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DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS EM CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL POR MEIO DOS SETE PASSOS METODOLÓGICOS

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Academic year: 2021

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CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

POR MEIO DOS SETE PASSOS

METODOLÓGICOS

DEVELOPING SKILLS IN VOCATIONAL EDUCATION

COURSE THROUGH THE SEVEN STEPS

METHODOLOGICAL

André Ricardo Theodoro Velho * Cibele Hechel Colares Da Costa **

R e s u m o

O presente trabalho discorre sobre o desenvolvimento e aplicação do planejamento docente, subsidiado pela análise das situações de aprendizagem apresentadas pela metodologia dos Sete Passos. Ordenação essa de plano de ação que con-templa medidas de ensino guiadas a partir de sete etapas: (1) Contextualização e Mobilização; (2) Definição da Atividade de Aprendizagem; (3) Organização da Atividade de Aprendizagem; (4) Coordenação e Acompanhamento; (5) Avaliação da Atividade de Aprendizagem; (6) Acesso a outras referências e (7) Síntese e Aplicação. É explorado um estudo de caso em que há a sistematização da meto-dologia com a finalidade de desenvolver competências em cursos de Educação Profissional, dando subsídios para que o aluno utilize o conhecimento na prática, transformando, então, o saber em habilidade e, por conseguinte, em competên-cias. O estudo é realizado criando situações comuns, abordando assuntos do interesse e conhecimento do aluno. Ao término da experimentação realizada, é apresentada uma reflexão do produto final do estudo de caso e da eficácia da metodologia dos Sete Passos.

* Graduado em Desenvolvimento de

Sistemas de Informação - FTEC Facul-dades . Pós-graduação em Docência para o Ensino Profissionalizante - Senac-RS. Pós-graduação em Tecnologias da Infor-mação e Comunicação na Educação – FURG. Mestrando em Engenharia de Computação - FURG. Orientador Profissional - Serviço Nacional de Apren-dizagem Comercial - RS

arvelho@senacrs.edu.br

** Licenciada em Letras - Português pela

Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Especialização em Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura, pela FURG e em Educação de Jovens e Adultos na Diversidade, também pela FURG. Mestre em Letras - área de con-centração: História da Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande. Atualmente cursa doutorado em Letras (área de concentração: História da Literatura). Orientadora Educacional – SENAC-RS.

cibele_colares@yahoo.com.br

Recebido em: 30/08/2016 Aprovado em: 21/12/2016

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P a l a v r a s-ch a v e:

Metodologia dos Sete Passos. Informática fundamental. Microsoft Word. Aprendizagem. Competências.

A b s t r a c t

The current work deals with the development and application of teacher’s planning supported by the analysis of learning situations as presented by the Seven Steps Methodology through an action plan which contemplates guided educational measures in seven stages: (1) Context and Mobilization, (2) Definition of the Learning Activity; (3) Organization of the Learning Activity; (4) Coordination and Monitoring; (5) Evaluation of the Learning Activity; (6) Access to other refe-rences and (7) Synthesis and Application. A case study is explored, where there is the systematization of methodology aiming at developing competencies in pro-fessional education programs while providing subsidies for the student to put the acquired knowledge into practice, and then transforming knowledge into skills and competencies. Learning is accomplished by the creation of common situa-tions, dealing with topics of student interests and knowledge. On completion of the experimentation performed, a reflection on the case study’s final product and of the effectiveness of the Seven Steps Methodology are presented.

K e y w o r d s:

Computer Foundations. Microsoft Word. Learning. Skills.

1 Introdução

As tecnologias da informação e comunicação são constantemente reno-vadas e atualizadas, transformando o mundo do mercado de trabalho e gerando empregos que exigem conhecimentos técnicos mais específicos da área. Tal afir-mação levanta uma questão que auxilia o entendimento das dimensões que as tecnologias obtêm no mercado de trabalho: na atualidade, qual ramo de ativi-dade não utiliza a informática como um apoio de suas funções?

Podemos afirmar que a globalização tem um dos papéis mais importantes nesse aspecto, pois ela exige das empresas que possuam um perfil globalizado e

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integrado com as novas tecnologias. Hoje as empresas buscam, cada vez mais, pessoas que possuam as mais diversas qualificações para que componham seu quadro de colaboradores. Em contrapartida, essa ação das empresas exige que as pessoas se capacitem e se qualifiquem cada vez mais para que possam dessa forma estar bem posicionadas no mercado de trabalho.

O tempo em que o profissional que executava repetidamente uma mesma tarefa quase automaticamente, sem pensar, refletir e agir com posicionamento diante de suas atividades não existe mais. As empresas prezam por profissio-nais que pensam e que desenvolvem atividades pautadas em decisões provindas de conhecimentos específicos e tácitos, que não só trabalhem em equipe, mas tenham espírito de equipe, que mantenham uma postura ética, proativa, respon-sável, de liderança, criativa e com determinação.

