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Semeadura da canola: época, espaçamento e densidade para maximizar a produtividade de grãos

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Academic year: 2021

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IDOMAR VICENTE PERUZATTO

SEMEADURA DA CANOLA: ÉPOCA, ESPAÇAMENTO E DENSIDADE PARA MAXIMIZAR A PRODUTIVIDADE DE GRÃOS

Ijuí - RS Dezembro - 2016

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IDOMAR VICENTE PERUZATTO

SEMEADURA DA CANOLA: ÉPOCA, ESPAÇAMENTO E DENSIDADE PARA MAXIMIZAR A PRODUTIVIDADE DE GRÃOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, apresentado como um dos requisitos à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientadora: Prof.ª Dr. Cleusa A. M. Bianchi Krüger

Ijuí – RS Dezembro - 2016

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SEMEADURA DA CANOLA: ÉPOCA, ESPAÇAMENTO E DENSIDADE PARA MAXIMIZAR A PRODUTIVIDADE DE GRÃOS

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia - Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido

perante a banca abaixo subscrita.

Banca examinadora

Profª Drª Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger – Orientadora – DEAg/UNIJUÍ

Profº Drº José Antonio Gonzalez da Silva - DEAg/UNIJUÍ

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Dedico este trabalho ao meu pai Elemar, a minha mãe Maria e ao meu irmão Eduardo, que sempre me apoiaram em todos os momentos.

Aos meus amigos e familiares, que de uma ou outra forma sempre estiveram comigo nesta caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por conceder-me o dom da vida, e pela oportunidade de concluir esta caminhada, sempre me dando forças e encorajando nos momentos difíceis.

A minha família, em especial ao meu pai Elemar e a minha mãe Maria, que mesmo com todas as dificuldades nunca deixaram de dar todo apoio, fazendo o possível e o impossível para que eu chegasse ate aqui. Ao meu irmão Eduardo, pelo companheirismo e apoio não só na realização deste trabalho, mas também na vida.

A minha avó Luiza pelo apoio, carinho e orações dedicadas a mim. A minha avó Izabel (in memorian), que em sua passagem terrena dedicou-me suas orações. Aos meu familiares que sempre se fizeram presentes nesta caminhada.

Aos amigos que conheci durante o curso Amanda Cardoso, Isadora Lorenzoni, Tiago Porazzi, Jussana Tizott, Sara Vitalis, Dionatan Kryscun, Rafael Botton e Felipe Wall que estiveram presentes nos momentos alegres, mas também apoiando em todos os momentos difíceis.

A professora orientadora Cleusa Bianchi Krüger, pelo carinho, dedicação, ensinamentos, paciência e pelo auxilio nas tarefas sempre que possível.

Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Regional (IRDeR), em especial ao Cláudio Porazzi e Jordana Schiavo que me auxiliaram na execução das tarefas.

As colegas Tais Trada, Maiara do Nascimento da Ponte e Tagliane Walker, por me auxiliarem na execução das tarefas laboratoriais.

Por fim, gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho e para minha formação acadêmica.

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LISTA DE APÊNDICES

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na primeira época de semeadura (05/05/2016), para o espaçamento 0,20 m. DEAg/UNIJUI, 2016. ... 23 Figura 2 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na primeira época de semeadura (05/05/2016), para espaçamento 0,40 m. DEAg/UNIJUI, 2016. ... 23 Figura 3 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na segunda época de semeadura (25/05/2016), para o espaçamento 0,20 m. DEAg/UNIJUI, 2016. ... 24 Figura 4 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na segunda época de semeadura (25/05/2016), para o espaçamento 0,40 m. DEAg/UNIJUI, 2016. ... 25

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Médias precipitação e temperatura durante o ciclo da cultura. DEAg/UNIJUI, 2016. ... 21 Tabela 2- Resumo da análise de variância para as variáveis de produtividade e morfológicas, considerando um fatorial triplo: época, densidade e espaçamento, para as variáveis em canola. DEAg/ UNIJUI, 2016. ... 26 Tabela 3- Resumo da análise da análise descritiva para as variáveis de produtividade e morfológicas, considerando um fatorial triplo: época, densidade e espaçamento em canola. DEAg/ UNIJUI, 2016. ... 27 Tabela 4- Teste de médias para as variáveis estatura (EST), número de ramos (NRP) e rendimento de grãos (RG), considerando o efeito de época. DEAg/ UNIJUI, 2016... 27 Tabela 5- Teste de médias para interação espaçamento x época para variáveis número de plantas por unidade de área (NPUA), peso de grãos por planta (PGP) número de síliquas por planta (NSP) e rendimento potencial (RPOT). DEAg/ UNIJUI, 2016. ... 28

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SEMEADURA DA CANOLA: ÉPOCA, ESPAÇAMENTO E DENSIDADE PARA MAXIMIZAR A PRODUTIVIDADE DE GRÃOS

