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Processo 4124/17.7T8STS-D.P1 Data do documento 14 de julho de 2020 Relator Rodrigues Pires

TRIBUNAL DA RELAÇÃO DO PORTO | CÍVEL

Acórdão

DESCRITORES

Insolvência > Verificação de créditos em insolvência > Graduação de créditos em insolvência > Hipoteca

SUMÁRIO

I - Na sentença de verificação e graduação de créditos em processo de insolvência há uma graduação geral para todos os bens da massa insolvente e outra especial para os bens sobre os quais recaiam direitos reais de garantia e privilégios creditórios invocáveis na insolvência;

II - Havendo dois imóveis apreendidos que se encontram onerados com hipotecas diversas e sobre os quais incidem também privilégios creditórios diversos, impõe-se que a graduação de créditos seja feita separadamente para cada um desses imóveis;

III - No âmbito da reclamação de créditos em processo de insolvência o crédito do reclamante que esteja garantido por hipoteca é acompanhado pelos juros relativos aos últimos três anos a contar do incumprimento, uma vez que tais juros devem ser reconhecidos e graduados como “garantidos” tal como o capital.

TEXTO INTEGRAL

Proc. nº 4124/17.7 T8STS-D.P1

Comarca do Porto

– Juízo de Comércio de Santo Tirso – Juiz 7

Apelação

Recorrente: Banco B…, S.A. Relator: Eduardo Rodrigues Pires

(2)

Acordam na secção cível do Tribunal da Relação do Porto: RELATÓRIO

Por apenso aos autos em que foi declarada a insolvência de C… e D… vieram os credores reclamar os seus créditos nos termos do art. 128º do Cód. da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE).

O Sr. Administrador da Insolvência apresentou a relação de créditos a que se refere o art. 129º do mesmo diploma.

Não houve impugnações.

Foi depois proferida sentença de verificação e graduação de créditos, em 10.3.2020, que se passa a transcrever parcialmente:

“ (…)

Na situação dos autos verifica-se que foram apreendidos para a massa insolvente dois imóveis. Sob a verba n.º 1, foi apreendida a casa de rés-do-chão, 1º andar, garagem e quintal, sita na Rua …, n.º …, freguesia de …, …. - … Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde, sob o n.º 396/19940214 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 1158. Sob a verba n.º 2, a fração autónoma, designada pelas letras "AW", 6º andar esquerdo, com lugar 88 de aparcamento automóvel e arrumos na cave, com entrada pelos números 71 e 121, do prédio sito na freguesia de …, em Gondomar, Conservatória do Registo Predial de Gondomar, sob o n.º 268/19940309 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 15376.

Sobre a primeira recaem três hipotecas voluntárias a favor do Banco B…, S.A., nos montantes máximos assegurados de €265.458,05, €14.162,95 e €15.481,00, recaindo sobre a segunda verba duas hipotecas voluntárias a favor do Banco B…, S.A., nos montantes máximos assegurados de €94.158,58 e €22.255,66, constatando-se que o valor total garantido pelas referidas hipotecas é superior ao crédito que foi reconhecido a este credor como garantido (€301.103,82, com juros incluídos).

Com efeito, tais hipotecas conferem ao credor reclamante o direito de ser pago pelo produto da venda dos imóveis apreendidos, com preferência sobre os demais credores que não gozem de privilégio especial ou de prioridade de registo e pelo montante máximo garantido pela mesma - art. 686º, n.º 1 do Código Civil. Por sua vez, o Estado e as Autarquias Locais gozam de privilégios mobiliários gerais e imobiliários, nos termos do disposto nos arts. 733º, 734º, 735º, n.ºs 1 e 2, 736º, n.º 1 e 744º, n.º 1, todos do Código Civil. No presente caso, o crédito referente a IMI sobre tais imóveis, no valor total de €572,89, é privilegiado nos termos do disposto no art. 47º, n.º 4, alínea a) do CIRE. Na verdade, para cobrança dos créditos de IMI goza a Fazenda Nacional de privilégio creditório imobiliário especial sobre os bens cujos rendimentos estão sujeitos àquela contribuição, nos termos do disposto no art. 744º, n.º 1 do C.C. ex vi art. 122º, n.º 1 do CIMI, acrescido dos juros de mora relativos aos últimos dois anos nos termos do disposto no art. 734.º do C.C. gozando de privilégio creditório imobiliário especial, no que concerne aos créditos que não estejam vencidos há mais de 12 meses antes do início do processo de insolvência, nos termos do disposto no art. 97º, n.º 1, alínea b) do CIRE, ou seja, cabe à Fazenda Nacional crédito privilegiado sobre a venda dos prédios correspondentes às duas verbas do auto de apreensão.

