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Avaliação do estado nutricional de pacientes portadores de câncer do município de Rolador, RS Brasil

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCVida CURSO DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE CÂNCER DO MUNICÍPIO DE ROLADOR, RS, BRASIL

Acadêmica: Aline Holz

Ijuí, RS 2011

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Aline Holz

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE CÂNCER DO MUNICÍPIO DE ROLADOR, RS BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso/Artigo apresentado ao curso de Nutrição, do departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Nutricionista.

Orientadora: Profª Nádia Rosana Fernandes de Oliveira Co-Orientadora :Profª Adriane Huth

Ijuí, RS 2011

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Avaliação do Estado Nutricional de Pacientes Portadores de Câncer do Município de Rolador, RS, Brasil

Nutritional Status of Patients With Cancer from the Rolador, RS, Brazil

Eveluación del Estado Nutricional de Pacientes con Cáncer en la Ciudad de Rolador, RS, Brasil.

Aline Holz1, Nádia Rosana Fernandes de Oliveira2,Adriane Huth3 Resumo

Introdução: A alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, podendo ser coadjuvante ao desenvolvimento do carcinoma, ou ainda, a dieta pode estar aliada a sua prevenção. Objetivo: Analisar o estado nutricional de pacientes portadores de câncer do município de Rolador/RS. Métodos: A amostra foi composta por 17 pacientes, adultos (n=4) e idosos (n=13) de ambos os sexos, com diagnóstico de câncer. A avaliação do estado nutricional foi realizada por meio dos seguintes instrumentos: Avaliação Subjetiva Global (ASG), índice de massa corporal (IMC) e questionário de freqüência de consumo alimentar.

1

Acadêmica do curso de Nutrição da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento Ciências da Vida. Ijuí, Brasil. E-mail:aline.holz@hotmail.com.

2

Nutricionista. Mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Docente do Departamento de Ciências da Vida, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. E-mail: nadia.oliveira@unijui.edu.br.

3

Nutricionista. Mestre em Ciências Biológicas.Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Docente do Departamento de Ciências da Vida, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. E-mail: adriane.huth@unijui.edu.br

Endereço para correspondência: Aline Holz. Passo Faxinal-Interior.Rolador- Rio Grande do Sul. Cep: 97843- 000.

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Resultados: Averiguo-se a prevalência de aumento de peso e, ainda, sobrepeso, a partir do IMC, após o início do tratamento oncológico, entretanto a ASG identificou estado de risco nutricional. O Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar constatou baixo consumo de alimentos protetores a essa patologia, tais como: alimentos integrais, frutas, vegetais e peixes. Conclusão: Como os indivíduos estudados apresentaram consumo alimentar insatisfatório de alimentos protetores, onde se observou o desconhecimento de alguns alimentos benéficos a saúde. Ressalta-se a importância da assistência nutricional para prevenção do desenvolvimento do câncer, bem como de ações de educação em alimentação e nutrição a fim de orientar a população quanto ao consumo de alimentos saudáveis e possíveis mudanças no comportamento alimentar.

Palavra-chave: Câncer; Alimentação; Avaliação Nutricional; Risco Nutricional. Abstract

Introduction: The feed have an important function in the first stages, promotion and propagation of cancer, should have a function like coadjutant in the cancer development, or yet, the diet could be associated to your prevention. Objective: Analyze the patient’s nutritional state porting cancer in the city of Rolador/RS. Methods: The sample was composed by 17 patients, adults (n=4) and old-aged (n=13) from both sexes, with diagnosis of cancer. The valuation of nutritional state was realized by the following instruments. The Subjective Global Valuation (SGV), corporal mass index (CMI) and feed consume frequency questionnaire. Results: showed the prevalence of weight enlargement, and still, overweight by the CMI, after the started cancer treatment, meantime the SGV identified nutritional state risk. The feed consume frequency questionnaire discovered low consume of protectors foods to this disease like integral foods, fruits, vegetables and fish. Conclusion: how these studied individuals

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showed insufficient protectors food consume, where had observed the lack of knowledge of some beneficial foods to the health. Accentuated the importance of nutritional assistance to prevent the cancer development, well like the feed education and nutrition to orient the population how to the healthy foods consume and possible changes in the feed comportment.

Keys words: cancer; feed; nutritional evaluation, nutritional risk Resumen

Introducción: la alimentación tiene un importante rol en las etapas de iniciación, promoción y propagación del cáncer, pudiendo ser colaborador para el desarrollo de carcinoma o, por el contrario, ser partícipe de su prevención. Objetivo: Analizar la situación nutricional de los pacientes portadores de cáncer en la ciudad de Rolador/RS.Métodos: El grupo de estudio fue conformado por 17 pacientes (4 adultos y 13 ancianos) de ambos sexos, diagnosticados con cáncer. El análisis del estado nutricional fue realizado usando los siguientes instrumentos: Evaluación Subjetiva Global (ESG), Índice de masa corporal (IMC) y Cuestionario de frecuencia de consumo alimentario.Resultados: Se descubrió prevalencia del aumento de peso y también de sobrepeso, a partir del IMC, después del inicio del tratamiento oncológico; entretanto mediante la ESG fue identificado un estado de riesgo nutricional. El cuestionario de frecuencia de consumo alimentar constató un bajo consumo de alimentos protectores a esta patología, tales como: alimentos integrales, frutas, vegetales y pescado. Conclusión: Los individuos estudiados presentaron consumo alimentar insatisfactorio de los alimentos protectores, observándose desconocimiento de algunos alimentos benéficos a la salud. En función de esta característica, debe resaltarse la importancia de la asistencia nutricional en la prevención para el desenvolvimiento de cáncer, así como

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también de acciones educativas en relación a la alimentación y nutrición con el fin de orientar a la población hacia el consumo de alimentos saludables y posibles cambios en su comportamiento alimentar.

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Introdução

O câncer é uma doença crônico-degenerativa e apresenta evolução prolongada e progressiva, exceto se for interrompido em alguma de suas fases a partir do tratamento oncológico. Caracteriza-se por longo período de latência, fase assintomática prolongada, envolvimento de múltiplos fatores de risco, com destaque para os fatores ambientais1. Sua prevenção tem tomado uma dimensão importante no campo da ciência, uma vez que recentemente foi apontada como a primeira causa de mortalidade no mundo2.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer atinge pelo menos nove milhões de pessoas e mata cerca de cinco milhões a cada ano, sendo hoje a segunda causa de morte por doença nos países desenvolvidos, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares3. Pode-se constatar que não existe um padrão global para a ocorrência do câncer, sendo que a exposição a fatores ambientais relacionados à urbanização, como dieta e estilo de vida são determinantes importantes para aumento do percentual de mortalidaderelacionados à essa patologia.

Conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares, estão entre as seis primeiras causas de mortalidade. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país está em processo de mudanças, onde a preferência por alimentos industrializados ricos em gordura e açúcares estão aumentando significativamente4.

É possível identificar, por meio de estudos epidemiológicos, associações relevantes entre alguns padrões alimentares observados em diferentes regiões do globo e

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a prevalência de câncer5. Diferentes fatores ambientais, tais como, obesidade, atividade física e a exposição a tipos específicos de vírus, bactérias e parasitas, e ainda o contato freqüente com algumas substâncias carcinogênicas como produtos de carvão e amianto, também merecem ser salientados como fatores propensos ao desenvolvimento da doença.

