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Revista Projeção, Direito e Sociedade

OBSERVATÓRIO

JUSTIÇA

JUSTIÇA

JUSTIÇA

JUSTIÇA

CENTRO DE ALTOS ESTUDOS

RELATÓRIO DO PROJETO “PRÁTICAS INVESTIGATIVAS” – SEMESTRE 2011.1 Linha de Pesquisa: POLÍTICAS PÚBLICAS

Por Asdrubal Nascimento Lima Júnior1 Fabrício Missorino Lázaro2 1) INTRODUÇÃO

O projeto “Práticas Investigativas”, implantado nas Unidades Taguatinga e Guará da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade Projeção, tem como objetivo fazer com que os alunos do curso de Direito realizem pesquisas de campo sobre temas de interesse geral e que, ao final do semestre, seja produzido um relatório no qual é apresentada a análise do resultado de tais pesquisas.

No semestre acadêmico 2011.1, o projeto "Práticas Investigativas" trabalhou com cinco linhas de pesquisa conforme abaixo:

1) Direito do consumidor na internet; 2) Lei de Execução Penal;

3) Liberdade religiosa; 4) Políticas públicas; 5) Relações homoafetivas.

Somando-se todas as linhas de pesquisa, foram aplicados no Distrito Federal aproximadamente seis mil questionários pelos alunos do primeiro semestre do curso de Direito das duas Unidades acima citadas, sendo que, em média, cada questionário continha 12 (doze) perguntas.

2) METODOLOGIA DE PESQUISA

Empregamos o questionário “Praticas Investigativas – Políticas Públicas” como instrumento de aproximação e sondagem do sujeito pesquisado que nos possibilitou coletar dados sobre como a população se relaciona com questões vinculadas ao processo de formulação e implementação das políticas públicas no âmbito do Distrito Federal, tema de primordial importância no momento em que vivemos. Nesse sentido, a coleta de dados no projeto “Práticas Investigativas” levou em consideração a importância da aplicabilidade do conteúdo visto pelos alunos nas aulas de Ciências Jurídicas no meio social em que vivem, trazendo in loco situações que os futuros bacharéis em Direito vão enfrentar no

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Diretor da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade Projeção.

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decorrer da carreira profissional com a finalidade de tornar o estudo do Direito acessível ao aluno por meio da prática aplicada desde o início de seu curso.

O projeto foi posto em prática mediante a aplicação de questionários, sendo todas as questões objetivas. Sommer e Sommer, citados por Günther (2003, p. 16), afirmam que as perguntas fechadas “mostram frequentemente mais respeito à opinião das pessoas, deixando-as classificar suas respostas como positivas, negativas ou neutras, em vez do pesquisador fazer isto para elas”. O uso do questionário, portanto, teve como objetivo proporcionar aos entrevistados a oportunidade de se expressar de forma espontânea e consciente. Ainda no que diz respeito à metodologia da pesquisa, Günther (2003, p. 1) afirma que o levantamento de dados por amostragem, ou survey, assegura melhor representatividade e permite generalização para uma população mais ampla, sendo que o questionário é o instrumento principal para o levantamento de dados por amostragem.

O preenchimento do questionário foi voluntário e identificado, sem, contudo, deixar de se assegurar a privacidade e a imagem dos entrevistados, bem como lhes proporcionar maior espontaneidade ao expressar suas opiniões e impressões (LUDKE; ANDRÉ, 1986, p.39). Os entrevistados preencheram os questionários individualmente, não tendo havido nenhuma cooperação ou discussão prévia acerca do tema com os alunos.

Rodrigues (2007, p. 31) afirma que ao efetuar uma pesquisa, “o método quantitativo, considerando a contribuição para a ampliação do conhecimento sobre a área escolhida, deve ser considerado como uma opção importante a ser adotada, constituindo-se numa baconstituindo-se confiável para outros pesquisadores.” Para que os dados coletados pudessem apresentar maior credibilidade, a participação dos alunos foi voluntária, e também para a apuração dos resultados obtidos contamos com a disposição e interesse de determinado grupo de alunos que se dispuseram a concluir este trabalho.