(3)

terceiros que adquiram o prédio ou um direito real sobre ele e preferem à consignação de rendimentos, à hipoteca ou ao direito de retenção, ainda que estas garantias sejam anteriores, pelo que o crédito por dívida de IMI prevalece sobre o crédito com garantia hipotecária.

Para estes efeitos considera-se que os créditos devem ser graduados sobre o produto da venda daquele imóvel e também as quantias que a insolvente possa vir a entregar no âmbito do período de cessão, sendo certo que os privilégios e garantias só podem incidir sobre bens da massa insolvente e não do produto da cessão do rendimento disponível, sendo neste último caso todos os créditos reconhecidos graduados como créditos comuns, sendo então graduados por esta ordem – arts. 47º e 173º do CIRE e art. 735º, n.º 2 do Código Civil.

(…)

Nestes termos, decide-se graduar os créditos reconhecidos da seguinte forma:

A) pelo produto da venda do direito de propriedade dos insolventes sobre a casa de rés-do-chão, 1º andar, garagem e quintal, sita na Rua …, n.º …, freguesia de …, …. - … Vila do Conde, descrito na Conservatório do Registo Predial de Vila do Conde, sob o n.º 396/19940214 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 1158 e sobre a fração autónoma, designada pelas letras "AW", 6º andar esquerdo, com lugar 88 de aparcamento automóvel e arrumos na cave, com entrada pelos números 71 e 121, do prédio sito na freguesia de …, em Gondomar, Conservatório do Registo Predial de Gondomar, sob o n.º 268/19940309 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 15376:

1) o crédito privilegiado da Fazenda Nacional, no montante de €572,89;

2) o crédito garantido por hipoteca reclamado pelo Banco B…, S.A., no montante de €301.103,82; e 3) os créditos comuns, pelo remanescente, em paridade e rateadamente, se necessário.

B) Pela afetação de quantias em dinheiro entregues pelos insolventes no período de cessão da exoneração do passivo restante:

1) os créditos comuns, pelo remanescente, em paridade e rateadamente, se necessário. (…)”

Inconformado com o decidido interpôs recurso de apelação o credor Banco B… que finalizou as suas alegações com as seguintes conclusões:

1. Tendo nos presentes autos de insolvência sido apreendidos dois imóveis, sobre os quais incidem hipotecas diversas, a favor do aqui Recorrente, a graduação feita teria de ter sido, não única e geral em relação a todos os bens apreendidos, mas sim uma graduação especial em relação a cada um dos prédios, pois que cada um deles responde de forma diversa pelos créditos reclamados.

2. Os créditos reclamados sob os artigos 5.º a 36.º da reclamação de créditos encontram-se garantidos pelas hipotecas registadas sobre a fracção AW", do prédio sito na freguesia de …, em Gondomar, Conservatória do Registo Predial de Gondomar, sob o n.º 268/19940309 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 15376.

3. Os créditos reclamados sob os artigos 37.º a 83.º da reclamação de créditos encontram-se garantidos pelas hipotecas registadas sobre o prédio sito na freguesia de …, …. - … Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde, sob o n.º 396/19940214 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 1158.

(4)

4. A sentença de graduação em questão incorre pois num vício que resulta do facto de ter elaborado uma só escala quando na verdade, existem dois imóveis, com hipotecas diversas e que respondem cada um deles de forma diferente pelos créditos reclamados.

5. Acresce que, tendo o aqui Recorrente hipotecas sobre os imóveis apreendidos, a sentença proferida não considerou os juros vencidos e vincendos desde a data da apresentação da reclamação de créditos, sendo certo que o recorrente os peticionou no seu articulado.

6. Na verdade, o Recorrente, como credor hipotecário, reclamou também os juros vincendos desde a data da reclamação até integral pagamento.

7. E, conforme [art.] 48º do CIRE, os créditos reconhecidos como garantidos continuam a vencer juros depois da declaração de insolvência, até integral pagamento, sendo esses juros de natureza garantida também.

8. Assim, quando na sentença se indica que “o crédito garantido por hipoteca reclamado pelo Banco B…, S.A., no montante de €301.103,82” deverá passar a constar “o crédito garantido por hipoteca reclamado pelo Banco B…, S.A., no montante de €301.103,82, acrescido dos juros vencidos e vincendos, contados às taxas contratuais indicadas na reclamação de créditos, acrescidas da sobretaxa de 3%, até efectivo e integral pagamento”.

Não foram apresentadas contra-alegações. Cumpre então apreciar e decidir.

