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Saúde íntima feminina e sensualidade nas lingeries

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Academic year: 2021

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LUMA DE JESUS BRÁS PRISCILA FREITAS TREVISAN

SAÚDE ÍNTIMA FEMININA E SENSUALIDADE NAS LINGERIES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA 2016

(2)

LUMA DE JESUS BRÁS PRISCILA FREITAS TREVISAN

SAÚDE ÍNTIMA FEMININA E SENSUALIDADE NAS LINGERIES

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo.

Orientador (a): Patrícia Helena Campestrini Harger

APUCARANA 2016

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Apucarana

CODEM – Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO

Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 194 Saúde íntima feminina e sensualidade nas lingeries

por

LUMA DE JESUS BRÁS PRISCILA FREITAS TREVISAN

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado aos vinte e dois dias do mês de junho do ano de dois mil e dezesseis, às dezenove horas, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, linha de pesquisa Processo de Desenvolvimento de Produto, do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. As candidatas foram arguidas pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca examinadora considerou o trabalho aprovado.

_____________________________________________________________ PROFESSOR(A) PATRÍCIA HELENA CAMPESTRINI HARGER

ORIENTADOR(A)

_____________________________________________________________ PROFESSOR(A) ANA MARIA LEOPACI BENINI – EXAMINADOR(A)

_________________________________________________________ PROFESSOR(A) CELSO TETSURO SUONO – EXAMINADOR(A)

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

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LUMA DE JESUS BRÁS PRISCILA FREITAS TREVISAN

SAÚDE ÍNTIMA FEMININA E SENSUALIDADE NAS LINGERIES

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo.

Orientador (a): Patrícia Helena Campestrini Harger

APUCARANA 2016

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RESUMO

BRÁS, Luma. TREVISAN, Priscila. Saúde íntima feminina e sensualidade nas lingeries. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda) Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Apucarana, 2016.

Devido a crescente competitividade, as empresas precisam inovar frequentemente para se manterem ativas e bem vistas no mercado, principalmente quando se trata de um produto como a lingerie, que em sua grande maioria está relacionado com o público feminino conhecido como um público bastante exigente e consumista. Por isso é vital a importância da inovação de produtos e processos produtivos nas empresas para que se tornem cada vez mais competitivas, mantendo-se no mercado e conquistando a preferência.

Sendo assim, o objetivo desse trabalho é apresentar a criação de uma coleção voltada para a saúde íntima feminina sem desconfigurar as tendências de moda, levando em conta a sensualidade e o conforto exigido pela maioria das mulheres. O estudo consiste em trabalhar com a fibra do algodão de maneira que esta se apresente como um produto que desperte a sensualidade feminina fazendo com que a pesquisa se concentre em temas que relacionem a busca pelo que é sensual através da lingerie, como se deu as transformações desse segmento ao longo da história, agregando a pesquisa à saúde intima feminina por meio dos benefícios da fibra do algodão.

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ABSTRACT

BRAS, Luma. TREVISAN, Priscila. women's intimate health and sensuality in lingerie. Work Completion of course (Course of Technology in Fashion Design) Federal Technological University of Paraná - UTFPR. Apucarana, 2016.

Due to increasing competitiveness, companies often need to innovate frequently to stay active and well regarded in the market, even more when it comes to a product like lingerie, related mostly to the female audience considered consumerist and demanding public. For this reason, it is relevant product innovation, as well as their production processes to become increasingly competitive, staying in the market and gaining preference. Thus the aim of this paper is to present the creation of a collection of fashion oriented women's intimate health without unconfiguring fashion trends, taking into account the sensuality and comfort required by most women.

The study consists of working with cotton fiber so that, if present as a product which triggers sensuality causing the search to focus on issues that relate the search for sensuality through lingerie, how was the transformation this segment throughout history aggregating research women's intimate health through the benefits of cotton fiber.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico da Capacidade de Absorção...35

Gráfico 1 –

Idade...39

Gráfico 2 – Você costuma utilizar lingeries de algodão?...39 Gráfico 3 – Ao procurar peças de lingerie de algodão com um estilo mais sensual, você encontra dificuldades?...40 Gráfico 4 – Quando compra lingeries, você opta por qual tipo de loja?...41 Gráfico 5 – Com que frequência compra calcinhas e conjuntos respectivamente?.. 41 Gráfico 6 – Qual sua renda fixa?... ...42 Gráfico 7 – Nas suas horas vagas o que você gosta de fazer?... ... 42 Gráfico 8 – Quais cores você prefere na hora de escolher sua lingerie?...43 Gráfico 9 – Sabendo que o algodão traz benefícios a saúde intima. Você se

interessaria por lingeries de algodão com uma estética sensual?...44 Gráfico 10 – Qual a sua maior dificuldade ao procurar peças de lingerie de

algodão?...44 Gráfico 11 – Caso as lingeries abaixo fossem confeccionadas em algodão, qual delas você escolheria?...45 Gráfico 12 – Quanto você estaria disposta a pagar em um conjunto de lingerie de algodão com estética sensual?...47

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Deusa Cretense das Serpentes...14

Figura 2 – Ceroula Antiga... 15

Figura 3 – Roupa Intima dos Anos 20...16

Figura 4 – Cinta Liga...17

Figura 5 – Combinação Usada nos Anos 20... 17

Figura 6 – Roupa Intima Feita em Latéx – Anos 30... 18

Figura 7 – Moda Anos 30...19

Figura 8 – Moda Anos 40... 20

Figura 9 – Moda Anos 50...21

Figura 10 – Ilustração de Gil Elvgren 1950... 21

Figura 11 – Moda Anos 60...22

Figura 12 – Moda Anos 70...24

Figura 13 – Moda Anos 70... 24

Figura 14 – Cantora Cher Anos 80...25

Figura 15 – Cartaz Yuppie Anos 80...26

Figura 16 – Caleçon Tule Anos 90...27

Figura 17 – Calcinha Estilo Cueca Anos 90...27

Figura 18 – Eva Herizgova Anos 90...27

Figura 19 – Campanha Fruit de La Passion... 28

Figura 20 – Moda Anos 2000...28

Figura 21 – Modern Publicity...29

Figura 22 – Propaganda Lingerie...30

Figura 23 – Propaganda Lingerie Du Loren...30

Figura 24 – Propaganda Valisère...31

Figura 25 – Lingerie com estampa animal...31

Figura 26 – Dita Von Teese principal artista considerada como “pin up”...32

Figura 27 – Fetiche e Lingerie ...33

Figura 28 – Preparação da Nanoprata para uso...48

Figura 29 – Nanoprata diluída para uso...48

Figura 30 – Recipiente com Nanoprata...49

Figura 31 – Aplicando a peça no recipiente com Nanoprata ...49

Figura 32 – Peça de molho com solução de NM...50

Figura 33 – Retirando a peça da solução de NM...50

Figura 34 – Enxaguando a peça com água...51

Figura 35 – Peça aguardando a secagem...51

Figura 36 – Logomarca...53

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Figura 37 – Conjunto da Janiero...55 Figura 38 – Conjunto da Loungerie...55 Figura 39 – Simulação da loja...56 Figura 40 – Tag...58 Figura 41 – Embalagem...58

Figura 42 – Imagem público Alvo...59

Figura 43 _ Imagem Offbeat – aw 16/17 WGSN (2016)...60

Figura 44– Rendas e Transparências - Balenciaga (Verão 2016)...61

Figura 45– Fachada do Cabaré Moulin Rouge em Paris...63

Figura 46– Pôster do filme Moulin Rouge...64

Figura 47– Mix de coleção...65

Figura 48 – Painel semântico inspirado na fachada e na cena do beijo do filme Moulin Rouge...66

