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A prática do futsal no processo de desenvolvimento social em crianças de 6 e 7 anos de idade

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Academic year: 2021

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UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE - DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A PRÁTICA DO FUTSAL NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EM CRIANÇAS DE 6 E 7 ANOS DE IDADE

Nome do Acadêmico: GUILHERME DA SILVA ACOSTA

Professor Me.: Mauro Bertollo

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GUILHERME DA SILVA ACOSTA

A PRÁTICA DO FUTSAL NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EM CRIANÇAS DE 6 E 7 ANOS DE IDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física, Departamento de Humanidades e Educação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Educação Física.

Orientador: Professor Me. Mauro Bertollo

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2018

A Banca Examinadora abaixo assinada aprova o Trabalho de Conclusão

de Curso:

A PRÁTICA DO FUTSAL NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EM CRIANÇAS DE 6 E 7 ANOS DE IDADE

Elaborado por

GUILHERME DA SILVA ACOSTA

Como requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel em Educação Física

Banca Examinadora:

_______________________________________________________

Professor Me. Mauro Bertollo

(Orientador)

_______________________________________________________

Professor Dr. Paulo Carlan

(Examinador)

Ijuí – RS Dezembro/2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me guiar e por me proteger.

A minha mãe Sueli Nunes da Silva, por me dar um lar e sempre estar ao meu lado me dando forças e me fazendo acreditar que esse dia seria possível.

Agradeço a minha namorada Jéssica Leticia Gieseler, por alegrar os meus dias mais escuros e me acolher em seus braços nos dias que mais precisei.

A minha sobrinha/irmã Stéphany da Silva que sempre esteve comigo me prestando todo apoio necessário.

Agradeço ao meu Me. Mauro Bertollo, por acreditar no meu potencial e por todo auxilio prestado no decorrer desta caminhada.

Agradeço aos meus chefes Samuel e Claudia pela flexibilidade de horários no decorrer da minha graduação.

Agradeço aos pais dos alunos da escolinha e ao professor Parede por me ajudarem na construção do trabalho e por todas gentilezas apresentadas.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo, explorar o crescimento social das crianças que frequentam a escolinha da ATLEC FUTSAL, buscando trazer para o centro das discussões o quão uma simples prática esportiva estruturada pode contribuir para o avanço social dos mesmos. Discorre sobre a cultura do esporte mais praticado no país, além do desenvolvimento social proporcionado pelo esporte e a iniciação esportiva. Esta pesquisa é qualitativa do tipo descritiva. Na coleta dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado com questões abertas aos 10 pais dos alunos da categoria mamadeira, de 6 e 7 anos de idade, estes de diferentes classes sociais, nível de escolaridade, profissões e culturas étnicas. Da mesma forma, foi realizado com o professor, porém com outro questionário. Na análise dos dados foram criadas quatro categorias para avaliação: valores sociais; o esporte como formador de caráter; o esporte como facilitador social e a importância do perder. As respostas dos pais e do professor foram agrupadas e discutidas junto aos referidos subtítulos. Conclui-se que o esporte quando bem conduzido, pode ser um guia para a socialização das crianças. Ficou evidente que os pais e professores notaram o avanço quanto a comportamento, respeito de regras, disciplina e responsabilidade. Além de fortalecerem os laços de amizade com os demais e aprenderem a lidar com as frustrações que possam advir.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 8

2.1 A CULTURA DO FUTSAL ... 8

2.1.1 A mudança na qualidade de vida ... 9

2.2 PEDAGOGIA DO FUTSAL ... 10

2.2.1 Especialização precoce ... 11

2.2.2 Iniciação esportiva segundo Paes e colaboradores ... 11

2.2.2.1 Pré-iniciação ... 12

2.2.2.2 Iniciação I ... 12

2.2.2.3 Iniciação esportiva II ... 13

2.2.2.4 Iniciação esportiva III ... 13

2.3 DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROPORCIONADO PELO ESPORTE ... 14

3 METODOLOGIA ... 16

4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 18

4.1VALORES SOCIAIS ... 18

4.3 O ESPORTE COMO FACILITADOR SOCIAL ... 21

4.4 A IMPORTÂNCIA Do perder ... 23

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 25

REFERêNCIAS ... 26

APÊNDICE A ... 29

APÊNDICE B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO... 32

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO 1 – AOS PROFESSORES ... 34

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1 INTRODUÇÃO

Nossos corpos não estão preparados para a inatividade que as tecnologias nos ofertam, somos uma máquina perfeita que não pode ficar parada, pois se não acaba danificando. Nós como adultos e possíveis pais, devemos estimular nossos filhos as práticas esportivas sadias.A infância é o período para construir atitudes, afirmar habilidades e desenvolver capacidades que possam contribuir para sua atuação no mundo. Entre essas atitudes estão a participação, o respeito mútuo, a cooperação, autonomia e a autoestima. Em 1988, Danse e Lamber realizaram uma pesquisa para saber o quanto os pais eram a favor das práticas esportivas de seus filhos, cerca de 95% responderam que sim e 86% pensam que essas atividades são tão importantes quanto as intelectuais, subentendida como algo teórico. (VARGAS NETO; VOSER, 2001).

Assim, parte-se do entendimento que é mais comum encontrar trabalhos sobre a evolução motora das crianças junto aos diferentes esportes coletivos. Por ser um dos esportes mais praticados no mundo, o futsal é um jogo rápido e inteligente, de fácil acesso. A abordagem irá explorar o crescimento social dos indivíduos frequentadores assíduos de uma escolinha específica de futsal. A ideia é trazer para o centro das discussões, o quão uma simples prática esportiva estruturada pode contribuir para o avanço social de um determinado grupo de crianças de 6 e 7 anos de idade, participantes da escolinha de futsal da ATLEC1, levando em consideração a opinião dos pais. Mais especificamente, verificar a inserção do futsal no cotidiano das crianças e suas influências, bem como, analisar se a escolinha tem buscado estratégias para trabalhar valores como: cooperação, responsabilidade, respeito.

Nesse contexto, busquei a maior produção de estudos e conteúdos pertinentes para dar sustentabilidade ao trabalho. Além da aplicação de um questionário semiestruturado aos pais e responsáveis, para descobrir os pontos que precisam ser melhorados no trabalho de iniciação proposto pela escolinha, sobretudo visando o ganho social.

Este pode ser o início de um processo de transformação que começa em casa e estende seus reflexos para as seções de treinamentos. Marcellino (2001) diz que o esporte poderá ter uma parcela muito importante no crescimento cognitivo e afetivo dessas crianças, uma vez que o caráter do mesmo ainda não está definido, recebendo assim uma forte influência do meio em que vive. A ideia é ver a possível transformação que o esporte é capaz de proporcionar na formação social e educacional dos indivíduos.

