impostas pela globalização da economia têm exigido da pecuária brasileira, assim como de outros setores produtivos, uma reestruturação fundamentada na eficiência.

Na tentativa de atender a essa demanda, os segmentos produtivos têm procurado se ajustar, estabelecendo novos paradigmas, inovando e aprendendo a empregar a visão sistêmica.

PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

A utilização de estratégias de negociação contribui para maximizar a relação custo versus benefício das atividades produtivas desenvolvidas pelo pecuarista de bovinos de corte? Existe ética nas negociações e qual o tratamento dado a essa questão na empresas analisada?

OBJETIVOS

O objetivo geral: desta pesquisa é desenvolver um modelo de negociação para auxiliar produtores rurais no processo de negociação com seus fornecedores e, conseqüentemente, obter um poder maior de maximização dos lucros.

Os objetivos específicos são:

1) analisar o processo de negociação com aos seus fornecedores, de forma a identificar se essa ação conjunta de fato proporciona a sobrevivência e o fortalecimento da sua empresa frente à concorrência com os grandes produtores;

2) identificar as variáveis básicas da negociação (poder, tempo e informação) presentes no processo de negociação das empresas agropecuárias de micro e pequeno porte junto aos seus fornecedores e clientes;

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4) analisar o uso das informações e do poder do pecuarista no processo de negociação junto aos seus fornecedores;

5) identificar os estilos de negociação presentes no processo de negociação deste pecuarista junto aos seus fornecedores;

6) elaborar recomendações sobre como melhorar o processo de negociação dos produtores, administradores e pessoas envolvidas em negociar junto aos seus fornecedores.

7) ter uma aplicação prática contribuindo com informações necessárias para as atividades diárias dos pecuaristas em suas negociações com fornecedores e, posteriormente, com os clientes.

A PECUÁRIA DE CORTE NO BRASIL

Para Martin (1999), a pecuária de corte no Brasil desempenha um papel de real importância no processo de desenvolvimento socioeconômico, quer no suprimento de alimento nobre para a população e matéria-prima para a indústria, quer para geração de divisas através da exportação.

O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com cerca de 160 milhões de cabeças, mas ainda apresentando um quadro de baixa produtividade. Na visão de Antunes e Ries (2000), o Brasil possui o segundo maior rebanho pecuário, é o segundo maior produtor e o terceiro maior país em número de abates.

De acordo com Neves et alii (2000), quando se fala em produção rural, fala-se do potencial brasileiro, já que o País tem quase 20% da área agricultável disponível no planeta, e o maior porcentual de área cultivável em relação à área total do país, com quase 70% do território nacional passível de exploração agrícola.

Mudanças impactantes nas alocações de recursos do setor rural estão acontecendo e dizem respeito à redução de programas governamentais de crédito e proteção de preços, associada a mudanças de enfoque no uso da terra mais como um fator de produção do que como um ativo destinado à especulação. Diversos fatores têm induzido uma queda contínua no preço da terra, dentre eles, o aumento nos custos contratuais e tributários (juros e impostos, como o imposto territorial rural). Embora essa queda represente uma redução no patrimônio dos produtores, por um lado deverá gerar um aumento no potencial de rentabilidade de atividades rurais.

Para Marion (2001), a atividade pecuária de corte no Brasil, que ostentava um dos maiores rebanhos do mundo, começou a ser desenvolvida no final da década de 60 e praticamente consolidou-se ao longo da década de 70.

Como ocorre em toda atividade econômica que se alicerça em incentivos governamentais e se lastreia em projetos de grande envergadura, amparados por legislação protecionista, a pecuária de corte teve um crescimento que, à luz das técnicas administrativas, pode ser considerado fundamentalmente quantitativo, sem maiores preocupações com os aspectos qualitativos (MARION, 2001).

De acordo com Santos et alii (2002) e Marion (2001), a pecuária é a arte de criar e tratar o gado. Neste sentido, Marion (1992 p.15) define gado como animais geralmente criados no campo, para serviços de lavoura, para consumo doméstico ou para fins industriais e comerciais. Como exemplo de gado, podem-se citar: bovinos (gado vacum), suínos, caprinos, eqüinos, ovinos, muares”.

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terra, cujo rendimento é normalmente baixo. Quanto ao sistema intensivo, faz-se com o aumento do número de animais em pequena área útil, com o objetivo de conseguir bons rendimentos (ganho de peso) e maior rentabilidade, buscando o aprimoramento técnico, e realiza suas vendas em período de escassez de mercado.

