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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Associação Académica - Secção de Futebol (Coimbra)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Hugo José Gouveia Freitas julho

1

2019

(2)

Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto

Relatório de Estágio

Hugo José Gouveia Freitas

Guarda 2018/2

(3)

I

Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto

Relatório de Estágio

Relatório elaborado no âmbito do 3º ano da Licenciatura em Desporto -

Menor de Treino Desportivo, da Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, com vista à

obtenção do grau de Licenciado em Desporto

Hugo José Gouveia Freitas

Guarda 2018/2019

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II

Ficha de Identificação

Instituição Forma: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50, 6300-559 Guarda

Telefone: 271220135/ 271220111 Fax: 271222325

Entidade Acolhedora: Associação Académica de Coimbra - Secção de Futebol Morada: Rua Padre António Vieira, 3000-315, Coimbra

E-Mail: futebol@academica.pt Contacto: 239410400

Coordenador de Estágio: Prof. Especialista António Albino Contacto: tobino@ipg.pt

Tutor na Entidade de Acolhimento: Luís Carlos Martins Valadas Grau de Treinador: Grau II

Número de

Estagiário: Hugo José Gouveia Freitas Curso: Desporto

Menor: Treino Desportivo Número de aluno: 5008922

Início do Estágio: 28/09/2018. Fim do estágio: 20/06/2019

(5)

III

Resumo

Este documento retrata o trabalho executado por mim no estágio curricular na modalidade de futebol, inserido no 3ºano da Licenciatura em Desporto do Instituto Politécnico da Guarda. Este mesmo foi desenvolvido na Associação Académica de Coimbra- Secção de Futebol e teve duração de dois semestres letivos.

No decorrer deste processo desempenhei funções como: treinador adjunto, delegado de jogo da equipa de iniciados A e colaboração na organização de torneios de traquinas. De modo geral as minhas competências eram mais em torno do planeamento e intervenção nas sessões de treino com maior preponderância na ativação funcional, mas também na fase fundamental com o decorrer da época, com elaboração de planos de treino e respetivos relatórios. Nos momentos de competição ficava responsável pela filmagem e análise de desempenho da equipa.

No decorrer da época pude acompanhar a equipa em quase todos os momentos de treino e de competição o que me permitiu aplicar os mais diversos conhecimentos adquiridos ao longo dos 3 anos de licenciatura.

(6)

IV

Índice

Ficha de Identificação ... II Resumo ... III

1.Introdução ... 1

2. Caracterização da entidade acolhedora ... 3

2.1 Recursos Humanos e materiais: ... 5

3. Objetivos de estágio ... 7 3.1 Objetivos: ... 8 3.2 Objetivos Gerais: ... 8 3.3 Objetivos Específicos: ... 8 4. Planeamento do estágio ... 9 5. Áreas de intervenção ... 12 6. Fases de intervenção ... 13

7.Atividades desenvolvidas nas diferentes fases de estágio ... 17

7.1Ficha de Atleta ... 18 7.2 Planeamento do treino ... 19 7.3 Unidade de treino ... 19 7.4 Relatórios de treino ... 20 7.5 Relatório de jogo ... 21 7.6 Filmagem ... 22

7.7 Auxílio na organização de vários torneios ... 22

7.8 Questionário ICPD ... 23

7.9 Ficha constituição Plantel ... 24

7.10 Observação Final de época... 25

7.11 Observação da diferença de prestação da época anterior para a atual ... 26

7.12 Projetos de estágio ... 27

7.13 Quadro síntese do trabalho efetuado... 29

8.Atividades Complementares ... 31 Congresso de futebol: ... 32 9. Reflexão Final ... 33 11. Anexos ... 38 10.1 Convenção de Estágio ... 39 10.2 Calendário Competitivo ... 41

(7)

V

10.3 Ficha de atleta ... 42

10.4 Plano de treino (exemplo) ... 44

10.5 Relatório de Jogo ... 45

10.6 Questionário IPDC ... 46

10.7 Plantel ... 48

10.8 Observação final de época ... 49

10.9 Fotos “Training camp fifa 19”... 52

10.10 Certificado congresso Futebol ... 53

10.11 Quadro síntese ... 54

Índice de tabelas e figuras

1.Emblema da AAC-SF ... 5

2.Recursos materiais ... 5

3.Constituição equipa técnica ... 6

4.Horário semanal ... 10

5.Calendário de treinos e competição ... 11

6.Ficha de Atleta ... 18

7.Relatórios de treino... 20

8.Relatório de jogo ... 21

9.Questionário ICPD ... Erro! Marcador não definido. 10.Ficha constituição Plantel ... 23

11.Observação Final de época ... 25

13.Projetos de estágio ... 27

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1

1.Introdução

O presente documento foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Estágio, menor de Treino Desportivo, do 3º ano da licenciatura em Desporto do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O estágio curricular é uma ferramenta de aproximação entre os conteúdos teórico-práticos adquiridos nas unidades curriculares e a realidade do mundo do trabalho no qual seremos inseridos após a conclusão da licenciatura e tendo isto em conta optei pela modalidade de futebol, pois a paixão por este desporto surgiu desde muito cedo, ainda criança, sonhava e desejava ingressar no meio desportivo o que me fez optar por esta licenciatura e menor de Treino Desportivo.

A entidade acolhedora de estágio foi a Associação Académica de Coimbra- Secção de Futebol no primeiro escalão de competição, Iniciados (atletas entre os 13 e 14 anos), equipa que compete na primeira fase da série A do campeonato regional de iniciados da Associação de Futebol de Coimbra. Nas reuniões iniciais com o Coordenador da Associação Académica de Coimbra- Secção de Futebol, Sr. José Viterbo, foi delineado o meu processo ao longo do ano em relação ao acompanhamento desta equipa e onde poderia pôr em prática os conhecimentos adquiridos na licenciatura o que me cativou

desde início.

Inicialmente, o meu papel seria somente de observação o que não se verificou, pois após as primeiras duas semanas a restante equipa técnica demonstrou interesse em incluir-me por completo nos processos de treino e de planeamento do mesmo, o que me surpreendeu muito pela positiva e me deu ainda mais motivação para explorar ao máximo o meu potencial ao trabalhar em conjunto com este clube onde a paixão pelo futebol e pelo próprio clube ecoam pelo país inteiro.