RESUMO

O cultivo da canola no estado do Rio Grande do Sul vem aumentando gradativamente nos últimos anos, sendo que o estado é responsável por 87,3% de toda a área cultivada. Devido a importância que esta cultura vem adquirindo, torna-se indispensável seu estudo e o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo. Por estes e outros motivos que desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de obter a melhor época de semeadura, densidade e espaçamento de plantas, para melhor aproveitamento dos recursos do ambiente, com a máxima expressão do potencial produtivo. Este experimento foi desenvolvido no ano agrícola de 2016, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (IRDeR/DEAg/UNIJUÍ), localizado no município de Augusto Pestana, RS. Foi utilizada a cultivar Hyola 433, desenvolvendo o experimento em esquema trifatorial 2x2x4, em blocos inteiramente casualizados, com duas épocas de semeadura (05/05/2016 e 25/05/2016), dois espaçamentos entre linhas (0,20 e 0,40 metros) e 4 densidades de semeadura (20,40,60,80 plantas/m²). As variáveis analisadas foram a radiação fotosinteticamente ativa (RFA), os componentes do rendimento (estatura de plantas, altura da inserção do primeiro ramo, número de ramos por planta, número de síliquas, e peso de grãos por planta), e o rendimento de grãos por hectare. Para o rendimento de grãos pode-se observar que o mesmo é influenciado mais significativamente pela época de semeadura, bem como os demais componentes do rendimento. A densidade de semeadura foi a que menos demonstrou influência sobre as variáveis analisadas. A máxima expressão do rendimento de grãos foi obtida pela primeira época, variando de 1182,83 kg/ha a 1583,97 kg/ha, contra 331,66 kg/ha a 566,43 kg/ha da segunda época de semeadura.

Palavras Chave: Radiação Fotossinteticamente Ativa, Hyola 433, Espaçamento, Épocas de semeadura.

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SUMÁRIO LISTA DE APÊNDICES ... 5 LISTA DE FIGURAS ... 6 LISTA DE TABELAS ... 7 INTRODUÇÃO ... 10 1 REVISÃO DE LITERATURA ... 12 1.1 A CULTURA DA CANOLA ... 12 1.2 HISTÓRICO ... 13 1.3 DESCRIÇÃO BOTÂNICA ... 14

1.4 FATORES EDAFOCLIMÁTICOS NO RENDIMENTO DE GRÃOS EM CANOLA 14 1.5 COMPONENTES DO RENDIMENTO EM CANOLA ... 15

1.6 ÉPOCAS DE SEMEADURA E PRODUÇÃO DE GRÃOS ... 16

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 18

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 21

CONCLUSÃO ... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 30

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INTRODUÇÃO

O cultivo da canola (Brassica napus L. var. Oleífera) vem se difundindo entre os produtores rurais da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Esse avanço tem ocorrido pelo retorno econômico, possibilitado pela venda dos grãos o emprego de novas cultivares e novas tecnologias de cultivo. Um dos exemplos é a semeadoura com sistema que possibilita a distribuição mais uniforme de sementes, e de novas técnicas de colheita, que permitem o corte das plantas antes do total amadurecimento e a deiscência natural das síliquas, possibilitando que haja menores perdas tanto pelos processos de colheita, como pelas intempéries climáticas.

A canola é uma planta que possui altos teores de óleo no grão, sendo este de alta qualidade, com isso, a espécie apresenta grande importância na alimentação humana, principalmente para produção de óleos. Na alimentação animal, compõe rações e farelos utilizados para bovinos e bubalinos. Além disso, encaixa-se na rotação cultural no período de inverno, reduzindo a dependência do cultivo de trigo e aveia, e ainda quebrando o ciclo de várias doenças, que em alguns casos são comuns para todas as gramíneas, comumente cultivadas na mesma época.

Mesmo com todas essas características importantes apresentadas pela cultura da canola, muitos produtores têm receio de investir capital e trabalho em uma espécie, que ainda é desconhecida por muitos e que possui menos informações técnicas de cultivo em relação às outras culturas cultivadas no período de outono-inverno, como no caso do trigo e da aveia.

A canola possui características fisiológicas muito distintas de outras culturas de inverno habitualmente cultivadas na região noroeste do estado. Apresenta hábito de crescimento indeterminado, que faz com que a canola tenha um período de florescimento e desenvolvimento de síliquas relativamente longo, e possui alta plasticidade fenotípica, onde em caso de falta ou excesso de população de plantas a canola consegue se adaptar morfologicamente a esta situação, não ocasionando grandes perdas de produtividade.

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Desta forma, também, muitos produtores não conseguem elevar a produtividade desta cultura por estas peculiaridades da espécie. Portanto, estudos relacionados ao espaçamento entre linhas, densidade de plantas e épocas de semeadura tornam relevantes, para a região de maior cultivo da espécie no Rio Grande do Sul, para que se determine qual é a melhor densidade de plantas e espaçamento entre linhas, em determinadas épocas de semeadura, que proporcione altos rendimentos, de forma que não haja competição entre plantas, proporcionando assim a máxima utilização de todos os fatores disponíveis no meio.

