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Construção e implantação de horta escolar no Colégio Rocha Pombo no município de Pato Branco com base em elementos e princípios básicos do paisagismo

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

AGNES MITSUYO SHIMOSAKA

CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO

COLÉGIO ROCHA POMBO NO MUNICÍPIO DE PATO BRANCO COM

BASE EM ELEMENTOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PATO BRANCO

2016

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

AGNES MITSUYO SHIMOSAKA

CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO

COLÉGIO ROCHA POMBO NO MUNICÍPIO DE PATO BRANCO COM

BASE EM ELEMENTOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PATO BRANCO

2016

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AGNES MITSUYO SHIMOSAKA

CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO

COLÉGIO ROCHA POMBO NO MUNICÍPIO DE PATO BRANCO COM

BASE EM ELEMENTOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientadora: Profª. Drª. Marlene de Lurdes

Ferronato

PATO BRANCO

2016

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. Shimosaka, Agnes Mitsuyo

Construção e implantação de horta escolar no Colégio Rocha Pombo no município de Pato Branco com base em elementos e princípios básicos do paisagismo / Agnes Mitsuyo Shimosaka. Pato Branco. UTFPR, 2016

54 f. : il. ; 30 cm

Orientadora: Profª. Drª. Marlene de Lurdes Ferronato

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curso de Agronomia. Pato Branco, 2016.

Bibliografia: f. 43 – 46

1. Agronomia. 2. Horta 2. I. Ferronato, Marlene de Lurdes. II Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curso de Agronomia. III. Construção e implantação de horta escolar no colégio Rocha Pombo no município de Pato Branco com base em elementos e princípios básicos do paisagismo.

(5)

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Pato Branco

Departamento Acadêmico de Ciências Agrárias Curso de Agronomia

TERMO DE APROVAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO COLÉGIO ROCHA POMBO NO MUNICÍPIO DE PATO BRANCO COM BASE EM ELEMENTOS E

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO por

AGNES MITSUYO SHIMOSAKA

Monografia apresentada às 14 horas 30 min. do dia 2 de Dezembro de 2016 como requisito parcial para obtenção do título de ENGENHEIRO AGRÔNOMO, Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo-assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho APROVADO.

Banca examinadora:

Prof. Dr. Wilson Itamar Godoy

UTFPR

Prof. Drª Marta Helena Dias da Silveira

UTFPR

Eng.ª Agrª Eliane Lopes

Planta Garden

Eng.ª Agrª Marcia Sayuri Szabo

Autonoma

Prof. Drª Marlene de Lurdes Ferronato

UTFPR Orientadora

A “Ata de Defesa” e o decorrente “Termo de Aprovação” encontram-se assinados e devidamente depositados na Coordenação do Curso de Agronomia da UTFPR Câmpus Pato Branco-PR, conforme Norma aprovada pelo Colegiado de Curso.

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Dedico este trabalho em especial a todas as crianças, para que aprendam a importância da alimentação saudável e se tornem adultos saudáveis de corpo e de mente.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço minha família, que compreenderam todo o tempo em que estive fora de casa em especial, minha avó, Dona Judith, que me inspirou desde sempre.

Agradeço àqueles que me ensinaram durante a graduação – os professores do curso de Agronomia – que não somente nos momentos didáticos estiveram presentes. Professor Godoy, que muito me ensinou a crescer e amadurecer. Professora Marlene, antes de professora, amiga.

Agradeço aos meus amigos. Que caminharam comigo na graduação que passaram pelos mesmos sufocos, e que sempre diziam “Calma, vai dar tudo certo”.

Agradeço às pessoas que contribuíram para o bom andamento desse trabalho, Diretora Rosane, do Colégio Rocha Pombo, André Molgaro, Amanda Shimosaka, Laura Kirch e Francisco Pagnoncelli e todas as crianças do colégio.

Agradeço também às pessoas que me deram a oportunidade de aprender sobre a vida profissional, Jorge Ishida (Atibaia, SP), Eliane Lopes (Pato Branco, PR).

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Lembre-se do que sua bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, por que sem cuidar, nada floresce.

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RESUMO

SHIMOSAKA, Agnes Mitsuyo. Construção e implantação de horta escolar no Colégio Rocha Pombo no município de Pato Branco com base em elementos e princípios básicos do paisagismo. 54 f. TCC (Curso de Agronomia), Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2016.