O objetivo da equipa definido pela direção seria a melhoria geral dos atletas em termos de performance e capacidades básicas que não eram dominadas por grande parte dos atletas devido aos poucos, ou nenhuns, anos de prática. Este objetivo visava ser alcanço sem a pressão relacionada com os resultados nos torneios, pois o clube tem como principal foco a formação das camadas jovens e não propriamente os resultados por elas obtidos nas camadas jovens.

(9)

2 As atividades desenvolvidas neste estágio englobaram o planeamento das sessões de treino e a sua aplicação direta com a equipa sob meu comando ou em conjunto com a restante equipa técnica, acompanhamento da equipa nos jogos e registo em formato de vídeo para posterior análise e por fim a realização de uma atividade lúdica em conjunto com o coordenador de formação que com os bons resultados me convidou para organizar algumas jornadas e torneios da competição de Traquinas da Associação de futebol de Coimbra.

Este documento é composto por várias secções, sendo elas: Introdução; Caracterização da entidade acolhedora, Objetivos e planeamento de estágio, fases de intervenção, atividades desenvolvidas nas diferentes fases de estágio e reflexão final. Ao longo do presente documento irei salientar todos os pormenores de cada fase de estágio, apresentarei também as atividades desenvolvidas ao longo da época, através de reflexões e relatórios exporei a minha experiência enquanto estagiário.

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3

(11)

4 De acordo com a informação disponibilizada no site oficial do clube, podemos referir que a Associação Académica de Coimbra (AAC) foi fundada em 1887, tendo por base uma organização amadora constituída por estudantes universitários.

Foi nessa altura que os estudantes de Coimbra se começaram a interessar pela prática da modalidade, incluindo-a nas atividades por si desenvolvidas e integrando-a numa das secções da AAC – caracterizadas pelo desporto amador. Assim criou-se a equipa de futebol dos estudantes de Coimbra, tendo ficado conhecida anos mais tarde como “Briosa”. Em 1914, com o aumento da popularidade da modalidade e com o aparecimento de algumas equipas, dá-se a criação da União Portuguesa de Futebol (atual Federação Portuguesa de Futebol) e com isso a organização de competições tanto a nível nacional como distrital, onde a AAC se inseriu ao longo dos anos

Com o passar dos anos, o Futebol começa-se a profissionalizar, não só devido ao aumento de equipas e com isso o aumento da competitividade, a Académica tentou acompanhar esta profissionalização – onde já se verifica a transferência de jogadores entre clubes- sendo criada a “lei dos estudos”, que facilitava as transferências de jogadores para o clube desde que estes continuassem a estudar. Os restantes membros da AAC, pertencentes a outras secções, sentiram-se injustiçados perante esta profissionalização da secção de Futebol e juntando a isso a instabilidade politica que se fazia sentir na altura, decorrente do 25 de Abril e da tomada de posse por uma nova direção da AAC, foi proposta e aceite a extinção desta secção, devido ao não cumprimento dos princípios amadores que regiam todas as 3 outras. No entanto, em 1977, foi reativada a secção de Futebol para permitir aos alunos continuar a praticar, de forma amadora, a modalidade em competições federadas. Assim foi fundado o clube onde me encontro a realizar o meu Estágio: Associação Académica de Coimbra – Secção de Futebol (AAC-SF).

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5

Emblema da equipa:

1.

2.1 Recursos Humanos e materiais:

Em termos de recursos humanos a A.A.C-SF encontra-se muito bem estruturada com um vasto leque de cargos direcionados para todas as diferentes funções necessárias para um bom funcionamento interno consolidado com uma boa organização estrutural.

Todas as equipas de formação são compostas por um treinador, um adjunto acompanhado sempre de um team manager e um assessor que lhes cabem as funções logísticas e organizacionais da equipa assim como a comunicação com a direção do clube e encarregados de educação dos atletas. Os atletas são também acompanhados medicamente e nutricionalmente de modo a que estejam sempre saudáveis e predispostos para a prática desta modalidade. Em termos de matereais:

Materiais Quantidade Nível de conservação

Equipamentos de jogo 20 Bom

Equipamentos de treino 2 por atleta Bom

Bolas oficiais de jogo 9 Bom

Bolas para treino 20 Bom

Balizas de futebol 11 2 Bom

Balizas de futebol 7 4 Bom

Balizas pequenas 8 Razoável

Sinalizadores 60 Bom

Cones grandes 10 Bom

Escadas de habilidades 2 Bom

Cantis 20 Bom

Coletes 30 Bom

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6

ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA SF INICIADOS A 2004 2018/19

DEPARTAMENTOS:

3.Constituição equipa técnica

Nota: Todos os constituintes acompanham a evolução da equipa nos treinos e jogos como

também nos contextos adjacentes como o contexto escolar e social em que estão inseridos os atletas de modo a que se possa sempre obter o melhor acompanhamento possível a todos os níveis trabalhando em conjunto com os treinadores, team manager e assessor da equipa.

TREINADORES

Pedro Soares (Principal) João Santos (Adjunto)

Hugo Freitas TEAM MANAGER Luís Santos Pagamento de mensalidades Logística (jogos / torneios)

Estatística Patrocínios Organização e gestão de

processos /atletas Relações com AFC / Direção

ASSESSORA Patrícia Vicente Gestão de Equipamentos Escalonamento de Seguranças Controlo de assiduidade / exames médicos SAÚDE Armando Marques (Enfermeiro) NUTRIÇÃO Drª Élia Baptista (Nutricionista) EVENTOS, MERCHANDIS ING Luís Nunes Patrícia Vicente CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE “A AAC SF diz presente”

Susana Vasa Sandra Silvestre Carla Santa SEGURANÇAS Luís Nunes António Monteiro Paulo Jerónimo Paulo Rachinhas Paulo Silvestre

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7

(15)

8

3.1 Objetivos:

Os objetivos apresentados abaixo vão de encontro aos objetivos presentes no Guia de Funcionamento da Unidade Curricular (GFUC) sendo estes discutidos com o tutor da instituição como também com o docente coordenador de estágio de modo a que sejam alcançáveis e adaptados à realidade da entidade acolhedora.

