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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Câmara Municipal de Celorico da Beira (Guarda)

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R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

JAMES GONÇALVES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM ENGENHARIA TOPOGRÁFICA

Setembro/2013

Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda

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i

Ficha de Identificação

Aluno

Nome – James Gonçalves

Curso – Engenharia Topográfica Número – 1010202

Local de Estágio

Instituição – Câmara Municipal de Celorico da Beira

Morada – Rua Sacadura Cabral, Nº39 6360-350 Celorico da Beira.

Telefone – 271 747 400

Fax – 271 747 409

E-mail – www.cm-celoricodabeira.pt

Orientador de estágio

Instituição – José António Tomás

Professor Acompanhante –Eufémia Glória Patrício

Período de Estágio

Início do estágio – 12 de Março 2013 Fim do estágio – 12 de Setembro 2013

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PLANO DE ESTÁGIO

Encontram-se presentes no relatório da unidade curricular de projeto em contexto de estágio, a descrição dos trabalhos desenvolvidos, bem como a descrição de todos os procedimentos e técnicas para que a correta realização dos mesmos fosse possível, assim como todo o equipamento e software utilizados. Todos os trabalhos tinham sido definidos no plano inicial de estágio excepto o trabalho de implantação.

Ao longo do Estágio foram desenvolvidos os seguintes projetos

:

 Projeto do Caminho Agrícola na aldeia da Carrapichana do Concelho de Celorico da Beira

 Rede de Saneamento numa rua da aldeia do Minhocal do concelho de Celorico da Beira

 Levantamento de Pontos de Apoio com GPS (Sistema de Posicionamento Global) para a constituição da plataforma online da Rede de Apoio Topográfico Municipal

 Implantação de lavadouros públicos na freguesia da Carvalheda do concelho de Celorico da Beira, implantação de uma quadrícula, onde se encontram sepulturas arqueológicas em S.Gens em Celorico da Beira, implantação de lotes e implantação de um poste EDP, em Celorico da Beira, implantação da ampliação do cemitério do Cadafaz, aldeia do Concelho de Celorico da Beira

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iii

RESUMO

No seguimento da aquisição de inúmeros conhecimentos nas várias vertentes existentes no curso de Engenharia Topográfica, o estágio curricular vem consolidar os conhecimentos, visando aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos na formação académica, em conhecimentos práticos realizados em situações reais em contexto de obras de Engenharia Civil.

Os diversos trabalhos apresentados, constituem o relatório do estágio curricular no contexto da disciplina de Projeto, indispensável para a conclusão da licenciatura em Engenharia Topográfica do Instituto Politécnico da Guarda. A realização do estágio curricular foi desenvolvida na Câmara Municipal de Celorico da Beira, no gabinete de topografia. A realização deste estágio foi definida ao abrigo do protocolo efectuado entre a Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Ordem dos Engenheiros Técnicos, com o objetivo de que no final da realização do estágio curricular numa instituição, com um período de duração de 6 meses, o aluno se integre nesta Ordem como membro.

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iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os professores que estiveram presentes e que foram fundamentais na minha formação académica, gostaria de agradecer em especial à professora Eufémia Glória Patrício que sempre esteve presente para prestar qualquer esclarecimento e auxilio, pela sua boa disposição e qualidade de ensino, o meu sincero e muito obrigado.

Os meus agradecimentos especiais ao senhor José António Tomás, técnico profissional especialista na área da Topografia, meu orientador de estágio na instituição, pelos muitos conhecimentos que me transmitiu, pela sua enormíssima experiência, que fizeram com que neste momento me sinta confortável para ingressar na vida profissional da Engenharia Topográfica. Quero agradecer a sua agradável boa disposição e qualidade de pessoa que é, a sua disponibilidade inesgotável, para me esclarecer e prestar auxilio sempre que apresentava algumas dúvidas, fizeram com que realizasse o estágio adquirindo bastantes conhecimentos, o meu muito obrigado senhor José António pelos grandes conhecimentos e enorme experiência que me transmitiu execionalmente bem. Gostaria de agradecer aos desenhadores Vítor Abreu e Carlos Duarte do gabinete de desenho técnico, e ao Arquitecto Ivo pela sua boa disposição e pela sua prontidão, o meu muito obrigado.

Gostaria de dirigir os meus agradecimentos ao Gabinete de Estágios e Saidas Profissionais - GESP, do Instituto Politécnico da Guarda que permitiu a realização deste estágio.

Por ultimo, mas não menos importante gostaria de agradecer de uma forma muito especial, ao Presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, senhor José Monteiro, que se mostrou de imediato disponível para a aceitação da realização do estágio, e fez com que a realização do mesmo fosse possível na instituição, o meu sincero e muito obrigado Senhor Presidente José Monteiro pela qualidade e simpatia de pessoa que é.

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v ÍNDICE Ficha de Identificação………...……….…i Plano de Estágio………...ii Resumo………..…...iii Agradecimentos………..…..iv Índice……….v Índice geral.……….vii Índice de Tabelas……….………..……x Índice de Anexos………..…..…..xi

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ÍNDICE GERAL

CAPÍTULO 1- COMPETÊNCIAS E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE DE ESTÁGIO ... 1

1.1- Departamento /Secção onde decorreu o estágio ... 2

1.1.1- ORGANIGRAMA ... 3

CAPITULO 2- CONCEITOS E MÉTODOS UTILIZADOS NA TOPOGRAFIA ... 4

2.1- Levantamento Topográfico ... 4

2.1.1-CLASSIFICAÇÃO DE MÉTODOS PARA LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS ... 4

2.2-Implantação ... 7

2.3- Principio básico do Sistema de Posicionamento por Satélite- GPS ... 8

2.4- Erros afetos ao GPS ... 8

2.4.1- ERROS DEVIDOS À ATMOSFERA:CAMADA DA IONOSFERA ... 9

2.4.2- ERROS DEVIDOS À ATMOSFERA:CAMADA DA TROPOSFERA ... 9

2.4.3-ERROS RELATIVOS AOS SATÉLITES: MULTICAMINHO ... 9

2.4.4-SINCRONISMO DOS RELÓGIOS DOS SATÉLITES E RECETORES ... 10

2.4.5-GEOMETRIA DA CONSTELAÇÃO DOP-DILUIÇÃO DA PRECISÃO ... 10

2.5- Erros afetos ao processo de medição ... 10

2.5.1-ERROS SISTEMÁTICOS ... 10

2.5.2-ERROS ACIDENTAIS ... 10

2.5.3-ERROS GROSSEIROS ... 11

CAPITULO 3-EQUIPAMENTOS E SOFTWARES UTILIZADOS NO ESTÁGIO ... 12

3.1- Acessórios ... 14

3.2- Softwares ... 15

3.2.1-SOFTWARE LEICA SKI-PRO ... 16

3.2.2-CARTOMAP 5.5 ... 16

CAPITULO 4- OBJETIVOS DOS PROJETOS REALIZADOS ... 17

CAPITULO 5- PROJETOS DESENVOLVIDOS DURANTE O ESTÁGIO ... 18

TRABALHO 1- PROJETO DO CAMINHO AGRÍCOLA DA CARRAPICHANA ... 18

1.1-Considerações gerais e objetivos do caminho ... 18

1.2- Condicionantes do Caminho Agrícola ... 19

1.3- Carateristicas Técnicas... 19

1.3.1-PLANIMETRIA ... 19

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1.4- Perfil Transversal tipo ... 23

