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Prevalência de Cefaleia Tipo Tensional Episódica Frequente em acadêmicos de Psicologia

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Prevalência de Cefaleia Tipo Tensional Episódica Frequente

em acadêmicos de Psicologia

NOGUEIRA, Murillo Henrique Durães 1, REZENDE, Silas Pereira de 2

1 Acadêmico do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Triângulo UNITRI -

MG, Brasil. ( murillonogueira@hotmail.com)

2 Orientador e Professor do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Triângulo

UNITRI - MG, Brasil. (professorsilas2014@gmail.com)

RESUMO

Introdução: A Cefaleia tipo tensional episódica frequente (CTTEF) como episódios frequentes de cefaleia, tipicamente bilateral, sentida como pressão ou aperto, de intensidade ligeira a moderada, durando de minutos a dias. A dor não piora com a atividade física de rotina, não se associa a náuseas, mas pode haver fotofobia ou fonofobia. Podendo implica em incapacidade, fracasso educacional e absenteísmo escolar, maior vulnerabilidade às comorbidades e prejuízo na qualidade de vida.

Objetivo: Avaliar a prevalência de cefaleia do tipo tensional episódica frequente em

acadêmicos do curso de Psicologia. Metodologia: Foram avaliados 156 alunos do curso de psicologia através do questionário para diagnóstico inicial das cefaleias primárias, desenvolvido baseado nos critérios propostos pela International Headache Society, terceira edição, 2014 (CIC, 2014). Resultados: Foram analisados 156 alunos do curso de Psicologia, onde 9 alunos apresentaram CTTEF, idade média de 34,12 anos onde apresentaram pelo menos 10 episódios de cefaleia em média nos 14 últimos a dias, com duração de no mínimo 30 minutos a 7 dias, além de relatarem a intensidade das crises, região bilateral da cabeça. Conclusão: Conclui-se que a cefaleia tipo tensional episódica frequente (CTTEF) é um tipo de cefaleia pouco prevalente entre o meio acadêmico no curso de psicologia. E observa-se uma predominância em relação a fonofobia e a dor moderada nos acadêmicos avaliados.

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INTRODUÇÃO

A cefaleia é uma doença de alta prevalência que acomete indivíduos de idades variadas, e que traz grande prejuízo funcional e social ao indivíduo, afetando a produtividade, concentração e interação com o meio, é uma patologia frequente na faixa etária dos 20-50 anos. É a mais comum das síndromes dolorosas, com importante impacto nas atividades diárias dos indivíduos. Cerca de 9% das consultas por problemas agudos na atenção primária se devem a ela, e existe uma estimativa de que cerca de 90% da população apresentará alguma forma de cefaleia durante a vida. 1,2,3

Trata-se do sintoma neurológico mais comum e de uma queixa médica muito frequente. Apesar das variações regionais, cefaleias são um problema de distribuição mundial, envolvendo pessoas de todas as regiões, idades, raças e nível econômico. 4

De acordo com a Classificação Internacional das Cefaleias 3ª Edição Beta 2013 e a Trad. Portuguesa. Sociedade Portuguesa de Cefaleias, 2014, descreve cefaleia tipo tensional episódica frequente como episódios frequentes de cefaleia, tipicamente bilateral, sentida como aperto ou pressão, de intensidade ligeira a moderada, durando de minutos a dias. A dor não piora com a atividade física de rotina, não se associa a náuseas, mas pode haver fotofobia ou fonofobia. 5

A cefaleia tipo tensional (CTT) é subdividida em: episódica infrequente, episódica frequente e crônica. Essas são diferenciadas pela frequência com que ocorrem as crises. Na CTT episódica infrequente ocorrem menos de 10 crises, acontecendo em menos de 1 dia por mês em média (menos de 12 dias por ano), na CTT episódica frequente ocorrem pelo menos 10 crises que acontecem em 1 ou mais dias por mês, porém, menos de 15 dias por mês (12 ou mais dias por ano, porém menos de 180 dias por ano) e na CTT crônica, a cefaleia ocorre em 15 ou mais dias por mês, em média, por mais de 3 meses (mais que 180 dias por ano). A CTT se caracteriza por dor bilateral, com caráter em pressão/aperto, de intensidade fraca ou moderada e não