O Comitê de Peritos da World Cancer Research Fund2 registra medidas que

promovem modificações na adoção de uma dieta mais saudável e capaz de reduzir cerca de 60% a 70% a incidência de câncer no mundo. Tais modificações são: 1) aumento da atividade física; 2) a manutenção de peso corporal adequado e, 3) o não uso de tabaco2.

Há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, destacando-se entre outros fatores de risco. Entre as mortes por câncer atribuídas a fatores ambientais, a dieta contribui com cerca de 35%, seguida pelo tabaco (30%) e outros, como condições e tipo de trabalho, álcool, poluição e aditivos alimentares, os quais contribuem com menos do que 5%. Estudos sugerem que a partir de uma dieta adequada poderíamos estar evitando cerca de três a quatro milhões de casos novos de câncer a cada ano.

A alta prevalência de desnutrição calórico-protéica em pacientes portadores de câncer é freqüente e multifatorial, sendo necessária a intervenção nutricional, tendo como base o diagnóstico precoce6. Os principais fatores determinantes da desnutrição nesses indivíduos são: a) a redução na ingestão total de alimentos; b) alterações metabólicas provocadas pelo tumor; c) aumento da demanda calórica para crescimento do tumor, sendo freqüente a ocorrência de desnutrição em indivíduos com câncer. O comprometimento do estado nutricional destes pacientes está associado a maiores

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índices de morbidade e mortalidade, infecção, maior tempo de hospitalização, menor resposta à quimioterapia e radioterapia e maior custo hospitalar6.

A relação entre dieta, nutrição e incidência de câncer, em estudos epidemiológicos, podem ser avaliadas pela coleta de dados de ingestão dietética, pelo uso de indicadores bioquímicos de fatores dietéticos ou pela medida do tamanho e da composição corporal. Na maioria dos estudos tem sido aplicado questionário de freqüência alimentar para avaliar a dieta, devido ao fato de fornecerem informações sobre a dieta usual durante um longo período de tempo.

A agressividade e a localização do tumor, os órgãos envolvidos, as condições clínicas, imunológicas e nutricionais impostas pela doença são agravadas pelo diagnóstico tardio. A magnitude da terapêutica pode ser um fator que comprometa o estado nutricional do paciente adulto oncológico, com graves implicações prognósticas, e interferir diretamente no tratamento7.

Malzyener & Caponero8 afirmam que o ganho de peso ponderal também pode ser observado nesses pacientes. Esse ganho de peso ponderal, resultante de eventos adversos da medicação antineoplásica, principalmente da terapia hormonal, ou de alterações psicocomportamentais, modifica o esquema corporal e, muitas vezes, deteriora a auto-imagem, agravando a repercussão da doença e de seu tratamento na vida de seu paciente8.

Uma detecção precoce das alterações nutricionais no paciente oncológico adulto permite intervenção em momento oportuno. Esta intervenção nutricional inicia-se no primeiro contato do profissional nutricionista com o paciente, através de sua percepção crítica, da história clínica e de instrumentos adequados, que definirão um plano terapêutico ideal9.

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A avaliação do estado nutricional objetiva a evidenciação de deficiências isoladas ou globais de nutrientes, possibilitando dessa forma a classificação dos indivíduos em níveis graduados de estado nutricional. Ela servirá como um valioso instrumento para determinação da terapêutica clínica e dietética a ser empregada para correção do déficit observado7. Para tanto, este artigo tem como objetivo analisar o estado nutricional de pacientes portadores de câncer residentes no Município de Rolador/RS, Brasil.

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Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo de campo descritivo quantitativo realizado entre os meses de julho e agosto de 2011. A amostra foi composta por 17 indivíduos, adultos e idosos, de ambos os sexos com diagnóstico de câncer, sendo residentes no município de Rolador, localizado na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Os sujeitos convidados a participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido após terem sido informados detalhadamente sobre os objetivos e procedimentos do estudo. Os dados foram coletados pela pesquisadora, sendo excluídos do estudo dois indivíduos, visto que os mesmos não se encontravam no domicílio no ato da entrevista.

Para a realização da pesquisa foram observados todos os preceitos éticos que regem pesquisas com pessoas (Resolução 196/96). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unijuí, sob Parecer Consubstanciado no. 0048/2011 de 16 /05/2011.

Para traçar o perfil nutricional dos pacientes utilizou-se métodos antropométricos e dietéticos. Os pacientes foram submetidos à avaliação antropométrica, por meio de verificação peso da massa corporal e estatura, onde foi analisado o Índice de Massa Corporal (IMC), que consiste no peso em Kg, dividido pelo quadrado da estatura, em metros. Os pontos de corte para população adulta foram determinados pela World Health Organization (WHO,2000)10 e para população idosa,

segundo critérios propostos por Lipschitz, 199411.

O peso corporal do paciente foi aferido por meio de uma balança digital marca

Britânia®, com capacidade máxima de 150 kg. Para aferição da estatura, foi utilizada uma fita métrica fixada a uma parede sem rodapé, posicionando o individuo em pé, os

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braços estendidos ao longo do corpo e calcanhares juntos, tocando a haste vertical do estadiômetro.

Para melhor identificar os pacientes em risco nutricional, foi utilizada Avaliação Subjetiva Global (ASG) adaptado, segundo Detsky et al(1995)12. Essa avaliação é um

instrumento prático, que obtém informações sobre sintomatologia, considerando aspectos da história clínica e capacidade funcional, sendo que a partir destes parâmetros os pacientes são classificados em: A – Bem Nutrido; B – Moderadamente Desnutrido ou com Suspeita de Desnutrição; C – Gravemente Desnutrido.

O consumo alimentar foi avaliado pelo questionário de freqüência de consumo alimentar (QFA) proposto por Furlan-Viebig et al(2004)13, que apresenta 94 itens alimentares, dividido em 9 grupos: leite e produtos lácteos; carnes, pescado e ovos; verduras e legumes; frutas e sucos naturais; pães, cereais, tubérculos e leguminosas; óleos e gorduras;doces, salgadinhos e guloseimas; bebidas e preparações miscelâneas. O espaço de tempo de consumo foi assim dividido: nunca ou menos de uma vez ao mês; 2 a 3 vezes por mês; 1 vez por semana; 2 a 4 vezes por semana; 5 a 7 vezes por semana; 1 vez ao dia; 2 a 3 vezes ao dia; 4 a 6 vezes ao dia; acima de 6 vezes ao dia.

Para caracterização da população avaliada os resultados foram expressos em forma de porcentagem e média das variáveis, sendo os dados calculados a partir do

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Resultados

O estudo foi composto por 17 indivíduos, sendo 58,82% (n=10) do sexo masculino, e 41,17% (n=7) do sexo feminino; destes, 76,47% (n= 13) são idosos, com idade >60 anos, e 23,52% (n=4) adultos, e apresentam idade inferior a 60 anos. A média de idade correspondeu 64,82 anos, onde a idade média entre adultos foi de 53 anos, e a de idosos foi de 75 anos.

O perfil antropométrico, avaliado através do indicador de IMC, foi classificado conforme a faixa etária de homens e mulheres, conforme a figura 1.

A média do IMC para adultos foi de 27,60 kg m2 e para idosos foi de 28,22 Kg m². A avaliação antropométrica do grupo de idosos demonstrou que 53,84% (n=7) estão em excesso de peso; 30,76% (n=4) em eutrofia; 15,38% (n=2) em magreza. Já o IMC para adultos foi encontrado 50% (n=2) pré-obesidade, 25% (n=1) eutrofia, 25% (n=1) obesidade classe II.