Figura 49 – Cartela de cores...67

Figura 50 – Cartela de materiais...68

Figura 51 – Cartela de aviamentos...69

Figura 52 – Shape da coleção...70

Figura 53 – Geração de alternativa – Look 01...71

Figura 54 – Geração de alternativa – Look 02... 72

Figura 55 – Geração de alternativa Look 03...73

Figura 56 – Geração de alternativa – Look 04...74

Figura 57 – Geração de alternativa – Look 05... 75

Figura 58 – Geração de alternativa – Look 06 ... 76

Figura 59 – Geração de alternativa – Look 07... 77

Figura 60 – Geração de alternativa – Look 08... 78

Figura 61 – Geração de alternativa – Look 09...79

Figura 62 – Geração de alternativa – Look 10... 80

Figura 63– Geração de alternativa – Look 11...81

Figura 64 – Geração de alternativa – Look 12... 82

Figura 65 – Geração de alternativa – Look 13... 83

Figura 66 – Geração de alternativa – Look 14... 84

Figura 67 – Geração de alternativa – Look 15... 85

Figura 68 – Geração de alternativa – Look 16... 86

Figura 69 – Geração de alternativa – Look 17... 87

Figura 70 – Geração de alternativa – Look 18... 88

Figura 71 – Geração de alternativa – Look 19...89

Figura 72 – Geração de alternativa – Look 20... 90

Figura 73 – Geração de alternativa – Look 21... 91

(10)

Figura 75 – Geração de alternativa – Look 23... 93

Figura 76 – Geração de alternativa – Look 24... 94

Figura 77 – Geração de alternativa – Look 25... 95

Figura 78 – Look escolhido 25...96

Figura 79 – Look escolhido 7...97

Figura 80 – Look escolhido 2...98

Figura 81 – Look escolhido 3...99

Figura 82 – Look escolhido 5...100

Figura 83 – Look escolhido 16...101

Figura 84 – Look escolhido 17...102

Figura 85– Look escolhido 24...103

Figura 86 – Look escolhido 11...104

Figura 87 – Look escolhido 19...105

Figura 88 – Look escolhido 18...106

Figura 89 – Look escolhido 14...107

Figura 90 – Ficha técnica – Look 25 (folha 01) ...108

Figura 91 – Ficha técnica – Look 25 (folha 02) ...109

Figura 92 – Ficha técnica – Look 25 (folha 03) ...110

Figura 93 – Ficha técnica – Look 7 (folha 01) ...111

Figura 94 – Ficha técnica – Look 7 (folha 02) ...112

Figura 95 – Ficha técnica – Look 7 (folha 03) ...113

Figura 96 – Ficha técnica – Look 2 (folha 01) ...114

Figura 97 – Ficha técnica – Look 2 (folha 02) ...115

Figura 98 – Ficha técnica – Look 2 (folha 03) ...116

Figura 99 – Ficha técnica – Look 3 (folha 01) ...117

Figura 100 – Ficha técnica – Look 3 (folha 02) ...118

Figura 101– Ficha técnica – Look 3 (folha 03) ...119

Figura 102– Ficha técnica – Look 5 (folha 01) ...120

Figura 103 – Ficha técnica – Look 5 (folha 02) ...121

Figura 104– Ficha técnica – Look 5 (folha 03) ...122

Figura 105– Ficha técnica – Look 16 (folha 01) ...123

Figura 106– Ficha técnica – Look 16 (folha 02) ...124

Figura 107– Ficha técnica – Look 16 (folha 03) ...125

Figura 108– Prancha visual do look confeccionado 25...126

Figura 109– Prancha visual do look confeccionado 7...127

Figura 110– Prancha visual do look confeccionado 2...128

Figura 111– Prancha visual do look confeccionado 3...129

Figura 112– Prancha visual do look confeccionado 5...130

Figura 113– Prancha visual do look confeccionado 16...131

Figura 114 – Look confeccionado 25...132

Figura 115 – Look confeccionado 7...132

Figura 116 – Look confeccionado 2...133

Figura 117 – Look confeccionado 3...133

Figura 118 – Look confeccionado 5...134

Figura 119 – Look confeccionado 16...134

(11)

Figura 121 – Página da coleção...135

Figura 122 – Página sobre a marca...136

Figura 123 – Página loja online...136

Figura 124 – Página de contato...137

Figura 125 – Frente e verso do catálogo impresso... 138

Figura 126 – Inspiração de Make-up...138

Figura 127 – Roupão bordado com logo...139

Figura 128 –Ordem de entrada para desfile looks 7, 25 e 2...139

Figura 129 –Ordem de entrada para desfile looks 5, 16 e 3...140

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 11 1.2 OBJETIVOS ... 11 1.2.1 Objetivos Gerais ... 12 1.2.2 Objetivos Específicos ... 12 1.3 JUSTIFICATIVA ... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 13

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DA LINGERIE ... 13

2.2 SENSUALIDADE FEMININA ATRAVÉS DAS LINGERIES ... 29

2.3 A IMPORTÂNCIA DO ALGODÃO NA SAÚDE ÍNTIMA FEMININA ... 33

3 METODOLOGIA ... 36

3.1 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ... 38

3.2 PESQUISA EXPERIMENTAL ... 48

4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO ... 52

4.1 EMPRESA ... 52

(12)

4.1.2 Porte ... 52

4.1.3 Marca ... 52

4.1.4 Conceito da Marca ... 53

4.1.5 Segmento ... 54

4.1.6 Distribuição e Pontos de Venda ... 54

4.1.7 Concorrentes ... 55

4.1.8 Sistema de Vendas ... 56

4.1.9 Preços Praticados ... 57

4.1.10 Promoção e Marketing ... 57

4.1.11 Planejamento Visual e Embalagem ... 57

4.2 PÚBLICO ALVO... 59 4.3 PESQUISA DE TENDÊNCIAS ... 59 4.3.1 Macrotendências (socioculturais) ... 60 4.3.2 Microtendências (estéticas)... 61 5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ... 61 5.1 DELIMITAÇÃO PROJETUAL ... 61

5.1.1 Necessidades a serem atendidas ... 61

5.2 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO... 62 5.2.1 Conceito da coleção ... 62 5.1.2 Nome da coleção ... 62 5.1.3 Referência da coleção ... 63 5.1.4 Cores ... 64 5.1.5 Materiais ... 64 5.1.6 Tecnologias ... 65 5.1.7 Mix de coleção ... 65 5.3 PAINEL SEMÂNTICO ... 66 5.4 CARTELA DE CORES ... 67 5.5 CARTELA DE MATERIAIS ... 68 5.6 CARTELA DE AVIAMENTOS ... 69 5.7 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 71

5.8 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DAS ALTERNATIVAS ... 96

5.9 FICHAS TÉCNICA DOS LOOKS CONFECCIONADOS ... 108

5.9.1 Ficha técnica do look 25 ... 108

5.9.2 Ficha técnica do look 7 ... 111

5.9.3 Ficha técnica do look 2 ... 114

5.9.4 Ficha técnica do look 3 ... 117

5.9.5 Ficha técnica do look 5 ... 120

5.9.6 Ficha técnica do look 16 ... 123

5.10 PRANCHAS VISUAIS DOS LOOKS CONFECCIONADOS... 126

(13)

5.12 DOSSIÊ ELETRÔNICO (SITE) ... 135

5.13 CATÁLOGO IMPRESSO ... 137

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 141

REFERÊNCIAS ... 142

1 INTRODUÇÃO

A moda se apresenta como um conjunto social que abrange questões artísticas, econômicas, sociais, tecnológicas e culturais e que remete a inúmeros questionamentos a respeito da identidade dos usuários e influências sofridas conforme suas experiências, histórias e época.Segundo Jones (2005), a moda deve se adaptar a cada consumidor e o seu estilo de vida. Algumas tendências se agrupam para determinado círculo social ou grupo etário, mas não são adequadas para outros.Por esse motivo, o profissional de moda precisa, conhecer as principais vontades de seus consumidores para assim conseguir realizar o desenvolvimento de suas coleções, saber o que está acontecendo atualmente no mundo, identificar as tendências de moda e buscar elementos de referência na inspiração escolhida para desenvolver uma coleção diferenciada.