3) ANÁLISE DOS RESULTADOS

A equipe de alunos entrevistou 1080 (um mil e oitenta) pessoas divididas por 18 (dezoito) Regiões Administrativas do Distrito Federal, com maior concentração nas regiões de Brasília, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga, responsáveis por 76% (setenta e seis por cento) dos resultados. Importante ressaltar que 51% (cinqüenta e um por cento) do total de entrevistados representam o sexo feminino, com destaque também para a idade dos entrevistados, com 46% (quarenta e seis por cento) na faixa etária de 18 (dezoito) a 30 (trinta) anos. Dois outros pontos da pesquisa merecem destaque: a faixa salarial e o nível educacional dos entrevistados, com 58% (cinqüenta e oito por cento) apresentando rendimento em torno de 01 (um) a 05 (cinco) salários mínimos e 56% (cinqüenta e seis por cento) entre o ensino médio completo e o ensino superior incompleto.

Com base nas respostas fornecidas, boa parte dos entrevistados, num universo de 67% (sessenta e sete por cento), sabe o que significa a expressão “políticas públicas”. Entretanto, apenas 50% (cinqüenta por cento) dos entrevistados conseguem visualizar políticas públicas sendo colocadas em prática na região onde moram. A primeira impressão é que boa parte do universo de entrevistados compreende a importância da atuação do Estado na formulação e implementação de políticas para o cidadão, porém não conseguem identificar quais projetos são destinados e aplicados na região onde mora. Essa percepção se comprova nas respostas à questão 03 (três), pela qual verifica-se que 83% (oitenta e três por cento) dos entrevistados nunca participou direta ou

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indiretamente de um processo de criação de política pública. Ao mesmo tempo, conforme as respostas fornecidas à questão 04 (quatro), constata-se que uma maioria significativa da população do Distrito Federal, cerca de 89% (oitenta e nove por cento) acredita que o atual Governo do Distrito Federal (GDF) não coloca em prática políticas públicas suficientes para solucionar os problemas do DF, afirmando, ainda, que as políticas existentes necessitam de reformulação.

Na questão 05 (cinco) os alunos indagaram os entrevistados acerca de uma situação específica, qual seja, o GDF anunciando um programa de financiamento de casas populares e não liberando os créditos no prazo estipulado. O questionamento se concentrou na identificação de possíveis razões para a não colocação em prática da política pública anunciada. Em resposta ao questionamento, merece destaque a opinião de 57% (cinqüenta e sete por cento) dos entrevistados, qual seja, de que a promessa de financiamento faz parte apenas da propaganda do governo para agradar seus eleitores, acreditando, ainda, que a corrupção no governo é tão grande que o dinheiro demora mesmo até chegar às mãos do cidadão.

Em relação à criação de políticas públicas, 60% (sessenta por cento) dos entrevistados acreditam que devam ser criadas a partir de um processo no qual várias ferramentas do governo são aplicadas para concretizar situações nos planos de políticas públicas, levando em consideração tanto a necessidade da sociedade como a capacidade do governo de concretização dos projetos. Ainda sobre a criação de políticas públicas, merece destaque a divergência de opiniões envolvendo o restante dos entrevistados, entre os quais 16% (dezesseis por cento) preferem que as políticas públicas sejam criadas “de cima para baixo”, ou seja, deve-se considerar a capacidade que os servidores públicos têm em concretizar a política pública de maneira mais efetiva. Já outros 20% (vinte por cento) dos entrevistados acreditam que as políticas públicas devem ser criadas “de baixo para cima”, ou seja, deve-se considerar a perspectiva daqueles que são afetados e envolvidos no processo de implementação de uma política pública.

No tocante à implementação de políticas públicas, a questão 07 (sete) indaga os entrevistados acerca das melhores opções para colocar em prática os projetos de governo, sendo que 69% (sessenta e nove por cento) dos cidadãos consideram que o governo deve administrar o orçamento durante a execução da política pública, evitando-se que gaste demais e, ao mesmo tempo, solucionando o problema da população. Destaca-se também a opinião de 18% (dezoito por cento) do restante dos entrevistados que esperam do governo a satisfação da necessidade da população, mesmo que para isso gaste além do previsto inicialmente.