Figura 1. Classificação do Índice de Massa Corporal, segundo o sexo, de indivíduos portadores câncer do Município de Rolador/RS, Brasil – 2011.

Para a Avaliação Subjetiva Global (ASG), verificou-se a prevalência de investigados caracterizados como B: Moderadamente desnutrido (ou suspeita de ser)

Idosos Adultos 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% Feminino Masculino

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desnutrido 52,94% (n=9) quando comparados aos definidos como A: Bem Nutrido 41,17 % (n=7), sendo que não houve classificação para gravemente desnutrido.

No item avaliado na ASG, onde apresenta a porcentagem de mudança de peso nos últimos seis meses, os pacientes apresentaram alterações no seu peso atual. A Tabela 1ilustra esta situação, onde aponta que 58,82% (n=10) dos pacientes tiveram um aumento maior ou igual a 5% do seu peso usual, após o tratamento; 35,29% (n=6) apresentaram perda de peso até 5%; e 5,88% (n=1) apresentou redução de 5 a 10% do peso atual.

Tabela 1 – Caracterização da população segundo a alteração de peso e classificação da ASG de indivíduos portadores de câncer do Município de Rolador/RS, Brasil – 2011.

N % Alteração no peso Perda de Peso 6 35,29 Ganho de Peso 10 53,82 Classificação ASG A 7 41,17 B 9 52,94

De acordo com alterações na ingesta alimentar, após o tratamento 52,94% (n=9) apresentaram alterações no consumo alimentar habitual. Em relação à capacidade funcional ,100% (n=17) dos indivíduos apresentam alterações, onde, o tipo de mudança foi moderado (dificuldade para trabalhar, andar realizar as atividades normais) após o tratamento.

Na Tabela 2 observou-se os grupos de alimentos em ordem de freqüência de consumo decrescente, caracterizando os alimentos mais e menos consumidos.

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Tabela 2 – Consumo alimentar segundo o grupo de alimentos entre indivíduos portadores de câncer do município de Rolador/RS, Brasil – 2001.

Grupos

Classificação Freqüência

de Consumo n %

Pães e Cereais

Pão caseiro Diariamente 16 94,11

Pão Integral Mensalmente ou nunca 17 100

Cereal integral Mensalmente ou nunca 17 100

Arroz Integral Mensalmente ou nunca 17 100

Verduras e Legumes

Feijão Diariamente 17 100

Alface e Repolho Diariamente 13 76,47

Alho e Cebola Diariamente 13 76,47

Batata Frita Semanalmente 14 82,35

Tomate Diariamente 11 64,7

Brocólis e Couve-Flor Mensalmente ou nunca 11 64,7 Agrião, Almeirão e Acelga Mensalmente ou nunca 17 100

Feijão Branco Mensalmente ou nunca 17 100

Frutas

Banana Diariamente 15 88,23

Laranja e bergamota Diariamente 13 76,47

Mamão Diariamente 9 52,94

Maçã Semanalmente 14 82,35

Melancia e uva Mensalmente ou nunca 17 100

Leite e Derivados

Leite Integral Diariamente 11 64,7

Queijo Colonial Diariamente 11 64,7

Leite Desnatado Mensalmente ou nunca 17 100

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Bebida Láctea Mensalmente ou nunca 17 100

Carnes

Mortadela, Salame e

Lingüiça Diariamente 12 70,58

Frango e Bovina Diariamente 11 64,7

Peixes Mensalmente ou nunca 9 52,94

Bacon e toucinho Mensalmente ou nunca 16 94,11

Coração Frango Mensalmente ou nunca 17 100

Fígado Bovino Mensalmente ou nunca 17 100

Gorduras

Banha Diariamente 17 100

Nata Diariamente 8 47,05

Óleo Vegetal Semanalmente 13 76,47

Azeite de oliva Mensalmente ou nunca 11 64,7

Bebidas

Chimarrão e Café Diariamente 13 76,47

Refrigerante Semanalmente 11 64,7

Bebidas alcoólicas Mensalmente Ou nunca 16 94,11

Em relação ao questionário de freqüência alimentar, no grupo de leites a maioria consome 64,70% (n=11) leite integral uma vez por dia, todos os dias da semana, já iogurte e bebida láctea 82,32% (n=14) dos pacientes nunca consumiam, ou menos que uma vez por mês.

No grupo das carnes, as mais consumidas foram as de frango e gado, onde observou-se que 64,70% (n=11) dos indivíduos consomem carne bovina e frango uma vez por dia, todos os dias da semana. Já a carne de peixe 52,94% (n=9) consomem uma a três vezes no mês. O consumo de vísceras como coração e fígado 100%, (n=17) da amostra nunca consumiam ou menos que uma vez por mês.

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O consumo de embutidos como mortadela, salame, lingüiça e presunto se fez presente em 70,58% (n=12) dos sujeitos estudados, sendo consumidos uma vez no dia todos os dias da semana. O bacon e o toucinho foram relatados por 94,11 % (n=16) nunca ser consumido ou menos que uma vez no mês.

Em relação ao grupo de verduras e legumes, os mais consumidos, uma vez por dia todos os dias da semana, foram alface 76,47% (n=13), tomate 64,70% (n=11), repolho 76,47% (n=13), alho e cebola 76,47% (n=13). Já os consumidos uma vez por semana, uma vez no dia,foram cenoura 52,94% (n=9) e abóbora 70,58% (n=12), e ainda os que são menos consumidos pelos pacientes são: acelga, agrião, almeirão 100% (n=17) brócolis e couve-flor 64,70% (n=11); legumes como berinjela e pepino 88,23% (n=15) nunca são consumidos ou menos que uma vez por mês.

O consumo de frutas apresentou maior freqüência de consumo de laranja e bergamota 76,47% (n=13), bananas 88,23% (n=15), mamão 52,94 % (n=9) sendo estes consumidos uma vez por dia todos os dias da semana, e ainda os alimentos que são consumidos uma vez por semana são: maçã 82,35% (n=14), abacate 69,23% (n=9), e as frutas que são menos consumidas são: caqui 58,82% (n=10), manga 64,70% (n=11), morango, carambola e pêssego 88,23% (n=15). Amendoim, Castanhas, Nozes, Amêndoas 52,84% (n=9) melão, melancia, uva 100% (n=17), nunca são consumidos ou uma vez por mês, lembrando que as frutas que apresentaram baixo consumo, deve se levar em conta a que os mesmo são ingeridos de acordo sazonalidade, local.

Em relação ao consumo de pães e cereais, a maioria 94,11% (n=16) consome pão caseiro todos os dias da semana uma vez por dia, sendo que 100% (n=17) nunca consumia ou menos que uma vez por mês pão integral cereal integral , arroz integral e proteína de soja.

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O consumo de batata seja frita ou cozida, feijão cozido, e macarrão representou 100%(n=17) da amostra, sendo consumido todos os dias da semana uma vez ao dia,já grão de bico ervilha, lentinha e feijão branco 100% (n=17) nunca são consumidos ou menos que uma vez por mês.

