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Elaboração de um plano de negócio para a implantação de uma Loja Multimarcas

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CATIA DENISE MATTE CIOTTI

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS

IJUÍ (RS) 2012

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CATIA DENISE MATTE CIOTTI

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao DACEC da UNIJUI, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis .

Profª. Orientadora: Euselia Paveglio Vieira

IJUÍ (RS) 2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida; Aos meus pais, que me proporcionaram a vida em família com muito carinho, amor, compreensão, apoio e ajuda que sempre me deram para que conseguisse realizar meus objetivos; A minha irmã, pelo grande amor, apoio e compreensão; Ao meu namorado, pelo amor e carinho, e por estar sempre ao meu lado me apoiando; Aos professores que contribuíram de forma

relevante para a minha formação, em especial a Professora Eusélia Vieira

pelo acompanhamento e orientação deste trabalho de conclusão; A todos os meus amigos e amigas, pelo companheirismo e verdadeira amizade. Enfim, a todos, que de um modo ou de outro, contribuíram para a concretização do curso.

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SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ... 5

LISTA DE FIGURAS ... 7

1 INTRODUÇÃO ... 8

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 9

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 9

1.1.2 Caracterização da Organização ... 9 1.1.3 Problematização do Tema ... 10 1.1.4 Objetivos ... 11 1.1.4.1 Objetivo Geral ... 11 1.1.4.2 Objetivos Específicos ... 11 1.1.5 Justificativa ... 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho ... 13 1.1.6.1 Classificação da Pesquisa ... 13

1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados ... 15

1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ... 17

2 REVISAO BIBLIOGRAFICA ... 18

2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 18

2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira ... 18

2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial ... 19

2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial ... 20

2.1.4 O Papel do Contador Gerencial ... 21

2.2 PLANO DE NEGÓCIOS... 22

2.2.1 Conceitos ... 22

2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios ... 22

2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios ... 23

2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios ... 24

2.2.5.1 Sumário Executivo ... 26

2.2.5.2 Descrição da Empresa ... 27

2.2.5.3 Plano de Marketing... 27

2.2.5.4 Plano Financeiro ... 28

2.3 ATIVIDADE COMERCIAL ... 29

2.3.1 Empresa Comercial: características ... 29

2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição ... 29

2.3.3 Despesas Mensais ... 30

2.3.4 Formação de Preços de Vendas ... 31

2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up ... 32

2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO ... 34

2.4.1 Margem de Contribuição ... 34

2.4.2 Ponto de Equilíbrio ... 36

2.4.3 Margem de Segurança ... 38

2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS ... 39

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2.5.2 Orçamento de Vendas ... 40

2.5.3 Estratégias de Marketing ... 42

2.6 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ... 43

2.6.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback ... 43

2.6.2 Valor presente líquido (VPL) ... 44

2.6.3 Taxa interna de retorno (TIR) ... 44

2.6.4 Índice de rotatividade do estoque ... 45

2.7 FLUXO DE CAIXA ... 46

2.7.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa ... 47

2.7.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa ... 48

3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS ... 50

3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA A SER IMPLANTADA ... 50

3.1.1 Estrutura Organizacional e Legal ... 51

3.1.2 Estruturação Funcional, Diretoria, Gerencia e Equipe ... 51

3.2 DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO, MARKETING, FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO ... 52

3.2.1 Análise da Atratividade do Negócio ... 53

3.2.2 Análise do Mercado (Produtos/Serviços, Concorrência, Clientes e Fornecedores) ... 54

3.2.2.1 Estratégias de Marketing ... 56

3.2.3 Análise de Oportunidades e Riscos ... 57

3.2.4 Características dos Consumidores x Forma de Venda ... 58

3.3 INVESTIMENTO INICIAL ... 59

3.4 DESPESAS MENSAIS... 65

3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO ... 69

3.5.1 Métodos de formação de preço de venda das mercadorias ... 69

3.6 APURAÇÃO DOS INDICADORES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO DE EQUILÍBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA E CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS. ... 76

3.6.1 Métodos de análise de investimentos; payback, valor presente líquido, taxa interna de retorno ... 83

3.6.1.1 Valor Presente Líquido ... 83

3.6.1.2 Taxa Interna de Retorno ... 84

3.6.1.3 Payback ... 85

3.6.2 Índice de Rotatividade do Estoque ... 87

3.7 PROJEÇÃO DO RESULTADO ... 88

3.7.1 Construção de Cenários ... 89

3.7.2 Projeção do Fluxo de Caixa ... 91

3.7.3 Projeção do Balanço Patrimonial ... 94

3.8 INDICADORES FINANCEIROS ... 95

CONCLUSÃO ... 99

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial ... 19

Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios ... 25

Quadro 3: Cadastro de Fornecedores ... 56

Quadro 4: Matriz FOFA ... 58

Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais ... 59

Quadro 6: Estimativa de Investimento Fixo ... 60

Quadro 7: Custo do Estoque Inicial ... 61

Quadro 8: Políticas de Vendas/Compras/Estoques ... 62

Quadro 9: Estimativa de Investimento Inicial... 63

Quadro 10: Estimativa de Capital de Giro ... 64

Quadro 11: Estimativa do Custo com Pessoal: Salários e Encargos ... 65

Quadro 12: Estimativa do Custo com Depreciação ... 66

Quadro 13: Resumo das Despesas Mensais ... 67

Quadro 14: Custo de Comercialização ... 68

Quadro 15: Formação do Mark-up com Margem de Lucro ... 70

Quadro 16: Formação do Mark-up sem Margem de Lucro ... 71

Quadro 17: Formação do Preço de Venda ... 72

Quadro 18: Estimativa de Venda em Unidades e Faturamento com Vendas Mensal ... 74

Quadro 19: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV ... 77

Quadro 20: Margem de Contribuição com o Preço de Venda Orientativo ... 78

Quadro 21: Margem de Contribuição com Preço de Venda Mínimo ... 80

Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço de Venda Orientativo... 81

Quadro 23: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo .. 82

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Quadro 25: Taxa Interna de Retorno ... 85

Quadro 26: Payback Simples ... 86

Quadro 27: Payback Descontado ... 86

Quadro 28: Giro dos Estoques ... 87

Quadro 29: Giro dos Estoques em dias ... 87

Quadro 30: Demonstração do Resultado do Exercício ... 88

Quadro 31: Construção de Cenários ... 90

Quadro 32: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Otimista ... 92

Quadro 33: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Pessimista ... 93

Quadro 34: Projeção do Balanço Patrimonial... 94

Quadro 35: Lucratividade ... 96

Quadro 36: Rentabilidade ... 96

Quadro 37: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Otimista ... 97

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma Empresarial ... 52

Figura 2: Logamarca da empresa ... 57

Figura 3: Custo das Mercadorias/ estoques ... 62

Figura 4: Estimativa de Investimento Total ... 64

Figura 5: Estimativa das Despesas Fixas Operacionais Mensais ... 68

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1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade Gerencial tem como principal finalidade ser um instrumento de gestão, utilizando a contabilidade como um auxilio para a administração. O seu objetivo é a utilização da informação Contábil, para permitir a tomada de decisões no enfoque do planejamento, da gestão e do controle.