De acordo com Deluiz (2004), nesse aspecto devemos considerar o papel da educação. Para a autora “[...] o trabalhador polivalente deve ser muito mais ‘generalista’ do que especialista. Para desenvolver as novas funções, há exigências de competências de longo prazo que somente podem ser construídas sobre uma ampla base de educação geral.” (DELUIZ, 2004, p.2). Considerando a visão da autora, entendemos que a escola assume um papel majoritário na formação pro-fissional e na educação básica, sendo necessário que tanto o educador quanto o educando valorizem a construção de sua cidadania, a aprendizagem, a cultura e o saber do estudante. Esses valores passam a ser construídos no início da formação escolar do aluno e vão sendo trabalhados ao longo da sua vida acadêmica.

A escola, desse modo, vai ser responsável por grande parte dos conhecimentos que todos irão adquirir ao longo de sua vida, por isso é essencial que esse espaço de aprendizagem seja, de fato, um lugar rico em possibilidades criativas para o aluno, com a intenção de despertar seu protagonismo em atividades de aprendi-zagem. Essas atividades irão, aos poucos, potencializar e despertar o aluno para as vivências da vida acadêmica e todo o crescimento que ela irá lhe proporcionar, para que a partir disso ele se torne um profissional qualificado para o tão dispu-tado mercado de trabalho.

Como objetivo deste artigo, buscamos divulgar, disseminar a metodo-logia, usando para isso um estudo de caso com a abordagem dos “Sete Passos Metodológicos”, que consiste em uma metodologia focada no desenvolvimento de competências em cursos de Educação Profissional e Tecnológica. Sendo assim,

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aplicamos quatro laboratórios de experimentação, tendo como propósito estudar com afinco o desempenho desses passos dentro da sala de aula e os resultados que eles geram no processo de ensino aprendizagem do aluno. Então a teoria feita prática permitiu que, a partir da experiência, fosse feita uma nova teoria, a qual está embasada nas situações e nas observações da aplicação da metodologia dos Sete Passos, que veremos a seguir.

2 A teoria feito prática

2.1 Educação profissional e o desenvolvimento de competências

O termo “competência” expressa a soma de conhecimentos, habilidades e atitudes que tornam uma pessoa capaz de realizar algo específico (FERRÁN, 2010). O conceito de competência foi assumido com entusiasmo na área da edu-cação, em meados da década de 1990, sempre relacionada à aprendizagem dos alunos, assim como à formação dos professores e ao desenvolvimento de profis-sionais em geral, adotando conteúdos e definições não essencialmente análogos nessas distintas áreas (SCHLATTER; BEHAR, 2014). Todavia, faz-se neces-sário alinhar esse conceito com sua ação no ambiente profissional. Dessa forma, os autores Fleury e Fleury (2001, p.185) alegam que o conceito de competência profissional pode ser compreendido como:

Um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas. Em outras palavras, a compe-tência é percebida como estoque de recursos, que o indivíduo detém. Embora o foco de análise seja o indivíduo, [...] sinaliza a importância de se alinharem as competências às necessi-dades estabelecidas pelos cargos, ou posições existentes nas organizações.

O ensino por competências na formação profissional é um assunto atual de grande discussão; todavia, os primeiros pareceres sobre o tema datam das décadas de 1960 e 1970, conforme Ropé e Tanguy (1997) discorrem em sua obra. Para os autores, desde o início, a consciência de competências esteve agregada à

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ideia de formação e estuda substituir a consciência de saberes na educação de modo geral e a consciência de qualificação na formação profissional.

Em contrapartida, no Brasil, as discussões sobre o ensino por competências se tornaram mais evidentes a partir da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB –, de meados do ano de 1997. Outras visões organizadas pelo Ministério da Educação, inclusive, propõem um ensino orientado pela formação de competências em permuta ao ensino norteado simplesmente por objetivos a serem alcançados. Tal mudança busca condizer com uma tendência presente nas reformas de ensino de outros países.

A educação profissional referiu ao ensino no Brasil o pensamento de que esse ensino é um processo de educação continuada, descaracterizando-o vê-la como apenas uma modalidade do ensino médio. O Decreto n.º 9.208/97 regulamenta os artigos 36, 39 e 42 da Lei n.º 9.394/96, normatizando dessa forma a legislação relacionada à educação profissional. A definição de competência é elaborada na resolução CNE/CEB1 nº 04/99 e no parecer CNE/CEB nº 16/99, que formulam a reflexão que a norteia como “a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos, habilidades e valores necessários para o desempenho efi-ciente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho”.