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Para descrever esse processo, organizei o trabalho em três itens. No primeiro, apresento o referencial teórico que deu sustentação para o estudo. No segundo, apresento a metodologia. Posteriormente, faço a descrição dos resultados da investigação. E, concluo trazendo as considerações finais sobre o estudo.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este estudo investiga a influência no desenvolvimento social de indivíduos frequentadores da escolinha de futsal da ATLEC. Para isso, apresento os seguintes temas que deram sustentação para o estudo e que me servirão de apoio para a análise dos dados. No primeiro item faço referência a cultura do futsal e a mudança que ele pode promover na qualidade de vida. No segundo, escrevo sobre a pedagogia do futsal e a especialização precoce. Na sequência, apresento fatores que influenciam no desenvolvimento social do esporte. Prosseguindo, utilizo a iniciação esportiva de Paes (1996) e encerro com o desenvolvimento social proporcionado pelo esporte.

2.1 A CULTURA DO FUTSAL

Existem duas versões quanto ao surgimento do futsal. Uma delas é que ele começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, devido à dificuldade em encontrar campos de futebol livres para a pratica e então começaram a jogar em quadras de basquete e hóquei (CBFS, 2009). A outra diz que o futebol de salão foi inventado em 1934 na associação cristã de moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que o chamou de “indoor foot-Ball”. No início jogavam-se com 5, 6 e 7 jogadores por equipe, mas logo foi definido com 5 jogadores por equipe, por ser jogado com uma bola menor foi chamado de “Esporte da bola pesada” (VOSER, 2003).

É comum encontrarmos crianças fazendo uso dessa pratica esportiva, pelo fato de ser mais fácil encontrar um espaço para montar duas “goleiras” e fazer um “joguinho” do que um campo disponível em boas condições. Sem falar na composição das equipes, que conta com um número menor de envolvidos.

A prática do futsal é envolvida por diversos elementos, sejam eles bons: alegrias, amizades, conquistas. Ou ruins: ansiedade, estresse, desmotivação, pressão dos pais e lesões. Essa cultura, faz com que os indivíduos que o acompanham e/ou o praticam, façam uso desse esporte para disfarçar seus problemas pessoais (TENROLLER, 2004).

O futsal está presente no cotidiano dos brasileiros, proporcionando o lazer e a diversão dos praticantes. Quando bem orientado desenvolve a coordenação motora, equilíbrio, lateralidade, respeitar regras e acaba por despertar o interesse pela prática esportiva. Essa cultura pode ser utilizada na sociedade, fazendo com que os indivíduos passem a se identificar com ela sem ao menos perceber.

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A faixa etária entre os seis e nove anos é um período em que o sistema de treinamento deve ser aberto, para que a exploração do movimento auxilie na elaboração do plano motor dos jovens praticantes (BOMPA, 2002). Proporcionar experiências que possam facilitar o aprendizado de futuras habilidades específicas do esporte, quanto maior estas forem, melhor será o desempenho do atleta.

2.1.1 A mudança na qualidade de vida

A pratica de esportes é benéfica a nossa saúde, inicialmente é preciso considerar que cerca de 20% dos adultos e 80% dos adolescentes não praticam exercícios com intensidade e frequência adequados para sua idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2018). A Melhora no condicionamento físico e o controle de massa corporal também passam pela prática de exercícios físicos regulares. Este impacto direto na saúde de seus adeptos a curto e longo prazo, tanto em aspectos fisiológicos quantos psicoemocionais desencadeiam uma sensação de prazer e satisfação geram mais saúde e bem-estar. Os fatores de risco de doenças crônicas cardiovasculares iniciam já na infância e estão relacionados diretamente aos hábitos de vida, exercício físico, dieta e tabagismo (PIERON, 2004). Para Farinatti (1992), é necessário realizar um trabalho profilático desde a infância, alertando para os riscos de uma vida futura marcada pelo sedentarismo, bem como, a conscientização dos benefícios imediatos decorrentes das atividades físicas de modo geral.

O exercício físico contribui para o crescimento de seu praticante, tendo um papel importante na mineralização, na densidade e na massa óssea. Siqueira et al. (2009) evidenciou que a atividade física na infância está associada à menor prevalência de osteoporose na idade adulta. Contribuição que pode ser dada através da pratica regular do futsal.

É sabido que o exercício físico é um remédio de baixo custo e fácil acesso contra inúmeras doenças, desde pequeno o indivíduo é incentivado a correr, pular, agachar para fugir do sedentarismo. Nesse sentido, os benefícios da prática incluem o condicionamento físico, o controle da massa corporal e a redução da incidência de várias doenças crônico-degenerativas. Segundo Pitanga (2002),

Existem evidências bastante significativas da influência da atividade física na melhoria da eficiência do sistema imunológico, fato que pode reduzir a incidência de alguns tipos de câncer e melhorar a resistência de pacientes com AIDS. Por outro lado, a adoção de estilo de vida ativo fisicamente, irá proporcionar mudança de comportamento dos indivíduos.

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O futsal como atividade esportiva de lazer pode ser um meio de evitar a obesidade e os transtornos psicológicos por ela gerados. As crianças que possuem uma prática regular de exercícios físicos, são propensas a possuir uma melhor autoestima, que consequentemente tem um grande impacto em sua vida. Esse esporte pode ser de alta relevância no desenvolvimento social, visto que na sua prática são aprendidos valores e regras que podem ser transferidas para muitas situações na vida social. Aspectos como liderança, cooperação, solidariedade e atenção são constantemente exigidos dos participantes de um jogo (SANTANA, 2001). O fato de conviver com mais adeptos do futsal proporciona aos participantes, um aumento na autoconfiança e um fortalecimento emocional para possíveis fracassos no futuro.

2.2 PEDAGOGIA DO FUTSAL

A prática do futsal implica no desenvolvimento das crianças, seja na coordenação motora, no equilíbrio, noção espaço-temporal, ritmo e uma melhora cognitiva. Além disso, Apolo (2004) cita as influências educativas, que podem ser não-intencionais e intencionais.

As não-intencionais referem-se àquelas influências do meio social sobre os indivíduos. A criança ou adolescente pode chegar à escolinha da modalidade, trazendo tudo que aprendeu no seu contexto social, de acordo com suas experiências, ideias, conhecimentos e práticas que não estejam ligadas a uma instituição, ou seja, influencias que não são conscientes, que não tem um objetivo estabelecido. Já a educação intencional possui objetivos definidos e de forma consciente, exatamente como no caso da educação que é obtida na escolinha de futsal, em que o professor dirige as atividades de forma consciente, podendo ser autodidata (ibidem, p.23).