1.5- Cálculo e Apresentação de Quad´s ... 24

1.6- Pavimentação e Valetas ... 28

1.7- Imagens do Caminho agrícola requalificado ... 28

TRABALHO 2- REDE DE SANEAMENTO NO MINHOCAL ... 30

2.1- Constituição/ Composição de redes de Saneamento ... 30

2.2- Condições hidráulico sanitárias da rede ... 31

2.2.1-CONDIÇÕES MÁXIMAS ... 31

2.2.2-CONDIÇÕES MÍNIMAS ... 32

2.3- Considerações gerais da Obra ... 32

2.4- Troço principal ... 33

2.4.1-PERFIL LONGITUDINAL NO TROÇO PRINCIPAL ... 33

2.4.2-SECÇÃO TIPO ... 36

SECÇÃO TIPO DA REDE DO TROÇO PRINCIPAL ... 36

2.5- Troço secundário ... 37

2.5.1-PERFIL LONGITUDINAL DO TROÇO SECUNDÁRIO ... 37

2.5.2-SECÇÃO TIPO ... 38

SECÇÃO TIPO DA REDE DO TROÇO SECUNDÁRIO ... 38

2.6- Cálculo de Volumes ... 42

2.6.1-CÁLCULO DE VOLUMES DO TROÇO PRINCIPAL ... 42

2.6.2- CÁLCULO DE VOLUMES DO TROÇO SECUNDÁRIO ... 44

2.7- Imagens da obra de saneamento no Minhocal ... 45

2.7.1- LOCALIZAÇÃO DA OBRA ... 48

TRABALHO 3- LEVANTAMENTO DE PONTOS DE APOIO COM GPS PARA A CONSTITUIÇÃO DA PLATAFORMA ONLINE DA REDE DE APOIO TOPOGRÁFICO MUNICIPAL ... 49

3.1- Procedimentos do levantamento ... 49

3.2- Pontos de apoio da localidade de Casas de Soeiro ... 51

3.2.1- ANÁLISE DE RESULTADOS ... 53

3.3- Pontos de apoio da vila de Celorico da Beira ... 54

3.3.1- ANÁLISE DE RESULTADOS ... 55

3.4- Imagens dos locais onde se encontram os pontos de apoio levantados ... 57

3.4.1- PONTOS NA LOCALIDADE DE CASAS DE SOEIRO ... 57

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viii TRABALHO 4- CÁLCULO DE VOLUMES NA ZONA INDUSTRIAL DE CELORICO DA

BEIRA ... 60

4.1- Modelo digital do terreno... 62

4.2- Perfil longitudinal ... 64

4.3- Cálculo de volumes por malha ... 64

4.4- Resultados obtidos do cálculo de volumes ... 66

TRABALHO 5- IMPLANTAÇÃO DE UM LOTE NO LOTEAMENTO DAS INGOTAS/ALTERAÇÃO DE UM POSTE DE MÉDIA TENSÃO EDP ... 68

5.1- Procedimentos da implantação ... 68

5.2- Imagens do local da obra do loteamento das Ingotas ... 69

5.3- Localização da obra ... 72

TRABALHO 6- IMPLANTAÇÃO DE QUADRÍCULAS ARQUEOLÓGICAS EM S.GENS 73 6.1- Procedimentos da implantação ... 73

TRABALHO 7- IMPLANTAÇÃO DE LAVADOUROS PÚBLICOS NA ALDEIA DA CARVALHEDA ... 76

7.1- Procedimentos da implantação ... 77

7.2- Localização da obra ... 78

TRABALHO 8- IMPLANTAÇÃO DA AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DA ALDEIA DO CADAFAZ ... 79

8.1- Procedimentos da implantação ... 79

8.2- Imagens do local da ampliação do cemitério da aldeia do Cadafaz ... 80

8.3- Localização da obra ... 81

CAPITULO 6- CONCLUSÕES ... 82

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Tolerância das poligonais ………...6 Tabela 2 Listagem de volumes e superfícies relativamente ao troço principal…….…..44 Tabela 3 Listagem de volumes e superfícies relativamente ao troço secundário ……...44 Tabela 4 Tabela referente aos pontos levantados a casas de Soeiro, com os respetivos desvios e qualidade………...………...53 Tabela 5 Tabela referente aos pontos levantados na vila de Celorico da Beira, com os respetivos desvios e qualidades.………...…………...55 Tabela 6 Tabela com os resultados do cálculo de volumes ……….…...67

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x

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1 Projeto do Caminho Agrícola da Carrapichana………85

Anexo 2 Rede de Saneamento no Minhocal………86

Anexo 3 Levantamento de Pontos de Apoio com GPS para a constituição da plataforma online da Rede de Apoio Topográfico Municipal………...……87

Anexo 4 Cálculo de volumes na zona industrial de Celorico da Beira………...88

Anexo 5 Implantação de um lote no loteamento das Ingotas/Alteração de um poste de média tensão EDP………89

Anexo 6 Implantação de quadriculas Arqueológicas em S.Gens………90

Anexo 7 Implantação de lavadouros públicos na aldeia da Carvalheda………..91

Anexo 8 Implantação da ampliação do Cemitério da aldeia do Cadafaz………92

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1

CAPÍTULO 1- COMPETÊNCIAS E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE

DE ESTÁGIO

A Câmara Municipal de Celorico da Beira, assim como as outras Câmaras de todos os Municípios, tem um regulamento, pelo qual se devem reger, publicado no Diário da República, para que possa existir um ótimo e correto funcionamento de todos os departamentos nelas incluídos de modo a que se satisfaça com toda a eficiência todos os serviços requeridos aos mesmos. Dessa forma a Câmara Municipal no âmbito da organização e funcionamento dos seus serviços e no da gestão corrente, detêm as competências de aceitar doações, legados e heranças a benefício de inventário, nomear e exonerar o conselho de administração dos serviços municipalizados e das empresas públicas municipais, assim como os representantes do município nos órgãos de outras empresas, cooperativas, fundações ou entidades em que o mesmo detenha alguma participação no respectivo capital social ou equiparado fixar as tarifas e os preços da prestação de serviços ao público pelos serviços municipais ou municipalizados. Deve apoiar ou comparticipar no apoio à acção social escolar e às actividades complementares no âmbito de projectos educativos, nos termos da lei, organizar e gerir os transportes escolares resolver, no prazo máximo de 30 dias, sobre os recursos hierárquicos impróprios que lhe sejam apresentados de todas as deliberações do conselho de administração dos serviços municipalizados, aprovar os projectos, programas de concurso, caderno de encargos e a adjudicação relativamente a obras e aquisição de bens e serviços, Remeter ao Tribunal de Contas, nos termos da lei, as contas do município, entre outras demais competências presentes no DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A, ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro.

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1.1- Departamento /Secção onde decorreu o estágio

O Departamento/Secção, incluída na Câmara Municipal onde decorreu o estágio , é designada por Secção de Obras Municipais. A Secção de Obras Municipais detém um coordenador técnico diretamente dependente do Chefe de Divisão de Urbanismo e Gestão de Espaços Públicos ao qual compete orientar e zelar pelo normal funcionamento do serviço.

A Secção de Obras Municipais é composta por serviços de Planeamento, Ordenamento do Território/Projeto, e serviços de Obras Municipais.

A Secção de Obras Municipais detêm como atribuições, informar os processos que careçam de despacho superior, relativos à sua área de intervenção, assegurar a organização e gestão do arquivo de obras por empreitada, assegurar a ligação a outros organismos em matéria de processos de obras por empreitada, acompanhar a execução das empreitadas de obras públicas, elaborando informações sobre aspetos decorrentes das obras, elaborar autos de medição e revisão de preços, executar vistorias com elaboração de relatórios para efeitos de receção provisória e definitiva das obras, fiscalizar os trabalhos realizados na via pública, por empresas concessionárias e outras, de acordo com o regulamento de obras na via pública, efetuando as medições necessárias, obter todas as informações de interesse para os serviços onde está colocado, através de observação direta no local, verificar e controlar as autorizações e licenças para a execução dos trabalhos, fiscalizar as obras públicas municipais, adjudicadas por empreitada, fiscalizar as obras municipais protocoladas, executadas por ajuste direto ou empreitadas, proceder à revisão de projetos de obras públicas municipais de molde a verificar erros e omissões, elaborar projetos, com recurso aos técnicos dos serviços de desenho e topografia , entre outras demais atribuições também elas com o mesmo grau de importância.

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3

1.1.1-

ORGANIGRAMA

Figura 1: Organigrama da Câmara Municipal de Celorico da Beira

Fonte:http://www.cmceloricodabeira.pt/orgaosautarquicos/camaramunicipal/organogra ma/PublishingImages/organigrama_cmcb.jpg

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CAPITULO 2- CONCEITOS E MÉTODOS UTILIZADOS NA

TOPOGRAFIA

2.1- Levantamento Topográfico

Um levantamento topográfico é um conjunto de operações de campo e gabinete com a finalidade de determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre.