O grupo de óleos e gorduras, a maioria 100% (n=17) consome todos os dias da semana, uma vez no dia banha de porco, em relação à nata, 47,05% (n=8) consome todos os dias da semana, uma vez por dia. Óleo de soja, girassol, milho e canola 76,47% (n=13) consomem 2-4 vezes por semana uma vez no dia, em relação ao azeite de oliva 64,70% (n=11) nunca consumiam ou menos que uma vez por mês.

Doces e guloseimas eram consumidos por 70,58% (n=12) uma vez por semana, onde os mais consumidos foram o bolo simples 52,94% (n=9), e sobremesas cremosas como pudim, cremes, manjar e arroz doce 70,58% (n=12).

As bebidas mais consumidas foram chimarrão e café, sendo que 76,47% (n=13) consomem todos os dias da semana, 2-3 vezes no dia. Já o refrigerante, 64,70% (n=11) relatou consumi-lo pelo menos uma vez por semana.

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Discussões

Observou-se que 13 pacientes (76,47%) apresentavam faixa etária acima de 60 anos, semelhante ao encontrado por Fonseca et al (2009)14, com 71,4% de pacientes

nessa faixa etária. Segundo estudos realizados por Oliveira Júnior e Cesse (2005)15 a partir da faixa etária 50-59 anos o risco aumenta gradativamente para o desenvolvimento da doença, chegando a ser 71% superior na faixa etária 70-79 anos.

A partir deste estudo verificou-se que houve a prevalência de aumento do peso após o tratamento, onde cerca de 58,82% tiveram aumento superior a >5% do seu peso, e ainda houve a prevalência de excesso de peso pelo IMC, aproximadamente 53,84% dos idosos e 50% dos adultos. Um estudo semelhante realizado Ambulatório de Quimioterapia do Hospital Santa Rita do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre16 com 50 pacientes, demonstrou um ganho de peso após o tratamento de 40% e a prevalência de excesso de peso pelo IMC em 46% da amostra. No referido estudo a ASG foi adaptada, sendo que o exame físico não foi avaliado, e, portanto a presença ou não de edema não pode ser identificada. Segundo Kutynec et al (1999)17, a causa desse ganho de peso ainda não é clara, mas pode ser associado com ingestão alimentar, decréscimo da atividade física, alteração da taxa metabólica basal ou menopausa.

Em seus estudos, Schantz et al(1997)18 também observaram IMC diminuído em poucos pacientes. Em contraponto, sabe-se que o IMC em pacientes com câncer possui valor limitado, onde esses indivíduos podem apresentar aumento de mediadores inflamatórios como as citocinas, o que pode acarretar, além de degradação protéica, expansão de líquido extracelular, ocasionando retenção hídrica e mascarando o real estado nutricional14.

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No referido estudo a ASG foi adaptada, sendo que o exame físico não foi avaliado, e, portanto a presença ou não de edema não pode ser identificada.

Uma suposição relacionada ao aumento do peso após o tratamento da neoplasia, referida por Malzyner e Caponero (2004)8, é o fato de que a informação que se tem é de que o câncer é uma doença que freqüentemente leva à desnutrição, e que os tratamentos podem causar transtornos gastrointestinais e alimentares, por isso muitos pacientes modificam suas dietas de forma inadequada, forçando uma ingestão calórica que acaba levando a esse ganho ponderal.

Estima-se que o sobrepeso pode estar associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, onde a combinação de hábitos alimentares inadequados e sedentarismos diminuem a sobrevida desses pacientes.

Em certos casos observou-se pela avaliação subjetiva global que alguns dos pacientes perderam peso após o tratamento e apresentaram mudanças na ingestão alimentar habitual como conseqüência do tratamento quimioterápico e radioterápico levando a quadros de desnutrição em 52,94% (n=9) dos pacientes deste estudo. Conforme Comeau et al (2001) apud Verde et al (2009)19, esses pacientes podem mostrar alteração do comportamento alimentar devido a uma série desses efeitos, apresentando diminuição da ingestão induzida pela presença de náuseas, alteração do paladar e/ou olfato, inadequação do consumo em função da dor causada pelas mucosites. Dessa forma, torna-se difícil manter a alimentação habitual.

Observando o consumo alimentar dos sujeitos estudados, verificou-se que cerca de 82,35% (n=14) apresentam um baixo consumo cereais integrais,insuficiente variedade de frutas, oleaginosas, sendo que, estes alimentos são fontes de vitaminas e

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antioxidantes que a partir de estudos são considerados agentes quimiopreventivos. Os alimentos industrializados foram consumidos numa freqüência diária, e ainda houve o alto consumo de alimentos fontes de gordura animal e baixo consumo de peixes. Há uma possível relação do consumo alimentar em relação ao IMC, pois, a maioria dos pacientes encontram-se em sobrepeso sendo que destes a maioria homens.

No presente estudo 82,35% (n=14) dos indivíduos visitados residiam no meio rural do município de Rolador. Muitos dos indivíduos estudados cultivavam hortas, e pomares, e esta situação nos mostrou que a sazonalidade foi fator determinante para o repertório alimentar, isto é, a sazonalidade de frutas e vegetais é reverenciada, e por esse motivo os mesmos são consumidos em quantidades inadequadas e de forma repetidas, não havendo variedade, com isso muitas vitaminas e minerais e ainda antioxidantes presentes nesses alimentos ficam de alguma forma prejudicados. Segundo Gond et al

(2008) apud Firme e Gallon (2010)20 demonstram que o consumo inadequado de frutas e vegetais pode induzir deficiência de micronutrientes, com o aumento do risco de desenvolvimento do câncer por provocar estresse oxidativo com conseqüente dano genético. Para a maioria dos locais do câncer, as pessoas com baixa ingestão de frutas e vegetais tem aproximadamente duas vezes maior risco de desenvolver câncer do que aquelas com alto consumo20.

Um baixo consumo de alimentos integrais foi observado, assemelhando-se ao estudo de Azevedo et al(2010) 21 com 20 pacientes que em relação ao consumo de alimentos integrais, 80% dos pacientes nunca consumiam ou menos que uma vez por mês. Segundo Smith e Martins (2004)22 dietas ricas em alimentos integrais reduzem o risco de vários tipos de câncer.

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A partir deste estudo observou-se que as carnes vermelhas e embutidos têm uma freqüência de consumo maior na semana, onde segundo Fortes et al (2007) apud Azevedo et al (2010)21 os nitritos e nitratos encontrados utilizados em carnes processadas, para salgar,conservar e defumar, se consumidas em excesso, podem danificar a mucosa, causando lesões e aumentando a vulnerabilidade a um carcinógeno. De acordo com Smith e Martins (2004)22 um alto consumo de carne vermelha aumenta provavelmente o risco de câncer colorretal, existindo ainda evidências de uma possível relação com câncer de mama, da próstata, do rim e do pâncreas.

O consumo de gorduras de origem animal teve prevalência expressiva neste estudo onde 100% (n=17) dos indivíduos consumiam todos os dias banha de porco sendo essa utilizada como tempero e em frituras, e 47,05% (n=8) consomem nata diariamente. Vasconcelos (2004)23 sugere que os efeitos da gordura pode contribuir para carcinogênese onde incluem a influência sobre o sistema imune e sobre a síntese de prostaglandinas, que podem afetar o crescimento tumoral.

O World Cancer Research Fund 2sugere haver evidências consistentes de que dietas ricas em gorduras possam aumentar o risco de câncer. A função das gorduras na carcinogênese pode mudar de acordo com a sua procedência e composição. Acredita-se que o alto consumo de gordura total gera aumento na produção de ácidos biliares, que são mutagênicos e citotóxicos.

