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O processo eletrônico frente às novas perspectivas do Direito Processual Civil brasileiro.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO

CURSO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

HUGO AYSLAN DOS SANTOS SILVA

O PROCESSO ELETRÔNICO FRENTE ÀS NOVAS PERSPECTIVAS

DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO

SOUSA - PB

2011

(2)

O PROCESSO ELETRÔNICO FRENTE ÀS NOVAS PERSPECTIVAS

DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO

Monografia apresentada ao Curso de

Ciências Jurídicas e Sociais do CCJS

da Universidade Federal de Campina

Grande, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientadora: Professora Drª. Vaninne Arnaud de Medeiros Moreira.

SOUSA - PB

2011

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Elaboração da Ficha Catalográfica:

Johnny Rodrigues Barbosa

Bibliotecário-Documentalista

CRB-15/626

S586p Silva, Hugo Ayslan dos Santos.

O processo eletrônico frente às novas perspectivas do Direito

Processual Civil Brasileiro. / Hugo Ayslan dos Santos Silva. - Sousa-

PB: [s.n], 2011.

55 f.

Orientadora: Profª. Drª. Vaninne Arnaud de Medeiros Moreira.

Monografia - Universidade Federal de Campina Grande; Centro

de Formação de Professores; Curso de Bacharelado em Ciências

Jurídicas e Sociais - Direito.

1. Direito Processual Civil. 2. Processo eletrônico. 3.

Informatização da justiça. 4. Procedimento judicial eletrônico. 5.

Acesso remoto à justiça. 6. Tecnologia da informação – meio jurídico.

7. Direito e tecnologia da informação. 8. Princípio da celeridade

processual. 9. Assinatura digital - Direito. I. Moreira, Vaninne

Arnaud de Medeiros. II Título.

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O P R O C E S S O E L E T R O N I C O F R E N T E A S N O V A S P E R S P E C T I V A S D O D I R E I T O P R O C E S S U A L CIVIL B R A S I L E I R O .

Trabalho monografico apresentado ao curso de Direito do Centro de Ciencias Juridicas e Sociais da Universidade Federal de Campina Grande, como exigencia parcial da obtencao do titulo de Bacharel em Ciencias Juridicas e Sociais.

Orientador: Professora Vaninne Arnaud de Medeiros Moreira.

B a n c a e x a m i n a d o r a : Data da aprovacao:.

O r i e n t a d o r a : Professora V a n i n n e A r n a u d de M e d e i r o s Moreira

Professor E x a m i n a d o r

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A g r a d e g o a D e u s , por permitir que minha vida seja repleta de felicidade.

A o s m e u s pais, J o s e Francisco da Silva e Maria J o s e d o s Santos Silva, que c o m amor m e e n s i n a r a m d e s d e crianga valores c o m o h o n e s t i d a d e , respeito e solidariedade para c o m o proximo, pelo incentivo a o s m e u s e s t u d o s , e principalmente por s u p e r a r e m longos anos de s a u d a d e .

A minha irma, Bruna Rafaela, pelo carinho, c o m p a n h e i r i s m o , e apoio aos m e u s e s t u d o s longe de c a s a s e m p r e nas horas e m q u e precisei.

A minha n a m o r a d a A n n a i a r a e sua f a m i l i a , pelo amor, pela dedicagao, pelo incentivo e fe e m m i m d e p o s i t a d o s nesses anos q u e e s t a m o s juntos.

A minha orientadora Professora V a n i n n e A r n a u d de M e d e i r o s Moreira, pela paciencia e liberdade que m e fez conduzir o p r e s e n t e trabalho de conclusao de curso.

A o s a m i g o s que construi nessa estrada de s a u d a d e , e m especial A n d r e do Nascimento Lima e Eduardo Fernandes, Aellanio Furtado, aos amigos da Residencia Universitaria, a o s a m i g o s do Pajeu P e r n a m b u c a n o e aos a m i g o s d a Justiga Federal.

A o s m e s t r e s e c o l e g a s de classe pelo a p r e n d i z a d o , e m o m e n t o s de diversao e estudo q u e p a s s a m o s juntos.

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A vida do h o m e m e m s o c i e d a d e s e m p r e p a s s o u por t r a n s f o r m a g o e s que modificaram o c o m p o r t a m e n t o do proprio h o m e m e s u a vida social. O d e s e n v o l v i m e n t o tecnologico foi a forga motriz q u e i m p u l s i o n o u a vida do h o m e m c o n t e m p o r a n e o d e s d e a m a q u i n a a vapor ate os dias atuais c o m os a v a n c o s da informatica e o a c e s s o a internet. O Estado D e m o c r a t i c o de Direito e e s p e c i a l m e n t e o Poder judiciario, nao ficaram a m a r g e m d e s s e d e s e n v o l v i m e n t o , c a m i n h a m de m a o s d a d a s c o m a s o c i e d a d e nessa nova Jornada de relagoes interpessoais que ja no presente p o d e - s e observar que e s t a o cada vez m a i s informatizadas. O Poder Judiciario atento a o s a v a n c o s da tecnologia e n x e r g a u m n o v o e n f o q u e de acesso a justiga pelos m e i o s informaticos onde a l e m de aperfeigoar s e u s servigos t a m b e m amplia o a c e s s o a o s mais necessitados a u m a efetiva prestagao jurisdicional. U m p r o c e d i m e n t o judicial informatizado afeta diretamente a relagao p r o c e s s u a l , visto que adaptagoes d e v e m ser feitas, c o n t u d o o p r o c e s s o eletronico p o d e manter os principios e garantias do p r o c e s s o civil tradicional respeitando o principio do devido processo legal. O p r o c e s s o judicial eletronico t e n d e a reduzir a burocracia eliminando e t a p a s d e s n e c e s s a r i a s no processo reforgando o principio da duragao razoavel do p r o c e s s o . O principio da publicidade pode ser e n c o n t r a d o no processo eletronico na visualizagao d o s atos processuais atraves d a internet, ressalvados os casos de s e g r e d o de justiga. O principio do contraditorio e da a m p l a d e f e s a ha de ser preservado, pois os a d v o g a d o s p o d e m peticionar atraves dos sistemas informatizados, c o n t u d o , se faz necessario q u e os s i s t e m a s de informatica d e s e n v o l v a m a p o n t o de preservar a v e r d a d e d o c u m e n t a l e a s e g u r a n g a juridica das assinaturas eletronicas de d e v e r a o ser validadas pelo ICP-Brasil. A s transigao do processo civil no Brasil para o universo digital ja pode ser o b s e r v a d a no processo de execugao atraves da p e n h o r a on line, m e c a n i s m o utilizado pelo j u i z o que bloqueia o s v a l o r e s d e p o s i t a d o s e m instituigao financeira pelo d e v e d o r c o m a finalidade de satisfazer o credito e m favor do credor. O meio a m b i e n t e a g r a d e c e pela sustentabilidade do p r o c e d i m e n t o informatizado, visto q u e a e c o n o m i a global de material impacta f a v o r a v e l m e n t e para o d e s e n v o l v i m e n t o da s o c i e d a d e . A lei 11.419 de 2006 e u m preludio ao p r o c e d i m e n t o judicial eletronico e r e g u l a m e n t a q u e s t o e s do processo eletronico c o m o assinatura digital e c o m u n i c a g a o dos atos judiciais pelo meio eletronico. O A n t e p r o j e t o para u m Novo C o d i g o d e P r o c e s s o Civil a p r o v a d o pelo S e n a d o Federal a d e q u a n d o - s e a nova realidade processual traz dispositivos c o m o fito de r e g u l a m e n t a r a pratica dos atos p r o c e s s u a i s atraves do meio eletronico. O C N J v e m d e s e n v o l v e n d o u m software c h a m a d o PJe c o m a finalidade de informatizar o p r o c e s s o constituindo um desafio para a nova realidade processual brasileira.

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T h e m a n ' s social life has always passed for transformations that c h a n g e d his o w n " c o m p o r t m e n t " and his social life. T h e technologic d e v e l o p m e n t w a s the motor force that stimulated the life of the c o n t e m p o r a r y m a n since the S t e a m m a c h i n e until n o w a d a y s with t h e data processing a d v a n c e s and the internet access. T h e Democrat Estate of Law and especially the Judiciary Power, didn't stay out of this d e v e l o p m e n t , they w a l k together with the society in this n e w j o u r n e y of interpersonal relations witch level of computerization can be noticed in the present. T h e Judiciary Power always alert in t e c h n i c s ' a d v a n c e s see a new w a y for the justice a c c e s s by the informatics w a y s like a mold of improve yours services and e x p a n d the a c c e s s for w h o need the most a real adjudication. A c o m p u t e r i z e d legal p r o c e e d i n g s affects directly the procedural relation, seeing that adaptations s h o u l d be m a k e , although the electronic process c a n keep the principles and g u a r a n t e e s of the traditional civil process respecting the principle of the due process. T h e electronic lawsuit (process judicial) runs to reduce the bureaucracy eliminating u n n e c e s s a r y steps and

increasing the principle of the reasonable duration of the p r o c e s s . T h e publicity principle can be f o u n d in the electronic process in the visualization of the procedural acts through the internet, except in the cases of justice secrets. T h e contradictory principle a n d full d e f e n s e has to be preserved, b e c a u s e the lawyers can petition through the informatics s y s t e m s , a l t h o u g h , is necessary that the informatics s y s t e m s d e v e l o p m e n t theirselfs preserving the d o c u m e n t a l truth and the jurisdictional security of the electronic signatures that has to be availed by the ICP-Brazil. In Brazil, the transition to the digital universe in the civil process can already be s e e n through the attachment on line, m e c h a n i s m used by the j u d g e that blocking the valor deposited in the financial institution by the debtor with the object of satisfy the credit for the creditor. T h e C N J has b e e n d e v e l o p m e n t software called PJe with the object of computerize the process m a k i n g a challenger for the n e w Brazilian procedural reality. T h e e n v i r o n m e n t t h a n k s for the sustainability of the c o m p u t e r i z e d procedure, as the global e c o n o m i c of materials impact favorably for the society's d e v e l o p m e n t . T h e Law 11.419/2006 it's a prelude to the electronic legal p r o c e e d i n g s and regulates the issues of the electronic process like digital signature and the c o m m u n i c a t i o n of the judicial acts by the electronic way. T h e draft for a N e w Process Civil C o d e approved by the Federal S e n a t e adapting to the new procedural reality brings news devices with the p r o p o s e to regulate the practice of t h e procedural acts through the electronic way.