O desconhecimento sobre a origem dos alimentos é fato comum entre crianças em diversas comunidades. Exemplos no mundo ajudam a esclarecer para crianças a origem e funcionalidade dos alimentos. As hortas têm sido utilizadas como ferramenta de educação para suprir essa deficiência. Na construção das hortas é de senso comum as fazerem da forma mais simples, canteiros retos com plantas dispostas em fileiras entretanto, como a agricultura por si só é uma arte da natureza com suas texturas, linhas, formas e cores nesse projeto foi usufruído do paisagismo na construção da horta para deixar a atividade mais interessante e mais atrativa tanto para crianças como para adultos usando o paisagismo de maneira pratica e funcional. Um exemplo grandioso dessa técnica é observado no Jardim Ornamental do Castelo de Villandry, na França. O trabalho resultou em um projeto harmonioso, equilibrado e convidativo, despertando sentimentos de alegria e outros. O uso da área escolhida no Colégio Rocha Pombo também ajudou a promover melhor ocupação do espaço, tornando um ambiente revitalizado, uma vez que esse local já foi o parquinho do colégio e encontrava-se inativado e sem brinquedo.

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ABSTRACT

SHIMOSAKA, Agnes Mitsuyo. Construction and implement of growing spaces at Rocha Pombo School in Pato Branco city based in design tools. 54 f. TCC (Course of Agronomy) - Federal University of Technology - Paraná. Pato Branco, 2016.

The unfamiliarity about the origin of food, is common among children in different communities. Examples in the world help to clarify for children the origin and functionality of food. The vegetable gardens have been used as an education tool to compensate for this deficiency. In the construction of vegetable gardens, it is common sense to make it in the simplest forms, straight beds with plants arranged in rows. However, as agriculture alone is an art of nature with its textures, lines, shapes and colors, in this project the design tools was used in the construction of the garden, to make the activity more interesting and more attractive for both children and adults. Using design in a practical and functional way. A great example of this technique is observed in the Ornamental Kitchen Garden of the Castle of Villandry, France. The work resulted in a harmonious, balanced and attractive project, arousing feelings of joy and others. The use of the chosen area in the Elementary School Rocha Pombo also helped to promote a better occupation of the space. Transforming it in a revitalized environment. Since this place used to be the playground of the school and was inactivated and without any toy.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Triângulo de Cores...17

Figura 2: Evolução dos Elementos de Comunicação...18

Figura 3: The Kitchen Garden, Castelo de Villandry...20

Figura 4: Design aplicado ao Jardin Culinário...21

Figura 5: Quadra de areia inutilizada. Local escolhido para a construção da horta paisagística...23

Figura 6: Croqui dos três grandes canteiros escolhidos para a horta do Colégio Rocha Pombo...24

Figura 7: Retirada de areia para futuro preenchimento com terra...25

Figura 8: Canteiros preenchidos com terra...26

Figura 9: Canteiros com esterco sendo curtido e delimitado por garrafas preenchidas com areia...27

Figura 10: Canteiros escolhidos para o plantio de alface...28

Figura 11: Canteiros escolhidos para semeadura da rúcula...29

Figura 12: Canteiro escolhido para o plantio de salsinha...30

Figura 13: Canteiro escolhido para o plantio de cebolinha...31

Figura 14: Canteiros escolhidos para a semeadura do rabanete...32

Figura 15: Combinação de elementos básicos de comunicação aplicados na horta.34 Figura 16: Contraste entre cores de alface plantadas em linhas alternadas...35

Figura 17: Equilíbrio e simetria nos canteiros...35

Figura 18: Visão geral da horta escolar implantada em quadra de areia. Expressando a harmonia do conjunto...37

Figura 19: Horta escolar após completo desenvolvimento das hortaliças...38

Figura 20: Desenvolvimento das plantas no canteiro oval...39

Figura 21: Ilustração do antes e o depois dos canteiros...41

Figura 22: Antes e depois da implantação da horta...42

Figura 23: Crianças ajudando a colocar as garrafas em torno do canteiro da horta escolar...43

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...11 2 OBJETIVOS...12 2.1 GERAL...12 2.2 ESPECÍFICOS...12 3 REFERENCIAL TEÓRICO...13 3.1 HORTA ESCOLAR...13

3.2 OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL...13

3.3 IMPORTÂNCIA DA REVITALIZAÇÃO DE ESPAÇOS físicos EM ESCOLAS...14

3.4 ELEMENTOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÃO...14

3.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÃO...17

3.6 CASTELO DE VILLANDRY: “THE KITCHEN GARDEN”, INSPIRAÇÃO...18

3.7 COMBINAÇÃO DE PLANTAS EM UM MESMO CANTEIRO E ESPÉCIES A SEREM UTILIZADAS...20

4 MATERIAIS E MÉTODO...22

4.1 PREPARAÇÃO DOS CANTEIROS...22

4.2 PLANTIO DAS HORTALIÇAS NOS CANTEIROS...27

4.2.1 PLANTIO DA ALFACE (Lactuta sativa)...27

4.2.2 RÚCULA (Euruca sativa)...28

4.2.3 PLANTIO DE SALSINHA (Petroselinum crispum)...28

4.2.4 PLANTIO DE CEBOLINHA (Allium schoenoprasum)...29

4.2.5 SEMEADURA DO RABANETE (Raphanus sativus)...30

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...32

5.1 ELEMENTOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO APLICADOS NO PROJETO...32

5.2 MULTIDISCIPLINARIDADE DO PROJETO...38

5.3 ESPÉCIES ESCOLHIDAS E COMBINAÇÃO DE PLANTAS EM UM MESMO CANTEIRO...38

5.4 AVALIAÇÃO DO LOCAL ESCOLHIDO PARA IMPLANTAÇÃO DA HORTA ESCOLAR...38 6 CONCLUSÕES...41 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...42 REFERÊNCIAS...43 APÊNDICES...47 ANEXOS...49