Em relação às leguminosas foi averiguado que 100% dos indivíduos estudados consomem diariamente feijão podendo ser um fator protetor ao câncer, porém houve baixo consumo de algumas leguminosas como feijão branco, grão de bico, e lentilha, onde 100% dos sujeitos nunca consomem ou menos de uma vez por mês. O consumo de leguminosas tem sido sugerido, pois visivelmente contribui para a redução de risco de

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doenças crônicas não transmissíveis. Segundo Marquart et al (2000) apud Marchioni et

al(2007)24esses grãos são fontes de fibras dietética, amido-resistente, oligossacarídeos e carboidratos fermentáveis. São ainda boa fonte de antioxidantes, incluindo minerais traços, compostos fenólicos, além de ácido fítico.

O mesmo autor sugere que os grãos integrais possuem uma digestão mais lenta, comparados a alimentos refinados, diminuindo a resposta glicêmica sanguínea pós-prandial. Todos esses mecanismos, isoladamente ou em conjunto, esclarecem o efeito protetor atribuído a esses alimentos, nas várias etapas do processo carcinogênico.

A freqüência de consumo de alho e cebola pelos participantes do estudo foi satisfatória, onde 76,47% (n=13) consomem todos os dias esses vegetais, tendo em vista os benefícios que os mesmos trazem a saúde humana por apresentar função quimiopreventiva Diversos estudos têm demonstrado que o alho e cebola podem ser eficazes em reduzir o risco de câncer em humanos25. Por apresentarem poder fitoquímico os mesmos contribuem para o bom funcionamento do sistema imunológico, previnem aterosclerose reduzindo o colesterol LDL aumentando o colesterol HDL reduzem o risco ao câncer

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Conclusão

Apesar da prevalência de sobrepeso, segundo a avaliação IMC (58,82% , n=10), grande parte 52,94% (n=9) dos sujeitos estudados apresentou risco nutricional pela avaliação subjetiva global.

O consumo alimentar apresentou freqüência e variedade insatisfatória de alguns alimentos como baixo consumo de frutas, verduras, legumes, alimentos integrais e pescados, sendo que tais alimentos se consumidos em quantidades adequadas poderiam prevenir certas doenças inclusive o câncer. Além disso, observou-se o alto consumo de alimentos ricos em gordura animal.

Contudo, observou-se o desconhecimento por parte dos indivíduos estudados de alguns alimentos benéficos à saúde, ressalta-se a importância da assistência nutricional para prevenção do desenvolvimento do câncer inerente a alimentação e nutrição para que informações de alimentos saudáveis cheguem até essas pessoas, com a finalidade de mudança no comportamento alimentar, e assim proporcionar melhor qualidade de vida à população.

(25)

Referências

1- Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria Nacional de Assistência á Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação de Programas de Controle do Câncer. Pro- Onco. Ações de enfermagem para controle do câncer. Rio de Janeiro: Pro-Onco; 1995.

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of cancer: A global perspective. Washington (DC): American Institute for Cancer Research; 2007.

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Janeiro: INCA, 2009.

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(27)

20- Firme LA, Gallon CW. Perfil nutricional de pacientes com Carcinoma esofágico de um hospital público de Caxias do Sul. Revista Brasileira de Cancerologia 2010; 56: 443-51. 21- Azevedo CD, Bosco SMD.Perfil nutricional, dietético e qualidade de vida de pacientes

em tratamento quimioterápico.Revista ConScientiae Saúde 2010;10(1):23-30.

22- Smith LK,Martins C. Orientações para prevenção do câncer por meio da dieta.In:Waitzberg DL. Dieta, Nutrição e Câncer.1 st ed.São Paulo:Atheneu;2004; 199-07.

23- Vasconcelos MIL.Gorduras vegetais e animais, aminoácidos e cancer. In: Waitzberg DL.Dieta nutrição e câncer.1s t ed.São Paulo:Atheneu;2004;179-86.

24- Marchioni DML, Fisberg RM, Filho JFG, Kowalski LP, Carvalho MB, Abrahão M, et al. Fatores dietéticos e câncer oral: estudo caso-controle na Região Metropolitana de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro 2007 mar; 23(3):553-64.

25- Araújo KCG, Amaral AC, Correia MI. Alho e brócolis na prevenção do câncer. In: Waitzberg DL. Dieta, Nutrição e Câncer. 1st ed. São Paulo: Atheneu; 2004;689-98.

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Anexos

Anexo A- Normas para Publicação Revista Brasileira de Cancerologia

Informações gerais

A Revista Brasileira de Cancerologia (RBC) é uma publicação trimestral que tem por finalidade divulgar trabalhos relacionados a todas as áreas da Cancerologia. São aceitos para publicação textos em português, inglês e espanhol. A RBC adota os "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and

Editing for Biomedical Publication" do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) (http://www.icmje.org). O original, incluindo tabelas, ilustrações e

referências, deve seguir esses requisitos.

Os manuscritos devem ser inéditos e destinar-se exclusivamente a RBC, não sendo permitida sua apresentação simultânea a outro periódico. Os conceitos e opiniões expressos nos artigos, bem como a exatidão e a procedência das citações, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Manuscritos que se referem a partes de uma mesma pesquisa têm a submissão desencorajada por essa Revista. Os manuscritos publicados passarão a ser propriedade da RBC, sendo vedada tanto sua reprodução, mesmo que parcial, em outros periódicos, como sua tradução para publicação em outros idiomas, sem prévia autorização desta. Os manuscritos aceitos para publicação poderão ser modificados para se adequar ao estilo editorial-gráfico da Revista, sem que, entretanto, nada de seu conteúdo técnico-científico seja alterado.

No caso de o manuscrito incluir tabelas e ilustrações previamente publicadas por outros autores e em outros veículos, é dever do autor fornecer comprovante de autorização de reprodução, assinado pelos detentores dos direitos autorais dos mesmos. Os leitores de periódicos biomédicos merecem ter a confiança de que o que estão lendo é original, a menos que exista uma declaração clara de que o artigo está sendo republicado por escolha do autor e do editor. As bases para essa posição são as leis internacionais de direito autoral, a conduta ética e o uso de recursos, obedecendo a uma lógica de custo efetividade.

Quando parte do material do manuscrito já tiver sido apresentada em uma comunicação preliminar, em simpósio, congresso etc., esse fato deve ser citado como nota de rodapé na página de título, e uma cópia do texto da apresentação deve acompanhar a submissão do manuscrito.

Na submissão de manuscritos ou resumos de pesquisa clínica, ensaios clínicos, pesquisa básica, pesquisa aplicada, pesquisa de tradução; estudos laboratoriais, estudos epidemiológicos (prospectivos ou retrospectivos); utilização de dados de prontuários, pesquisa em banco de dados; relatos de casos; entrevistas, questionários, inquéritos populacionais; é obrigatória a inclusão de documento, com o número de protocolo, de que todos os procedimentos propostos tenham sido avaliados e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Instituição a que se vinculam os autores ou, na falta deste, por um outro CEP indicado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde.

Os pacientes têm direito à privacidade, fato que não deve ser infringido sem um consentimento informado. As informações de identificação pessoal não devem ser

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publicadas em descrições escritas, fotografias, genealogias e relatos de caso, a menos que a informação seja essencial para propósitos científicos e que o paciente (ou seus pais ou tutores) outorgue um consentimento informado por escrito, autorizando a publicação.

