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Aula 3 ConceitosHidrologiaeMotorizacao

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Academic year: 2021

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Introdução

• Em um projeto hidrelétrico a quantidade de agua determina o tamanho

da usina assim como o fluxo de caixa possível para remunerar o

investimento

• A disponibilidade mínima de agua determina o risco de falta de energia

e as restrições operativas tais como: navegabilidade dos rios, consumo

humano, uso para animais e agricultura, número de grupos geradores,

tipo de turbina hidráulica

• A quantidade máxima de agua determina os esforços máximos que as

estruturas deverão suportar, o dimensionamento dos extravasores,

obras de desvio e operação com risco controlado do reservatório, assim

como restrições operativas para impedir inundações

• Portanto, para o projeto de uma hidrelétrica é necessário entender o

ciclo hidrológico

(3)

Conceitos

• Cota: distancia vertical entre dois pontos, sendo um tomado como referência.

• Altitude: Distancia vertical de um ponto sobre a superfície da terra até o nível médio dos mares. • Curva de nível: caracteriza-se como uma linha imaginária que une todos os pontos de igual

altitude de uma região representada

• Posto fluviométrico: Sistema implantado em um local de um curso da água, o qual vai permitir conhecer, neste local, a função lâmina da água em relação à vazão.

• Batimetria: A batimetria (ou batometria) é a medição da profundidade dos oceanos, lagos e rios e é expressa cartograficamente por curvas batimétricas que unem pontos da mesma profundidade com equidistâncias verticais (curvas isobatimétricas), à semelhança das curvas de nivel topográfico.

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Molinete: aparelho que serve para medir a rapidez de um curso de água.

Linígrafo: dispositivo automático que promove o registro contínuo dos níveis d’água na seção

do posto

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Hidrologia aplicada à geração

• Área de drenagem: A área de drenagem é toda a área geográfica onde a

precipitação escoa para uma mesma bacia hidrográfica.

• Bacia hidrográfica: Conjunto de terras que fazem a drenagem da água das

precipitações para esse curso de água e rios menores que desaguam em

mares

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Curva cota volume

Curva que permite determinar o volume do reservatório em função da cota.

(9)

Capacidade do reservatório

• O volume útil de um reservatório serve para armazenar

agua em um período de excesso hídrico para que a

mesma seja utilizada no período de carência. De acordo

com isto, o reservatório pode ser catalogado assim:

• Ciclos de carga:

– Regularização diária

– Regularização semanal

• Ciclos hidrológicos

– Regularização anual

– Regularização plurianual

(10)

Caracterização dos

reservatórios de PCH

PCHs quase sempre são a

fio

d’água.

Procura-se

manter o nível da água na

cota

da

crista

do

vertedouro.

Na PCH com regularização

diária,

a

altura

da

barragem é definida de

forma

a

deixar

um

pequeno

volume

de

armazenamento V

u

.

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Conceitos

• Cheia excepcional –máxima maximorum:

– Nível de água mais elevado para o qual a

barragem foi projetada.

– É geralmente fixado como o nível correspondente

à elevação máxima, quando da ocorrência de

cheia de projeto.

(12)

Níveis de operação do reservatório com

comporta

• Volume intermediário útil - : volume de reserva energética a ser utilizado na regularização

• Volume inferior ou morto - : Volume que em principio nunca será utilizado, pois somente em casos excepcionais poderá o reservatório ter seu nível abaixo da cota no nível mínimo normal -

• Volume superior ou de espera - : o qual e limitado por e pela cota do nível correspondente à cheia excepcional ou máxima maximorum - , necessitando ser estabelecido antes de . Este volume é utilizado para atenuar as cheias do projeto

(13)

Apresentação de dados hidrológicos

• Quando se deseja implantar uma Central Hidrelétrica – CH é necessário

dispor de informações hidrológicas do local. Os postos fluviométricos

permitem a obtenção dessas informações.

• A Agencia Nacional de Águas – ANA dispõe de um banco de informações

de estacoes fluviométricas espalhadas por todo o pais

(14)

Dados hidrológicos de um

posto fluviométrico

Dados de vazão diária: De grande importância no estudo de vazões extremas, máxima e mínima

Dados de vazão mensal: São de especial importância para análise hidroenergética.

