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Academic year: 2021

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FATEC - SP

DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA

ESCAVAÇÕES

ADENSAMENTO DE SOLOS

Parte A: Recalques

AULA 11

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(3)

1. RECALQUES IMEDIATOS

Recalque ocorre no instante da aplicação da

carga, através do rearranjo das partículas do

solo;

É produzido sem variação de volume;

(4)

2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.1. Definição

Ocorre nos solos saturados e de baixa

permeabilidade (argilosos), tratando-se da variação

do índice de vazios do material.

Ao se acrescentar uma carga adicional sobre esse

tipo de solo, haverá um recalque não instantâneo,

que poderá ser estimado pela variação do índice

de vazios e se dá através da fuga de água. P

Recalque se dá com variação de volume e num

tempo bem mais longo do que no caso das

areias.

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.1. Definição

Fig. 7.1a - porção de solo antes do adensamento

SITUAÇÃO INICIAL antes da aplicação da carga

SITUAÇÃO FINAL

certo tempo após a aplicação da carga

i

1 1

f 

Fig. 7.1b - porção de solo após o adensamento R = recalque total ou final por adensamento primário

H = altura inicial da camada de argila saturada

i = índice de vazios inicial da argila saturada

f = índice de vazios final (após o adensamento) da camada de argila

 = i - f = variação do índice de vazios da camada de argila

H

R

i

1

H

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.2. Validade da Teoria do adensamento

Dissipação das pressões neutras é lenta, por efeito

de drenagem da água presente

Esse fenômeno ocorre normalmente nas argilas

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.3. Hipóteses básicas simplificadoras

a camada compressível tem espessura constante, é

lateralmente confinada e o SOLO que a constitui é

HOMOGÊNEO

todos os vazios do solo estão preenchidos com

água (SOLO SATURADO)

tanto a água como as partículas sólidas são

INCOMPRESSÍVEIS

o escoamento da água obedece a LEI DE DARCY

(com permeabilidade constante), e se processa

unicamente na DIREÇAÕ VERTICAL

uma variação na pressão efetiva do solo causa uma

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

executado sobre amostras indeformadas

Normalmente utiliza-se amostradores tipo “SHELBY”, em

furos de sondagem com diâmetro da ordem de 4” a 6”

(100 a 150 mm).

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

Execução do ensaio

 aplicação de cargas em estágios crescentes

 A aplicação de um acréscimo de pressão só é feito após o

adensamento da amostra (estabilização da pressão neutra), sob a carga anterior.

Dessa forma, para cada valor de pressão aplicada “P”

determina-se, através do defletômetro, a variação do índice de vazios final, para cada estágio de carga.

1 - corpo de prova cilíndrico 2 - anel metálico

3 - discos porosos rígidos 4 - recipiente com água

5 - placa rígida para aplica-ção de cargas

6 - vigas 7 - tirantes 8 - defletômetro

9 - suporte do defletômetro fixo 10 - sentido das cargas axiais

aplicadas Q

Fig. 7.2 - Equipamento para o ensaio edométrico 8 9 6 5 7 2 4 NA 3 1 10

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

Apresentação dos resultados

 Plotando-se os valores da pressão aplicada versus índice de

vazios final (em papel monolog), obtemos a curva de adensamento temos:

Fig. 7.3 - Curva de adensamento log P

Pa

 i

1 - reta de recompressão

2 - reta de compressão virgem

 log P

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

A curva de adensamento permite obter “Pa”, que

é a chamada

Pressão de pré-adensamento

e

que corresponde à máxima pressão a que o solo

esteve sujeito anteriormente, no ponto de retirada

daquela amostra.

No trecho 1 (reta de recompressão), pode-se

definir o coeficiente “ C

R

“ corresponde à inclinação

dessa reta, ou seja, a tangente calculada por

e /

log P.

No trecho 2 (reta de compressão virgem), pode-se

definir o coeficiente “ C

C

“, correspondente à

inclinação da reta nesse trecho da curva de

adensamento.

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

2.4.1. Determinação da pressão de pré-adensamento

PA logP

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.4. Ensaio edométrico ou de adensamento

 2.4.1. Determinação da pressão de pré-adensamento

 prolongar a reta virgem;

 fixar o ponto de inflexão, correspondente ao ponto de maior

curvatura entre as duas retas (recompressão e virgem);

 traçar a reta tangente ao ponto de inflexão;

 traçar uma horizontal passando pelo ponto de inflexão;

 traçar bissetriz do ângulo  (entre a linha horizontal e a

tangente ao ponto de inflexão);

traçar reta perpendicular pelo ponto “ A “ (cruzamento da

bissetriz com o prolongamento da reta virgem).

A perpendicular baixada pelo ponto “ A “ irá cortar o eixo “ log P”. O valor correspondente da pressão, nesse

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.5. Classificação das argilas em função da

pré-adensamento

 Para se fazer essa classificação há necessidade de se

determinar preliminarmente a pressão devida ao próprio peso

de terra “ Pe “, na profundidade de retirada da amostra.