Devem omitir-se detalhes de identificação se não forem essenciais, mas os dados do paciente nunca deverão ser alterados ou falsificados numa tentativa de conseguir o anonimato. O anonimato completo é difícil de conseguir, devendo-se obter o consentimento informado se houver alguma dúvida. Por exemplo, mascarar a região ocular em fotografias de pacientes é uma proteção inadequada para o anonimato.

A RBC, ao reconhecer a importância do registro e divulgação internacional, em acesso aberto, de informações sobre estudos clínicos, apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do ICMJE. Desta forma, serão aceitos para publicação apenas os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no sítio do ICMJE (http://www.icmje.org).

Conflitos de interesses devem ser reconhecidos e mencionados pelos autores. Entre essas situações, menciona-se a participação societária nas empresas produtoras das drogas ou equipamentos citados ou utilizados no trabalho, assim como em concorrentes da mesma. São também consideradas fontes de conflito os auxílios recebidos, as relações de subordinação no trabalho, consultorias etc. 124 Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 123-151

A submissão do manuscrito à RBC deve ser por e-mail para rbc@inca.gov.br, com o texto integral, tabelas, gráficos, figuras, imagens, CEP e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (se aplicável) e de acordo com as normas da

Revista. A “Carta de Submissão” individual e assinada por cada um dos autores (modelo disponível em http://www.inca.gov.br/rbc) deve também ser enviada nesta oportunidade.

Processo de avaliação dos manuscritos

A publicação dos trabalhos dependerá da observância das normas da RBC e da decisão do seu Conselho Editorial. O processo de avaliação inicia-se com o editor científico que avalia se o artigo recebido traz contribuições para a área da Cancerologia e se é de interesse para os leitores. Avalia também se o original está elaborado de acordo com as instruções recomendadas pela Revista. Os manuscritos considerados pertinentes, mas, em desacordo com essas instruções, serão devolvidos aos autores para as adaptações necessárias, antes da avaliação pelo Conselho Editorial.

O manuscrito aceito é encaminhado para análise e emissão de parecer dos membros do Conselho Editorial e/ou Conselho Ad Hoc, ambos formados por profissionais de notório saber nas diversas áreas da Oncologia. Nesse processo, o sigilo e o anonimato serão adotados para autor(es) e pareceristas. A análise dos pareceristas é realizada com base no formulário “Parecer do Conselho Editorial” disponível nas instruções para publicação na RBC em http://www.inca. gov.br/rbc. Após emissão do parecer, o manuscrito é enviado ao editor científico que toma ciência dos pareceres emitidos e os analisa em relação ao cumprimento das normas de publicação da Revista e decide sobre a aceitação ou não do artigo, assim como das alterações solicitadas, processo sobre o qual tem plena autoridade de decisão. O parecer é então enviado para os autores por e-mail.

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Após avaliação os manuscritos, poderão ser classificados em: manuscrito aprovado sem restrições, que será encaminhado ao revisor técnico para revisão e posterior publicação; manuscrito aprovado com restrição, que será encaminhado ao(s) autor(es) com as solicitações de ajuste por e-mail. O manuscrito revisado deve ser reapresentado pelo(s) autor(es) à RBC, por e-mail, acompanhado de carta informando as alterações realizadas ou, quando não realizadas, apresentando as devidas justificativas. Não havendo retorno do trabalho em quarenta e cinco (45) dias, será considerado que os autores não têm mais interesse na publicação; manuscrito não aprovado, nesse caso o autor receberá notificação de recusa por e-mail.O manuscrito aprovado será publicado de acordo com o fluxo e o cronograma editorial da Revista.

Categoria dos manuscritos

São considerados para publicação os seguintes tipos de manuscritos:

• Artigos Originais – são artigos nos quais são informados os resultados obtidos em pesquisas de natureza empírica ou experimental original cujos resultados possam ser replicados e/ou generalizados. Também são considerados originais as pesquisas de metodologia qualitativa e as formulações discursivas de efeito teorizante. Como estrutura devem apresentar: introdução, método, resultados, discussão e conclusão. O máximo de laudas é 20, incluindo figuras, tabelas, gráfico, etc. que não devem ultrapassar 5.

• Revisão da Literatura – trata-se de revisão sistematizada e atualizada da literatura sobre um tema específico e que deve dar ao leitor uma cobertura geral de um assunto. Não serão aceitas revisões narrativas. Devem ser descritos os tipos de revisão (integrativa, sistemática, metanálise), os métodos e procedimentos adotados para a realização do trabalho. A interpretação e conclusão dos autores devem estar presentes. Como estrutura devem apresentar: introdução, método, resultados, discussão e conclusão. O máximo de laudas é 20, incluindo figuras, tabelas, gráfico, etc. que não devem ultrapassar 5.

• Relato de Casos/ Série de Casos - é a descrição detalhada e análise crítica de um ou mais casos, típicos ou atípicos, baseado em revisão bibliográfica ampla e atual sobre o tema. O autor deve apresentar um problema em seus múltiplos aspectos, sua relevância. O máximo de laudas é 15, incluindo figuras, tabelas, gráfico etc. que não devem ultrapassar 4.

• Artigo de Opinião – trata-se de opinião qualificada sobre tema específico em oncologia. Não necessita de resumo.

O máximo de laudas é 10, incluindo tabelas, gráfico, etc. que não devem ultrapassar 2.

• Resenha – resenha crítica de livro relacionado ao campo temático da Cancerologia, publicado no último ano. O máximo é de 4 laudas .

• Resumos de dissertações, teses, de trabalhos que mereçam destaque ou apresentados em eventos de oncologia nos últimos 12 meses, contados da data de envio do resumo - trata-se da informação sob a forma sucinta de trabalho Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 123-151 125 realizado. Portanto, deve conter a natureza e os propósitos da pesquisa e um comentário sobre a metodologia, resultados e conclusões mais importantes. Seu objetivo é a transmissão aos pesquisadores de maneira rápida e fácil da natureza do trabalho, suas características básicas de realização e alcance científico afirmado. Devem conter no mínimo 150 até 250 palavras e seguir as normas da Revista quanto à estruturação, à forma e ao conteúdo, inclusive no que se refere aos descritores.

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• Cartas ao Editor – podem estar relacionadas à matéria editorial ou não, mas devem conter informações relevantes ao leitor. No caso de críticas a trabalhos publicados em fascículo anterior da Revista, a carta é enviada aos autores para que sua resposta possa ser publicada simultaneamente. As cartas podem ser resumidas pela editoria, mas serão mantidos os pontos principais. O máximo é de 4 laudas.

Preparo do manuscrito

O original deve ser escrito na terceira pessoa do singular com o verbo na voz ativa (ABNT.NBR-6028, 2003, p.2). O processador de textos utilizado deve ser o Microsoft Word 6.0 ou 7.0, fonte Times New Roman tamanho 12, margens de 30mm em ambos os lados, espaço duplo em todas as seções, tamanho do papel A4 (210 x 297mm) e páginas numeradas.

Para permitir maior clareza na exposição do assunto e localização direta de cada item, divide-se o texto em partes lógicas, ordenadas por assuntos considerados afins.