Quanto à história, notou-se que nas últimas décadas, a roupa íntima, ou “roupa de baixo”, tem apresentado um significativo aumento no uso de elementos

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com valor de moda, se tornando, em muitos casos, mais uma opção para “roupa de cima”. Contudo, é importante frisar que a roupa íntima tem uma relação de muita proximidade com o corpo e com os seus aspectos fisiológicos e físicos. Além disso, a moda íntima passou por várias outras alterações, podendo-se destacar as alterações nas tecnologias, nas formas e nos tecidos. Tudo isto ocorreu para acompanhar as mudanças culturais e as exigências das mulheres que se encontravam inseridas num contexto social diferente do século XIX, a de submissão ao homem. Apenas no século XX, a mulher torna-se mais independente, ativa e moderna, e junto com essas transformações a lingerie passou a ser considerada como uma peça obrigatória no vestuário feminino, tendo adquirido com os anos diversas formas e variedades visando agradar seu principal público alvo (ROCHA, 2007).

Com base em todos esses fatores, surgiu então a ideia de realizar um estudo que tem como foco principal aliar a saúde intima feminina com a sensualidade na confecção de peças de lingerie. Implementando um novo nicho de mercado que abrange todas as mulheres que levam em conta o conforto, a beleza, a saúde e que também buscam um diferencial para suas peças íntimas.

1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Visto que a maioria das lingeries sensuais encontradas no mercado é feita com fibras sintéticas, a problemática desse estudo consiste em aliar os benefícios da fibra de algodão ao que se diz respeito à saúde íntima feminina, sem deixar de lado a sensualidade da lingerie.

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1.2.1 Objetivos Gerais

Desenvolver lingeries femininas que tenham como base principal a fibra de algodão, diferenciando da estética encontrada no mercado, visando principalmente opções sensuais aliando também outros tipos de tecidos como a renda.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Pesquisar a história e a evolução da lingerie feminina, a fim de perceber suas mudanças no contexto social e na estrutura de suas formas;

 Pesquisar a sensualidade feminina explorada através das lingeries;

 Pesquisar a respeito dos benefícios da fibra têxtil do algodão para a saúde íntima feminina;

 Desenvolver uma coleção com peças de lingerie antibactericidas que valorizam e exaltam a sensualidade e proporcionam saúde íntima às mulheres;

1.3 JUSTIFICATIVA

De acordo com a revista Textilia (2008), em pesquisa de mercado sobre o segmento de peça íntima, nota-se que há um crescimento importante para o varejo. Como prova disso constata-se o prolongamento tecnológico das fábricas aqui no Brasil, que buscam enfatizar a segurança, biodiversidade e conforto para o consumidor, uma vez que o corpo da mulher exige cuidados especiais, principalmente quando falamos da região íntima, extremamente sensível.

Existem alguns tecidos que podem ser comparados ao algodão na fabricação de lingeries, como por exemplo a microfibra, que possui propriedades bem similares a fibra do algodão e algumas propriedades que são até mais vantajosas, porém, tem um custo elevado e muitos médicos ainda desconhecem as suas características e seus tipos de beneficiamentos para a saúde íntima.

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É importante utilizar peças de algodão, a ginecologista e obstetra explica que as calcinhas de algodão têm a capacidade de favorecer a transpiração e a ventilação necessária para a região íntima, além de evitar alergias, irritações e proliferações de bactérias e fungos, entrevista realizada com a Doutora Mantelli pelo site ZH Vida, em 2013.

Ao levarmos em conta o design das roupas íntimas de algodão, é facilmente constatado que o mesmo não possui muitas variedades, variedades estas que são essenciais para que se possa suprir as necessidades do público alvo feminino que a cada dia que passa se torna mais exigente. (MAFFESOLI, 1999, p.168).

Portanto, com o surgimento de vários segmentos mercadológicos para as roupas íntimas é fundamental que se tente adequar as lingeries aos desejos e exigências das principais usuárias, ou seja, as mulheres.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DA LINGERIE

Para Rocha (2007), entende-se como roupa íntima ou lingerie qualquer produto que faz parte dos itens que compõem as roupas de baixo do vestuário feminino. Existe uma variedade de peças de vestuário e também de acessórios que podem ser utilizados por mulheres como elementos do seu guarda-roupa íntimo, como, por exemplo, calcinhas, cintas-ligas, sutiãs, corpetes, entre outros.

Rossetti (1995, p. 9) diz que a palavra lingerie, se originou na França e significa “qualquer peça do vestuário feita em „Linge‟ (tecido de algodão, linho ou nylon, empregado nas roupas de baixo e também para roupas de cama e na cor branca)”.

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Para analisarmos a evolução da indústria de lingerie, é necessário voltar a períodos muito distantes na história da humanidade, quando encontramos as primeiras peças íntimas usadas por baixo da roupa social.

Com o tempo, a lingerie passou por muitas transformações, isso ocorreu graças as mudanças culturais e exigências das próprias mulheres, que se enfatizou durante o século XX (FONTANEL, 1992).

No 2º milênio a.C. registros mostraram que as cretenses foram as primeiras a fazerem uso da roupa íntima. Elas usavam um corpete que segurava os seios pela base e os levantava sem os deixar totalmente nus, moda inspirada na Deusa das Serpentes, conforme Figura 1.

Figura 1- Deusa Cretense das Serpentes Fonte: Wikipédia (2009)

Outros relatos apontam que o que era utilizado pelas mulheres como forma de proteção das partes intimas era o apoderme, espécie de tirinha de pano, na grande maioria das vezes vermelho, que se enrolava sobre os seios que passou a ser utilizado pelas mulheres no período arcaico. Logo depois, na época clássica, essa tirinha, transformou-se numa larga faixa de tecido que era utilizada para sustentar, envolver e levantar os seios (FONTANEL, 1998).

Com relação às calcinhas, os seus primeiros registros constam do ano 40 a.C., em Roma. Segundo Steele (1997), tais peças eram parte em determinadas vestimentas, mas apareciam em forma de ceroulas, consideradas masculinizadas (Figura 2). Elas eram utilizados apenas por determinados grupos como, por exemplo, crianças, cortesãs e dançarinas. As mulheres de respeito adotaram as mesmas no decorrer do século XIX, por motivos de higiene.

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Figura 2- Ceroula antiga Fonte: Corbis (2010)

A cinta, considerada uma peça íntima era feita com pedaços de lã, linho ou algodão, e ao serem presos na altura dos seios apertavam o abdômen.

O espartilho surgiu na Espanha no século XVII, era feito de tecido rígido cobrindo apenas o abdômen com o intuito principal de disfarçar as formas. Na França, aproximadamente no século XIX, eclodiram peças que ofertavam mais conforto às mulheres, numa transição entre o popular sutiã e o tirano espartilho (PEREIRA, 2008).

Ainda em se tratando do espartilho, segundo Fontanel (1992), além de ser uma peça íntima, relacionada a repressão ao erotismo e à dor, o espartilho foi o grande responsável por destacar o corpo feminino de acordo com a história. Contudo, aproximadamente em 1910, os mesmos foram deixados de lado para dar lugar ao sutiã. Esta peça íntima tão simbólica para as mulheres foi a protagonista de um episódio mundialmente conhecido, que foi o gesto feito por milhares de mulheres na década de 60 de queimarem seus sutiãs em praça pública.

“Na década de 60, com a revolução sexual, o sutiã chegou a ser queimado em praça pública, num ato pela liberdade feminina. Uma geração de mulheres afirmava, em 1980, não usar nada por baixo das camisetas ou de seus jeans, mas os tempos mudaram e a moda trouxe tantas novidades em cores, materiais e estilos, indo do esportivo todo em algodão, ao mais sofisticado modelo em rendas e fitas, que as mulheres chegaram a gastar mais em roupa de baixo do que em qualquer outro item de guarda-roupa ainda durante os anos 80.” (MESQUITA, 2002) .