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1 INTRODUÇÃO

O foco deste trabalho está relacionado à aplicação de ferramentas do paisagismo na construção de uma horta escolar a fim de despertar nas crianças e adultos que permeiam o ambiente uma atenção maior na questão de produção de alimentos e seu consumo.

Cita-se uma passagem do documentário “Muito Além do Peso” (2012) para frisar uma situação onde um saco de batatas fritas é rapidamente identificado por uma criança, fato que não ocorre quando lhe é mostrado o alimento sem nenhum processo de industrialização. A criança não sabe do que se trata. Essa deficiência que enfrentamos pode ser amenizada com uso de ferramentas como a Horta Escolar. Esta, pode funcionar como um laboratório para diversas áreas como Matemática, Biologia, Geografia, dentre outras (ARENHALDT, 2012). Como fonte de estudo, a horta pode dinamizar e oferecer base de conteúdo pedagógico que influencie os hábitos de uma criança e que melhore sua qualidade de vida (ROCHA et al, 2013). Segundo o Manual para Escolas (IRALA & FERNANDEZ, 2011) a horta escolar também permite o resgate da cultura alimentar brasileira de cada região.

Percebendo a necessidade de ensinar para as crianças sobre a origem dos alimentos, suas funções e fazer o repasse de valores de sustentabilidade é que se justifica esse projeto, tendo como atores sociais principalmente os alunos.

Embora uma horta seja funcional no auxílio pedagógico independente da forma que é construída, quando elementos do paisagismo se harmonizam no espaço, algo muito gratificante aos olhos podem chamar a atenção mais do que o normal, deixando a aula mais convidativa. Nesse caso, temos então uma “horta paisagística”.

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Construir uma horta escolar com enfoque em elementos de paisagismo no Colégio Rocha Pombo para despertar nas crianças o interesse em alimentar-se saudavelmente.

2.2 ESPECÍFICOS

Utilizar elementos e princípios básicos de comunicação (linhas, texturas, cores, formas com posterior repasse de mensagem, equilíbrio, harmonia e outros) para a construção da horta.

Tornar a horta uma ferramenta de apoio para disciplinas e incentivar melhora no hábito alimentar das crianças através das hortaliças que serão cultivadas.

Utilizar hortaliças referentes à época e a região, e dentre estas, combinar alface e rúcula nos canteiros em dois canteiros triangulares.

Avaliar implantação no local escolhido promovendo melhor ocupação de espaço e revitalização do mesmo.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 HORTA ESCOLAR

A horta escolar é tido como agente promotor de vivências e transformações múltiplas. Muitas disciplinas são complementadas com o uso da horta. Na matemática, cálculos de área, perímetro e número de hortaliças a serem cultivadas podem ser calculadas. Na geografia, a localização do canteiro é explicada. Na biologia, toda a vida que compõe o ambiente da horta é analisado. (ARENHALDT, 2012). A horta, torna-se um laboratório que acaba dinamizando as aulas.

Exemplos no mundo inteiro usufruem da horta no sistema escolar. Em Londres, na escola “Baginton Fields” o projeto de horta além de ser usado para ensinar as crianças a consumirem alimentos de forma mais saudável, tem função de fornecer práticas sensitivas (similar a um jardim sensorial) e também a desenvolver e praticar técnicas de comercialização dos produtos, uma aula de economia (GARDEN ORGANIC, 2016). Mais que um laboratório multidisciplinar, a horta incentiva a alimentação saudável e o contato das crianças com esses alimentos.

3.2 OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL

A obesidade infantil é um caso sério não só no Brasil, mas em várias partes do mundo. O documentário “Muito Além do Peso” Dirigido por Estela Renner no ano de 2012 expressa de forma alarmante esse tema. As crianças não conhecem os alimentos in natura e também não tem interesse em alimentar-se saudavelmente, segundo uma delas, levar uma fruta para o lanche do colégio é vergonhoso e considerado pelas outras crianças “Comida de Pobre”.

O governo federal tem adotado medidas para o combate de obesidade e má nutrição. O Programa Saúde nas Escolas cria estratégias para que as escolas desenvolvam atividades de saúde e educação. A escola, considerada encontro de educação e de saúde também é referenciada como espaço socializador que deve promover uma educação integral (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2016).