O sistema semi-intensivo ou rotacionado está sendo muito divulgado e aplicado. Por meio dele se consegue alta produtividade por hectare e aumento da capacidade de cab/ha, mantendo o gado no pasto (orgânico) com elevado ganho de peso. A tecnologia usada para esse sistema baseia-se na implantação de cerca elétrica e adubação constante do capim e irrigação em período de seca. (SANTOS et alii, 2002, MARION, 2001).

A produção agropecuária brasileira representa um importante setor da economia nacional. A profissionalização da gestão rural, a crescente utilização de novas tecnologias de produção e informação e o deslocamento geográfico da produção em direção das novas fronteiras agrícolas têm colocado novos desafios aos agentes econômicos (BATALHA, 2000).

Sabe-se, segundo Saab (1999), que o consumidor em geral vem passando por uma série de mudanças em todo o mundo. Aspectos antes pouco valorizados no consumo, como segurança alimentar, higiene, qualidade e confiabilidade dos produtos, especialmente no setor de alimentos, são, cada vez mais, fatores importantes de decisão no momento da compra. Ele está preocupado em saber de onde vem o alimento consumido e como é produzido. E, sendo o consumidor final o objetivo último e primordial de qualquer sistema produtivo, as mudanças pelas quais passa afetam, em maior ou menor grau, todos os setores do sistema em questão.

Segundo Marion (2001), a seleção para gado de corte consiste em decidir sobre os animais (reprodutores e fêmeas) que serão incorporados ao plantel reprodutivo, por quanto tempo permanecerão no rebanho e quantas são as oportunidades que terão de deixar descendentes.

Os caracteres que devem ser levados em conta nos programas de seleção para gado de corte são os seguintes:

a) fertilidade,

b) habilidade materna,

c) taxa de crescimento até o ponto de abate, d) eficiência alimentar,

e) rendimento de carcaça.

A taxa de crescimento é medida pelos ganhos de peso em confinamento ou no pasto (é o caráter que deve receber maior ênfase em qualquer programa de seleção). Tanto reprodutores como matrizes devem ser bons ganhadores de peso, principalmente porque a comercialização é por peso. A taxa de crescimento é uma característica altamente herdável, por isso pode ser rapidamente melhorada pela seleção. Basicamente, a pecuária tem por finalidade a produção de carne, leite e de subprodutos. Atualmente, vem-se desenvolvendo a largos passos no Brasil a criação de gado para atender ao mercado de reprodutores, uma vez que, do ponto de vista econômico, o mercado de reprodutores visa a selecionar o puro-sangue, ou mesmo o puro-cruzado, no sentido de melhorar a qualidade dos rebanhos nativos. Dessa forma, o reprodutor terá valor superior ao que teria no corte. (MARION, 2001).

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rural à realidade ágil e de oportunidades que o mundo atual oferece. (ANTUNES e ENGEL, 1999, p.25).

Flores et alii (2001) dizem que, mesmo em uma economia estabilizada, com níveis muito baixos de inflação, os preços de insumos ligados às atividades agropecuárias podem variar de forma bastante expressiva. Isto se dá principalmente devido aos períodos de safra e entressafra, quando o mercado se comporta exatamente de acordo com lei da oferta e procura.

Atualmente, o conceito geral de administração rural está sendo relacionado à necessidade de controlar e gerenciar um número cada vez maior de atividades que podem ser desenvolvidas dentro de uma propriedade do setor agropecuário.

Basicamente, qualquer tipo de ação tomada pelo proprietário ou administrador de uma propriedade no sentido de controlar algum animal (seja o pedigree de seus animais, o balanceamento das rações utilizadas ou suas despesas com mão-de-obra) vem sendo considerada como uma atividade ligada a práticas de administração rural. [...] Qualquer pequena ou média empresa urbana precisa investir na sua estrutura administrativa e nos controles de seus custos para poder ser competitiva no mercado; se não o fizer, certamente terá de fechar as suas portas, mais cedo ou mais tarde. E note que o capital movimentado nessas empresas urbanas é muito menor do que o capital imobilizado e o investimento necessário para gerar uma lavoura de médio e grande porte. [...] Não se produz apenas administrando os meios de produção. Os recursos financeiros merecem atenção igual, ou maior da parte do administrador. (ANTUNES e ENGEL, 1999, p.19-30).