As determinações dão-se por meio de medições lineares e angulares, ligando os pontos descritores dos objectos a serem representados com posterior processamento em modelo matemático adequado. Partindo-se do conceito de que Topografia é um caso particular da Geodesia, pode-se afirmar que os métodos planimétricos, com fins de levantamento, implantação ou posicionamento, devem ser encarados sumariamente como aplicações da geometria plana.

2.1.1-CLASSIFICAÇÃO DE MÉTODOS PARA LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS

Quanto aos métodos de apoio topográfico, podem ser classificados em dois grupos distintos:

1º Grupo: Envolve os métodos cuja solução se verifica por meio de uma transformação de coordenadas polares em cartesianas.

Irradiação: É um método de levantamento em que, a partir um ponto de coordenadas conhecidas e uma dada direcção, obtemos as coordenadas de outro ponto. É um método baseado no conceito de coordenadas polares, ou seja ângulos e distâncias.

As formulas utilizadas são: A A en α A A os α

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5

Legenda:

A- ponto de coordenadas conhecidas P- ponto de coordenadas a determinar AP- Distância entre o ponto A e o ponto P α -Rumo de direção AP

Figura 2: irradiação

Fonte: http://www.estig.ipbeja.pt/~legvm/top_civil/notes_topo1.pdf

 Poligonal: É um conjunto de pontos ligados geometricamente através da medição sucessiva de ângulos e distâncias. Até ao aparecimento dos medidores electrónicos de distância (EDM), a poligonal era bastante restrita devido à dificuldade de medição dos lados poligonal, geralmente por métodos taqueómetros ou estadimétricos, com as consequentes limitações. Desde então, tem-se demonstrado que a poligonal é dos métodos mais eficazes para o estabelecimento de redes de apoio em regiões de diversa natureza.

Figura 3 : Exemplo de uma poligonal

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6

Tolerância das poligonais

n= numero de vértices presentes na poligonal L=desenvolvimento da poligonal

Tabela 1: Tolerância das poligonais

Fonte:http://www.estig.ipbeja.pt/~legvm/top_civil/notes_topo1.pdf

As poligonais podem-se classificar, consoante a precisão decrescente da respectiva execução, em:

 Poligonais de apoio básico;  Poligonais de apoio suplementar;  Poligonais topográficas;

2º Grupo: Envolve os métodos baseados na solução de triângulos:  Intersecção Directa;

 Intersecção Inversa;  Triangulação;  Trilateração;

O método utilizado nos levantamentos realizados durante o estágio curricular, pertence ao primeiro grupo e designa-se como irradiação, como foi referido anteriormente, é um método de levantamento em que, a partir um ponto de coordenadas conhecidas e uma dada direcção, obtemos as coordenadas de outro ponto. É um método baseado no conceito de coordenadas polares, ou seja ângulos e distâncias.

Para a referênciação dos pontos dos levantamentos topográficos, são utilizados Sistemas de Coordenadas relativos a Data locais ou globais

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7

É de referir que o datum utilizado nos levantamentos durante o estágio, quer com a utilização da estação total, no caso de serem georreferenciados, quer com o GPS, foi o

datum 73.

O datum 73 é caraterizado pelo elipsoíde de Hayford, tangente o géoide no vértice geodésico da Melriça, situado no centro do país.

A Latitude e Longitude do ponto central, são respetivamente: φ 39º 40´ N

λ 8º7´54´´,862 W

A falsa origem das coordenadas retangulares em M (distância à Meridiana) é 180,598 m e em P(distância à Perpendicular) -86,990 m.

2.2-Implantação

A implantação tem como objectivo colocar no terreno de uma forma prática e precisa, todos os pontos necessários à correcta execução do projecto. É com essa colocação precisa que os diversos intervenientes no processo construtivo irão desenvolver os seus trabalhos, ficando assim assegurada a correcta e segura materialização do projecto. A implantação é também utilizada na marcação de limites em processos de expropriação, partilhas, divisão de propriedades, entre outros.

Os projetos de implantação que se realizaram, integram-se nas seguintes áreas:

 Projectos de Arquitectura

 Projectos de Engenharia

 Linhas de energia eléctrica

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8

2.3- Principio básico do Sistema de Posicionamento por Satélite- GPS

Uma das necessidades básicas do Homem foi saber onde se encontrava. O Homem desde cedo se questionou: “em que parte do Mundo é que eu estou?”. O GPS é o Sistema de Posicionamento Global, que utiliza uma tecnologia via satélite que permite determinar a posição de um recetor sobre a Terra em latitude, longitude e altitude. Os recetores GPS permitem medir a distância recetor satélite através da receção dos sinais provenientes de pelo menos 3 satélites, resultando a posição x e y à superficie da terra, daq interceção de 3 esferas em que os centros são os satélites. Com o terceiro satélite, a intersecção desta última esfera reduz a ambiguidade sobre a nossa localização a 2 pontos. Com um quarto satélite que dispensa a utilização do raciocínio atrás descrito. Permite "escolher" um dos 2 pontos anteriormente determinados e sabermos que além da latitude e da longitude (duas dimensões),é possivel determinar a altitude exata da nossa localização. Entretanto, ainda mais importante, permite verificar se existe o essencial sincronismo de todos os relógios.

Se as medidas que o receptor realizou das distâncias, forem perfeitas com o seu relógio perfeitamente sincronizado com os dos satélites, então as 4 esferas intersectam-se num único ponto. Mas se as medidas forem imperfeitas, isso não acontecerá. Então o receptor, é alertado para o erro pela quarta medição, aplicará o fator de correção necessário para que as 4 esferas se intersectem num único ponto. É através da interseção das quatro esferas, que é determinada a posição tridimensional do ponto em estudo sobre a terra.

2.4- Erros afetos ao GPS

As causas dos erros na medição por satélite podem ser classificadas em 4 grupos:

Erros do sistema de navegação por satélite

-Erros devidos à atmosfera - Erros devidos aos satélites -Erros devidos aos recetores

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9 2.4.1- ERROS DEVIDOS À ATMOSFERA:CAMADA DA IONOSFERA

A ionosfera é a camada mais alta da atmosfera, quando se consideram os erros por ela causados nas observações GPS.

Todas as variações que acontecem na ionosfera são mais ou menos previsíveis e dependem principalmente da atividade solar e do grau de ionização que as radiações solares provocam na ionosfera. Deste modo pode-se, com os conhecimentos atuais, prever as condições de propagação dentro de certos limites. O comportamento normal da ionosfera é alterado por determinados fenômenos que ocorrem na superfície solar como sejam explosões solares, provocando forte perturbação das camadas ionosféricas ionizando-as na região dos pólos. Durante o período em que a terra está exposta a estas anomalias as características das diversas camadas é alterada e severas perturbações ocorrem nos sistemas de comunicação.

Modelos ionosféricos de correção usados em alguns softwares:

 Correção IONfree

 Klobuchar

2.4.2- ERROS DEVIDOS À ATMOSFERA:CAMADA DA TROPOSFERA

A troposfera é a camada gasosa da atmosfera, que se estende da superfície terrestre até aproximadamente 50 km de altitude. O atraso troposférico é relativamente pequeno (cerca de 1m).

O atraso na troposfera depende da: temperatura, humidade e pressão que variam com a altitude local. Um modelo possível de correção da troposfera:

 HOPFIELD

2.4.3-ERROS RELATIVOS AOS SATÉLITES: MULTICAMINHO

 Nem sempre o sinal que chega ao receptor é o sinal diretamente transmitido pelo satélite. O sinal recebido pode ser aquele rebatido de algum objeto na superfície da Terra. Como o sinal refletido possui menor intensidade que o original, o

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receptor pode facilmente desconsiderá-lo. Para minimizar o efeito do multicaminho existem alguns modelos de antenas.

2.4.4-SINCRONISMO DOS RELÓGIOS DOS SATÉLITES E RECETORES

 Os relógios dos receptores possuem um oscilador de quartzo de baixa precisão. O relógio atômico colocado nos satélites GPS possui um oscilador de Césio/Rubídio de alta precisão. O dessincronismo no instante de transmissão e de receção do sinal do GPS gera um erro na medida de distância.