Para uma amostra retirada da profundidade: Z = Z1 + Z2 a ser

submetida ao ensaio de adensamento, a pressão devida ao próprio peso de terra pode ser escrita:

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.5. Classificação das argilas em função da

pré-adensamento

Solos normalmente adensados: Pa = Pe

 camada de solo analisada atingiu o equilíbrio para a pressão de peso

de terra a que está submetida.

 Para qualquer acréscimo de pressão pode se esperar um recalque

proporcional ao coeficiente “ CC “ obtido da reta de compressão virgem.

solos pré-adensados: Pa > Pe

 a camada de solo em questão já esteve submetida a uma pressão

maior do que a atual (é provável que tenha havido erosão do solo ou algum carregamento que foi posteriormente retirado).

Para um acréscimo de pressão “  P “, que somado à pressão de peso

de terra “ Pe “ resulte menor ou igual a “Pa”, teremos o recalque

proporcional ao coeficiente “ CR “ obtido da reta de recompressão. Os

valores que excederem a esse limite de “  P “, terão recalque

proporcional a “ CC “ obtido da reta de compressão virgem.

Solos em processo de adensamento: Pa < Pe

 O adensamento da camada de solo em questão, devido ao peso

próprio de terra que existe sobre ela, ainda não se processou inteiramente.

 Deve-se esperar, neste caso, para qualquer acréscimo de pressão,

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.6. Estimativa de recalques totais “R”

 graficamente e diretamente sobre a curva de adensamento

utilizando-se a fórmula:

H

R

i

.

1

 através dos coeficientes “ CC “ e “ CR “ , obedecendo-se os

critérios de classificação da argila mole e utilizando-se da fórmula:





e e c i

P

P

P

C

H

R

.

.

log

1

(*)

(*) CC ou CR conforme o caso

R= recalque total da camada de argila mole[m] H= espessura total da camada de argila mole[m]

i= índice de vazios inicial

CC= coeficiente de compressibilidade (da reta de compressão virgem) CR= coeficiente de recompressão (da reta de recompressão)

Pe= pressão efetiva de peso de terra no centro da camada mole[Kgf/cm2]

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.7. Tempo de adensamento

 Importante conhecer o tempo que o recalque levará para se

processar.

 Dependendo das características da argila (permeabilidade e

espessura, presença ou não de lentes de areia no meio da massa argilosa, existência de camadas mais permeáveis

acima e abaixo desta) e também da carga excedente

aplicada, pode-se ter desde alguns anos até séculos para a ocorrência do recalque total.

 roteiro para estimativa dos tempos correspondentes às

diversas percentagens do recalque total,

 coeficiente de permeabilidade da camada de argila mole é o

parâmetro mais importante nesse processo e deve ser estimado com bastante critério.

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.7. Tempo de adensamento

 2.7.1. Cálculo do coeficiente de compressibilidade específica

“AVágua V i V

A

K

C

.

)

1

.(

P

P

P

P

C

A

e e c V





log

.

(*) (*) CC ou CR conforme o caso (m2/t)

 2.7.2. - Cálculo do coeficiente de adensamento “CV

(m2/mês)

K=coeficiente de permeabilidade da camada de argila mole

[m/mês]

i=índice de vazios inicial (da camada de argila mole) AG.=peso específico da água [tf/m3]

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.7. Tempo de adensamento

 2.7.3. Cálculo do tempo “ t ” necessário à ocorrência de uma

% de recalque “U”

T

C

H

t

V i

.

2

(mês) Hi=distância de drenagem [m] T=fator tempo

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.7. Tempo de adensamento

 2.7.3. Cálculo do tempo “ t ” necessário à ocorrência de uma

% de recalque “U”

Fig. 7.5a Esquema para Hi = H/2 Fig. 7.5b Esquema para Hi = H

centro da camada de argila

AREIA AREIA H Hi Hi camada de argila AREIA nível do terreno nível do terreno H = Hi

A distância de drenagem Hi depende do tipo de material

existente acima e abaixo da camada de argila mole

 Se ocorrer material drenante (solo arenoso) nas duas faces deve-se

considerar Hi = H/2 onde H é a espessura total da camada de

argila mole.

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2. RECALQUES POR ADENSAMENTO

VERTICAL

2.7. Tempo de adensamento

 2.7.3. Cálculo do tempo “ t ” necessário à ocorrência de uma

% de recalque “U” 2 ) 100 / .( 4 U T   U (%) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 95 99,42 T 0,0079 0,0314 0,0707 0,1257 0,1964 0,2863 0,4028 0,5671 0,8480 1,1289 2,0000 0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 1 0 0 U (%) f a t o r t e m p o T para U < 55% para U > 55% ) 100 .( 933 , 0 781 , 1 U T   

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MUITO

Referências

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