A Contabilidade Gerencial é de suma importância nas empresas nos dias de hoje, onde a competitividade vem aumentando dia a dia, pois as informações gerenciais Contábeis são o início de uma tomada de decisões para o gerenciamento de uma empresa, que junto com os sistemas gerenciais Contábeis podem auxiliar os gerentes, funcionários, proprietários, a obterem uma maior organização, aperfeiçoando os processos e desempenho de suas empresas.

O Plano de negócio é um instrumento de gestão, que deve ser usado sempre por quem deseja se transformar em um empreendedor de sucesso, pois é um documento que vai auxiliar a construir os objetivos, estabelecer diretrizes, gerenciar de forma mais eficaz, facilitando a identificação de oportunidades para seu diferencial no mercado, diminuindo os riscos e incertezas para o seu negócio.

O presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como finalidade elaborar e estruturar um plano de negócios para que se possa analisar a viabilidade da implantação de uma Loja Multimarcas. Assim, auxilia na evidenciação das oportunidades, e das possíveis dificuldades que podem ser encontradas pela empresa.

Inicialmente o estudo apresenta a sua contextualização, onde foi definida a empresa para qual foi realizado o plano de negócio, com sua caracterização, o tema desenvolvido, o objetivo que tem por finalidade prever antecipadamente as situações da viabilidade de instalação, seguido da justificativa, e da metodologia do trabalho utilizado durante a sua realização.

Em seguida, consta a revisão bibliográfica, baseada em pesquisas de livros, artigos e sites da internet, que define e conceituam por meio do conhecimento de diversos autores, informações sobre os assuntos necessários para a realização do estudo.

Posteriormente, o relatório apresenta o desenvolvimento do plano de negócios, o seu estudo aplicado, contendo a descrição das atividades e estrutura da

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empresa, bem como estratégias de marketing e formas de comercialização, também foi realizado um estudo mais prático, onde por meio de cálculos e planilhas foi analisada a viabilidade de implantação da empresa. Para finalizar, o estudo apresenta sua conclusão seguida da bibliografia consultada na sua realização.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo inicial, apresenta-se o tema estudado, que se refere à elaboração de um plano de negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas, tendo como sua área de conhecimento, a contabilidade gerencial, seguido da problemática do estudo, dos objetivos, da justificativa e da metodologia utilizada no desenvolvimento do estudo.

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada

A contabilidade possui diversos campos de atuação profissional, sendo uma delas a contabilidade gerencial, onde se estuda indicadores para o gerenciamento de negócios, facilitando o seu planejamento, controle, avaliação e tomada de decisão.

Neste sentido, o desenvolvimento de um plano de negócios, antevê um estudo que contempla diversas áreas como vendas, marketing e financeira, as quais preveem situações da implantação do negócio.

Sendo assim, o estudo tem como tema o desenvolvimento de um plano de negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas, com marcas selecionadas.

1.1.2 Caracterização da Organização

O plano de negócios elaborado é o de uma loja Multimarcas, com roupas femininas, masculinas e acessórios, sendo oferecido aos clientes roupas de marcas conceituadas do mercado atual, como Index, Lança Perfume, Biamar, Anselm, Pitti, Colcci entre outras. Suas atividades serão relacionadas ao público jovem, principalmente voltada ao público feminino.

A empresa tem como objetivo apresentar aos seus clientes uma forma criativa de se vestir bem, tendo seu próprio estilo. Por se tratar de um público jovem, a

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empresa se preocupa em manter-se sempre atualizada frente às tendências do mercado, sem fugir do seu padrão de qualidade e diferencial de preços, buscando oferecer um espaço amplo, com móveis arrojados, som ambiente, café para os clientes, partindo do pressuposto de que o atendimento e a confiabilidade do cliente são o que prevalece.

A empresa se localizará no centro da cidade de Ijuí/ RS, sendo de fácil localização por parte dos clientes. Contará com a colaboração de duas funcionárias.

O investimento inicial para a abertura da empresa será de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e a sua tributação pelo simples nacional. E a mesma pretende obter um faturamento mensal de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais).

1.1.3 Problematização do Tema

A contabilidade vem evoluindo e com essa evolução transformando seus profissionais Contábeis, não apenas em Contadores, mas em profissionais capazes de atuar como gestores dentro das organizações. Assim, podendo auxiliar as mesmas em seus procedimentos contábeis, mas principalmente em sua administração, em tomadas de decisões, e em análises de competitividade.

A contabilidade gerencial tem como seu foco principal a gestão da empresa, transformando dados da contabilidade financeira e de contabilidade de custos em indicadores para a gestão de uma organização.

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira e de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório, (IUDICIBUS, 1998, p. 21).

Um dos instrumentos da contabilidade gerencial é o plano de negócios, que é considerado o caminho mais seguro para quem deseja criar e gerenciar com qualidade uma empresa. O mesmo ajuda o empreendedor a analisar os riscos do mercado, a viabilidade econômica, também ajuda a estabelecer uma comunicação eficaz entre a empresa e seus fornecedores, clientes, bancos, entre outros.

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O plano de negócio é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e alto conhecimento, e, ainda, permite o empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios, (DORNELAS, 2001, p. 96).

Para Hisrich e Peters (2004, p. 210) o plano de negócio “é com freqüência uma integração de planos funcionais como os de marketing, finanças, produção e recursos humanos”.

A empresa em estudo é uma loja de confecções femininas, masculinas e acessórios, de marcas renomadas no mercado. E o desenvolvimento desse plano de negócios contribuiu para a simulação de gastos, receitas, formas de abordagem dos clientes, entre outras.