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agravada por atividades físicas rotineiras como caminhar ou subir um lance de escadas. As crises podem durar de 30 minutos a 7 dias. 6

A prevalência de cefaleia não difere entre os sexos antes da adolescência, no entanto, um aumento de prevalência significativa ocorre em mulheres em comparação aos homens depois da menarca, e este ponto inevitavelmente conduz à hipótese de que a mulher e seus hormônios sexuais desempenham um papel crucial na fisiopatologia da cefaleia.7 As diferenças entre os sexos são multifatoriais, envolvendo tanto fatores biológicos e fatores psicossociais, dos muitos fatores biológicos, os hormônios sexuais provavelmente são um grande contribuinte .8

Cefaleia é queixa frequente entre jovens estudantes e o prejuízo advindo dessa dor implica em incapacidade, fracasso educacional e absenteísmo escolar em média de 2,8 dias/ano, maior vulnerabilidade às comorbidades e prejuízo na qualidade de vida. Há consenso que as mulheres e jovens adultos são os que mais apresentam cefaleia.9 A ansiedade e o estresse são associados aos estudantes universitários devido a sua inexperiência, ao despreparo em lidar com situações críticas e à interferência das horas exigidas para estudos teóricos. Alguns estados de intensa atividade ou que exijam grau maior de concentração podem ocasionar episódios de cefaleia. Tais queixas são recorrentes e aparentemente sem nenhuma causa física real.10 O estresse é definido como qualquer estímulo que demande do ambiente externo ou interno e que exceda as fontes de adaptação de um indivíduo ou sistema social. O ambiente universitário expõe o acadêmico a situações diárias que demandam adaptações e estas podem ser avaliadas como estressantes. O aluno que inicia a graduação se depara com um ambiente novo, muitas vezes, diferente e distante do contexto de vida e de suas expectativas, o que exige adaptações. 11

A fisiopatologia da cefaleia do tipo tensional é complexa e pouco conhecida. Anteriormente acreditava-se ser decorrente de uma contratura exagerada, anormal, na musculatura da cabeça, pescoço, ombros, até a face, levando à isquemia muscular e liberação de substâncias algiogênicas que causariam a dor. Alguns autores acreditam que a contração sustentada dos músculos esqueléticos da cabeça e pescoço é a fonte primária de tal dor. Quando os tendões estão enrijecidos, mediante a uma situação de tensão e estresse, os mecanismos fisiológicos exigem maior aporte sanguíneo para suprir os músculos em contração, mas quando os músculos tensos não param de se

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contrair, a passagem de sangue para eles pode não ser suficiente, ocorrendo uma isquemia e consequentemente a dor. A contração muscular sustentada ou o suprimento nervoso podem provocar a liberação de substâncias nocivas, como a serotonina, bradicinina e prostaglandina, substâncias que aumentam a dor. 12

A cefaleia é apontada como um transtorno que afeta a maioria da população mundial. Incluídos nessa população estão os estudantes universitários, cujas atividades acadêmicas desenvolvidas exigem significativo empenho, incluindo esforço físico, mental e financeiro. A cefaleia é um transtorno que apresenta características incapacitantes, capazes de influenciar direta e indiretamente no cotidiano dos indivíduos, inclusive impactando negativamente nas atividades acadêmicas.13

Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de cefaleia tipo tensão episódica frequente em acadêmicos do curso de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo-UNITRI.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa de campo com 156 alunos da graduação, de ambos os sexos e maiores de 18 anos do curso de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo UNITRI – período integral –, de março a abril de 2019. Foram excluídos da amostra os alunos menores de 18 anos, os que não foram encontrados em sala de aula durante o período de coleta dos dados, aqueles que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e os que não estavam devidamente matriculados no referido curso.