Exemplo:

INTRODUÇÃO (SEÇÃO PRIMÁRIA)

MATERIAL E MÉTODO (SEÇÃO PRIMÁRIA) Coleta de dados (Seção secundária)

Variáveis (Seção terciária)

Na apresentação dos títulos das seções, deve-se dar destaque gradativo ao tipo e corpo das letras, observando que todas as seções primárias devem estar escritas da mesma maneira, assim como todas as secundárias e assim por diante.

O texto de cada seção de um documento pode incluir uma série de alíneas, que devem ser caracterizadas pelas letras minúsculas do alfabeto (a, b, c,...) seguidas de parênteses e que precedam imediatamente à primeira palavra de seu texto.

Exemplo:

a) escrever um artigo científico. b) ilustrar o texto.

Principais orientações sobre cada seção 1. Página de título ou folha de rosto

Deve conter: a) título do artigo, alternando letras maiúsculas e minúsculas, em português, inglês e espanhol; b) título abreviado com até 40 caracteres; c) nome(s) por extenso do(s) autor(es). A designação de autoria deve ser baseada nas deliberações do ICMJE, que considera autor aquele que contribui substancialmente na concepção ou no planejamento do estudo; na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada. Em estudos institucionais (de autoria coletiva) e estudos multicêntricos, os responsáveis devem ter seus nomes especificados e todos considerados autores devem cumprir os critérios acima mencionados; d) indicar para cada autor, em nota de rodapé, a categoria profissional, o mais alto grau acadêmico, o(s) nome(s) do(s) departamento(s) e instituição(ões) a que o trabalho deverá ser atribuído, endereço eletrônico, cidade, estado e país; e) nome, endereço e telefone do autor responsável pela correspondência sobre o manuscrito; f) descrição da contribuição individual de cada autor no manuscrito (ex: .... trabalhou na concepção e na redação final e ... na pesquisa e na metodologia); g)agradecimentos: os demais colaboradores, que não se enquadram nos critérios de autoria acima descritos, devem ter seus nomes referidos nesse item especificando o tipo de colaboração. Os autores são responsáveis pela obtenção de autorização escrita das pessoas nomeadas nos agradecimentos, já que se pode inferir que as mesmas concordam com o teor do trabalho; h) declaração de conflito de interesses (escrever “nada a

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declarar” ou revelar quaisquer conflitos); i) para trabalhos subvencionados, identificar o patrocinador e número de processo (se houver).

2. Resumo e descritores (palavras-chave)

Todos os artigos deverão conter resumos estruturados em português, inglês e espanhol, acompanhados dos descritores nos respectivos idiomas. A terminologia para os descritores deve ser denominada no artigo como a seguir: 126 Revistas Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 123-151 palavras-chave, key words e palabras clave. Cada resumo deverá conter no mínimo 150 palavras e no máximo 250, objetivo(s), metodologia, resultados, conclusão e vir acompanhado de no mínimo três e no máximo seis descritores.

Os descritores são palavras fundamentais que auxiliam na indexação dos artigos em bases de dados nacionais e internacionais. Para determinar os descritores, deve-se consultar a lista de “Descritores em Ciências da Saúde” (DECSLILACS- http://decs.bvs.br) elaborada pela Bireme.

No resumo, não devem ser feitas citações de referências, nem se devem incluir abreviaturas e/ou siglas, bem como quadros, tabelas ou figuras.

No caso de resumos de trabalhos apresentados em eventos de oncologia ou que mereçam destaque e que foram aceitos para publicação na RBC, caberá aos autores proceder à adequação às normas da Revista antes de encaminhálos, sendo de sua inteira responsabilidade a precisão e correção da linguagem.

3. Introdução

Deve ser objetiva com definição clara do problema estudado destacando sua importância e as lacunas do conhecimento; a revisão de literatura deve ser estritamente pertinente ao assunto tratado no estudo, de modo a proporcionar os antecedentes para a compreensão do conhecimento atual sobre o tema e evidenciar a importância do novo estudo. Deve conter o(s) objetivo(s) do estudo.

4. Métodos

Deve indicar de forma objetiva o tipo de estudo (prospectivo, retrospectivo; ensaio clínico ou experimental; se a distribuição dos casos foi aleatória ou não; qualitativo etc), os métodos empregados, a população estudada (descrever claramente a seleção dos indivíduos dos estudos observacionais ou experimentais - pacientes ou animais de laboratório, incluindo controles, bem como dos estudos qualitativos), a fonte de dados e os critérios de seleção ou grupo experimental, inclusive dos controles. Identificar os equipamentos e reagentes empregados. Descrever também os métodos estatísticos empregados e as comparações para as quais cada teste foi empregado.

Os relatos de ensaios clínicos devem apresentar informação de todos os elementos principais do estudo, incluindo o protocolo (população estudada, intervenções ou exposições, resultados - e a lógica da análise estatística), atributos das intervenções (métodos de aleatorização, indicação dos grupos de tratamento) e os métodos de mascaramento. Os autores que enviarem artigos de revisão deverão apresentar os procedimentos adotados para localizar, selecionar, obter, classificar e sintetizar as informações além de definir os critérios de inclusão e exclusão dos estudos selecionados para a revisão.

Quando forem relatados experimentos com seres humanos, indicar se os procedimentos seguidos estiveram de acordo com os padrões éticos do Comitê de Pesquisa em Seres Humanos Institucional, com a Declaração de Helsinky (última versão de 2000) e com a resolução 196/96 (Res. CNS 196/96). Não usar os nomes dos pacientes, iniciais ou números de registro, especialmente no material ilustrativo. No

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caso de experimentos envolvendo animais, indicar se foram seguidas as normas das Instituições, dos Conselhos Nacionais de Pesquisa ou de alguma lei nacional sobre uso e cuidado com animais de laboratório. Dessa seção, também faz parte a menção do documento, indicando o número de protocolo, do CEP da Instituição a que se vinculam os autores e que aprovou o estudo realizado.

5. Resultados

Apresentar os resultados relevantes para o objetivo do trabalho e que serão discutidos. Devem ser descritos somente os resultados encontrados, sem incluir interpretações ou comparações. Apresentar os resultados, tabelas e ilustrações em sequência lógica, atentando para que o texto complemente e não repita o que está descrito em tabelas e ilustrações. Restringir tabelas e ilustrações àquelas necessárias para explicar o argumento do artigo e para sustentá-lo. Usar gráficos como uma alternativa às tabelas com muitas entradas; não duplicar os dados em gráficos e tabelas. Evitar uso de termos técnicos de estatística, tais como: “random” (que implica uma fonte de aleatorização), “normal”, “significante”, “correlação” e “amostra” de forma não técnica. Definir os termos estatísticos, abreviações e símbolos. Nos relatos de casos, as seções “métodos” e “resultados” são substituídas pela descrição do caso.

6. Discussão

Deve conter a interpretação dos autores, comparar os resultados com a literatura, relacionar as observações a outros estudos relevantes, apontar as limitações do estudo, enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as conclusões derivadas, incluindo sugestões para pesquisas futuras.

Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 123-151 127 A discussão pode ser redigida junto com os resultados se for de preferência do autor. Não repetir em detalhe dados ou outros materiais colocados nas seções de “introdução” ou “resultados”.

7. Conclusão

Deve ser fundamentada nos resultados encontrados e vinculada aos objetivos do estudo. Afirmações não qualificadas e conclusões não apoiadas por completo pelos dados não devem constar dessa seção. Evitar fazer alusão a estudos que não tenham sido concluídos. Estabelecer novas hipóteses, quando estiverem justificadas claramente como tais. Recomendações, quando apropriadas, poderão ser incluídas.