O Futsal é um esporte coletivo com regras universais e com um vasto acervo de movimentos, estes voltados a técnica individual. A criança raramente fica parada, é possível observar que sempre estão envolvidos com alguma atividade, seja correndo, mexendo, subindo, pulando entre outras. Essa necessidade em se movimentar aumenta os recursos motores de cada indivíduo. Vale lembrar que exercícios com o uso dos membros superiores também são de grande valia, pois a criança deve ser trabalhada por completo, quanto maior for o número de experiências motoras vividas, maiores serão as respostas quando o acervo-motor estiver totalmente formado (APOLO, 2004).

Quanto mais cedo as crianças começarem em qualquer desporto, Santana (2005) diz que é preciso dar continuidade ao desenvolvimento da criança de forma integral através da iniciação esportiva, assim melhorando as qualidades físicas, psíquicas e motoras. Porém é preciso ter muito cuidado, pois a busca por uma maior compensação, pode acabar trazendo

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prejuízo ao aluno, sendo que ele se encarregara de robotizar gesto motores, comportamento apresentado na especialização precoce.

2.2.1 Especialização precoce

A iniciação esportiva é o percurso desde a chegada do aluno em uma escolinha até a prática do esporte competitiva. Esta é marcada por diferentes fases que serão abordadas posteriormente. Para Silva (2013) entende que o treinamento especializado precoce, ocorre quando as crianças são introduzidas, antes da fase pubertária, a um processo de treinamento planejado e organizado a longo prazo. Esse processo consiste em um mínimo de três sessões semanais de treinamento, sempre buscando um gradual aumento de rendimento, além da participação periódica em competições. Essa especialização precoce da criança pode trazer benefícios na atuação futura da criança dentro do futsal, mas em relação ao seu desenvolvimento pleno pode acontecer uma minimizada no aprendizado geral do indivíduo, acontecendo um desenvolvimento unilateral.

A ideia é que, antes de se especializar em qualquer esporte, a criança deve ter a oportunidade de experimentar práticas que incentivem o desenvolvimento de habilidades motoras variadas. De modo geral, a iniciação esportiva incorpora atributos riquíssimos para a vida de uma pessoa. Sendo um processo que otimiza o desenvolvimento, e tem poder de influenciar escolhas que podem ajudar na construção do caráter e da personalidade do indivíduo. Nesse contexto, Greco (1998, p. 35) afirma que

[...] a função primordial é assegurar a prática no processo ensino-aprendizagem, com valores e princípios voltados para uma atividade gratificante, motivadora e permanente, reforçada pelos conteúdos desenvolvidos pedagogicamente, respeitando-se as farespeitando-ses respeitando-sensíveis do derespeitando-senvolvimento, com carga horária suficiente para não prejudicar as demais atividades como o descanso, a escola, a diversão, dentre outras; caso contrário, será muito difícil atingir os objetivos em cada fase do período de desenvolvimento infantil.

Dentre tantas metodologias de iniciação vou apresentar a de Paes (1996).

2.2.2 Iniciação esportiva segundo Paes e colaboradores

A iniciação esportiva é o momento em que o jovem ou a criança começa a prática sistemática de um ou mais esportes. Paes (1996, p.113) propõe que o aprendizado seja uma

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atividade prazerosa e eficiente no que diz respeito à aquisição das habilidades básicas e específicas.

O autor subdivide a iniciação esportiva em quatro partes: pré-iniciação, iniciação I, iniciação II, iniciação III. A proposta de Paes (1996, p.111) consiste em eleger elementos comuns a diferentes modalidades, e a partir daí desenvolver fundamentos específicos de cada uma delas.

2.2.2.1 Pré-iniciação

Paes (1996, p.115) entende que nesta fase os alunos de 7 e 8 anos, deverão ser estimulados a tarefas simples buscando desenvolver o domínio do corpo e a manipulação da bola. Aumentando o repertório motor e servindo de base para as outras fases.

Em relação ao domínio do corpo o autor sustenta que o aluno deverá conhecer o maior número possível de maneiras de movimentar-se. Paes (1996, p.115) destaca as três principais: saída rápida, parada brusca e mudança de direção. Também afirma que deve ser trabalhado o maior número possível de movimentos corporais como giros, saltos, fintas, deslocamentos laterais e rolamentos. O domínio do corpo é trabalhado logo na primeira fase de iniciação, pois para Paes (1996, p.115) dominar o corpo é de suma importância para o aprendizado das modalidades esportivas supracitadas na proposta do autor.

2.2.2.2 Iniciação I

Paes (1996), descreve que a segunda etapa da iniciação esportiva abarca alunos de 9 e 10 anos de idade. Tendo por base Oliveira e Paes (2004), a primeira fase de iniciação esportiva busca participação em atividades variadas com caráter recreativo. Paes (1989), citado por Oliveira e Paes (2004), justifica dizendo que visa a educação do movimento, buscando-se o aprimoramento dos padrões motores e do ritmo geral por meio das atividades lúdicas ou recreativas. Essa fase é tida como uma base para o processo de ensino-aprendizagem das demais fases (OLIVEIRA; PAES, 2004).

Ocorre uma acentuação no desenvolvimento das capacidades de coordenação, de velocidade e de flexibilidade, pois esse é o período propício para o início do desenvolvimento. (OLIVEIRA; PAES 2004). A seguir, mostram-se os conteúdos do ensino da técnica e da tática e as considerações gerais sobre a segunda fase da etapa de iniciação segundo o autor em questão.

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2.2.2.3 Iniciação esportiva II

Nessa perspectiva, a fase de iniciação esportiva I serve para dar suporte e aumentar o repertório motor da criança. Agora, a fase de iniciação esportiva II, encarregará de entrar nas modalidades esportivas e tratar de suas particularidades (OLIVEIRA; PAES, 2004). Essa fase conta com conteúdos propostos para alunos de 11 e 12 anos (PAES, 1996).

Paes (1989), assinala essa fase como generalizada, na qual busca-se a aquisição das condições básicas de jogo ao lado de um desenvolvimento psicomotor integral, possibilitando a execução de tarefas mais complexas. Oliveira e Paes (2004), citam Gallahue (1995), para ponderar que esse momento é importante para os aprendizes passarem do estágio de transição para o de aplicação, ou seja, aprender com relativa instrução do professor a liberdade dos gestos técnicos. Essa fase, porém, não deverá ser utilizada para a firmação obrigatória da especialização desportiva dos atletas.