Nesse contexto, aplicou-se um questionário de acordo com os critérios de Classificação Internacional das Cefaleias – 3ª edição (CIC-III beta, 2014). Por se tratar de uma pesquisa de caráter quantitativo, após a aplicação da referida ferramenta foi feita uma triagem dos indivíduos classificado com cefaleia tipo tensional episódica frequente.

A coleta de dados foi realizada dentro das salas de aula do curso, no Bloco D da referida instituição, em momento propício para o preenchimento do questionário e com a prévia autorização da gestora do curso e do professor presente no local. No momento da abordagem se explicaram aos alunos o objetivo e o intuito da pesquisa em questão, e, depois de ter demonstrado interesse, ele assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual

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estão documentados os objetivos deste estudo. O questionário com os critérios de classificação internacional de cefaleia possuíam 12 questões objetivas relacionadas a: frequência das crises, intensidade das crises, tipo da dor, local da dor, fatores que desencadeiam as crises e tempo de duração da cefaleia. Vale ressaltar que os instrumentos citados acima poderiam ser respondidos com caneta esferográfica de cor azul ou preta com tempo limite de 15 minutos para preenchê-lo.

Após a aplicação dos questionários, os dados foram tabulados para triagem das respostas por meio dos seguintes registros: pelo menos 10 crises ocorrendo em 1 ou mais dias por mês, porém, menos de 14 dias por mês (12 ou mais dias por ano); cefaleia durando de 30 minutos a sete dias; cefaleia com pelo menos duas das seguintes características: localização bilateral, caráter em pressão/aperto (não pulsátil), intensidade fraca ou moderada, é o não agravamento por atividade física rotineira, como caminhar ou subir escadas; ausência de náusea ou vômito, podendo apresentar fotofobia ou fonofobia (apenas uma delas pode estar presente). Posteriormente, tais sintomas foram classificados como cefaleia tipo tensional episódica frequente, conforme os critérios supramencionados.

Cumpre salientar que a realização deste estudo não ofereceu riscos físicos. Para evitar qualquer constrangimento por parte do voluntário devido a dúvidas em relação ao preenchimento do questionário, o pesquisador esteve presente durante toda a coleta de dados.

Todos os participantes da pesquisa receberam duas cópias do Termo livre e esclarecido. Cada um dos respondentes ficou com uma cópia do referido documento, ao passo que a outra permaneceu com o pesquisador. O projeto foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Triângulo-UNITRI, tendo sido aprovado sob o parecer 3.329.685.

RESULTADOS

De 156 questionários dos alunos do curso de Psicologia analisados, apenas 9 responderam aos critérios diagnósticos de CTTEF, baseado na classificação internacional de cefaleia. A idade média encontrada entre esses alunos foi de 34,12 anos (∓12,04), dos quais 1 (11,11%) é do gênero masculino e 8 (88,89%) do gênero feminino, onde apresentaram pelo menos 10 episódios de cefaleia em média nos 14 últimos a dias, com duração de no mínimo 30 minutos a 7 dias, além de relatarem intensidade ligeira, moderada e grave das crises na região bilateral da cabeça, e o não agravo da cefaleia ao

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realizar atividade física ou rotineiras, não se associa a náuseas e vômitos e apresentando também fotofobia ou fonofobia.

Tabela 1 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´Em media de 1 a 14 dias quantas vezes sofreu com cefaleia ?``

Respostas Frequências Porcentagens

10 vezes 5 56%

Mais de 10 vezes 4 44%

Total 9 100%

Como demonstrado Tabela 1 - 56,56% acadêmicos com CTTEF apresentaram 10 crises de cefaleia nos últimos 14 dias, enquanto 44,44% apresentaram mais de 10 crises de cefaleia nos últimos 14 dias.

Tabela 2 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´Qual e a intensidade das crises ?``

Respostas Frequências Porcentagens

Leve 1 11%

Moderada 5 56%

Forte 3 33%

Total 9 100%

De acordo com a tabela 2- 11% mostrou intensidade fraca , 56% mostraram intensidade moderada , e 33% mostraram intensidade forte.