Devido as poucas informações e estudos, que são consideradas básicas para o sucesso de qualquer sistema de cultivo, desenvolve-se este trabalho com o objetivo de obter a época de semeadura, densidade e espaçamento de plantas mais adequado para a cultura, para que se obtenha o melhor aproveitamento dos recursos do ambiente, com a máxima expressão do potencial produtivo da cultura.

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1.1 A CULTURA DA CANOLA

A canola é uma planta oleaginosa de inverno proveniente do melhoramento genético da Colza (Brassica napus L. var. oleifera ou Brassica campestris L. var. oleifera), obtendo-se uma planta com teores menores que 2% de ácido erúcico e menos de 30 micromoles de glucosinolatos por grama de matéria seca da semente (CANOLA, 1999), e possui teores de proteína no grãos de 45% a 50% (BAIER e ROMAN, 1992) teores de óleo variando de 16% a 37% (KRÜGER, 2011), tornando-se uma espécie de grande interesse agronômico

Além de possuir altos teores de óleo no grão, este tem na sua composição teores aproximados de 60% de ácidos graxos monoinsaturados e 6% de ácidos graxos saturados, sendo que estes teores preservam os níveis saudáveis de colesterol no sangue, sendo assim pode ser considerado um produto saudável e aliado da saúde humana, sendo que o óleo de canola já foi comercializado com a denominação de "produto alimentício do ano" (MACHADO e DALPIVA, 1991).

Além de possuir teores de ácidos graxos benéficos a saúde, o óleo da canola pode ser considerado um alimento funcional pelos altos níveis de Ômega-3, que contribuem para a redução e controle dos níveis de triglicerídeos e doenças como a arteriosclerose, além de possuir outros compostos como a vitamina E, que tem excelente ação antioxidante, que previne a formação de radicais livres, auxiliando na prevenção do envelhecimento precoce (EMBRAPA, 2011).

Outro componente de grande importância para o setor pecuário é o resíduo derivado do processamento da canola, principalmente da extração do seu óleo, que tem seu uso em farelos e rações para bovinos, aves e suínos, sendo considerada uma importante fonte de proteína para estes.

A canola, além de suas especificidades para uso na alimentação humana e animal, tem grande aptidão para a produção de outros compostos como o biodiesel, mas segundo muitos pesquisadores a oferta insuficiente do grão, no caso do Brasil, para usos mais nobres como a alimentação humana não justificaria o uso do mesmo para a produção do biodiesel (SILVA; FREITAS, 2008).

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1.2 HISTÓRICO

O cultivo da canola propriamente dito iniciou-se no ano de 1974, a partir de uma variedade que foi denominada de Tower, que foi obtida por pesquisadores canadenses, pelo cruzamento de duas plantas distintas, que naturalmente sofreram modificações genéticas, desenvolvendo a característica de possuir baixos teores de glucosinolatos e outra a baixa concentração de ácido erúcico (THOMAS, 2003). Após a obtenção deste cruzamento entre estas espécies distintas, iniciou-se o melhoramento da canola para elevar seu potencial produtivo , bem como a qualidade do óleo, para se chegar ao produzido atualmente (TAGOL, 2006).

Após o desenvolvimento da canola, a mesma rapidamente se expandiu para outras partes do mundo, sendo cultivada no lugar da tradicional colza, e também neste contexto, iniciou-se o cultivo no estado do Rio Grande do Sul da canola (Brassica napus L. e Brassica rapa L.), sendo que a partir da década de 80 houve a expansão do cultivo para o estado do Paraná. A nível mundial os principais produtores da oleaginosa são China, Índia, Canadá, União Européia e Austrália (TOMM, 2009).

O cultivo da canola vem se expandindo para diversas regiões do mundo, devido as novas tecnologias de cultivo e novas variedades lançadas, que possibilitam maiores produtividades e resistência a doenças e a herbicidas, ganhando assim espaço entre as culturas já consolidadas (BARNI et al., 2003).

No Brasil o cultivo da canola vem aumentando gradativamente, sendo que a maior área cultivada se encontra no estado do Rio Grande do Sul, com 82% de toda a área cultivada no país, totalizando cerca de 36,5 mil hectares dos 44,4 mil cultivados em todo o país no ano de 2015 (CONAB, 2016). A produção brasileira neste mesmo ano, segundo a Conab (2016), foi de 76,7 mil toneladas, sendo que somente no estado do Rio Grande do Sul produziu-se 65,9 mil toneladas, atendendo somente cerca de 30% da demanda interna do produto no país. Além disso o consumo de óleos derivados da canola no Brasil é muito baixo , tanto pela escassez da matéria prima para a fabricação, como pelo alto custo do mesmo em comparação com outros óleos, não ultrapassando 1% de todos os óleos consumidos, já em outros países como EUA, esse valor chega a 20% (PERES; FREITAS JR.; GAZZONI, 2005).