3.2 Objetivos Gerais:

• Caracterizar a entidade acolhedora de estágio; • Identificar os potenciais de intervenção;

• Desenvolvimento das competências na área do treino desportivo que possibilitem o aumento da intervenção com os atletas;

3.3 Objetivos Específicos:

• Participar ativamente nos momentos de treino e competição; • Analisar e avaliar da performance da equipa a nível de competição;

• Participar no planeamento e reajustamento das sessões de treino nas diferentes fases após a análise e avaliação de performance em competição e nas sessões de treino;

• Adquirir competências de cooperação e responsabilidade no comando da equipa durante o processo de treino e competição.

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9

4. Planeamento do estágio

Tendo em conta que esta equipa se insere num contexto competitivo a nível distrital na associação de futebol de Coimbra onde participam outras 11 equipas sendo a 1ª fase de competição composta por 22 jogos sem nenhum fim de semana de descanso. (calendário anual em anexo)

A equipa insere-se num contexto de pré competição com alguns jogadores no seu primeiro contacto com a modalidade em termos competitivos o que tornou um pouco mais difícil a interação com o treinador e outros colegas que já possuíam maior experiência, sendo este um dos principais objetivos a melhorar pela equipa, assim como os aspetos individuais como a perceção do jogo e relação com a bola, uma vez que alguns destes não aperfeiçoaram os conceitos e habilidades básicas tais como o passe e remate e condução de bola.

A direção tinha, para esta equipa, o objetivo concluir a 1ª fase de competição entre o 2º e o 6º classificado para motivar os atletas a melhorar para a 2ª fase e assim conseguir progredir para a seguinte fase numa melhor posição possível, visto que na próxima época este escalão irá sofrer alterações a nível de estrutura e organização em termos competitivos.)

A equipa no qual estive inserido treina 3 vezes por semana, sendo os dias de treino à terça, quinta e sexta feira, apenas estive presente nos treino de quinta e sexta feira, uma vez que tendo aulas na Guarda não me era possível deslocar até Coimbra e voltar no mesmo dia, pois não possuo veículo e todas as deslocações eram realizadas de comboio ou autocarro. O horário semanal divide-se em três ou quatro dias dependendo da possibilidade de ter, quinta feira das 18:00 às 21:30, sexta feira das 17:00 às 20:30 e domingo dia de jogo, variando a hora consoante a deslocação a fazer até ao local de jogo o que poderia demorar entre os 15 a 45 minutos gastos em deslocação e posterior tempo de jogo e viagem de regresso.

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10 4.Horário semanal:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Horário e Local Aulas Guarda Aulas Guarda Aulas Guarda Aulas 18h-20h Coimbra Folga/Traqui nas Jogo casa/fora 19h-21h Coimbra

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Calendário de Treinos e jogos da 1ª fase do Campeonato (5.)

Legenda:

Nota: Devido à classificação atingida não permitir a passagem para a segunda fase do campeonato, o calendário comtempla apenas a competição na qual participou a equipa.

treino treino Jogo C. jogo em casa Jogo F. jogo fora

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5. Áreas de intervenção

A minha maior intervenção esteve ligada principalmente aos momentos de treino e jogo, pois permitiram um contato direto com os atletas e treinadores, nos quais adquiri autonomamente competências necessárias para condução de diversos momentos de treino e jogo. Esta aquisição só foi possível devido aos conhecimentos teóricos aprendidos nas unidades curriculares de Pedagogia e Didática, as quais foram ferramentas imprescindíveis na fase inicial desta aprendizagem prática e implementação de conceitos teóricos. O fato de estar presente e incluído nos momentos de ativação funcional com os jogadores das diferentes posições permitiu uma maior plasticidade em termos de intervenção.

Na parte fundamental das sessões de treino procurei interagir com os atletas e treinadores, tendo por base o objetivo de melhorar a intervenção com os atletas e a exposição de feedbacks, visando melhorar a performance geral da equipa e consequentemente motivando os atletas a melhorar. É importante referir que o planeamento de sessões de treino é feito previamente pela equipa técnica principal e sempre de acordo com a prestação da semana anterior, com o intuito de aumentar a prestação dos atletas, e a sua motivação para treinar mais e melhor.

Na parte final de retorno à calma procurei visar a importância dos alongamentos objetivando a diminuição do risco de lesão e intervim no feedback individual e coletivo acerca do treino e mostrar de que modo poderiam melhorar nos treinos seguintes ou até alterando os esses mesmos treinos para que fossem melhorados os aspetos negativos dos mesmos.

Em termos de competição consegui, na maior parte das vezes, realizar uma observação direta do jogo transmitindo os aspetos a melhorar ao treinador no intervalo e no final do jogo, para que fosse possível corrigir os comportamentos dos atletas em campo e recomendando trabalhar nos treinos seguintes as falhas que foram vistas no desempenho da equipa

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13

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14

1ªfase- Fase de integração e Planeamento

Após a realização da primeira fase de intervenção de estágio realizada entre o dia 28 de setembro de 2018 e o dia 31 de outubro do mesmo ano obtive melhores resultados do que estava a espera, uma vez que a minha receção na instituição foi muito boa e a minha integração foi muito facilitada tanto pelos treinadores como pelo assessor da equipa. Dando como terminada a primeira fase de estágio consigo estar completamente satisfeito pela minha integração na equipa técnica que se mostrou sempre pronta a ajudar em todas as ocasiões. O único principal obstáculo nesta primeira fase foi a obtenção de um tutor de estágio, uma vez que aquele que me foi atribuído pela instituição não recolhia os requisitos mínimos para a tutoria do estágio, assim sendo tive que dirigir-me ao gabinete de estágios para que me fossem facultados novos documentos para preenchimento por parte da instituição acolhedora, tutor de estágio e orientador de estágio, de modo a que fosse oficializado o início do estágio.

Deparei-me com outros obstáculos de menos amplitude, tais como problemas de logística, perda de alguns dias de treino e jogo causados pela passagem do furacão na cidade de Coimbra que provocou danos matérias ao clube, que requereram uma maior atenção por parte do clube, de forma a que fossem criadas soluções para essas situações, como por exemplo a obtenção de novos locais de treino. Este conjunto de obstáculos resultou na falta de preenchimento e entrega dos documentos referentes ao estágio.

