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Perfil Epidemiologico dos pacientes hipertensos do Programa Hiperdia em um Centro de Saúde da Grande Florianópolis.

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1 INTRODUÇÃO

1.1 A Atenção Primária e a Vivência Acadêmica nas Unidades de Saúde

A atenção primária é entendida como uma forma de organização dos serviços de saúde, uma estratégia para integrar todos os aspectos desses serviços, a partir de uma perspectiva da população. Realiza serviços preventivos, curativos, reabilitadores e de promoção da saúde; integra os cuidados quando há mais de um problema; lida com o contexto no qual existe a enfermidade; e influencia as respostas das pessoas a seus problemas de saúde1. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a atenção primária é definida como:

“Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade por meios aceitáveis para eles e a um custo que tanto a comunidade como o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um espírito de autoconfiança e autodeterminação. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde”2.

A atenção primária lida com os problemas mais comuns e menos definidos da população, geralmente em unidades comunitárias como consultórios, centros de saúde, escolas e lares. Os pacientes têm acesso direto a uma fonte adequada de atenção que é continuada ao longo do tempo, para diversos problemas e que inclui a necessidade de serviços preventivos2.

Um modelo brasileiro de organização dos serviços de atenção primária à saúde é a Estratégia

Saúde da Família (ESF), baseada em equipes multiprofissionais, que prioriza em suas bases teóricas a promoção da saúde, englobando ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação. É estruturante do SUS, mantendo coerência com seus princípios organizativos: acessibilidade,

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resolubilidade, regionalização, descentralização, hierarquização e participação popular. É uma ferramenta de fortalecimento da participação popular. Tem como objetivo principal de trabalho a saúde do indivíduo, da família e da coletividade. Pode ser entendida como um conjunto de ações assumidas pelos indivíduos, a comunidade e o Estado com o objetivo de criar condições favoráveis ao pleno desenvolvimento das potencialidades humanas1.

Em Florianópolis (SC), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), através do Programa Docente - Assistencial, mantém convênio com a Prefeitura Municipal, que permite a inserção de acadêmicos do curso de graduação em Medicina nos Centros de Saúde para a realização de estágio curricular, possibilitando que os mesmos vivenciem o dia-a-dia das unidades de saúde baseadas no modelo da atenção primária. Durante o estágio, os acadêmicos realizam atividades como territorialização (para reconhecimento da geografia, e percepção da realidade social da comunidade local); atendimento ambulatorial (na forma de consultas agendadas e de urgência), visitas domiciliares e participação de grupos de discussão acerca de problemas de saúde com alta prevalência na comunidade3.

A inserção dos alunos nos centros de saúde é uma etapa importante da vida acadêmica, uma vez que, ajuda a reorientar as linhas de pensamento e atuação dos futuros médicos, trazendo-lhes uma nova percepção acerca do conceito de saúde, até então deturpado pela centralização pedagógica no modelo hospitalar.Os centros de saúde, dentro deste contexto, além de funcionarem como porta de entrada para o Sistema, desempenham papel crucial para a garantir à população (em especial das capitais e dos grandes centros) o acesso aos serviços de promoção da saúde, de cura e reabilitação3.

O Centro de Saúde do Saco Grande, em Florianópolis é uma unidade de referência em atenção primária à saúde, contando com boas instalações e profissionais de diversas áreas da saúde, os quais mostram exemplo de interdisciplinaridade para resolução de questões e respeito aos interesses e necessidades da população a que atendem. Esta, conforme percepção de acadêmicos e profissionais, perfaz-se de uma comunidade carente (Saco Grande), inserida no cotidiano do desemprego, baixo acesso a serviços de saneamento, transporte, educação e às voltas com a violência, comum nas grandes cidades3.

Doenças crônico-degenerativas apresentam alta prevalência na comunidade, em especial, a hipertensão arterial sistêmica (HAS).Registros de morbidade CID-10 da Secretaria Municipal de

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Saúde revelam que o número de consultas por HAS ocupa o segundo lugar na unidade de saúde, sendo superado apenas pelas consultas de rotina de saúde da criança (puericultura). Estes dados corroboram com estimativas do Ministério da Saúde, segundo as quais a HAS apresenta alta prevalência na população adulta brasileira4,5.