Vazão específica: Relação entre a vazão de interesse e a área de drenagem Deflúvio: Vazão integralizada, volume acumulado

Carga hídrica: Relação entre o deflúvio e a área de drenagem do posto fluviométrico.

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BACIAS HIDROGRÁFICAS

O Brasil possui, 8 bacias hidrográficas distintas:

Bacia do rio Amazonas;

Bacia do dos rios Tocantins e Araguaia ;

Bacia do Atlântico Norte e Nordeste; Bacia do São Francisco;

Bacia do Atlântico Leste;

Bacia dos rios Paraná e Paraguai; Bacia do Rio Uruguai;

(16)

Caracterização estatística das vazões

• Fluviograma: Gráfico que representa as vazões em uma seção transversal

do rio em função do tempo

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Curva de duração ou

permanência de vazões

Mostra a probabilidade de uma vazão ser igualada ou superada.

O que representa a integral desta curva?

O que representa a área 1-4-5-1?

Curva de duração de vazão media mensal para estudos hidroenergéticos Curva de duração de vazão media diária para estudos de confiabilidade e potencia firme

Vazao firme (): Vazão com probabilidade de ocorrência maior ou igual a 95% de tempo total.

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Período crítico, crítico de ciclo completo

• Período Crítico - PC: Aquele que vai, em um estudo

de regularização, com uma só vazão média, desde

o instante em que o reservatório está em seu nível

máximo até o instante em que o mesmo alcança

seu nível mínimo, sem que, neste período, tais

níveis sejam alcançados.

• Período Crítico de Ciclo Completo- PCCC:

Compreende um número de meses múltiplo de 12.

Começa ou termina junto com o período crítico.

(24)

Período seco e úmido

• Período seco e úmido: Equivale aos meses do ano

em que a vazão é inferior à vazão do período em

análise. Os meses restantes compõem o período

úmido.

• Energia firme: A energia firme de uma usina

hidrelétrica corresponde à máxima produção

contínua de energia que pode ser obtida, supondo a

ocorrência da sequência mais seca registrada no

histórico de vazões do rio onde ela está instalada

(25)

Exercício

• A partir dos dados de vazão media mensal dos anos 1970 e

1971 do Posto Santa Rosa, determine a curva de duração de

vazões.

• Calcule a vazão firme

• A vazão media e o tempo de duração

(26)

Diagrama de Rippl

O diagrama de Rippl ou curva

de massa é a integral do

fluviograma.

O diagrama de Rippl é um dos

métodos

utilizados

para

estimar o volume útil do

reservatório

(27)

Exercício

• Construa o diagrama de Rippl para o conjunto

de vazões anterior.

• Estime o volume útil necessário para manter a

vazão média calculada anteriormente.

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Regularização de vazões

• O volume útil do reservatório geralmente é limitado

por questões técnicas, ecológicas, econômicas, etc.

• Com o volume fixado e conhecendo o

comportamento do rio em um período no inferior a

10 anos é possível determinar quais vazões serão

regularizadas, assim como o período de tempo.

• Um método utilizado para tal fim é o Diagrama de

Conti-Varlet ou do fio estendido

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Diagrama adimensional de Conti – Varlet e o

método do fio estendido

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Exercício

• Assumindo um volume igual a 40% do volume útil

calculado anteriormente, utilize o método do fio

estendido para calcular as vazões regularizadas e o

período de regularização.

• Mostre o gráfico do fluviograma e as vazões regularizadas.

• Calcule a curva de duração das vazões regularizadas.

• Calcule o período crítico.

(31)

Vazões extremas

• Cheias máximas são calculadas para dimensionamento

de obras civis (vertedouros, ensecadeiras).

• Para o cálculo da cheia máxima utilizam-se as vazões

máximas registradas em cada ano

• Vazões mínimas são calculadas para cumprir com

requisitos ambientais em geral.

• Para o cálculo de vazão mínima nem sempre utiliza-se a

vazão mínima dos anos, podendo ser utilizada a média

móvel de sete dias em um período de 10 anos Q

7,10

.

(32)

Vazões extremas

• probabilidade de pelo menos uma vez vir a ocorrer a vazão de cheia

máxima ou mínima em período futuro igual ao período de

recorrência de T anos passados.