O Conselho Nacional de Educação afirma, por intermédio do parecer 15/982, que o sujeito tinha necessidade de adaptação ao mercado de trabalho por meio do desenvolvimento de competências e de habilidades, percebendo que o mercado está exigente e necessita de mão de obra que, de forma prática, articule a seleção e o processamento de informações de maneira integrada, levando em consideração que “[...] integradas são também as competências e habilidades requeridas por uma organização da produção na qual criatividade, autonomia e capacidade de solucionar problemas serão cada vez mais importantes, comparadas à repetição de tarefas rotineiras” (BRASIL, 1998, p.19-20).

Por meio do Parecer 16/993, o Conselho Nacional de Educação afirma que as incumbências profissionais de nível técnico vêm passando por diversas transforma-ções, o que faz com que o mundo do trabalho esteja em um processo contínuo de modificação, “[...] pressupondo a superação das qualificações restritas às exigências de postos delimitados, o que determina a emergência de um novo modelo de edu-cação profissional centrado em competências por área” (BRASIL, 1999, p.19).

Para que o objetivo do ensino seja norteado pelo desenvolvimento de compe-tências, há necessidade de que as estruturas essenciais no processo educacional,

1 CNE: Conselho Nacional de

Educa-ção. CEB: Câmara de Educação Básica.

2 Parecer nº 15/98 da Câmara de

Edu-cação Básica do Conselho Nacional de Educação elucida as Diretrizes Curricu-lares Nacionais para o Ensino Médio.

3 Parecer nº 16/99 da Câmara de

Edu-cação Básica do Conselho Nacional de Educação elucida as Diretrizes Cur-riculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.

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assim como a organização escolar, encaixem-se em torno da magnitude que é a percepção do sujeito na resolução de situações-problema do cotidiano, que podem envolver os mais distintos graus de complexidade. São nesses tipos de situações que o aluno passará a exercitar habilidades e competências através dos conteúdos.

No que tange aos conteúdos, podemos pensar que a revolução tecnológica e o processo de reorganização do trabalho pelos quais a sociedade atual vem pas-sando ofertam uma demanda ampla de revisão dos currículos, tanto da educação básica quanto da educação profissional, uma vez que se exigem dos trabalhadores, cada vez mais, maior capacidade de raciocínio, autonomia no seu intelecto, pen-samento crítico e apurado, proatividade e vontade de empreender, bem como capacidade de visualização e de resolução de problemas que venham a surgir no cotidiano do ambiente de trabalho.

Podemos, a partir das reflexões feitas até este momento, definir competência profissional como a capacidade de mobilizar e colocar em ação os conhecimentos e habilidades de atividades ligadas ao mundo de trabalho, bem como todo o conhecimento tácito desenvolvido pelo indivíduo durante sua vida. Sendo assim, todas as atividades de aprendizagem que os laboratórios visitam trazem à luz pro-blemáticas reais e que se relacionam com o cotidiano, fazendo com que o aluno crie resoluções pertinentes e criativas.

Desse modo, para que o desenvolvimento de habilidades e competências ocorra, é objetivo do ensino facilitar oportunidades para que se efetuem mudanças que suscitem desenvolvimento social, afetivo e cognitivo. Quando os conhecimentos, atitudes e valores são mobilizados, atuando de maneira relacionada com a resolução de situações problemas, desenvolvemos o que titulamos de “competência”.

2.2 Os sete passos metodológicos

De acordo com Kuller e Rodrigo (2012), a metodologia dos Sete Passos preza pela aprendizagem, e não puramente pelo ensino, e organiza a aprendi-zagem como possíveis formas para desenvolvimento de competências em cursos de educação profissional e tecnológica. Os autores elucidam melhor o assunto argumentando que:

[...] além de a situação de aprendizagem requerer a com-petência, ela deverá ser proposta em um contexto muito

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próximo ao do enfrentamento concreto dos problemas que demandam uma determinada competência. A competência é requerida para enfrentar os desafios e problemas cotidianos e inusitados da vida, da convivência em sociedade e do trabalho. Assim, a situação de aprendizagem deve ser orga-nizada de forma que os desafios e problemas pessoais, os de convivência social e os profissionais surjam no ambiente de aprendizagem de forma muito semelhante àquela com que aparecem na vida, na sociedade e no trabalho (KULLER E RODRIGO, 2012, p.6).