1.2 Hipertensão Arterial Sistêmica: Aspectos Clínicos e Epidemiológicos

O diagnóstico de HAS em adultos é estabelecido, quando a média de duas ou mais medidas da pressão arterial (PA) diastólica pelo menos em duas consultas subseqüentes é maior ou igual a 90 mmHg, ou se a média de múltiplas leituras da PA sistólica, em duas ou mais consultas subseqüentes, fica consistentemente acima de 140 mmHg6. Estes valores limítrofes são adotados conjuntamente em classificação estabelecida pelas IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial7. Uma nova orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) chama a atenção para o fato de que não se deve apenas valorizar os níveis de pressão arterial, fazendo-se também necessária uma avaliação do risco cardiovascular global. A hipertensão essencial, primária ou idiopática, é a hipertensão sistêmica de causa desconhecida. Mais de 95% dos casos de hipertensão pertencem a essa categoria. A hipertensão secundária, ou seja, a hipertensão de causa conhecida, é responsável por menos de 5% dos casos de hipertensão arterial sistêmica5,6.

A HAS apresenta fatores de risco que podem ser classificados em três grupos: de caráter hereditário; ambientais e sócio-econômicos e comportamentais. Dentre os últimos, os mais prevalentes e sobre os quais a intervenção seria mais produtiva, seriam: sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo5.

A prevalência de HAS aumenta com a idade, sendo um problema de saúde extremamente comum na população geriátrica, acometendo aproximadamente 65% da população na faixa etária de 65 a 74 anos de idade. Os negros têm maior prevalência que os brancos (38% versus 29%), e os homens uma prevalência geral mais alta do que as mulheres (33% versus 27%). A HAS é mais comum nos homens que nas mulheres, aproximadamente até os 50 anos de idade; depois dessa idade a HAS é mais comum nas mulheres. Os negros tendem a desenvolver HAS mais grave que os brancos6. A (OMS) estima em mais de 1 bilhão o número de indivíduos hipertensos e em aproximadamente, 7,1 milhões o número de mortes anuais que podem ser atribuídas à HAS8.

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No Brasil, inquéritos de base populacional, realizados em algumas cidades apontam taxas de prevalência na população adulta variando de 22,3% a 43,9%6. O Ministério da Saúde estima uma

prevalência de cerca de 20% da população adulta brasileira (maior ou igual a 20 anos). Dados do Sistema de Informação da Atenção Básica do Ministério da Saúde (SIAB) já apontam para mais de 6.000.000 de hipertensos cadastrados ao nível da atenção primária, estando cerca de 316.000 em Santa Catarina e 14.700 em Florianópolis, segundo levantamento até o mês de abril de 20056,9.

A HAS constitui o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja principal causa de morte é o acidente vascular encefálico (AVE). Cerca de 85% dos pacientes com AVE e 40% das vítimas de infarto agudo do miocárdio apresentam hipertensão associada6.

No Sistema Único de Saúde (SUS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1.150.000 internações/ano, com um custo aproximado de 475 milhões de reais, sendo que nestes números não estão inclusos os gastos com procedimentos de alta complexidade. Em 1998, estas patologias foram responsáveis por 27% do total de 930.000 óbitos registrados no Brasil7.

A identificação precoce dos casos e o estabelecimento do vínculo entre os portadores e as unidades básicas de saúde são imprescindíveis para o sucesso do controle desses agravos. O acompanhamento e o controle da HAS no âmbito da atenção primária pode contribuir para evitar o surgimento e a progressão das complicações, reduzindo o número de internações hospitalares, bem como a mortalidade devido a esses agravos. Estima-se que 40% dos acidentes vasculares encefálicos e que 25% dos infartos ocorridos em pacientes possam ser prevenidos com terapia anti-hipertensiva adequada10,11.

1.3 O Sistema HiperDia

O Ministério da Saúde, com o propósito de reduzir a morbi-mortalidade associada à HAS, bem como ao diabetes mellitus, assumiu o compromisso de executar ações em parceria com estados e municípios e Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Hipertensão, Diabetes, Nefrologia,

Federações Nacionais de Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes, para apoiar a reorganização da rede de saúde, com melhoria da atenção aos portadores destas patologias através do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus11.