Acerca da política pública de transporte coletivo de pessoas, mais especificamente sobre o metrô, os entrevistados foram indagados sobre a concordância ou não com a expansão da malha do metrô no DF, oportunidade em que 46% (quarenta e seis por cento) dos cidadãos afirmaram que concordam com a expansão do metrô, ainda que não o utilizem, pois consideram a política pública benéfica para o DF como um todo. Merece destaque a opinião de outros 28% (vinte e oito por cento) da população entrevistada, que concordam com a expansão do metrô por ser benéfico ao DF, porém se sentem prejudicados porque pagam impostos e acreditam que os mesmos são usados para algo que não trará impacto direto para o contribuinte.

A respeito da divulgação dos gastos com políticas públicas, uma maioria significativa dos entrevistados, na ordem de 69% (sessenta e nove por cento), acredita que o governo deveria divulgar todos os gastos indiscriminadamente, eis que nunca revela os verdadeiros custos. Outra parcela dos entrevistados, na ordem de 23% (vinte e três por cento), acredita que o governo deveria divulgar a maior parte dos gastos, mas

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não todos, por que pode haver decisões consideradas “estratégicas”. A partir dos resultados, percebe-se que quase todo o universo de entrevistados prefere a divulgação dos gastos com políticas públicas, mostrando interesse pela exigência de transparência com os gastos da Administração Pública.

Um dos pontos que merece destaque na pesquisa é a percepção das pessoas entrevistadas a respeito do tratamento de políticas públicas envolvendo saúde, educação e transporte público. Ao serem indagados acerca da forma como essas políticas públicas deveriam ser tratadas, se em conjunto ou separadamente, 38% (trinta e oito por cento) dos entrevistados acreditam que inicialmente cada área deve ser tratada de forma isolada, mas em um segundo momento elas devem ser comparadas para que eventuais problemas sejam minimizados ao máximo. O assunto mostra-se bastante equilibrado entre a população, pois, do restante dos entrevistados, 29% (vinte e nove por cento) acredita que devem ser tratados separadamente, porque cada área tem características específicas e, portanto, é necessário analisá-las individualmente, para que os problemas de uma área não afetem os pontos positivos de outra. Ao mesmo tempo, outros 29% (vinte e nove por cento) acreditam que tais assuntos devam ser tratados em conjunto, porque o que acontece em uma área sempre influencia a(s) outra(s), e é impossível atuar em uma área sem levar em consideração as demais. Em suma, a população mostra-se bastante dividida em relação à forma como devem ser conduzidas as temáticas que envolvem políticas públicas de saúde, educação e transporte público, o que por um lado mostra uma diversidade de opiniões, mas, por outro lado, demonstra que alguns assuntos podem não alcançar consenso nos ambientes de discussão específicos.

Acerca da participação no processo de criação de uma política pública, quase a metade dos entrevistados acredita que as políticas públicas devem ser criadas a partir de discussões envolvendo membros do governo e quaisquer cidadãos, considerando que qualquer tema de política pública pode ser interessante a qualquer membro da sociedade. Em relação aos demais, destaca-se que 29% (vinte e nove por cento) dos entrevistados acredita que o processo de criação de uma política pública deve envolver necessariamente membros do governo e cidadãos que tenham experiência comprovada na área da política pública em questão. O dado relevante desse questionamento em especial é que a maioria gritante dos entrevistados não tem dúvidas de que a população deve fazer parte desse processo de discussão e criação de políticas públicas.

Ainda sobre a possibilidade de participação na elaboração de políticas públicas, a questão 13 (treze) indaga os entrevistados acerca do meio de participação de qualquer cidadão no processo de criação de determinada política pública. O equilíbrio se mostra evidente eis que 46% (quarenta e seis por cento) acreditam que a participação deve ocorrer pelo meio virtual, ou seja, o governo criaria um site ou disponibilizaria um endereço eletrônico para que os interessados pudessem enviar seus comentários, críticas e sugestões. Do restante, 44% (quarenta e quatro por cento) acreditam que a participação deva ocorrer pelo meio presencial, ou seja, representantes do governo deveriam estar presentes em algum auditório ou local público para ouvir aqueles que quisessem participar efetivamente com idéias, sugestões e críticas. Esse equilíbrio de opiniões mostra uma certa indefinição por parte da população em relação à forma de sua participação no processo de criação de uma política pública, o que pode comprometer a efetividade da mesma, eis que nem todos os referidos processos contam com procedimentos informatizados, o que poderia afastar a participação daquela parcela que prefere a manifestação pela via digital.