 Ex.: 1 segundo de desfasagem = 300.000 km de erro

2.4.5-GEOMETRIA DA CONSTELAÇÃO DOP-DILUIÇÃO DA PRECISÃO

 A qualidade do levantamento está relacionada também com ageometria dos satélites na hora do rastreio. O DOP é um indicativo dessa geometria dos satélites rastreados e consequentemente da qualidade dos dados a serem obtidos. O DOP pode ser interpretado como o inverso do volume do tetraedro formado pelos 4 satélites e da antena do receptor do utilizador – quanto menor o DOP mais precisa é a informação recebida. Considera-se um bom DOP um valor numérico inferior a 5.

2.5- Erros afetos ao processo de medição

2.5.1-ERROS SISTEMÁTICOS

São erros que ocorrem devido a condições conhecidas e que podem ser evitados através de técnicas especiais ou formulação matemática adequada. O erro sistemático é aquele que apresenta a mesma intensidade e tendência e que, portanto, se acumula a cada medida que é realizada.

2.5.2-ERROS ACIDENTAIS

São erros cuja natureza é desconhecida e ocorrem de maneira desregrada e sem parâmetros de comparação. A sua tendência, portanto, não pode ser determinada, uma vez que pode acontecer num sentido, ou noutro. Ao contrário dos erros sistemáticos, os

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acidentais tendem a ser neutralizados à medida que são realizadas observações adicionais.

2.5.3-ERROS GROSSEIROS

Erros devidos à desatenção do observador, ou erro na digitação de dados (inversão de dígitos, por exemplo) podem causar distorção de uma medida realizada. Os erros deste tipo são os chamados grosseiros (blunders). Muitas vezes são facilmente identificáveis, devido ao valor completamente disparatado, todavia em alguns casos, podem representar uma ameaça ao trabalho realizado.

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CAPITULO 3-EQUIPAMENTOS E SOFTWARES UTILIZADOS NO

ESTÁGIO

Os equipamentos existentes neste gabinete, são indispensáveis na projecção , realização e implantação de qualquer obra de projeto municipal ou particular .

Os equipamentos disponíveis no gabinete de topografia , adequam-se perfeitamente a todo o tipo de adversidade que se possa encontrar no local de uma obra, se houver a impossibilidade de se estacionar a estação total no local, encontra-se disponível o GPS , para contornar essa adversidade, caso haja céu obstruído e que não existam condições reunidas para a utilização do GPS , utiliza-se a estação total.

Os equipamentos disponíveis no gabinete de topografia são:  Estação total TC 1100 Leica (Fig.4)

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13

 Equipamento GPS de dupla frequência Leica System 500(Fig.5).

Figura 5:Equipamento GPS de dupla frequência Leica System 500

No ecrã dos recetores GPS pode visualizar-se o precisão com que se está a trabalhar em campo, para isso aparecem no visor vários icones:

O primeiro ícone corresponde à navegação de alta precisão (cm)

O segundo ícone corresponde à navegação de precisão (0.5-5m)

O terceiro ícone corresponde à navegação de precisão (< 100m)

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3.1- Acessórios

 Prisma GPHI Leica (Fig.6)

Figura 6:Prisma GPHI Leica

 Bastão (Fig.7)

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 Tripé da Leica (Fig.8)

Figura 8: Tripé da Leica

 Computador de secretária, e computador portátil com software Cartomap 5.5 (Fig.9)

Figura 9: Computador portátil com software Cartomap 5.5

3.2- Softwares

Os softwares que permitem a gestão, o tratamento de dados, bem como a elaboração de projetos são:

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16 3.2.1-SOFTWARE LEICA SKI-PRO

O software Leica SKI-Pro (Static-KInematic-Professional GPS software), apresenta -se como um software GPS para os modos estáticos e cinemáticos. O seu uso é adequado tanto para dados obtidos em pós processamento como para dados obtidos em tempo real. É destinado essencialmente para a topografia, permite a importação e exportação de dados, alterações nos sistemas de coordenadas, bem como a própria gestão de dados.

3.2.2-CARTOMAP 5.5

O software Cartomap foi desenvolvido integralmente pela empresa ANEBA, em Espanha, recorrendo aos últimos desenvolvimentos no campo da informática para facilitar a sua utilização. Tal facto é conseguido mantendo prestações elevadas e um elevado nível de funcionalidades, como por exemplo:

 A introdução de dados pode realizar-se manualmente, através da transferência de agendas eletrónicas, através da leitura de ficheiros ASCII, ficheiros de AutoCad (dxf)

 A partir de manchas de pontos, o Cartomap cria o modelo digital do terreno, podendo indicar linhas de ruptura e zonas de inclusão

 Para a realização do desenho em 2D, existem ferramentas para o traçado de linhas, arcos, circulos, textos, símbolos, taludes, etc..

 Detêm a função de croquis automático que se baseia na codificação da recolha de dados de campo

 Podem definir-se rasantes e secções tipo de forma simples, mas, ao mesmo tempo, completa. Assim, podem obter-se perfis longitudinais e transversais, e seus volumes por malha correspondentes

 Existem funções para o calculo de nivelamentos, certificações de obra, minas, etc.Utilizando diversos métodos (volumes por malha, e volumes)

Como referido anteriormente o Cartomap detém, além destas funcionalidades, outras não mencionadas.

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CAPITULO 4- OBJETIVOS DOS PROJETOS REALIZADOS

O objetivo do trabalho 1, consistiu na requalificação do caminho, melhorar os acessos às propriedades agrícolas que se localizam na freguesia da Carrapichana, juntamente com a elaboração do levantamento topográfico do caminho existente, uma vez que este não possuía as características necessárias para desempenhar totalmente as funções a que se destinava. O objetivo do trabalho 2, consistiu na elaboração da rede de Saneamento numa rua da freguesia do Minhocal, e respetiva ligação dos coletores a rede de saneamento já existente. O objetivo do trabalho 3, consistiu na realização de uma plataforma virtual onde se irão encontrar todos os pontos de apoio que se encontram homogeneamente dispersos em todas as freguesias e vila, que irá ser disponibilizada brevemente no site da câmara municipal. O objetivo do trabalho 4, consistiu o cálculo de volumes de uma determinada área pertencente ao futuro parque industrial. O objetivo dos trabalhos 5, 6, 7 e 8 consistiu respetivamente, na implantação de um lote e um poste de média tensão, na implantaçãode quadriculas Arqueológicas em S.Gens Celorico da Beira, na implantação de uns lavadouros públicos na freguesia da Carvalheda, e o 8º e ultimo trabalho consistiu na implantação da ampliação do cemitério da freguesia do Cadafaz.

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18

CAPITULO 5- PROJETOS DESENVOLVIDOS DURANTE O ESTÁGIO

TRABALHO 1- PROJETO DO CAMINHO AGRÍCOLA DA

CARRAPICHANA

1.1

-

Considerações gerais e objetivos do caminho

Este caminho situa-se na área da freguesia da Carrapichana, e liga esta localidade à rede viária da E.N 17 e a rede viária da E.M. (Mogadouro) à zona agrícola envolvente. Os trabalhos efetuados tiveram como objetivo alargar cerca de meio metro, e requalificar o pavimento.

O objetivo da requalificação do caminho foi melhorar os acessos às propriedades agrícolas que se localizam na freguesia da Carrapichana, a elaboração do levantamento topográfico do caminho existente, pois a Câmara não possuía tais elementos, necessários ao projeto. A faixa de terreno levantada foi suficiente para se instalar uma obra deste tipo, porque antes do trabalho de campo, foi efetuado um reconhecimento do local, e foram definidos pontos de apoio, que iriam ser fundamentais posteriormente para o traçado. A realização deste levantamento ligado à rede geodésica nacional, revelar-se-á muito benéfico para posteriores trabalhos de campo a realizar naquela zona, uma vez que já lá se encontram os pontos de apoio como referido anteriormente.

Este caminho já existia, mas não possuía as carateristicas necessárias para desempenhar totalmente as funções a que se destinava.

Possuía um traçado muito irregular, tanto em perfil longitudinal como transversal, não permitindo uma circulação aceitável às máquinas agrícolas, necessárias no trabalho dos terrenos envolventes.

Em planta traçou-se a via de modo a que seguisse o caminho existente, com uma regularização do perfil transversal e aumento dos raios de curvatura, de modo a melhorar as condições de circulação e segurança, tendo mantido as condições de visibilidade do traçado anterior.