A metodologia dos Sete Passos faz com que o docente, ao planejar a execução do seu plano de aula, concentre-se na competência, fazendo com que o educando seja inserido em situações que são verdadeiras na vida real. Nogueira (2004) fala sobre as experiências vivenciadas por cada um de nós e que essas experiências nos influenciam no desenvolvimento de competências:

[...] Todos nós nascemos com um “espectro”, e com nossas vivências, nossos estímulos, nossa história de vida desenvol-veremos nossas competências, formando assim um espectro ímpar. Podemos comparar o espectro de uma pessoa a uma impressão digital, ou seja, todos possuem, mas nenhuma é igual à do outro, pois a vida de cada sujeito propiciou vivên-cias diferentes que geraram espectros também diferentes (NOGUEIRA, 2004, p.38).

O autor sugere que, devido a cada indivíduo ter vivências e experiências distintas, sua forma de construção de conhecimento e habilidades é dada de formas diversas, o que faz com que o plano de ação docente perfaça diferentes problemáticas ou situações, sendo que, uma delas auxiliará a compreensão e o desenvolvimento do educando.

Então, analisando os argumentos de Nogueira (2004), entendemos por “situação de aprendizagem” um conjunto de ações mediadas pelo docente com finalidade dos alunos desenvolverem as competências previstas. Para tal situação, foram por Kuller (2012) definidos os seguintes sete passos funda-mentais: (1) Contextualização e Mobilização; (2) Definição da Atividade de Aprendizagem; (3) Organização da Atividade de Aprendizagem; (4) Coordenação

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e Acompanhamento; (5) Avaliação da Atividade de Aprendizagem; (6) Acesso a outras referências e (7) Síntese e Aplicação.

[...] As situações de aprendizagem emergem dos contextos produtivos que requerem o saber-fazer profissional, devendo, portanto, envolver desde situações relacionadas com o cotidiano, como aquelas inusitadas, que exigem soluções criativas. A competência é formada pela prática, construída em situações concretas, problemáticas e desafiadoras, com conteúdos, contextos e riscos identificáveis pelo aluno (MERCADANTE, 2011, pág.1).

O método consiste em sete passos metodológicos que auxiliam de forma organizada a produção de situações de aprendizagem. A metodologia é norteada através das seguintes etapas:

a) Contextualização e Mobilização: busca-se a experiência prévia do aluno sobre

a competência, apresenta-se o contexto do que está sendo aprendido, além da importância. Dessa forma, mobiliza-o ao aprendizado;

b) Definição da Atividade de Aprendizagem: é apresentado o problema a ser

resolvido, e ele deve estar diretamente ligado à competência a ser desenvol-vida no aluno;

c) Organização da Atividade de Aprendizagem: são apresentados detalhes, regras

de como realizá-la para que enfrentem o desafio proposto e resolvam o problema;

d) Coordenação e Acompanhamento: são previstas formas de como acompanhar

e coordenar a realização da atividade. O ideal é desenvolver a autogestão nos alunos;

e) Avaliação da Atividade de Aprendizagem: a atividade realizada pelos alunos e

os resultados obtidos são analisados, discutidos e refletidos por eles;

f) Acesso a Outras Referências: apresenta uma outra visão da mesma competência

com materiais relacionados como artigos, livros, vídeos etc. Geralmente uma abordagem diferente da apresentada na atividade (ou situação) de aprendizagem;

g) Síntese e Aplicação: sintetiza tudo o que foi vivenciado e aprendido pelos

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utiliza, de forma integrada, todo o aprendizado visto. Pode ser a mesma abordagem da situação de aprendizagem ou outra diferenciada.

As situações de aprendizagem baseadas na metodologia dos Sete Passos devem ser desenvolvidas ofertando diversas possibilidades a serem trabalhadas pelos educandos. As competências que são geradas por cada uma dessas possibi-lidades devem ser tratadas de forma globalizada, permitindo que o aluno entenda que o comum deve ser esperado e entendido, todavia, o inusitado também pode ocorrer, e o aluno deve estar preparado para encarar qualquer uma das situações. Para a pesquisa da metodologia dos Sete Passos, foram desenvolvidos quatro laboratórios de experimentação, tendo como propósito estudar o desempenho desses passos dentro da sala de aula e os resultados que eles geram no processo de ensino aprendizagem do aluno.