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Esse ato ocorreu como forma de repúdio ao tratamento desigual recebido pelas mulheres pois elas viam o sutiã como um símbolo de repressão.

“O abandono do sutiã corresponde, na realidade a muitas motivações: libertar as mulheres de todos os entraves. [...] A moda do busto em liberdade gerava o desaparecimento de muitas marcas de lingerie. [...] com a liberação dos costumes e o uso da pílula anticoncepcional o tamanho do busto das mulheres aumenta. [...] A revolução sexual que provocou ruinas de muitos fabricantes, ao longo do prazo, prestou serviço aqueles que sobreviveram, já que as circunferências do busto exigem quase sempre um bom sutiã” (FONTANEL, 1988 apud SPODE, 2004).

Na década de 20, de acordo com Garcia (2010), roupas íntimas eram compostas por um conjunto de calcinhas, cintas, saiotes e espartilhos mais flexíveis, conforme a Figura 3.

Figura 3- Roupa íntima dos anos 20 Fonte: Almanaque Folha (2009)

A cinta-liga (Figura 4) era considerada bastante sensual e era utilizada para segurar as meias 7/8. Esse acessório permaneceu até os anos 30, sendo substituído nos anos 40 pela meia calça.

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Figura 4- Cinta Liga Fonte: Corbis (2010)

Ainda de acordo com Garcia (2010), os anos 20 trouxeram um novo padrão de beleza feminino que era o andrógeno. Nele as mulheres aderiram aos cabelos curtos, começaram a utilizar calças compridas e pararam de usar vestidos que marcassem a cintura. Foi também durante essa década que a lingerie passou a ser comercializada na forma de conjuntos, com as partes de cima e de baixo do mesmo tecido.

A maior função da combinação, para Cunha (2010), era a de encobrir o corpo quando a mulher estivesse com vestidos relativamente transparentes. As combinações eram pequenos vestidos, mais próximos de camisolas de seda bem fina, como apresentada na Figura 5.

Figura 5- Combinação usada nos anos 20 Fonte: Cunha (2010)

Há uma mudança primordial nos vestidos e saias, ou seja, se tornam mais curtos, pelos joelhos. As camisas e vestidos passaram a ser com alças, ousados,

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por vezes com as costas à mostra, como as camisas de dormir. Foi nessa época que as mulheres passaram também a usar calças.

Isto tudo demonstra que a nova moda teve diversas semelhanças com o estilo dos homens. Provavelmente isso ocorreu para facilitar os novos papéis sociais feitos pelas mulheres que antes era somente ocupado por homens.

Na década de 30, graças as evoluções tecnológicas na indústria têxtil, foi possível realizar a fabricação dos primeiros fios elásticos e, consequentemente, dos primeiros tecidos que esticavam. De acordo com Garcia (2010), a Dunlop Company criou um fio de elástico que era muito fino, o conhecido látex, em 1930. A roupa íntima começou a ser fabricada em modelagens, que aceitavam ainda mais a variedade dos corpos femininos, como demonstram as Figuras 6 e 7.

Figura 6- Roupa íntima feita em látex - anos 30 Fonte: Portal São Francisco (2010)

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Figura 7- Moda anos 30 Fonte: Fashion Retrô (2010)

Em 1938, a empresa americana Dupont apresentou a descoberta de um novo fio sintético que era muito mais resistente: o naylon. Ele foi utilizado na fabricação de meias e mais tarde, na confecção de novos conjuntos de lingerie. Os primeiros sutiãs com bojo, criados para aumentar os seios pequenos, também datam dessa década. A partir de então, as lingeries coloridas tornam-se bem populares.

Segundo Nascimento (2010), nos anos 30, período caracterizado como sociedade moderna, a mulher passou cada vez mais a conquistar seu espaço no âmbito profissional e participar das mudanças que ocorreram naquele período. Assim, desde essa época as mulheres começavam a buscar seu espaço e sua independência.

Em relação ao trabalho, Nascimento (2010) alega que essas mudanças se tornaram ainda mais visíveis. A mão-de-obra feminina estava sendo cada vez mais aceita e procurada e isto ocorreu devido ao fato da reestruturação produtiva e do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho. Porém, esse avanço no universo feminino ainda tem sofrido algumas limitações e obstáculos, principalmente no que diz respeito a cargos que demandam um alto grau de qualificação ou que ofertam maiores chances de crescimento na carreira. Com as mudanças ocorrendo, as peças do vestuário começam a se modificar e esse fato também se aplica as peças intimas.

Nos anos 40, entrou em cena um novo desenho de sutiã motivado pelo New Look, de Christian Dior. A moda fixava uma silhueta de cintura marcada (por um

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espartilho leve) e bustiê desenhado. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que encobriam a barriga e a esculpiam.

De acordo com Garcia (2010), com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look, de Christian Dior, que foi lançado em 1947, sugeria a volta dos volumes e da elegância que foram deixados de lado durante o período da guerra.

Para Laver (1989), logo após o New Look, de Dior, passaram-se dez anos de forte agitação e atividade na moda. As liberdades realizadas por Dior e outros estilistas da época, com relação às bainhas e cinturas, comprimento e amplitude, significavam que a economia estava saudável. Para conduzir a nova silhueta, imposta pelo costureiro, a lingerie tinha que deixar a cintura super marcada e o busto bem delineado, como demonstrado na Figura 8.

Figura 8- Moda anos 40 Fonte: Fashion Retrô (2010)

De acordo com Garcia (2010), graças à Segunda Guerra Mundial, a seda e o naylon estavam em falta e isto fez com que as meias mais finas praticamente fossem extintas do mercado. Elas foram substituídas pelas meias soquetes e houve até quem preferisse desfilar com as pernas nuas. De vez em quando era feita uma pintura falsa na parte de trás das pernas, com a finalidade de imitar as costuras. No período pós-guerra, a moda seguiu mais simples e prática pois essa era a visão da mulher completamente feminina, que virou um padrão nos anos 50.

Nesse período da década de 50, estabeleceu-se estética pin-up e surgiu a tendência dos “seios-globo”, que eram gigantes e bem sustentados por sutiãs aerodinâmicos (de bojo com pespontos circulares), como ilustrado nas Figura 9 e 10.

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Figura 9- Moda anos 50 Fonte: Fashion Retrô (2010)

Figura 10- Ilustração de Gil Elvgren 1950 Fonte: Fashion Retrô (2010)

Segundo Garcia (2010), ao som do rock’ and’ roll, que foi a novidade musical que surgiu nos anos 50 os jovens, principalmente os norte-americanos, tentavam inventar a sua própria moda. Fato principal para o surgimento da moda colegial. No fim dos anos 50, as confecções se mostravam como a melhor oportunidade de popularização da moda, que passou a fazer parte do dia-a-dia. Começou então a se

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formar um grande potencial de mercado da moda jovem, que mais tarde, nos anos 60 especificamente, se tornaria um grande vilão.

Nessa época de 60, ainda baseado em Garcia (2010), as pessoas começaram a vivenciar uma explosão de juventude em vários aspectos. Foi a vez dos jovens, que inspirados pelas ideias de liberdade "On the Road" (título do livro 47 do beatnik Jack Keurouac, de 1957), começavam a se mostrar contra a sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos anos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a ser visto pelas ruas nos anos 60 e passou a influenciar as novas mudanças de comportamento dos jovens, como a contracultura e o pacifismo do final da década.

De acordo com Laver (1989), foi nesse período que os fabricantes passaram a ter dificuldades para renovar seus estoques com a rapidez necessária visto que os modelos fabricados pelas indústrias mudavam constantemente para tentar agradar seu público.

Além das fibras naturais que sempre foram muito usadas, os tecidos começaram a apresentar uma maior variedade nas fibras e também nas estampas, além de ter ocorrido a popularização das fibras sintéticas. Com todas essas mudanças no vestuário, a lingerie não poderia ficar de fora (Figura 11). Ocorreu a popularização do uso da meia-calça e da calcinha que ofereciam segurança e conforto para as mulheres que a utilizavam.