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19 Figura 10: Levantamento do Caminho Agrícola, com a nova via já definida e com os PK ´S já definidos

A ligação entre as duas redes viárias, E.N. 17 e a E.M. Mogadouro, no final da obra iria melhorar também a circulação, o que é importante para o desenvolvimento das zonas rurais.

1.2- Condicionantes do Caminho Agrícola

Este tipo de caminho esteve sujeito a certas restrições do perfil transversal tipo. Foi adoptado para a faixa de rodagem 3 metros e bermas de 0,5 metros para cada lado da faixa, nas zonas em que foi necessário proceder ao alargamento ou construção de nova plataforma.

1.3- Carateristicas Técnicas

1.3.1-PLANIMETRIA

Como já foi referido anteriormente, a via segue o caminho existente, com uma regularização do perfil transversal e aumento dos raios de curvatura, afim de promover melhores condições de circulação e segurança. Neste projeto não foi necessário definir os parâmetros de clotoíde, uma vez que a via se destina a veículos agrícolas de baixas velocidades, sendo no entanto viável a circulação de veículos ligeiros locais.

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20 1.3.2-ALTIMETRIA

Como se pode verificar na fig.11, a rasante presente no perfil longitudinal ajusta-se ao terreno existente de modo a minimizar as terraplanagens e enquadrar as inclinações dentro dos limites aceitáveis para este tipo de via.

Figura 11: Perfil Longitudinal

As figuras 12, 13 e 14 referem-se aos dados a visualizar no perfil longitudinal, edição do perfil Longitudinal e a distribuição dos dados ao longo do eixo. Neste caso concreto o perfil encontra-se configurado para apresentar os PK´S distanciados de 20 em 20 metros, o número de perfil respetivo, as cotas de terreno e rasante, as cotas vermelhas que representam a diferença de cotas entre o terreno existente e a rasante definida, e o diagrama de curvas.

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21 Figura 12: Perfil Longitudinal edição

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22 Figura 14: Distribuição de dados ao longo do eixo

Figura 15: Edição de rasantes

Neste campo da edição de rasantes, como foi referido anteriormente a rasante ajusta-se ao terreno existente, mas caso se quisesse definir a rasante numa determinada cota, num determinado PK ou número de perfil da via, isso era possível definir neste campo. Na caixa de diálogo da fig.15 consegue-se verificar esse facto. Este tipo de operação é bastante utilizada nos traçados de redes de águas residuais ou pluviais, em que existe a necessidade de definir a profundidade respetiva dos coletores, nos diversos

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23

comprimentos de um troço. Irá ser abordada essa situação mais à frente , no projeto de saneamento .

1.4- Perfil Transversal tipo

Como foi referido anteriormente o perfil transversal tipo é constituído por uma plataforma de 4 metros, sendo 3 metros de faixa de rodagem e bermas de 1 metros. As inclinações transversais dos taludes e da faixa de rodagem encontram-se definidas no desenho tipo respetivo, sendo elas de 2,5 % na faixa de rodagem, e 4% nas bermas. As fig.16 e 17, apresentam a edição da secção tipo, e consegue-se neste campo alterar as percentagens das inclinações em faixa de rodagem e bermas, e também as respetivas larguras das mesmas.

Figura 16: Edição da secção tipo

A fig.16 refere-se à escolha da percentagem de inclinação e largura de cada via, que é respetivamente de 2,5 % e 1,5 metros

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24 Figura 17: Edição da secção tipo (berma)

A figura refere-se a escolha da percentagem de inclinação e largura de cada berma, que è respetivamente de 4 % e 0,5 metros

1.5- Cálculo e Apresentação de Quad´s

Uma vez definida e atribuída a secção tipo, posteriormente vem o cálculo e a apresentação de Quad´s, em que se pode verificar nas fig.18 e 19. Os Quad´s representam toda a envolvência em que o traçado se encontra assente, ou seja são os taludes envolventes do traçado. Posteriormente o seu cálculo, serve para o cálculo de volumes de aterro e escavação de toda a obra envolvente.

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25 Figura 18: Cálculo de Quad´s

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26

Na apresentação de Quad´s como se pode verificar na figura 19 a plataforma encontra-se com a cor predefinida cinzento, mas que é possível alterar. A escavação encontra-encontra-se a azul, e o aterro a vermelho.

Com o cálculo de Quad´s efetuado, foi possível calcular os volumes de aterros e escavação de toda a obra, o que sem a operação anterior que diz respeito ao cálculo de

Quad´s seria impossível. Na fig.20 verificam-se as opções que são possíveis escolher no

cálculo de volumes, neste caso concreto os resultados a imprimir eram relativamente à superfície e volume.

Figura 20 : Edição da Listagem de Volumes

Após esta operação efetuada, foram de imediato calculadas as listagens de volumes em todo o traçado. Nas listagens descritas verificam-se os volumes de aterro e escavação em todos os PK´S de todo o troço, assim como as suas superfícies.

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27 Figura 21: Listagem de volumes

Figura 22: Listagem de volumes (continuação)

No final na obtenção das listagens de volumes, o volume total de escavação foi de 393.024 m3, e o volume de aterro foi de 306.559 m3.

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28

1.6- Pavimentação e Valetas

Esta via foi constituída por várias camadas:

 Camada de toutvenant com 0,20 m de espessura depois do requalque;  Betão betuminoso com 0,06 m de espessura;

 Regas de impregnação, colagem e selagem conforme o perfil transversal tipo; A valeta antiga permaneceu reperfilada e compactada conforme o desenho tipo.

A lista de volumes, também se encontra em anexo, assim como a planta de localização da obra, e as respetivas plantas da obra. Encontram-se de seguida figuras que representam o resultado final da requalificação do caminho agrícola.

1.7- Imagens do Caminho agrícola requalificado

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29 Figura 24: Imagem do caminho requalificado

Figura 25: Ligação do caminho requalificado com a E.N 17

Figura 26: Localização do caminho agrícola

As plantas referentes a este trabalho nº1, encontram-se no anexo 1 Projeto do caminho agrícola da Carrapichana.

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30

TRABALHO 2- REDE DE SANEAMENTO NO MINHOCAL

Este projeto foi realizado na freguesia do Minhocal, pertencente ao concelho de Celorico da Beira. Atualmente, são já raros os casos de freguesias que tenham moradias ou bairros, sem rede de saneamento por onde escoar as suas águas residuais domésticas. Mas não era o facto destes moradores, uma vez que possuíam unicamente fossas para escoar as suas águas residuais. Foi nesse sentido de não deixar ninguém à margem do desenvolvimento de condições hidráulico sanitárias, e sem as mesmas condições sanitárias da restante população, que chegou à Câmara de Celorico da Beira, este pedido por parte da junta de freguesia, a elaboração da rede de Saneamento de uma das ruas da mesma. Esta rede de saneamento é composta por dois troços que vêm a ligar-se num cruzamento. Ou seja a obra é composta por um troço principal que detém o maior comprimento e também pelo facto de ser aquele em que afluem as aguas residuais provenientes do troço secundário que apresenta um comprimento muito menor, como se irá verificar mais afrente. Posteriormente o troço principal aflui, ao início da rede de saneamento já existente na aldeia.

2.1- Constituição/ Composição de redes de Saneamento

As redes de drenagem de águas residuais, são repartidas em três campos:  Águas Residuais domésticas;

 Águas residuais industriais;  Águas residuais pluviais;

As redes de drenagem podem considerar-se:  Redes unitárias;

 Redes separativas;  Redes mistas.

As redes de drenagem de águas residuais domésticas são constituídas por:  Ramais de ligação;

 Coletores;

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31

 Órgãos acessórios (exemplo: câmaras ou caixas de visita)

Nesta obra só foram incluídos os coletores, uma vez que estes vão afluir a rede já existente.

O estudo do traçado da rede encontra-se constituído por:  Traçado em planta;

 Traçado em perfil.

A rede de drenagem da água residual doméstica, encontra-se sempre abaixo da rede pluvial e do lado direito.

Os coletores por norma, são colocados ao longo do arruamento, no eixo da via ou rua. Geralmente são de secção:

 Circular

 Arcos de círculo baixo  Ovais

Nesta obra foram utilizados os coletores de secção circular.

As caixas de visita devem ser colocadas em todas as mudanças de direção, inclinação, e de diâmetro. Nos alinhamentos retos de 60 em 60 metros, quando os coletores não são visitáveis, e de 100 em 100 metros quando o são.