3 Prática feito teoria

Uma das formas mais eficazes na busca da excelência é refazer e repensar atividades, textos e pensamentos em busca de aprimoramento. Qualquer meto-dologia ou técnica de aprendizagem ao ser aplicada permite que vejamos formas ou meios de readaptá-la ou rebuscá-la, conforme a necessidade daquele que a utiliza. Dentro desse entendimento, verificamos que os planos de aula de um docente tornam-se mais assertivos quando repensados, replanejados e rebus-cados. Dessa forma, Libâneo (1985) afirma que:

[...] O trabalho docente deve ser contextualizado histórica e socialmente, isto é, articular ensino e realidade. O que significa isso? Significa perguntar, a cada momento, como é produzida a realidade humana no seu conjunto; ou seja, que significado têm determinados conteúdos, métodos e outros eventos pedagógicos, no conjunto das relações sociais vigentes. (LIBÂNEO, 1985, p.137)

A afirmação do autor caracteriza o melhor momento para que o plano de trabalho docente venha ser modificado como sendo após a sua aplicação em sala de aula. Nesse ponto, o docente já tem ciência do que funcionou ou não no

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processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Esse momento pode ser um pouco frustrante para o docente, tendo em vista que algo que ele planejou não ocorreu da forma esperada. Todavia, esse processo é necessário para que as práticas e os procedimentos sejam reavaliados e melhorados; com essa melhora, quem ganha são os alunos, com uma aprendizagem mais assertiva e o professor com o seu objetivo alcançado com sucesso.

Esses aspectos também são discutidos por Freire (1996), que pensa sobre a prá-tica docente como uma forma de reflexão no processo de formação do educador:

[…] o que se precisa é possibilitar que, voltando-se sobre si mesma, através da reflexão sobre a prática, a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, se vá tornando crítica. Por isso, na formação permanente dos professores, o momento fundamental na formação permanente dos professores é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática (FREIRE, 1996, p.43).

Um dos fatos que os educadores não devem esquecer é que ser docente o faz um eterno aprendiz. O professor tem o dever de se renovar e se redes-cobrir dentro de seus próprios conhecimentos. Esse eterno aprendiz deve ter um espírito de pesquisador e questionador, para que possa agregar as novas descobertas e práticas em suas aulas e torná-las cada vez mais ricas e abran-gentes, fazendo assim, com que seu aluno se sinta instigado a também buscar mais e mais conhecimento.

Quando mencionamos a busca da excelência não estamos querendo afirmar que podemos ser perfeitos, mas, sim, que norteamos nossas atitudes, caráter e pensamentos em busca da excelência, mesmo sabendo que nunca a alcan-çaremos, já que somos seres humanos dotados de erros e falhas. Porém, é a constante busca do concerto desses erros e falhas que nos faz sermos a cada dia pessoas, profissionais melhores. Nessa busca de sermos o melhor que pudermos ser, perfazemos nossas vidas de sucessos e fracassos; sim, fracassos que nos aju-darão a conquistar novos sucessos.

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4 Metodologia

Realizamos quatro laboratórios de prática docente no curso profissionalizante de Informática Fundamental, nos quais nos focamos em utilizar e reutilizar a metodologia dos Sete Passos de forma que ela viesse a proporcionar o máximo de conhecimento e de situações de aprendizagens possíveis. O curso de Informática Fundamental é constituído de alunos com escolaridades homogêneas e idades diversificadas, sendo que o pré-requisito para a matrícula no curso é ter o Ensino Fundamental incompleto e catorze anos completos.

Os planejamentos das aulas foram baseados e empregados no módulo de

Microsoft Word do curso Informática Fundamental. Esse módulo tem como

competências a serem desenvolvidas pelos alunos criar, editar e imprimir docu-mentos no Microsoft Word com cabeçalho, rodapé e tabelas, com capricho e planejamento.

O plano de trabalho docente foi desenvolvido de forma que a metodologia dos Sete Passos proporcionasse situações de aprendizagem que desenvolvessem as competências exigidas pelo plano de curso. Uma das preocupações no desenvolvi-mento das atividades era a busca por ações que fossem interessantes e envolventes para uma gama diversificada de alunos, pois, as características dos discentes do curso são deveras abrangentes, podendo ter desde adolescentes de catorze anos do Ensino Fundamental como adultos graduados.

O primeiro momento do laboratório era constituído de uma apresentação da ferramenta Microsoft Word e de suas possibilidades, assim como, suas funcionali-dades e operações. Para tal explanação, foram utilizados o recurso do Datashow e vídeos que auxiliaram no entendimento de todos. No segundo momento, os alunos foram convidados a participarem de uma oficina de redações, na qual eles teriam de utilizar a ferramenta e suas opções de formatação de texto para que desenvolvessem suas habilidades de escrita utilizando as funcionalidades do

Microsoft Word. Nesse ponto, inicialmente, houve uma resistência dos alunos que

se sentiam sem criatividade para elaborarem textos próprios. Essa problemática fez com que novos recursos fossem utilizados para motivá-los, dentre os quais revistas, clipes musicais e trailers de filmes.

