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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – DSE, Lda.

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Academic year: 2021

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Gesp.007.03

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

B RUN O N ET O D E CARVAL HO

RELATÓRIO PARA A INSERÇÃO NA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENGENHEIROS TÉCNICOS

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i Relatório de estágio

Ficha de Identificação

Nome: Bruno Neto de Carvalho Morada: Rua D. Sancho I, nº 9 Localidade: 6300-548 Guarda Telefone: 965307048

Nome da Instituição: DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda Morada: Quinta da Torre- Parque industrial da Guarda- apartado 1039

Localidade: 6301-908 Guarda

Telefone/fax: 271221904/271227657

Data de início de estágio: 02/11/2009 Data de fim de estágio: 02/05/2010

Nome do Tutor na Instituição: José António Furtado Figueiredo Gomes Grau académico: Mestre

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ii Relatório de estágio

Resumo

O estágio era até pouco considerado como curricular fazendo parte do conteúdo programático escolar sendo considerado como uma disciplina e avaliado como tal. Hoje em dia, com a implantação do processo de Bolonha o estágio passou a ser considerado extra-curricular, tendo como principal função, a inserção do recém-licenciado na ANET - Associação Nacional de Engenheiros Técnicos.

Introdução

Muito para além da incorporação na ANET, o estágio tem como principal papel, a introdução do estagiário no mundo do trabalho, fazendo sentir as dificuldades e responsabilidades mas também, o espírito de camaradagem e de colaboração, que implica a vida profissional. Ao longo do qual se deverá pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o seu percurso académico aplicando em muitas situações conceitos teóricos a casos práticos.

No final deverá ser elaborado um relatório que será entregue e avaliado por um júri constituído por três de ex-professores do estagiário sendo um deles, o seu orientador de estágio.

Este relatório tem como objectivo fundamental a descrição de todas as actividades do estagiário desenvolvidas na empresa DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda, no período compreendido entre 3 de Novembro de 2009 a 2 de Maio de 2010.

Neste relatório procura-se, de forma clara e objectiva, apresentar toda a informação utilizada e as tarefas realizadas durante o período de estágio.

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iii Relatório de estágio

 Capítulo I – Local de estágio, no qual se pretende fazer uma descrição da empresa constando assim com um breve historial da empresa, a constituição da sua direcção, as instalações e a descrição dos seus diferentes departamentos.

 Capítulo II – O estágio. Aqui serão apresentados os trabalhos realizados pelo estagiário ao longo do seu estágio, fazendo principal referência a um deles para o método de execução. No entanto, os resultados e conclusões de todos estes trabalhos serão apresentados para efeito de comparação entre as diferentes situações

 Capítulo III – Aplicação do RCCTE (Regulamento de comportamentos das características térmicas dos edifícios Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril). Neste capítulo pretende-se fazer uma pequena descrição deste regulamento, descrever a sua composição e métodos de aplicação.

 Capítulo IV – Conclusões. Neste último capítulo serão descritas as principais dificuldades sentidas pelo estagiário, assim como algumas impressões finais sobre o estágio.

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iv Relatório de estágio

Agradecimentos

Quero agradecer a todos aqueles que de uma forma ou de outra me ajudaram a elaborar este relatório; a todos eles o muito obrigado.

Os meus agradecimentos particulares vão em especial aos meus pais e avó, por todo o apoio, amor e confiança que me têm prestado ao longo da vida.

À minha namorada por todo o apoio e ajuda que me tem prestado ao longo destes anos, pois esteve sempre presente a dar-me força, para conseguir atingir os meus objectivos.

A todos os professores desta Instituição pelos conhecimentos transmitidos, em especial ao Eng.º Furtado Gomes por me ter ajudado e orientado no decurso do estágio; assim como ao Eng.º Carlos Aquino pela sua disponibilidade e orientação na elaboração do presente documento.

A todos os amigos que conheci nesta cidade, e todos aqueles que apesar de longe de mim sempre me apoiaram e suportaram nos meus momentos difíceis. Em especial ao Bruno, ao Perdigão e ao Estefânio.

A todas as pessoas da A.R.L que me ajudaram e apoiaram ao longo deste estágio. .

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v Relatório de estágio

ÍNDICE

CAPITULO I - LOCAL DE ESTÁGIO 1

1.1 – Descrição da Organização 1

1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L. 3

CAPITULO II - O ESTÁGIO 7

2.1 – Actividades desenvolvidas 7

CAPITULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE 10

3.1 – Introdução 10

3.2 - Disposições transitórias 14

3.2.1 – Condições interiores de referência 14

3.2.2 – Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de arrefecimento e de preparação de águas

quentes sanitárias: 15

3.2.3 – Conversão de energia útil para energia primária 17

3.3 – Metodologia de cálculo 18

3.3.1 – Espaços com requisitos de conforto térmico. 18

3.3.2 – Zonamento climático. 18

3.4 – Método de cálculo das necessidades de aquecimento 20

3.4.1 – Justificação da metodologia de cálculo 20

3.4.2 – Perdas de calor por condução através da envolvente. 21

3.4.3– Perdas de calor por zona correntes para o exterior. 21

3.4.4 – Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo. 24 3.4.5 – Perdas de calor por condução através das pontes térmicas. 27

3.4.6 – Perdas de calor por renovação do ar. 39

3.4.7 – Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento. 43

3.4.8 – Ganhos térmicos brutos resultantes de fontes internas. 44

3.4.9 – Ganhos térmicos brutos através dos vãos envidraçados. 44

3.5 – Procedimento de cálculo das necessidades de arrefecimento 50

3.5.1 – Justificação do procedimento de cálculo 50

3.5.2 – Ganhos de calor pela envolvente opaca. 51

3.5.3 – Ganhos de calor por ventilação 52

3.5.4 – Ganhos de calor pelos envidraçados 52

3.5.5 – Ganhos interiores 56

3.6 – Métodos de cálculo das necessidades de energia para preparação de águas quentes 57 3.6.1 – Energia dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS (Qa) 57 3.6.2 – Eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS (ɳa) 59 3.6.3 – Contribuição de sistemas solares de preparação de AQS (Esolar) 60 3.6.4 – Contribuição de outros sistemas de preparação de AQS (Eren) 60

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vi Relatório de estágio

3.7 – Inércia térmica interior It 60

3.7.1– Cálculo da inércia térmica 61

3.8 – Fichas para licenciamento 62

3.9 – Requisitos mínimos de qualidade térmica para a envolvente dos edifícios 62 3.9.1 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis 62

3.9.2 – Zonas não correntes da envolvente 63

3.9.3 – Factor solar máximo admissível 63

4 – Certificação energética 64

4.1 – Certificado Energético 64

4.2 – Classes de eficiência energética 65

CAPITULO IV – CONCLUSÃO 66

BIBLIOGRAFIA ANEXOS

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vii Relatório de estágio

Índice de quadros:

Quadro 1 – Lista de alguns projectos das várias especialidades desenvolvidos pela DSE ... 5