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A canola é uma planta pertencente a família das Brassicaceae, gênero Brassica, se caracterizando como uma planta comporte entre 0,5 m a 1,7 m de altura, tendo caule ereto e herbáceo, com acentuada ramificação lateral. As folhas nas fases iniciais são caracterizadas como pecioladas, formando na fase inicial o estágio de "roseta", ou seja, quando a planta possui quatro folhas pecioladas, momento de grande importância para alguns tratos culturais como a aplicação de fertilizantes nitrogenados. Nas fases posteriores ao estágio de "roseta" ocorre a elongação do caule com a emissão de folhas lanceoladas, que abraçam parcialmente a haste. O sistema radicular é pivotante, com grande distribuição de raízes secundárias.

O estádio reprodutivo é caracterizado por ser de ciclo indeterminado, sendo que o período da floração varia de acordo com a cultivar, sendo que dessa forma o risco de perda total da cultura por intempéries climáticas como as geadas é reduzido, pois as mesmas são comuns neste período na região sul do país, e assim as flores perdidas são substituídas por novas floradas. As flores se caracterizam por serem pequenas, com quatro pétalas de cor amarela, dispostas em forma de cruz, com seis estames e pistilo, agrupadas formando uma inflorescência na forma de recemo.

Os frutos da canola são denominados de síliquas, sendo estas quando maduras de cor marrom, medindo de cinco a seis centímetros de comprimento em média (KRÜGER et al., 2011). As sementes da canola são esféricas e com tamanho de 2 a 2,5 mm, e quando maduras tem coloração geralmente marrom, podendo variar até a coloração preta (GARCÍA, 2007).

1.4 FATORES EDAFOCLIMÁTICOS NO RENDIMENTO DE GRÃOS EM CANOLA

O cultivo da canola deve dar-se preferencialmente em solos profundo e com boa drenagem, uma vez que apesar de tolerar solos encharcados, ocorre significativa redução de crescimento e da duração do período de florescimento, resultando em significativas perdas de produtividade (THOMAS, 2003). A canola torna-se muito sensível a déficit hídrico em períodos como o de florescimento, causando o abortamento de flores e consequentemente a redução do número de síliquas, redução do numero de grãos por síliqua, rendimento de grãos e rendimento final da cultura (THOMAS, 2003).

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A canola possui grande adaptabilidade ao cultivo nos mais variados tipos de solos, mas possui preferência por solos que possuam textura média a pesada, variando desde solos francos, franco-argilosos, grande parte dos franco-arenosos e solos argilosos (TAGOL, 2006). Assim como a maioria das culturas produtoras de grãos, a canola sofre grande influência da fertilidade do solo, sendo afetada negativamente por solos muito ácidos e que tenham concentrações elevadas de alumínio tóxico em sua solução, sendo que suas melhores produtividades são atingidas em solos corrigidos com pH próximo a 6 (COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2004).

Além de fatores relacionados ao solo, a canola sofre muita influência das temperaturas, tanto altas como baixas, já que tem por característica não ser responsiva ao fotoperíodo, desta forma o zoneamento agroclimático da canola deve levar em conta temperaturas mínimas de 5ºC, e máximas de 27ºC, sendo que temperaturas tanto acima como abaixo das mínimas e máximas ocasionariam o abortamento de flores, sendo assim a temperatura ótima para o seu desenvolvimento de 20ºC (DALMAGO, 2007). Ainda segundo Tomm (2003), a faixa de temperatura entre 13ºC e 22ºC podem ser consideradas ideais para o desenvolvimento da canola, tendo o ponto de temperatura ótimo em 17ºC.

Problemas com baixas temperaturas podem ocorrer nos estágio iniciais da cultura, onde temperaturas ao nível do solo de -2ºC a -3ºC podem ocasionar a morte das plantas (THOMAS, 2003). No período reprodutivo, especialmente na floração as baixas temperaturas podem ocasionar abortamento de flores, podendo levar a redução na produtividade, mas sendo esta menor do que em outros cultivos de inverno, pois a canola tem seu período de florescimento de 20 a 55 dias, emitindo novas flores após sofrer algum período de estresse (TOMM, 2007).

1.5 COMPONENTES DO RENDIMENTO EM CANOLA

O rendimento final em canola esta relacionado com os componentes diretos de produção, que são a densidade de plantas, o número de síliquas, o número de grãos por síliqua e a massa de grãos (THOMAS, 2003). portanto qualquer alteração promovida nestes componentes desencadeia mudanças na estrutura da planta, seja em sua arquitetura, quanto em outros caracteres como a maturação e rendimento de grãos final (KRÜGER, 2011).

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componentes de produção, e dos parâmetros genéticos responsáveis pela manifestação destes caracteres (CARVALHO et al., 2001).

A formação dos componentes do rendimento da canola, sejam eles diretos ou indiretos, ocorrem durante o decorrer do seu ciclo, sendo fragmentado em vários sub períodos, que somados estabelecem o rendimento final da cultura (COIMBRA, 1999).

Ainda segundo Coimbra et. al. (2004), componentes como o número de plantas por unidade de área e o número de grãos por planta, tem grande influência na produtividade total da cultura, mas o número de síliquas por planta é o componente que mais exerce influência nesta variável, sendo assim o rendimento de grãos em canola se da em função da densidade populacional, número de síliquas por planta, número de sementes por síliqua e massa de sementes.