O terceiro momento do laboratório foi uma transformação da sala de aula em escritório administrativo onde todos os alunos tinham um cargo específico, esco-lhido através de sorteio, e deveriam desenvolver documentos administrativos dentro

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de padrões de formatação preestabelecidos e prazos estipulados pelo docente. Essa ati-vidade revelou-se muito produtiva e com ótimos resultados; os alunos mostraram-se interessados e desafiados a realizarem as atividades dentro do prazo; a possibilidade de fazer com que os arquivos fossem manipulados por mais de um aluno e depois ser ou não aprovado por um terceiro aluno que o avaliaria trouxe ganhos a todos.

Esses momentos relatados ocorreram através da organização e planejamento de cada etapa da metodologia dos Sete Passos, que definia criteriosamente cada atividade de aprendizagem conforme veremos a seguir:

1º Passo – Contextualização e mobilização: Oficina de Redação: inicia com

uma explanação referente às utilidades e funcionalidades da ferramenta Word, assim como seus métodos de operação, por meio de PPT. Na sequência foi apre-sentado um vídeo falando da importância da escrita com clareza, coerência e coesão, após isso, os alunos foram convidados a desenvolverem redações de temas diversos utilizando a ferramenta Word, com premiação para a melhor redação.

2º Passo – Definição da atividade de aprendizagem: Rotinas Administrativas.

Havendo entendimento das funcionalidades e práticas do Word através da oficina de redação foram distribuídos aos alunos cargos administrativos, por exemplo: secretária, recepcionista, auxiliar administrativo etc. A partir desse momento, foram realizadas pesquisas na internet sobre rotinas de trabalho e documentação gerada nesses cargos.

3º Passo – Organização da atividade de aprendizagem: 1º Etapa – Foram

delegadas tarefas que oportunizassem o desenvolvimento de documentos admi-nistrativos, com formatação-padrão e tempo estipulado de entrega. 2º Etapa – Foi criada uma hierarquia dentro do “escritório/sala de aula” de forma que os alunos trocassem documentos entre si, aprimorando e editando os documentos criados pelos colegas. 3ª Etapa – Os documentos finalizados foram enviados ao professor, que avaliou e reenviou os documentos que necessitavam de reedição, com as devidas observações. Documentos que passavam na avaliação eram impressos pelos alunos.

4º Passo – Coordenação e planejamento: durante o processo de criação dos

arquivos o professor esteve lado a lado com o aluno, vistoriando a utilização da ferramenta, assim como explanando a todos os alunos novas soluções, métodos e formas de desenvolvimento dos documentos.

5º Passo – Avaliação da atividade de aprendizagem: os alunos receberam um

padrão de formatação e, a partir dele, desenvolveram um texto, dentro do padrão exigido, relatando qual foi sua vivência no processo de aprendizagem.

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6º Passo – Acesso a outras referências: oficina de redação:

- http://blogdofuraste.blogspot.com.br/2012/06/oficina-de-redacao.html. - Modelos de documentos administrativos:

http://pt.kioskea.net/faq/1599-modelos-de-documentos-online. - Vídeo de dicas de formatação no Word:

http://www.youtube.com/watch?v=JDtICwqC79M

7º Passo – Síntese e aplicação: no fim do módulo concluiu-se junto aos alunos

quais conhecimentos foram construídos através das atividades. Foi criada uma lista conjunta de outras funções e trabalhos para a qual a ferramenta Word pode ser um apoio no desenvolvimento das rotinas daquela profissão. Também foi realizada uma avaliação da atividade e uma autoavaliação de cada aluno e do seu desenvolvimento.

5 Análise dos resultados

Mesmo obtendo bons resultados durante a aplicação do primeiro labora-tório, várias falhas e problemas foram encontrados. Sendo a primeira vez que a metodologia dos Sete Passos era colocada em prática, havia muito que aprender e entender dela para obter melhores ganhos e resultados, e isso viria a acontecer na releitura dessa atividade no segundo laboratório.

Na segunda aplicação do laboratório, também realizado no curso de Informática Fundamental e no módulo Microsoft Word, porém em uma segunda turma, as ati-vidades realizadas foram uma releitura do primeiro laboratório: apresentação da ferramenta e sua utilização, oficina de redação e desenvolvimentos de técnicas admi-nistrativas. Na Oficina de Redação, encontramos as mesmas dificuldades criativas por parte dos alunos apresentadas na primeira oficina, mesmo sendo turmas dife-rentes. Isso gera a reflexão de como os alunos em geral estão despreparados para desenvolverem textos dissertativos, o que é notavelmente um déficit do ensino regular. Novamente, nos utilizamos de clipes musicais e vídeos de propagandas para aguçar a imaginação dos alunos e auxiliá-los na construção de suas redações.

No terceiro momento da atividade, foram alavancados problemas novos quanto ao desenvolvimento da tarefa: dificuldades em realizar as tarefas dentro dos prazos estabelecidos, geradas pela falta de trabalho em equipe por parte de alguns alunos, e ansiedade em realizar a tarefa, o que fez com que não ouvissem e entendessem os enunciados corretamente.