*

FUNDAMENTAÇÃO

O âmbito do recurso, sempre ressalvadas as questões de conhecimento oficioso, encontra-se delimitado pelas conclusões que nele foram apresentadas e que atrás se transcreveram – cfr. arts. 635º, nº 4 e 639º, nº 1 do Cód. do Proc. Civil.

*

As questões a decidir são as seguintes:

I – Apurar se a graduação de créditos deveria ter sido feita de forma geral em relação a todos os bens apreendidos ou de forma separada em relação a cada um dos imóveis apreendidos;

II – Apurar se os créditos garantidos por hipoteca reclamados pelo Banco B… deverão ser acompanhado por juros vencidos e vincendos.

*

Para além dos elementos factuais e processuais constantes do antecedente relatório, consigna-se ainda o seguinte:

- Na reclamação de créditos apresentada pelo Banco B…, SA, endereçada ao Sr. Administrador da Insolvência, a cuja consulta procedemos, este formulou o seguinte pedido:

(5)

de Euros 12.210,13 (doze mil duzentos e dez euros e vinte e três cêntimos) – que perfazem o valor global de Euros 64.373,86 (sessenta e quatro mil trezentos e setenta e três euros e oitenta e seis cêntimos) -, acrescidos dos juros de mora vincendos, calculados às indicadas taxas de juros, com a limitação temporal prevista no art. 693º nºs 1 e 2 do Código Civil, e do respectivo imposto de selo, referentes aos créditos hipotecários invocados nos arts. 5º a 36º supra e garantidos pela fracção autónoma identificada nos arts. 8º e 25º desta reclamação de créditos, serem considerados reconhecidos e verificados, para os devidos e legais efeitos, como créditos garantidos, e os créditos no montante de Euros 187.802,07 (cento e oitenta e sete mil oitocentos e dois euros e sete cêntimos), no montante de Euros 37.575,40 (trinta e sete mil quinhentos e setenta e cinco euros e quarenta cêntimos) e no montante de Euros 11.352,49 (onze mil trezentos e cinquenta e dois euros e quarenta e nove cêntimos), - que perfazem o valor global de Euros 236.729,96 (duzentos e trinta e seis mil setecentos e vinte e nove euros e noventa e seis cêntimos) -, acrescidos dos juros de mora vincendos, calculados às indicadas taxas de juros, com a limitação temporal prevista no art. 693º nºs 1 e 2 do Código Civil, e do respectivo imposto de selo, referentes aos créditos hipotecários invocados nos arts. 37º a 83º supra e garantidos pelo bem imóvel identificado nos artigos 40º, 56º e 72º desta reclamação de créditos, serem considerados reconhecidos e verificados, para os devidos e legais efeitos, como créditos garantidos, devendo graduarem-se nos lugares que lhes competirem.”

- É a seguinte a fração autónoma identificada nos arts. 8º e 25º da reclamação de créditos: Fração autónoma, designada pelas letras "AW", correspondente a uma habitação no 6º andar esquerdo, com entrada pelo nº 71, do prédio urbano, situado na Rua …, descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar sob o n.º 02682/090394, da freguesia de …, e actualmente inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 15376, da União das freguesias de Gondomar (…), … e ….

- É o seguinte o imóvel identificado nos arts. 40º, 56º e 72º da reclamação de créditos: Prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 396 da freguesia de …, e actualmente inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1158, da freguesia de ….

*

Passemos à apreciação jurídica.

I – O recorrente Banco B… sustenta, em primeiro lugar, que, tendo sido apreendidos dois bens imóveis sobre os quais incidem hipotecas diversas, a graduação de créditos não devia ter sido, como o foi, única e geral em relação a todos os bens apreendidos, mas sim uma graduação especial em relação a cada um dos prédios.

Os créditos nos montantes de 187.802,07€, 37.575,40€ e 11.352,49€, no total de 236.729,96€, encontram-se garantidos por hipotecas registadas constituídas sobre o prédio urbano descrito na Conencontram-servatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 396 da freguesia de … e atualmente inscrito na matriz predial urbana desta freguesia sob o artigo 1158.

Por seu turno, os créditos nos montantes de 52.163,63€ e de 12.210,13€, perfazendo o total de 64.373,86€, encontram-se garantidos por hipotecas registadas constituídas sobre a fração autónoma, designada pelas letras "AW”, do prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar sob o n.º 02682/090394, da freguesia de …, e atualmente inscrito na respectiva matriz predial urbana sob

(6)

o artigo 15376, da União das freguesias de Gondomar (…), … e ….