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Dando traços finais ao questionamento encaminhado à população, os alunos apresentaram aos entrevistados a seguinte frase: “É certo que as mudanças mais

importantes geralmente ocorrem quando efetivamente se muda a composição do poder, mas podem-se obter conquistas sociais por meio da mobilização social, da ação coletiva, sobretudo quando esta mobilização passa a ter um conteúdo de debate público de alternativas e não de mera crítica”. Ao solicitarem à população comentários sobre a frase,

56% (cinqüenta e seis por cento) dos entrevistados concordam com a ideia exposta, eis que a mobilização da sociedade em espaços públicos de discussão de políticas públicas é uma alternativa interessante para que os interesses das comunidades possam se transformar em políticas públicas. Ainda sobre o tema, uma parcela envolvendo 30% (trinta por cento) da população acredita na necessidade de que a sociedade se organize em espaços públicos de discussão para dialogar com os círculos de poder, mesmo achando pouco efetivo esse esforço de união para a discussão.

A análise dos resultados da pesquisa indica que parcela significativa da sociedade do Distrito Federal se mostra bastante consciente em relação à importância de se discutir as políticas públicas de interesse da população. Ainda de acordo com a pesquisa, nota-se a preocupação do cidadão em relação aos processos de criação e implementação de políticas públicas, bem como ao tratamento isolado ou conjunto de políticas públicas convergentes (saúde, educação, transporte público).

Nos dias atuais, ao participar da criação e implementação de políticas públicas o cidadão exerce diretamente a cidadania, contribuindo para a construção de uma vida melhor para todos. Nessa linha, o cidadão do DF parece reconhecer a importância das políticas públicas, entretanto ainda não mostra sinais de efetividade na sua participação, tendo em vista a discordância que apresenta em relação a pontos sensíveis que interferem nos processos de criação e implementação das políticas, com destaque para a participação via meio presencial ou virtual, a expansão de determinados serviços públicos etc.

APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RESULTADOS DADOS SOCIAIS DOS ENTREVISTADOS

O questionário apresenta, em seu cabeçalho, questões vinculadas aos indicadores sociais dos entrevistados. Foram apresentadas cinco perguntas, em sequência, cujos resultados estão apresentados a seguir.

01 – Área em que mora

Região Administrativa do Distrito

Federal respondentes Número de Porcentagem de respondentes

Águas Claras 37 3% Brasília 93 9% Brazlândia 16 1% Ceilândia 211 20% Cruzeiro 54 5% Gama 10 1% Guará 10 1% Núcleo Bandeirante 7 1% Paranoá 22 2%

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Planaltina 1 0%

Recanto das Emas 69 6%

Riacho Fundo 18 2% Samambaia 137 13% Santa Maria 5 0% São Sebastião 5 0% Sobradinho 24 2% Taguatinga 277 26% Vicente Pires 84 8% TOTAL 1080 100%

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02 – Faixa salarial

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

1-5 salários mínimos 630 58%

6-10 salários mínimos 325 30%

11-15 salários mínimos 117 11%

Mais de 15 salários mínimos 8 1%

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Revista Projeção, Direito e Sociedade 03 – Nível educacional

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

Ensino básico incompleto 34 3%

Ensino básico completo 75 7%

Ensino médio incompleto 152 14%

Ensino médio completo 395 37%

Ensino superior incompleto 207 19%

Ensino superior completo 120 11%

Pós-graduação 97 9%

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Revista Projeção, Direito e Sociedade 04 – Faixa etária

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

16-18 anos 118 11% 18-25 anos 267 25% 26-30 anos 223 21% 31-35 anos 156 14% 36-40 anos 90 8% 41-45 anos 124 11% Mais de 46 anos 102 9% TOTAL 1080 100%

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Revista Projeção, Direito e Sociedade 05 – Sexo

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

Masculino 525 49%

Feminino 555 51%

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QUESTÕES ESPECÍFICAS SOBRE O TEMA

A segunda parte do questionário apresenta 14 (catorze) questões cujo conteúdo se remete ao tema “Políticas públicas”. Durante a confecção do questionário, foram criadas as mais diversas situações por meio das quais se pudesse avaliar o grau de conhecimento do cidadão a respeito do tema.

01 – Você sabe a que se refere a expressão “políticas públicas”? (Se a resposta for

“sim”, pule para a questão 3.)