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Nesta perspectiva, muitas ações estão sendo desenvolvidas. Uma delas é a disponibilização, a partir de 2002, para estados e municípios de um sistema informatizado que permite o cadastramento de portadores, seu acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo em que, pode ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o conseqüente desencadeamento de estratégias de saúde pública, com o objetivo de levar à modificação do quadro atual, à melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e à redução do custo social11.

O sistema informatizado (HiperDia) permite cadastrar e acompanhar os portadores de HAS, captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus, em todas as unidades ambulatoriais do SUS, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde. Cada nível de gestão tem responsabilidades na manutenção do Cadastro Nacional de Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes, sendo que a entrada de dados ocorre da através da Ficha de Cadastro do HiperDia e da Ficha de Acompanhamento do HiperDia. A entrada de informações de cadastro assim como o acompanhamento dos pacientes é de responsabilidade do município. As secretarias municipais, com apoio das secretarias estaduais também são responsáveis pela implantação de ações de promoção de hábitos e estilos de vida saudáveis, voltados para a melhoria do controle clínico da morbidade, além da guarda, gerenciamento e dispensação dos medicamentos recebidos vinculados ao programa11.

Dada a importância da implantação do sistema HiperDia para identificação e acompanhamento dos pacientes acometidos pela morbidade (HAS), e do pioneirismo da unidade de saúde Saco Grande em adotar um sistema informatizado de registros, em Florianópolis, para atendimentos, dispensação de medicamentos e programas de saúde, justifica-se a realização deste estudo por oportunizar a descrição da distribuição da doença e de seus agravos entre os membros inscritos no programa, bem como de fatores sobre os quais pode ser orientada a atuação no âmbito da atenção básica, contribuindo para a diminuição da incidência de agravos, melhoria de prognósticos e surgimento de novas estratégias de prevenção da doença.

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2 OBJETIVO

Descrever um perfil epidemiológico dos pacientes hipertensos notificados no programa HiperDia, do Centro de Saúde Saco Grande, em Florianópolis.

2.1 Objetivos Específicos

1. Descrever perfil destes pacientes conforme faixa etária, sexo, etnia e escolaridade.

2. Descrever as freqüências de registros com níveis pressóricos acima e nos níveis de controle, conforme presença ou ausência de comorbidades.

3. Descrever prevalência de fatores de risco comportamentais, constantes nas fichas cadastrais destes pacientes.

4. Descrever prevalência de complicações relacionadas à doença, dentre as constantes nas fichas cadastrais destes pacientes.

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3 MÉTODO

Realizou-se estudo descritivo, por meio de coleta de dados a partir das fichas de cadastro dos pacientes inscritos no programa HiperDia no Centro de Saúde da Comunidade Saco Grande, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, no período de 01 de janeiro de 2004 a 20 de maio de 2005. As fichas cadastrais foram obtidas a partir do sistema informatizado de registros implantado na unidade.

O Centro de Saúde Saco Grande é uma das unidades pioneiras na implantação de um sistema informatizado de registros, permitindo a seus profissionais e usuários grande acessibilidade ao cadastramento nos diferentes programas de saúde mantidos pelas três esferas de governo.

Todos os incluídos no estudo eram portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Foram analisadas as seguintes variáveis:

- idade: os incluídos foram distribuídos nas faixas etárias de 20 a 29 anos, 30a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 a 69 acima de 70 anos;

- sexo: masculino ou feminino.

- etnia: branca, negra, parda, amarela e indígena;

- escolaridade: analfabetos, até ensino fundamental, ensino médio incompleto, ensino médio completo, ensino superior incompleto, ensino superior completo;

- fatores de risco comportamentais, constantes nas fichas cadastrais dos pacientes: tabagismo, sedentarismo e sobrepeso/obesidade;

- valores de pressão arterial, acima e nos níveis de controle, classificando os pacientes em controlados e não controlados clinicamente, considerando a existência de comorbidades associadas (doença renal e diabetes mellitus), conforme estabelecido pelas IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial; para tanto foram classificados como clinicamente controlados os pacientes que apresentaram valores de PA abaixo de 140 x 90 mmHg, sem acometimento pelas duas comorbidades citadas ou 130 x 85 mmHg quando acometidos por uma das duas;

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- complicações decorrentes da morbidade, constantes nas fichas cadastrais dos pacientes: infarto agudo do miocárdio (IAM) e outras coronariopatias, acidente vascular cerebral (AVC) e doença renal.