O setor agropecuário brasileiro vem enfrentando, há mais de uma década, enormes problemas de desenvolvimento e mesmo de subsistência às grandes mudanças que a economia mundial e, particularmente, a economia de nosso país vem sofrendo.

Se, por um lado, a diminuição nas linhas de crédito disponíveis, associada às altas taxas de juros impostas ao pouco dinheiro que existe no mercado, vem dificultando enormemente a continuidade das atividades agropecuárias, por outro lado, a globalização da economia e a abertura dos mercados (principalmente de blocos, como Mercosul) vêm fazendo com que os preços dos produtos primários caiam ainda mais, diminuindo a capacidade do produtor rural de auto-financiar as suas atividades produtivas.

Por isso, o produtor rural brasileiro que se acostumou a trabalhar, por décadas, com recursos disponíveis, a juros adequados a seu tipo de atividade, encontra-se encurralado para continuar com sua produção. Deve ser somada a isso a falta de conhecimentos administrativos e gerenciais desse setor, justamente causada por esses longos anos de falta de concorrência e de exigências de profissionalização dos profissionais que nele trabalham.

Assim sendo, para que as atividades agropecuárias possam continuar a ser desenvolvidas em nosso país com bons resultados, é fundamental que uma mentalidade “empresarial” seja levada ao homem do campo e que o termo “viabilidade econômica das atividades desenvolvidas” passe a ser o objetivo principal a ser alcançado por todos. (ANTUNES e ENGEL, 1999).

Para Medeiros (1999), os produtores rurais ainda não perceberam que é necessário haver uma estratégia competitiva para os seus negócios, buscando atingir uma agricultura comercial. É fundamental que deixem para o passado a atividade agropecuária de baixa renda, que está em processo de desaparecimento no sentido econômico-negocial, uma vez que a manutenção da atividade não-comercial e não-organizada não condiz com o perfil das empresas competitivas em uma economia globalizada.

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ou seja, não manter o gado quando os custos passam a ser maiores que o ganho de peso (ou mantê-lo se o preço de mercado está baixo).

O preço à vista ou disponível dos produtos é determinado por um indicador que revela o preço físico desses produtos. Esses indicadores são apurados e divulgados por instituições de pesquisa vinvuladas a universidades de reconhecida tradição e gabarito. Isso confere segurança e credibilidade à informação especificada. Atualmente, a Escola Superior de Agricultura “ Luiz de Queiroz” – ESALQ / USP é responsável pelos indicadores do preço à vista do boi gordo, do açúcar, do algodão e da soja, e a Fundação Getúlio Vargas – FGV, pelo preço à vista do milho. (ANTUNES e ENGEL, 2000).

NEGOCIAÇÃO

A busca de relações duradouras nas negociações pode levar a novas negociações no futuro, além de manter e, inclusive, aperfeiçoar o contato já existente entre as partes no processo (MARTINELLI, 2002).

De acordo com Scare e Martinelli (2001), a negociação é um conceito em contínua formação, que está amplamente relacionado à satisfação de ambos os lados. No entanto, para esses autores, houve uma mudança de foco no objetivo do negociador, ao longo de sua história. No passado, o negociador buscava resultados satisfatórios momentâneos e, nos tempos atuais, esse mesmo negociador busca um relacionamento duradouro e contínuo, para que, a médio e longo prazo, atinjam-se os benefícios para todos os envolvidos na negociação.

Para Sebenius (1998), a negociação é um processo científico quando estabelecemos o problema conjunto que deve ser resolvido: criar, reivindicar e sustentar um valor ao longo do tempo; mas da maneira como esse problema conjunto é resolvido, misturam-se ciência e arte, o processo é muito criativo e oportunista, visto que se está pedindo tudo que é possível obter em determinada situação; e a comunicação interpessoal tem componentes de arte e de ciência, como nos mostram a psicologia; de qualquer forma, acho que quase todo mundo pode melhorar substancialmente seu talento para negociar , estudando e praticando.

Na visão de Shell (2001), a negociação é uma forma básica, especial da comunicação humana, mas não é sempre que percebemos que a estamos praticando. Uma negociação é um processo de comunicação interativa que pode ocorrer quando queremos algo de outra pessoa ou quando outra pessoa quer algo de nós.