Nesta linha, questiona-se: De que forma o desenvolvimento de um plano de negócios pode contribuir na prevenção de riscos e incertezas decorrentes da implantação de uma loja multimarcas?

1.1.4 Objetivos

A definição dos objetivos tem por finalidade definir a linha de pensamentos que se deve seguir para alcançá-los. Os objetivos são divididos em objetivo geral e objetivos específicos.

1.1.4.1 Objetivo Geral

Desenvolver um plano de negócios contemplando as áreas envolvidas para implantação de uma loja, que prevê antecipadamente as situações de sua viabilidade de instalação.

1.1.4.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

• Revisar na literatura conceitos de contabilidade gerencial, plano de negócios, estruturas e modelos de planos;

• Descrever a localização e estrutura da loja,

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• Elaborar as planilhas financeiras necessárias para o desenvolvimento do plano de negócios;

• Avaliar a viabilidade da implantação do negócio.

1.1.5 Justificativa

Devido ao mercado atual a cada dia estar mais competitivo, os empreendedores precisam estar sempre atentos às mudanças e procurar evoluir junto com elas. A contabilidade gerencial é de grande importância na administração das empresas, pois tem como objetivo facilitar o planejamento, controle e a tomada de decisão.

E como sendo uma grande ferramenta gerencial, o plano de negócios é um instrumento que demonstra os objetivos de um negócio e quais as ações que precisam ser desenvolvidas para que esses objetivos possam ser alcançados. Assim, pode-se analisar a sua viabilidade e diminuir seus riscos.

O plano de negócios é sem dúvida um dos melhores instrumentos de suporte para a abertura de uma empresa, e pelo fato do mercado estar tão competitivo, ele se torna indispensável para não ficar vulnerável com as bruscas variações que estão ocorrendo no mercado. Pois hoje em dia, o número de empresas que não possuem um bom planejamento e que encerram suas atividades antes dos dois anos ou até os cinco anos, é muito grande.

Para mim na condição de formanda do Curso de Ciências Contábeis, com a realização desse trabalho de conclusão posso dizer que aprimorei meus conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso. E acima de tudo, a escolha desse assunto surgiu pela perspectiva de abrir o meu próprio negócio futuramente e assim empregar o conhecimento construído durante o estudo.

Para a Universidade e demais alunos, o presente trabalho pode servir como uma importante fonte de pesquisa, pois pode ser utilizado como base para futuros estudos específicos nessa área.

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1.1.6 Metodologia do Trabalho

A metodologia da pesquisa define sua classificação, o plano de coletas de dados, o plano de análise e interpretação dos dados e a estrutura do trabalho de conclusão do curso.

Segundo Diehl e Tatin (2004, p. 47)

A metodologia pode ser definida como o estudo e avaliação dos diversos métodos, com o propósito de identificar possibilidades e limitações no âmbito de sua aplicação no processo de pesquisa cientifica. A metodologia permite, portanto, a escolha da melhor maneira de abordar determinado problema, integrando os conhecimentos a respeito dos métodos em vigor na diferentes disciplinas científicas.

Na sequencia apresenta-se a classificação da pesquisa referente ao estudo proposto que é a elaboração de um plano de negócios.

1.1.6.1 Classificação da Pesquisa

Na seqüência, apresenta-se a classificação da pesquisa quanto a sua natureza, objetivos, abordagem do problema e procedimentos técnicos:

a) Do Ponto de Vista de sua Natureza

A classificação da pesquisa quanto à natureza pode ser de duas formas: pesquisa básica ou pesquisa aplicada. Neste contexto, o estudo teve como objetivo a elaboração de um plano de negócio, onde sua maior característica é a aplicação prática de conhecimentos, o modelo de pesquisa abordado foi a pesquisa aplicada, que Gil conceitua da seguinte forma:

A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos (GIL, 1999, p. 43)

Para Vergara (2009, p. 43) “a pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática,...”.

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b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos

A classificação da pesquisa quanto aos seus objetivos possui três grupos, sendo elas: exploratória, descritiva, explicativa. Esse estudo foi classificado como pesquisa exploratória e descritiva. Exploratória porque ajuda a desenvolver com mais clareza o assunto da pesquisa, e no aprimoramento de conceitos e ideias. Descritiva, pois esse estudo visa à elaboração de um plano de negócio e o mesmo auxilia na sua estruturação, utilizando-se de técnicas padronizadas para a coleta dos dados.

Segundo (Gil, 1999, p. 43) “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.

Uma característica interessante da pesquisa exploratória consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório anteriormente. Assim, contribui para o esclarecimento de questões superficialmente abordadas sobre o assunto, (BEUREN, 2004, p. 80).

Segundo Gil apud Beuren (2004, p. 81)

A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema

Quanto à abordagem do problema, apresentam dois tipos de pesquisa a qualitativa e a quantitativa, e o presente estudo classifica-se como pesquisa qualitativa, por não ter o uso de métodos e técnicas estatísticas e ter o ambiente natural como fonte de coleta de dados.

Segundo Beuren (2004, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”.

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d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa pode ser: bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso e ação. Já a presente pesquisa classifica-se em bibliográfica que possui grande importância para o embasamento teórico do projeto, constituída principalmente de pesquisas em livros, artigos de periódicos.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas, (GIL, 1999, p .65).

E a outra forma de pesquisa é a de levantamento, que é indispensável para a elaboração de negócio, por se tratar de pesquisas de mercado, com a interrogação direta de pessoas.

As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados (GIL, 1999, p. 70).

1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados

A coleta de dados é de grande importância para o estudo proposto, pois, ela vai demonstrar como foram coletadas as informações necessárias para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, para com as mesmas alcançar os objetivos desejados.

O presente estudo contou com dados simulados, os quais foram buscados para se investigar os dados relativos aos investimentos necessários para a implantação de uma loja de roupas multimarcas, masculinas e femininas. Também teve como objetivo buscar informações relacionadas ao comportamento do mercado onde a empresa vai ser implantada, os seus concorrentes, fornecedores e principais características dos clientes que se deseja atingir.

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As informações que foram alcançadas nesta coleta de dados auxiliam a empresa a buscar estratégias necessárias para alcançar o público alvo, visualizar os principais concorrentes e as características do mercado em si.

a) Instrumento de Coleta de Dados

De acordo com Beuren (2004, p. 128) “os instrumentos de pesquisa utilizados nos trabalhos monográficos dependem, num primeiro momento, dos objetivos que o investigador pretende alcançar e do universo a ser pesquisado”.