2.2.2.4 Iniciação esportiva III

Oliveira e Paes (2004) entendem que nesse momento do processo da iniciação esportiva III, que é a fase que corresponde à faixa etária aproximada de 13 a 14 anos, passando os alunos pela pubescência, acontece a automatização e o refinamento dos conteúdos aprendidos anteriormente. O que era realizado com um gasto muito alto de energia, nessa fase é realizado com um gasto baixo, “automatizado”. Acrescentando-se às situações de jogo, a transição (contra-ataque) e os sistemas táticos de defesa e ataque. Oliveira e Paes (2004), deixam claro que a técnica é o foco principal dessa fase dizendo que o ensino se equilibra entre exercícios e jogos, com o objetivo de ensinar habilidades "técnicas específicas", que são o modo de fazer, aliado à "tática específica" e a razão de fazer.

A proposta de iniciação apresentada, possibilitará ao aluno um desenvolvimento da aprendizagem motora e cognitiva, dará a ele base para especializações em modalidades esportivas que o mesmo vier a escolher. Não é preciso valorizar o esporte pela prática em busca da formação de atletas, o ideal é desenvolver ao máximo cada aluno, este deve ser um fator educacional, sendo primordial no estimulo do desenvolvimento humano.

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2.3 DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROPORCIONADO PELO ESPORTE

É de suma importância a prática do esporte para retirar as crianças e adolescentes das ruas, drogas, isolamento social e outros tipos de malefícios que possam existir no tempo ocioso fora da escola. Para Oliveira, Balbinotti e Wiethaeuper (2016)

É comum associar a prática esportiva a um conjunto de benefícios, que podem ser agrupados em 2 domínios:

1) Nível Físico: melhoria na saúde e forma física, prevenção de doenças, diabetes, obesidade, etc.

2) Nível Psicossocial: desenvolvimento da capacidade de liderança, autoestima, autoconfiança, autoconceito, cooperação e desenvolvimento moral.

O esporte possui um grande potencial de socializar indivíduos das mais diferentes classes, religiões, gêneros, entre tantas outras diferenças presentes na nossa sociedade. Esse potencial socioafetivo engrandece ainda mais o esporte, mesmo ele sendo individual é possível que o praticante se relacione com os demais envolvidos e partilhe de alegrias e tristezas (OLIVEIRA, BALBINOTTI E WIETHAEUPER 2016).

A sociabilidade, ou seja, a troca de vivências, enriquece nossa vida e nos faz desafiarmos nossos limites, superar obstáculos, tudo isso visto dentro da prática esportiva. Por vezes isso se torna difícil para as crianças, pelo fato de não ter um espaço apropriado próximo de suas casas e ficarem vulneráveis a insegurança, podendo virar vítima da violência. Dessa forma, um possível aluno ativo, torne-se um nerd2 antissocial. Os eletrônicos também podem ter grande contribuição para essa cultura, pelo fato de estarem muito em alta e já fazerem parte da vida das crianças (BICKEL; MARQUES; SANTOS, 2012).

Em uma partida de futsal todos tem suas funções, árbitros, mesários, treinadores e atletas. Essa harmonia dos diversos serviços prestados resulta em um jogo formal onde o objetivo é vencer o adversário. A relação igualitária nos faz entender que todos possuem a mesma chance de sair com a vitória, claro que a equipe que mais se dedicar durante os treinamentos e possuir um elenco mais talentoso aumenta sua chance de êxito. Porém, essa ideia de vencer deve ser deixada em segundo plano quando se fala em cultivo de valores. Bickel, Marques e Santos (2012) dizem que nós devemos instigar nos nossos alunos a cooperação e o trabalho em grupo, para que, assim como existe o desejo de ser melhor, também exista o desejo

2 É um solitário que se dedica a um hobby antissocial, podendo ter dificuldades em se integrar com um grupo, porque geralmente é também bastante tímido

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de ajudar o outro a ser melhor. E desse modo, buscar evoluir com os colegas. Este nivelamento fará com que os alunos com mais dificuldade se tornem tão importantes quanto os demais.

O poder que o esporte exerce sobre os envolvidos é fantástico, através dele, podemos trabalhar o relacionamento dos alunos, proporcionando experiências de vitórias e derrotas que serão comuns na sua vida fora das quadras. Outro fator admirável proporcionado pelo esporte segundo Bickel, Marques e Santos, (2012) é o cultivo e a promoção de uma educação para valores, rejeitando qualquer ato que leve a uma situação de desconstrução dos seus alunos como seres humanos, isso deve ser prioridade para qualquer educador, sabendo que qualquer desonestidade promovida ou aceita, pode comprometer a construção do caráter do aluno. Pois quando percebem que sendo desonestos conseguem ser superiores na partida, aplicarão tais atos em suas vidas sociais. O ideal se dará quando os valores fizerem parte do cotidiano do aluno aí teremos êxito na educação frente aos valores que norteiam a sociedade e o mundo como um todo.

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3 METODOLOGIA

Abordo a seguir sobre a caracterização da análise. Exponho o tipo da pesquisa, os sujeitos participantes e quais foram os motivos que me levaram a escolha dessa investigação. A opção metodológica deste trabalho apresenta-se como um estudo de natureza qualitativa do tipo descritiva.

A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002).

A aplicação do questionário se deu a um grupo de 10 pais dos alunos da categoria mamadeira, de 6 e 7 anos de idade da escolinha de Futsal da ATLEC. Este, composto por indivíduos de diferentes classes sociais, nível de escolaridade, profissões e culturas étnicas.

Optei pela ATLEC por ser uma escolinha com sede na cidade de Três Passos e que vem desenvolvendo um trabalho voltado para o cultivo de valores e não ao alto rendimento. Essa busca pela evolução social dos alunos veio ao encontro com a pesquisa. A formação total aproxima-se de 80 alunos subdivididos em cinco categorias (mamadeira 7, fraldinha sub-9, pré-mirim sub-11, mirim sub-13 e infantil sub-15) todos do município, porém, de diferentes bairros. Por ser particular, seus treinamentos acontecem em um ginásio alugado de segunda a sexta-feira, sendo seis pela parte da manhã e dois pela parte da tarde.

A turma de alunos em questão tem entre 6 e 7 anos de idade, treina duas vezes na semana, segundas e quartas-feiras das 10h até às 11h30. O grupo é bem heterógeno, diferentes classes sociais, escolas, costumes e culturas étnicas.