Segundo Martinelli e Almeida (1998), para uma boa negociação, as partes envolvidas precisam definir alguns aspectos-chaves. Primeiramente, precisam conseguir separar as pessoas envolvidas do problema em questão. Seguidamente, devem concentrar-se nos interesses básicos, examinando os interesses de ambas as partes da negociação. A busca por alternativas de ganhos mútuos deve ser outro aspecto considerado, assim como a busca por critérios objetivos para a solução do problema.

Fisher (1997) assim define o perfil ideal de um negociador: firme, amistoso e criativo. E, para que uma negociação seja eficiente, todo negociador deve ter como habilidade uma comunicação eficaz, bom relacionamento, descobrir o interesse da outra parte, elaborar os diversos acordos possíveis, convencer a outra parte de que está sendo tratada com justiça, definir quais são as opções para o acordo e chegar ao compromisso final.

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VARIÁVEIS BÁSICAS DA NEGOCIAÇÃO

Cada agente envolvido em uma negociação tem uma visão particular das situações com base no seu ponto de vista e sua conveniência, que até mesmo se altera em situações diversas ao longo do tempo. (MARTINELLI e ALMEIDA, 1998). No entanto, em qualquer situação, objetivo da negociação, importância e oportunidade, haverá três variáveis básicas influenciando esse processo: poder e dependência, informação e tempo.

A dinâmica do poder e da dependência são fatores importantes a serem considerados, pois eles permitem uma visão de como a estrutura do canal pode influenciar a performance da negociação. O poder pode ser definido como a habilidade de um ator (A) conseguir de um outro ator (B) aquilo que ele deseja (HOGARTH-SCOTT, 1999). Dentro dos limites razoáveis, é possível conseguir tudo o que se deseja, se estiver ciente das opções, testar suposições, correr riscos calculados e basear-se em informações sólidas, acreditando que se tem poder (MARTINELLI e ALMEIDA, 1998).

O poder de cada parte está intrinsecamente relacionado com a interdependência das relações dos parceiros envolvidos. Isto significa que o poder de um agente (A) depende do nível de dependência do agente (B) e vice-versa (HOGARTH-SCOTT, 1999).

Para Cohen (1980), as três variáveis cruciais são: poder, tempo e informação. Em relação a variável poder, segundo o autor, ela é considerada neutra. É uma maneira de ir de um lugar a outro. Ela lhe permite mudar sua realidade e alcançar aquele objetivo. Além disso, é um conceito com conotações negativas e nunca deve ser um objetivo em si, e sim um meio para se chegar a um fim. O poder segundo Cohen (op. cit.) é classificado em: o poder da concorrência, o poder da legitimidade, o poder dos riscos, o poder do compromisso, o poder de especialização, o poder de conhecer “necessidades”, o poder do investimento, o poder da recompensa e da punição, o poder da identificação, o poder da moralidade, o poder do precedente, o poder da persistência, o poder da capacidade persuasiva, o poder da atitude.

A segunda variável, o tempo é essencial para o resultado da negociação, podendo se tornar um fator limitante do processo. Quanto mais tempo disponível, maior a chance de chegar a um acordo satisfatório.

Por fim, a terceira variável é a informação. Essa pode abrir a porta para o sucesso e afeta nossa avaliação da realidade e as decisões que tomamos.

ESTILOS DE NEGOCIAÇÃO

Para Martinelli (2002), o uso da idéia dos estilos de negociação é conveniente para se buscar a resposta para certas questões fundamentais: o que é um comportamento efetivo de negociações? Seria um tipo de comportamento de negociações mais bem sucedido ou mais efetivo do que um outro? Um entendimento do conceito dos estilos de negociações e dos seus limites pode ser útil, tanto em termos conceituais quanto em termos práticos, para o desenvolvimento das habilidades ou para enfrentar uma situação corriqueira de negociações.

Muitas pessoas negociam a partir de uma base estilística e não de uma orientação para a questão. Conhecendo o estilo da outra parte, os negociadores podem prever ações que fazem parte dele; em geral, os negociadores têm um estilo primário e pelo menos um secundário, sendo mais comum a existência de dois estilos secundários. A análise dos estilos primário e secundário do oponente é muito importante, até para enumerar os passos que os negociadores devem considerar quando estiverem lidando com ele.