O instrumento de coleta de dados que foi utilizado neste estudo é denominado de instrumento de observação.

A observação é uma técnica que faz uso dos sentidos para a obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar os fatos ou fenômenos que se pretendem investigar. Contribui para o pesquisador obter a comprovação dos dados sobre os indivíduos observados, os quais, às vezes, não têm consciência de alguns fatos que os orientam em seu comportamento, (BEUREN, 2004, p. 128).

O instrumento de Observação para esta pesquisa classifica-se em: observação assistemática, observação não-praticante, observação individual e observação na vida real.

Na técnica de observação assistemática para Beuren (2004, p.129) “o pesquisador permanece abstraído à situação estudada, apenas observa de maneira espontânea como os fatos ocorrem e controla os dados obtidos”.

Na técnica de observação não-praticante o pesquisador só irá presenciar o fato e não participar do mesmo. Na observação individual é somente uma pessoa que realizará a pesquisa, já a observação na vida real os fatos serão registrados à medida que irão ocorrendo.

Para o bom desenvolvimento da pesquisa, foram buscadas estratégias de comercialização e marketing que podem auxiliar num maior conhecimento e entendimento do mercado externo, as mesmas foram realizadas por meio de pesquisas sobre logística, estoque, campanhas promocionais e atendimento ao cliente, para assim conhecer o mercado onde a empresa vai atuar, diminuindo o risco de variáveis que podem afetar a empresa.

Também foram elaboradas planilhas financeiras para análise de indicadores necessários ao desenvolvimento do plano de negócios, simulando situações de

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compras, vendas, que proporcionaram a base para a análise da viabilidade ou não de sua implantação.

1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados

Após realizar a coleta dos dados é necessário fazer a sua análise e interpretação para verificar se com eles é possível chegar ao objetivo proposto nesta pesquisa, ou seja, se é viável a implantação da empresa.

Beuren (2004, p. 136) defende que:

Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consiga sumariar os dados coletados para transformá-los em informações que sustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto no trabalho monográfico. Já na fase de interpretação dos dados, deverá haver uma correlação dos dados coletados com a base teórica que sustentou a pesquisa.

E para saber a viabilidade da loja de multimarcas, a empresa para qual foi realizado este plano de negócio, foram realizados cálculos financeiros e projeções de receita e despesa, as quais foram confrontadas com os investimentos.

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2 REVISAO BIBLIOGRAFICA

A revisão bibliográfica serve como fundamentação teórica, proporcionando assistência e sustentação para a elaboração do relatório e posteriormente também serve como base para o desenvolvimento do estudo aplicado. E com a mesma foram buscadas definições, conceitos, fórmulas de autores conceituados na área, para sim aprimorar a realização do plano de negócios.

2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial serve de grande auxilio na administração das empresas, pois suas tecnologias de estudo atuam em varias áreas da contabilidade, sempre obtendo seu maior enfoque no planejamento, controle e tomada de decisão.

Segundo a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos (1992, p. 4) apud Padoveze (2000, p. 27).

Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.

Para Lopes de Sá (1997, p. 29) Contabilidade Gerencial é: “O conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto da ciência contábil sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões e políticas do governo da riqueza aziendal”.

2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira

A contabilidade gerencial tem seu foco voltado para os administradores da empresa, seus relatórios são elaborados para analise de controle e desempenho das empresas, já a contabilidade financeira está voltada a fornecer informações aos usuários externos à empresa, como acionistas, credores e público em geral.

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O ponto de ruptura entre os dois grandes ramos da contabilidade não é tão fácil de ser discernido. Certos relatórios, cúpula do processo contábil-finaceiro, tais como Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, representam, de certa forma, a fronteira entre a contabilidade financeira e gerencial.

Warren et all (2003, p. 2), apresenta as diferenças entre contabilidade gerencial e a financeira, no quadro a seguir.

Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial

Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

Demonstrações Financeiras

Relatórios Gerenciais

Usuários Usuários Externos e

Administração

Administração

Características Objetivo Objetivo e subjetivo

Preparadas conforme os princípios fundamentais da contabilidade (PFCs) Preparados de acordo com as necessidades gerenciais Preparadas periodicamente Preparados periodicamente ou quando necessário

Entidade Empresarial Entidade empresarial ou segmento

Fonte: Warren; et all (2003, p. 2)

2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial

A contabilidade gerencial tem como sua maior função usar a contabilidade como auxílio para a administração, dando suporte para a tomada de decisão, para o controle operacional, financeiro, administrativo.

Segundo Iudícibus (1998, p. 21) “Todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feitos “sob medida” para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial”.

Para Cabrelli e Ferreira et all (2007, p. 2)

A contabilidade gerencial deve fazer a conexão entre ações locais dos gerentes e a lucratividade da empresa, para que estes possam saber que direção tomar. Medindo corretamente o impacto de ações locais no desempenho global, a contabilidade gerencial também serve como agente motivador, pois premia as pessoas que contribuem significativamente ao objetivo da empresa, esta tem o objetivo de fornecer informações para que os gerentes possam decidir qual o melhor caminho para a empresa.

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No entendimento de Coronado (2006, p. 23) as funções da contabilidade gerencial são:

a) Gerenciar o processo de gestão

 Ajudar na adequação do processo à realidade da empresa;

 Monitorar e orientar o processo de planejamento orçamentário da empresa;

 Consolidar o orçamento da empresa. b) Apoiar a avaliação de desempenho

 Elaborar a análise de desempenho econômico das áreas;  Elaborar a análise de desempenho da empresa.

c) Apoiar a avaliação de resultado

 Elaborar a análise de resultado econômico dos produtos e serviços;  Orientar o processo de estabelecimento de padrões.

d) Gerir os sistemas de informações econômicas e financeiras

 Definir base de dados que permita a organização das informações necessárias à gestão;

 Elaborar modelos de decisão para os gestores das diversas áreas da empresa;

 Padronizar e / ou harmonizar as informações econômicas.

e) Atender aos agentes de mercado (acionista, governo, bancos etc.)  Garantir atendimento às normas e princípios societários;

 Garantir atendimento às normas e princípios fiscais.

A contabilidade gerencial também tem como uma de suas funções a criação de valor, através de seus sistemas contábeis gerenciais os quais fornecem informações importantes sobre atividades necessárias para o sucesso das organizações.

2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial

A contabilidade gerencial serve como suporte para todas as áreas da empresa, pois a mesma é utilizada como tecnologia de auxílio à administração, junto com um sistema de informações contábeis gerenciais, para assim fazer as analises dos resultados futuros.