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Várias modificações foram realizadas durante esse laboratório. Um curta-me-tragem sobre trabalho em equipe foi trazido para auxiliar o entendimento da sua importância, assim como foram realizados novos momentos de explanação da ferramenta e explicação da utilização de seus recursos. Todas as modificações e obser-vações desse segundo laboratório resultaram na nova proposta do terceiro laboratório. O segundo laboratório teve um planejamento mais minucioso em relação ao primeiro, já que as experiências negativas nortearam novas soluções no desen-volvimento do segundo, depois da aplicação do primeiro. Assim o docente pôde prever problemas futuros e estabelecer questões a serem trabalhadas previamente, a fim de evitar os problemas vividos no laboratório anterior, como, por exemplo, o déficit de criatividade dos alunos em questão ao desenvolvimento de textos pró-prios, sendo de imediato instigados a criarem seus textos baseando-se em clipes musicais e propagandas de produtos variados.

Na terceira aplicação do laboratório, realizado em uma terceira turma de Informática Fundamental e no módulo Microsoft Word, a prática do laboratório deu-se de uma forma um pouco mais avançada. Já conhecendo e entendendo a metodologia dos Sete Passos, foi realizada uma nova releitura das situações de aprendizagens criadas no primeiro e trabalhadas no segundo laboratório: apre-sentação da ferramenta e sua utilização, oficina de redação e desenvolvimentos de técnicas administrativas. Dessa vez, com as ideias mais maduras, novas práticas foram integradas para auxiliar o desenvolvimento das atividades. Novamente o laboratório baseou-se em apresentação da ferramenta e sua utilização, oficina de redação e desenvolvimentos de técnicas administrativas.

No primeiro passo, Contextualização e Mobilização, o docente explanou sobre a ferramenta utilizando os mesmos recursos do primeiro laboratório, além de integrar clipes musicais, propagandas de diversos produtos e revistas para instigar a imagi-nação dos alunos para a Oficina de Redação, com premiação para melhor redação, como forma, de instigar e desafiar os alunos a desenvolverem o melhor de si.

A Definição da Atividade de Aprendizagem teve boa aceitação da hierarquia de cargos que cada aluno recebeu no sorteio. Essa atividade tem como objetivo alavancar o trabalho em equipe de forma que todos os arquivos desenvolvidos sejam vistos e revistos por todos os alunos. Para auxílio no trabalho em grupo um curta-metragem que trata da importância do trabalho em equipe foi apresentado à turma.

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pois os alunos já tinham conhecimento de como a atividade iria proceder. Durante o passo da Coordenação e Acompanhamento, os alunos foram muito eficientes, trabalharam em equipe e ajudaram uns aos outros. Alguns alunos reclamaram do “pouco tempo” dos prazos estipulados; todavia, esse tempo era crucial para que o cronograma fosse respeitado.

Durante a Avaliação da Atividade de Aprendizagem, os alunos receberam muito bem seus feedbacks baseados nas notas de 5 a 10. Como esse processo de avaliação foi ocorrendo gradativamente, conseguimos observar alunos realmente se esforçando para que seus trabalhos melhorassem, questionando mais e recorrendo ao auxílio de seus colegas para finalização de tarefas. Já no passo Outras Referências, os alunos gostaram muito de utilizar outros recursos de pesquisa e principalmente de poderem trazer suas próprias referências para dentro da sala de aula.

Durante o último passo, Síntese e Aplicação, o docente pôde perceber o crescimento claro de cada aluno ao manusear da ferramenta Microsoft Word. A avaliação é uma forma muito eficaz de alavancar as competências desenvolvidas, e a autoavaliação por parte do aluno é interessante por possibilitar que ele perceba o que aprendeu e o que já sabe fazer a partir de todas as situações de apren-dizagem vividas. Em relação ao laboratório anterior, a organização dos passos metodológicos se deu de forma mais sistemática, levando em conta a experiência dos dois laboratórios anteriores, utilizando a mesma metodologia, e os problemas foram solucionados de maneira mais natural.

A quarta e última aplicação do laboratório foi realizada, novamente, no módulo

Microsoft Word do curso Informática Fundamental, em uma quarta turma, sendo

essa atividade muito mais direcionada, já que os laboratórios anteriores serviram como subsídios para o desenvolvimento desse último. Por isso, a atividade foi extremamente prática, marcando os pontos fortes das atividades de aprendizagem e mesclando de forma consistente os sucessos dos laboratórios realizados anteriormente. Ao mesmo tempo, foi complicado para os alunos, já que eles não tinham a vivência dos laboratórios anteriores e o conteúdo e as atividades eram novidades para eles.