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Outro programa relacionado à nutrição infantil é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Segundo esse programa, todas as escolas devem possuir um cardápio nutritivo (BRASIL, 2007).

3.3 IMPORTÂNCIA DA REVITALIZAÇÃO DE ESPAÇOS FÍSICOS EM ESCOLAS

Um dos papéis da escola é promover um espaço acolhedor para os alunos para que sejam praticados bem-estar social e ambiental (SOARES et, al. 2015). Escolas públicas muitas vezes não recebem a manutenção ou reformas que necessitam, então, é preciso encontrar alternativas baratas e práticas para revitalizar uma área.

Denardi (2016) cita para que os espaços escolares permitam que os alunos aprendam fora da sala de aula, a estrutura física e a organização da instituição precisam estabelecer uma relação onde a dimensão da ética está articulada à estética.

Uma escola bonita incetiva a ensinar e a aprender. A construção de uma horta alternativa também ressalta a importância de se praticar sustentabilidade, uma vez que materiais reciclados podem ser incorporados no projeto (ESTRISER, 2015).

A paisagem como um todo sofre ação da natureza e do homem e a percepção disso é uma aprendizagem de grande importância para auxiliar as crianças a compreenderem melhor a realidade social e natural. Logo, as crianças acompanham a modificação de um espaço e seus impactos no ambiente (BRASIL, 1998).

3.4 ELEMENTOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÃO

A construção de uma horta escolar tem sido uma estratégia pedagógica para o repasse de conhecimento em diversas áreas. Um dos exemplos segue na matemática onde os elementos de espaço e forma estimulam cálculos de

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perímetro e área. Da geografia, aplica-se a questão de orientação e localização (ARENHALDT, 2012). A vida e o ambiente, apresentam questões das ciências naturais.

No paisagismo temos os elementos de comunicação paisagística que são: linhas, formas, texturas, cores, sons e cheiros. As linhas são os elementos mais primitivos da obra (SANTOS, 2008). Além de fazerem a divisão do espaço elas causam impressões. Dispostas horizontalmente, transmitem sensação de paz. Linhas verticais, grandiosidade e força. Linhas curvas, movimento e dinamismo (FILHO,2002). Sentimentos de aconchego e harmonia também são propiciadas por linhas curvas além de volumetria, elegância e suavidade. Esse elemento, influencia na fluidez do olhar. Sugere-se que o movimentar dos nossos olhos é inconscientemente dirigido pela forma qual as plantas foram dispostas em função das linhas (WESTERN, 2016).

As cores, outro elemento básico da comunicação visual, transmitem muitas sensações e são de caráter importantíssimo em um projeto de paisagismo. Elas são produzidas por luzes de comprimentos de ondas diferentes e exercem influência sobre a mente humana (FILHO, 2002).

Os sons são propiciados pelo movimento da água e vento, além disso, também é liberado por animais e pessoas que permeiam o ambiente. Os cheiros estão fortemente associados ao aroma de plantas (SANTOS, 2008).

A psicologia das cores é descrita por Freitas (2007) em “Psicodinâmica das Cores em Comunicação” segundo a autora a cor amarela, transmite sensação de calor, positividade, boa sorte e ativa o intelecto. É o símbolo da luz que irradia em todas as direções. O verde, é associado ao frescor, bem-estar, saúde, serenidade. Representa a harmonia da natureza. O marrom, sinal de rústico e estabilidade. O roxo, otimismo, alegria e idealismo.

Para saber qual a melhor combinação de cores basta conferir no “Triângulo de Cores” (FIGURA 1) descrito por Santos (2008).

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No triângulo, as cores opostas nos vértices são as que apresentam mais contraste, as cores vizinhas são de menor contraste.

As texturas estão relacionadas com o aspecto e o conjunto de texturas cria efeitos no projeto (FILHO, 2002). Ao observar uma planta logo percebemos se a mesma é lisa ou rugosa e com essa ferramenta, recebemos sensações sem o uso do toque. Muitas são as formas de brincar com a textura principalmente com uso de plantas e solos diferentes, por exemplo, texturas opacas possuem menor expressividade que texturas brilhosas. E por fim, as formas, que criam impacto visual. São formadas por linhas e também são encontradas em plantas, distribuições de canteiros, dentre outros.

Como pode se perceber, os elementos de comunicação são combinados no projeto seguindo uma ordem. Tal ordem pode ser visualizada na Figura 2, extraída do livro “Paisagismo: Elementos de Composição e Estética” do autor José Augusto de Lira Filho (2002):

Fonte: Santos (2008)

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3.5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÃO

Com a descrição desses elementos básicos de comunicação, podemos falar dos princípios básicos de composição do projeto de paisagismo. Esses princípios são obtidos com a relação entre os princípios básicos de comunicação e são eles: Mensagem, Harmonia, Proporção, Equilíbrio, Escala, Ritmo, Clímax e Dominância (SANTOS, 2008).