Contabilidade Gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento hierárquico da companhia, (PADOVEZE, 2000, p. 34).

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Ainda segundo Padoveze (2000, p. 34)

Teremos um bloco de informações que suprirão a alta administração da companhia, que denominamos de gerenciamento contábil global, objetivando canalizar informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto.

Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média administração, ou, caso necessário, os segmentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linhas de produtos. São informações para canalizar os conceitos de contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de gerenciamento contábil setorial.

Finalmente, teremos um terceiro bloco de informações para gerenciar cada um dos produtos da companhia, de forma isolada. Denominamos esse segmento da Contabilidade Gerencial, de

gerenciamento contábil específico. São informações que descem a um

grau maior de detalhamento, a nível operacional.

2.1.4 O Papel do Contador Gerencial

O contador do mercado atual, devido às mudanças das normas contábeis, do avanço das tecnologias e principalmente das exigências das organizações, deve estar sempre se especializando em todas as áreas da contabilidade, para assim prestar assessoria e dar suporte às mesmas. Outro papel para um contador gerencial é saber identificar, analisar, preparar e interpretar informações para um bom controle das organizações.

Segundo Iudícibus (1998, p. 22) o contador gerencial deve:

Saber “tratar”, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório.

O contador gerencial deve ter uma formação ampla, não apenas com conhecimentos técnicos, mas também conhecimentos que irão auxiliar na descoberta de objetivos ou resultados que podem sem alcançados com métodos quantitativos e acima de tudo saber observar como os administradores reagem com os relatórios contábeis, de acordo com (IUDÍCIBUS, 1998).

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2.2 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios vem se tornando com o passar dos tempos indispensável para a implantação de novos empreendimentos, pois, abrange todas as áreas necessárias para analisar a viabilidade ou não da empresa no mercado e com isso se tornou o caminho mais seguro para o sucesso da mesma.

2.2.1 Conceitos

Um plano de negócio é fundamental para o novo empreendedor, ele serve de auxilio na busca de informações para o desenvolvimento e planejamento da empresa que se deseja abrir, o mesmo vai se tornar um documento onde conterá os dados de todas as áreas de abrangência do empreendimento, como os objetivos, metas, estratégias de marketing, seus pontos fortes e fracos, e principalmente sua viabilidade.

De acordo com SEBRAE (2011)

O plano de negócios é um documento formal que contém informações sobre o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o novo negócio. Além de ser um ótimo instrumento de apresentação do negócio para o empreendedor que procura sócio ou um investidor.

Para Filion e Dolabela (2000, p. 164) “O Plano de Negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa.

Com a elaboração do plano de negócio o empreendedor vai encontrar um caminho mais seguro para seguir e encontrar o sucesso para seu empreendimento, pois, como ele é elaborado com um grande planejamento vai diminuir muitos riscos e incertezas.

2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios

Um plano de negócios deve ser elaborado por vários motivos, como, saber antes da implantação ou da ampliação do empreendimento sua viabilidade, auxiliar na diminuição dos riscos, obter um bom planejamento para assim conseguir

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aumentar seus lucros, proporcionar uma visão ampla do mercado para auxiliar os empreendedores, entre outros.

Dornelas (2001, p. 97) acredita que com a elaboração do plano de negócios é possível:

- Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. - Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar decisões corretivas quando necessário.

- Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco etc.

- Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa.

- Estabelecer uma comunicação intera eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.)

O plano de negócios inicia com uma ideia, projeto de uma pessoa em abrir sua própria empresa, ele serve para tornar seu sonho em realidade, mas sempre lembrando que não vai existir um empreendimento sem riscos e incertezas, é por isso que o plano de negócios vem se tornando indispensável.

Segundo Filion (1991) apud Filion e Dolabela (2000, p. 30)

Antes de tomar qualquer iniciativa, isto é, antes de “por a mão na massa”, o empreendedor precisa dispor de uma estrutura de pensamento sistêmico e visionário, porque é com base nisso que poderá fixar seus objetivos e traçar o caminho para atingi-los _ incluindo a previsão dos obstáculos e limites que deverá encontrar.

Para Mecca; et all (2011, p. 5)

O plano de negócio é umas das peças mais importantes para o candidato a empreendedor, podendo utilizá-lo para tomar a decisão correta de fazer o investimento ou não, o negócio que está estudando e analisando para sua vida. Muitas pessoas utilizam todas suas economias para abrirem seu próprio negócio e não vão ter uma segunda chance para tentar novamente, por isso o plano de negócio deve ser considerado como de extrema importância e não deve ser feito de qualquer forma.

2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios

O plano de negócios não se destina única e exclusivamente aos empreendedores das entidades, mas tem com ele seu principal usuário, por ser um

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documento que o auxilia na implantação, avaliação, planejamento e analise de seu empreendimento, com isso diminuindo seus riscos e aumentando seu sucesso.

Segundo Pavani et all (1997) apud Dornelas (2001, p. 98) “vários são os públicos-alvo de um plano de negócios, entre eles, pode-se citar:”

- Mantenedores das incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governo, associações etc.): para outorgar financiamentos a estas.

- Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes.

- Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc.

- Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimentos, angels, BNDES, governo etc.

Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento.

- A empresa internamente; para comunicação da gerência com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação).

- Os clientes: para venda do produto e/ou serviços e publicidade da empresa.

- Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade.

Com isso constata-se que o plano de negócio se destina a vários públicos, basta que os mesmos tenham o interesse de obter um planejamento bem elaborado, com todas as informações necessárias para as suas organizações.

2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios

De acordo com Dornelas (2001, p. 105) “Não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas. O que se recomenda é escrever o plano de negócios de acordo com as necessidades do público-alvo”.

Jian (1997) apud Dornelas (2001, p. 105) descrevem alguns tipos e tamanhos de planos de negócios:

Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro ou quando se necessita apresentar uma visão completa do seu negócio. Pode variar de quinze a quarenta páginas, mais material anexo;

Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um plano de negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de dez a quinze páginas.

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Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação junto aos funcionários.

Também o que pode alterar o tamanho de um plano de negócios é o formato e os recursos que serão utilizados na sua elaboração.

2.2.5 Estrutura de um Plano de Negócios

Como cada empresa possui suas particularidades, não existe uma estrutura específica para a elaboração de um plano de negócios. Porém, existem algumas seções que devem ser seguidas para que o plano de negócios proporcione um bom entendimento da empresa. O quadro 3 vai mostrar a estrutura sugerida por Filion e Dolabela.

Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios

SUMÁRIO EXECUTIVO

Enunciado do projeto

Competência dos responsáveis Produtos e tecnologia

Mercado potencial- a potencialidade Elementos de diferenciação

Previsão de vendas

Rentabilidade e projeções financeiras Necessidades de financiamento

A empresa

A missão Objetivos

Situações planejadas / desejadas Foco

Estrutura organizacional e legal Descrição legal

Estruturação funcional, diretoria, gerencia e equipe Descrição da unidade fabril

Síntese das responsabilidades da equipe dirigente Plano de operações

Administração Comercial

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Terceirização Sistematização de gestão Parcerias O plano de marketing Análise de mercado O setor Oportunidades e ameaças Clientela Segmentação Concorrência Fornecedores Estratégias de marketing O produto

Tecnologia e ciclo de vida Vantagens competitivas

Planos de pesquisa e desenvolvimento Preço

Distribuição

Promoção e publicidade

Serviço ao cliente (venda e pós – venda) Relacionamento com os clientes

O plano financeiro

Investimento Inicial Projeção Dos Resultados Projeção De Fluxo De Caixa Balanço Patrimonial

Ponto De Equilíbrio Análise De Investimento

Fonte: Filion e Dolabela (2000, p. 179 e 180)

A seguir caracterizam-se as seções necessárias para a elaboração de um plano de negócios.

2.2.5.1 Sumário Executivo

O sumário executivo é uma introdução do negócio, é a principal seção na elaboração de um plano de negócios, por depender de todas as outras seções necessárias de um plano deve ser escrito por último e revidado muitas vezes para alcançar o objetivo máximo.

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Um extrato competente e motivante do Plano de Negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso, sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta.

Como é no sumário executivo que se da à visão geral do negócio, deve-se tomar cuidado com alguns itens indispensáveis, como, o enunciado do projeto, as competências dos responsáveis, os produtos, serviços e tecnologias, o mercado potencial, os elementos de diferenciação, previsão de vendas e o resumo da parte financeira.

2.2.5.2 Descrição da Empresa

A descrição da empresa é a seção em que se detalha tudo que se pretende implantar na organização, tratando basicamente da estrutura de funcionamento legal e operacional do negócio. É nesta faze em que se descreve o porquê de sua implantação, o seu propósito, a sua constituição jurídica, os produtos que ira comercializar, a sua infra-estrutura, enquadramento fiscal, localização, seu capital, entre outras.

No entendimento de Rosa; et all (2011, p. 7) descrição da empresa é:

Onde se descreve dados da empresa, como razão social, histórico, capital social, estrutura organizacional e legal, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados,etc. Importante também, descrever as pessoas envolvidas, a busca por potenciais para desenvolvimento e estratégia da empresa, junto com seu crescimento. Também devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de seu pessoal.

Esta seção se divide da seguinte forma: missão, objetivos, estrutura organizacional e legal e plano de operações, síntese das responsabilidades da equipe dirigente, plano de operações e parcerias.

2.2.5.3 Plano de Marketing

O plano de marketing é a seção onde se definem as estratégias que irão ser executadas no decorrer do funcionamento da empresa, para obter com maior êxito

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os objetivos pretendidos, para conseguir analisar os pontos fortes e fracos e o ambiente no qual a empresa vai atuar. Tendo assim o plano de marketing como objetivo principal saber se a empresa é viável ou não.

Na opinião de Lacruz (2008, p. 23)

O Plano de Marketing é o elo entre a empresa e o cliente. Através do Plano de Marketing definem-se estratégias que objetivam convencer clientes em potencial a comprarem o produto / serviço da sua empresa (tornando-se clientes reais ) em vez dos oferecidos pelos concorrentes.

Para que um plano de marketing seja bem elaborado deve conter basicamente, a análise de mercado, o estudo dos produtos / serviços, o exame da clientela-alvo, a análise da concorrência, a estratégia empresarial, as estratégias de marketing e a projeção de vendas (LACRUZ, 2008).

No entendimento de Filion e Dolabela (2000, p. 171) “o Plano de Marketing é constituído por ações em dois momentos: análise prévia de mercado e estratégia a ser executada após o início da operação”.

2.2.5.4 Plano Financeiro

É com o plano financeiro que se pode avaliar a possibilidade ou não de se alcançar as metas financeiras do empreendimento, ele é composto por um conjunto de informações, controles e planilhas de cálculos, as quais vão servir como tecnologias gerenciais para o planejamento financeiro do empreendimento.

Segundo Filion e Dolabela (2000, p. 172)

O Plano Financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde da empresa, sendo utilizada pelo empreendedor para conduzir suas atividades dentro de parâmetros planejados, corrigir distorções, adaptar-se as novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura e projetar novos investimentos com base em níveis de crescimento previstos e desejados.

A composição do plano financeiro deve conter os seguintes elementos: as projeções financeiras, os índices de desempenho, cálculo do ponto de equilíbrio, cálculo do custo de operar a empresa sem vender e sem produzir, a demonstração do resultado do exercício, o fluxo de caixa, projeção do balanço e alguns cálculos de indicadores como, margem bruta, lucro bruto, retorno de investimentos, índice de liquidez, entre outros.

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2.3 ATIVIDADE COMERCIAL

Atividade comercial é basicamente uma troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra, realizada entre comércio e comerciantes.

No entendimento de Iudícibus e Marion (2000, p. 25)

A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, em mercados física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também, que o comerciante é a pessoa física ou jurídica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias.

2.3.1 Empresa Comercial: características

As empresas comerciais são aquelas que possuem fins lucrativos, que estão correndo riscos no mercado onde atuam, estão em contato com fornecedores e consumidores.

No conceito de Iudícibus e Marion (2000, p. 31) sociedades comerciais:

São aquelas que praticam ato de comércio com fins lucrativos. Portanto, qualquer sociedade com fins lucrativos, prevista no código Comercial Brasileiro ou em lei, constituída com o objetivo de comprar e vender mercadorias, transformar matérias-primas em produtos acabados ou semi-acabados, explorar negócios bancários etc., cujas operações são efetuadas com objetivos econômicos (ato de comércio), é sociedade comercial ou mercantil.

Portanto, a empresa para qual estamos realizando este plano de negócios se trata de uma empresa comercial.