Os professores/proprietários da escolinha fazem um revezamento entre as turmas atendidas, visto que ambos trabalham em dois lugares e procuram conciliar os compromissos. Um deles não possui formação na área, é ex-atleta profissional de futsal. Atuou em clubes da elite do estado e do país, disputando até liga nacional. O outro, é formado há 4 anos em Educação física pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí e possui experiência na área.

Buscando manter a ética e preservar a integridade de todos, optei por não divulgar fotos nem nomes dos pais, alunos e professores envolvidos. Apenas da escolinha, por ter cedido o espaço e ter dado todo o suporte necessário (apêndice A).

A participação dos alunos aconteceu com consentimento dos pais, os quais foram notificados através de um Termo de consentimento livre e esclarecido. O questionário

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semiestruturado foi montado por mim, buscando ser o mais simples e direto possível, facilitando a compreensão dos pais (apêndice C) e do professor (apêndice D).

A pesquisa apresenta certas características particulares, é válida na elaboração das deduções especificas sobre algumas variáveis de inferência precisa (BARDIN, 2011). As entrevistas aconteceram junto as residências dos pais dos alunos da categoria mamadeira (6 e 7 anos) da escolinha da ATLEC futsal de Três Passos, em horário pré-combinado. Foi utilizado um questionário semiestruturado com questões abertas, (apêndice C) buscando identificar o processo de desenvolvimento social das crianças que estão frequentando a escolinha periodicamente durante mais de 90 dias. De tal modo que, foram levados em conta os fatores sociais e não técnicos da modalidade. Da mesma forma, será realizado com o professor, porém com outro questionário (apêndice D).

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4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

De acordo com os resultados 60% dos pais se dizem casados, 20% são divorciados/separados e 20% possuem União estável. Este resultado é muito importante, pois demonstra que as famílias dos pesquisados podem ser bem constituídas, facilitando assim a educação e a construção de adultos com um bom caráter, pois em um núcleo bem estruturado, existe uma chance maior de obter uma introdução da vida em sociedade.

Quanto ao nível de escolaridade, podemos observar que metade dos pais tem curso superior completo ou está cursando. Estes resultados, nos indicam que pela sua própria formação, são mais instruídos e existe uma maior probabilidade de que proporcionem atividades que possam ajudar na construção de bons cidadãos.

Quando perguntado quanto à profissão que exercem, obtive sete diferentes respostas, e apenas um deles não está trabalhando no momento. O que também deixa claro que são pais que buscam uma boa estrutura para criarem seus filhos.

Na caracterização das idades, a grande maioria está na faixa etária correspondente entre 30 e 39 anos. Com estes resultados podemos dizer que os pais já apresentam uma vasta experiência em sociedade e com uma caminhada considerável na formação familiar.

Dando sequência, cada questionário foi analisado individualmente e depois as questões com respostas semelhantes que tinham envolvimento com o tema proposto foram agrupadas e categorizadas, afim de buscar uma representação simplificada dos dados brutos. Bardin (2011, p. 147) afirma que “as categorias são rubricas ou classes, as quais reúnem um grupo de elementos, sob título genérico, levando em conta características comuns entre eles”. O autor ainda diz que é a inferência dos termos que define a pesquisa e não a frequência das suas aparições.

4.1VALORES SOCIAIS

Pode-se considerar que o futsal colabora para uma melhora nas relações sociais das crianças, de acordo com as respostas dos pais e/ou responsáveis, substantivos como respeito, disciplina e educação estão diretamente ligados a prática sistemática do futsal. Para Cunha (2007, p. 34):

O esporte e a prática de atividades lúdicas, educa, socializa, despertam habilidades, possibilita o desenvolvimento do intelecto, desperta a fé que cada um deve ter na própria força. Desenvolve e incentiva o espírito de equipe, de solidariedade, de

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disciplina e de respeito. O esporte aumenta a autoestima, a qualidade de vida, é promotor de saúde. Deve-se considerar que, além desse conjunto de benefícios, outros se somam, direta ou indiretamente, como aumento do rendimento escolar e por reflexo na melhoria do comportamento na escola e junto à família, incorporação de valores considerados socialmente positivos

Partindo do princípio de que o futsal é o esporte mais praticado no Brasil, devido facilidade da prática em pequenos espaços (BÖHME, 2004), optei por iniciar o questionário buscando conhecer um pouco do interesse dos pais quanto a prática do esporte em questão. A primeira pergunta se refere a prática da modalidade e se quando eram menores participavam de alguma escolinha, além de compreender as contribuições que isso teve em sua vida. A grande maioria disse que não participou de escolinha, os indivíduos 3 e 5 convergiram com relação a baixa existência de escolinhas na sua juventude, ainda mais por se tratarem de moradores da zona rural de pequenos municípios. Apenas um dos pais com menos de 35 anos teve a oportunidade de participar. Este diz: “fiz muitos amigos, lá a disciplina era em primeiro lugar” (indivíduo 9). Além disso, era visível o entusiasmo de relembrar algumas histórias sobre os locais de treino, colegas de equipe e professores da época.

Quando perguntado aos pais: Qual é a importância da prática do Futsal no processo de desenvolvimento social das crianças que participam da escolinha de iniciação esportiva? “Acho

importante porque ensina disciplina” (Indivíduo 1); “Ter um respeito com os professores e colegas” (Indivíduo 2); “A educação que a escolinha exige, desde respeitar um ao outro”

(Indivíduo 3); “Se desenvolve mais, a educação e o aprendizado dele” (Indivíduo 4); “Fazem

parcerias desde pequenininhos, se torna uma amizade desde a infância” (Indivíduo 5); “Convive com mais pessoas e faz novos amigos” (Indivíduo 6). Para Buriti (2009, p.48)

[...] o esporte como forma de socialização introduz hábitos e regras sociais que serão úteis para a vida dos alunos, sendo ele imprescindível no desenvolvimento físico, psíquico e emocional de seus praticantes, e para a formação do caráter. Com o trabalho em equipe os alunos aprendem a desenvolver valores como: respeito, confiança cooperação, entre outros.

O esporte é um fenômeno revestido de papéis, fica claro que os pais convergem em relação aos benefícios proporcionados por ele. Para Marques, Almeida e Gutierrez (2007), por se tratar de um fenômeno que exerce transmissão e renovação cultural, pois deriva das características de seus praticantes, o esporte transmite valores, e por isso colabora para a formação humana. As características que variam e derivam da complexidade do indivíduo praticante e o estimulo a ele atribuído, no caso da iniciação esportiva, pode funcionar como um

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meio socializador, no qual a criança começa a viver experiências que desenvolvam sua confiança, autoimagem e auto percepção, entre outras (AQUINO, 2011).