2.2- Condições hidráulico sanitárias da rede

2.2.1-CONDIÇÕES MÁXIMAS

 Altura máxima do escoamento;

A altura máxima do escoamento quando o diâmetro do coletor é superior a 500 mm, é dada pela fórmula, ( ) , sendo d o diâmetro.

 Velocidade máxima do escoamento;

A velocidade máxima nos coletores residuais domésticos é de 3 m/s.  Inclinação máxima dos coletores

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32 2.2.2-CONDIÇÕES MÍNIMAS

Diâmetro mínimo

Nas redes de drenagem os coletores aumentam sempre de diâmetro para jusante, e na sequência desse facto, o diâmetro mínimo dos coletores imposto pelo regulamento é de 200 mm. Nos que diz respeito aos ramais de ligação, o seu diâmetro mínimo imposto pelo regulamento é de 125 mm.

 Altura mínima do escoamento;

A altura mínima do escoamento é inferior ou igual a 2,5 cm.  Velocidade mínima de escoamento;

A velocidade mínima nos coletores residuais domésticos é de 0,6 m/s.  Inclinação mínima dos coletores;

Segundo o imposto pelo regulamento, a inclinação mínima construtiva é de 0,3 %.  Profundidade mínima do coletor;

A profundidade mínima a que o coletor se deve situar, respeitando o exigido pelo regulamento, é de 1 metro, devendo após a colocação do mesmo haver um recobrimento adequado que não o danifique.

 Critério do poder de transporte mínimo

O critério do poder de transporte mínimo das águas residuais comunitárias è de δ0 2N/

2.3- Considerações gerais da Obra

Para a realização do projeto, foi necessário realizar o levantamento topográfico das duas ruas, uma vez que a Câmara municipal não o tinha nos seus arquivos. A partir da realização do levantamento, e da respetiva planta, realizaram-se os traçados pela bissectriz de cada rua, por onde iria passar a rede de coletores, tanto no troço principal, como no troço secundário. Ao efetuar o traçado da rede foi aplicado a função de marcas de posicionamento mais conhecidas como PK´S, ao longo de toda a rede, para posteriormente poder alterar as cotas e as profundidades a que iriam ficar os coletores nos diversos PK´S já predefinidos de 20 em 20 metros. As 2 primeiras caixas de visita

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33

encontram-se localizadas de 60 em 60 metros de acordo com o regulamento, uma vez que não são visitáveis. Nas restantes devido à própria morfologia do caminho existente, não foi possível esse distanciamento, como se pode verificar nas fig.28.

Figura 27: Levantamento das ruas e traçado dos dois troços constituintes da rede de saneamento

2.4- Troço principal

2.4.1-PERFIL LONGITUDINAL NO TROÇO PRINCIPAL

Após a realização do traçado, procedeu-se a realização do perfil longitudinal do troço principal mantendo as mesmas caracteristicas de informação (fig.13), como o realizado também no projeto do caminho Agrícola. A realização da rasante e as cotas da rasante, foram tidas em conta na medida do possível, uma vez que o programa permite, como foi referido no projeto anterior, alterar e colocar a cota pretendida da rasante nos pk´s predefinidos inicialmente ao longo do traçado, de forma a que posteriormente se obtivessem inclinações dos coletores dentro dos limites impostos pelo regulamento. Iniciou-se o traçado da rasante, com uma profundidade mínima inicial do coletor de 1 metro, conforme o regulamento prosseguindo até ao pk 0+169,740, com profundidades acima de 1 metro. A partir do pk 0+169,740 as profundidades foram menores de 1 metro, sendo elas ao longo do troço até ao pk 0+317,864 de 0,956m, 0,879m, 0,930m,

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34

0,997m, 0,939m, 0,998m, 0, 719m, 0,762m, 0,903m, e terminando com a profundidade mínima de 1 metro conforme o regulamento, ao coletor já existente da rede de saneamento da aldeia. No que diz respeito á distância mínima das caixas de visita, a distância entre as 2 primeiras caixas foram respeitadas, à exceção das 4 caixas seguintes localizadas a partir do pk 0+117,289 tiveram de ser localizadas a distâncias inferiores as que se encontram presentes no regulamento, devido a situação que já foi referida anteriormente.

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35 Figura 29: Perfil Longitudinal edição

Figura 30: Dados a visualizar no perfil Longitudinal

Nas propriedades de edição de rasantes, é que se definem as profundidades, como foi referido anteriormente, a que os coletores irão ser implantados nos pk´s respetivos de

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36

acordo com a planta do traçado, de forma a que se obtenham as percentagens mínimas de inclinação dos coletores.

2.4.2-SECÇÃO TIPO

SECÇÃO TIPO DA REDE DO TROÇO PRINCIPAL

As fig.31 e 32 apresentam a edição da secção tipo da rede do troço principal, apresentando uma estrutura diferente daquela utilizada em projetos de estrada, sendo esta uma secção tipo predefinida, importada do programa Cartomap 5.5. Neste campo da edição da secção tipo conseguem-se alterar as percentagens das inclinações, e também as larguras pretendidas. Neste caso concreto da rede de saneamento, as inclinações da secção tipo para o coletor não detêm qualquer relevância, dai ter colocado 0 % na percentagem. Na largura foi definido 0,35m para o lado esquerdo, e 0,35 para o lado direito, completando uma secção tipo de uma largura total de 0,70 metros .

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37 Figura 32: Edição da secção tipo para a rede do troço principal (lado direito)

2.5- Troço secundário

2.5.1-PERFIL LONGITUDINAL DO TROÇO SECUNDÁRIO

Após a realização do traçado no troço secundário, segue-se a realização do perfil longitudinal do troço mantendo as mesmas caracteristicas de informação presentes na fig. 30. A realização da rasante, e as cotas da rasante, foram tidas em conta na medida do possível, uma vez que como no troço principal, devido a própria morfologia do terreno, teve-se de alterar neste caso a profundidade do ultimo coletor para 0,40 e 1,447 metros para que fosse possível posteriormente obter-se uma inclinação dentro dos parâmetros. Não existem grandes inconvenientes em colocar esta profundidade naquele local, uma vez que esse troço somente è utilizado ocasionalmente com veículos de reduzida carga. O restante coletor deste troço ficou a uma profundidade de 1,447m, 1,818m, 1,002 m, 1,400m, em que este ultimo coletor veio fazer a ligação ao troço principal. No que diz respeito a distância mínima das caixas de visita, a distância entre as 2 caixas presentes no troço foi de 48, 910 metros, devido ao troço não ser suficientemente comprido para a colocação de duas caixas de visita, mas era importante a colocação de uma caixa alguns metros antes do coletor afluir no troço principal, caso

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38

haja algum problema no futuro. Quanto a percentagem de inclinação, foi respeitada conforme as exigências do regulamento.

Figura 33: Perfil longitudinal no troço secundário 2.5.2-SECÇÃO TIPO

SECÇÃO TIPO DA REDE DO TROÇO SECUNDÁRIO

As fig.34 e 35 apresentam de igual forma a edição da secção tipo, como foi abordado anteriormente, com a única diferença de neste caso ser para a rede do troço secundário, apresenta na mesma uma estrutura diferente daquela utilizada em projetos de estrada, sendo esta uma secção tipo predefinida, e também ela importada do programa Cartomap 5.5. Neste campo da edição da secção tipo conseguem-se alterar as percentagens das inclinações, e também as larguras pretendidas. Neste caso concreto da rede de saneamento, as inclinações da secção tipo para o coletor não detêm qualquer relevância, dai se ter definido 0 % na percentagem. Na largura foi colocado 0,35 para o lado esquerdo, e 0,35 para o lado direito, completando uma secção tipo de uma largura total de 0,70 metros.

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39 Figura 34: Edição da secção tipo para a rede do troço secundário (lado esquerdo)

Figura 35: Edição da secção tipo para a rede do troço secundário (lado direito)

Após efetuada a edição das secções tipo, atribuí-se posteriormente as secções tipo, como se verifica na fig.36 relativa à rede do troço principal, sendo a atribuição da secção tipo da rede do troço secundário realizada da mesma forma.