Tendo sido este o único entrave para a oficialização do estágio, foi uma fase de observação, adaptação e integração no grupo de trabalho, com muito trabalho feito em casa para que fosse mais fácil a integração no grupo que já estava junto há alguns anos, mas que foi facilitada pelo facto do treinador e respetivo adjunto serem também novos na equipa, o que nos permitiu trabalhar em conjunto e ficarmos em sintonia com a equipa. Os objetivos de estágio foram concebidos em sintonia com o meu coordenador de estágio e o tutor inicial, estes foram mantidos com o novo tutor uma vez que correspondiam às necessidades da equipa e também aos objetivos autopropostos no início de estágio para que pudesse desenvolver as minhas capacidades e aprender com profissionais da área. A minha intervenção com a equipa nos treinos e nos jogos foi muito facilitada e a intervenção foi muita, mesmo nesta fase inicial, graças aos membros da equipa técnica

(22)

15 que me apoiaram e fizeram passar por mim todas as decisões que eram tomadas para a equipa, fazendo com que me sentisse parte da equipa técnica desde cedo. Também com atletas foi muito fácil a adaptação, pois são um grupo muito unido e acolhedor, que demonstrou muita vontade em aprender com os novos treinadores e estiveram sempre muito recetivos à minha entrada na equipa técnica.

2ªfase- Fase de Intervenção

Esta fase de estágio, realizada entre o dia 1 de novembro de 2018 e o dia 21 de maio de 2019, considerada a mais importante, sinto-me confiante para dizer que foi neste espaço de tempo que obtive as melhores experiências, tanto a nível de realização pessoal como profissional na modalidade, uma vez que pude acompanhar de perto a evolução e aumento de prestação da equipa.

De destacar nesta fase, a intervenção com a equipa onde coloquei em prática muitas tarefas com base nos conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares de Futebol I e II, Desenvolvimento Motor e Psicomotricidade, Teoria e Metodologia do Treino, entre outras. Com a realização de relatório das sessões de treino e momentos de jogo foi-me possível refletir bastante, pois com estes relatórios pude concluir que conduzir de forma autónoma, seja uma sessão de treino ou momento de competição, é muito mais que comandar atletas.

Nesta fase pude estar presente em sessões de treino da equipa na qual estava inserido, mas também tive oportunidade de observar treinos da equipa B do mesmo escalão e ainda de referir o convite feito pelo Coordenador de Futebol de 7, treinador Mário Lima, para organizar autonomamente, por 3 vezes torneios com os escalões de Traquinas para a Liga Distrital Traquinas Sub-9. Esta atividade tornou-se muito enriquecedora não só como treinador mas também como organizador e promotor do desporto, pois com a participação na organização destes torneios consegui observar diferentes metodologias em cada equipa e quais os efeitos que produzem nos atletas mais novos e perceber também que o futebol é mais que um desporto, é um elo de ligação entre atletas, treinadores e dirigentes o que permite aos miúdos crescer num ambiente favorável e enriquecedor.

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16 Um dos maiores obstáculos desta fase foi o despedimento do meu tutor de estágio, algo que aconteceu sem qualquer partilha de informação por parte da direção e só foi transmitida a informação aquando da entrega da avaliação intercalar. Sendo o meu tutor o único elemento que recolhia os requisitos mínimos para poder exercer o cargo de tutor o que tornou o processo burocrático muito mais difícil mais uma vez, visto que este assunto de atribuição de tutor de estágio já teria sido dificultado inicialmente com alguns mal-entendidos, só após um mês é que me foi atribuído outro tutor de estágio com o qual a comunicação é quase impossível, pois os momentos de treino da equipa no qual estava inserido não coincidiam.

Contudo esta fase foi muito enriquecedora a todos os níveis desde a intervenção autónoma nos momentos de treino até a ida para o banco nos momentos de jogo como treinador principal e poder comandar a equipa até a vitória nesses momentos, foi uma experiência incrivelmente motivadora.

3ªfase- Fase de conclusão e avaliação

Nesta fase do meu estágio, a fase final, (realizada entre 1 de junho de 2019 e 26 do mesmo mês) tenho a total certeza que me tornei um melhor profissional e cresci não só nesta dimensão, mas também a nível pessoal. Com a realização do meu relatório de estágio pude perceber que muitas das tarefas realizadas por mim foram realizadas com sucesso o que me deixa muito satisfeito.

Com o fim do estágio considero que a parte mais difícil desta etapa, foi mesmo a despedida da equipa na qual criei muitos laços, nomeadamente com a equipa técnica, com os atletas e também com os pais, devo a todos um grande agradecimento pelo especial acolhimento que tive.

Fiquei também surpreso pela abordagem do coordenador geral, Sr. José Viterbo, acerca da possibilidade de continuar a trabalhar com a entidade acolhedora e fazer parte da equipa técnica de uma das equipas da formação, algo que me deixou extremamente concretizado, pois percebi que o papel desempenhado por mim foi realmente positivo na equipa.

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7.Atividades desenvolvidas nas diferentes

fases de estágio

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18 No seguimento do documento irei salientar as atividades desenvolvidas por mim neste período de estágio, estas atividades englobam as requisitadas pelo Guia de Unidade Curricular e outras que tomei iniciativa de realizar por achar que seria enriquecedor para mim enquanto estagiário, mas principalmente para o desenvolvimento da equipa não só em termos de evolução competitiva, mas também no crescimento e evolução individual de cada atleta.

Abaixo são mencionadas, em pormenor, as atividades desenvolvidas como: Ficha de atleta, Planeamento do treino; Unidade de treino; Relatórios de treino; Relatório de jogo; Filmagem; Auxílio na organização de vários torneios; Questionário ICPD; Ficha constituição Plantel; Observação Final de época; Observação da diferença de prestação da época anterior para a atual; Projetos de estágio.

7.1Ficha de Atleta

A ficha de atleta foi elaborada na unidade curricular de Planificação de Treino do 2ºano da licenciatura, na qual se pretende obter as informações imprescindíveis do atleta para um melhor e mais fácil planeamento do treino, e também com o intuito de perceber o historial do jogador em termos familiares, clínicos e dados escolares.

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7.2 Planeamento do treino

Segundo Bañuelos (1983) o planeamento de treino é o processo segundo o qual o treinador procura prever o futuro sendo o responsável pelo delinear de vias de ação de modo a conduzir a equipa ao êxito.

Para Matvéiev (1997) a periodização é composta por vários aspetos, desde o aspeto físico, psicológico, técnico e tático para obtenção dos melhores resultados tendo o atleta de reunir todos estes para que este se possa considerar em forma.