Foram calculadas as freqüências das variáveis citadas acima, conforme os objetivos estabelecidos no estudo. Os resultados foram descritos por meio de tabelas e gráficos, conforme exposto a seguir.

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4 RESULTADOS

A tabela 1 descreve a classificação dos pacientes hipertensos segundo faixa etária. Observa-se um aumento da freqüência da morbidade a partir da 5ª década de vida, com estabilização e declínio a partir da 7ª década.

TABELA 1 – Classificação dos pacientes hipertensos cadastrados no programa

HiperDia do Centro de Saúde Saco Grande segundo faixa etária, no período de

janeiro de 2004 a maio de 2005.

Faixa Etária (anos) n %

20-29 01 0,9 30-39 06 5,82 40-49 22 21,35 50-59 29 28,15 60-69 27 26,21 Acima 70 17 16,5 Total 103 100

FONTE: Sistema HiperDia, Centro de Saúde Saco Grande, Florianópolis.

A figura 1, a seguir, descreve a distribuição dos pacientes hipertensos do programa HiperDia, segundo sexo, em que se verifica predomínio do sexo feminino. A figura 2 descreve a distribuição dos pacientes do segundo etnia, observando-se um predomínio da etnia branca.

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SEXO

32%

68%

Masculino Feminino

FIGURA 1 – Distribuição dos pacientes do programa HiperDia

do Centro de Saúde Saco Grande, em Florianópolis, 2004/2005, segundo sexo. ETNIA 83% 9% 7% 1% 0% Branca Negra Parda Amarela Indígena

FIGURA 2 – Distribuição dos pacientes hipertensos do programa HiperDia do

Centro de Saúde Saco Grande em Florianópolis, 2004/2005, segundo etnia.

A tabela 2 descreve a prevalência de níveis de escolaridade entre os pacientes do programa. Nela verifica-se predomínio de baixa escolaridade entre os usuários.

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TABELA 2: Distribuição dos pacientes hipertensos cadastrados no programa

HiperDia do Centro de Saúde Saco Grande, segundo escolaridade, no período

de janeiro de 2004 a maio de 2005.

Escolaridade n (%)

Analfabetos 8 7,76

Até ensino fundamental 81 78,64

Ensino médio incompleto 3 2,91

Ensino médio completo 11 13,59

Ensino superior incompleto 0 0

Ensino superior completo 0 0

Total 103 100

FONTE: Sistema HiperDia, Centro de Saúde Saco Grande, Florianópolis.

A tabela 3 descreve a prevalência de fatores de risco comportamentais, descritos nas fichas cadastrais dos usuários do programa, que apresentam relação com HAS. Foram notificados fatores de risco em 80 dos 103 registros cadastrais, observando-se pela tabela, maior prevalência das variáveis sedentarismo e sobrepeso/obesidade.

TABELA 3 – Prevalência de fatores de risco comportamentais entre os pacientes

hipertensos inscritos no programa HiperDia no Centro de Saúde Saco Grande, no

período de janeiro de 2004 a maio de 2005.

Fatores de Risco n (%)

Sedentarismo 62 60,19

Sobrepeso/Obesidade 61 59,22

Tabagismo 12 11,65

Total 80 77,66

FONTE: sistema HiperDia, Centro de Saúde Saco Grande, Florianópolis.

As tabelas 4 e 5 fazem a descrição dos parâmetros clínicos propostos. A tabela 4 descreve a classificação dos pacientes conforme controle clínico, após consulta, na vigência ou ausência de

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comorbidades. Observa-se um predomínio do número de pacientes com níveis de pressão arterial acima dos valores desejados, segundo literatura.

A tabela 5 descreve a prevalência de complicações cardiovasculares associadas a HAS, entre os usuários. Foram notificadas complicações em 19 registros, havendo um predomínio de infarto agudo do miocárdio, seguido por acidente vascular encefálico.

TABELA 4 – Classificação das pressões arteriais notificadas nos pacientes do

programa HiperDia do Centro de Saúde Saco Grande conforme níveis de controle

clínico, no período de janeiro de 2004 a maio de 2005.

Gradientes de Pressão Arterial (em mmHg) n (%) PA controlada, em presença de comorbidades 6 5,82 PA controlada, sem comorbidades 9 8,73 PA não controlada 88 85,43 Total 103 100,0

FONTE:Sistema HiperDia, Centro de Saúde Saco Grande, Florianópolis.