A mensagem deve transmitir um recado emotivo, não basta ser bonito, a obra deve agradar o observador.

A harmonia significa a boa combinação entre os elementos e o projeto implantado também deve combinar com o ambiente ao redor. Os elementos devem se completar e a harmonia de toda a composição resultará numa “unidade” do sistema que criará um significado para toda a obra (UNIVERSITY OF TEXAS, 2016). A proporção pode ser comparada ao número de caminhos e um

Figura 2: Evolução dos Elementos de Comunicação

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gramado existente para um jardim, se essa relação de proporção for quebrada, seja com muitos ou poucos caminhos a sensação será desagradável aos olhos. Não há fórmula para calcular a proporção pois a mesma deve ser sentida. O equilíbrio será avaliado na simetria do projeto.

A escala é expressa nas distâncias verticais e horizontais promovendo sensações de liberdade ou enclausuramento.

O ritmo é alcançado com o movimento de pessoas, água, vento e luzes.

O clímax é o local onde o observador se sente satisfeito com o projeto. A dominância ocorre com elementos que se sobrepõe aos outros seja em cor, textura, forma, etc…

3.6 CASTELO DE VILLANDRY: “THE KITCHEN GARDEN”, INSPIRAÇÃO.

O Castelo de Villandry localiza-se na França e é caracterizado pelo seu estilo renascentista e muito conhecido pelos seus jardins. Dentre eles encontra-se “The Kitchen Garden” ou “Jardim Cozinha” considerado uma das hortas mais impressionantes do mundo e com origens na Idade Média (CASTELOS DO LOIRE, 2016).

Essa horta ornamental é o ponto máximo nas visitas de turistas. O local é dotado de um paisagismo com uma simetria impecável. Olhando de longe, os canteiros dão impressão de um grande tabuleiro de xadrez multicolorido.

Duas plantações são realizadas no ano e 40 espécies de hortaliças são distribuídas em canteiros geométricos. A prioridade é usar produtos orgânicos. As rotações de cultura em função do esgotamento do solo permitem que a horta esteja em constantes mudanças principalmente de cores (CHATEAU VILLANDRY, 2016). As figuras 3 e 4 ilustram um pouco da horta do castelo.

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Na figura 3, observam-se contrastes entre formas e cores. A abóbora laranja, destaca-se pela sua cor e os tons de verde das plantas se harmonizam no espaço.

Na figura 4 que segue, observa-se um pouco mais sobre detalhes de proporção e simetria.

Fonte: http://www.fennelandfern.co.uk/blog/category/blog/ (2016)

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Desse ponto de vista, percebe-se uma simetria em forma “zigue-zague”, onde o contraste entre cores amarelo e roxo tornam-se expressivos nesse passeio.

3.7 COMBINAÇÃO DE PLANTAS EM UM MESMO CANTEIRO E ESPÉCIES A SEREM UTILIZADAS

As plantas que compõe um mesmo canteiro não devem apenas combinar visualmente. Elas devem ser boas “vizinhas” e uma não deve atrapalhar o desenvolvimento da outra, tanto na parte fisiológica quanto física (KREMY, 2016). A horta paisagística deve ser planejada pensando nos estágios de desenvolvimento das plantas e a forma como crescerão, se vão desenvolver folhas e se sobrepor às outras ou se desenvolverão raízes e deixarão um espaço aéreo aberto. O sombreamento excessivo de uma cultura em cima da outra certamente poria em risco o desenvolvimento da planta sombreada. No anexo A que segue ao final do trabalho disponibilizado pela empresa Tok&Stok (2016) pode-se observar a relação

Fonte: http://www.fennelandfern.co.uk/blog/category/blog/ (2016)

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de “boa vizinhança” entre as plantas. Logo, a relação entre alface e rúcula é considerada adequada.

Ao realizar o plantio em uma horta a escolha das espécies deve condizer com o clima, a região e a época de plantio. Hortaliças como alface, rúcula, rabanete, cebolinha e salsinha por exemplo, são espécies que podem ser cultivadas durante o ano todo no Estado do Paraná (SEBRAE, 2010).

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4 MATERIAIS E MÉTODO

4.1 PREPARAÇÃO DOS CANTEIROS

A horta escolar foi implantada no Colégio Rocha Pombo que localiza-se na cidade de Pato Branco, Paraná. A área de implantação é um antigo parquinho que possui uma caixa de areia de dimensões de 22 metros de comprimento e 11 metros de largura totalmente inutilizada indicada na Figura 5. Dessa área, apenas metade foi utilizada para a horta (11 m x 11 m). Nesse local, a luminosidade é considerada meia sombra, com predominância de sol da tarde. O projeto foi elaborado com o programa AutoCAD versão autorizada para estudantes (ANEXO A).

Figura 5: Quadra de areia inutilizada. Local escolhido para a construção da horta paisagística.