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B A C E N J U D - B a n c o Central e Judiciario C F - Constituicao Federal CJF - C o n s e l h o da Justiga Federal C N J - C o n s e l h o Nacional de Justiga CPC - Codigo de P r o c e s s o Civil EC - E m e n d a Constitucional E U A - Estados Unidos d a A m e r i c a

IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Processual

ICP-Brasil - Infraestrutura de C h a v e s Publicas Brasileira O A B - O r d e m dos A d v o g a d o s do Brasil

O N U - Organizagao d a s Nagoes Unidas PJe - Processo Judicial Eletronico S T F - S u p r e m o Tribunal Federal S T J - Superior Tribunal de Justiga

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1 INTRODUQAO 8 2 A INSERQAO DA T E C N O L O G I A DA INFORMAQAO NO DIREITO E S E U S

IMPACTOS NA S O C I E D A D E 11

2.1. Direito, Sociedade e Acesso a Justiga 11 2.2. Tecnologia da Informagao, cotidiano e prestagao jurisdicional 18

3 APLICAQAO DO P R O C E S S O JUDICIAL E L E T R O N I C O E SUA R E L A Q A O COM O S

PRINCJPIOS DO DIREITO CONSTITUCIONAL E P R O C E S S U A L 25

3.1. Principio do Devido Processo Legal e Processo Eletronico 25

3.2. Principio da Celeridade Processual, Instrumentalidade das Formas e Economia de Atos

Processuais como corolario do Processo Eletronico 27 3.3. Principio da Publicidade, Segredo de Justiga e a Privacidade do Cidadao no Processo

Eletronico 33 3.4. Principio do Contraditorio e a Ampla Defesa, Documento Eletronico Armazenamento de

Dados e Assinatura Digital 35

4 O P R O C E S S O E L E T R O N I C O A AS P E R S P E C T I V A S PARA O DIREITO

P R O C E S S U A L CIVIL B R A S I L E I R O 39

4.1. Lei 11.419/2006 e Informatizagao do Processo Judicial Brasileiro 39

4.2. O Processo de Execugao atraves dos meios eletrdnicos 42 4.3. Processo Eletronico e Sustentabilidade Ambiental 44 4.4. O Processo Eletronico e o Novo Codigo De Processo Civil 45

5 C O N S I D E R A Q O E S FINAIS 50

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1 I N T R O D U Q A O

0 presente trabalho de c o n c l u s a o de curso procura estabelecer u m a discussao acerca da efetividade da prestagao jurisdicional no p r o c e s s o eletronico, fazendo u m paralelo c o m o principio da celeridade processual e c o n c o r r e n t e m e n t e c o m d e m a i s principios do direito processual civil e constitucional ante as t r a n s f o r m a c o e s no judiciario advindas da tecnologia.

0 objetivo geral do presente trabalho sera analisar a insercao do Processo Judicial Eletronico nos p r o c e d i m e n t o s judiciais e m f a c e do A n t e p r o j e t o do Novo Codigo de P r o c e s s o Civil Brasileiro e no PJe. E s p e c i f i c a m e n t e objetiva-se discutir os impactos da insercao d a tecnologia da informagao nas relagoes pessoais e no direito processual, refletir a aplicacao dos principios constitucionais e processuais no Processo Judicial Eletronico, observar os atos processuais diante da virtualizagao dos p r o c e s s o s judiciais atraves do PJe e suas implicagoes no A n t e p r o j e t o do Novo Codigo de P r o c e s s o Civil.

Diante da nova o r d e m processual c o n t e m p o r a n e a , o n d e as pilhas de processos de papel g r a d a t i v a m e n t e estao s e n d o substituidas pelos arquivos eletronicos, urge a n e c e s s i d a d e de estudar o novo instituto do direito processual: O Processo judicial eletronico, analisando as adaptagoes que p e r m e i a m a s o c i e d a d e no m u n d o tecnologico e a insergao desta tecnologia no direito p r o c e s s u a l , visto que, o carater de irreversibilidade da virtualizagao dos p r o c e s s o s judiciais no Brasil nao pode passar d e s p e r c e b i d o .

Ha a l g u m a s d e c a d a s atras a informatica no direito era u m universo obscuro inimaginavel nas proporgoes atuais. Q u a n d o se para e p e n s a que u m a m a q u i n a de escrever eletrica era u m luxo num f o r u m p e r c e b e - s e q u e a evolugao so c o m e g o u e ainda ha muito para acontecer. O primeiro instrumento de registro e d o c u m e n t a g a o dos atos p r o c e s s u a i s foi o papel escrito a m a o , depois a m a q u i n a de escrever t o m o u lugar e o papel p a s s o u a ser datilografado originando o q u e se pode c h a m a r de autos do processo.

A t e a ultima d e c a d a do seculo p a s s a d o nao se poderia p e n s a r u m a m u d a n g a tecnologica no Poder Judiciario c o m o v e m a c o n t e c e n d o agora. A n t e s do advento da globalizagao e d a informatizagao, nao havia magica a realizar, havia dificuldade na c o m u n i c a g a o e na aplicagao d o s m e t o d o s tradicionais e ainda usuais, tais c o m o

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g u a r d a dos autos fisicos e m armarios ou g a v e t a s , c o m o risco de perca de processos, publicacao de atos e m diarios oficiais i m p r e s s o s e a presenga enigmatica de um oficial de justiga para ir p e s s o a l m e n t e cumprir o m a n d a d o .

O primeiro capitulo aborda a evolugao da tecnologia e s u a s implicagoes nas relagoes sociais de m o d o que se pode observar que as c o m u n i c a g o e s interpessoais tern se dado na s o c i e d a d e c o n t e m p o r a n e a de f o r m a cada vez mais celere devido ao avango da informatica e o a u m e n t o do a c e s s o a internet. C o m o por e x e m p l o , poder a c o m p a n h a r e m t e m p o real qualquer a c o n t e c i m e n t o no m u n d o , seja u m a partida de futebol, u m telejornal ou ate m e s m o u m a guerra, c o m o a c o n t e c e u na invasao dos

E U A ao Iraque.

Nao resta ao Estado Democratico d e Direito outra s a i d a que nao a de adaptar-se a e s s e universo tao d i n a m i c o . O Poder Judiciario brasileiro nao tern ficado para tras diante d o s avangos da informatica, visto que j a largou na corrida para implantagao de u m procedimento judicial informatizado. Indaga-se as hipoteses de o processo eletronico democratizar ou restringir o a c e s s o a justiga, pois a c o m p l e x i d a d e dos sistemas de informagao delineara a f o r m a c o m o os atos processuais serao praticados.

No s e g u n d o capitulo c o m p a r a m - s e alguns dos principios processuais ao processo eletronico. Estuda-se o principio d a publicidade dos atos versus a explicitagao do p r o c e s s o atraves da internet e o confronto c o m a privacidade do cidadao e o s e g r e d o de justiga. O b t e m p e r a a restrigao do contraditorio e da ampla defesa no p r o c e s s o eletronico ante os obstaculos d a certificagao digital e ainda traz c o m o corolario do p r o c e s s o eletronico o principio d a duragao razoavel do processo.

O u t r o s s i m , o c o n t r a p e s o entre a celeridade processual e a seguranga juridica v e m a tona q u a n d o insurge a c e l e u m a d a certificagao digital, c o m o u m desafio para a d v o g a d o s e jurisdicionados, que ainda relutam e m acreditar na total seguranga e eficiencia tecnica d o s s i s t e m a s de tecnologia d a informagao.

Desta f o r m a , no terceiro capitulo, faz-se necessario analisar se o Novo Codigo de P r o c e s s o Civil atraves de seu Anteprojeto, e as legislagoes pertinentes atende as perspectivas e n e c e s s i d a d e s reais que c l a m a o judiciario brasileiro para contribuir c o m n o v a realidade processual que esta por vir.

Portanto, a implantagao do Processo Judicial Eletronico, m e s m o c o m a intengao de trazer beneficios, desafios nao de ser s u p e r a d o s para que no futuro o

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poder judiciario t e n h a sua eficacia plena atraves de u m p r o c e d i m e n t o judicial eletronico.