O planeamento dos treinos era elaborado em conjunto com toda a equipa técnica e feito através de microciclos semanais, de modo a que houvesse sempre atenção a todos os detalhes dos microciclos anteriores e também com o foco na prestação da equipa nos momentos de jogo. Neste processo de planeamento a minha intervenção foi reduzida numa fase inicial devido à minha situação de observação de treino, mas com o decorrer do tempo fui tendo mais oportunidades de intervir neste processo e pude contribuir com a apresentação das observações das sessões anteriores.

7.3 Unidade de treino

Todos as unidades de treino foram planeadas previamente pelo treinador principal, sendo que este as partilhava previamente de modo a que restante equipa pudesse opinar sobre o mesmo e assim chegar à melhor unidade de treino possível.

Para a elaboração das unidades de treino o treinador principal, Pedro Soares recorria a uma base de treinos própria, criada com exercícios elaborados com sucesso em épocas anteriores e com a articulação dos restantes membros da equipa técnica, os momentos de discussão de ideias acerca das diferentes fases de treino eram muito enriquecedores, pois o foco principal de atenção era tornar cada treino um espaço de aprendizagem e trabalho mas também um espaço agradável no qual os atletas se sentissem motivados, sentissem o amor pelo desporto e pela prática da modalidade.

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7.4 Relatórios de treino

No decorrer das sessões de treino foi-me possível tirar notas acerca do comportamento dos atletas nos diferentes exercícios executados, bem como analisar diretamente a sua prestação de modo a poder salientar os pontos positivos e negativos de cada momento do treino e assim proceder à adaptação das sessões seguintes para melhorar a cada treino. Algumas destas notas estão presentes nos relatórios de treinos integrados no dossier de estágio e outras eram facultadas diretamente ao treinador no final do treino. (anexo)

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7.5 Relatório de jogo

No decorrer de cada jogo, em conjunto com o treinador adjunto era realizado um relatório em forma de grelha de observação (anexo). Neste relatório eram registados os minutos jogados por cada atleta, golos e respetivo contexto, cartões, as ações de bola parada da própria equipa e da equipa adversária e foras de jogo. Após o jogo eram analisados os dados pela equipa técnica e apontados os pontos positivos e negativos.

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7.6 Filmagem

Muitos dos jogos, nos quais não fui para o banco de suplentes como adjunto ficava encarregue de fazer a filmagem do jogo a partir da bancada. Não foi possível realizar a filmagem de todos os jogos devido à ausência do material necessário, questão que não dependia de mim.

Após a visualização das filmagens eram discutidos os melhores lances do jogo, a eficácia dos exercícios realizados na construção de jogo e na organização defensiva para que se pudesse melhorar na semana seguinte de trabalho, esta discussão era feita de forma informal por parte da equipa técnica. Muitas das vezes eram selecionados, pelo treinador principal, que era o portador das filmagens, alguns dos melhores ou piores momentos para mostrar aos atletas no treino de terça-feira no qual não estava presente.

7.7 Auxílio na organização de vários torneios

A convite do coordenador da formação, treinador Mário Lima fiz parte da organização de vários torneios no Campo de Santa Cruz aos sábados de manhã e de tarde, nos quais me foram destinadas as tarefas de secretariado e arbitragem dos jogos.

Alguns dos torneios em questão fazem parte do Campeonato Distrital de Traquinas no qual as equipas de traquinas estão a competir e outros apenas torneios amigáveis com caráter competitivo mais baixo.

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7.8 Questionário

ICPD

Devido a impossibilidade de realizar a avaliação da aptidão física, respetiva prescrição e controlo de resultados, propus ao treinador principal a realização de um questionário no qual fosse possível perceber em termos psicológicos quais os fatores que mais influenciavam a prestação dos atletas nos treinos e na competição.

O questionário aplicado foi o Inventário de Competências Psicológicas no Desporto (ICPD) que é uma versão traduzida adaptada do «Psychological Skills Inventory for Sport» (Mahoney, 1987; Mahoney, Gabriel & Perkins, 1987, citado por Cruz, 1993). Este questionário é composto por seis escalas com finalidade de avaliar as dimensões mais importantes para rendimento desportivo desde o controlo da ansiedade, a motivação, a autoconfiança e a concentração.

Não foi possível concluir o tratamento de dados do questionário devido à falta de assiduidade e responsabilidade de alguns atletas, pois o questionário foi entregue em mão e muitos não o chegaram a entregar. Um dos aspetos a melhorar seria reservar alguma parte do treino, de preferência no final após a recuperação à calma, para entregar em mão e que fosse feito o preenchimento no local e entregue antes de irem embora.

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7.9

Ficha constituição Plantel

Foi realizada uma ficha que continha as informações básicas dos atletas (nome, posição, data de nascimento, encarregado de educação e respetivo contacto) de modo a facilitar a interação rápida, tanto com os atletas como com os encarregados de educação, caso alguma situação assim requeresse.

Nota: De modo a preservar a privacidade dos atletas e encarregados de educação foram eliminados dos documentos os contactos dos mesmos.

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7.10 Observação Final de época

Com o final da época muito próximo foi-nos, enquanto equipa técnica, solicitado de modo individual que se realizasse uma pequena observação a cada jogador do plantel e a nossa opinião acerca da permanência na equipa na época seguinte, pois a direção queria procurar melhorar a qualidade individual do plantel com novos jogadores e só assim poderia perceber quais as posições mais fragilizadas para recrutar novos atletas com objetivo de alcançar um patamar competitivo superior. (exemplo em anexo).

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7.11 Observação da diferença de prestação da época

anterior para a atual

Com o final da época à vista e já sem competição, em conjunto com a equipa técnica realizei uma pesquisa acerca da prestação da equipa na época anterior de modo a perceber a evolução da equipa em termos competitivos. Os resultados foram surpreendentes, em comparação com a época anterior a percentagem de vitórias passou de apenas 7% para 41%, algo que nos agradou muito pois percebemos que o trabalho realizado com os atletas foi muito positivo e possibilitou um aumento de desempenho de modo geral na equipa. Outro dado que nos agradou muito com esta análise foi o facto da eficácia da equipa ter melhorado imenso sendo que na época anterior haviam marcado apenas 17 golos e na presente época conseguiram marcar 35, o que nos deixou também muito realizados.