1.6 ÉPOCAS DE SEMEADURA E PRODUÇÃO DE GRÃOS

O desempenho produtivo da canola tem a influência de vários fatores ligados às condições climáticas e ambientais do meio, sendo que muitas vezes pode-se modificar a interferência dos mesmos com o manejo da época de semeadura da cultura, seja pelo escalonamento da semeadura ou pela antecipação ou atraso da mesma. O efeito da interação entre esses fatores se evidencia através de alterações no rendimento de grãos, ciclo vegetativo e maturação da primeira síliqua (DEGENHARDT; KONDRA, 1981).

A determinação do período ideal de semeadura pode ser determinado por um conjunto de fatores ambientais que interagem com o meio e com a planta, resultando em alterações no rendimento final de grãos e outras características fenológicas (CÂMARA, 1991).

As práticas de manejo tornam-se fundamentais para se obter maiores produtividades, e para proporcionar que a cultivar possa expressar todo o seu potencial genético. Desta forma o uso da época de semeadura mais adequada para a cultivar a ser utilizada torna-se um aspecto fundamental no manejo da mesma, visando explorar melhor todos os recursos ambientais e também os recursos genéticos disponíveis no híbridos lançados atualmente (TOMM, 2004). Esta escolha da época de semeadura proporciona uma combinação entre

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fatores morfológicos da cultura e elementos climáticos locais, que irão resultar no sucesso ou não da cultura.

Com as novas tecnologias de cultivo aliadas aos novos materiais genéticos empregados nos cultivos atuais, elevou-se muito o potencial produtivo das lavouras cultivadas com canola, alcançando marcas de até 4500 kg/ha, o que serve de incentivo para os produtores investirem nesta atividade e elevar sua renda (TOMM, 2007).

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O experimento foi conduzido no ano de 2016, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), vinculado ao departamento de estudos agrário da UNIJUI, localizado no município de Augusto Pestana, RS (28° 26' S e 54° 00' W, com altitude média de 280 metros). O clima da região é subtropical úmido do tipo Cfa, sem estação seca definida, conforme a classificação de Koeppen. O solo da área experimental é do tipo Latossolo Vermelho distroférrico típico (Santos et al., 2006).

O delineamento experimental utilizado foi de blocos inteiramente casualizados, com a utilização de quatro densidades de semeadura, sendo elas 20, 40, 60 e 80 plantas/m², dois espaçamentos entre linhas, sendo 0,20 metros e 0,40 metros, quatro repetições e duas épocas de semeadura, sendo a primeira no dia 05/05/2016 e a segunda no dia 25/05/2016 (APÊNDICE A- Croqui área experimental).

A semeadura foi realizada com semeadoura especifica para experimentos dotada de 5 linhas de semeadura, com distribuição de sementes por meio de rotor e de fertilizante na linha, sendo realizadas parcelas de cinco metros de comprimento, com cinco linhas de plantio em cada parcela, totalizando 5 m² para o espaçamento 0,20 m entre linhas e 10 m² para o espaçamento 0,40 m² entre linhas, sendo que neste ultimo espaçamento procedeu-se a semeadura de 10 linhas com espaçamento de 0,20 e após a emergência a remoção das plantas em linhas intercaladas para obter-se o espaçamento desejado.

Neste experimento utilizou-se o híbrido de canola Hyola 433, o qual se caracteriza como uma cultivar com alto potencial produtivo, com resistência poligênica ao fungo causador da Canela Preta, sendo que está resistência é mais durável e estável que a derivada da Brassica rapa ssp sylvestris, além deste híbrido ser caracterizado como de ciclo precoce, que varia de 120 a 150 dias, e de exigir solos de elevada fertilidade (TOMM, 2009).

A implantação ocorreu em área que teve como cultura antecedente milho, sendo que para a instalação do experimento foi realizada a roçada da área para a homogeneização do restos culturais. Sendo a cultura antecedente uma gramínea que tem como características a elevada exigência nutricional, utilizou-se a adubação de base com fertilizante formulado NPK 10-20-10, na quantidade de 340 Kg por hectare. A aplicação de fertilizante nitrogenado em cobertura se deu quando a maioria das plantas atingiu quatro folhas verdadeiras (exceto as cotiledonares) sendo assim realizadas na primeira e segunda época nos dias 21/06/2016 e

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18/07/2016 respectivamente, na quantidade correspondente a 60 kg de nitrogênio por hectare. O controle de plantas invasoras se deu por meio da aplicação de herbicida especifico para o controle de azevém, com a utilização do produto Select®, na dosagem correspondente a 500 ml/ha, aplicado com pulverizadora costal em área total. A aplicação de seu no dia 09/06/2016 na primeira e segunda época. Para o controle de outras plantas invasoras se procedeu a capina manual, realizada nos dias 21/06/2016 e 18/07/2016 na primeira e segunda época respectivamente. Também optou-se por realizar roçadas periódicas entre as parcelas com o uso de roçadeira costal, para facilitar o manejo da área.