Figura 11- Moda anos 60 Fonte: Fashion Retrô (2010)

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Laver (1989) diz que, as roupas da década de 60 implementaram uma nova tendência, pois elas eram rígidas e geométricas e ofereciam um ar erótico enquanto desnudavam o corpo. No decorrer da década, as saias passaram a ser na altura das coxas, os decotes ficaram mais profundos, e as blusas eram transparentes. A roupa íntima foi modificada: as calcinhas foram diminuindo para serem usadas com as minissaias saint-tropez (espécie de cós abaixo do umbigo, que deixava a barriga à mostra); as malhas coladas nas pernas passaram a ser consideradas na moda, enquanto as saias escondiam a parte superior das meias finas.

Laver (1989) alega que a década de 70 foi a década da cena alternativa, a década da contracultura e da radicalização de experiências comportamentais, a década dos livros, jornais, revistas e discos alternativos. Uma década de extensões e revisões, contudo não pode ser considerada como uma década de invenções.

A partir do desejo de se renovar, o mundo passou a ter urgência de um encontro consigo mesmo. Para muitos foi a década do “vazio cultural”; para outros foram anos desvairados.

Ainda segundo Laver (1989), com a morte de Janis Joplin e Jimi Hendrix veio o declínio do tão famoso movimento hippie. Os festivais de Woodstock e da Ilha de Wight serviram para encerrar os acontecimentos dos tempos hippies de uma vez por todas. Então, reunindo um pouco de glamour e muito charme hippie, instaurou-se uma nova onda no pop, a conhecida geração glitter. O mundo conheceu a palavra androgenia pela primeira vez. Estava espalhada a expressão da ambiguidade sexual. A juventude era inocente e desconhecia o caminho a ser seguido, desejavam apenas não obedecer aos padrões impostos e dominantes, a moda seguiu os caminhos hippies.

Para Garcia (2010), a moda deu um grande salto para as mulheres. Ela passou a ser romântica e despojada com saias longas ou super curtas, cabelos desarrumados, inspirações de estampas indianas, multicoloridas e florais. Além disso, o unissex passou a ser considerado moda.

De acordo com a revista Perfil (2010), no final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Laços, rendas e tecidos delicados enfeitavam calcinhas e sutiãs, conforme exemplificado nas Figuras 12 e 13.

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Figura 12- Moda anos 70 Fonte: Fashion Retrô (2010)

Figura 13- Moda anos 70 Fonte: Fashion Retrô (2010)

Garcia (2010) afirma que os anos 80 serão sempre lembrados por terem sido a década em que o excesso e a exibição foram marcas registradas. Nos programas de televisão as mulheres eram expostas cobertas de joias, sempre muito glamorosas e era sempre enfatizado todo esse luxo que o dinheiro podia comprar. A

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moda fez de tudo para atender a esses desejos, originando um estilo pouco simplório. Todas as roupas de marcas famosas levavam seus logos estampados no maior tamanho possível. O jeans obteve seu grande momento, recebendo status. E os shoppings passaram a ser considerados como o paraíso para os compradores.

Garcia (2010) ainda fala que os anos 80 trouxeram as tanguinhas e os famosos bodysuits muito característicos entre cantoras de rock da década. De todas, a personalidade mais famosa a utilizar esse look foi a cantora Cher (Figura 14).

Figura 14- Cantora Cher anos 80 Fonte: Getty Images (2013)

Ainda de acordo com Garcia (2010), neste período os vestidos começaram a moldar o corpo feminino, com marcações na cintura, fendas, tops sem alças ou saias balonês. Tudo isso sempre acompanhado de acessórios dourados. O visual era extravagante com ombreiras e calças de cós alto. Legging (calça longa, apertada e curta nos tornozelos) com minissaia, shorts e macacões complementavam esta estação. As cores cítricas foram sucesso, como o verde-limão, o amarelo e o laranja fosforescentes. Essa fase romântica dos anos 80 não durou muito. Os babyboomers dos anos 60, década de elevado desenvolvimento demográfico, cresceram e apareceram, mostrando, que o que eles mais queriam era ganhar dinheiro, e o mais rápido possível, e para isso, a palavra respeito foi excluída de suas vidas. Eles ficaram conhecidos como yuppies (young urban professional). As mulheres utilizavam lingerie cara embaixo das roupas que lembravam looks masculinos (Figura 15) e normalmente exerciam cargos importantes em grandes corporações. Mesmo assim seus salários ainda eram menores que os dos homens.

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Figura 15- Cartaz Yuppie anos 80 Fonte: Getty Images (2013)

De acordo com Cunha (2010), nos anos 80, com a autonomia e determinação bem mais claras, a indústria têxtil de lingerie chegou a vender mais do que outros itens do guarda-roupa. Era o surgimento dos diferentes modelos, cores, tamanhos e materiais.

Segundo Garcia (2010), dos anos 90 até os dias de hoje, a lingerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retrô, como os caleçons (Figura 16), convivem com as calcinhas estilo cueca (Figura 17). Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos.

Figura 16- Caleçon Tule anos 90 Fonte: O que vestir (2015)

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Figura 17- Calcinha estilo cueca anos 90 Fonte: O que vestir (2010)

É perceptível que os exageros dos anos anteriores continuaram a influenciar a moda até metade da década de 90. Marcada pela harmonia entre todos os estilos, a moda atendia a todas as camadas consumidoras e para todas as ocasiões, reflexo de uma maior abertura cultural e diminuição dos preconceitos, confirmando a diversidade de estilos como a marca da década. Já na segunda metade da década de 90 a moda passou a buscar referências no passado, buscando na paleta de tons pasteis da década de 60 inspiração para suas criações seguindo para as plataformas e tamancos dos anos 70. A regra era atender a todos os gostos e o erotismo e a sensualidade tiveram muita abertura por parte das revistas e campanhas de moda (Figura 18).

Figura 18- Eva Herizgova anos 90 Fonte: Campanha Wonderbra (1994)

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No século XXI apareceu a lingerie sexy, com peças mais sensuais. Salientou-se a quebra de tabus, exibindo cada vez mais o corpo. A palavra “sexy” agora se referia a um sofisticado conceito de “sensualidade”, com duas palavras-chave: requinte e diferenciação (CAMPOS, 2010).

Esse fenômeno elevou a lingerie ao status de objeto de desejo, em um cenário em que cada vez mais se mostrava o corpo. As passarelas eram tomadas por transparências, bordados e rendas, que revelavam a lingerie, espartilhos e corpetes, destacando as roupas intimas não mais apenas como peças do conforto, mas sim, como parte integral da moda e do poder de sedução feminina. Com os avanços das tecnologias em tecidos estampados, um mundo novo de possibilidades era alcançado. Estampas de bichinhos e tecidos mais suaves ofereciam uma combinação com espartilhos, camisolas e baby-dolls que não abriam mão do fetiche, como demostrados nas Figuras 19 e 20.

Figura 19- Campanha Fruit de La Passion Fonte: Studio Carlo Locatelli (2003)

Figura 20- Moda anos 2000 Fonte: Zanotti (2013)

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De acordo com o site Lucitex (2010), perto do ano 2000, as alças dos sutiãs são deixadas à mostra de propósito, mostrando que as roupas íntimas estão longe de servir aos propósitos de antigamente, como por exemplo, o de manter o conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e das armas de sedução.

2.2 SENSUALIDADE FEMININA ATRAVÉS DAS LINGERIES

Como já foi relatado nesse trabalho, o período Pós-Guerra trouxe grandes mudanças culturais e com isso novas exigências do mercado. As revoluções culturais e aberturas politicas levaram o mundo a ter de se adaptar e assim também ocorreu com as propagandas de lingerie ao longo das décadas. Enquanto na década de 50 a sensualidade era traduzida pela passividade e feições angelicais como mostra a Figura 21.