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Tabela 3 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´Em qual região da cabeça costuma doer ?``

Respostas Frequências Porcentagens

Bilateralmente 9 100

Total 9 100%

Em relação a região dos sintomas dolorosos 100% dos acadêmicos em questão responderam bilateralmente.

Tabela 4 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´Qual e o tipo de dor que você sente ?``

Respostas Frequências Porcentagens

Aperto 5 56,%

Pressão 4 44,%

Total 9 100%

Quando perguntado sobre o tipo de dor apresentada 56% responderam em aperto, 44% responderam pressão.

Tabela 5 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´ Quanto tempo dura sua dor de cabeça ? ``

Respostas Frequências Porcentagens

Mais do que 30 minutos 2 22%

Horas 5 56%

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Total 9 100%

Quando perguntado aos acadêmicos em questão sobre o tempo que dura a dor de cabeça 22% responderam que mais que 30 minutos, 56% responderam horas com episódio de cefaleia e 22% relataram sentir cefaleia por dias.

Tabela 6 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´A dor de cabeça se agrava com atividade física ?``

Respostas Frequências Porcentagens

Não se agrava com atividade física 9 100%

Total 9 100%

Ao serem perguntados se a dor de cabeça se agrava com atividade física 100% dos acadêmicos em questão responderam que não se agrava com atividade física.

Tabela 7 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas emitidas pelos

acadêmicos, com relação à questão ´´A dor de cabeça e desencadeada por ?``

Respostas Frequências Porcentagens

Luz 1 11%

Sons 8 89%

Total 9 100%

Quando perguntado sobre oque desencadeia a dor de cabeça 89% responderam fonofobia e 11% respondeu fotofobia.

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DISCUSSÃO

Em pesquisa realizada por Oliveira et al 13 a cefaleia é apontada como um transtorno que afeta a maioria da população mundial. Incluídos nessa população estão os acadêmicos, cujas atividades desenvolvidas exigem significativo empenho, incluindo esforço físico, mental e financeiro. 13 Colaborando com a premissa do alto índice de cefaleia entre acadêmicos; Segundo Lopes et al 14 realizaram um estudo com 200 alunos do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e constataram que 99% dos entrevistados referiram ter sentido cefaleia alguma vez na vida. 14 Da mesma forma que o índice de cefaleia em acadêmicos do presente estudo foi compatível com o da população geral, o gênero feminino também se mostrou mais afetado.13,14

De acordo com Karli et al 15 a prevalência de cefaleia não difere entre os sexos antes da adolescência, no entanto, um aumento de prevalência significativa ocorre em mulheres em comparação aos homens depois da menarca, e este ponto inevitavelmente conduz à hipótese de que a mulher e seus hormônios sexuais desempenham um papel crucial na fisiopatologia da cefaleia.15 Segundo Chaia et al 8 as diferenças entre os sexos são multifatoriais, envolvendo tanto fatores biológicos e fatores psicossociais, dos muitos fatores biológicos, os hormônios sexuais provavelmente são um grande contribuinte.8,15

A prevalência da cefaleia tipo tensional episódica frequente (CTTEF) encontrada nesta pesquisa, foi de 8 voluntarias do gênero feminino correspondendo a (88,89%) , e 1 voluntario do gênero masculino correspondendo a (11,11%), estes resultados corroboram com Lima et al 16 que ao estudar a cefaleia tipo tensional episódica frequente em acadêmicos do curso de fisioterapia observaram que a incidência de cefaleia em mulheres eram maiores que em homens, de modo que dos 240 estudantes que responderam o questionário (Classificação Internacional de Cefaleias, 3ª edição, 2014), 18 apresentaram a CTTEF, onde 17 (94,44%) eram do gênero feminino e 1 (5,56%), do masculino. 16

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Por outro lado, segundo estudos realizados por Lima et al 16 em estudo da prevalência da CTTEF nos acadêmicos de fisioterapia obtiveram idades que variaram de 18 a 30 anos, com média de 20 anos e 11 meses e desvio padrão de três anos e um mês.Em revisão bibliográfica sobre a CTT, Cruz, et al 20 observaram que geralmente as cefaleias primárias, iniciam-se na adolescência, atingindo um pico por volta da terceira década de vida, indo ao encontro com Stallbaum et al 21 ressaltam que a incidência é mais alta na faixa de 25 a 55 anos, período de produtividade populacional.