T e m - s e c o m o m e t o d o de a b o r d a g e m para a p r e s e n t e pesquisa o m e t o d o hipotetico-dedutivo, ao questionar as possibilidades de aplicabilidade do instituto a p r e s e n t a d o . B u s c a n d o auxilio na pesquisa doutrinaria disponibilizada nas publicacoes a respeito, tais c o m o livros, artigos e periodicos, b e m c o m o , e m e n d e r e c o s eletronicos oficiais, t e m - s e por m e t o d o de p r o c e d i m e n t o o metodo bibliografico. A tecnica de pesquisa a ser utilizada e a d o c u m e n t a c a o indireta, pois abrange a p e s q u i s a bibliografica e d o c u m e n t a l .

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2 A I N S E R Q A O D A T E C N O L O G I A D A I N F O R M A Q A O NO D I R E I T O E S E U S I M P A C T O S NA S O C I E D A D E

2.7. Direito, Sociedade e Acesso a Justiga

£ intrinseco ao h o m e m c o m o ser social a regulacao d a vida e m s o c i e d a d e pelo direito, a s s i m c o m o , naturalmente, a existencia do proprio h o m e m d e p e n d e diretamente da s o c i e d a d e que o h o m e m participa. Aristoteles (2005, p. 15) j a evidenciava esta c o n d i c a o natural do h o m e m e m sua obra "A Politica": "E evidente, pois, que a cidade faz parte d a s coisas d a natureza, q u e o h o m e m e naturalmente u m animal politico, d e s t i n a d o a viver e m s o c i e d a d e , e q u e a q u e l e q u e por instinto, e nao por q u e q u a l q u e r circunstancia o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, e u m vil ou superior ao h o m e m . (...)"

A f i r m a - s e o carater indissociavel do h o m e m e m s o c i e d a d e na perspectiva de que cada individuo poe e m c o m u m sua pessoa sob direcao d a v o n t a d e geral, participando e n q u a n t o u n i d a d e c o m o parte indivisivel do todo. Ou seja, C a d a m e m b r o pertencente a s o c i e d a d e e c o m o u m a parte de um corpo, cada qual, essencial para a existencia do todo.

O homem nao apenas existe, mas coexiste, ou seja, vive necessariamente em companhia de outros homens. Em virtude do fato fundamental da coexistencia, estabelecem os individuos entre si as relagoes de coordenagao, de subordinagao, de integragao ou de outra natureza, relagoes essas que nao ocorrem sem o concomitante aparecimento de regras de organizagao e conduta. REALE (2006, p. 23)

O e s t a d o m o d e r n o aglutinando-se c o m a ideia de convivencia social regula atraves do direito a vida e m sociedade, t e n d o por finalidade a pacificagao d o s conflitos c o m o objetivo de proporcionar u m a convivencia h a r m o n i o s a entre os individuos q u e a c o m p o e .

O Estado para ser Estado e m sua essencia d e v e c o m o fungao basica oferecer justiga a t o d o s os s e u s c i d a d a o s , do contrario o estado sucumbiria diante da ausencia deste poder estatal. A d a Pellegrini Grinover (2010) enfatiza que o poder

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estatal, hoje, a b r a n g e a c a p a c i d a d e de dirimir os conflitos q u e e n v o l v e m as p e s s o a s e inclusive o proprio Estado, decidindo sobre as p r e t e n s o e s a p r e s e n t a d a s e i m p o n d o as decisoes. No m e s m o sentido, C H I O V E N D A , citado por Olvidio A. Baptista da Silva, (2003, p.26) "O Estado m o d e r n o considera, pois, c o m o sua fungao essencial a administragao da justiga; s o m e n t e ele tern o poder de aplicar a lei ao caso concreto, poder que se d e n o m i n a jurisdigao."

P o d e - s e conceituar jurisdigao c o m o a atividade estatal s o b e r a n a pela qual se delimita u m a situagao social de conflito, para que seja aplicado o direito processual e material. A s s i m , s e n d o u m direito publico subjetivo, o c i d a d a o podera exigir do Estado a prestagao da atividade jurisdicional. O carater de exigibilidade de acesso a justiga esta intrinsecamente relacionado c o m a nogao de jurisdigao, visto que o

cidadao e s t a n d o sob a e g i d e do poder judiciario, a n t a g o n i c o seria se este m e s m o cidadao nao g o z a s s e d a o p o r t u n i d a d e de pleitear e m j u i z o q u a n d o vir direito seu a m e a g a d o ou ferido.

A jurisdigao e fungao do poder judiciario orgao estatal, e visa especificamente assegurar a aplicagao hegemonica do direito na sociedade, promover a pacificagao social e a educagao, garantir o livre exercicio dos direitos e afirmar o poder do estado e dos institutos democraticos que o caracterizam. E merecedora de determinadas ressalvas, portanto, a ideia de jurisdigao responsavel pela aplicagao neutra do direito, dentro das fungoes rigorosamente conferidas ao poder judiciario pela separagao dos tres poderes. O ato jurisdicional ha que exercer, com intervencionismo que Ihe e peculiar, uma fungao social que leve em conta os anseios da sociedade. MATTOS (2009, p.62)

A Declaragao Universal dos Direitos do H o m e m , d a O N U , de 1948, constitui c o m o direito f u n d a m e n t a l d a pessoa h u m a n a o a c e s s o e o direito ao exercicio da jurisdigao, respeitando o devido processo legal, definindo e m s e u s arts. 8 e 10 que:

Art. 8. Toda pessoa tern direito a um recurso efetivo perante as jurisdigoes nacionais competentes contra os que violam os direitos fundamentals que Ihe sao reconhecidos pela constituigao e pela lei. Art. 10. Toda pessoa tern direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja ouvida equitativamente e publicamente por um tribunal independente e imparcial, que decidira seja de seus direitos e obrigagoes, seja da legitimidade de toda acusagao em materia penal dirigida contra ele.

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O art. 5° X X X V , d a Constituicao da Republica positiva o direito constitucional de acesso a justiga: 'a lei nao excluira da apreciagao do poder judiciario lesao ou ameaga a direito'. Em rigor, a propria Constituigao Federal de 1988 elegeu o a c e s s o a justiga c o m o u m dos direitos f u n d a m e n t a l s . Pois, a partir do m o m e n t o e m que o Estado garante justiga a populagao, i n d e p e n d e n t e m e n t e de condigoes e c o n o m i c a s e sociais e culturais, devera garantir u m a efetiva prestagao jurisdicional de maneira imparcial, a s s e g u r a n d o - a incondicionalmente a t o d o s os q u e dela n e c e s s i t a r e m .

0 a c e s s o a justiga, positivada no texto constitucional, reflete a nova perspectiva do direito, no sentido de constitucionalizagao das garantias f u n d a m e n t a l s , para que o direito a jurisdigao g a n h e maior forga normativa e aplicabilidade na s o c i e d a d e atingindo sua finalidade p r e c i p u a : a garantir d e m a i s direitos infraconstitucionais. Deve-se haver u m c o n s e n s o que e inescusavel a inclusao na Lei Maior o direito a jurisdigao c o m o direito basico do cidadao. Pois ao nao assegurar tal direito c o m o garantia f u n d a m e n t a l t o d o s os d e m a i s direitos padeceriam c o m o letras m o r t a s .

O A c e s s o a Justiga no sentido epistemologico significa o direito a u m a efetiva, eficiente e justa prestagao jurisdicional que vise garantir direitos c o m o condigao f u n d a m e n t a l de cidadania e m e c a n i s m o inexoravel de garantia de direitos f u n d a m e n t a l s .

De s u m a importancia para a pacificagao dos conflitos n u m a s o c i e d a d e que se diz Estado Democratico de Direito a ampliagao das f o r m a s de a c e s s o a uma o r d e m juridica justa amplia t a m b e m o exercicio da cidadania e c o n s e q u e n t e m e n t e a condigao de estado d e m o c r a t i c o e constitucional.

O direito ao acesso efetivo a justiga tern sido progressivamente reconhecido como sendo de importancia capital entre os novos direitos individuals e sociais, uma vez que a titularidade de direitos e destituida de sentido, na ausencia de mecanismos para sua efetiva reivindicagao. O acesso a justiga pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental- o mais basico dos direitos humanos - de um sistema juridico moderno e igualitario que pretenda garantir, e nao apenas proclamar os direitos de todos. CAPPELLETI (2002, p.11)

F u n d a m e n t a d o s e m valores de direito e justiga, o a c e s s o a justiga d e v e ser considerado o basico d o s direitos f u n d a m e n t a l s do ser h u m a n o . Visto que e atraves da jurisdigao que os direitos f u n d a m e n t a l s basicos d e v e m ser efetivados. Ha que se

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destacar a e x c l u s a o juridica d e c o r r e n t e da exclusao e c o n o m i c a resultante d a incapacidade do Estado de Garantir ao cidadao o a c e s s o e a efetivagao d o s direitos h u m a n o s constitucionalmente garantidos.