Procurando evidenciar a importância que a modalidade tem, sobretudo, na questão de cultivo de valores a pergunta 3 do questionário direcionado ao professor (apêndice C) traz o seguinte questionamento: Qual é a importância da prática do Futsal no processo de desenvolvimento social das crianças que participam da escolinha de iniciação esportiva? “O

cultivo de valores proporcionado pela escolinha é um fator primordial, o respeito, responsabilidade e a educação, faz com que eles respeitem os árbitros, professores, adversários, torcida e todos os demais que estão envolvidos no futsal. Isso faz com que aumente as vivências e o desenvolvimento social das crianças, eles melhoram muito individualmente e coletivamente”

Conforme pesquisa realizada por um acadêmico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, é possível perceber que mesmo se tratando de outro esporte existe semelhança entre a resposta dos professores. Ambos citam alguns valores e salientam o ganho social promovido pelo esporte em questão SILVA (2015).

4.2 O ESPORTE COMO FORMADOR DE CARÁTER

O esporte pode ser considerado uma forma elementar de socialização. Ele compõe o imaginário social e é reconhecido por envolver superação de limites, força, vitória e supremacia enquanto valores próprios, elementos que refletem o modelo social vigente (MARQUES, ALMEIDA E GUTIERREZ , 2007 apud RUBIO, 2000). A questão 3 do questionário destinado aos pais (apêndice D) analisou a mudança de comportamento das crianças após 3 meses de participação na escolinha, e assim se pode observar que 9 dos 10 pais disseram que seus filhos tiveram uma melhora, sendo que dos 9, 2 acentuaram a resposta utilizando o adjetivo “bastante” ao final do diálogo. Apenas um pai disse que seu filho “se manteve” com bom comportamento.

Marques, Almeida e Gutierrez (2007) dizem que à prática esportiva monitorada/regrada, proporciona o convívio esportivo e todas as regras sociais do mundo adulto. Uma inserção bem direcionada possibilita ao atleta a aquisição de hábitos que lhe serão úteis por toda a vida. (RUBIO, p.88),

Defende os benefícios do esporte no desenvolvimento do caráter e afirma que os atletas aprendem a superar obstáculos, a cooperar com os companheiros, a desenvolver autocontrole e persistir diante de derrota, tornando-se por isso, em muitos casos, um referencial de projeção de identidade, principalmente entre jovens e adolescentes.

(22)

Portanto, os estímulos que a criança e o adolescente recebem são decisivos no desenvolvimento de seu caráter. Estes, exercem um fator especial, pois nessa fase, todas as coisas as impressionam profundamente, geram reações que subsidiaram a construção da sua personalidade.

4.3 O ESPORTE COMO FACILITADOR SOCIAL

Logo quando iniciam em alguma atividade de grupo, as crianças sentem-se tímidas e inseguras, a timidez é definida como uma ansiedade ou medo em situações sociais (MIRANDA, 2005). Isso vai melhorando com o convívio e a amizade que vai se formando como podemos perceber na resposta da Pergunta 4 (apêndice C) feita para o professor, que busca saber qual a primeira impressão quanto ao comportamento de alunos novos. “Eles são tímidos, inseguros

para realizar os exercícios e sempre precisam de mais atenção. Mas apresentam um comportamento bom, são menos agitados”. Não se pode dizer que uma pessoa tímida é pouco

sociável. Ela tem vontade de se socializar, mas acaba evitando o contato, pois se veem inseguras com pouca habilidade em estabelecer esta ligação (CAMPOS, 2006).

Para que a socialização através do esporte de fato ocorra, é necessário que haja o trabalho com o grupo, na questão 4 (apêndice D) é perguntado sobre o relacionamento entre as crianças participantes. Dentre os 10 pais, apenas o indivíduo 1 relata problemas de relacionamento: “Quando ele entrou, eu achei bem difícil as primeiras vezes, ele brigava e tal” (indivíduo 1).

Buscando sempre fazer a relação do antes com o depois, a pergunta 5 deixa claro que a relação entre os alunos da categoria em questão tem melhorado, pois todas as respostas foram positivas. Dando destaque novamente para o indivíduo 1, que diz que: “Ele melhorou bastante,

fez muito bem para ele” (indivíduo 1). Fonseca (2007) ressalta que por meio de uma prática

harmoniosa e bem orientada, o futsal pode ser uma importante ferramenta no processo educacional das crianças, gerando benefícios desde as primeiras fases da vida.

O professor coloca que,

[...] depois de três meses de treinamento houveram modificações no comportamento das crianças. Eles se soltam mais, já chegam cumprimentando diferente, interagindo com os colegas e parecem estar em casa. Já sentam no centro da quadra e começam a alongar. Eles perdem a timidez, e começam a socializar mais, como já comecem as regras, eles as seguem e mantém o comportamento bom

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Buscando analisar como era o relacionamento das crianças com as demais quando iniciaram nos treinamentos, é eminente que a timidez se sobressai. O professor justifica a afirmação dizendo que: “Eles ficam sozinhos, não falam muito, nem mesmo pedem a bola. Não

existe socialização”.

A questão 7 (apêndice C) foi elaborada para saber se teve uma evolução no relacionamento das crianças após 3 meses de treinamentos. Segundo o professor, teve!

Elas evoluem muito rápido, tanto o sistema motor quanto o cognitivo nessa idade e elas não tem maldade, fazem amigos com facilidade e logo nos primeiros treinos já é notável um ganho no relacionamento. Ao final dos 3 meses já estão inseridas no grupo e trabalhando em equipe.

De acordo com (MARQUES, ALMEIDA E GUTIERREZ , 2007 apud RUBIO, 2000)

o esporte como agente socializador deve ser um espaço a mais para a criança testar e desenvolver habilidades em um ambiente provido de diversos estímulos, propiciando assim a possibilidade de novas aquisições físicas e intelectuais.

Vários aspectos básicos da vida em sociedade são aprendidos na escola, como os aspectos de convivência social. Levando em consideração que os alunos passam mais de horas junto aos professores e colegas da escola, se faz necessário investigar qual o comportamento deles junto a um meio menos descontraído, visto que todos são obrigados a frequentar a sala de aula. Novamente a maioria das respostas foram positivas, com exceção dos indivíduos 1 e 2 que relataram problemas: “Ele estava tendo problemas de relacionamento, assim como quando

entrou na escolinha, ele era muito agitado” (indivíduo 1); “No colégio ele era meio assim, respondão. Não tinha muitos limites” (indivíduo 2). Após 3 meses, mais uma vez nota-se uma

melhora do comportamento escolar: “Quando ele começou na escolinha ele dividiu, melhorou

muito” (indivíduo 5); “Se manteve bom, mas melhorando sempre” (indivíduo 7).