Durante o período vegetativo e o reprodutivo tanto na primeira como na segunda época, realizou-se a coleta de dados da radiação solar fotossinteticamente ativa (RFA) das plantas, com o auxilio de um ceptômetro marca Decagon Devices modelo AccuPAR LP-80, onde foram realizadas as medições da radiação acima do dossel e ao nível do solo, com três repetições por parcela em intervalos de aproximadamente 10 dias.

Quando as plantas atingiram majoritariamente o ponto ideal de colheita, procedeu-se a coleta de três plantas por parcela, com a identificação das mesmas e armazenagem dentro de sacos plásticos individualmente, para a analise laboratorial dos componentes dos rendimento. Após este procedimento houve o corte de todas as plantas da parcela e confecção de feixes identificados, que foram armazenados no galpão ate atingirem a umidade ideal para a trilha.

A trilhas das plantas ocorreu com o uso de equipamento experimental, nos dias 30/09/2016 e 11/10/2016 da primeira e segunda época respectivamente, com a armazenagem dos grãos trilhados em sacos de papel identificados para posterior limpeza e pesagem em laboratório.

No laboratório de produção vegetal da UNIJUI, procedeu-se a limpeza com o auxilio de peneiras, do material proveniente da trilha das parcelas. O rendimento de grãos da parcela (RG) foi obtido pela colheita total da parcela, limpeza e pesagem dos grãos, com a conversão para Kg/ha. Quanto as plantas coletadas no momento da colheita, foram quantificados de cada planta os componentes morfológicos: altura total (EST) dada em centímetros, obtida pela medida do ponto de corte, rente ao solo, até o ápice da planta, a altura da inserção do primeiro ramo (IPRAMO), obtida pela medida em centímetros do ponto de corte, rente ao solo, até o primeiro ramo principal da planta, o componente do rendimento indireto: número de ramos principais (NRP), dado pela contagem dos ramos principais, e os componentes diretos: número de síliquas totais (NSP), obtido pela contagem de todas as síliquas da planta e o peso

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sendo assim o valor em gramas por planta.

Com estes dados procedeu-se a análise de variância, para detecção da possível interação entre as épocas de semeadura a densidade e o espaçamento entre linhas que melhor se ajustam a cultura da canola, nas condições climáticas locais, e a estimativa através dos componentes do rendimento da rendimento potencial da canola (RPOT), calculado a partir da densidade ideal de plantas.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela abaixo podemos observar os dados meteorológicos, que nos indicam como correu o ciclo da cultura da canola, sendo que observa-se períodos variados de disponibilidade hídrica para a cultura, com meses de precipitação abaixo da normal climatológica, como os meses de maio (149,7 mm), junho (162,9 mm), julho (135,1mm) e setembro (167,4 mm) e outros com precipitação acima ou muito acima da normal, como no caso os meses de agosto (138,2 mm) e outubro (156,5 mm). Esta desuniformidade afeta o desenvolvimento ideal da cultura, nas mais variadas épocas de semeadura, prejudicando o desenvolvimento inicial das plantas e comprometendo o estande ideal das mesmas.

Da mesma forma a temperatura afeta significativamente o desenvolvimento da cultura, como já descrito por (DALMAGO, 2007), que cita temperaturas entre 5ºC e 27ºC, como sendo limites inferior e superior respectivamente para o bom desenvolvimento da cultura, sendo considerada como 20ºC ideal. Observa-se que na maior parte do período vegetativo e reprodutivo da cultura, em ambas as épocas, temperaturas médias dentro do aceitável para o bom desenvolvimento da canola, conforme a tabela abaixo.

Tabela 1- Médias precipitação e temperatura durante o ciclo da cultura. DEAg/UNIJUI, 2016.

-10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 P re ci p it ão ( m m ) Meses Precipitação Temperatura mínima Temperatura máxima T em p er a tu ra d o A r( ºC )

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podemos observar que na primeira época de semeadura (05/05/2016), possui no espaçamento 0,20 metros, maiores valores da eficiência da RFA, nas primeiras leituras, atingindo os valores máximos de eficiência nas densidades de 20 e 40 plantas/m² na primeira leitura, realizada no dia 28/07/2016, sendo esta realizada a 84 dias após a semeadura. Já nas densidades de 60 e 80 plantas/m², o valor máximo da eficiência é atingido na segunda leitura realizada no dia 04/08/2016, 90 dias após a semeadura. Também pode-se observar que os valores de eficiência na densidade de 40 plantas/m² da primeira e da segunda leitura se mantiveram estáveis.

Com o avanço do ciclo da cultura nota-se no espaçamento 0,20 m uma redução da eficiência em todas as densidades, mas o menor valor de eficiência não é caracterizado pela ultima leitura de radiação.