No entanto, a Ministra C a r m e m Lucia A n t u n e s R o c h a , alerta a l g u m a s dificuldades para efetiva prestagao jurisdicional no Brasil, visto que ainda nao e tratada c o m o deveria para q u e o individuo veja garantidos t o d o s os s e u s direitos reconhecidos n o r m a t i v a m e n t e :

No Brasil, a jurisdigao ainda encontra, na pratica, muitas vezes, obstaculos a seu exercicio, como se fora um luxo, mais que um direito basico que e. A assim permanecer, contudo, nao teremos como fugir da infeliz constatagao de que todos os direitos, inclusive aqueles fundamentals, arrolados e assegurados constitucionalmente, nao passarao dia apos dia, de requinte legal posto fora do alcance de todos os cidadaos. ANTUNES ROCHA (1993, p. 33)

Existe u m a s e n s a g a o de inseguranga e de d e s c r e n g a no poder judiciario principalmente d e v i d o ao e x c e s s o de burocracia acarreta a m o r o s i d a d e da prestagao da resposta pleiteada e resultados algumas v e z e s e m d e s c o m p a s s o c o m valores sociais. R O D R I G U E S (1993) afirma que c o m o c o n s e q u e n c i a conflitos p a s s a m a ser solucionados de f o r m a s antagonicas as estabelecidas pelo Estado e que a l g u m a s vezes se a s s e m e l h a m a autotutela, proibida no o r d e n a m e n t o j u r i d i c o patrio. Nao e a toa que haja d e s c r e n g a por parte da populagao e m relagao ao poder judiciario, visto que a s o c i e d a d e ainda carece de justiga social.

No Brasil, nao existe u m poder c o m tanta imperatividade q u a n t o o poder judiciario perante a s o c i e d a d e . C o n t u d o , os p r o b l e m a s sociais d e s a u d e , educagao,

habitagao ou a c e s s o a justiga e do poder judiciario nao se resolvem c o m a p e n a s alteragoes e m textos legais. Carece de c o m p r o m i s s o politico e o poder judiciario nao pode carregar o fardo d e resolver t o d o s os p r o b l e m a s estruturais da s o c i e d a d e , q u a n d o os s e u s proprios ainda e n c o n t r a m dificuldades d e resolve-los. O m a i s importante e u m a modificagao das praticas politicas e sociais para q u e de fato exista o exercicio da cidadania e de acesso ao poder judiciario s e d i m e n t a n d o a

legitimidade do estado d e m o c r a t i c o de direito.

F e r n a n d o de Castro Fontainha (2009, p.87), alerta: "as d e s i g u a l d a d e s sociais nao t o r n a m a p e n a s os litigantes desiguais f i n a n c e i r a m e n t e , m a s t a m b e m de f o r m a cultural e fatica." Ou seja, a situagao de d e s i g u a l d a d e financeira, reflete diretamente

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numa situacao de d e s i g u a l d a d e p r o c e s s u a l . Pois se o individuo nao tern educagao, alimentacao digna, s a u d e , direitos basicos para o seu d e s e n v o l v i m e n t o natural, j a m a i s se p r e o c u p a r a e m ver efetivado seu direito de a c e s s o a jurisdigao.

Os novos direitos substantivos das pessoas comuns tern sido particularmente dificeis de fazer valer ao nivel individual. As barreiras enfrentadas pelos individuos relativamente fracos com causas relativamente pequenas, contra litigantes organizacionais -especialmente corporagoes ou governos tern prejudicado o respeito a esses novos direitos. Tais individuos com tais demandas, frequentemente nao tern conhecimento de seus direitos, nao procuram auxilio ou aconselhamento juridicos e nao propoem agoes. Nem o movimento consideravel e continuo em defesa dos interesses difusos, nem as tecnicas gerais de diversificagao podem atacar as barreiras a efetividade desses importantes novos direitos, ao nivel individual. CAPPELLETTI (2002, P.92).

A s s i m , e s t a b e l e c i d a a ligagao entre a estrutura do estado e a s o c i e d a d e politica e analisando as r e p e r c u s s o e s dela provenientes c o m r e f e r e n d a ao acesso a justiga, faz-se necessaria a criagao e correta utilizagao de m e c a n i s m o s eficazes a possibilitar o a c e s s o ao poder judiciario, para que este, por m e i o do processo, proceda a resolugao d o s conflitos q u e nao p u d e r a m ser resolvidos na esfera privada. M e c a n i s m o s estes que no ambito do direito p r o c e s s u a l , q u e se c o n s u b s t a n c i a m por meio de u m a visao instrumentalista do processo, v i s a n d o char, interpretar e aplicar normas para tornar efetivo o a c e s s o a justiga e p r o m o v e r a justiga social.

A b o r d a n d o u m novo e n f o q u e de a c e s s o a justiga M a u r o Cappelleti (1988) incita tres o n d a s renovatorias que a m p l i a m e s s e a c e s s o , a primeira a gratuidade judiciaria, a s e g u n d a , d e m a n d a s atraves de p r o c e s s o s coletivos e anuncia uma m u d a n g a na estrutura d o s tribunals tanto logistica q u a n t o h u m a n a para que a justiga possa alcangar os rincoes m a i s a f a s t a d o s da prestagao jurisdicional e n c o r a j a n d o a exploragao de u m a a m p l a v a r i e d a d e de reformas. Inclusive alteragoes nas f o r m a s de procedimento, reforma na estrutura d o s tribunals, - o n d e pode ser aplicado o procedimento judicial eletronico. A s s i m c o m o t a m b e m o uso de p e s s o a s leigas ou paraprofissionais, j u i z e s , d e f e n s o r e s e modificagoes no direito substantivo objetivando evitar litigios ou facilitar sua solugao, a l e m da utilizagao de m e c a n i s m o s privados ou informais d e solugao dos litigios.

O s objetivos d o processo eletronico se a d e q u a m perfeitamente a o que Cappelleti (1988, p. 93) acredita: " U m sistema d e s t i n a d o a servir as p e s s o a s

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c o m u n s , tanto c o m o autores, quanto c o m o reus, d e v e ser caracterizado pelos baixos custos, informalidade e rapidez, por j u l g a d o r e s ativos e pela utilizagao de c o n h e c i m e n t o s t e c n i c o s b e m c o m o juridicos".

Na m e s m a esteira Luiz G u i l h e r m e Marinoni (2008) percebe que a lei processual d e v e ser p e n s a d a s e g u n d o as n e c e s s i d a d e s de direito material particularizada no caso c o n c r e t e C o m efeito, o direito f u n d a m e n t a l a tutela jurisdicional requer a percepgao da natureza instrumental do processo, permitindo ao juiz encontrar u m a tecnica processual idonea a tutela d a s n e c e s s i d a d e s do caso e m conflito.

No e n t a n t o C A P P E L L E T I (1988) adverte q u e nao se pode ignorar os riscos e limitacoes q u a n d o do s u r g i m e n t o de novas e o u s a d a s reformas. R e c o n h e c e n d o que as reformas judiciais e processuais nao sao substitutos suficientes para as reformas politicas e sociais.

O Estado D e m o c r a t i c o de Direito tern sido cada vez m e n o s passivo. O Poder Judiciario tern participado cada vez m a i s dos destinos da nagao d e s a r r a i g a n d o sua posigao equidistante na participagao d a p r o m o g a o do b e m c o m u m . Visto que o judiciario e n q u a n t o Estado nao pode se omitir diante da aplicagao d o s direitos f u n d a m e n t a l s sociais. Proporcionando cada vez mais a aplicagao de preceitos constitucionais c o m o d i g n i d a d e h u m a n a , redugao das d e s i g u a l d a d e s sociais, erradicagao da miseria e da marginalizagao, valorizagao do trabalho e da livre iniciativa, d e f e s a do meio a m b i e n t e e construgao de uma s o c i e d a d e mais livre, justa e solidaria.

Entretanto, nao se pode c o n c e b e r que o poder judiciario por si so solucionara todos os p r o b l e m a s de o r d e m social que p e r m e i a m a s o c i e d a d e e sim limitar-se-a por hora a tentar solucionar os p r o b l e m a s e crises a d v i n d a s do proprio poder judiciario para q u e este p o s s a efetivamente se prestar a sua fungao. Destarte, o poder judiciario, na f o r m a tradicional de acesso a justiga, enfrenta severas crises, o que torna custoso ao Estado proporcionar a efetivagao do a l m e j a d o direito.

Esse m e s m o judiciario, por si so, nao c o n s e g u e p r o m o v e r c o m exclusividade o m e n c i o n a d o a c e s s o . Para aplicar o crescente descredito da s o c i e d a d e , s e m falar no sentimento de inseguranga juridica, t a m b e m o judiciario tern sido forgado a adotar praticas alternativas q u e darao as novas diretrizes para efetiva solugao de conflitos. A s alternativas a o s obstaculos erguidos, por sua vez, v a o d e s e n h a n d o o novo e n f o q u e q u e d e v e ser d a d o a questao do acesso a justiga.

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Muitos p r o b l e m a s nao de ser e n f r e n t a d o s , Misael M o n t e n e g r o Filho (2008) assevera que a entrega da prestagao jurisdicional tern sido retardada nao a p e n a s pela c o m p l e x i d a d e p r o c e d i m e n t a l da d e m a n d a , c o m o t a m b e m pelo volume dos servigos judiciais, o q u e i m p e d e o magistrado de pacificar o conflito de interesse no espago de t e m p o e s p e r a d o . C o m isso urge a n e c e s s i d a d e de que o processo seja d e s b u r o c r a t i z a d o e q u e a f o r m a e x a c e r b a d a seja d e s p r e s t i g i a d a , c o m o fim p r e v a l e c e n d o e m relagao ao meio.