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Para Mello (2003) chega-se ao início do século XXI em meio a um clamor por ética por parte de toda a sociedade. Existe uma preocupação cada vez maior quanto a ética nas negociações e nas relações empresariais. Essa preocupação materializa-se na mobilização da população contra falências fraudulentas, escândalos financeiros e políticos e em oposição a posições antiéticas defendidas por empresas que visam fundamentalmente ao lucro imediato acima de tudo.

Segundo Lewicki, (2003), a negociação é um processo em que não se espera a honestidade por completo de seu oponente. Se for completamente honesto, pode perder sua posição negociando. Mas se for completamente desonesto, não há nenhuma base para a negociação eficaz. Tem–se que encontrar o equilíbrio apropriado.

Na visão de Cramton e Dees (2003), em um mundo competitivo e moralmente imperfeito, as pessoas de negócios estão freqüentemente expostas a desafios éticos. E quando se fala em negociações, estabelecer interesses comuns e credibilidade só é possível se demonstrada através da honestidade quando se trabalha com credibilidade, confiança e honestidade, nos procedimento dos negócios.

Para Aguilar (1996), a capacidade da empresa de evitar problemas éticos que podem ser evitados, de enfrentar os que não podem ser evitados ou que, erroneamente, não o são, e criar uma atmosfera organizacional de confiança e respeito mútuo, requer administração deliberada, hábil, constante e de aplicação geral.

De acordo com Ferrel (2001), as negociações com ações e títulos usando informações confidenciais, suborno, falsificação de documentos, publicidade enganosa e produtos defeituosos foram, sem exceção, problemas citados como prova de declínio dos padrões éticos.

Segundo Shell (2001), os dilemas éticos estão no centro de muitos encontros de negociação. Não há como escapar do fato de que enganar faz parte da negociação. E não há como negar a importância que as pessoas atribuem à integridade pessoal em suas discussões à mesa de negociação. Um deslize ético e sua credibilidade estará perdida não somente para um, mas para todos os acordos. Os negociadores efetivos levam a questão da integridade pessoal muito a sério. Os ineficazes, não.

Os negociadores que valorizam a integridade pessoal são pessoas confiáveis que negociam consistentemente, utilizando um escrupuloso conjunto de valores pessoais que poderia, se necessário, ser explicado e defendido por eles (SHELL, 2001).

De acordo com Arruda (2001) a atividade de vendas, por suas características, implica uma poderosa força de persuasão, chegando a modelar atitudes e comportamentos. A influência do profissional de vendas normalmente extrapola sua finalidade perspícua de informar, sugerir o consumo ou compra e provocar reações do público. Seus argumentos, dependendo do produto ou serviço em questão, podem ter impacto profundo sobre as pessoas, em termos de sentido da vida, de compreensão do mundo e de si mesmas, no que tange a valores ou formas de escolha .

Muitas pessoas mentem ou deliberadamente enganam os outros sobre algo nas negociações. Com freqüência tentam enganar fazendo exigências iniciais que excedem muito às suas necessidades reais ou desejos (SHELL 2001).

De acordo com Jacomino (2000), atuar eticamente vai muito além de não roubar ou não fraudar a empresa. A ética nos negócios inclui desde o respeito com que os clientes são tratados ao estilo de gestão de líder da equipe.

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sensibilidade ética e dêem sustentação ao comportamento ético). Dentre estes componentes, pode-se citar como exemplo a utilização de manuais internos de procedimentos éticos e a punição de funcionários que não o respeitarem.

Para Ferrel (2001 p.38-39),

Os administradores de empresas têm responsabilidade ética e legal de gerir o negócio, de acordo com o interesse dos proprietários. Várias questões éticas dizem respeito às obrigações deles com os proprietários, em especial na área de absorção de uma empresa por outra, de fusões e de compra forçada por parte de um concorrente.

No ponto de vista de Parente (2000) sobre o processo de negociação, os compradores procuram conseguir as melhores condições, enquanto os vendedores (fornecedores) buscam manter sua lucratividade. A efetividade da relação comprador-vendedor depende das habilidades da negociação e do poder econômico das empresas envolvidas. Já Kotler (2000), comenta que os compradores empresariais agem de acordo com muitas influências ao tomarem suas decisões. Quando as ofertas dos fornecedores são parecidas, eles podem atender às exigências de compras independentemente do fornecedor e passar então a dar mais valor ao tratamento pessoal que recebem. Quando as ofertas de fornecedores variam substancialmente, os compradores empresariais são mais responsáveis por suas escolhas e dedicam maior atenção aos fatores econômicos.