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Para a construção da horta foram utilizados os seguintes materiais: -1500 garrafas Pet de 2 litros, transparentes; Terra; Cama de aviário; Enxada, pá, carrinho de mão, trena; Mudas de alface, salsinha, cebolinha; Sementes de rabanete e rúcula.

No Anexo A nota-se que metade da quadra de areia não foi utilizada, pois viria a ser usada para futuras atividades da escola. Logo, a metade utilizada foi pensada de forma ocupar o máximo possível da área sem comprometer os elementos e a mão de obra.

Foram escolhidas três grandes formas que chamaremos de Grandes Canteiros. Essas formas, podem ser conferidas na Figura 6.

Figura 6: Croqui dos três grandes canteiros escolhidos para a horta do Colégio Rocha Pombo.

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A forma central, assumiu a figura de uma bola de futebol americano de diâmetro menor de 4 metros, diâmetro maior de 8 metros e uma curva de 9,5 metros. A segunda forma, que é formada por duas linhas perpendiculares que contornam a quadra, forma um “L” com dimensões do lado menor 5 metros e lado maior 9 metros e largura de 0,75 metro no canteiro. A terceira forma, um quadrilátero com dois lados medindo 1,20 metro, um lado medindo 0,20 metro e o outro lado fechando o canteiro com 1,50 metro.

Delimitadas as formas na areia a mesma foi retirada (Figura 7) e acumulada em um canto para que as crianças pudessem usá-las para preencherem as garrafas.

Os três grandes canteiros foram delimitados e retirados a areia, entretanto, o canteiro em “L” não foi utilizado. Este, foi reservado para uso futuro de outro professor. Na figura 8 observa-se as formas já preenchidas com terra.

Figura 7: Retirada de areia para futuro preenchimento com terra.

(27)

A terra providenciada chegou ao colégio sem adubo orgânico e com muitos torrões.

O adubo orgânico utilizado foi a cama de aviário disponível na região e foi distribuído por cima da terra. Por fim, o material foi incorporado por meio de revolvimento com enxada. O adubo teve de ser curtido por um período de dois meses coberto com lona, em função das baixas temperaturas do inverno. Paralelo a isso, as garrafas foram preenchidas pelos alunos e dispostas de forma invertida (Com a tampa para baixo). Todo esse processo pode ser visualizado na Figura 9.

Figura 8: Canteiros preenchidos com terra.

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A escolha de preencher as garrafas com areia permitiu que a garrafa ganhasse mais resistência tanto para o pisoteio de crianças como pela ação de intempéries o que acarretaria em menos manutenção com relação a trocas de garrafas.

Após curtido o esterco, foi feita coleta de solo para análise que foi executada pelo laboratório da UTFPR-Campus Pato Branco. O resultado da análise (ANEXO B) indicou condições boas para o plantio tanto para valores nutricionais quanto ao pH permitindo que o plantio de hortaliças fosse iniciado.

Figura 9: Canteiros com esterco sendo curtido e delimitado por garrafas preenchidas com areia.

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4.2 PLANTIO DAS HORTALIÇAS NOS CANTEIROS

4.2.1 PLANTIO DA ALFACE (LACTUTA SATIVA)

A alface foi a primeira a ser plantada, visto que levaria mais tempo para se desenvolver (50 a 60 dias). As mudas foram adquiridas em casa especializada, e foram transplantadas quando alcançaram em torno de 6 cm. O espaçamento adotado foi de 30 x 30.

As mudas foram plantadas nos canteiros indicados na figura 10:

A alface foi disposta em 5 canteiros. Nas linhas de plantio do canteiro quadrilátero e nos retangulares foi alternado o plantio de alface roxa e verde. Nos canteiros triangulares a alface verde foi plantada apenas contornando a forma do canteiro.

Figura 10: Canteiros escolhidos para o plantio de alface

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4.2.2 RÚCULA (EURUCA SATIVA).

A rúcula foi semeada um mês após o plantio de alface nos canteiros triangulares. Neste caso, obtivemos um canteiro triangular com borda de alface e no centro rúcula (FIGURA 11).

As sementes de rúcula foram compradas em supermercado.

4.2.3 PLANTIO DE SALSINHA (PETROSELINUM CRISPUM)

A salsinha era uma cultura já existente na antiga horta do colégio. O espaçamento adotado para esta cultura foi de 20 cm entre plantas e 15 cm entre linhas. A mesma foi transplantada para apenas um canteiro ilustrado na figura 12 que segue:

Figura 11: Canteiros escolhidos para semeadura da rúcula.

(31)

4.2.4 PLANTIO DE CEBOLINHA (ALLIUM SCHOENOPRASUM)

A cebolinha plantada em apenas um canteiro (FIGURA 13). Foram plantadas duas linhas com 20 cm entre linhas e 10 cm entre plantas. O plantio foi realizado um mês após a alface.