A otimizagao e ampliagao do efetivo a c e s s o a prestagao jurisdicional devera reduzir o a b i s m o existente entre as partes possibilitando a o s hipossuficientes p r o c e s s u a l m e n t e poder exigir s e u s direitos de f o r m a paritaria. No m e s m o sentido Cappelleti (p. 15, 1988) afirma que: "A efetividade perfeita, no contexto de u m d a d o direito substantivo, poderia ser expressa c o m o a c o m p l e t a 'igualdade de armas'". P o r e m , adverte q u e : "essa perfeita igualdade, n a t u r a l m e n t e e utopica, pois as diferengas entre as partes nao p o d e m j a m a i s ser erradicadas".

Na v e r d a d e , a realizagao do direito de a c e s s o a justiga e indispensavel a propria configuragao de Estado, u m a vez que nao ha c o m o pensar e m proibigao da tutela privada, e, a s s i m , e m Estado, s e m se viabilizar a t o d o s efetivo a c e s s o ao Poder Judiciario. C o m o B e m acrescenta M A R I N O N I (2008) a f i r m a n d o que por outro lado, para se garantir a participagao d o s c i d a d a o s na s o c i e d a d e , e desta f o r m a de igualdade, e imprescindivel que o exercicio d a a g i o nao seja obstaculizado ate porque ter direitos e nao poder tutela-los c e r t a m e n t e e o m e s m o que nao os ter.

C a l m o n de P a s s o s citado por T E I X E I R A (2005, p. 642) traduz a perspectiva do m o d e l o processual no Estado Democratico de Direito:

(...) a ideia, pois de eficacia da justiga se encontra, na atualidade, intimamente ligada a de um modelo de processo que, sem esquecer seus principios constitucionais (contraditorio, igualdade de armas, dispositividade das democracias ocidentais), possibilite uma rapida solugao do conflito, mediante o descobrimento da relagao juridico-material debatida e aplicagao, a ela, do direito objetivo, com os mesmos custos para as partes, Celeridade, economia e justiga material confirmam os novos postulados do modelo processual do Estado Social de Direito, que se supuseram aos classicos do liberalismo. TEIXEIRA (2005, p. 642)

A i n d a no m e s m o sentido Jose Carlos de A r a u j o A l m e i d a Filho d e f e n d e o processo eletronico:

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Como forma de desafogar o judiciario e ate mesmo eliminar os entraves burocraticos havidos nos cartorios, a populagao mais carente teria maior acessibilidade a todos os meios para concretizagao de seus direitos. Um procedimento eletronico e rapido e eficaz e as experiencias vivenciadas no Brasil demonstram ser possivel a insercao desta forma no processo. ALMEIDA FILHO (p. 19; 2008)

Diante das t r a n s f o r m a c o e s e m q u e s o c i e d a d e e as f o r m a s de a c e s s o a justiga v e m p a s s a n d o , p o d e - s e e s p e r a r que processo v e n h a a servir e f e t i v a m e n t e a fungao essencial q u e se destina. O a p r i m o r a m e n t o da prestagao jurisdicional reclama, a par da modernizagao d a lei p r o c e s s u a l , uma profunda m u d a n g a e m nossa atual organizagao judiciaria, ultrapassada pelos avangos a l c a n g a d o s pela ciencia e pela tecnologia, insuficiente, e s p e c i a l m e n t e pela carencia de recursos materiais e h u m a n o s , para atender os reclamos da s o c i e d a d e e m que v i v e m o s e do seculo que se inicia.

2.2. Tecnologia da Informagao, cotidiano e prestagao jurisdicional

A insergao d a tecnologia na s o c i e d a d e c o n t e m p o r a n e a tern alterado significativamente a f o r m a c o m o as pessoas se r e l a c i o n a m , ditando novos c o m p o r t a m e n t o s e possibilitando u m a c o m u n i c a g a o e o a c e s s o a informagao cada vez mais celere e eficiente, reduzindo as distancias e possibilitando mais acesso a informagao aos rincoes m a i s longinquos da terra.

O d e s e n v o l v i m e n t o tecnologico e fator t r a n s f o r m a d o r d a o r d e m e c o n o m i c a e social, c o m o ocorrera no p a s s a d o c o m a m a q u i n a a vapor, a eletricidade e o radio. Igualmente, c o m a informatica nao tern sido diferente, alias, esta tern c a u s a d o mais impactos e m toda s o c i e d a d e do que todas as outras.

C o m a a m p l i a g a o do a c e s s o a internet, c o n s e q u e n t e m e n t e tern havido o a u m e n t o do a c e s s o a informagao. O que alem de "inclusao digital" o que ocorre na v e r d a d e e u m a inclusao a novas f o r m a s de c o m u n i c a g a o q u e t e n d e m a libertar o p e n s a m e n t o e possibilitar o exercicio do direito de liberdade de e x p r e s s a o .

O a u m e n t o da d e m o c r a c i a do uso d o s m e i o s de c o m u n i c a g a o faz garantir atraves de redes informatizadas a retirada d a m o r d a g a d a q u e l e s que q u e r e m de

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algum m o d o e x p r e s s a r o que p e n s a m e s e n t e m s e m s e r e m a m e a g a d o s ou censurados. Pedro A. G u a r e s c h i (2004. p. 157) traduz b e m o p e n s a m e n t o : "Direito a c o m u n i c a g a o significa, principalmente, o direito a cada u m dizer, pronunciar sua palavra, ouvir sua voz, escrever seu p e n s a m e n t o . T e m o s direito a u m a c o m u n i c a g a o ativa e nao a p e n a s passiva. T e m o s o direito de s e r m o s sujeitos e nao a p e n a s objeto da c o m u n i c a g a o . Isto e f u n d a m e n t a l . "

O artigo 19 d a Carta d a s Nagoes Unidas infere q u e : - "Todo individuo tern direito a liberdade d e opiniao e de e x p r e s s a o ; este direito inclui o de nao ser molestado por c a u s a de s u a s opinioes e o de difundi-las, s e m limitagao de fronteiras, por qualquer meio de e x p r e s s a o . "

No entanto, ha que se fazer a l g u m a s ressalvas no t o c a n t e ao exercicio deste direito, q u e nao podera ser d e s e n f r e a d o a ponto de s o b r e p o r aos direitos f u n d a m e n t a l s de outras p e s s o a s . Nao se podera a b u s a r d e s t e ferindo os direitos d a personalidade, c a l u n i a n d o ou d i f a m a n d o outras p e s s o a s , o que ocorre bastante na internet atraves d o s m o v i m e n t o s nas redes sociais. M o v i m e n t o s neo-nazistas, de preconceito de q u a l q u e r especie, o f e n o m e n o do bullyng pela internet, qualquer u m que e x p o n h a a intimidade e d a vida privada do cidadao d e v e m ser reprimidos c o m v e e m e n c i a .

O m a i s importante e perceber que a internet tern ditado c o m p o r t a m e n t o na vida e m s o c i e d a d e de tal maneira a modificar as relagoes p e s s o a i s , invertendo valores e principios m o r a i s t r a z e n d o c o n s e q u e n c i a s diretas para o m u n d o juridico e m que vive toda s o c i e d a d e . C A S T E L L S (2006, p.1), vai mais a l e m ao afirmar que: "a tecnologia nao d e t e r m i n a a sociedade, ela e a propria s o c i e d a d e , ou seja, a tecnologia e utilizada e m prol da s o c i e d a d e de acordo c o m s u a s necessidades, valores e interesses".

Essa inversao de valores, cultura, c o s t u m e s esta intimamente ligada a condigao pos- m o d e r n a que traveste a s o c i e d a d e c o n t e m p o r a n e a . C o m o aduz Eduardo C. Bittar (2008, p. 134): "A p o s - m o d e r n i d a d e (...) v e m s e n d o esculpida na realidade a partir d a propria m u d a n g a dos valores, dos c o s t u m e s , dos habitos sociais, das instituigoes, s e n d o que a l g u m a s conquistas e desestruturagoes sociais atestam o estado e m que se vive e m meio a u m a transigao".

E e s s a transigao d a s o c i e d a d e para uma s o c i e d a d e e m rede esta intimamente ligada aos e l e m e n t o s da p o s - m o d e r n i d a d e , visto q u e a tecnologia, a robotizagao e a informatizagao tern t r a n s f o r m a d o habitos de c o n s u m o , atitudes c o m p o r t a m e n t a i s ,

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c o m p o r t a m e n t o s sexuais, t e n d e n c i a s d a m o d a , a l e m da vertiginosa aceleragao das relagoes d e c o m u n i c a g a o , d a s transformagoes institucionais, na requalificagao das c o n c e p g o e s de trabalho e etc. L Y O T A R D (2009, p.4) c o m p l e m e n t a : "e razoavel pensar q u e a multiplicagao de m a q u i n a s informacionais afeta e afetara a circulagao d o s c o n h e c i m e n t o s , do m e s m o m o d o que o d e s e n v o l v i m e n t o d o s m e i o s de circulagao (transportes) d o s h o m e n s , dos sons e, e m s e g u i d a d a s i m a g e n s o fez".