2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição

No entendimento de Wernke (2001, p. 128) “Todos os esforços despendidos para a aquisição das mercadorias, materiais ou serviços até o momento de sua utilização participam do custo de compra. Assim, compõem os custos de compra os seguintes fatores:”

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 (-) Descontos dados na fatura ( incondicionais, mencionados no corpo da nota fiscal. Não são os descontos recebidos por pagamento no vencimento ou antecipado da duplicata)

 (+) Despesas acessórias (fretes, seguros, outros)

 (+) Impostos não recuperáveis fiscalmente (IPI no comércio)

 (-) Impostos recuperáveis fiscalmente ( IPI e ICMS na indústria e ICMS no comércio)

 (=) Custo de aquisição das mercadorias, materiais ou serviços. (WERNKE, 2001, p. 129)

A diferença que podemos observar nesse cálculo são os impostos recuperáveis fiscalmente, que na indústria o IPI e o ICMS são recuperáveis, já no comércio somente o ICMS é recuperável.

Mas no caso da empresa para qual estamos elaborando o plano de negócio, o ICMS não é recuperável por ser optante do Simples Nacional, referente a instruções da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,

2.3.3 Despesas Mensais

As despesas são os principais itens na composição do preço de venda no comércio, pois elas estão ligadas diretamente a venda das mercadorias.

No conceito de Wernke (2001, p. 12)

Despesas: expressam o valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa. Geralmente, essas atividades podem ser classificadas em despesas comerciais, despesas administrativas e despesas financeiras.

Berti (2010, p. 20) acrescenta que “gasto que provoca redução do patrimônio constitui a despesa. Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas. O esforço no sentido da obtenção da receita deve ter contrapartida a entrega ou promessa de entrega de ativos.”

As despesas podem ser divididas em fixas e variáveis, as despesas fixas não alteram com a variação de venda ou da prestação de serviços, ou seja, não irão mudar com a alteração da receita, exemplo: salários administrativos, despesas com alugueis. Já as despesas variáveis se alteram com a variação das receitas, exemplo: imposto incidente sobre o faturamento.

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2.3.4 Formação de Preços de Vendas

A Formação do preço de venda de produtos ou de serviços é muito influenciada pelo mercado onde a empresa atua, ela deve ter grande conhecimento de seus concorrentes e clientes, para poder seguir os valores que estão sendo utilizados no mercado, mas sei deixar de saber qual a estrutura de sua empresa e qual o valor mínimo com que ela pode operar.

Para Perez Jr.; et all (2005, p. 270) vários fatores influenciam a formação de preço de um produto ou serviço, e o grau de influência de cada fator oscila ao longo do tempo, como:

Concorrência: nos mercados onde há varias empresas oferecendo

produtos semelhantes, o preço tenderá a ser menor do que seria se não houvesse competidores.

Clientes: ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se

preocupam com as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o consumo, ou até mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a fabricar o produto, ou adquirir um produto substituto.

Gastos: para produzir um produto, as empresas incorrem em uma

série de gastos. O que o empresário espera é recuperar todos os gastos que efetuou e ainda obter algum lucro.

Governo: pode ter uma influência muito forte na formação dos

preços dos produtos e serviços ou mesmo determinar o preço do produto. São muitas as formas de que dispõe o governo para influir nos preços: subsídio, incentivos fiscais à produção, à exportação, restrições ou estímulos à importação, criação ou ampliação de tributos etc.

Bruni e Famá (2004, p. 321) apresenta alguns objetivos no processo de formação de preços, como:

 Proporciar, a longo prazo, o maior lucro possível

 Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado

 Maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios operacionais

 Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios auto-sustentado

Ainda no contesto de Bruni e Famá (2004, p.322 e 323) existem três processos que podem ser empregados na definição de preços:

- Nos custos: diversas razões poderiam ser apresentadas como justificativa

ao emprego do método de definição de preços com base nos custos: simplicidade- ajustando preços a custos, não é necessário preocupar-se com ajustes em função da demanda, segurança- vendedores são mais seguros quanto a custos incorridos do que aspectos relativos à demanda e a mercado consumidor, justiça- muitos acreditam que o preço acima dos

(33)

custos é mais justo tanto para consumidores, quanto para vendedores, que obtêm um retorno justo por seus investimentos, sem tirar vantagens do mercado quando ocorrem elevações da demanda.

- No consumidor: baseia-se no valor percebido do produto pelo mercado

consumidor. Nessa metodologia, as empresas empregam a percepção que os consumidores têm valor do produto, e não dos custos do vendedor.

- Na concorrência: as empresas prestam pouca atenção a seus custos ou

a sua demanda- a concorrência é que determina os preços a praticar. Os preços podem ser de oferta- quando a empresa determina seu preço segundo seu julgamento sobre como os concorrentes irão fixar seus preços.

Wernke (2001, p. 127) relata alguns fatores que interferem na formação do preço de venda, como:

a) qualidade do produto diante das necessidades do mercado consumidor; b) existência de produtos similares a preços menores;

c) demanda estimada do produto;

d) controle de preço por órgãos regulares;

e) níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar; f) custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto; g) níveis de produção e vendas desejados etc.

Santos (2011, p. 8) afirma a necessidade de fixação de preço:

Pode-se afirmar que a fixação de preços de venda dos produtos e serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma empresa, independentemente de seu tamanho, da natureza de seus produtos ou do setor ecônomico de sua atuação. Esta dificuldade de formar preços pode atingir toda uma cadeia produtiva, desde o fornecedor de matéria-prima, passando pelo fabricante, distribuidores, varejistas até o consumidor final.

A formação do preço de venda é fundamental para a sobrevivência da empresa, não importando o seu porte, por isso é necessário ser analisado todos os processos apresentados, sem deixar de fazer uma boa análise do mercado em atuação, para assim poder atuar com o preço de venda adequado.

2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up

O Mark-up auxilia a formação do preço de venda, pois é um índice que pode ser aplicado no custo de um produto ou serviço.

Segundo Bruni e Famá (2004, p. 340) “para se chegar ao preço a ser praticado, muitas vezes pode-se empregar o mark-up, do inglês marca acima, índice que, aplicado sobre os gastos de determinado bem ou serviço, permite a obtenção do preço de venda”.

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A principal razão da aplicação do mark-up decorre do fato de possibilitar uma grande simplificação do processo de formação dos preços – já que custos fixos e demais gastos são incorporados diretamente no percentual do mark-up, não precisando ser apurados individualmente por produto ou serviço comercializado. O conceito de mark-up é bastante empregado em empresas comerciais, (BRUNI e FAMÁ, 2004, p. 343).