No canteiro, apenas duas linhas foram efetuadas. As mudas de cebolinha foram adquiridas em casa especializada.

Figura 12: Canteiro escolhido para o plantio de salsinha.

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4.2.5 SEMEADURA DO RABANETE (RAPHANUS SATIVUS)

A semeadura do rabanete foi feita em dois canteiros (FIGURA 14). Com 10 cm de altura foi feito raleio da cultura deixando um espaçamento de 5 cm entre plantas e 30 entre linhas. Duas linhas foram semeadas nos canteiros escolhidos.

Por apresentar um rápido desenvolvimento, em torno de 27 dias, foi semeado praticamente no mesmo período da rúcula, um mês após o plantio das alfaces.

As sementes foram adquiridas em supermercado.

Figura 13: Canteiro escolhido para o plantio de cebolinha.

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As regas para todas as culturas foi diária duas vezes ao dia. Quanto ao controle de espécies invasoras foi feito controle de forma manual. Para o controle de aves uma forma econômica encontrada foi com o uso de CD’s que espantavam os animais em função do reflexo.

A colheita dos vegetais iniciou-se no mês de Novembro. Figura 14: Canteiros escolhidos para a semeadura do rabanete.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 ELEMENTOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PAISAGISMO APLICADOS NO PROJETO

Após a construção da horta, seguindo o modelo de evolução dos elementos de comunicação descritos por Filho (2002) temos que:

- As linhas definiram as formas escolhidas. E também assumiram sua função quando expressas nas linhas de plantio e semeadura.

- As formas foram notadas com formatos retangulares, triangulares ou ovaladas tanto nos grandes canteiros como nos canteiros menores.

- A textura se expressou nos materiais: areia, terra, plantas de diferentes alturas, formatos e rugosidade.

- As cores amarela (areia), marrom (terra), verde (plantas) e roxo (alface roxa), variando em tonalidades, causaram uma sensação agradável de frescor, positividade e alegria como sugerido por Freitas (2007). Na figura 15 a seguir observam-se os elementos aplicados:

Figura 15: Combinação de elementos básicos de comunicação aplicados na horta

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A figura 15, ilustra a distribuição dos canteiros pequenos dentro do canteiro oval grande. As linhas curvas do canteiro direcionam o olhar que começa por dirigir-se de baixo para cima da imagem em função da linha das garrafas e também a perspectiva da foto.

Como no Castelo de Villandry, a horta apresentou simetria, equilíbrio, contraste entre plantas e movimento (FIGURAS 16, 17 e 18).

Figura 16: Contraste entre cores de alface plantadas em linhas alternadas.

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Os canteiros geométricos nesta imagem ilustram o efeito de simetria alcançado tanto pela disposição das plantas, quanto pelo formato dos canteiros grande e os menores.

Tendo definidos os elementos básicos de comunicação, podemos então avaliar os princípios básicos de comunicação, neste trabalho, considerando as definições do autor Santos (2008) em “Planejamento, Implantação e Manutenção de Jardins”:

- Mensagem: O recado emotivo que pôde ser percebido pelas pessoas que visitaram a horta foi uma sensação de vida, felicidade e sensação de novidade. O local, antes sem uso algum agora tornou-se um espaço admirado pela presença de algo novo. Ainda mais em um colégio populoso que precisa de espaço para as crianças socializarem.

- Harmonia: Uma das ideias do projeto foi mostrar que uma horta cabe em qualquer lugar. A quadra de areia foi perfeita para criar o contraste com a terra. A horta ficou bem posicionada e bem visível, uma vez que encontra-se na entrada do colégio (FIGURA 18).

Fonte: Autoria própria (2016)

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- Proporção: A proporção foi alcançada ao fazer a distribuição dos canteiros menores dentro do canteiro central, deixando-os bem posicionados. Os caminhos, por entre os canteiros foram dispostos de maneira a facilitar o andar na horta. Os demais canteiros (Quadrilátero e em “L”) obtiveram proporção observada de forma geral.

- Equilíbrio: Cada canteiro se dividido ao meio apresentou equilíbrio entre os lados, mesmo número de entradas, mesmo número de caminhos e mesmo número de plantas.

- Escala: A sensação pressentida foi liberdade, a céu aberto e baixa altura de construção nenhuma pessoa sente-se enclausurada. A pessoa certifica-se da visão do todo.

- Ritmo: O movimento natural da Terra propicia o movimento constante de sombras. Aves sobrevoaram o local e crianças e adultos constantemente passeavam na horta garantindo o movimento da obra.

Figura 18: Visão geral da horta escolar implantada em quadra de areia. Expressando a harmonia do conjunto.

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- Clímax: O local que pôde promover mais satisfação total localiza-se logo na entrada do colégio. Neste ponto a horta não passa despercebida e é uma das primeiras coisas a ser observada por pessoas que vão à escola (professores, alunos, pais, etc...)