• - Risco de vir a ocorrer nos próximos N anos, pelo menos uma vez, a

vazão de cheia máxima ou mínima que ocorreu em T anos passados.

• Riscos normais para CH são:

– Praticamente inexiste prejuízos a jusante

– prejuizos a jusante são pequenos e não há possibilidade de perdas

humanas

– Prejuizos a jusante são grandes e há possibilidade de perdas humanas

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Distribuição de Gumbel para cálculo de vazão

extrema

(34)

Exercício

• Calcule a vazão extrema para o seguinte

conjunto de dados usando a distribuição de

Gumbell para T=50, 1000 e 10000 anos.

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Níveis e quedas

• Nível Máximo Maximorum: Determinado por restrições

ambientais, técnicas e/ou econômicas

• Nível Máximo Normal:

– Vazão de cheia máxima

– da curva de duração mensal para o histórico completo.

– =1,51 (Crista extravasora espessa sem comportas ou com elas

totalmente abertas

– =2,2 (Crista extravasora e rampa de despejo com perfil tipo

Greager ou similar)

– :Comprimento útil da crista do extravasor.

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Níveis e quedas

• Deplecionamento do reservatório – d(m):

• Nível mínimo operativo - : depende do posicionamento da

tomada de água.

• Nível de Água de Montante

• Níveis de Água de Jusante

– Máximo : Observação do nível máximo no local ou obtido como Função

da vazão vertida máxima

– Mínimo: Altura associada à vazão mínima com um risco assumido de

10%

– Normal: 10% acima da média do periodo crítico de ciclo completo

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Quedas

• As quedas brutas máxima, normal e mínima

são:

(39)

Vazão de projeto e potências

• A potência gerada em um aproveitamento é:

• Inicialmente, considerando todas as variáveis

constantes exceto Q, tem-se:

• Desta forma, multiplicando pelos valores do eixo das

vazões da curva de duração de vazões tem-se a curva

de duração de potências. Por sua vez, integrando esta

curva, tem-se a curva de energia em função da

potência instalada.

(40)

Curva de duração de potência e curva de

Energia Vs. Potência Instalada

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Critérios de Motorização

• Critério da vazão firme: utilizado para centrais hidroelétricas isoladas

– : Potência instalada; : Vazão firme; Queda bruta normal;

• Critério do fator de capacidade: Para centrais hidrelétricas interligadas ou com

alguma capacidade de regularização.

• : Potência elétrica média do periodo crítico • : Potência elétrica instalada

• : fator de carga do sistema (0,4-0,6); : fator de perdas do sistema de transmissão na hora de ponta (0,1: sistemas pequenos, 0,02: grandes sistemas); : fator de reserva girante do sistema (0,15); : fator de perdas total do sistema (0,08-0,15)

• : Vazão media do período crítico

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Critérios de Motorização

• Critério de maximização do beneficio líquido:

-Energia gerada por unidade de tempo

• : Custo unitário de implantação ($/kW)

• : fator de recuperação do capital

• N: Vida útil ou econômica da central hidrelétrica

• : Custo do capital

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Guia para avaliação de potencial hidráulico

• Qual o custo total da implantação

• Qual o tempo de retorno do capital investido

• Qual a taxa interna de retorno

• Qual é a vazão do projeto

• Qual é a potência elétrica instalada

• Qual é o custo unitário de implantação

• Qual é o faturamento anual

(44)

Guia para avaliação de potencial hidráulico

(algoritmo)

• Determine a curva de duração de vazões • Determine

• Calcule a vazão do projeto como a média da curva de duração • Calcule

• Calcule

• Calcule:

• Fator de recuperação do capital • Custo unitário

• Beneficio anual líquido •

Tempo de recuperação do capital • Faturamento Anual

Taxa interna de retorno

• Se os resultados satisfazem. Senão, ajustar

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Exercício

• Avalie economicamente um projeto com as seguintes

características:

– : aceleração da gravidade;

– : Queda bruta normal;

– : eficiência do aproveitamento

– : custo em reais por kWh

– Tempo de concessão do aproveitamento

– 0,12: Taxa media anual de juros

– Q=[562.6 106 103 85 68 59 51 44.8 40.2 35 ...

30.9 27.5 23.2 19.9 17 15.2 14 12.2 10.8 6.2 2.5]; Histórico de

vazões.

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