Ainda no entendimento de Bruni e Famá (2004, p. 341)

O mark-up pode ser calculado de duas formas: multiplicador – mais usual, representa por quanto devem ser multiplicados os custos variáveis para se obter o preço de venda a praticar; e divisor – menos usual, representa percentualmente o custo variável em relação ao preço de venda.

Já no conceito de Wernke (2001, p. 130)

A taxa de marcação ou Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, Cofins ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissões da administradora do cartão de crédito etc.), despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro.

Para Wernke (2001, p. 130 e 131) também existem duas formas de utilização do mark-up.

Mark-up divisor:

a) listar todas as Despesas Variáveis de Venda (DVVs) - ICMS s/vendas

- Comissões s/vendas - Lucro desejado b) somar as DVVs

c) dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária) d) o quociente da divisão deve ser subtraído de “1”

e) dividir o Custo de Compra pelo mark-up divisor Mark-up Multiplicador: a) listar todas as DVVs - ICMS s/vendas - Comissões s/vendas - Lucro desejado b) somar todas as DVVs

(35)

d) o mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior (c).

e) o preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da mercadoria pelo Mark-up multiplicador.

A utilização do mark-up divisor ou multiplicador não vai alterar o valor do preço de venda.

2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO

Os indicadores de análise de resultado são de suma importância nas decisões gerenciais na área de custos em uma empresa, pois proporcionam inúmeros benefícios informativos. Sua análise é dividida em custo/volume/lucro, essa expressão abrange os conceitos de margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança.

No entendimento de Wernke (2001, p. 41) “as análises de custo/volume/lucro são modelos que visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as inter-relaçoes existentes entre as vendas, os custos (fixos e variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”.

Esta análise também permite que sejam resolvidas questões relacionadas com o lucro como, se ocorrerá um aumento ou diminuição do custo, do volume de vendas e a redução ou majoração dos preços de venda.

2.4.1 Margem de Contribuição

A margem de contribuição é de grande importância para a teoria do cálculo do ponto de equilíbrio, por estar relacionada diretamente com o cálculo, importante também na tomada de decisões gerenciais e para o custeio variável e por ser a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis, demonstra quais produtos são mais rentáveis para a empresa.

No entendimento de Wernke (2001, p. 42) “a margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado”.

(36)

A diferença entre o preço de venda e o custo e despesas variáveis de cada produto ou serviço; é o valor com que cada unidade contribui para o pagamento dos custos e despesas fixas e para a formação do lucro. A margem de contribuição pode ser: unitária quando a contribuição é oriunda de uma só unidade de produto; ou total quando provém de diversas unidades de produto e indica quantitativamente a importância do produto no desempenho global da empresa.

Segundo Berti (2010, p. 151)

Chama-se margem de contribuição de um produto ou linha de produtos, a parcela de receita que resta após deduzidos os custos variáveis, unitários e/ou totais. Os variáveis totais são por linha de produtos e compostos dos custos variáveis (ou proporcionais) de produção e de venda. A margem de contribuição é, pois, um valor restante destinado a cobrir os custos fixos (periódicos regulares e/ou programados) e ainda para formar o lucro desejado.

Wernke (2001, p. 44) apresenta algumas vantagens e limitações na utilização da margem de contribuição, como:

- Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a redução de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando o aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento no volume de vendas necessário para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais;

- a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda;

- basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo;

- é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.

Segundo Vieira (2010, p. 39) a fórmula da margem de contribuição unitária é dada pela fórmula:

MCu = PVu - CVu - DVu

Onde:

MCu = margem de contribuição unitária; PVu = preço de venda unitário;

CVu = custos variáveis unitários; DVu = despesas variáveis unitárias.

(37)

E a margem de contribuição total é dada pela fórmula:

MC total = MCu x Quantidade vendida

Onde:

MC Total = margem de contribuição total; MCu = margem de contribuição unitária.

A margem de contribuição apesar de algumas limitações apresentadas acima, é de fundamental importância as empresas, pois objetiva a redução dos custos, dos preços unitários de venda, e o aumento nas vendas.

2.4.2 Ponto de Equilíbrio

O Ponto de Equilíbrio é aquele em que o nível de venda não possui nem lucro nem prejuízo, é nele em que começa a análise de custo/volume/lucro de uma empresa.

Segundo Berti (2010, p. 149)

Ponto de Equilíbrio é o momento em que o resultado das operações da empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual à soma dos custos e despesas totais. Se a empresa operar acima desse nível, passa a ter um resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo (prejuízo).

Para Wernke (2001, p. 49) “o ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro”.

Existem três tipos de ponto de equilíbrio, o contábil, financeiro e econômico, eles vão ser utilizados conforme a necessidade da empresa, para gerarem as informações gerenciais necessárias.

Wernke (2001, p. 50 a 53) apresenta as diferenças e as fórmulas de cada ponto de equilíbrio: “O ponto de equilíbrio contábil em unidades define o número de produtos (peças, metros, quilos etc.) que deve ser fabricado e vendido para que o resultado seja zero (não haja lucro nem prejuízo)”.

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PEC un. = Custos fixos $

Margem de contribuição unitária $

“O ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor) representa qual o valor mínimo (em $) que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem lucro”.

O mesmo é obtido pela seguinte fórmula:

PEC valor = Custos fixos $

Percentual da Margem de contribuição unitária (%)

No ponto de equilíbrio financeiro (PE fin.), calcula-se o nível de atividades (quer em unidades, quer em valor monetário) suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamentos bancários, (WERNKE, 2001, p. 52).

Esse ponto de equilíbrio é obtido pela seguinte fórmula:

PE fin. = Custos fixos ($) – Depreciações ($) + Dívidas do período ($)

Margem de Contribuição Unitária ($)

A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar a informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo fixado pela diretoria da empresa. A quantidade necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio econômico (PE econ.) (WERNKE, 2001, p. 53).

O ponto de equilíbrio econômico é obtido pela seguinte fórmula:

PE econ. = Custos fixos ($) + Lucro desejado ($)

Margem de contribuição unitária ($)

O cálculo do ponto de equilíbrio atende a alguns objetivos empresarias, os quais são apresentados por Santos (2005, p. 50)

a) alteração do “mix” de vendas, tendo em vista o comportamento do mercado;

b) alteração de políticas de vendas com relação a lançamento de novos produtos;

Referências

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