Quadro 2 – Lista de alguns projectos da verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, desenvolvidos pela DSE ... 6

Quadro 3 – Valores de Rph ... 41

Quadro 4 – Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (qi) ... 44

Quadro 5 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento ... 45

Quadro 6 – Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está orientado (X). ... 45

Quadro 7– Fracção envidraçada (Fg) ... 48

Quadro 8 – Factores solares g ... 49

Quadro 9– Valores médios da temperatura do ar exterior e da intensidade da radiação solar para a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro) ... 51

Quadro 10 – Coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior (α) ... 52

Quadro 11 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento ( Gsul) ... 53

Quadro 12 – Fracção de correcção da selectividade angular (FW) ... 55

Quadro 13 – Factor solar de vãos com protecção solar 100% activada e vidro incolor corrente (g┴) ... 56

Quadro 14 – Número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma ... 58

Quadro 15 – Número anual de dias de consumo de AQS ... 58

Quadro 16 – Valores de referência para a eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS ... 59

Quadro 17 – Classes de Inércia ... 61

Quadro 18 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis ... 62

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viii Relatório de estágio

Índice de tabelas:

Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni ... 15

Tabela 2- Valores de Nv ... 15

Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos ... 17

Tabela 4– Coeficiente τ ... 23

Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico ... 25

Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ... 26

Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno ... 27

Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ai ... 28

Tabela 9 – Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ae ... 28

Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ar ... 29

Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.1 ... 29

Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.2 ... 30

Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.1 ... 30

Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.2 ... 31

Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.1... 31

Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.2... 32

Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ci ... 32

Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ce ... 32

Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Cr ... 33

Tabela 20– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Di ... 34

Tabela 21– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação De ... 34

Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Dr ... 35

Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para as situações Ei, Ee, Er ... 36

Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi ... 36

Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe ... 36

Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr ... 36

Tabela 27– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Gi, Ge, Gr ... 37

Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Hi, He, Hr ... 38

Tabela 29- Valores do factor de sombreamento por elementos horizontais (F0)-Situação de Inverno ... 46

Tabela 30- Valores do factor de sombreamento do horizonte (Fh)- situação de Inverno ... 46

Tabela 31- Valores do factor de sombreamento por elementos verticais (Ff) - Situação de Inverno ... 47

Tabela 32- Factor de sombreamento dos elementos horizontais (Fo) – situação de Verão ... 54

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ix Relatório de estágio

Índice de figuras:

Figura 1 – Instalações do Grupo A.R.L ... 1

Figura 2 – Organograma da empresa A.R.L ... 2

Figura 3 – Zonamento Climático de Portugal ... 19

Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral ... 24

Figura 5 – Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico ... 25

Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ... 26

Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno ... 26

Figura 8 – Isolamento pelo interior ... 28

Figura 9 – Isolamento pelo exterior... 28

Figura 10 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas ... 29

Figura 11 –- Isolamento pelo interior ... 29

Figura 12 – Isolamento pelo interior ... 30

Figura 13 – Isolamento pelo exterior ... 30

Figura 14 – Isolamento pelo exterior ... 30

Figura 15 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas ... 31

Figura 16 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas ... 31

Figura 17 – Isolamento pelo interior ... 32

Figura 18 – Isolamento pelo exterior ... 32

Figura 19 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas ... 33

Figura 20 – Isolamento pelo interior da parede de fachada e pelo exterior da cobertura ... 33

Figura 21 – Isolamento contínuo pelo exterior ... 34

Figura 22 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo exterior da cobertura ... 34

Figura 23 – Isolamento pelo interior ... 35

Figura 24 – Isolamento pelo exterior ... 35

Figura 25 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ... 35

Figura 26 – Isolamento pelo interior ... 36

Figura 27 – Isolamento pelo exterior ... 36

Figura 28 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar ... 36

Figura 29 – Isolamento pelo interior ... 37

Figura 30 – Isolamento pelo exterior ... 37

Figura 31 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ... 37

Figura 32 – Isolamento pelo interior ... 38

Figura 33 – Isolamento pelo exterior ... 38

Figura 34 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ... 38

Figura 35 – Gráfico para o calculo de Rph mecânico ... 42

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x Relatório de estágio

Figura 37 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação de inverno... 47 Figura 38 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado sitação de verão ... 54 Figura 39 – Classes enegéticas ... 65

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1 Relatório de estágio

CAPÍTULO I - LOCAL DE ESTÁGIO

1.1 – Descrição da Organização

António Rodrigues Leão, fundou, com apenas 20 anos em 1957, a antecessora da actual A.R.L. Construções S.A. Trinta anos mais tarde, adiciona à empresa o comércio de materiais de construção e construção para venda.

Em 1987 surgiu a empresa António Rodrigues Leão, Lda, dedicada à construção civil e obras públicas. Sentiu-se nesta altura a necessidade em separar as actividades: industrial e comercial. Esta designação manteve-se até 2003, altura em que nasceram quatro firmas cisão entre a actividade da construção e da promoção imobiliária, passando a sociedade por quotas em sociedade anónima A.R.L. Construções S.A. e criação de sociedade anónima para a actividade de promoção imobiliária A.R.L. Imobiliária S.A. e aquisição da empresa de projecto e consultoria DSE, Lda.

Em 2007, deu início a construção das novas instalações na zona industrial da Guarda com a constituição de escritórios, estaleiro, oficinas, etc, que terminaram no final do ano 2008, dando lugar à sua inauguração. A sua sede funciona desde então, nessas novas instalações do grupo A.R.L. A seguir apresenta-se como figura 1, uma fotografia das novas instalações, tirada pelo estagiário.

(14)

2 Relatório de estágio

A direcção do grupo A.R.L. é constituída por:

 António Rodrigues Leão – Presidente do Conselho de Administração da A.R.L. Imobiliária S.A,

 Engenheiro Jorge Leão – Administrador – responsável pelos departamentos comercial e de produção.

 Engenheiro Furtado Gomes – Administrador – responsável pelos departamentos de avaliação/qualidade e administrativo.

Na figura 2, apresenta-se o organograma da empresa A.R.L.

Organograma da empresa A.R.L

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3 Relatório de estágio

1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L

O Grupo A.R.L é constituído pelos seguintes departamentos:

- A.R.L. Imobiliária S.A.

A A.R.L. Imobiliária S.A. aposta fortemente na satisfação dos seus clientes e, consequentemente, em elevados padrões de qualidade nos projectos que desenvolve. Criada há cerca de cinco anos, a A.R.L. Imobiliária S.A, nasceu com a especificidade de fazer mesmo o papel de imobiliária, desenvolvendo tarefas de compra e venda de imóveis.

Assim, a A.R.L. Construções S.A. faz apenas contratos de empreitada, enquanto a A.R.L. Imobiliária S.A. se dedica a vender e promover os seus próprios apartamentos, não estando no projecto ter a componente de mediadora.