Figura 21- Modern Publicity

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A postura das décadas seguintes era bem distante disso, demostrando mais a liberdade e o poder conquistados pelas mulheres. Pode-se perceber na década de 70 um avanço da liberdade de expressão e sexualidade, com anúncios que trazem mulheres em poses mais sensuais, olhares provocantes e as peças começam a valorizar mais o corpo em detrimento das feições angelicais de outrora como mostra a Figura 22.

Figura 22- Propaganda Lingerie

Fonte: Clube de Criação São Paulo (1989)

A marca Du Loren é uma das mais polêmicas quando o assunto é propaganda de lingerie. Isso porque, é sempre explorada a figura da mulher poderosa, linda, atraente e sexy como mostra a Figura 23. Além disso, tratam o homem como o sexo frágil, título que é das mulheres há muitos anos, mostrando com isso a ideia de que a sedução explorada nas peças intimas é tão forte que teriam até o poder de inverter os papéis impostos pela sociedade sem nenhum problema.

Figura 23- Propaganda Lingerie Du Loren Fonte: Du Loren (2006)

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Os anos 80 vieram marcados com a confirmação das mulheres, que se tornaram independentes, fortes e decididas, postura que reflete em suas escolhas e como elas possuíam um maior poder de compra, as campanhas acompanhavam essa revolução. A empresa Valisère acompanhou de perto essa transição da menina para a fase mulher e consagrou a campanha e a frase: “O primeiro sutiã a gente nunca esquece”, com o comercial criado por Washington Olivetto para a marca em 1987, e um dos dois únicos comerciais brasileiros no livro "Os 100 melhores comerciais de todos os tempos", de Bernice Kanner, como mostra a Figura 24.

Figura 24- Propaganda Valisère Fonte: Site Exame Abril (2009)

No tocante ao fetichismo, Chataigner (2006) relata que o fetiche consiste em atribuir a um determinado comportamento ou atitude, que se distancia de uma postura da sociedade moralista. A moda faz uso das cores, estampas e dos próprios tecidos para elevar essas características como mostrado na Figura 25.

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Fonte: Getty Images (2015)

Segundo Anjos (2013), a lingerie é o principal ícone de fetiche sexual do mundo e como ele é mais ligado à imaginação do que ao objeto ou à pessoa em si, inventar fantasias com as roupas íntimas femininas vai além da calcinha e do sutiã de cada dia: significa uma mulher que expressa sua feminilidade com consciência e poder. A busca por lingeries sensuais e os aspectos eróticos ligados a isso, também é considerado como um jogo a dois, uma opção saudável de expressar a sexualidade. Anjos (2013) ainda alega que o cinema, as pin ups e o estilo burlesque contribuíram bastante para a criação de toda uma mítica em torno dessas peças tão íntimas e poderosas (Figura 26).

Figura 26- Dita Von Teese principal artista considerada como “pin up”

Fonte: Pinterest (2012)

Anjos (2013) relata também que o poder da lingerie no mundo é tão forte que até mesmo um dos eventos mais esperados do ano por muitas pessoas, não só para as pessoas ligadas à moda ou os fashionistas, é o desfile da famosa Victoria‟s Secret e suas Angels. Essa peça íntima é tão importante que gerou até o conhecido “lingerie day”. O fetiche coletivo e generalizado de ver mulheres de lingerie hoje em dia não é mais motivo de vergonha, como chegou a ser há décadas atrás. Atualmente, gostar de lingeries exóticas, diferentes e provocadoras é assumir e cultuar a beleza feminina (Figura 27).

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Figura 27- Fetiche e Lingerie Fonte: Getty Images (2012)

2.3 A IMPORTÂNCIA DO ALGODÃO NA SAÚDE ÍNTIMA FEMININA

“Quando as mulheres tiverem a chance de tomar as rédeas das próprias vidas, mais provocantes e sensuais foram se tornando as roupas de baixo que elas usam” (HAWTHORNE, 2009, p. 47).

A lingerie tem capacidade de enfeitiçar, de provocar emoções, satisfazendo ou não as mulheres. A atual tendência no mercado de roupas íntimas femininas está associada à fantasia e ao gosto masculino (PEREIRA, 2008).

Atualmente, o destaque dado à maioria dos modelos de roupas íntimas femininas presentes no mercado está relacionado ao objeto fetichista, envolvendo os sentidos de quem usa e de quem aprecia. Com isso as lingeries ganham formas, contornos, recortes ousados e tecidos cada vez mais sensuais com finalidade principal de despertar o desejo sexual, muito mais que proporcionar o bem-estar e a saúde íntima feminina. Por esse motivo, muitas mulheres acabam optando pelas sedutoras calcinhas de tecidos sintéticos e deixam de lado a básica calcinha de algodão, esquecendo dos danos que a utilização de materiais inapropriados podem causar à essa região tão delicada do corpo da mulher.

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A pele é o órgão encarregado de proteger o corpo humano, assegurando a sua estabilidade fisiológica, responsável pela termo-regulação, defesa microbiana e do sistema imunológico. A termo-regulação é a manutenção da temperatura interna ideal do organismo, que se dá pela medida do fluxo sanguíneo local e a evaporação do suor é significativa no contato entre pele e têxteis (WOLLINA; ABDEL-NASER; VERMA, 2006).

Portanto, entender a importância da interação do tecido com o corpo humano é essencial, isso porque a qualidade do produto têxtil pode intervir de modo direto na integridade do órgão sexual feminino.

A utilização do vestuário inadequado pode favorecer reações adversas assim como a hiperidrose (transpiração excessiva). Uma vez que temperaturas locais acima de 32°C afetam diretamente a liberação de neurotransmissores (WOLLINA; ABDEL-NASER; VERMA, 2006).

De acordo com o depoimento da Dra. Elza Almeida para o site Bolsa Saúde de Mulher (2013), a genitália feminina possui aspectos singulares da flora, PH e anatomia que, somados aos hábitos atuais das mulheres modernas dificultam as trocas de suor e respiração natural da pele com o ambiente externo. Nesse sentido, o uso de roupas muito justas, hábitos de higiene, alimentação, atividade física, sexual e até mesmo a utilização de piercings genitais, podem contribuir para diferentes tipos de problemas relacionados à saúde intima feminina. Segundo a Dra. Elza Almeida, peças íntimas de tecidos sintéticos provocam um maior aquecimento da região e, consequentemente, o índice de umidade aumenta, afetando o PH e favorecendo a proliferação de micro-organismos no ambiente vaginal, com o aparecimento de possíveis agentes infecciosos. Ela também explica que a vulva possui mecanismos próprios de defesa, e que o algodão ajuda a manter a região arejada, por possuir características hidrófilas, isto é, apresentar alta capacidade de absorção e transporte de água, dispondo de toque macio e fibras não alérgicas, garantindo que a região permaneça saudável e confortável.

No gráfico a seguir apresentado por Gasi (2008, apud RODHIA, 2007) encontramos algumas especificidades dos fios de algodão e poliamida, em um comparativo de absorção de umidade.

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Gráfico Capacidade de Absorção- GASI, 2008 apud RODHIA, 2007

Fonte: Avaliação da Eficácia de Materiais Têxteis na Atividade Física, (2010).

Nota-se que o algodão se destaca por apresentar o índice de absorção de umidade maior em relação à poliamida. Sendo assim, as peças íntimas confeccionadas em algodão tendem a trazer maiores benefícios à saúde intima da mulher, visto que inclusive as calcinhas confeccionadas em outro material que não seja o algodão possuem o forro de algodão, por conforto e por benefício.

Outra tecnologia que pode ser associada à fibra de algodão e que traz resultados benéficos já comprovados é a aplicação de íons de prata, também chamada por Nanoprata ou prata Coloidal, na lingerie.

A nanotecnologia se diferencia de outras tecnologias por proporcionar à indústria têxtil características químicas e físicas que atuam de forma inovadora nas fibras têxteis, sendo considerado um dos investimentos mais promissores desse setor (GARCIA, 2011).