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

Sim. 726 67%

Não. 283 26%

Não soube responder. 71 7%

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02 – Por “políticas públicas” entende-se o processo no qual um problema da sociedade – por exemplo, a implantação de rede de esgoto em determinada cidade – é analisado pelo governo, é debatido entre as lideranças políticas e, em seguida, estas lideranças tomam a decisão de pôr em prática uma solução para aquele problema. Considerando-se esta definição, você pode visualizar políticas públicas sendo colocadas em prática na área em que você mora?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

Sim. 178 50%

Não. 142 40%

Não soube responder. 34 10%

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03 – Você já participou direta ou indiretamente de um processo de criação de política pública?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes

Sim. 187 17%

Não. 893 83%

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04 – Você acredita que o atual Governo do Distrito Federal coloca em prática políticas públicas suficientes para solucionar os problemas do DF?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Sim, o que o GDF faz é suficiente. 84 8%

O GDF põe em prática várias políticas públicas, mas algumas precisam ser

reformuladas porque estão erradas. 465 43% Não, o GDF não coloca em prática

políticas públicas suficientes. 492 46%

Não soube responder. 39 4%

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05 – Imagine a seguinte situação: o governo anuncia um programa de financiamento de casas populares e define o prazo de três meses para que o crédito esteja disponível ao cidadão. Passam-se os três meses e percebe-se que o dinheiro ainda não foi liberado, ou seja, a política pública não foi colocada em prática. Qual a principal razão que você acha que explica isto?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes O governo prometeu o crédito, mas não

tem o dinheiro disponível. 123 11%

A promessa de financiamento faz parte apenas da propaganda do governo para

“agradar” seus eleitores. 314 29%

A corrupção no governo é tão grande que o dinheiro demora mesmo até chegar às

mãos do cidadão. 302 28%

Até o dinheiro sair do governo e chegar ao cidadão, passa por muitas etapas e o

processo é naturalmente lento. 161 15% Faltou planejamento por parte do governo

para a concretização da política pública. 169 16%

Não soube responder. 11 1%

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06 – Você acredita que as políticas públicas:

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Devem ser criadas “de cima para baixo”,

ou seja, deve-se considerar a capacidade que os servidores públicos têm em concretizar a política pública de maneira mais efetiva.

175 16%

Devem ser criadas “de baixo para cima”, ou seja, deve-se considerar a perspectiva daqueles que são afetados e envolvidos no processo de implementação de uma política pública.

217 20%

Devem ser criadas como um processo no qual várias ferramentas do governo são aplicadas para concretizar situações nos planos de políticas públicas que levem em consideração tanto a capacidade do governo quanto a necessidade da sociedade.

651 60%

Não soube responder. 37 3%

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07 – Qual das opções abaixo você considera a melhor para a implementação de uma política pública?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes O governo deve satisfazer a necessidade

da população, mesmo que para isso

gaste além do previsto inicialmente. 192 18% O governo deve gastar apenas o previsto

inicialmente, mesmo que isso não

satisfaça a necessidade da população. 75 7% O governo deve administrar o orçamento

durante a execução da política pública, evitando-se que gaste demais e, ao mesmo tempo, solucionando o problema da população.

742 69%

Não soube responder. 71 7%

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08 – O atual Governo do Distrito Federal prometeu a expansão do metrô até o final da Asa Norte. Suponha que você more em Planaltina e trabalhe em Sobradinho, ou seja, você não usará o metrô constantemente. Neste caso você:

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Concorda com a expansão do metrô,

porque ainda que você não o utilize, considera benéfico para o Distrito Federal como um todo.

498 46%

Concorda com a expansão do metrô por ser benéfico para o DF, mas se sente prejudicado porque você paga impostos e os mesmos são usados para algo que não trará impacto direto para você.

299 28%

Discorda da expansão porque não trará

nenhum benefício para você. 90 8%

Discorda porque a expansão é cara e trará benefícios apenas a um grupo de moradores do DF, sendo que todos pagarão as contas por meio de impostos.

154 14%

Não soube responder. 39 4%

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09 – No que diz respeito à divulgação dos gastos com políticas públicas, você: Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Acredita que o governo deveria divulgar

todos os gastos indiscriminadamente porque o governo nunca revela os verdadeiros custos.