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40 Figura 36: Atribuição da secção tipo para a rede do troço principal

Após elaborado e editado o perfil longitudinal, realizada a rasante e atribuídas as cotas para a implantação dos coletores nos pk´s respetivos. Foi possível deste modo obter as profundidades mínimas onde tal era possível, e as respetivas inclinações mínimas e máximas para obter um coreto escoamento.Apòs a edição e atribuição das secções tipo das redes incluídas nos 2 troços em estudo, foi possível o cálculo de volumes da obra. Através do programa foi possível o cálculo dos volumes de aterro e escavação para cada um dos troços em estudo. Na fig.37 verificam-se as opções que são possíveis escolher no cálculo de volumes. Neste caso concreto os resultados a imprimir eram relativamente a superfície e volume, relativamente ao troço principal e ao troço secundário, como se verifica nas fig.37 e 38.

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41 Figura 37: Edição da listagem de volumes (troço principal)

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2.6- Cálculo de Volumes

Após esta operação efetuada, foram calculadas as listagens de volumes em todo o traçado. Nas listagens abaixo descritas verificam-se os volumes de aterro e escavação em todos os PK´S de todo o troço, assim como as suas superfícies.

.2.6.1-CÁLCULO DE VOLUMES DO TROÇO PRINCIPAL

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43 P.K Sup.Escavação Sup.Aterro Vol.Escavação Vol.Aterro

0+000.000 1.034 0.000 0+020.000 1.298 0.000 23.316 0.000 0+040.000 1.262 0.000 25.597 0.000 0+058.640 1.373 0.000 24.554 0.000 0+060.000 1.389 0.000 1.878 0.000 0+080.000 1.631 0.000 30.206 0.000 0+100.000 2.032 0.000 36.637 0.000 0+117.289 1.633 0.000 31.688 0.000 0+120.000 1.827 0.000 4.689 0.000 0+140.000 1.987 0.000 38.141 0.000 0+160.000 1.536 0.000 35.236 0.000 0+168.749 0.974 0.000 10.982 0.000 0+180.000 0.870 0.000 10.374 0.000 0+200.000 0.939 0.000 18.094 0.000 0+220.000 1.029 0.000 19.684 0.000 0+220.212 1.034 0.000 0.219 0.000 0+240.000 0.950 0.000 19.632 0.000 0+249.250 1.031 0.000 9.160 0.000 0+260.000 0.676 0.000 9.174 0.000 0+280.000 0.716 0.000 13.919 0.000 0+300.000 0.905 0.000 16.203 0.000

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44 Tabela 2: Listagem de volumes e superfícies relativamente ao troço principal

2.6.2- CÁLCULO DE VOLUMES DO TROÇO SECUNDÁRIO

Figura 40: Listagem de volumes e superfícies relativamente ao troço secundário

P.K Sup.Escavação Sup.aterro Vol.Escavação Vol.Aterro

0+000.000 0,334 0,000 0+020.000 1,707 0,000 20,405 0,000 0+040.000 2,375 0,000 40,813 0,000 0+048.910 2,139 0,000 20,109 0,000 0+065.933 1,633 0,000 13,245 0,000 Total 8,188 0.000 94.573 0.000

Tabela 3: Listagem de volumes e superfícies relativamente ao troço secundário

A listagem do cálculo de volumes calculada pelo programa, deu um total unicamente de escavação de 491,043 , numa superfície total de escavação de 35,886 .

0+303.447 0.894 0.000 3.100 0.000

0+317.864 1.046 0.000 13.990 0.000

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45

2.7- Imagens da obra de saneamento no Minhocal

Encontram-se a seguir imagens onde se encontram as ruas, nomeadamente o troço principal e secundário, juntamente com a localização das caixas de visita em cada um dos troços.

Figura 41: Imagem do troço secundário com 2ª e ultima caixa de visita

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46 Figura 43: Imagem da 1ª caixa de visita do troço principal

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47 Figura 45: Imagem do seguimento do troço principal vista da interseção para a aldeia

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48 Figura 47: Imagem do final do troço principal com a localização da ligação ao 1º coletor da rede

já existente 2.7.1- LOCALIZAÇÃO DA OBRA

Figura 48: Localização da rede de saneamento

As plantas referentes a este trabalho nº2, encontram-se no anexo 2 Rede de saneamento no Minhocal.

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49

TRABALHO 3- LEVANTAMENTO DE PONTOS DE APOIO COM GPS

PARA A CONSTITUIÇÃO DA PLATAFORMA ONLINE DA REDE DE

APOIO TOPOGRÁFICO MUNICIPAL

Com o objetivo de fazer com que os trabalhos e projetos de topografia sejam mais facilitados no futuro, em todo o concelho, a Câmara de Celorico da Beira teve como iniciativa, a realização de uma plataforma virtual onde se irão encontrar todos os pontos de apoio que se encontram homogeneamente dispersos em todas as freguesias e vilas, que irá ser disponibilizada brevemente no site da câmara municipal. Durante o período de estágio realizou-se o levantamento de somente alguns pontos de apoio, muitas das vezes devido a falta de condições atmosféricas e também devido ao reduzido tempo disponível, uma vez que também tinha os outros projetos em simultâneo. O equipamento utilizado, foi o GPS de dupla frequência Leica System 500. Cada ponto de apoio presente na plataforma encontrár-se-ão em datum 73, e encontrár-se-ão numa ficha descritiva, onde se encontrará toda a informação necessária do mesmo, desde a sua identificação, respetivas coordenadas, freguesia, local, descrição do respetivo ponto, data de colocação, o seu estado de conservação, uma foto do local onde se encontra o ponto para uma melhor perceção, acompanhado também de uma planta de localização do mesmo (ANEXO 3).

3.1- Procedimentos do levantamento

O levantamento dos pontos de apoio foi realizado em tempo real, sendo o ponto onde se encontrava a base estacionada num ponto definido situado no castelo de Celorico da Beira, identificado como ponto nº5000. Após ter a base estacionada no ponto de apoio nº5000 e ter introduzido as coordenadas do referido ponto, posteriormente dava inicio ao levantamento propriamente dito dos pontos de apoio. Em cada ponto, o mesmo era registado 12 ou 13 vezes, e posteriormente no local era possível visualizar uma tabela no próprio software do GPS, onde se encontravam as coordenadas e os desvios padrão de cada leitura efetuada naquele ponto. Era possível definir um limite para os desvios, e neste caso era possível remover todas as leituras que tivessem desvios superiores aos 5 centímetros.

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50

Esse processo foi realizado em todos os pontos de apoio. Posteriormente em gabinete, seguia-se a transferência dos dados para o software Leica Ski Pro através do cartão de memória. Era necessário criar um novo projeto e de seguida, atravès do menu importar dados crudos (brutos), os dados levantados eram automaticamente importados para o novo projeto criado, como se pode verificar nas figuras abaixo apresentadas.

Figura 49: Base estacionada correspondente ao ponto nº5000

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51 Figura 51: Importação de dados crudos

3.2- Pontos de apoio da localidade de Casas de Soeiro

Nesta figura encontra-se presente para além de outros pontos, como foi referido anteriormente, o ponto nº5000 localizado no Castelo de Celorico da Beira, em que se encontrava a base estacionada. Os pontos representados na fig.52, são referentes a uma localidade de Celorico da Beira, designada Casas de Soeiro. Nesta localidade foram levantados 4 pontos. No separador da fig.52 do ver/editar encontra-se o separador pontos, (puntos) em espanhol, aqui é possível visualizar a identificação do ponto, a classe, a época, as coordenadas e todos os seus desvios respetivos, incluindo a qualidade de posicionamento e altitude, como se pode verificar na figura 53. As coordenadas de cada ponto aparecem como sendo a média de todos os valores recolhidos das observações que não foram rejeitadas, devido ao respetivos desvios de cada ponto.

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52 Figura 52: Imagem da apresentação de alguns dos pontos de apoio levantados na localidade de

Casas de Soeiro, através do separador ver/editar

Figura 53: Imagem do separador pontos onde se encontra toda a informação acerca dos pontos levantados

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53 Tabela 4: Tabela referente aos pontos levantados a casas de Soeiro, com os respetivos desvios e

qualidades.