Até ao momento a A.R.L. Imobiliária S.A. investiu apenas na cidade da Guarda, mas está nos seus horizontes partir para outras cidades vizinhas, especialmente para as capitais de distrito como Castelo Branco e Viseu que são os pólos aglutinadores da população.

- A.R.L. Materiais de Construção

A A.R.L. Materiais de Construção S.A., é uma empresa com tradição e credibilidade na área dos materiais de construção e decoração, coloca à disposição dos clientes um espaço criado a pensar na qualidade dos acabamentos dos edifícios.

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4 Relatório de estágio

- A.R.L. Construções

A A.R.L. Construções S.A., dedica-se à construção civil e obras públicas, com os trabalhos mais relevantes na área da construção de edifícios.

Neste contexto, efectua uma selecção e formação rigorosa dos seus Recursos Humanos, uma escolha ponderada dos seus fornecedores e dos materiais a aplicar em obra, sempre com o objectivo de cumprir critérios de elevada qualidade de forma a garantir uma satisfação total dos clientes.

Conscientes de que têm dimensão, capacidade, conhecimento e reconhecimento suficientes para traçar o próprio caminho, não abdicando dos valores consolidados ao longo de décadas de trabalho competente, como a ética, o rigor, a solidez, a responsabilidade social e ambiental, mas também a aposta em termos de modernidade, ambição e força construtiva, assegurando assim uma posição de liderança no competitivo sector da construção civil e obras públicas.

- D.S.E.

O gabinete DSE - Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda., foi adquirido em 1996 e desde então tem desenvolvido a sua actividade em projectos, estudos de engenharia, consultoria nas áreas de construção, acústica e higrotérmica, bem como na avaliação imobiliária.

Fruto da evolução do mercado, a DSE Lda. tem vindo a posicionar-se de forma a prestar um serviço mais alargado no domínio dos estudos e projectos de engenharia, contando com uma equipa profissional e dinâmica assim como com a colaboração de técnicos externos à empresa, a DSE tem vindo a elaborar projectos nas diversas especialidades da engenharia, especializando-se nos últimos anos na certificação energética.

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5 Relatório de estágio

Foi neste departamento do grupo A.R.L. que o estagiário foi desenvolvendo o seu estágio, colocando-o por esta razão em destaque neste capítulo em relação aos outros departamentos do grupo A.R.L.

Como referido anteriormente, a DSE tem vindo desde há muito, com o rigor e o profissionalismo dos seus técnicos, a elaborar projectos nas diversas áreas da construção civil. No seguinte quadro 1 apresentam-se alguns dos projectos elaborados pela DSE

Quadro 1 – lista de alguns dos projectos das várias especialidades, desenvolvidos pela DSE

DESCRIÇÃO DO PROJECTO LOCAL

Projecto de estbabilidade e betão armado - Muro de conteção de terras S. João da Pesqueira Recup. e Ampliação de Imóvel para Comércio-Serviços e Habitação Guarda

Lar João Bravo Arrifana-Guarda Adaptação da Casa Seixas a Edificio dos Paços do Concelho Pinhel

Loteamento Castelões Vila Nova Famalicão Construção de Moradia Malta-Pinhel Reabilitação Estrutural da Garagem do Edifício dos Bombeiros Voluntários S. João da Pesqueira Colégio Educativo do Mondego Porto da Carne

Egiquímica Guarda

Concepção e Construção da ETAR na PLIE Guarda - Gata Remodelação do Pavilhão Cruz & Areal Ervosa - Trofa Especialidades Creche de Schoenstatt Aveiro

Construção de um Armazém Qt.ª da Torre - Parque Industrial - Guarda Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio Loteamento Sete Bicas - Alfarazes Arranjo Urbanístico da Rua da Republica e da Rua Silva Gouveia Pinhel

Pormenores Construtivos da Biblioteca Municipal de Celorico da Beira Câmara Municipal de Celorico da Beira Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio Parque Infantil da Guarda

Projecto de Redes de àguas e Esgotos Av. Alexandre Herculano - Guarda Projecto de Instalações Sanitária Públicas Praça Luis de Camões - Guarda Projecto de Especialidades de Armazém e Comércio Viseu

Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades Cadafaz - Celorico da Beira Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Arquitectura / Especialidades Videmonte

Requalificação da EB1 de Arganil - Projecto Acústica Arganil Construção de Parque Radical - Projecto Estabilidade Belmonte Recuperação do Antigo Quartel da GNR - Projecto de Especialidades Penamacor Ampliação de Edifício para Lar de Idosos - Projecto Especialidades Torroselo Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades Gulifar - Guarda

Reabilitação e Ampliação de Edifícios para Turismo Espaço Rural Aldeia do Bispo - Sabugal Recuperação e Ampliação de Edifício Malhada Sorda - Almeida Remodelação de Apartamento Lisboa

Edifício de Habitação Oeiras

Construção do Centro de Actividades Ocupacionais - Telas Finais Fornos de Algodres Construção de Mediateca (Tipologia 1) Angola

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6 Relatório de estágio

A certificação energética tem vindo a ocupar um lugar de elevada importância neste gabinete. No quadro 2 apresentam-se alguns projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE elaborados pela D.S.E.

Quadro 2 – Lista de alguns dos projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, desenvolvidos pela DSE

DESCRIÇÃO DO PROJECTO LOCAL

Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Souto - Guarda Construção de Edifício - Projecto RCCTE Sabugal

Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE João Antão - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Melo - Gouveia Construção de Edifício de Habitação Colectiva - Projecto RCCTE Guarda Reconstrução e Ampliação de Edifício - Projecto RCCTE Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Sobral Pichorro Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Toito - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Guarda Reconstrução e Ampliação de Edifício para Centro Náutico - Projecto RCCTE Barca D' Alva Reconstrução e Alteração de uma Moradia - Projecto RCCTE Pousade - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Lameirinhas - Guarda Construção de Edifício para Lar de Idosos - Projecto RCCTE Freches - Trancoso

Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Vila Soeiro - Fornos de Algodres Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Alfaiates - Sabugal

Ampliação de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Martim Pêga - Sabugal Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas

Alteração de Edifício - Projecto RCCTE V. Cortez do Mondego - Guarda Construção de um Edifício para Centro de Dia - Projecto RCCTE Miuzela - Almeida

Alteração e Ampliação de Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Açores - Celorico da Beira Ampliação e Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Guarda

Construção de um Quiosque - Projecto RCCTE Guarda

Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Monteiros - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas

Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Miuzela - Almeida Construção de Moradia Multifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Construção de Armazém - Projecto RCCTE Sabugal Ampliação do Quartel dos Bombeiros Voluntários do Soito - Projecto RCCTE Soito

Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Pinzio - Pinhel

Alteração e Ampliação de Edificio de Habitação - Projecto RCCTE Rapa - Celorico da Beira Alteração e Ampliação de Edificio - Projecto RCCTE Trinta - Guarda

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7 Relatório de estágio

CAPÍTULO II - O ESTÁGIO

2.1 – Actividades desenvolvidas

Este estágio focou-se principalmente na área da certificação energética em particular na elaboração de projectos de térmica.