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7.12 Projetos de estágio

Como indicado no Guia de funcionamento da unidade curricular, era necessário realizar um projeto que pudesse promover a entidade acolhedora do estágio, bem como a prática de atividade física.

“Training camp FIFA 19”

Em conversa com o coordenador da formação, Mário Lima surgiu a ideia de organizar um bootcamp no qual se iriam realizar atividades como passe, remate, corrida, habilidades técnicas e também um espaço para guarda redes, sendo este um espaço de partilha de conhecimento e de diversão para os mais novos.

Assim sendo, inspirando-me um pouco em alguns modos de jogos vituais deste desporto decidi criar um circuito no qual o atleta tivesse de superar alguns obstáculos como cones e sinalizadores, realizar alguns passes sendo estes ao primeiro e segundo toque, com bolas paradas e em movimento, receções orientadas e também bolas aéreas, em seguida iria realizar situações de um para um com objetivo de superar o defesa e marcar golo sem oposição do guarda redes, situações de cruzamento de bolas aéreas e rasteiras, remates diretos a baliza com e sem guarda redes e por fim uma estação destinada aos guarda redes onde fariam trabalho de salto com mergulho, defesa de curta e longa distância bem como alguns passes curtos e longos.

O objetivo principal é a diversão dos atletas e a promoção da relação entre a entidade e a comunidade em geral, pois o facto de ser uma atividade aberta, abrangia não só os atletas da AAC-SF, mas também de outros clubes e crianças que não pratiquem a modalidade possam vir a gostar e iniciar a atividade desportiva na entidade.

Com esta ideia em mente foi iniciada a organização da atividade apelidada de “Training camp FIFA 19” que seria posta em prática na primeira semana de cada mês com 2/3 dias de atividades à tarde de modo a que os atletas pudessem participar depois de acabarem as aulas e sem intervir nos horários de treino.

Contudo a adesão não foi a esperada e foram realizados apenas dois dias de atividade (9 e 10 de Abril) no Campo de Santa Cruz, apesar da fraca adesão os atletas que participaram

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28 ficaram muito agradados com o evento e em conversa com o coordenador, percebemos que o problema da fraca adesão deveu-se a fraca divulgação do evento mas que devido ao feedback recebido pelos atletas foi certamente uma atividade enriquecedora e a repetir.

“Espaço Partilha”

Esta ideia surgiu após um treino no qual percebemos que haviam algumas chuteiras, caneleiras, camisolas entre outros, espalhadas pela arrecadação que pelos vistos eram materiais esquecidos ou deixados por jogadores que já não necessitavam de tal artigo e acabavam por deixá-los no balneário e acabavam por parar a arrecadação. Quando me deparei com este cenário pensei na possibilidade de não deixar o material, muito dele em bom estado, estragar-se, tomei a iniciativa de abordar o coordenador geral, Sr. José Viterbo, acerca da situação que ele desconhecia.

A ideia baseava-se na criação de um espaço onde os atletas pudessem deixar o material que já não necessitavam ou que por qualquer outra razão, poderiam colocar os itens no “Espaço Partilha” na presença de um treinador ou outro funcionário para que pudesse ser requisitado por outro atleta que precisasse, por exemplo umas chuteiras que já não sirvam podem ser deixadas por um atleta e outro em caso de necessidade poderia ir buscá-las, sempre na presença de um treinador. Com a criação deste espaço seria possível aos atletas partilharem todo o tipo de material que já não utilizam com outros atletas que mais necessitam.

Não foi possível concretizar este projeto devido ao facto de o espaço de treinos da AAC-SF ser um espaço alugado não havendo um espaço próprio a ser utilizado, mas tomei a liberdade de falar com alguns treinadores que acharam a ideia muito interessante e procurarão implementá-la no futuro.

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7.13 Quadro síntese do trabalho efetuado

Para melhor compreensão do trabalho realizado, de modo muito sucinto, é apresentada uma tabela abaixo com a totalidade de ações realizadas por mim ao longo do estágio.

Tarefa Quantidade executada Horas dispensadas Preparação e Observação de

treino

60 240 horas

Planos de treino 60 30 horas

Relatório de treino 24 30 horas

Deslocação para jogo 23 60 horas

Observação de jogo 23 36 horas

Análise de jogo 23 23 horas

Filmagem de jogo 7 11 horas

Torneios (traquinas) 3 24 horas

Deslocação Guarda-Coimbra (ida e volta) (30x2) 60 180 horas Total Tarefas: 223 Deslocações:83 634 horas

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Congresso de futebol:

Formar para jogar - desafiar meninos e meninas a jogar

Como era solicitado no GFUC que se participasse em formações da área tomei a liberdade de escolher o congresso realizado na própria instituição, este congresso teve lugar no dia 27 de maio.

Neste foram abordados temas muito interessantes da atualidade como a diferença entre meninos e meninas no mundo do desporto, competências imprescindíveis aos atletas entre outros. Este congresso permitiu alargar a minha visão sobre a modalidade e também perceber, na realidade, quais as competências que um atleta deve ter e quais delas podemos trabalhar e dar mais ênfase para que o atleta tenha sucesso, algo que por vezes é esquecido pelos treinadores e pelos próprios atletas nos momentos não só de treino mas também de jogo, como foi referido pela Treinadora Marisa Gomes, é preciso muito mais que “bons pés” para ser jogador.

Foi um congresso muito enriquecedor e também uma ferramenta de apoio ao estágio, pois com o mesmo foi possível perceber algumas situações que por vezes passam despercebidas mas que na verdade podem fazer muito a diferença, de salientar também a igualdade de género apoiada pelo congresso, algo muito positivo pois cada vez mais a visão do futebol deixa de ser só masculina o que torna a modalidade muito mais rica.

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34 Com a conclusão do estágio, esta reflexão tem como objetivo refletir sobre a minha experiência como estagiário nestes dois semestres. Com o objetivo principal desta Unidade Curricular a aplicação dos conteúdos abordados ao longo dos 3 anos de licenciatura em contexto real de trabalho como treinador/adjunto numa equipa e assim podermos aplicar o conhecimento adquirido e melhorar a prestação futura enquanto profissional da área.