O principal e que a tecnologia e a s o c i e d a d e o r g a n i z a d a e m rede c a m i n h a m para um futuro incerto e cheio de t r a n s f o r m a g o e s q u e ainda e s t a o por vir, constituindo o cerne da p o s - m o d e r n i d a d e .

A pos-modernidade e menos um estado de coisas, exatamente porque ela e uma condigao processante de um amadurecimento social, politico, economico e cultural, que havera de alargar-se por muitas decadas ate sua consolidagao. Ela nao encerra a modernidade, pois inaugura sua mescla com os restos da modernidade. Do modo como se pode compreende-la, deixa de ser vista somente como um conjunto de condigoes ambientais para ser vista como certa percepgao que parte das consciencias acerca da ausencia de limites e de seguranga, num contexto de transformagoes, capaz de gerar uma procura (ainda nao exaurida) acerca de outros referenciais possiveis para a estruturagao da vida (cognitiva, psicologica, afetiva, relacional etc.) e do projeto social (justiga, economia, burocracia, emprego, produgao, trabalho etc.). BITTAR (2008, p. 137)

A t r a v e s do a x i o m a : "informagao e poder" pode se inferir q u e as relagoes sociais de c u n h o p o s - m o d e r n o f r a g m e n t a m o poder e m sua estrutura tradicional, pois, a informagao, c o m o s i n o n i m o de poder, nao se concentra mais e m u m p e q u e n o g r u p o capitalista detentor do poder e c o n o m i c o e social. A natureza do vinculo social n u m a perspectiva p o s - m o d e r n a c o m o as f u n g o e s de administragao e de reprodugao d a s informagoes serao retiradas d a s m a o s de administradores e confiadas a individuos p r o p o r c i o n a n d o novas p e r f o r m a n c e s de relagoes de poder e informagao.

Jurgen H a b e r m a s critica a racionalidade instrumental da ciencia e da tecnica nao no sentido de q u e esta consiste na organizagao e na e s c o l h a a d e q u a d a de meios para atingir d e t e r m i n a d o s fins, libertando o h o m e m para que se desenvolva t e c n o l o g i c a m e n t e , institucionalmente e culturalmente e m p r o c e s s o s independentes. Mas sim no sentido de q u e a unilateralidade d e s s a perspectiva o n d e a p e n a s parte de uma s o c i e d a d e decide o r u m o dos d e m a i s s e m haver n e n h u m a interagao social

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difere do proposito de convivio social do h o m e m , pois o individualismo, o isolamento, a competicao e s t a o na b a s e d o s problemas sociais. G O N Q A L V E S (1999)

A teoria da a c a o comunicativa de Jurgen H a b e r m a s citada por Maria A u g u s t a Salim G o n c a l v e s (1999, p. 133): "propoe u m m o d e l o ideal de a c a o comunicativa e m que as p e s s o a s interagem e, atraves d a utilizagao da l i n g u a g e m , organizam-se socialmente, b u s c a n d o o c o n s e n s o de uma f o r m a livre de t o d a a c o a g a o externa e interna." A s o c i e d a d e e m rede a p a r e c e para ilustrar a teoria d a a c a o comunicativa " h a b e r m a s i a n a " a l a v a n c a n d o f o r m a s de c o m u n i c a g a o da s o c i e d a d e c o m a participagao de diversos atores sociais.

C o n t u d o , ha os q u e acreditam que o d e s e n v o l v i m e n t o tecnologico esta a c o m p a n h a d o de riscos e incertezas, c o m o o a u m e n t o do d e s e m p r e g o , rigidez social, banalizagao dos valores sociais, b a n i m e n t o d a privacidade, robotizagao das atividades laborais. C A S T E L L S (2006) Critica os intelectuais tradicionais, no sentido e m que estes a c r e d i t a m q u e as novas tecnologias d e s t r o e m e m p r e g o s , isola as

pessoas, que a 'info-exclusao' a u m e n t a a exclusao social, que a tecnologia torna o cotidiano c o m o u m Big Brother - privacidade zero - , o perigo de o d e s e n v o l v i m e n t o tecnologico ser c o n t r o l a d o pelos militares, o t e m p o d a vida d a s p e s s o a s ser

persistentemente acelerado pela tecnologia, que a biotecnologia c a u s a destruigao ambiental.

N u m a perspectiva negativa, afirma-se que os p a i s e s do Terceiro M u n d o e as parcelas m a i s p o b r e s da populagao nao precisam de d e s e n v o l v i m e n t o tecnologico e acesso a informagao, m a s sim de satisfagao de s u a s n e c e s s i d a d e s vitais basicas. Entretanto, u m a nao exclui a outra, assim c o m o toda populagao d e v e r a ter acesso a agua, alimentagao, s a u d e , higiene, seguranga, lazer, m o r a d i a e entre outros direitos h u m a n o s f u n d a m e n t a l s t a m b e m devera c o m p o r o direito a e d u c a g a o e a informagao o acesso a tecnologia d a informagao c o m o direito f u n d a m e n t a l basico do d e s e n v o l v i m e n t o do intelecto h u m a n o .

Entretanto, a informatica sai do seu gueto ao ser utilizada c o m o uma ferramenta de trabalho q u e proporcione a otimizagao, e a agilidade d o s servigos, seja no c o m e r c i o , na industria ou ate m e s m o no terceiro setor. S i m o n Nora e Alain Mine (1980, p. 16) a f i r m a m : "Nas g r a n d e s organizagoes, os novos sistemas pouco a pouco instalados a p r o x i m a m - s e t a m b e m dos postos de trabalho: e o e m p r e g a d o ou operario que faz as entradas, recebe as respostas e m lingua clara e as utiliza".

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O s otimistas a c r e d i t a m q u e informatica significa informagao, informagao significa cultura, e cultura significa e m a n c i p a g a o e d e m o c r a c i a , facilitando o dialogo e a u m e n t a n d o a resistencia dos hipossuficientes e m d e t r i m e n t o da prepotencia e c o n o m i c a e social d o s m a i s fortes. C o m o bem a n u n c i a m N O R A e M I N C (1980) que se a internet satisfizer muitos usuarios a pregos c o m p a t i v e i s c o m os s e u s recursos financeiros, a u m e n t a r a infinitamente o universo informatico. E q u e nao d e p e n d e r a de grandes organizagoes, os usuarios potenciais c o m o , p e q u e n a s e m e d i a s e m p r e s a s , profissionais liberals, lares, cuja c a p a c i d a d e de dialogo, d e m a n d a e possibilidades pecuniarias r e q u e r e m a b o r d a g e m diversa.

H o d i e r n a m e n t e p o d e - s e observar que tern sido possivel a fabricagao de c o m p u t a d o r e s de p e q u e n o porte, potentes, p o u c o c u s t o s o s , c o m linguagens cada vez mais a c e s s i v e i s , c o m u n i c a g a o digital atraves de redes de b a n d a larga c o m ou s e m cabos e fios. A evolugao dos c o m p o n e n t e s eletronicos e s e m duvida uma d a s mais repletas de c o n s e q u e n c i a s . Pois a miniaturizagao e a funcionalidade tern superado os desafios a imaginagao. C o m o , por e x e m p l o , a invengao do ipod, do

ipad, dos tablets e tantos outros tern surpreendido c a d a vez m a i s o universo

tecnologico.

J o s e Carlos de A r a u j o A l m e i d a Filho (2008, p. 19) a p o n t a : "A ideia de insergao de u m p r o c e s s o eletronico t e n d e a provocar nos m a i s resistentes a taxagao de elitizagao do p r o c e s s o - o que nao e o caso." A intengao d a insergao de u m processo eletronico e d e democratizar a justiga reduzindo custas processuais, m e l h o r a n d o o p r o c e d i m e n t o e agindo de f o r m a a populagao obtenha mais c o n h e c i m e n t o s para buscar s e u s direitos.

N a o so na esfera privada a informatizagao tern relevancia para a sociedade. A atuagao do poder publico e fator decisivo para moldar e d e s e n v o l v e r a s o c i e d a d e e m rede, tanto na regulagao do fato social d a informatizagao, q u a n t o na n e c e s s i d a d e de modernizagao d a administragao publica. Seria u m contra s e n s o as instituigoes estatais, seja d a administragao direta e indireta, estar alheios ao d e s e n v o l v i m e n t o das s o c i e d a d e s e m q u e e x e r c e m sua g e s t a e

Assim, a reforma do sector publico comanda todo o resto, no processo de moldagem produtiva da sociedade em rede. Isto inclui a difusao da e-governagao (um conceito mais vasto do que o governo electronico — porque inclui a participagao dos cidadaos e a tomada de decisoes politicas); e-saude, e-formagao, e-seguranga, etc.; e um

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sistema de regulagao dinamica da industria de comunicagao, adaptando-se aos valores e necessidades da sociedade. Todas estas transformagoes requerem a difusao da interatividade, multiplicando as redes em fungao da forma organizacional do sector publico. Isto e equivalente a uma reforma do Estado. De facto, o modelo burocratico racional do Estado da Era Industrial esta em completa contradigao com as exigencias e os processos da sociedade em rede. CASTELLS (2006, p. 11)

Diante da nova realidade social, que o u s a d a m e n t e pode ser c h a m a d a de

realidade virtual, nao pode o Direito p e r m a n e c e r a m a r g e m d e s s a revolugao

tecnologica e d a informagao. V i s a n d o u m a efetiva prestagao jurisdicional, os tribunals de todo pais tern se d e p a r a d o c o m a n e c e s s i d a d e de adaptar-se atualizando seu aparato tecnologico para que n u m futuro p r o x i m o seja implantado u m p r o c e d i m e n t o judicial eletronico. C o m outras palavras, G u s t a v o Testa Correa infere q u e :

Se desenvolvimento tecnologico cria novas relagoes sociais, o judiciario nao pode "dar as costas" aquilo que Ihe pode ajudar veneer os novos desafios criados pela propria tecnologia. Percebemos a utilizagao da tecnologia em varios aspectos de nossas cortes, como a introdugao de computadores, telecomunicagoes e programas sofisticados, contribuindo sensivelmente para o aumento de sua celeridade e confiabilidade. CORREA (2008, p.77)

O u seja, c o m u m a prestagao jurisdicional mais eficaz atraves de u m p r o c e d i m e n t o judicial eletronico, de m o d o a satisfazer o interesse de maior parte da populagao, principalmente d a q u e l e s que se e n c o n t r a m alhures de u m a efetiva jurisdigao, o direito se a p r o x i m a r a de sua verdadeira intengao de fazer justiga social.