A partir daí percebe-se que o esporte só vem a agregar no crescimento da criança, não somente em quadra, mas também dentro das questões que norteiam a vida. A timidez apresentada no ingresso da escolinha e perdida no decorrer dos treinos pode ser um fator determinante para uma melhora na socialização futura, como quando participar de outros grupos de atividades.

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4.4 A IMPORTÂNCIA DO PERDER

A riqueza do esporte está, entre outros aspectos, intensamente presente na sua diversidade de significados, podendo, entre outras funções, atuar como facilitador na busca da melhor qualidade de vida do ser humano, em todos os segmentos da sociedade (ROSE JR, 2009). O progresso comportamental sentido pelos pais, está intimamente ligado a um ganho de qualidade de vida das crianças, que convivendo em maior harmonia com quem os rodeia facilita o aprendizado nas diversas áreas de ensino.

As próximas falas, se tornam interessantes pois, além de abordar o trabalho em equipe elas atentam para uma característica na qual é tratada na pedagogia do esporte por Assunção (2012, p. 4), onde se tem a necessidade de ensinar não só a vitória, mas também a importância do aprendizado em relação à derrota, ou seja, “aprender a perder”. Quando perguntado: quais as contribuições o futsal pode trazer? Quais os valores e ensinamentos ele pode proporcionar? Os pais apresentaram as seguintes respostas: “Ele não sabia perder antes dele ir na escolinha” (Indivíduo 2); “O trabalho das emoções, do ganhar e do perder, que são importantes para

vida” (Indivíduo 3); “O coleguismo, principalmente que nem sempre se ganha” (Indivíduo 8); “Essa coisa de perder, de lidar com a frustração, eu acho muito importante, pois é muito difícil” (Indivíduo 9).

Tendo como base as respostas dadas pelos pais, é possível verificar que o futsal quando praticado com orientação pode provocar uma mudança de nível pessoal e coletivo, este tem um poder transformador capaz de facilitar o trabalho em equipe e a formação de uma personalidade. Neste campo de atuação social, deve-se trabalhar para auxiliar na formação de pessoas, que tenham facilidade em manter um bom relacionamento com a sociedade.

A última pergunta aplicada ao professor, pede se ele acredita que a prática do Futsal pode contribuir para o desenvolvimento social da criança? E quais contribuições podem trazer? Quais valores e ensinamentos podem gerar. “ Com certeza, o esporte quando praticado voltado

para o cultivo de valores e promoção da saúde pode ser o carro chefe no desenvolvimento social, moral e ético das crianças. Pois eles irão trabalhar sempre com um grupo, assim como na vida. As contribuições são diversas, mas evidencio a educação, respeito a regras, socialização, o saber lidar com as frustrações e com adversidades, além da superação de desafios. Todos estes servirão de base para uma boa formação de caráter e personalidade. Eu acredito muito no poder do esporte”.

Fazendo relação com a pesquisa realizada por um acadêmico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, é notável que tanto os pais quanto os professores entrevistados

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convergem para a importância de aprender a perder. Nesse viés, os indivíduos por mim entrevistados também são pontuais quanto a esse tema e salientam que as crianças aprendem muito com isso (SILVA 2015).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da presente pesquisa, que teve como objetivos explorar o crescimento social dos indivíduos frequentadores assíduos de uma escolinha específica de futsal e o quão uma simples prática esportiva estruturada pode contribuir para o avanço social de um determinado grupo de crianças de 6 e 7 anos de idade. Desta forma, o esporte quando bem conduzido, pode ser um guia para a socialização das crianças. Ele traz consigo ensinamentos que podem ser levados para a vida, e agrega valores como amizade, respeito, cooperação, responsabilidade, entre outros. Após a aplicação dos questionários ficou claro que uma escolinha particular de futsal pode proporcionar para crianças um crescimento social considerável. Levando em conta as respostas obtidas, ficou evidente que os pais e professores notaram o avanço quanto a comportamento, respeito de regras, disciplina e responsabilidade. Além de fortalecerem os laços de amizade com os demais e aprenderem a lidar com as frustrações que possam advir.

O professor é o estimulador de toda essa gama de valores e atitudes que permitem a construção do caráter e o desenvolvimento social das crianças. Essa influência construtiva deverá ser encarada como essencial para que os envolvidos sejam beneficiados. Cabe aos profissionais da área buscarem mais subsídio e irem além das questões técnico-táticas do esporte, trabalhando o futsal também com âmbito social desde as categorias menores.

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(30)

APÊNDICE A: PROJETO DA ESCOLINHA ATLEC FUTSAL

ESCOLINHA DE FUTSAL ATLEC

(Associação Trespassense de Lazer Esporte e Cultura - 2016)

PROJETO

ATLEC FUTSAL: descobrindo craques, formando bons cidadãos.

PROPONENTE: ATLEC -

Associação Trespassense de Lazer Esporte e

Cultura.

PRESIDENTE DA ENTIDADE: Neri Selso Bonemann

LOCAL DA EXECUÇÃO DO PROJETO: Ginásio da ASSOCIA e Ginásio

municipal de esportes de Três Passos.

MUNICÍPIO: Três Passos-RS

TELEFONE DO PRESIDENTE: (55) 99613411

PRINCÍPIOS

1) Ensinar o futsal: Nossa entidade estará de portas abertas a todos. Dessa maneira

buscará através de literaturas específicas os métodos simples de trabalho, onde TODOS poderão ser inseridos.

2) Aprender com o futsal: O futsal será utilizado como uma ferramenta para que

possamos ensinar mais do que “jogar”. Os treinos serão para a vida, lições de respeito, amizade, convívio de grupo, cidadania, independência e hábitos saudáveis estarão inseridos indiretamente.

O nosso ideal é utilizar o esporte como educador e formador de caráter, dessa maneira serão sabedores do seu papel na sociedade e se tornarão homens responsáveis que procurarão as suas obrigações futuras.

(31)

Proporcionar a aprendizagem dos fundamentos do Futsal, contribuindo para o desenvolvimento psicossocial da criança e do adolescente. Sem esquecer da individualidade de cada um.

OBJETIVO ESPECÍFICO

- Influenciar na formação do cidadão de maneira positiva buscando a inclusão social. - Utilizar o esporte como mecanismo maior para desenvolvimento psicossocial da criança,

- Realizar o intercâmbio social através do futsal; - Promover a aprendizagem (convivência) em grupos;

- Proporcionar oportunidade à participação em eventos esportivos e culturais; - Buscar com o futsal um ganho físico, social e cognitivo. Gerando mais saúde; - Estimular o trabalho em grupo e fortalecer os laços afetivos entre os alunos;

PÚBLICO ALVO

Serão atendidos e beneficiados pelo projeto ”ATLEC FUTSAL: descobrindo craques, formando bons cidadãos”, crianças e jovens, com idade entre 5 a 15 anos.