- Dominância: Por mais que a areia fosse em quantia mais expressiva que os outros elementos, a dominância foi exercida pela terra, principalmente por sua cor marrom escura que atrai o olhar em um primeiro momento. O resultado final é observado na Figura 19.

Fonte: Autoria própria (2016)

A evolução de alguns canteiros são verificadas nas figuras 20 e 21. Nas imagens, observa-se desde o preparo até o resultado final, com completo desenvolvimento de plantas.

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Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 20: Desenvolvimento das plantas no canteiro oval.

Fonte: Autoria própria (2016).

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5.2 MULTIDISCIPLINARIDADE DO PROJETO

Nas aulas de horta as crianças foram estimuladas a cuidar da horta, desenhar as formas, dispor as plantas, a fazer medidas e cálculos como número de plantas por canteiro, envolvendo o tema justo como o autor Arenhaldt (2012) propôs ao relacionar as atividades que poderiam ser desenvolvidas na horta como complemento às outras matérias. Também, aprenderam sobre toda a vida que se encontra numa horta, e muitas saíram motivados a construir uma horta “igual” à que ajudaram a fazer. Os pais, ao buscarem seus filhos no colégio, admiravam a horta que seus filhos orgulhosamente possuem no colégio.

Assim como nos trabalhos de Fiorotti (2010) e Morgado (2006), as crianças acompanharam todos os passos de construção da horta ampliando seu conhecimento sobre ciclo das hortaliças e despertaram o sentimento de respeito e cuidado pela terra (ANEXO C).

5.3 ESPÉCIES ESCOLHIDAS E COMBINAÇÃO DE PLANTAS EM UM MESMO CANTEIRO.

As espécies escolhidas estavam de acordo com a região e época de plantio ou semeadura. A escolha do tempo certo (Relacionado ao estágio de desenvolvimento das plantas) proporcionou o visual esperado para esse trabalho.

A combinação entre rúcula e alface se deu de forma harmoniosa, com bom desenvolvimento das plantas.

5.4 AVALIAÇÃO DO LOCAL ESCOLHIDO PARA IMPLANTAÇÃO DA HORTA ESCOLAR.

Sobre o espaço, o mesmo foi revitalizado e é inquestionável o resultado. Antes, observava-se uma quadra de areia vazia, sem brinquedos, onde era proibida a entrada de alunos. Agora, um espaço de conhecimento e diversão com entrada permitida dos alunos desde que acompanhados de professores. A

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comparação entre o antes e o depois da instalação da horta pode ser conferida na imagem que segue na Figura 22.

Fonte: Autoria própria (2016)

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Figura 23: Crianças ajudando a colocar as garrafas em torno do canteiro da horta escolar.

Fonte: Autoria própria (2016)

Figura 24: Crianças ajudando na construção da horta, aula e diversão.

Fonte: Shimosaka (2016)

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6 CONCLUSÕES

A combinação final dos elementos areia, terra, formas e linhas bem como foram dispostas as plantas mostraram-se relevantes para que se construísse uma horta exótica e chamativa, harmônica e equilibrada. Com as plantas dispostas ordenadamente a distinção das mesmas pelos alunos ficaram mais visíveis.

A horta paisagística despertou interesse e curiosidade pelos alunos, que passaram a ter contato mais direto com as plantas em desenvolvimento. Assim, o consumo das hortaliças foi estimulado. Durante o período do projeto, muitas atividades de diversas áreas do conhecimento foram discutidas, da matemática à biologia, passando por geografia, desenho e outros.

A horta proveu alimentos que foram consumidos pelos alunos e professores.

O Colégio revitalizou uma área antes desocupada, algo bom para os alunos e para a instituição, que não precisou adquirir áreas externas para a construção da horta.

As reações despertadas por alunos de várias idades foi vivenciada por professores e funcionários do colégio.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de construir uma horta escolar é muito gratificante. Mesmo com muita dificuldade para aquisição de materiais de qualidade todo o trabalho foi concluído de forma a alcançar todos os objetivos. Os alunos das escolas sempre gostaram das aulas de horta e ajudaram em praticamente todos os passos. Se todo colégio possuísse uma horta talvez fôssemos crianças mais saudáveis e adultos mais incentivadores dessa experiência que não apenas ensina a cultivar plantas, mas cultiva aspectos de convívio e sociabilização.

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REFERÊNCIAS

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ÍNDICE DE APÊNDICES E ANEXOS

APÊNDICE A – Projeto da horta em programa de AutoCAD...48 ANEXO A: Tabela de relação entre as plantas...50 ANEXO B: Análise de solo realizada pela UTFPR, Campus Pato Branco...51 ANEXO C: Crianças ajudando na horta escolar. Montagem com imagens.

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ANEXO C: Crianças ajudando na horta escolar. Montagem com imagens. Autoria de Francisco Pagnoncelli (2016).

Referências

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