8. Referências bibliográficas

Devem ser numeradas no texto por números arábicos, em sobrescrito (ex: A extensão da sobrevivência, entre outros1), de forma consecutiva, de acordo com a ordem que são mencionadas pela primeira vez no texto e sem menção aos autores. A mesma regra aplica-se às tabelas e legendas. No caso de citação sequencial, separar os números por traço (ex: 1-2); quando intercalados, use vírgula (ex.: 1,3,7).

As referências não podem ultrapassar o número de 25. Não devem ser incluídas referências no resumo. Deve-se constar apenas referências relevantes e que realmente foram utilizadas no estudo. As referências devem ser verificadas nos documentos originais. Quando se tratar de citação de uma referência citada por outro autor deverá ser utilizado o termo “apud”. A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores. As orientações abaixo objetivam trazer para os autores exemplos de referências apresentadas em seus trabalhos informando sobre a padronização das mesmas. Estão baseadas nas Normas para Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas: escrever e editar para Publicações Biomédicas, estilo Vancouver, formuladas pelo ICMJE. Serão apresentadas as ocorrências mais comuns de referências por tipos de material

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referenciado. Algumas observações listadas abaixo são fruto de ocorrências em artigos de periódicos submetidos à publicação.

Para a padronização dos títulos dos periódicos nas referências é utilizado como guia o LocatorPlus1, fonte de consulta da National Library of Medicine, que disponibiliza, na opção Journal Title, o título e/ou a abreviatura utilizada. Em algumas fontes, o título já vem padronizado (PubMed, Lilacs e Medline). Caso não seja utilizada a forma padrão dê preferência, informá-lo por extenso evitando utilizar uma abreviatura não padronizada que dificulte sua identificação.

Para a indicação de autoria, incluem-se os nomes na ordem em que aparecem na publicação até seis autores, iniciando-se pelo sobrenome seguido de todas as iniciais dos pré-nomes separando cada autor por vírgula (1). No caso da publicação apresentar mais de seis autores, são citados os seis primeiros; utiliza-se vírgula seguida da expressão et al. (2). Quando o sobrenome do autor incluir grau de parentesco – Filho, Sobrinho, Júnior, Neto - este deve ser

subsequente ao último sobrenome: João dos Santos de Almeida Filho - Almeida Filho JS, José Rodrigues Junior - Rodrigues Junior J.

Para padronização de títulos de trabalhos, utilizam-se letras minúsculas em todo o período, com exceção da primeira palavra que começa, sempre, com letra maiúscula. Fogem à regra nomes próprios: nomes de pessoas, nomes de ciências ou disciplinas, instituições de ensino, países, cidades ou afins, e nomes de estabelecimentos públicos ou particulares.

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS EM PERIÓDICOS

1. Artigo com até seis autores

Kakuda JT, Stuntz M, Trivedi V, Klein SR, Vargas HI. Objective assessment of axillary morbidity in breast câncer treatment. Am Surg 1999; 65: 8. obs.: usar 995-8, não usar 995-998.

2. Artigo com mais de seis autores

Zheng H, Takahashi H, Murai Y, Cui Z, Nomoto K, Miwa S, et al. Pathobiological characteristics of intestinal and diffuse-type gastric carcinoma in Japan: an immunostaining study on the tissue microarray. J Clin Pathol 2007

Mar;60(3):273-7.1Disponível em:

(http://locatorplus.gov/cgi-bin/Pwebrecon.cgi?DB=local&PAGE=First). 128 Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 123-151

3. Artigo cujo autor é uma Instituição

Utilizar o nome da Instituição indicando entre parênteses o país quando for uma Instituição pública (a) no caso de uma Instituição particular utiliza-se somente o nome da Instituição. Observar a hierarquia (b) à qual a Instituição está subordinada para sua perfeita identificação (não utilizar direto: Secretaria de Atenção à Saúde. De onde?).

4. Artigo com autoria de múltiplas organizações

Incluem-se todas. (a) Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Encontro Internacional sobre Rastreamento de Câncer de Mama. Revista brasileira de cancerologia 2009 abr.-jun.; 2 (55): 99-113. (b) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2003:condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais. Brasília, 2004b. [acesso em abr 2004]. Disponível em: <http://www.cfo.org.br/download/pdf/relatorio_sb_brasil_2003.pdf>

(35)

Mattes RD, Curram Jr WJ, Alavi J, Powlis W, Whittington R. Clinical implications of learned food aversions in patients with cancer treated with chemotherapy or radiation therapy. Cancer 1992; 70 (1): 192-200.

6. Artigo sem indicação de autoria

Pelvic floor exercise can reduce stress incontinence. Health News 2005 Apr;11(4):11.

7. Artigo com indicação de seu tipo (revisão, abstract, editorial)

Facchini Luiz Augusto. ABRASCO 30 anos: ciência, educação e prática com compromisso social. [Editorial] Cad Saúde Pública [periódico na Internet]. 2010 Jan [citado 2010 Ago 23] ; 26(1): 4-4. Disponível em: <http://

www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2010000100001&lng=pt. doi: 10.1590/S0102- 311X2010000100001>.

8. Artigo publicado num suplemento de periódico

Nascimento AF, Galvanese ATC. Avaliação da estrutura dos centros de atenção psicossocial do município de São Paulo, SP. Rev Saude Publica 2009; 43 suppl.1: 8-15.

9. Artigo publicado na parte de um número

Fukuzawa M, Oguchi S, Saida T. Kaposi's varicelliform eruption of an elderly patient with multiple myeloma. J Am Acad Dermatol. 2000 May;42(5 Pt 2):921-2.

10. Artigo publicado sem indicação de volume ou número do fascículo

Schwartz-Cassell T. Feeding assistants: based on logic or way off base? Contemp Longterm Care. 2005 Jan:26-8.

11. Artigo publicado com paginação indicada em algarismos romanos

Nagpal S. An orphan meets family members in skin. J Invest Dermatol. 2003;120(2):viii-x.

12. Artigo contendo retratação ou errata publicadas, a referência deve conter a indicação da publicação das mesmas

Mokdad AH, Marks JS, Stroup DF, Gerberding JL. Correction: actual causes of death in the United States, 2000.

JAMA. 2005 Jan 19;293(3):293-4. Erratum for: JAMA. 2004 Mar 10;291(10):1238-45.

13. Artigo com publicação eletrônica anterior à versão impressa

Bicalho PG, Hallal PC, Gazzinelli A, Knuth AG, Velásquez-Meléndez G. Atividade física e fatores associados em adultos de área rural em Minas Gerais, Brasil. Rev Saude Publica [acesso 2010 Ago 23]. Disponível em:<http://

www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010005000023&lng=pt> Publicado 2010. Epub 30-Jul-2010. doi: 10.1590/S0034-89102010005000023.

14. Artigo provido de DOI

Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN de. Intervenção educacional em equipes do Programa de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saúde Pública 2008;42(6):1027-1233. doi: 10.1590/S0034-89102008005000057.

15. Artigo no prelo

Barroso T, Mendes A, Barbosa A. Analysis of the alcohol consumption phenomenon among adolescents: study carried out with adolescents in intermediate public education. Rev Latino-am Enfermagem. In press 2009.

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS EM LIVROS E OUTRAS MONOGRAFIAS

Referências

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