Corroborando com o presente estudo onde a média de idade encontrada foi de 34,12 anos (∓12,04), dos quais 1 (11,11%) são do gênero masculino e 8 (88,89%). do gênero feminino.

Em estudo realizado por Lima et al 16 onde eles avaliaram a cefaleia tipo tensional episódica frequente por meio da CIC – 3ª edição (CIC-III beta, 2014) em alunos do Fisioterapia. Observou-se uma frequência 7 dias por mês em (55,56%) dos acadêmicos com CTTEF enquanto (44,44%) têm entre 4 e 11 crises de cefaleia por ano. Corroborando com o presente estudo onde 56% dos alunos apresentam 10 episódios de cefaleia em 14 dias e 44% apresentam mais de 10 episódios de cefaleia em 14 dias por mais de 3 meses. Ao analisar as duas amostras nota-se que, no presente estudo houve um número maior de episódios dolorosos num espaço de tempo menor em relação aos acadêmicos do estudo realizado por Lima et al 16. Mais de acordo com a classificação internacional de cefaleia os dados entram dentro dos critérios diagnósticos de cefaleia tensional episódica frequente.5

Em uma avaliação clínica de 50 pacientes portadores de CTTE realizada por Matta et al 17 na Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), metade dos pacientes, ou seja, 25 apresentaram episódios de dor leve e 17 pacientes (34%) dor moderada. Não corroborando com o presente estudo, onde a intensidade da dor apresentada pelos acadêmicos foi considerada de leve em 11% dos acadêmicos e moderada em 56% dos acadêmicos e 33% relataram sentir dor forte. Dos 9 classificados com CTTEF, todos eles relataram que a dor não se agrava com o esforço físico.

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A prevalência da cefaleia tipo tensão episódica frequente, em nossos achados caracterizou-se como: dor dos dois lados da cabeça em 9 acadêmicos (100%), indo ao encontro com estudo realizado por Lima, et al 16 , onde a incidência maior relatada quanto à localização da dor dos dois lados da cabeça foi de (44,44%) em 8 acadêmicos corroborando com presente estudo.

De acordo com a classificação internacional de cefaleia a dor em aperto ou pressão são características típicas da CTTEF. Segundo estudo de Vathilakis et al encontraram prevalência de 16 (47,06%) acadêmicos referida como pressão, ou aperto na cabeça corroborando com presente estudo onde evidenciaram 56% dos acadêmicos relataram dor do tipo aperto e 44% relataram dor do tipo pressão

Convém destacar que, estudos de Matta et al 17 mostraram que pacientes já diagnosticados com CTTE onde foram avaliados por meio da Classificação Internacional Cefaleia . Os sintomas mais frequentes foram enjoo – 10 (20%) da amostra –, seguido por fotofobia isolada – 8 (16%); e fonofobia isolada – 6 (12%), sendo que 4 dos pacientes apresentaram fotofobia e fonofobia associados. Tais estudiosos opinam que, quando as características clínicas da dor são muito típicas, a presença de fotofobia e fonofobia combinadas não compromete o diagnóstico da CTTEF.17 Não corroborando com presente estudo onde 11% apresentou fotofobia e 89% apresentou fonofobia.

Segundo Matta et al 17 concluíram que, apesar de ser a forma mais comum de dor cefálica da humanidade, a CTT é pouco estudada. São escassos os trabalhos que enfoquem especificamente essa modalidade de dor, segundo as suas características clínicas, a história familiar de cefaleia e o seu impacto sobre as atividades laborativas.17

CONCLUSÃO

Conclui-se que a cefaleia tipo tensional episódica frequente (CTTEF) é um tipo de cefaleia pouco prevalente entre o meio acadêmico no curso de psicologia. E observa-se uma predominância em relação a fonofobia e a dor moderada nos acadêmicos avaliados.

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