TABELA 5 – Prevalência de complicações decorrentes de hipertensão arterial

entre os pacientes do programa HiperDia no Centro de Saúde Saco Grande, no

período de janeiro de 2004 a maio de 2005.

Complicações n (%) IAM e Outras Coronariopatias 17 16,50 AVE 6 5,82 Doença Renal 4 3,88 Total 19 18,44

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5 DISCUSSÃO

A partir do levantamento dos dados constantes nas fichas de cadastro dos usuários hipertensos é possível fazer descrever um perfil sócio-demográfico dos mesmos, ainda que, de forma parcial. A descrição das variáveis faixa etária e etnia apresenta relevância para a análise do comportamento de prevalência da HAS, sendo citada em numerosos estudos e publicações5,6,7,9,12,13,14,15,16,17,18.

A descrição da variável faixa etária revela um aumento significativo do número de pacientes hipertensos a partir da quinta década de vida, em consonância com trabalhos relacionados ao tema em estudos brasileiros e internacionais, realizados com estratificação etária semelhante. A estabilidade e decréscimo a partir da sétima década de vida podem ser decorrência de seleção da população mais idosa, levando a óbito em conseqüência de complicações cardiovasculares decorrentes da morbidade6,7,9,12,13,14,15,16,17,18.

Uma explicação para o predomínio do sexo feminino entre os cadastros seria a hipótese de maior procura de mulheres pelos serviços da unidade, como sugerem os registros de atendimento individual, em que há grande número de consultas de exame de rotina de saúde da criança (puericultura), supervisão de gravidez não específica e anticoncepção4. Outra hipótese seria a de

que os homens em nossa sociedade preocupam-se menos em adotar medidas de promoção à saúde e prevenção de doenças crônicas17.

A população do município de Florianópolis apresenta alta predominância branca em relação à maioria das cidades brasileiras, por estar localizada na região Sul do país e em área em que há grande concentração de descendentes de imigrantes açorianos, italianos e alemães. Este fato pode explicar a prevalência de cadastros de pessoas de etnia branca, em relação à etnia negra. Investigações desenvolvidas no Brasil e em outros países revelam maior prevalência da morbidade entre a população negra, embora dois estudos realizados no interior de São Paulo (Araraquara e Catanduva) tenham encontrado maior prevalência entre a população branca5,6,7,9,11,12,13,14,17.

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O predomínio de registros de hipertensos com baixa escolaridade é um dado a ser analisado. Embora o estudo tenha se limitado aos registros de um programa em uma comunidade carente, onde se pressupunha a existência de menor nível de escolaridade dada a contigüidade entre os fatores, deve-se salientar a relevância do dado por sua associação com doenças cardiovasculares12,13,14,15,16,17,18. Freitas et al.17, em inquérito sobre HAS no município de Catanduva, São Paulo, após verificarem prevalência de 49,5 % da morbidade entre a população analfabeta contra 12,7% entre aqueles com ensino superior, sugerem que indivíduos com menor escolaridade apresentam menor conhecimento de como proceder em relação à prevenção de doenças crônicas. Laurenti17, em análises de estudos, como o de Archutti19 em Porto Alegre, sugere que quanto menor a escolaridade do indivíduo, maior sua exposição a fatores de risco, como os que serviram de objeto para este estudo, o que revelaria uma tendência perversa de adoecimento por doenças preveníveis como a HAS em uma população de baixa escolaridade e possivelmente, de baixa renda. Observou-se, de fato, nesta pesquisa, notificação de pelo menos um fator de risco comportamental para HAS e doenças cardiovasculares em mais de 77% dos registros dos usuários do programa, destacando-se a alta prevalência de sedentarismo e sobrepeso/obesidade, podendo-se estabelecer uma relação positiva entre ambos, conforme reportado na literatura18,19,20,,22,23.