Durante o estágio, foram desenvolvidas capacidades de interpretação de projectos das várias especialidades, alargou o seu vocabulário a nível de termos técnicos, aprofundou os seus conhecimentos na área dos materiais de construção (especialmente na suas características como isolantes térmicos), e em softwares como o AutoCad, Design Review, Soltherm e programas do Microsoft Office (Word e Excel),

Ao longo do estágio, foi realizado:

a) a preparação de dados para a realização de projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, para construção de edifícios unifamiliares, sociais e de serviços, destacando-se

o a identificação dos dados geográficos;

o a interpretação e medições do projecto de arquitectura; o a interpretação e medições do projecto de estabilidade;

o a análise de espaços e elementos do edifício afectados pelo ganho e perda de energia;

o a criação de possíveis soluções a adoptar; o a realização dos cálculos necessários;

o a introdução em folhas de calculo, das soluções obtidas; o a analise e interpretação dos resultado;

o a elaboração de desenhos de identificação e de pormenores; o o ajustamento de uma memória descritiva tipo .

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8 Relatório de estágio

b) a preparação de dados para a certificação energética de edifícios já existentes. Isto é:

o a identificação e medições em obra dos elementos do edifício afectados pelo ganho e perda de energia;

o a verificação dos matérias utilizados na envolvente;

o a verificação dos equipamentos de ventilação e de produção das AQS (águas quente sanitárias),

o a verificação dos elementos responsáveis pelo sombreamento dos envidraçados;

o a introdução em folhas de calculo elaboradas para edifícios existentes, dos dados recolhidos em obra;

o a analise e interpretação dos resultados.

Sendo todos estes dados e resultados, rigorosamente analisados e corrigidos, pelo engenheiro José António Furtado Gomes.

Como referido anteriormente, o estagiário preparou então dados para a elaboração de projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, sendo este, ao todo em número de 14 e identificados a seguir por ordem de processo. É de referir que a identidade dos requerentes não será divulgada por questão de privacidade

 Ampliação de uma habitação unifamiliar – Vila Soeiro – Guarda  Construção de edifício unifamiliar – Manteigas

 Construção de uma oficina social – Vila Cortez do Mondego – Guarda  Construção de uma moradia unifamiliar - Açores – Celorico da Beira  Reabilitação de uma moradia unifamiliar – São Vicente – Guarda  Construção de uma moradia unifamiliar – Manteigas

 Ampliação de uma habitação unifamiliar – Muizela – Almeida  Ampliação de uma habitação multifamiliar (dois T3) – Manteigas  Construção de um edifício para comércio e habitação – Covilhã  Ampliação de um quartel de bombeiros – Soito – Sabugal

 Reconstrução e ampliação de uma moradia unifamiliar – Pinzio – Pinhel  Alteração e ampliação de edifício de habitação – Rapa – Celorico da Beira

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9 Relatório de estágio

 Alteração de edifício para sede de associação juvenil – Trinta – Guarda  Construção de um centro de convívio – Bairro da Luz – Guarda

A estes projectos acrescenta-se ainda a preparação de dados para emissão de certificados energéticos relativamente a oito fracções localizadas no lote 2 da quinta das 7 bicas.

Face à impossibilidade de apresentar todos os projectos realizados ao longo deste estágio, optou-se por fazer um resumo descritivo no capítulo III, das condições de aplicação do RCCTE e dos diversos passos para a execução de um projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE. Como exemplo, será apresentado em ANEXO I deste relatório, um projecto relativo à alteração e ampliação de um edifício de habitação e em ANEXO II o seu respectivo certificado energético.

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10 Relatório de estágio

CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE

Regulamento das características e comportamento térmico

dos edifícios

3.1 – Introdução

O novo Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, RCCTE, Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, permite:

 contabilizar de forma mais realista os consumos energéticos admitindo que uma parte significativa dos edifícios será dotada de equipamentos de aquecimento e de ar condicionado;

 fixar maiores exigências de qualidade da envolvente dos edifícios;

 fixar as condições ambientais de referência considerando:  temperatura interior;

 ventilação para renovação de ar e garantia de qualidade do ar;

 ser actualizado periodicamente uma vez que os requisitos específicos podem ser alterados, sempre que se considere oportuno, por portarias;

 ser aplicado à fase de licenciamento de forma a garantir que os projectos que recebam licença de construção satisfaçam integralmente os requisitos deste regulamento. Assim:

 aumenta as penalizações (pecuniárias e profissionais);

 aumenta as exigências de formação profissional dos técnicos.

No contexto internacional é consensual a necessidade de melhorar a qualidade dos edifícios (reduzir os seus consumos e a emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa),

(23)

11 Relatório de estágio

assim, este regulamento está de acordo com os compromissos assumidos por Portugal quando assinou o tratado de Quioto (redução das emissões de todos os sectores consumidores de energia, incluindo o residencial).

Esta legislação obedece aos objectivos da União Europeia que publicou, em Janeiro de 2003, a directiva 2002/91/CE relativa ao desempenho energético dos edifícios e que:

 Impõe aos estados membros o estabelecimento e actualização periódica de regulamentos para melhorar o comportamento térmico dos edifícios novos e reabilitados;

 Obriga a contabilizar as necessidades de energia para as águas quentes sanitárias com o objectivo de favorecer a penetração de sistemas colectores solares ou alternativas renováveis;

 Exigências de conforto térmico (aquecimento e arrefecimento);

 Exigências de ventilação (qualidade do ar interior);

 Necessidades de água quente sanitária;

 Minimizar as situações patológicas nos elementos de construção devidas à ocorrência de condensações superficiais e internas (durabilidade dos elementos de construção e qualidade do ar).

Este regulamento aplica-se a:

 novos edifícios de habitação;

 novos edifícios de serviços sem sistemas de climatização centralizados;

 cada fracção autónoma (cada uma das partes dotada de contador individual de energia, separada do resto do edifício por uma barreira física contínua e cujo direito de propriedade ou fruição seja transmissível autonomamente) e apenas aos espaços para os quais se exige condições interiores de conforto;

Sem dispêndio excessivo de energia

(24)

12 Relatório de estágio

 remodelações / alterações na envolvente ou nas instalações de água quente sanitária (custo > 25% do valor do edifício);

 às ampliações dos edifícios existentes, exclusivamente na nova área construída.

Não se aplica a:

 edifícios ou fracções autónomas destinadas a serviços, a construir ou a renovar, que se destinem a estar frequentemente abertos ao exterior e não sejam aquecidos nem climatizados;

 locais de culto;

 edifícios para fins industriais, afectos ao processo de produção;

 garagens;

 armazéns;

 oficinas;

 edifícios agrícolas não residenciais;

 intervenções de remodelação / recuperação / ampliação de edifícios classificados ou em zonas históricas, sempre que se verifiquem incompatibilidades com este regulamento.