742 69%

Acredita que o governo deveria divulgar a maior parte dos gastos, mas não todos, porque pode haver decisões consideradas “estratégicas”.

249 23%

Acredita que o governo não deve divulgar os gastos, porque foi eleito para pôr em práticas as políticas públicas e o cidadão não deve ficar se preocupando com isso.

76 7%

Não soube responder. 13 1%

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10 – Veja a seguinte frase: “A formulação de políticas públicas deve trabalhar cada área de forma distinta. Assim, por exemplo, educação, saúde e transporte público são áreas que devem ser tratadas separadamente”. A respeito desta frase, você:

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Concorda, porque cada área tem

características específicas e, portanto, é necessário analisá-las individualmente, para que os problemas de uma área não afetem os pontos positivos de outra.

309 29%

Discorda, porque o que acontece em uma área sempre influencia a(s) outra(s), e é impossível atuar em uma área sem levar em consideração as demais.

310 29%

Acredita que inicialmente cada área deve ser tratada de forma isolada, mas em um segundo momento elas devem ser comparadas para que eventuais problemas sejam minimizados ao máximo.

407 38%

Não soube responder. 54 5%

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11 – No processo de criação de uma política pública, quem deve participar? Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Apenas membros do governo, pois se

espera que os mesmos tenham conhecimento do assunto, já que foi para isso que foram eleitos/contratados.

145 13%

Membros do governo e cidadãos que tenham experiência comprovada na área

da política pública em questão. 316 29% Membros do governo e qualquer cidadão,

pois qualquer tema de política pública

pode ser interessante a qualquer um. 534 49%

Não soube responder. 85 8%

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12 – Imagine a situação na qual é dada à sociedade a possibilidade de participar do processo de criação de uma política pública qualquer. Neste caso você:

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Acredita que qualquer cidadão possa

participar do processo, pois todas as políticas públicas são de interesse coletivo.

363 34%

Acredita que qualquer cidadão afetado pela política pública possa participar do processo, para evitar que outros, que não têm nada a ver com o assunto, gerem problemas.

292 27%

Acredita que apenas ONGs ou movimentos sociais possam participar do processo, porque caso seja aberto a todos os cidadãos, a implantação da política pública poderia demorar muito.

122 11%

Acredita que apenas ONGs ou movimentos sociais possam participar do processo porque os mesmos já representam a vontade da população.

175 16%

Acredita que apenas o governo deva criar a política pública, pois eles têm conhecimento e foram escolhidos para isso.

90 8%

Não soube responder. 38 4%

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13 – Imagine que o governo abra a possibilidade de qualquer cidadão poder participar do processo de criação de determinada política pública. Neste caso, como você acha que a participação deveria ocorrer?

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Por meio presencial, ou seja,

representantes do governo deveriam estar presentes em algum auditório ou local público para ouvir aqueles que ali estivessem presentes.

477 44%

Por meio virtual, ou seja, o governo criaria um site ou disponibilizaria um email para que os interessados pudessem enviar seus comentários, críticas e sugestões.

494 46%

Não soube responder. 109 10%

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14 – Veja a seguinte frase: “É certo que as mudanças mais importantes geralmente ocorrem quando efetivamente se muda a composição do poder, mas podem-se obter conquistas sociais por meio da mobilização social, da ação coletiva, sobretudo quando esta mobilização passa a ter um conteúdo de debate público de alternativas e não de mera crítica”. A respeito dessa frase, você:

Número de

respondentes Porcentagem de respondentes Concorda, porque a mobilização da

sociedade em espaços públicos de discussão de políticas públicas é uma alternativa interessante para que os interesses das comunidades possam se transformar em políticas públicas.

601 56%

Discorda, pois os círculos de poder sempre desestabilizam as manifestações

populares. 115 11%

Acredita na necessidade de que a sociedade se organize em espaços públicos de discussão para dialogar com os círculos de poder, mesmo achando pouco efetivo esse esforço de união para a discussão.

325 30%

Não soube responder. 39 4%

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Revista Projeção, Direito e Sociedade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GÜNTHER, H. Como elaborar um questionário. Série “Planejamento de Pesquisa nas Ciências Sociais”, nº 1. Brasília, DF: UnB, Laboratório de Psicologia Ambiental, 2003. LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Coleção “Temas básicos de educação e ensino”. São Paulo: EPU, 1986.

Referências

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