Este ano foi um ano de muitas dificuldades, com diversos imprevistos tanto a nível académico como a nível pessoal, mas que, com toda a certeza, posso dizer que me tornaram uma pessoa mais capaz tanto em contexto profissional como em contexto social. Deixo também um agradecimento aos docentes que me acompanharam nesta etapa e me muniram de conhecimento para que pudesse realizar com sucesso o estágio, de salientar a importância de algumas unidades curriculares como Planificação de Treino, Didática dos desportos, Psicologia do Desporto, Pedagogia do Desporto, entre outras que foram pilares do meu trabalho enquanto estagiário.

Ao longo desta jornada pude experienciar uma amabilidade enorme tanto por parte dos atletas como da equipa técnica e também pelos pais desde o início do estágio, algo que facilitou imenso a minha integração na equipa e possibilitou um aumento de confiança não só própria, mas também no trabalho que era realizado por mim nas sessões de treino e nos momentos de competição.

Com o passar do tempo o meu papel na equipa tornou-se cada vez mais determinante, participando cada vez mais e com maior importância nas sessões de treino o que facilitou bastante o cumprimento dos objetivos definidos inicialmente cumprindo na totalidade os mesmos.

Em termos de planeamento das unidades de treino a minha ação não foi tanta como esperava devido ao facto de as sessões de treino serem da responsabilidade do treinador principal, Pedro Soares, mas que mesmo assim me deu a possibilidade de oferecer alternativas aos exercícios planeados e a sua aplicação com os atletas quando possível. Devido a impossibilidade de me deslocar às reuniões realizadas entre a direção e a equipa técnica realizadas à segunda feira, não me era possível o contacto direto com a direção do clube o que dificultou bastante o preenchimento da documentação de estágio, bem

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35 como das avaliações solicitadas pelo orientador de estágio. Este assunto levantou muita dificuldade, pois a atribuição de um tutor na instituição não foi tão rápida como esperada o que me deixou muito tempo sem tutor, tutor que foi posteriormente despedido pela instituição sem que fosse informado do mesmo, deixando-me sem tutor por mais um largo período de tempo. Inicialmente vi esta situação como um ponto negativo muito forte, mas agora com a finalização do estágio percebo que não foi assim tão negativo como pensei que fosse, pois, consegui desenvolver a minha autonomia e capacidade de trabalho. O maior desafio encontrado foi sem dúvida a falta de motivação de alguns atletas que dificultavam imenso o trabalho realizado nas sessões de treino e prejudicavam imenso a prestação dos restantes atletas, problema que tentei resolver com a aplicação do questionário, mas que não foi possível analisar como foi dito anteriormente. Este obstáculo veio-se a resolver com a entrada de atletas novos na equipa o que fez elevar a motivação destes atletas que viram o seu lugar na equipa ameaçado e mudaram a sua atitude nos treinos e também nos jogos. Algo que veio a motivar muito a equipa foi a evolução face a época anterior, pois era uma equipa muito fragilizada devido às derrotas e à quantidade de golos sofridos e na presente época conseguiram ultrapassar a maior barreira, a questão de falta de domínio de muitas habilidades básicas como a relação com a bola, passe, remate e acima de tudo a organização tanto ofensiva como defensiva. De salientar que tive especial atenção na assiduidade e na pontualidade, pois era necessário preparar sempre a sessão de treino e acompanhar os atletas que chegavam mais cedo e ficavam a realizar alguns exercícios com a minha supervisão. De salientar também o convite feito pelo coordenador de formação, Mário Lima para a colaboração da organização de torneios que aceitei sempre que possível e pude estar integrado num contexto diferente ao que estava habituado, revelando-se uma experiência muito enriquecedora.

Em modo de conclusão, estou imensamente realizado com esta etapa do meu percurso académico, uma vez que consegui ultrapassar todos os obstáculos e consegui realizar com sucesso todos os objetivos a que me propus inicialmente. Deixo também um especial agradecimento ao meu orientador de estágio, Prof. Especialista António Albino, que me acompanhou e me transmitiu muito conhecimento fundamental para a realização do estágio.

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36 Este relatório, juntamente com o dossier de estágio revelam a dimensão do trabalho realizado ao longo destes dois semestres e marcam também o início de uma nova etapa a nível profissional para a qual me sinto preparado e capaz para continuar a trabalhar para evoluir.

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10. Bibliografia:

Afonso, R, Pinheiro, V. (2011). Modelos de periodização convencionais e contemporâneos. Buenos Aires. EFDeportes.

Matvéiev, L. (1991). Fundamentos do Treino Desportivo. Livros Horizonte. Lisboa. Mahoney, 1987; Mahoney, Gabriel & Perkins, 1987, citado por Cruz, 1993

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10.2 Calendário Competitivo

Legenda:

treino treino

Jogo C. jogo em casa Jogo F. jogo fora

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10.8 Observação final de época

Miguel Afonso Lourenço Quaresma (GR): Atleta com bastante capacidade

de trabalho e com melhorias significativas tanto em aspetos específicos de guarda redes como também nas noções básicas de futebol incutidas no esquema tático abordado pela equipa técnica. Alguma falta de condição física que tem vindo a melhorar.

Deve continuar

Afonso Santos Neves (GR): Atleta com maior importante na sua posição sendo

que obteve uma prestação excelente na maior parte dos jogos e também dos treinos, domina a maior parte das técnicas base e também mais avançadas de guarda redes com bastante facilidade. Possui boas bases de tática de jogo o que facilitou muito a imposição do estilo de jogo.

Deve continuar

Pedro Daniel da Silva Ferreira Coelho (GR): Atleta com algumas

dificuldades técnicas e também com uma condição física debilitada que podem estar na origem das lesões adquiridas ao longo da época assim como a prestação prejudicada nos treinos. Mostra-se, por outro lado, muito predisposto a prática e demonstra muita força de vontade e empenho.

Deve continuar

Pedro Jorge Matos R.Almeida Sousa (DEFESA): Atleta com algumas

dificuldades nas técnicas base e na relação com a bola mas com uma melhoria notória desde o inicio da época, apresenta dificuldades de concentração mas com algum empenho.

Deve continuar

Vasco Botelho Ribeiro S. Rachinhas(DEFESA): Atleta com muita

capacidade de trabalho, mas com algumas dificuldades em ouvir críticas e aceitar sugestões. Algumas dificuldades técnicas, mas boas noções táticas. Afastado da prática devido a problemas de saúde.