3.2.1- ANÁLISE DE RESULTADOS

Face à análise dos resultados obtidos, concluiu-se que o ponto que tem menor qualidade de altitude, maior desvio Este /Altitude, e maior desvio na Posição+Q.Altitude, é o ponto nº9002. Tal facto pode dever-se ao ponto se situar por baixo de uma linha de média tensão como se pode verificar na fig.58, o que fez com que os dados recebidos fossem afetados pelo erro que a linha neste caso causa.

A seguir encontra-se o separador antenas, onde se encontra o modelo do gps utilizado no levantamento realizado na localidade de Casas de Soeiro. Neste levantamento foi utilizada a antena AT502 Pole.

Figura 54: Imagem do separador antenas

ID do Ponto Este Norte Altitude Elipsoidal Desvio.Este Desvio Este .Altitude Q.Posição Q.Altitude Pos.+Q.Alt

5000 62674,44 107872,9 543,9504 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 9001 61704,47 106330,3 521,0687 0,00070 0,00180 0,00090 0,00180 0,00200 9002 61492,04 106050,8 516,6714 0,00060 0,00250 0,00000 0,00250 0,00270 9003 61754,22 105840,9 497,9929 0,00050 0,00190 0,00080 0,00190 0,00200 9004 61638 105668,7 500,3888 0,00040 0,00170 0,00080 0,00170 0,00180

(67)

54

3.3- Pontos de apoio da vila de Celorico da Beira

Figura 55: Imagem da apresentação de alguns dos pontos de apoio levantados na vila de Celorico da Beira, através do separador ver/editar

Figura 54: Imagem do separador pontos onde se encontra toda a informação acerca dos pontos levantados

(68)

55 Tabela 5: Tabela referente aos pontos levantados na vila de Celorico da Beira, com os respetivos

desvios e qualidades.

3.3.1- ANÁLISE DE RESULTADOS

Face a análise dos resultados obtidos, conclui-se que o ponto que tem menor qualidade de altitude e na posição, e maior desvio Este/Altitude, e maior desvio na Posição+Q.Altitude, é o ponto nº9004. Tal facto pode dever-se ao ponto se situar junto a uma das principais ruas mais movimentadas da vila como se pode verificar na fig.67, onde constantemente circulam camiões, autocarros e automóveis, que exercem vibrações nas áreas envolventes. Por consequência essas vibrações podem ter feito com que o recetor do GPS sofresse ligeiras turbulências, que viriam a originar o erro do centro de fase. Além deste motivo poderia ter havido obstrução do sinal devido ao edificio tal como se verifica na fig.67.

Como foi referido anteriormente para o levantamento dos pontos da localidade de Casas de Soeiro, na fig.52 e 53 encontra-se da mesma forma presente para além de todos os outros pontos, o ponto nº5000 localizado no Castelo de Celorico da Beira, em que se encontrava a base estacionada.

ID do Ponto Este Norte Altitude Elipsoidal Desvio.Este Norte Desvio Este .Altitude Q.Posição Q.Altitude Pos.+Q.Alt

5000 62674,43 107872,061 543,9507 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 9001 63008,44 108483,311 465,9368 0,0007 0,0018 0,0018 0,0018 0,0022 9002 63121,64 108561,041 459,1165 0,0006 0,0014 0,0008 0,0014 0,0016 9003 62889,18 107933,538 506,1605 0,0008 0,0017 0,0010 0,0017 0,0020 9004 62848,33 107879,752 509,4335 0,0009 0,0020 0,0012 0,0020 0,0023 9005 62353,18 107038,612 531,9009 0,0007 0,0010 0,0008 0,0010 0,0013 9006 62107,76 106863,59 527,3857 0,0009 0,0017 0,0011 0,0017 0,0020

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56 Figura 57: Imagem do separador antenas

O modelo da antena do GPS utilizado no levantamento realizado na vila de Celorico da Beira, foi o mesmo do que o levantamento da localidade de Casas de Soeiro, AT502 Pole. Após a obtenção das coordenadas finais de cada ponto através do software Ski Pro, e com todas as fotografias dos locais de cada ponto, toda esta informação seguiu para o gabinete de SIG, para que a técnica responsável do gabinete de SIG, posteriormente efetuasse a realização das respetivas fichas descritivas dos pontos de apoio, que irão constituir a plataforma online da Rede de Apoio Topográfico Municipal.

(70)

57

3.4- Imagens dos locais onde se encontram os pontos de apoio levantados

3.4.1- PONTOS NA LOCALIDADE DE CASAS DE SOEIRO

Figura 58 : Imagem do ponto nº9002 Figura 59: Imagem do ponto nº9004

Coordenadas : M 61492.042 m Coordenadas : M 61637.997m P 106058.756 m P 105668.732 m Cota elip. 516.6710m Cota elip.500.3890m

Figura 60 : Imagem do ponto nº9003 Figura 61 : Imagem do ponto nº9001

Coordenadas : M 61754.2200 m Coordenadas: M 61704.4700 m P 105840.9000 m P 106330.3000 m Cota elip. 497.9929 m Cota elip. 521.0687 m

(71)

58 3.4.2- PONTOS DE APOIO NA VILA DE CELORICO DA BEIRA

Figura 62: Imagem do ponto nº9005 Figura 63: Imagem do ponto nº9006

Coordenadas : M 62353.1810 m Coordenadas :M 62107.7600 m P 107038.6120m P106863.5900 m Cota elip.:531.9810 m Cota elip.:527.3860 m

Figura 64 : Imagem do ponto nº9001 Figura 65 : Imagem do ponto nº9002

Coordenadas : M 63008.4440 m Coordenadas : M 63121.6450 m P 108483.3110 m P 108561.0410 m Cota elip. 465.9370 m Cota elip. 459.1160 m

(72)

59

Figura 66 : Imagem do ponto nº9003 Figura 67 : Imagem do ponto nº 9004

Coordenadas : M 62889.1750 m Coordenadas : M 62848.3270 m P 107933.5380 m P 107879.7520 m Cota elip. 506.1610 m Cota elip. 509.4330 m As plantas referentes a este trabalho nº3, encontram-se no anexo 3 Levantamento de Pontos de Apoio com GPS para a constituição da plataforma online da Rede de Apoio Topográfico Municipal.

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60

TRABALHO 4- CÁLCULO DE VOLUMES NA ZONA INDUSTRIAL

DE CELORICO DA BEIRA

No âmbito de estimular a economia local, a câmara Municipal de Celorico da Beira teve como iniciativa dinamizar a economia e o emprego, estimulando o investimento na zona e reforçando a criação de postos de trabalho salvaguardando os já existentes, implementando um novo parque industrial. Este novo parque industrial, será constituído no futuro por instalações de médias e pequenas empresas que se irão localizar nos diversos lotes disponíveis. Perante esta iniciativa, foi solicitado ao gabinete de topografia o cálculo de volumes de uma determinada área pertencente ao futuro parque industrial. O procedimento inicial, foi a realização do 1ºlevantamento topográfico georreferenciado, com o GPS de dupla frequência Leica System 500, da área inicial em causa, antes do começo das escavações e aterros. Posteriormente uma vez realizado o levantamento, foi necessário realizar o modelo digital do terreno e criar as curvas de nível. De seguida foi elaborado o traçado de um eixo, juntamente com os pk´s predefinidos de 20 em 20 metros, para posteriormente realizar o perfil longitudinal.

(74)

61 Figura 69: Apresentação de curvas de nível

O procedimento seguinte foi o de acrescentar uma malha de triângulos ao modelo digital.

Figura 70: Formato da área levantada com o modelo digital do terreno, curvas de nível, e malha de triângulos incluída

(75)

62

Posteriormente para que fosse possível o cálculo de volumes, foi necessário acrescentar no separador de edição geral de modelos de terreno, no campo de edição do modelo de terreno, um 2º modelo digital do terreno mas desta vez a partir da importação do segundo levantamento da área em causa, após os trabalhos de escavação e aterro realizados.

4.1- Modelo digital do terreno

Uma vez realizados os dois modelos digitais do terreno, foi possível a realização do perfil longitudinal, que automaticamente deu a rasante do terreno inicial denominado de terreno real, e a rasante do terreno no final denominado de nível 1, fornecendo desse modo as cotas vermelhas, ou seja, em cada pk o perfil indica qual foi a profundidade da escavação ou a altura do aterro.

(76)

63 Figura 72: Edição de modelo do terreno, importação do segundo levantamento para criação de

um 2º modelo digital

Referências

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