No primeiro passo metodológico, Contextualização e Mobilização, o docente mostrou um vídeo com uma situação similar que tratava de desafios e de criativi-dade, importante para instigá-los desde o primeiro momento. No último passo, Síntese e Aplicação, as avaliações individuais e autoavaliação foram de extrema importância, pois, como visto anteriormente, conseguem testificar as conquistas

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realizadas durante todo o processo de aprendizagem, além de mostrar na prática as competências que foram adquiridas e conquistadas ao longo do trabalho.

O quarto laboratório, ao ser comparado com o seu antecessor, foi ainda mais bem planejado, e os Sete Passos metodológicos puderam ser melhor aplicados, e de forma muito mais clara. O docente mostrou-se mais maduro e sentiu-se mais seguro durante o planejamento e a aplicação do último laboratório, já que os outros laboratórios haviam-lhe dado um conhecimento melhor em relação ao planejamento e à aplicação das atividades. Evidenciamos, também, a necessidade de o docente estar atento às características da turma, pois sempre nos deparamos com salas que se apresentam heterogêneas e, como clarifica Vygotsky (1996), o educador deve ter metodologias de ensino diferenciadas para atender aos seus educandos, considerando sempre que estes não têm os mesmos conhecimentos nem aprendem da mesma forma e no mesmo espaço de tempo.

6 Observações finais

O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem e de competências para a cidadania e para o trabalho são os compromissos centrais de toda escola. O compro-misso da educação, em especial a profissional, é, basicamente, com o desenvolvimento de competências profissionais, com o crescente grau de autonomia intelectual, em condições de dar respostas adequadas aos novos desafios da vida profissional. Assim podemos refletir que o compromisso central da escola voltada ao ensino técnico e que, por consequência, orienta toda a reforma da Educação Profissional no Brasil está posta em torno das noções de competência profissional, conforme nos mostra Cordão (2016), em seu artigo A LDB e a nova educação profissional.

Por isso emergem novas dificuldades e novos desafios para cada laboratório realizado, havendo um grande aprendizado proporcionado por cada um dos laboratórios, assim como oportunidades de reformulação do plano de aula. Cada turma, cada aluno possuem particularidades que são únicas, que são percebidas e trabalhadas pelo docente de maneira ímpar, sempre buscando o máximo da excelência no ensino.

De todo o conhecimento construído com a aprendizagem da metodologia dos Sete Passos e da organização de cada atividade, o que se destaca de cada um

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desses momentos é o júbilo de cada aluno que adquiriu uma nova competência, percebendo que a atividade foi planejada pelo docente de uma forma especial para ele, considerando suas próprias escolhas e seus próprios gostos, a fim de agradar, de uma forma justa, uma turma inteira, entendendo que, no fim, apesar dos problemas e dificuldades ocorridos ao longo do processo, os objetivos tra-çados foram alcantra-çados por todos, e a competência foi adquirida.

Totalizaram-se quatro laboratórios práticos, em quatro turmas distintas, porém, baseados no mesmo conteúdo de ensino: a ferramenta Microsoft Word. Diferiam as pessoas e as reações, além de que cada laboratório provocou o enri-quecimento da experiência de utilização da metodologia dos Sete Passos, que, por conseguinte, acabava gerando revisões e melhorias na próxima prática, fazendo com que alunos e o próprio docente construíssem conhecimento.

Através do uso dessa metodologia, o docente também constrói conhecimento em experiência de planejamento de situações de aprendizagem, assim como no entendimento e prática da metodologia dos Sete Passos. Dessa forma, pode-se constatar a importância e a necessidade de centrar o ensino e a aprendizagem no aluno, através das competências, tornando esse sujeito o protagonista das ati-vidades de sala de aula, alinhando-se, também, as práticas de ensino que mais proporcionam ações que geram construção de conhecimento.

Conforme todas as atividades e os processos realizados no estudo de caso, houve uma compreensão do significado de competência e de como ela difere de capacidade. Provamos que competência é a capacidade de desenvolver habi-lidades e atitudes diante de situações-problema. A competência é alavancada no momento em que o aluno desenvolve os conhecimentos, habilidades e valores, em conjunto, em prol da resolução de desafios e das propostas desenvolvidas, propostas essas que foram concebidas tendo como base sempre a metodologia dos Sete Passos. Entendemos, dessa forma, que os conhecimentos, valores e habilidades são ligados, diretamente, às experiências que vivemos e às diferentes situações experimentadas, que, por sua vez, estão conectadas com os contextos sociais e culturais de cada indivíduo.

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R e f e r ê n c i a s

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Referências

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