Disposição das categorias: Sub 07 de 6 a 7 anos Sub 09 - de 8 a 9 anos Sub 11 - de 10 a 11 anos Sub 13 - de 12 a 13 anos Sub 15 – de 14 a 15 anos DOS TREINAMENTOS

Os dias de treinamento bem como os turnos e horários, serão determinados posteriormente de acordo com o grupo de atletas.

(32)

Um professor de Educação Física e um estagiário.

AMISTOSOS E COMPETIÇÕES

A ATLEC FUTSAL participa de amistosos e competições durante o ano todo, dessa maneira estaremos proporcionando uma vivência de grande valia para a construção do caráter e respeito dos alunos. Este, estará indiretamente sendo preparado para a vida, desenvolvendo valores que ajudarão na sua formação como cidadão.

BENEFÍCIOS E VISIBILIDADE PARA MUNICÍPIO

 Promoção e incentivo ao esporte buscando aproximar as crianças/ adolescentes de práticas sadias em prol da saúde;

 Proporcionar o lazer e o entretenimento de um grupo com diferentes classes sociais;

 Manifestar a atenção com a promoção da qualidade de vida e da saúde na comunidade onde está inserida, divulgando uma imagem positiva;

 Garantir um incentivo ao esporte como forma de processo educativo complementar;  Possibilitar a inclusão de crianças carentes na sociedade.

(33)

APÊNDICE B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezada Senhor (a)

Estou desenvolvendo uma pesquisa cujo título provisório é “A prática do futsal no processo de desenvolvimento social em crianças de 6 e 7 anos”. Este trabalho é fruto de estudos da graduação em Educação Física, bacharelado na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e tem como objetivos: explorar o crescimento social dos indivíduos frequentadores assíduos da escolinha ATLEC FUTSAL. A ideia é trazer para o centro das discussões o quão uma simples prática esportiva estruturada pode contribuir para o avanço social de um determinado grupo de crianças de 6 e 7 anos de idade.

A opção metodológica do trabalho é de natureza qualitativa do tipo descritiva, os fatos serão interpretados e analisados, e em seguida transcritos.

As informações retiradas dos documentos serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados ao presente projeto de pesquisa, podendo você ter acesso as suas informações e realizar qualquer modificação no seu conteúdo, se julgar necessário. Todos os documentos ficarão sob a responsabilidade do pesquisador principal, por um período de cinco anos e após serão deletados e/ou incinerados.

Nós pesquisadores garantimos que seu anonimato está assegurado e as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados a este projeto de pesquisa.

Você tem liberdade para recusar-se a participar da pesquisa, ou desistir dela a qualquer momento sem que haja constrangimento, podendo você solicitar que as informações sejam desconsideradas no estudo.

Mesmo participando da pesquisa poderá recusar-se a responder as perguntas ou a quaisquer outros procedimentos que ocasionem constrangimento de qualquer natureza.

Está garantido que você não terá nenhum tipo de despesa financeira durante o desenvolvimento da pesquisa, como também, não será disponibilizada nenhuma compensação financeira.

Eu, orientando Guilherme da Silva Acosta, bem como meu orientador Mauro Bertollo assumimos toda e qualquer responsabilidade no decorrer da investigação e garantimos que as informações somente serão utilizadas para esta pesquisa, podendo os resultados vir a ser publicados.

Se houver dúvidas quanto à sua participação poderá pedir esclarecimento a qualquer um de nós, nos endereços e telefones abaixo:

(34)

Guilherme da Silva Acosta, orientando da UNIJUI, residente na rua Cipriano Barata, 264, Santa inês, Três Passos/RS 98600-000 Cel. (55) 999545530 e-mail: guilherme_s_acosta@hotmail.com;

Mauro Bertollo, orientador, residente na rua Domingos Burtet, 157, B. Progresso, Ijuí/RS – Cep 98700-000 – Tel. Institucional/Unijuí/Curso de Educação Física: (55) 3332-0255. O presente documento foi assinado em duas vias de igual teor, ficando uma com o entrevistado ou responsável legal e a outra com os pesquisadores.

Eu, ________________________________________________________________, CPF_________________________, ciente das informações recebidas concordo em participar da pesquisa, autorizando-os a utilizarem as informações por mim concedidas e/ou os resultados alcançados. _____________________ Entrevistado _____________________ Orientando Data: Local/RS, ______/______/________

(35)

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO 1 – AOS PROFESSORES

1. Você tem formação superior? Há quanto tempo exerce a função de treinador em escolinhas de iniciação?

2. Você pratica a modalidade? Já jogou em algum clube profissional? Quando menor, participou de alguma escolinha de iniciação? Quais os benefícios e contribuições isso teve em sua vida?

3. Qual é a importância da prática do Futsal no processo de desenvolvimento social das crianças que participam da escolinha de iniciação esportiva? 4. Qual é a primeira impressão quanto ao comportamento de alunos novos?

5. Depois de três meses de treinamento, houveram modificações no comportamento da criança? Se houveram, quais?

6. Como era o relacionamento da criança com as demais quando iniciou na escolinha? 7. Depois de três meses de treinamento o relacionamento com as demais crianças modificou?

8. Você acredita que a prática do Futsal pode contribuir para o desenvolvimento social da criança? Quais contribuições podem trazer? Quais valores e ensinamentos podem gerar?

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APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO 2 – AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

1. Você pratica a modalidade? Quando menor, participou de alguma escolinha de iniciação? Quais os benefícios e contribuições isso teve em sua vida?

2. Qual é a importância da prática do Futsal no processo de desenvolvimento social das crianças que participam da escolinha de iniciação esportiva?

3. Depois de três meses de treinamento, houveram modificações no comportamento do seu filho? Se houveram, quais?

4. Como era o relacionamento do seu filho com as demais quando iniciou na escolinha? 5. Depois de três meses de treinamento o relacionamento com as demais crianças modificou?

6. Antes de iniciar na escolinha, como era o rendimento escolar de seu filho? Qual o comportamento dele na escola, com os professores e com os colegas de turma?

7. Depois de três meses de treinamento houveram modificações no comportamento dele na Escola? O rendimento escolar melhorou? E a relação com os professores com os colegas melhorou?

8. Quais as contribuições o futsal pode trazer? Quais os valores e ensinamentos ele pode proporcionar?

Referências

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