A alta freqüência de sedentarismo, conforme observação anterior, apresentou-se em consonância com estudos anteriores realizados no Brasil acerca do tema21. O sedentarismo, assim como a obesidade, vem se mostrando crescente nos países em desenvolvimento, havendo vários trabalhos demonstrando a relação de ambos com menores níveis de renda e escolaridade18,24. Em relação ao sedentarismo, Pitanga21 identifica inclusive características importantes dos grupos de

baixa escolaridade, que predizem seus altos riscos para decréscimo na atividade física: pouca percepção de controle sobre a vida para todos os grupos etários, além de problemas financeiros e baixa percepção geral da saúde para aqueles com mais de 45 anos de idade. Estudo de Lindstrom et al.24 sugere uma relação entre ocupação pouco qualificada (decorrente de baixa escolaridade) e sedentarismo, em que trabalhadores braçais têm maior probabilidade de se tornarem sedentários. Observa ainda que mulheres pensionistas e pessoas com pouca participação em atividades sociais são mais sedentárias.

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A alta prevalência de obesidade, da mesma forma, poderia ser decorrente da mesma hipótese relacionada à estrutura socioeconômica. Aumentos nas taxas de prevalência de sobrepeso/obesidade são observados tanto em países desenvolvidos, como naqueles em desenvolvimento, excetuando-se populações extremamente pobres22,23. A epidemia de obesidade

também atinge o Brasil, segundo apontam inquéritos nacionais realizados nos anos de 1975 e 1989, e mais recentemente em levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 200423,25. Estes inquéritos registraram elevações na freqüência de obesidade para ambos os sexos e para todos os estratos socioeconômicos. Em 1989, níveis modestos de riqueza já se mostravam compatíveis com altas taxas de obesidade, sobretudo entre as mulheres23. Martin26 considera que os alimentos ricos em gordura tornaram-se bens de consumo de massa nos dias atuais, democratizando-se entre todas as camadas populacionais. A autora, em análise conjunta sobre o aumento da prevalência de fatores de risco comportamentais em países em desenvolvimento, ressalta que em todas sociedades, as camadas mais ricas da população são as que primeiro adotam mudanças no estilo de vida, devido a melhor acesso a informações de saúde sobre fatores de risco. As camadas mais pobres da população ficariam de fora por menor acesso à informação e falta de tempo e de dinheiro para a aquisição de alimentos saudáveis e prática de atividade física26.

A prevalência do tabagismo entre os usuários hipertensos do programa ficou abaixo da freqüência descrita em estudos anteriores15,19,20, contrapondo-se ao ocorrido com as prevalências dos demais fatores comportamentais analisados. Uma explicação possível para o fato é a divulgação de dados do Instituto Nacional do Câncer27, vinculado ao Ministério da Saúde, segundo o qual houve queda de cerca de 32% no consumo anual per capita de cigarros entre os anos de 1989 e 2002 e uma queda da prevalência de fumantes em todas as regiões do país no mesmo período, provavelmente como decorrência de campanhas como o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), coordenado pelo governo federal em conjunto com demais esferas do poder público e setores organizados da sociedade civil. Estas campanhas sugerem a maior ênfase dada pelos órgãos de saúde no combate ao tabagismo, em relação ao incentivo a outras mudanças no estilo de vida.

Em relação aos aspectos clínicos descritos, cabe salientar a existência de restrições de dados nas fichas cadastrais. A exemplo, a verificação das pressões arteriais de acordo com os registros

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revelou prevalência de gradientes de pressão arterial acima dos valores de controle para PA sistólica e diastólica, em pacientes portadores ou não de doença renal ou diabetes associados, de acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial7. No entanto, devido à limitação

da notificação dos níveis pressóricos a um valor no momento da consulta e dada a impossibilidade de conhecimento acerca das condições em que são feitas as aferições (se ocorrência de hipertensão do jaleco branco7, utilização de material adequado e técnica correta de aferição), torna-se difícil estimar verdadeiramente o número de pacientes com gradientes de pressão arterial acima dos níveis de controle. Do mesmo modo, é difícil estimar se o número de pacientes com níveis pressóricos controlados corresponde verdadeiramente à freqüência anteriormente observada, uma vez que estudos anteriormente realizados encontraram resultados diferentes12,17.

Cerca de 18% dos usuários apresentaram algum tipo de complicação cardiovascular ou renal, com maior prevalência de infarto agudo do miocárdio e outras coronariopatias, seguidos por acidente vascular encefálico, decorrentes, possivelmente de HAS mal controlada, seja por manutenção de fatores de risco ou tratamento medicamentoso irregular e ou associação ao diabetes mellitus, morbidade francamente associada a doenças cardiovasculares juntamente com a HAS, presente em grande número de notificações, conforme observação durante a coleta de dados6,7,12,22,23.