C o m isso cada v e z mais p e s s o a s acreditarao q u e o poder judiciario solucionara os conflitos e este por sua vez a s s i m o fara de m o d o a conquistar o respeito e a esperanga d a s p e s s o a s .

O futuro da s o c i e d a d e d e p e n d e da adaptagao e organizagao dos p o d e r e s publicos para c o m os avangos d a informatica. Nao p o d e r a haver u m controle absoluto n e m u m a d e s o r d e m anarquista e sim o equilibrio entre a liberdade e a coordenagao, facilitando a m u d a n g a ao inves de impor.

Analisando sob este prisma e repudiando o anacronismo dos que ainda resistem a informatica no direito, a partir do momento em que

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temos a insergao de um novo mecanismo, ainda que acessivel - ao menos que inicialmente - a poucos, teremos um grande espago aberto para as questoes que necessitam de imediata intervengao do judiciario, como as possessorias, de vizinhanga, de familia, dentre outras que assoberbam a Defensoria Publica, pela demora no processamento dos feitos sob o palio da gratuidade da justiga. ALMEIDA FILHO (2008, p. 19)

O p r o c e d i m e n t o judicial eletronico sob o manto d a s garantias constitucionais e dos principios p r o c e s s u a i s de a d e q u a r a aos d e v i d o s atos processuais c o m o fito de garantir u m a o r d e m juridica j u s t a , destinada a pacificagao social c o n t e m p o r a n e a . N u m a s o c i e d a d e p e r m e a d a por relagoes interpessoais c a d a vez mais c o m p l e x a s devido principalmente pela informatizagao nao pode o direito passar d e s p e r c e b i d o , se faz necessario u m a urgente adaptagao d a s instituigoes p r o c e s s u a i s para c o m o jurisdicionado.

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3 A P L I C A Q A O D O P R O C E S S O J U D I C I A L E L E T R O N I C O E S U A R E L A Q A O C O M O S P R I N C I P I O S D O D I R E I T O C O N S T I T U C I O N A L E P R O C E S S U A L

3.1. Principio do Devido Processo Legal e Processo Eletronico

Historicamente o d e v i d o processo legal tern s u a s origens no antigo direito medieval s a x o n i c o , c o m o instituto do law of the lands, e n c o n t r a d a na M a g n a Carta de 1215. Na Inglaterra este instituto evoluiu para a garantia do devido p r o c e s s o legal, refletindo d i r e t a m e n t e e m s u a s colonias da A m e r i c a do Norte. P o d e n d o ser e n c o n t r a d o nas D e c l a r a c o e s do Direito (Bill of Rights) e nas Cartas Coloniais, s e d i m e n t a n d o sua importancia nas 5a e 1 4a E m e n d a s a Constituigao dos Estados

Unidos. D E L G A D O (2005)

A n o c a o de justiga atraves de um processo j u s t o esta arraigada ao principio do devido p r o c e s s o legal. Este principio nao pode ser e n t e n d i d o a p e n a s c o m o o fiel c u m p r i m e n t o de m e c a n i s m o s formais de tramitacao, m a s sim c o m o u m principio que liga indissociavelmente os d e m a i s principios p r o c e s s u a i s contidos na Carta M a g n a , exaurindo a prepotencia e a arbitrariedade de o p r e s s o r e s s o b r e hipossuficientes processuais e sociais.

O b s e r v a - s e na Constituicao Federal principios q u e c o m p o e m o "due process

of law". Principios f u n d a m e n t a l s c o m o a garantia do juiz natural (art. 5, X X X V I I ) , d a

c o m p e t e n c i a judicial (art. 5°, I III), indisponibilidade de b e n s e d a liberdade s e m o regular p r o c e s s o (art. 5°, LIV), da ampla d e f e s a e do contraditorio (art. 5°, LV), da instituicao do juri (art.5°, XXXVIII), da impropriedade do uso de provas ilicitas (art. 5° LVI). A p l i c a n d o - s e ao p r o c e s s o eletronico, ainda se o b s e r v a o principio da garantia de acesso a Justiga (art. 5°, X X X V ) e principalmente o principio do direito a razoavel duragao do p r o c e s s o (art. 5°, LXXVIII), que foi incluido na Carta M a g n a atraves da EC n° 4 5 / 2 0 0 4 .

O Estado D e m o c r a t i c o de Direito tern e m sua e s s e n c i a a aplicagao do devido processo legal, por que n e s s a f o r m a de e s t a d o nao se a d m i t e um judiciario dissonante c o m a concretizagao de direitos substancias q u e garanta justiga a todos. Em clara explicagao, H u m b e r t o T h e o d o r o Junior (2010, p. 27) salienta: " U m a vez que o atual Estado D e m o c r a t i c o de Direito se assenta sobre os direitos

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f u n d a m e n t a l s , q u e nao a p e n a s sao reconhecidos e d e c l a r a d o s , m a s cuja realizagao se torna missao estatal, a o p r o c e s s o se r e c o n h e c e o p a p e l basico d e instrumento de efetivacao da propria o r d e m constitucional".

Na otica d o p r o c e s s o eletronico, o devido p r o c e s s o legal d e v e ser c o n c e b i d o c o m o f o r m a de a c e s s o a justiga, ou seja, c o m o u m a garantia e nao c o m u m a imposicao. Visto q u e os tribunals, a d v o g a d o s e o p e r a d o r e s d o direito ainda precisam se reestruturar para m e l h o r atender a n e c e s s i d a d e d o j u r i s d i c i o n a d o .

O T r i b u n a l R e g i o n a l Federal da 4a Regiao emitiu portarias para q u e o papel

f o s s e e l i m i n a d o t o t a l m e n t e , instituindo a obrigatoriedade d o tramite eletronico nos Juizados Especiais Federals daquela corte. U m m a n d a d o d e seguranga foi interposto contra d e c i s a o , a l e g a n d o o p r o c e d i m e n t o eletronico u m obice ao exercicio d e seu direito. O r e m e d i o constitucional fora d e n e g a d o .1 O e g r e g i o tribunal e m

acertada f u n d a m e n t a g a o da decisao c o n s a g r a o principio d o d e v i d o p r o c e s s o legal q u a n d o da utilizagao d o p r o c e d i m e n t o judicial eletronico visto q u e o referido sistema c o a d u n a - s e c o m os principios p r o c e s s u a i s da oralidade, s i m p l i c i d a d e , informalidade, e c o n o m i a p r o c e s s u a l e da celeridade.

1 MANDADO DE SEGURANQA N° 2004. 04.01.036333-0/RS

RELATOR: Des. Federal JOAO SOURREAUX CHAGAS IMPETRANTE: CARLOS DE SOUSA GOMES

ADVOGADO: GUILHERME BOTELHO DE OLIVEIRA

IMPETRADO: DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4a REGIAO.

EMENTA

MANDADO DE SEGURANQA. ATO DO PRESIDENTE TRF4. OBRIGAQAO DO PROCESSO ELETRONICO (E-PROC) NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS.

1. A institute- do processo eletronico e decorrencia da necessidade de agilizagao da tramitaccio dos processos nos Juizados Especiais Federals, representando a iniciativa o resultado de um enorme esforgo institucional do Tribunal Regional da 4a Regiao e das tres Segfies judiciarias do Sul para que

nao se inviabilize a prestagao jurisdicional a populagao, diante da avalanche de ag6es que recai sobre a Justiga Federal, particularmente nos Juizados Especiais Federals.

2. 0 sistema em implantagao e consentaneo com os criterios gerais da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade que devem orientar os Juizados Especiais, previstos no art. 2° da lei 9.099/95, e que sao aplicaveis aos Juizados Especiais Federals, conforme disposto no art. 1°da Lei 10. 259/2001.

3. A sistematica implantada assegura o acesso aos equipamentos e aos meios eletronicos as partes e aos procuradores que deles n§o disponham (ResolugSo n° 13/2004, Presidencia do TRF/43 Regi§o,

art. 2°, §§ 1° e 2°), de forma que, a principio, ninguem tern o acesso a Justiga ou o exercicio da profisscio impedido em decorrencia do processo eletronico.

Seguranga denegada.