Outro fator subjacente à emergência da discussão ética é a predominância dos interesses econômicos (VALENTI e SILVA, 1995) e o emprego excessivo de métodos quantitativos no processo decisório (CHEN, SAWYER e WILLIAMS, 1998), que levariam a segundo plano as questões morais. Essa visão relaciona-se também à difusão de uma mentalidade em que a ciência e a técnica são encaradas como meros instrumentos de qualificação profissional (ARRUDA, UONO e ALLEGRINI, 1996). Nesse sentido Aguilar (1996) afirma que a decisão da alta administração de elevar o caráter ético da empresa constitui o primeiro passo, de importância fundamental. Uma vez que a necessária compreensão sobre como os problemas devem ser tratados e a importância que têm se desenvolvem normalmente ao longo do tempo com discussões e experiência, é essencial que os altos executivos mantenham a mente aberta durante essa fase.

Para Cramton e Dees (2003), os vendedores fazem promessa para proteger suas vendas em contingências certas, oferecendo um produto que não lhes serve naquele momento mas que pode ser levado e depois trocar, oferece garantias até que você compre o produto. Mesmo que pareça uma troca simultânea, promessas são elementos essenciais na maioria das negociações.

Após a apresentação das diferentes visões sobre a ética nas negociações, chega-se a conclusão que muitas vezes atingir o objetivo a que se pretende chegar não é o melhor caminho. Conquistar e consolidar uma posição no mercado é difícil para qualquer profissional ou organização, pois qualquer deslize pode representar perdas irrecuperáveis.

Em um mundo cada vez mais competitivo, o vendedor que encontra um cliente com uma necessidade de adquirir um determinado produto tentará seduzi-lo até que ele adquira seu produto utilizando de artimanhas como facilidades no pagamento, entrega pontual, garantias, embrulho para presente etc.

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diante da necessidade de reduzir custos, talvez substitua uma determinada matéria prima por outra de maneira que não altere o produto final.

Essas tomadas de decisões dentro da organização refletem a cultura da empresa, a maneira como o profissional e a empresa atuam no mercado. Diante da globalização e de uma concorrência cada vez mais acirrada, cabe a cada profissional ou empresa identificar quanto é importante ter ética em uma negociação e até que ponto isso é favorável no curto e no longo prazo.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso no primeiro trimestre de 2004 com um médio produtor de gado de corte no Estado de Goiás1.

O estudo de caso pode ser definido como

...uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos. (...) A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em um formato de triângulo, e, como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e análise de dados. (YIN, 2001: 32-3).

O estudo de caso, segundo Robert K. Yin (2001), representa:

...a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo ‘como’ e ‘por que’, quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. (p. 19).

Ele contribui para a compreensão de fenômenos complexos, como organizacionais, individuais, sociais e políticos. Muitas das técnicas dos estudos de caso estão presentes em pesquisas histórias, mas a observação direta e a série sistemática de entrevistas são duas de suas fontes de evidências que não costumam fazer parte do repertório dessas.

Para a coleta de dados utilizou-se de um questionário estruturado contendo 35 perguntas e o respondente analisou e respondeu as questões contribuindo com a pesquisa realizada.

COLETA DE DADOS

A empresa considerada atualmente no mercado de médio porte, foi adquirida à trinta anos atrás com capital próprio e conta com sete funcionários e o responsável pela empresa é o filho do proprietário.

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1. Quando necessita comprar insumos (sal mineralizado, proteinado, ração) costuma negociar, sempre: preços, prazos, qualidade dos produtos e insumos adquiridos e por várias vezes maior quantidade e prazo e local de entrega ( a importância em negociar o local da entrega para essa atividade é que a propriedade fica localizada na zona rural e em sua maioria as indústrias de insumos não se preocupam com a entrega dos produtos comercializados uma vez que muitas empresas rurais ainda enfrentam problemas com estradas inadequadas para o transporte).

2. Quando necessita comprar vacinas, vermífugos e outros medicamentos, costuma negociar preço, prazo, qualidade do produto, sempre, maior quantidade, raramente, local, prazo de entrega e serviços veterinários várias vezes.

3. Quando necessita comprar calcário, fertilizantes, sementes, costuma negociar, sempre preço, prazo, qualidade dos produtos e prazo e local da entrega, raramente negocia-se maior quantidade do item adquirido.