Conforme observado anteriormente, as fichas cadastrais do programa HiperDia contemplam um razoável número de informações para a descrição de perfis epidemiológicos de seus usuários, podendo-se estabelecer uma série de correlações entre seus dados. Entretanto, suas restrições de ordem informativa, impossibilitam a descrição de parâmetros clínicos, os quais poderiam contribuir para a estimativa de risco cardiovascular global dos pacientes usuários6,7. Variáveis

importantes como dislipidemia e consumo de álcool não recebem notificação nas fichas de cadastro do sistema. Salienta-se ainda que a análise das variáveis deste estudo foi realizada conforme sua descrição pura, sem poder qualificá-las de acordo com as circunstâncias em que foram levantadas. A exemplo, é difícil estimar apenas por uma notificação em ficha de cadastro, o percentual de controle dos níveis de pressão arterial dos usuários, uma vez que, uma aferição notificada, além de não obedecer a normas estabelecidas pela literatura, pode sofrer interferência de fatores de ordem técnica ou emocional6,7,9,12,15,16,17. Ressalta-se ainda que a simples

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confirmação da existência de fatores de risco, pela notificação em fichas de cadastro, não permite avaliar como evoluíram estes pacientes em relação à modificação ou permanência destes hábitos. Cabe salientar ainda, a ocorrência de sub-notificação do número de pacientes portadores de HAS e diabetes mellitus, possivelmente em decorrência de número insuficiente de profissionais, o que impede, lamentavelmente que se possa estender a descrição de perfis epidemiológicos para toda a população comunitária acometida por doenças crônicas não transmissíveis.

As limitações observadas, no entanto, não depreciam a importância do programa, como sistema de informação para o planejamento de políticas de prevenção e controle de morbidades, como a HAS, cujo alto custo social pode ser expresso por não acompanhamento, hospitalizações e perda de qualidade de vida. O maior detalhamento e a busca de esforço para elevar o número de notificações podem contribuir para melhora do controle clínico destes pacientes, bem como auxiliar no delineamento de estratégias de saúde pública, voltadas à prevenção da doença.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A descrição de um perfil epidemiológico a partir do sistema HiperDia mostrou-se relevante para a observação de freqüência de fatores sócio-demográficos e comportamentais associados à HAS em seus usuários, os quais estiveram, predominantemente em consonância com a literatura. Entretanto a análise descritiva a partir de notificações cadastrais não permite qualificar a origem destes dados, impossibilitando uma análise global de seu perfil e acompanhamento. Sugere-se a melhoria do sistema de notificação a fim de otimizar sua utilização, haja vista sua importância como sistema de informação em saúde.

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NORMAS ADOTADAS

Este estudo foi elaborado e confeccionado conforme a normatização para os trabalhos de conclusão do curso de graduação em medicina, segundo resolução n°. 001/2001 aprovada em Reunião do Colegiado do Curso de Graduação em Medicina em 05 de julho de 2001.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Desafios [acesso em maio de 2005]. Disponível em: http//www.inca.gov.br

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Anexo 1 – Modelo Simplificado das Fichas de Cadastro HiperDia (com os dados cadastrais de interesse para o trabalho

Identificação do Usuário

Nome Data de Nascimento Sexo

Nome da Mãe Nome do Pai

Raça/Cor Escolaridade Nacionalidade País de Origem Data

Naturalização Nº Portaria UF Munic.

Nasc. Município Nasc Nome Familiar/conjugal Sit. Nº Cartão SUS

DADOS CLÍNICOS DO PACIENTE Pressão Arterial

Sistólica Pressão Arterial Diastólica Cintura (cm) Peso (kg) Altura (m) Glicemia capilar Em jejum Pós-prandial

(mg/dl)

• •

Fatores de risco e Doenças

Concomitantes Não Sim

Antecedentes Familiares – cardiovasculares Diabetes Tipo 1 Diabetes Tipo 2 Tabagismo Sedentarismo Sobrepeso/Obesidade Hipertensão Arterial

Presença de Complicações Não Sim

Infarto Agudo do Miocárdio

Outras Coronariopatias AVC

Pé Diabético Amputação por diabetes

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Referências

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