A C O R D A O

Vistos e relatados estes autos em que sao partes as acima indicadas, decide a Egregia Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4a Regi§o, por maioria, denegar a seguranga, nos termos

do relatOrio, voto e notas taquigraficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Porto Alegre, 29 de setembro de 2005.

Des. Federal Joao Surreaux Chagas Relator

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0 C N J - C o n s e l h o Nacional de Justiga esta e l a b o r a n d o u m software c h a m a d o PJe c o m a c o l a b o r a g a o dos diversos tribunals brasileiros c o m objetivo de manter u m sistema de p r o c e s s o judicial eletronico c a p a z de permitir a pratica de atos processuais pelos m a g i s t r a d o s , servidores e d e m a i s participantes da relagao processual diretamente no sistema, assim c o m o o a c o m p a n h a m e n t o d e s s e processo judicial, i n d e p e n d e n t e m e n t e de o processo tramitar na Justiga F e d e r a l , na Justiga dos Estados, na Justiga Militar dos Estados e na Justiga do Trabalho. Mais que isso, o PJe tern por finalidade racionalizar g a s t o s , e otimizar o servigo judiciario para que o Poder Judiciario p o s s a resolver os conflitos de a c o r d o c o m os preceitos do devido p r o c e s s o legal. C N J (2010)

3.2. Principio da Celeridade Processual, Instrumentalidade das Formas e Economia de Atos Processuais como corolario do Processo Eletronico

A E m e n d a Constitucional n° 4 5 / 2 0 0 4 a c r e s c e n t o u o inciso LXXVIII ao art. 5°, d e v e n d o ser a s s e g u r a d o a t o d o s , tanto no a m b i t o do p r o c e s s o judicial q u a n t o no ambito do p r o c e s s o administrativo, o direito a razoavel duragao do processo, bem c o m o meios q u e g a r a n t a m a sua tramitagao se de de m o d o celere. O que pode ser traduzido c o m o o principio d a celeridade processual. M a u r o Ivandro Dal Pra Slongo, e m trabalho m o n o g r a f i c o , afirma q u e : "A E m e n d a Constitucional n. 4 5 p r e o c u p o u - s e e m fornecer os s u b s i d i o s para materializar a celeridade do p r o c e s s o , a fim de se entregar ao jurisdicionado u m a prestagao jurisdicional mais rapida e eficaz, para, assim, atender aos a u s p i c i o s d a populagao."

A o refletir sobre o referido principio, Fredie Didier Jr. (2010) a c u s a nao existir u m principio da celeridade, que o processo nao d e v e ser rapido, e sim durar o t e m p o necessario e a d e q u a d o a solugao do caso s u b m e t i d o ao orgao jurisdicional.

Bem pensadas as coisas, conquistou-se, ao longo da historia, um direito a demora na solugao dos conflitos. A partir do momento em que se reconhece a existencia de um direito fundamental ao devido processo, esta se reconhecendo, implicitamente, o direito de que a solugao do caso deve cumprir, necessariamente, uma serie de atos obrigatorios, que compoem o conteudo minimo desse direito. A exigencia do contraditorio, o direito a produgao de provas e aos

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recursos certamente atravancam a celeridade, mas sao garantias que nao podem ser desconsideradas ou minimizadas. E preciso fazer o alerta, para evitar discursos autoritarios, que pregam a celeridade como valor. Os processos da Inquisicao poderiam ser rapidos. Nao parece, porem, que sinta saudade deles. DIDIER JR. (2010, p.59)

C o n t u d o , no Brasil, o processo judicial e m regra tern u m periodo de tramitacao d e v e r a s longo, nao pelo fato de existir u m a a d e q u a d a resposta do reu ou ate m e s m o u m a produgao de provas que seja j u r i d i c a m e n t e s e g u r a , m a s sim pelo volume de p r o c e s s o s a encharcar os tribunals que por sua vez esta revestido de u m a burocracia infinda.

C a d a vez m a i s as p e s s o a s tern b u s c a d o o poder judiciario para q u e sejam reconhecidos s e u s direitos, sejam individuals ou coletivos, o que constitui outro fator para a lentidao para p r o c e s s a m e n t o e j u l g a m e n t o dos feitos. O a u m e n t o da d e m a n d a a d v e m de diversos fatores c o m o o a u m e n t o populacional e a propria melhora no c o n h e c i m e n t o dos direitos tern estimulado a b u s c a pela justiga c o m o efetivagao da cidadania.

C o m o b e m inflama o discurso M O R E I R A (1994) ao afirmar que a progressiva elevagao no n u m e r o de habitantes ja e por si so condigao de a u m e n t o da d e m a n d a no poder judiciario. Nao se trata de simples a u m e n t o da populagao. A o passo q u e se vai difundindo o c o n h e c i m e n t o d o s direitos, a consciencia da cidadania por parte da populagao e esta vai p e r c e b e n d o s u a s carencias e n e c e s s i d a d e s , vai a u m e n t a n d o a d e m a n d a ate e n t a o simploria a p e r c e n t a g e m dos que pleiteiam, r e c l a m a m e litigam e m j u i z o .

D e s t a c a - s e o principio da celeridade p r o c e s s u a l , nao so c o m o norteador do processo eletronico, m a s c o m o uma finalidade, pois e atraves d a modernizagao da prestagao jurisdicional que se p o d e r a efetivar a m e l h o r aplicagao d e s t e principio, visto que a realidade d o s tribunais pathos e de a s s o b e r b a m e n t o e de lentidao na prestagao jurisdicional c o n h e c i d a por todos.

E de bom alvitre, que atraves de p r o c e d i m e n t o s rapidos e eficazes seja realizado o v e r d a d e i r o intento do processo. O n d e reside a n e c e s s i d a d e de q u e u m novo p r o c e s s o seja mais agil, s e m as a m a r r a s arcaicas do p a s s a d o , e m o d e r n o suficiente para viabilizar a realizagao da justiga, d e f e n d e n d o os direitos basicos de cada cidadao, p r o p o r c i o n a n d o a vida e convivencia h a r m o n i o s a f u n d a d a e m direitos h u m a n o s f u n d a m e n t a l s .

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Em muitos paises, as partes que buscam uma solugao judicial precisam esperar dois ou tres anos, ou mais, por uma decisao exequivel. Os efeitos dessa delonga, especialmente se considerados os indices de inflagao, podem ser devastadores. Ela aumenta os custos para as partes e pressiona economicamente fracos a abandonar suas causas, ou aceitar acordos por valores muito inferiores aqueles a que teriam direito. A Convengao Europeia para a Protegao dos Direitos Humanos e Liberdades Fundamentals reconhece explicitamente, no artigo 6°, paragrafo 1° que a justiga que nao cumpre suas fungoes dentro de "um prazo razoavel" e para muitas pessoas, uma Justiga inacessivel. CAPPELLETI (1988, p.20)

De a c o r d o c o m Jose Carlos de A r a u j o A l m e i d a Filho (p. 17; 2 0 0 8 ) ; " c o m a ampliagao dos conflitos e a n e c e s s i d a d e de u m Judiciario m a i s rapido e eficaz, o meio eletronico se a p r e s e n t a a d e q u a d o e eficaz para enfrentar e s s a situagao". Ou seja, o m e i o eletronico utilizado nos p r o c e d i m e n t o s judiciais e u m a poderosa ferramenta para agilizar os p r o c e d i m e n t o s judiciais e enfrentar a m o r o s i d a d e que enfada os j u r i s d i c i o n a d o s e afoga os tribunals e m pilhas de papel.

C o n t u d o , existem alguns ceticos que nao a c r e d i t a m que o arrastar dos p r o c e s s o s durante a n o s nos tribunais brasileiros d e v e - s e prioritariamente a insuficiente capacitagao h u m a n a e m vista da d e m a n d a q u e a s s o m b r a o judiciario. A l e x a n d r e Vidigal de Oliveira (Consulex; n° 2 7 2 ; p. 35) alerta q u e : "o mal maior do Judiciario nao esta na m o r o s i d a d e do tramitar e sim no atraso e m julgar". Pois a maioria d o s p r o c e s s o s a t r a s a d o s nao esta e m f a s e de tramitagao e sim a g u a r d a n d o j u l g a m e n t o .

Na m e s m a esteira, a Ministra do Superior Tribunal de Justiga, Fatima Nancy Andrighi, (2011) f a z p e r c e b e r que s o m e n t e a virtualizagao d o s p r o c e s s o s judiciais nao e suficiente para solucionar os p r o b l e m a s de m o r o s i d a d e do poder judiciario, por que m e s m o s e n d o e n v i a d o r a p i d a m e n t e u m processo para u m d o s Tribunais Superiores, la c h e g a n d o a g u a r a com paciencia o j u l g a m e n t o , visto q u e ainda sao os m e s m o s seres h u m a n o s q u e farao a analise e o j u l g a m e n t o d e cada u m .

P o r e m c o m a informatizagao d o s p r o c e s s o s no Brasil, a t e n d e n c i a sera eliminar entraves burocraticos c o m o fases d e s n e c e s s a r i a s da burocracia processual c o m o j u n t a d a , t e r m o s , r e m e s s a s , malotes e etc. O q u e reduz c o n s i d e r a v e l m e n t e a duragao de u m p r o c e s s o judicial.

Alem da fuga ao tecnicismo exagerado, bem como do empenho em reformas tendentes a eliminar entraves burocraticos dos

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