(25)

13 Relatório de estágio

Competência para o licenciamento

licença de construção licença de utilização

É necessário entregar à entidade licenciadora aquando da apresentação da demonstração do cumprimento do Regulamento:

- Ficha de sumário de demonstração da conformidade regulamentar do edifício face ao RCCTE (Ficha 1 do Anexo VIII, do RCCTE);

- Levantamento dimensional e descrição das soluções construtivas (Ficha 2 do Anexo VIII, do RCCTE);

- Cálculo de Nic, Nvc, Nac e Ntc; Onde:

Nic – necessidades nominais de aquecimento Niv – necessidade nominais de arrefecimento

Nac – necessidade para a preparação de águas quentes sanitárias Ntc – necessidades nominais anuais globais de energia primária

- Ficha de comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos (Ficha 3 do Anexo VIII, do RCCTE);

Entidade ou técnico acreditado pelo sistema nacional de certificação de

energia de edifícios

Entidades licenciadoras – exigir a demonstração do cumprimento do RCCTE

declaração de conformidade regulamentar

(26)

14 Relatório de estágio

- Pormenores construtivos de todas as situações de ponte térmica, nomeadamente:  Ligação Fachada / Pavimento térreo;

 Ligação Fachada / Pavimento exterior ou sobre locais não aquecidos;  Ligação Fachada / Pavimento intermédio;

 Ligação Fachada / Cobertura inclinada ou terraço;  Ligação Fachada / Varanda;

 Ligação entre 2 Paredes Verticais;  Ligação Fachada / Caixa de Estore;

 Ligação Fachada / Padieira / Ombreira / Peitoril

- Termo de responsabilidade do técnico responsável pelo projecto;

- Declaração de conformidade regulamentar emitida por técnico ou empresa acreditada.

Responsabilidade pelo projecto e pela execução

Arquitecto (AO) Engenheiro (OE) Eng.Técnico (ANET)

3.2 – Disposições transitórias

Estas disposições estabelecem limite e condições de referencia para cumprir com o regulamento e se ter o dito conforto térmico interior.

3.2.1

Condições interiores de referência

- estação de Aquecimento: temperatura interior 20ºC;

- estação de Arrefecimento: temperatura interior 25ºC; Humidade relativa 50%; - taxas para a renovação de ar 0,6 RPH;

- consumo de água quente sanitária em edifícios de habitação 40l/pessoa/dia (a 60ºC).

Responsabilidade pela demonstração de conformidade de projecto com o RCCTE e pela execução da construção

(27)

15 Relatório de estágio

3.2.2

Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de

arrefecimento e de preparação de águas quentes sanitárias

 as necessidades de aquecimento máximas Ni, dependem do graus dias – GD, retirado do quadro III.1 do RCCTE, consoante o concelho onde se encontra o edifício e factor de forma que deve ser calculado pela seguinte expressão: = ∑

Na tabela 1 apresentam-se as expressões para o cálculo das necessidades de aquecimento máximas dependendo do valor do factor de forma obtido.

Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni

Ni (KWh/m2.ano) FF ≤ 0.5 4.5 + 0.0395 x GD 0.5 ≤ FF ≤ 1 4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD 1 < FF ≤ 1.5 [4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD] x (1.2 – 0.2 x FF) FF > 1.5 4.05 + 0.06885 x GD

 as necessidade de arrefecimento máximas - N , depende fundamentalmente da zona climática em que se encontra o edifício e estão definidas na tabela 2

Tabela 2- Valores de Nv Nv (KWh/m2.ano) Zona V1 Norte 16 Sul 22 Zona V2 Norte 18 Sul 32 Zona V3 Norte 26 Sul 32 Açores 21 Madeira 23

(28)

16 Relatório de estágio

 as necessidades para a preparação de aguas quentes sanitárias máximas, devem ser calculadas pela seguinte expressão: = , × × (kwh/m² ano)

onde:

é o consumo médio diário de referência de AQS é o número anual de dias de consumo de AQS

 as necessidades nominais anuais globais de energia primária são obtidas pela expressão: = 0,1 ×

ɳ × + 0,1 × ɳ × + × (kgep/m² ano)

onde:

é o factos de conversão energia útil para primária

η é a eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos sistemas de aquecimento e arrefecimento.

Estas devem ser inferior ao limite máximo necessidades nominais anuais globais de energia primária resultante da expressão: ≤ = 0,9 × (0,01 + 0,01 + 0,15 )

Quando o edifício não tiver previsto um sistema de aquecimento, de arrefecimento ambiente ou de aquecimento de águas sanitárias, considera-se para o cálculo de Ntc que:

- Sistema de aquecimento será obtido por resistência eléctrica;

- Sistema de arrefecimento será uma máquina frigorífica com eficiência (COP) de 3;

- Sistema de produção de AQS será um termoacumulador eléctrico com 50mm de isolamento térmico, em edifícios sem alimentação a gás, ou um esquentador a gás natural ou GPL, quando estiver previsto o respectivo abastecimento.

Valores dos requisitos mínimos e de referência das propriedades térmicas da envolvente

 Requisitos mínimos de qualidade (definidos nos nº 1 a 3 do Anexo IX, do RCCTE)  se t > 0,7 (ao elemento da envolvente interior aplicam-se os requisitos mínimos

relativos à envolvente exterior);

 Requisitos mínimos de referência que dispensam da verificação detalhada do RCCTE as moradias com Au≤Amv (definidos nos nº 4 do Anexo IX).

(29)

17 Relatório de estágio

3.2.3

Conversão de energia útil para energia primária

Utilizar-se-ão os seguintes factores de conversão Fpu entre energia útil e energia primária:

- Electricidade: Fpu = 0,290 Kgep/kWh;

- Combustíveis sólidos, líquidos e gasosos: Fpu = 0,086 Kgep/kWh.

Estes valores deverão ser afectados pela eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos sistemas de aquecimento e de arrefecimento, e , sob condições nominais de funcionamento, podendo ser adoptados, à falta de dados mais precisos, os valores da tabela 3:

Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos

Resistência eléctrica 1,00

Caldeira a combustível gasoso 0,87

Caldeira a combustível líquido 0,80

Caldeira a combustível sólido 0,60

Bomba de calor (aquecimento) 4,00

Bomba de calor (arrefecimento) 3,00

Máquina frigorífica (ciclo de compressão) 3,00

(30)

18 Relatório de estágio

3.3 – Metodologia de cálculo

3.3.1

Espaços com requisitos de conforto térmico

Consideram-se todos os espaços úteis interiores dos edifícios sujeitos à aplicação nominal das condições de referência.

Espaços aos quais não se aplicam as condições de referência e que não podem ser incluídos nos cálculos de Nic, Nvc e Ntc ou seja espaços considerados não úteis (locais não aquecidos).