4. Quando necessita comprar tratores, veículos, balanças, etc. costuma negociar sempre preço, prazo, qualidade do produto, prazo e local de entrega.

5. Quais as vantagens que o pequeno pecuarista possui quando negocia suas compras?

A negociação através de cooperativa do setor é sempre mais vantajosa e menos gravosa ao produtor rural, seja ele do segmento pecuário ou agrícola.

6. Quais as desvantagens que o pequeno pecuarista possui quando negocia suas compras? Comprar sem conhecimento dos preços das empresas concorrentes e o alongamento dos prazos para pagamentos costumam onerar os produtos finais, melhor adquiri-los em épocas de menor demanda.

7. A empresa adquire insumos, direto da indústria, sim, as vezes é possível se negociar direto com a indústria devido ao volume adquirido.

8. Enquanto, produtor rural, quais são as facilidades encontradas para adquirir insumos, máquinas e equipamentos: Segundo o respondente não existe maior ou menor facilidade de compra senão as ditadas pelo mercado, paga-se o que o mercado oferece e se não estiver disposto a pagar não adquire.

9. Enquanto, produtor rural, quais são as dificuldades encontradas para adquirir insumos, máquinas e equipamentos?

As eventuais dificuldades para se adquirir insumos em geral são determinadas pelas condições de mercado e de crédito disponível.

10.A empresa faz ou fez algum tipo de financiamento? Qual? O que achou?

Os financiamentos de custeio rural são oferecidos em valores inferiores as reais necessidades da produção com isso, o produtor tem recorrido a linhas de crédito mais cara.

11.Onde a empresa busca informações para se manter atualizado? Com que freqüência?

Meio utilizado Diário Semanal Meio utilizado Diário Semanal

Rádio Sim Leilão Sim

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Jornal local impresso Sim Internet Sim Revista especializada Sim Outros Sim

12. Na comercialização, onde a empresa prefere vender seus produtos? A empresa prefere negociar seus produtos com empresas transformadoras (frigoríficos) ou exportadoras e cooperativas.

13. Quando vende seus produtos são negociados, preço, prazo, qualidade dos produtos, maior quantidade, prazo e local de entrega.

14. Quais as principais dificuldades encontradas na comercialização dos produtos, preço, a venda na época da safra sempre é de menor preço.

15. A empresa prefere vender para os frigoríficos, pois existe maior segurança no recebimento e melhores condições mercadológicas.

16. Percebeu-se na pesquisa realizada que o poder da informação, o poder da competência (equipes e especialistas), o poder da concorrência, o poder do investimento, poder da identificação, e o poder da persistência beneficiam tanto o comprador quanto o vendedor na atividade de pecuária de corte.

17. Os fatores que dificultam as negociações com os frigoríficos é a falta de maior conhecimento e das peculiaridades próprias do setor e com os bancos ou instituições financeiras, são os custos financeiros altos e a disponibilidade de recursos.

18. Perguntou-se ao entrevistado quais às habilidades necessárias para um negociador da pecuária de corte e o mesmo nos informou que é necessário ter conhecimento sobre o setor, possuir atitude responsável e seriedade.

19. O que é ser ético no ponto de vista do entrevistado e em uma empresa da pecuária de corte, o mesmo nos respondeu que agir com responsabilidade de forma a fazer sempre boa e valiosa a palavra empenhada.

A empresa procura ser ética nas negociações com fornecedores e com clientes e acredita que o que seria ideal para o pecuarista é obter reciprocidade dos agentes com os quais lida ou negocia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observou-se na pesquisa que, por ser um produtor de médio porte consegue em alguns casos negociar direto com a indústria de insumos o que não acontece com os pequenos produtores.

Identificou-se que as estratégias de negociação tempo, poder e informação estão presentes em todas as negociações no agronegócio e na pecuária de corte, chegou-se a conclusão, pois o proprietário do negócio possui outra atividade dentro do agronegócio no estado de São Paulo e seu filho administra e gerencia a empresa estudada no Estado de Goiás.

(13)

Diante dos fatos analisados percebeu que no segmento às questões éticas são levadas em consideraçÃo nas negociações no agronegócio e na pecuária de corte, e que agir com responsabilidade de forma a cumprir os acordos estabelecidos é um constante nas negociações nesses segmentos e espera-se que o que seria ideal para o pecuarista é obter reciprocidade dos agentes com os quais lida ou negocia.

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