Essa tecnologia pode ser facilmente aplicada em diversos tipos de tecidos. Para Barrie Clemo (2005), diretor de negócios da empresa Thomson Research Associates (TRA)- Canadá, utilizar engenharias químicas em escalas manométricas ocasionou uma grande mudança no setor têxtil, oferecendo possibilidades de melhorias em termos de qualidade e, até mesmo, no desempenho das fibras, promovendo maior resistência, estabilidade, entre outras funcionalidades como: proteção UVA e UVB, controle de temperatura corpórea e funções bactericidas.

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A função bactericida é de extrema importância dentro desse trabalho, por poder ser associada à fibra do algodão e atender ao objetivo procurado.

A nanotecnologia se resume no manejo de materiais em escala manométrica (10 m). Quando essa matéria se encontra em escalas muito reduzidas, sofrem intervenções quânticas benéficas para suas propriedades (DURAN; MATTOSO & MORAIS, 2006).

Já existem produtos têxteis com essa tecnologia disponíveis no mercado, sendo a Prata Coloidal (partículas de íons de prata) a mais utilizada na indústria da confecção por possuir ações bactericidas e antifúngicas (GARCIA, 2011).

De acordo com o artigo publicado pela enfermeira Anabel Sampaio (2011) para o site Acqua Prata, os íons de prata não são tóxicos para os seres humanos. Ao contrário, são indicados no controle de várias doenças, por se tratar de um antibiótico eficaz, incluindo infecções na bexiga, cândida albicans, gonorréia, sífilis, cistites, dermatites, foco desse trabalho.

Segundo a Revista Química Têxtil (2005), ao revestir a fibra têxtil com a nanoprata, suas partículas irão durar praticamente até o produto existir (no caso a peça de roupa, ou o tecido em questão), exercendo a sua função inicial, resistindo em até mais de 50 lavagens à úmido.

Assim, a durabilidade do benefício que a prata proporcionará à peça de lingerie durará aproximadamente até o seu descarte. Portanto, o custo do material acaba sendo diluído se comparado com o tempo de duração do benefício.

3 METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos propostos no trabalho foi necessária aproximação aos conceitos e temáticas que são a base teórica dessa pesquisa.

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Foram coletados dados através de uma pesquisa bibliográfica, baseados em materiais já realizados anteriormente, em que se tem como principal fonte artigos científicos, livros e sites de pesquisa.

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho cientifico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas cientificas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

Assim dentro da pesquisa bibliográfica foram pesquisados, respectivamente, os temas: o contexto histórico da lingerie, a sensualidade feminina através da lingerie visando sua influência dentro de um cenário fetichista no segmento de moda como símbolo de comunicação na sociedade de consumo, e a importância do algodão na saúde intima feminina. A metodologia de pesquisa empregada será a descritiva e exploratória, que de acordo com Gil (2009) têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses [...] o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Segundo Triviños (1987), a pesquisa descritiva demanda do pesquisador a obtenção de diversos dados a respeito do que se pretende pesquisar. Ele fala ainda que esse tipo de estudo tem como objetivo descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.

Quanto à pesquisa descritiva, o presente trabalho pretende levantar dados à respeito da estética das lingeries com fibras sintéticas e seguindo seu conceito, transformá-la em algo que preze pela saúde intima da mulher aliando as características do algodão com a delicadeza das lingeries sensuais.

A análise de campo escolhida foi a qualitativa, pois segundo Goldenberg (1997, p. 34), esse tipo de análise não se preocupa com representatividade numérica, e sim, com o aperfeiçoamento do entendimento de um determinado grupo social, de uma organização, entre outros. Em primeiro momento foi feita uma pesquisa de observação a partir de lojas voltadas ao segmento underwear para descobrir as estéticas das lingeries vendidas, fazendo uma

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comparação entre as lingeries de algodão e as de fibra sintética. Foram escolhidos dois estabelecimentos da cidade de Curitiba, a Loungerie e a Jogê.

Após a pesquisa de observação foi elaborado um questionário com perguntas abertas e fechadas que foi aplicado por meio eletrônico através do Google Docs, buscando atingir mulheres de 18 até 35 anos que prezam por maior conforto e saúde íntima, bem como buscam usar lingeries sensuais, para com isso obter melhor conhecimento do público alvo, visando verificar quais são os seus gostos e os motivos que levam as mulheres a consumirem determinado produto.

3.1 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foi utilizado como critério de seleção o gênero feminino, idade superior a 18 anos e a preferência pela utilização de lingeries de algodão. Foram escolhidas 75 mulheres que foram submetidas ao questionário por meio eletrônico através do Google Docs, tendo sido enviado para o público através das redes sócias e por e-mail. Os dados adquiridos por meio do questionário foram dispostos na forma de gráficos com percentual e quantidade.

O gráfico 1 mostra que 76% das entrevistadas (57 mulheres) estão na faixa etária entre 18 a 25 anos, 17% (13) estão entre 26 a 30 anos, 4% (3) estão na faixa etária entre 31 a 35 anos e apenas 3% (2) das entrevistadas estão acima de 35 anos.

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Gráfico 1 – Idade

Fonte: Das autoras (2016)

Já o gráfico 2, teve o propósito de verificar se o público costuma utilizar lingeries de algodão, 82% responderam que sim e apenas 19% responderam que não, o que torna viável investir em tal material.

Gráfico 2 – Você costuma utilizar lingeries de algodão? Fonte: Das autoras (2016)

76% 17%

4% 3%

GRÁFICO 1

18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 35 anos Acima de 35 anos

81% 19%

GRÁFICO 2

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De acordo com o gráfico 3 quase todas responderam que encontram dificuldades para encontrar peças de lingerie de algodão sensuais.

Gráfico 3 – Ao procurar peças de lingerie de algodão com um estilo mais sensual, você

encontra dificuldades? Fonte: Das autoras (2016)

61% das entrevistadas responderam que preferem comprar em lojas físicas, 23% em shoppings, 11% com sacoleiras, 4% em lojas online. Analisando esses dados a marca irá ter uma loja física no shopping em que as vendedoras serão designadas a enviar amostras das novas coleções nas casas das clientes vips e um e-commerce para melhor atender o público.

91% 9%

GRÁFICO 3

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Gráfico 4 – Quando compra lingeries, você opta por qual tipo de loja? Fonte: Das autoras (2016)

No gráfico 5 percebe-se quais peças de lingerie as entrevistadas costumam comprar com mais frequência. Ficou bem distribuída a preferência entre a compra de conjuntos junto com a compra de peças avulsas. Com isso, foi estabelecido que serão feitas ambas as vendas na loja.

Gráfico 5 – Com que frequência compra calcinhas e conjuntos respectivamente? Fonte: Das autoras (2016)

22%

4%

61% 11% 2%

GRÁFICO 4

Shopping Lojas Online Lojas Físicas Sacoleiras Outros

21%

40% 39%

0%

GRÁFICO 5

(45)

Para conhecer melhor o poder aquisitivo do público foi feita a pergunta de qual seria sua renda fixa. 52% das entrevistadas alegaram possuir renda de R$500,00 a R$1.000,00, 38% de R$1.000,00 a R$2.000,00, 8% de R$2.000,00 a R$3.000,00 e apenas 2% afirmaram possuir renda superior a R$3.000,00.

Gráfico 6 – Qual sua renda fixa? Fonte: Das autoras (2016)

A pergunta 7 foi feita para saber um pouco do que as entrevistadas costumam fazer no seu tempo livre.