---

João Pedro Gomes Santos (DEFESA): Atleta com boa capacidade de trabalho

e de empenho nos treinos. Mostra também muitas dificuldades técnicas base e falta de relação com a bola o que comprometia muitas vezes o desempenho.

Deve continuar

Filipe Fontes Jerónimo (DEFESA): Atleta com muita capacidade de trabalho

e empenho que se revelou muito em termos de técnica e tática desde o início da época sendo dos atletas com maior evolução na equipa.

Deve continuar

Diogo Simões Marques (DEFESA) : Atleta com alguma dificuldade em

termos de trabalho e de empenho sem revelar muitas dificuldades técnicas e táticas, bom desempenho nos treinos, mas sem capacidade de aceitar os erros.

Deve continuar

Manuel Maria Arriaga Costa Antunes (MEDIO): Atleta com boa capacidade

de trabalho, mas muito pacifico e sem muita reação aos estímulos do treinador o que dificulta a interação e a comunicação. Boa capacidade técnica e também tática.

Deve procurar outro clube

Bernardo Cruz Neves Costa Vasa (ALA): Atleta com muita capacidade de

trabalho e facilidade tanto nos aspetos técnico-táticos da modalidade como na adaptação ao treino e aos diferentes níveis de intensidade o que facilita muito a fluidez do treino por outro lado é um atleta que fica muito frustrado com o erro próprio e também com o erro coletivo.

Deve continuar

Manuel Rui A. A. Santos Cortesão (MEDIO): Atleta com muita facilidade no

domínio técnico-tático, mas com capacidade de trabalho condicionado apenas pela falta de preparação física o que torna um pouco difícil manter o nível alto de desempenho. Boa comunicação tanto com os colegas como com a equipa técnica.

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Diogo Miraldo Baptista Pires (MEDIO): Atleta com alguma capacidade de

trabalho mas com pouco empenho o que se traduz num atleta que em termos de desempenho não atinge níveis muitos altos devido a fatores intrínsecos. Atleta que domina também as técnicas base e tem facilidade em adquirir noções táticas.

Deve continuar

Gonçalo Pato Carvalho Nogueira (MEDIO): Atleta com um nível de trabalho

alto e com domínio das técnicas base e com muita facilidade na relação com a bola mas com um físico pouco desenvolvido o que dificulta pelo facto de na posição do atleta o deixa um pouco em desvantagem em relação aos colegas.

Deve continuar

João Miguel Quadrado Nunes (MEDIO) : Atleta com pouca capacidade de

trabalho e com dificuldades em executar muitos movimentos técnicos devido a pouco desenvolvimento corporal ainda não tendo atingido o pico de velocidade em altura o que o deixa muito em pé de desigualdade em relação aos colegas.

Deve continuar

Francisco Manuel Marques Gervásio (MEDIO): Atleta com boa capacidade

de trabalho e prestação nos treinos facilitado pela boa noção das técnicas base mas também com um pouco de falta de empenho o que impede da evolução mais rápida.

Deve continuar

Alexandre Miguel Mourato Monteiro (ALA): Atleta com muita capacidade

de trabalho e muito empenhado o que ajuda imenso no seu desempenho nos treinos e também nos jogos. Adquiriu um lesão grave no inicio da época o que o impediu de progredir com a equipa mas apos o regresso mostrou-se muito mais dedicado e predisposto.

Deve continuar

Guilherme Vicente Sousa (ALA) : Atleta muito empenhado nos treinos e com

muito boa capacidade de trabalho que demonstra na maior parte das vezes um desempenho muito bom. Fica um pouco prejudicado em termos de estatura mas compensa com ao domínio das capacidades técnico-táticas.

Deve continuar

Luis Miguel Ferreira Vaz (DEFESA) : Atleta com muita capacidade de

trabalho e com um empenho muito grande que se traduz num atleta com um desempenho muito alto sendo um dos atletas exemplo na equipa.

Deve continuar

Bernardo Guilherme S. P. Soares (EXTREMO): Atleta com boa capacidade

de trabalho e também com um bom empenho nos treinos combinado com o domínio das capacidades técnico-táticas que se traduz muitas vezes num bom desempenho.

Deve continuar

Gonçalo Gomes Conceição (MEDIO) : Atleta com pouca capacidade de

trabalho e também com pouco empenho sem muito domínio das capacidades técnico táticas o que leva a um desempenho baixo. Atleta sem muita capacidade de ouvir o treinador e muitas vezes ignora os estímulos.

Deve procurar outro clube

Manel Morgado Santos (DEFESA): Atleta com muito pouca capacidade de

trabalho e muito pouco empenhado. Não demonstra nenhuma vontade de melhorar nem predisposição para a prática o que dificulta muito a interação com o treinador, qual muitas vezes ignora.

Deve procurar outro clube

Bernardo Silvestre (BC) (EXTREMO): Atleta com boa capacidade de

trabalho e empenhado sem revelar muitas dificuldades em termos táticos, mas um pouco acentuadas em termos técnicos e de relação com a bola.

Deve continuar

António Campos Gomes L. Couto (PONTA DE LANÇA): Atleta com

dificuldades de aprendizagens o que dificulta um pouco a capacidade de trabalho, mas com um bom empenho o que ajuda a balancear este fator. Domina os aspetos técnico-táticos e apresenta muitas melhorias em relação ao início da época.

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Gonçalo Nuno Pedroso Borges (MEDIO) : Atleta com boa capacidade de

trabalho, mas com poucas noções em termos tácitos e também técnicos devido a ter iniciado só agora a prática da modalidade.

Deve continuar

Rafael Lindim Sousa (PONTA DE LANÇA): Atleta com muita capacidade

de trabalho e um pouco empenhado, mas com desempenho um pouco baixo devido a falta de comunicação e a barreira criada pela falta de capacidade de ouvir e seguir as ordens do treinador.

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10.11 Quadro síntese

Tarefa Quantidade executada Horas dispensadas Preparação e Observação de

treino

60 240 horas

Planos de treino 60 30 horas

Relatório de treino 24 30 horas

Deslocação para jogo 23 60 horas

Observação de jogo 23 36 horas

Análise de jogo 23 23 horas

Filmagem de jogo 7 11 horas

Torneios (traquinas) 3 24 horas

Deslocação Guarda-Coimbra (ida e volta) (30x2) 60 180 horas Total Tarefas: 223 Deslocações:83 634 horas

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