- Sótãos e caves não habitadas, acessíveis ou não; - Circulações comuns (interiores ou exteriores);

- Varandas e marquises fechadas, estufas ou solários adjacentes aos espaços úteis; - Garagens, armazéns, arrecadações e similares.

3.3.2

Zonamento climático

O país esta dividido da seguinte forma:

Verão: V1, V2: V3

Inverno: I1, I2, I3

Na figura 3 seguinte, apresentam-se dois mapas do país divididos pelas zonas climáticas de inverno e verão respectivamente.

-Região Sul: Sul do rio Tejo. Lisboa, Odivelas, Cascais, Amadora, Loures, V. Franca de Xira, Azambuja, Cartaxo e Santarém,

Região Norte: Todas a zonas de Portugal continental excepto as pertencentes a região Sul

(31)

19 Relatório de estágio

Figura 3- Zonamento Climático de Portugal

Os dados climáticos de referência de Inverno e de Verão são os seguintes:

Nº Graus Dias de Aquecimento (na base de 20ºC), GD (ºC.dias) Inverno Duração da estação de aquecimento, M (meses)

Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a sul, Gsul

Temperatura exterior de projecto (ºC)

Verão Amplitude térmica média diária do mês mais quente (ºC) Valores médios da temperatura do ar exterior, ϴm (ºC)

Intensidade da radiação solar para cada orientação, Ir (kWh/m)

- Há alterações, em função da altitude das localidades, relativamente ao Zonamento do território e aos dados climáticos de referência.

(32)

20 Relatório de estágio

- Nos concelhos de Pombal, Leiria e Alcobaça, as localidades situadas numa faixa litoral de dez quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática I1 e apresentam os seguintes valores:

- GD: 1500 ºC.dia;

- Duração da estação de aquecimento: 6 meses.

- Nos concelhos de Pombal e Santiago do Cacém, as localidades situadas numa faixa litoral de 1quinze quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática V1 e apresentam os seguintes valores:

- Temperatura exterior de projecto: 31 ºC.dia;

- Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 10ºC.

- No concelho de Alcácer do Sal, as localidades situadas numa faixa litoral de dez quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática V2 e apresentam os seguintes valores:

- Temperatura exterior de projecto: 33 ºC.dia;

- Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 13ºC.

3.4

Método de cálculo das necessidades de aquecimento

3.4.1

Justificação da metodologia de cálculo

Relativamente ao valor de Nic:

 Não representa consumos reais, pois os seus ocupantes podem impor condições diferentes das de referência;

 Constitui uma forma objectiva de comparar o comportamento térmico de edifícios ou fracções autónomas;

 Quanto maior for o seu valor, mais frio será o edifício no Inverno, ou mais energia será necessário fornecer para o aquecer até uma temperatura confortável.

(33)

21 Relatório de estágio

O método de cálculo está definido de acordo com a Env ISO 13790 e considera que todo o edifício ou fracção autónoma será mantido permanentemente à mesma temperatura de referência (20°).

Necessidades nominais de aquecimento Nic, resulta do quociente entre, o somatório das perdas de calor por condução através da envolvente (Qt) com as perdas de calor resultantes das renovações de ar (Qv), menos os ganhos úteis (Qqu) e a área da fracção autónoma, como representado na seguinte expressão:

=( + − )

3.4.2

Perdas de calor por condução através da envolvente

As perdas de calor pela envolvente resultam de todas as perdas através de elementos físicos do edifício e são calculadas pela seguinte expressão:

Q = Q + Q + Q + Q onde:

Qext são as perdas por zonas correntes das paredes, envidraçados, coberturas, e

pavimentos em contacto com o exterior;

Qlna são as perdas por zonas das paredes, pavimentos e envidraçados em contacto com

locais não aquecidos;

Qpe são as perdas por paredes e pavimentos em contacto com solo;

Qpt são as perdas de calor pelas pontes térmicas.

3.4.3

Perdas de calor por zona correntes para o exterior

A) Elementos em contacto com o exterior

Todos os elementos em contacto com o exterior terão perdas de calor calculadas da seguinte forma:

(34)

22 Relatório de estágio

onde:

A é a área do elemento em contacto com o exterior medida pelo interior do edifício.

GD é o número de graus dias retirado do quadro III.1 do RCCTE.

U é coeficiente de transmissão térmica de um elemento – representa a quantidade de

calor que atravessa perpendicularmente, um elemento de faces planas e paralelas, por unidade de tempo e de superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário (°C) entre os ambientes que separa.

= 1

R

R é a resistência térmica de um material ou elemento construtivo.

R = R + e

λ+ R + R + R onde:

Rsi - resistência térmica superficial interior, Rse - resistência térmica superficial exterior,

Rar - resistência térmica do espaço de ar, e espessura da camada de

elementos homogéneos

λ - Coeficiente de condutibilidade térmica (W/m°C), característica dos materiais de construção que representa a quantidade de calor que atravessa perpendicularmente um metro desse material, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário (°C). Este valor pode ser fornecido pelo fabricante ou retirado ITE- 50 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

(35)

23 Relatório de estágio

B) Perdas de calor por condução para locais não aquecidos

Q = 0.024 × U × A × GD × τ (kwh)

São considerados locais não aquecidos armazéns, arrecadações, garagens, sótãos não habitados, escadas e corredores de acesso etc.

O coeficiente τ é determinado através da tabela 4 para o qual se necessita saber o tipo de local não aquecido de que se trata e do quociente entre Ai (área do elemento que separa o espaço útil do espaço não útil) e Au (área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior).

Tabela 4– Coeficiente τ

Ai – área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útil; Au – área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.

(36)

24 Relatório de estágio

A envolvente de separação destes espaços com os espaços aquecidos deverá satisfazer obrigatoriamente os requisitos mínimos definidos no Anexo IX (Umax e factor solar).

Os valores indicados aplicam-se a desvãos não habitados de coberturas inclinadas acessíveis ou não. Se forem acessíveis estes podem ter, quer não ter, qualquer uso quer ser utilizados como arrecadações os espaços técnicos. As características da ventilação baseiam-se nas definições que constam no Anexo II.

Nota: sempre que τ > 0,7 ao elemento que separa o espaço útil do espaço não útil aplicam-se os requisitos mínimos definidos no Anexo IX para os elementos exteriores (ver art. 16°)

3.4.4

Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo

As perdas de calor para o solo através de paredes ou do pavimento variam consoante certos parâmetros, sendo estes a diferença de nível entre a face superior do pavimento e a cota do terreno exterior podendo esta diferença ser positiva ou negativa. Outro factor que influencia estas perdas, é a existência ou não de isolamento térmico no elemento de separação entre o interior e o solo. No caso concreto de este elemento ser uma parede, o valor do coeficiente de transmissão térmica desta mesma, será também um agente condicionador das ditas perdas. Na figura 4 apresenta-se um esquema representativo das perdas para solo pela envolvente em geral.

Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral

Estas perdas são calculadas pela seguinte expressão:

Q = 0.024 × L × GD (kwh) onde:

(37)

25 Relatório de estágio

Lpe – perdas unitárias de calor.