Gráfico 7 – Nas suas horas vagas o que você gosta de fazer? Fonte: Das autoras (2016)

52% 38% 8% 2%

GRÁFICO 6

R$500,00 a R$1.000,00 R$1.000,00 a R$2.000,00 R$2.000,00 a R$3.000,00 Acima de R$3.000,00 11% 12% 8% 69%

GRÁFICO 7

(46)

Quando perguntadas quais cores preferem na hora de escolher a lingerie, nessa pergunta a participante poderia escolher mais de uma resposta, sendo o campo outros como uma pergunta aberta. 30% responderam que o preto predomina mas pode ser combinado com as demais cores com 16%. O vermelho foi a terceira cor preferida com 15%. O gráfico 8 abaixo mostra a porcentagem de cada cor escolhida:

Gráfico 8 – Quais cores você prefere na hora de escolher sua lingerie?( pode marcar mais de uma resposta.)

Fonte: Das autoras (2016)

De acordo com o gráfico 9, 98%, responderam que comprariam peças de lingerie de algodão com uma estética sensual uma vez que a mesma traz benefícios para a saúde intima.

30% 15% 13% 12% 11% 16% 3%

GRÁFICO 8

Preto Vermelho Branco Azul Estampas

Principalmente o preto combinado com as demais cores Outros

(47)

Gráfico 9 – Sabendo que o algodão traz benefícios a saúde intima. Você se interessaria por lingeries de algodão com uma estética sensual?

Fonte: Das autoras (2016)

No gráfico 10 percebe-se quais são as maiores carências que as consumidoras enfrentam ao procurar peças de lingerie de algodão. 68% responderam que a maior dificuldade ocorre em encontrar peças bonitas e sensuais.

Gráfico 10 – Qual a sua maior dificuldade ao procurar peças de lingerie de algodão? Fonte: Das autoras (2016)

98% 2%

GRÁFICO 9

Sim Não 68% 0% 11% 21%

GRÁFICO 10

Encontrar peças bonitas/sensuais Nenhuma dificuldade

Sempre encontro lingeries de algodão com a estética que me agrada Dou preferencia as peças básicas quando se trata de algodão

(48)

A pergunta 11 foi feita para saber qual tipo de lingerie mais combina com o público. Foi escolhido alguns estilos de peças representada por imagens, em que a participante poderia escolher o que mais se identificasse. Após o gráfico seguem as imagens com suas respectivas porcentagens.

Gráfico 11 – Caso as lingeries abaixo fossem confeccionadas em algodão, qual delas você escolheria?

Fonte: Das autoras (2016)

Opção 1 = 40% 40% 8% 28% 24%

GRÁFICO 11

(49)

Opção 2 = 8%

Opção 3 = 28%

(50)

Para verificar quanto o público estaria disposto a pagar por um conjunto de lingerie de algodão, foi realizada a pergunta de até quanto estariam dispostas a pagar por um conjunto de lingerie de algodão com uma estética sensual? Com o resultado de 69% das respostas de R$ 50,00 a R$ 100,00 e 26% de R$ 100,00 a R$ 150,00. Foi estabelecido que a marca Lint terá peças desde R$ 50,00 até R$ 150,00.

Gráfico 12 – Quanto você estaria disposta a pagar em um conjunto de lingerie de algodão com estética sensual?

Fonte: Das autoras (2016)

69% 26%

4% 1%

GRÁFICO 12

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3.2 PESQUISA EXPERIMENTAL

3.2.1Processo de Aplicação da Nanoprata

Figura 28 – Preparação da Nanoprata para uso Fonte: Das Autoras (2016)

Figura 29 – Nanoprata diluída para uso Fonte: Das autoras (2016)

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Passo 1: Diluir 40g da substancia de NM em 1 litro de água.

Passo 2: Aplicar a peça em um recipiente com a solução diluída da Nanoprata e deixar de molho por 30 minutos.

Figura 30 – Recipiente com Nanoprata Fonte: Das autoras (2016)

Figura 31 – Aplicando a peça no recipiente com Nanoprata Fonte: Das autoras (2016)

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Figura 32 – Peça de molho com solução de NM Fonte: Das autoras (2016)

Passo 3: Após aguarda os 30 minutos de molho, retirar a peça da solução de Nanoprata e enxaguar a mesma com água.

Figura 33 – Retirando a peça da solução de NM Fonte: Das autoras (2016)

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Figura 34 – Enxaguando a peça com água Fonte: Das autoras (2016)

Passo 4: Após o enxague da peça aguardar a secagem da mesma, não é necessário lavar.

Figura 35 – Peça aguardando a secagem Fonte: Das Autoras (2016)

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4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

4.1 EMPRESA

4.1.1 Nome da Empresa

A empresa se denomina LINT Industria e Comércio de Confecções Ltda. Possui como nome fantasia Lint.

4.1.2 Porte

A Lint é classificada como empresa de pequeno porte, levando em consideração a forma de classificação adotada pelo SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (2016), usada como critério de classificação o número de funcionários e a receita bruta anual, sendo composta de 20 a 99 funcionários e com uma receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00.

4.1.3 Marca

Lint é uma marca com conceito e identidade inspirados na sensualidade feminina que tem como base principal o emprego do algodão em suas peças.

Lint em inglês significa “fibra de algodão”. A logomarca é representada com o símbolo da flor de lis em uma imagem cheia de curvas para retratar a sensualidade das curvas femininas, e o nome Lint é feito com uma tipografia bem simplista gerando um contraste entre o sofisticado e o simples para com isso criar um visual mais clean.

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Figura 36 – Logomarca Fonte: Das autoras (2016)

4.1.4 Conceito da Marca

Sensualidade não é só um estilo, é uma maneira de ser. Viver para expressar seu lado sexy é se libertar, ser você no seu mais profundo íntimo sem se importar com preconceitos, é se expressar sem ter medo do que vão pensar. A sensualidade abre espaço para o novo. Em cada pessoa ela traz um significado diferente, fazendo com que cada mulher tenha sua própria identidade.

Pensando nisso, a Lint nasce do desejo e da necessidade de mostrar as mulheres que não é preciso abrir mão do conforto e da saúde íntima para encontrar lingeries sensuais, aliando o lado sensual que toda mulher adora e busca nas suas roupas intimas junto com a saúde proporcionada pelo uso do algodão. É uma marca sexy e despojada que oferece um estilo único, uma forma de se expressar e uma maneira de ser.

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4.1.5 Segmento

O segmento de atuação da marca é o underwear feminino.

4.1.6 Distribuição e Pontos de Venda

A empresa tem sede em Curitiba e sua loja física está situada no centro. Dentre as dependências da sede, estarão localizados o departamento de recursos humanos, o setor financeiro, marketing, setor de acabamento e laboratório de desenvolvimento em que está presente os setores de criação, modelagem e pilotagem. O processo produtivo das peças será terceirizado, como o setor de corte, confecção e expedição. A capacidade de produção da empresa iniciará com 2.000 peças por mês. Contará também com um e-commerce que irá vender para todo o Brasil.

A distribuição direta dos produtos será feita por meio de vendedores internos na sua loja física e também serão designados vendedores que irão até a casa das clientes fidelizadas para mostrar as peças lançadas a cada nova coleção. Na compra feita por meio virtual será realizada a distribuição em todo território nacional e entrega pelos correios. Começado a produção com 2.000 peças sendo que 500 serão para a loja virtual. Haverá também uma parceria com uma transportadora.

A compra via e-commerce terá atendimento pelo SAC, feito por telefone ou e-mail e no próprio site na página de contato terá um chat para responder dúvidas em horário comercial, que buscará atender as dúvidas do cliente da forma mais rápida e satisfatória.

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4.1.7 Concorrentes

A empresa não possui concorrentes diretos uma vez que não existe atualmente no mercado empresas que fabricam lingeries tendo como base principal o algodão aplicado a nanoprata com estética ou preços parecidos com os da Lint. As concorrências indiretas serão a La Rouge Belle, Janiero, Loungerie, Provence Lingerie e a Jogê, pois essas marcas apesar de não utilizarem da mesma tecnologia, possuem algumas peças com preços parecidos e fabricam roupas íntimas com estética semelhante as da Lint.

Figura 37 – Conjunto da Janiero Fonte: Pinterest (2016)

Figura 38 – Conjunto da Loungerie Fonte: Pinterest (2016)

Referências

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