Este fenômeno ocorre devido à interceptação da RFA ocorrer em sua maior parte pela folas no período vegetativo, sendo que ao iniciar o período reprodutivo, as flores, silíquas e demais estruturas reprodutivas passam a aumentar esta interceptação, mas ao mesmo tempo reduzem a interceptação das folhas pelo seu sombreamento (Edwards & Hertel, 2011; Mogensen et al., 1997). Segundo Mogensen et al. (1997), o incremento na fotossíntese ocasionado pelas estruturas reprodutivas, tende a compensar a perda ocasionada pelo sombreamento das folhas, o que tende a atender as necessidade fisiológicas da planta.

No espaçamento de 0,40 metros, da primeira época de semeadura, pode-se observar menor diferença entre os valores da eficiência de RFA, nas diferentes datas de leitura, e nas diferentes densidades, sendo que ao contrario do que pode ser observado no espaçamento de 0,20 m não há um "padrão" de comportamento de eficiência da RFA, sendo que os mesmos se mantém relativamente estáveis durante todas as leituras, nas diferentes densidades.

(24)

Figura 1- Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na primeira época de semeadura (05/05/2016), para o espaçamento 0,20 m. DEAg/UNIJUI, 2016.

Figura 2 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na primeira época de semeadura (05/05/2016), para espaçamento 0,40 m. DEAg/UNIJUI, 2016. 0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 20 40 60 80 Ef ic nc ia R FA Densidades

05/05/2016

Espaçamento 0,20

28/07/2016 04/08/2016 12/08/2016 22/08/2016 10/09/2016 0,300 0,350 0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 20 40 60 80 Ef ic nc ia R FA Densidades

05/05/2016

Espaçamento 0,40

28/07/2016 04/08/2016 12/08/2016 22/08/2016 10/09/2016

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espaçamentos, comportamentos muito diferentes dos descritos na primeira época de semeadura, sendo que no espaçamento de 0,20 m, encontram-se valores menores de eficiência para as densidades de 20,40,60 plantas/m² e valores maiores para a densidade de 80 plantas/m², nas leituras intermediarias.

No espaçamento de 0,40 m, na mesma época de semeadura, podemos observar que os menores valores de eficiência para todas as densidades estão localizados na primeira leitura (04/08/2016), e no decorrer das mesmas os valores tendem à aumentar em todas as densidades de semeadura.

Figura 3 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na segunda época de semeadura (25/05/2016), para o espaçamento 0,20 m. DEAg/UNIJUI, 2016. 0,300 0,350 0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 20 40 60 80 Ef ic nc ia R FA Densidades

25/05/2016

Espaçamento 0,20

04/08/2016 12/08/2016 22/08/2016 10/09/2016

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Figura 4 - Eficiência de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) nas diferentes densidades de semeadura e diferentes datas de leitura, na segunda época de semeadura (25/05/2016), para o espaçamento 0,40 m. DEAg/UNIJUI, 2016.

Na análise de variância demonstrada na tabela a seguir, a qual realizou-se considerando-se um fatorial triplo entre época de semeadura, densidade e espaçamento, considerando as variáveis analisadas, não houve um padrão de significância entre as mesmas. No entanto observa-se efeito significativo para época de maneira isolada, para as variáveis NPUA, EST, NPR, RG, NSP, PGP, RPOT, seguido da densidade de semeadura, que teve efeito de forma isolada para as variáveis, IPRAMO, RG, RPOT. A variável espaçamento de forma isolada proporcionou efeito significativo somente para as variáveis RG e RPOT.

Ainda pode-se observar que há efeito significativo entre a interação de espaçamento (ES) e época (EP) para as variáveis NPUA, NSP, PGP E RPOT.

0,300 0,350 0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 20 40 60 80 Ef ic nc ia R FA Densidades

25/05/2016

Espaçamento 0,40

04/08/2016 12/08/2016 22/08/2016 10/09/2016

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considerando um fatorial triplo: época, densidade e espaçamento, para as variáveis em canola. DEAg/ UNIJUI, 2016.

Número de plantas por unidade de área (NPUA), estatura de plantas (EST), altura da inserção do primeiro ramo (IPRAMO), número de ramos por planta (NRP), rendimento de grãos (RG), número de síliquas por planta (NSP), rendimento de grãos por planta (PGP), e rendimento potencial (RPOT). * significativo a 5% de probabilidade.

Na tabela abaixo esta demonstrada a análise descritiva para o efeito da época de semeadura, onde a descrita a média de cada variável analisada, bem como o coeficiente de variação (CV), variância, desvio padrão, e limites superior e inferior.