Lpe = ∑ Ψ × B (W/°C)

Ψ – Coeficiente de transmissão térmica linear (W/m.°C), retirado da tabela 5 para pavimentos com isolamento térmico, a tabela 6 para pavimentos sem isolamento térmico e da tabela 5 para parede em contacto com o terreno. Estes valores dependem, para as paredes, do coeficiente de transmissão térmica e da diferença de cotas entre o pavimento e o solo natural exterior. No caso dos pavimentos Ψ depende da existência ou não de isolamento térmico e diferença de cotas entre o pavimento e o solo natural exterior.

Bj – Desenvolvimento do elemento em contacto com p terreno medido pelo interior

A. Pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico

Na figura 5 encontram-se ilustradas as perdas efectuadas pelos pavimentos em contacto com o terreno, e no seguinte quadro 5 os respectivos coeficientes das perdas.

Figura 5- Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico

Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico

z (m) Ψ (W/m.ᵒC) < -6.00 0 -6.00 a -1.25 0.50 -1.20 a 0 1.50 0.05 a 1.50 2.50

(38)

26 Relatório de estágio

B. Pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico

perimetral

Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral

Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral

C. Paredes em contacto com o terreno

Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno

z (m)

Ψ (W/m.ᵒC)

Resistência térmica do isolante – R (m2.ᵒC/W) 0.30 < R < 0.5 R ≥ 0.5

- 1.20 a 0.00 1.40 1.20

(39)

27 Relatório de estágio

Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno

3.4.5

Perdas de calor por condução através das pontes térmicas

As perdas de calor através das pontes térmicas devem ser calculadas através da seguinte expressão:

Qpt = 0,024 x Lpt x GD (kwh)

onde:

Lpt são as perdas lineares e unitárias de calor por °C de diferença de temperatura entre

os ambientes interior e exterior) através das pontes térmicas serão calculadas, em cada momento pela seguinte fórmula:

∑ Ψj x Bj (w/°C)

Dependendo Ψ do tipo de ligação entre os elementos podendo ser estes: A- Ligação da fachada com pavimentos térreos;

B- Ligação da fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou exteriores; C- Ligação da fachada com pavimentos intermédios;

D- Ligação da fachada com cobertura inclinada ou terraço; E- Ligação da fachada com varanda;

F- Ligação entre duas paredes;

G- Ligação da fachada com caixa de estores;

H- Ligação da fachada com padieira, ombreira, ou peitoril. z

(m)

Ψ (W/m.ᵒC)

Coeficiente de transmissão térmica da parede U (W/m2.ᵒC) 0.40 a 0.64 0.64 a 0.99 1.00 a 1.19 1.20 a 1.49 1.50 a 1.79 1.80 a 2.00 < - 6.00 1.55 1.90 2.25 2.45 2.65 2.75 -6.00 a -3.05 1.35 1.65 1.90 1.05 2.25 2.50 - 3.00 a -1.05 0.80 1.10 1.30 1.45 1.65 1.75 -1.00 a 0.00 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80

(40)

28 Relatório de estágio

Sendo ainda cada tipo classificado por: i - isolamento pelo interior. e - isolamento pelo exterior.

r - isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar das paredes duplas. Os valores de Ψ são obtidos através das tabelas apresentadas a seguir.

A. Ligação de fachada com pavimentos térreos

Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ai z (m) ep (m) 0.15 0.20 ≥ 0.25 0 a + 0.40 0.50 0.55 0.65 > + 0.40 0.65 0.75 0. 5

Figura 8 - Isolamento pelo interior

Tabela 9– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ae z (m) d (m) < 0 de 0 a 0.60 > 0.60 0 a + 0.40 0.60 0.30 0.15 > + 0.40 0.80 0.45 0.25

(41)

29 Relatório de estágio

Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ar z (m) ep (m) 0.15 0.20 ≥0.25 0 a + 0.40 0.45 0.50 0.60 > + 0.40 0.60 0.70 0.80

Figura 10- Isolamento repartido ou isolante na

caixa-de-ar de paredes duplas

Nota: Quando o pavimento térreo não tem isolamento térmico, os valores de Ψ das tabelas 6, 7 e 8 agravam-se em 50%.

B. Ligação de fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou

exteriores

Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.1

0.15m < em* < 0.30m

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m.

ep (m)

0.15 0.20 0.25 ≥0.35

0.55 0.65 0.75 0.60

(42)

30 Relatório de estágio

Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.2

0.15m < em* < 0.30m

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m.

ep (m)

0.15 0.20 0.25 ≥0.35

0.20 0.25 0.30 0.35

Figura 12 - Isolamento pelo interior

Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.1

* Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. d (m) em* (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0<d=0.30 0.40 0.45 0.50 0.55

Figura 13 - Isolamento pelo exterior Figura 2 - Isolamento pelo exterior

Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.2

* Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. d (m) em* (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0<d≤0.30 0.45 0.50 0.55 0.60

(43)

31 Relatório de estágio

Figura 15 - Isolamento repartido ou isolante na

caixa de ar de paredes duplas

Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.1

ep (m)

0.15 0.20 0.25 ≥0.35

0.60 0.65 0.70 0.80

Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.2

ep (m)

0.15 0.20 0.25 ≥0.35

0.50 0.55 0.60 0.70

Figura 16 - Isolamento repartido ou isolante na

(44)

32 Relatório de estágio

C. Ligação de fachada com pavimentos intermédios

Figura 17 - Isolamento pelo interior

Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ci

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. em* (m) ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.15 a 0.22 0.35 0.40 0.45 0.55 0.22 a 0.30 0.30 0.35 0.40 0.50 ≥0.30 0.25 0.30 0.35 0.45

Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf

Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf

Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ce

0.15m <em*<0.30m Ψsup = Ψinf = 0.10 W/m.ᵒC

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m.

Figura 18 - Isolamento pelo exterior

Nota: Ψsup = Ψinf

Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf

(45)

33 Relatório de estágio

Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Cr

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. em* (m) ep m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 ≥0.30 0.15 0.20 0.25 0.30

Figura 19 - Isolamento repartido ou isolante na

caixa-de-ar de paredes duplas Nota: Ψsup = Ψinf

Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf

Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf

D. Ligação de fachada com cobertura inclinada ou terraço

Figura 20 - Isolamento pelo interior da parede de fachada e pelo exterior da cobertura

Tabela 20– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Di

0.15m < em*<0.30m

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0 3 5 0.65 0.75 0.85 0.90

(46)

34 Relatório de estágio

Figura 21 - Isolamento contínuo pelo exterior

Tabela 21– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação De

0.15m < em*<0.30m

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m.

ep (m)

0.15 0.20 0.25 ≥0.35

0.35 0.45 0.50 0.55

Para isolamento não contínuo pelo exterior considerar os valores Ψ da tabela 22.

Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Dr ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.50 0.60 0.70 0.75

Figura 22 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo

(47)

35 Relatório de estágio

E. Ligação da fachada com varanda

Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para as situações Ei, Ee, Er

*Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. em* (m) ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.15 a 0.22 0.40 0.45 0.50 0.55 0.22 a 0.30 0.35 0.40 0.45 0.50 ≥0.30 0.30 0.35 0.40 0.45

Figura 23 - Isolamento pelo interior

Figura 24 - Isolamento pelo exterior

Figura 25 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas

Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf

(48)

36 Relatório de estágio

F. Ligação entre duas paredes verticais

Figura 26 - Isolamento pelo interior

Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m.

em* (m)

≤0.22 ≥0.22

0.20 0.25

Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m.

em* (m)

≤0.22 ≥0.22

0.10 0.15

Figura 27 - Isolamento pelo exterior

Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr

* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m.

em* (m) ≥0.22

0.20

Figura 28 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar

(49)

37 Relatório de estágio

G. Ligação da fachada com caixa de estore

Tabela 27 – Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Gi, Ge, Gr

Situação Ψ

Isolamento pelo interior 0 W/m.C Isolamento pelo exterior 0 W/m.C Isolamento repartido ou

isolante na caixa-de-ar de paredes duplas

0 W/m.ᵒC

Nota: A resistência térmica de isolante da caixa de

estore R, deve ser maior ou igual a 0.5 m2ᵒC/W.

No caso da caixa de estore apresentar uma configuração diferente da apresentada considerar Ψ=1W/mᵒC.

Figura 29 - Isolamento pelo interior

Figura 30 - Isolamento pelo exterior

Figura 31 - Isolamento repartido ou isolante na

(50)

38 Relatório de estágio

H. Ligação da fachada com, ombreira ou peitoril

Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Hi, He, Hr

Situação Ψ

Isolamento pelo interior 0 W/m.C Isolamento pelo exterior 0 W/m.C Isolamento repartido ou

isolante na caixa-de-ar de paredes duplas

0 W/m.ᵒC

Nota: Se não houver contacto do isolante

térmico com a caixilharia considerar o valor de Ψ=0.2W/mᵒ

C.

Em paredes duplas considera-se que há continuidade do isolante térmico quando este for complanar com a caixilharia.

Figura 32 - Isolamento pelo interior

Figura33 - Isolamento pelo exterior

(51)

39 Relatório de estágio

3.4.6

Perdas de calor por renovação do ar.

A necessidade de ventilar os espaços interiores de um edifício, está directamente associada ao conforto higrotérmico dos seus ocupantes. Através do metabolismo dos ocupantes, as actividades desenvolvidas, os equipamentos instalados, o ar interior, degrada-se na sua qualidade. Esta pode ser manifestada por cheiros, irritações, alergias, saturação, humidades e condensações etc. Esta necessidade de ventilar, para além do desconforto descrito, está na origem de diversas patologias na envolvente interior dos edifícios, provocadas pelo ar “saturado” interior, como bolores e fungos e a própria degradação dos materiais. As renovações de ar implicam assim uma perda de calor do interior edifício ou fracção para o exterior. A Energia necessária para compensar estas perdas durante toda a estação de aquecimento é calculada pela seguinte expressão:

Q = 0.024 × (0.34 Rph × Ap × Pd) × GD(kwh) onde:

Ap é a área da fracção autónoma Pd é o pé direito médio ponderado GD é o número de graus dias

Rph é o número de renovações horárias do ar interior (h-1)

Se o edifício dispuser de sistemas mecânicos de ventilação teremos de adicionar a energia dispendida para compensar as perdas por renovação de ar, a energia dispendida pelos ventiladores Ev, calculada pela seguinte expressão:

Ev = Pv x 24 x 0,03 M

onde:

Pv é soma das potências eléctricas de todos os ventiladores (W) M é duração média da estação convencional de aquecimento (meses)

(52)

40 Relatório de estágio

Ventilação natural

O cálculo da taxa de renovação horária nominal Rph, baseia-se na hipótese de que o edifício ou fracção possui características para garantirem um valor mínimo de Rph = 0,6h-1. Sempre que o edifício esteja em conformidade com a norma NP 1037-1 consideramos Rph = 0,6 h-1.

Para os edifícios que não estejam em conformidade com a norma NP 1037-1 determinar-se-á a sua classe de exposição recorrendo ao quadro 1 e tendo em consideração a:

1. Região na qual se encontra o edifício em estudo:

1.1. Região A - Todo o território nacional com excepção dos locais pertencentes a região B

1.2. Região B - Regiões autónomas dos Açores e Madeira e as localidades situadas numa faixa de 5 km de largura junto à costa e os locais de altitude superiores a 600m

2. Rugosidade do terreno:

2.1. Rugosidade I – Edifícios no interior de uma zona urbana

2.2. Rugosidade II – Edifícios situados na periferia de uma zona urbana ou numa zona rural

2.3. Rugosidade III – Edifícios situados em zonas muito expostas

3. Altitude acima do solo (medida do solo até a meio da altura do envidraçado) podendo ser assim:

3.1. Menor que 10m 3.2. De 10m a 18m 3.3. De 18 a 28m 3.4. Superior a 28m

(53)

41 Relatório de estágio

Uma vez determinada a classe de exposição do edifício, a classe de permeabilidade ao ar das caixilharias e consoante a existência ou não de dispositivos de admissão na fachada e de caixa de estore, retiramos do Quadro 3 o valor Rph.

Por exemplo, para uma moradia situada em plena cidade da Guarda, com dois pisos, a uma altitude de 920m, com caixa de estore e caixilharia de classe 1, o valor de Rph será determinado seguido os passos do quadro 3:

Quadro 3 – valores de Rph

 A este valor será acrescido 0,1 se a área de envidraçados do edifício em estudo for superior a 15 % da sua área útil.

 No caso de todas portas do edifício estarem bem vedadas por aplicação de borrachas ou equivalente em todo o seu perímetro, o valor retirado do Quadro IV.1 poderá ser diminuído de 0,05.

(54)

42 Relatório de estágio

Ventilação mecânica

A taxa de renovação horária é calculada com base no caudal de ventilação médio que será o maior entre o caudal insuflado (Vins) e caudal extraído de edifício (Vev).

Mesmo em presença de ventilação mecânica, a ventilação natural continua a estar presente. Para se desprezar a ventilação natural é necessário que a diferença entre o caudal insuflado e o caudal extraído mecanicamente seja superior a:

 Edifícios com exposição 1 0,10h-1  Edifícios com exposição 2 0,25h-1  Edifícios com exposição 3 ou 4 0,50h-1

Se não for desprezável, o valor de Rph passa a ser calcula pela seguinte expressão:

ℎ = +

A partir do gráfico representado na figura 30 e fazendo a intersecção entre a classe de exposição e a taxa, obtida pelo quociente entre, a diferença do volume insuflado com o volume extraído e o volume total da fracção ( )/ , retira-se o valor de / .

Referências

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