Podemos destacar o elevado coeficiente de variação, para ambas épocas de semeadura, permanecendo este acima de 10% para todas as variáveis, exceto a estatura de plantas da segunda época de semeadura, o que indica grande variabilidade entre as amostragens realizadas. Destaca-se também a elevada diferença entre o rendimento de grãos (RG) entre as épocas, estando este entre 1182,83 e 1583,97 Kg/ha na época 1 e 331,66 e 566,43 Kg/ha na época 2, demonstrando que a época 1 é a mais indicada para a semeadura da canola no noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

Fonte de Variação

NPUA

EST

IPRAMO

NRP

RG

NSP

PGP

RPOT

BLOCOS

321.73

215.88

61.99

0.82

218207

1600

2.63

773288

DENSIDADE

1277.62

5.68

101.93

0.43

606724

7077

12.12

9567111

ÉPOCA

1387.56*

4208.76*

147.01

20.25*

14081256 *

127003*

169.0*

53124054*

ESPAÇAMENTO

0.06

6.89

92.64

0.60

1524607*

848

0.56

17101326*

D X EP

47.6

86.93

36.8

1.95

163880

718

0.875

2917084

D X ES

211.6

46.72

13.43

0.52

345589*

4418

16.43

1931701

EP X ES

3721.0*

0.02

260.01

2.25

146498

7766*

18.06*

14035325*

D X ES X EP

84.29

44.34

11.97

1.54

97293

2586

1.93

2262661

ERRO

53.17

40.56

29.81

0.71

118706

3889

7.39

1220383

Quadrado Médio

(28)

Época Intervalo Confiança

VR Média CV Variância Desvio padrão L. Inferior L. Superior

1 NPUA 28.03 61 301.7 17.36 21.3 34.17 1 EST 96.87 10.07 107.59 10.37 92.85 100.54 1 IPRAMO 20.81 32.3 45.44 6.74 18.2 23.19 1 NRP 4.96 19.4 0.93 0.96 4.59 5.31 1 RG 1392.5 38.8 293304.32 541.57 1182.83 1583.97 1 NSP 204.5 28.1 3310.45 57.53 182.22 224.84 1 PGP 7.81 31.7 6.15 2.48 6.85 8.69 1 RPOT 3026.84 66.1 4007970.71 2001.99 2251.79 3734.65 2 NPUA 18.71 67.8 161.49 12.7 13.79 23.21 2 EST 80.65 7.9 41.07 6.4 78.17 82.92 2 IPRAMO 17.78 35.87 40.43 6.35 15.31 20.02 2 NRP 3.84 22 0.71 0.84 3.51 4.14 2 RG 454.37 69.7 100462.11 316.95 331.66 566.43 2 NSP 116.5 52.6 3759.5 61.31 91.98 138.88 2 PGP 4.56 58.3 7.09 2.66 3.53 5.5 2 RPOT 1204.68 47.4 327047.38 571.88 983.28 1406.87

Número de plantas por unidade de área (NPUA), estatura de plantas (EST), altura da inserção do primeiro ramo (IPRAMO), número de ramos por planta (NRP), rendimento de grãos (RG), número de síliquas por planta (NSP), rendimento de grãos por planta (PGP), e rendimento potencial (RPOT).

Na tabela 4 esta descrito o teste de médias para as duas épocas de semeadura, para as variáveis estatura (EST), número de ramos por planta (NRP) e rendimento de grão (RG), onde pode-se observar que principalmente a variável rendimento de grãos apresenta-se muito superior para a época de semeadura do dia 05/05/2016, com 1392,50 kg/ha e 454,37 kg/ha para a época do dia 25/05/2016. As variáveis EST e NRP, também mostram-se significativamente superiores para a primeira época, conforme mostrado na tabela a seguir.

DATAS

EST

NRP

RG

05/05/2016

96.87 a

4.96 a

1392.50 a

25/05/2016

80.65 b

3.84 b

454.37 b

DEAg/ UNIJUI, 2016.

Tabela 4- Teste de médias para as variáveis estatura (EST), número de ramos (NRP) e rendimento de grãos (RG), considerando o efeito de época. DEAg/ UNIJUI, 2016.

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

(29)

épocas de semeadura e os espaçamentos, para as variáveis, NPUA, NSP, PGP e RPOT, onde pode-se observar que para a época 1 somente o caráter NPUA foi superior de forma isolada para o espaçamento 0,20 m, no entanto, o RPOT apresentou resposta contrária, tendo maior expressão para o espaçamento 0,4 m.

Para a época 2 observa-se que o caráter NPUA é superior para o espaçamento 0,4 m, contrariamente à época 1, sendo que paras as demais variáveis não houve diferença significativa.

Tabela 5- Teste de médias para interação espaçamento x época para variáveis número de plantas por unidade de área (NPUA), peso de grãos por planta (PGP) número de síliquas por planta (NSP) e rendimento potencial (RPOT). DEAg/ UNIJUI, 2016.

Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na horizontal e minúscula na vertical, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.

ESPAÇAMENTO (metros) 0.2 0.4 0.2 0.4 0.2 0.4

ÉPOCAS

EP1 (05/05/2016) 35.68 Aa 20.35 Ba 8.25 Aa 7.37 Aa 211.87 Aa 197.12 Aa EP2 (25/05/2016) 11.12 Bb 26.31 Aa 3.93 Ab 5.18 Aa 100.75 Ab 130.06 Aa

(30)

CONCLUSÃO

Nas condições climáticas da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, tem-se os melhores resultados de produtividade para a primeira época de semeadura, com rendimento de grão variando de 1182,83 kg/ha a 1583,97 kg/ha.

A densidade de semeadura foi a que menor exerceu influência sobre todas as variáveis analisadas.

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APÊNDICES

Referências

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