Decorre do art. 140º, nº 2 do Cód. da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE) que a graduação é geral para os bens da massa insolvente e especial para os bens que se encontrem onerados com direitos reais de garantia e privilégios creditórios.

Há, assim, uma graduação geral para todos os bens da massa insolvente e outra especial para os bens sobre os quais recaiam direitos reais de garantia e privilégios creditórios invocáveis na insolvência.[1] Por outro lado, havendo, como aqui sucede, dois imóveis apreendidos que se encontram onerados com hipotecas diversas e sobre os quais incidem também privilégios creditórios diversos, impunha-se que a graduação de créditos fosse feita separadamente para cada um desses imóveis[2], o que significa a procedência do recurso interposto relativamente às conclusões 1 a 4.

*

II – Na segunda parte das suas alegações de recurso, o recorrente Banco B… sustenta que em relação aos créditos por si reclamados reclamou também os juros vincendos até integral pagamento, que são de natureza garantida, e que não foram considerados na sentença recorrida.

No art. 47º, nº 4 do CIRE diz-se que são «garantidos» e «privilegiados» os créditos que beneficiem, respetivamente, de garantias reais, incluindo os privilégios creditórios especiais, e de privilégios creditórios gerais sobre bens integrantes da massa insolvente, até ao montante correspondente ao valor dos bens objeto das garantias ou dos privilégios especiais, tendo em conta as eventuais onerações prevalecentes [al. a)].

São «subordinados» os créditos que vêm enumerados no art. 48º do CIRE, exceto quando beneficiem de privilégios creditórios, gerais ou especiais, ou de hipotecas legais que não se extingam por efeito da declaração de insolvência [al. b)].

São «comuns» os demais créditos [al. c)].

Da enumeração dos créditos subordinados constam os juros de créditos não subordinados constituídos após a declaração da insolvência, com exceção dos abrangidos por garantia real e por privilégios creditórios gerais, até ao valor dos bens respetivos – cfr. art. 48º, al. b) do CIRE.

Sucede, pois, que os juros referidos pelo credor recorrente nas suas alegações, uma vez que estão garantidos por hipoteca, devem ser qualificados como créditos garantidos. Aliás, do próprio texto da lei decorre que a hipoteca assegura os acessórios do crédito que constem do registo e tratando-se de juros a hipoteca nunca abrange, não obstante convenção em contrário, mais do que os relativos a três anos – art. 693º, nºs 1 e 2 do Cód. Civil.

Daqui flui que, “a contrario”, a hipoteca garante os juros relativos aos três últimos anos, a contar do incumprimento[3], o que determinará, quanto às conclusões 5 a 8, tão-só a parcial procedência do recurso interposto, uma vez que, por um lado, os juros vencidos à data da reclamação já foram englobados no crédito reclamado pelo Banco B… e, por outro, os juros entretanto vencidos e vincendos sempre estarão balizados pelo limite temporal de três anos constante do art. 693º, nº 2 do Cód. Civil.

(7)

*

Sumário (da responsabilidade do relator – art. 663º, nº 7 do Cód. de Proc. Civil): ...

... ... *

DECISÃO

Nos termos expostos, acordam os juízes que constituem este tribunal em julgar parcialmente procedente o recurso de apelação interposto pelo credor reclamante Banco B… S.A. e, em consequência, altera-se a graduação de créditos efetuada pela 1ª Instância que se substitui pela seguinte:

A) Pelo produto da venda do direito de propriedade dos insolventes sobre a casa de rés-do-chão, 1º andar, garagem e quintal, sita na Rua …, n.º …, freguesia de …, …. - … Vila do Conde, descrita na Conservatório do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 396/19940214 e inscrita na matriz da referida freguesia sob o n.º 1158:

1) O crédito privilegiado da Fazenda Nacional, no montante de 196,76€;

2) Os créditos garantidos por hipoteca reclamados pelo Banco B…, S.A., no montante de 236.729,96€ [187.802,07€, 37.575,40€ e 11.352,49€], acompanhados nos termos que se acima se deixaram descritos pelos juros vencidos e vincendos após a reclamação de créditos e com o limite temporal de três anos após o incumprimento;

3) Os créditos comuns, pelo remanescente, em paridade e rateadamente, se necessário.

B) Pelo produto da venda do direito de propriedade dos insolventes sobre a fração autónoma, designada pelas letras "AW", 6º andar esquerdo, com lugar 88 de aparcamento automóvel e arrumos na cave, com entrada pelos números 71 e 121, do prédio sito na freguesia de …, em Gondomar, descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar, sob o n.º 02682/090394 e inscrito na matriz da referida freguesia sob o n.º 15376:

1) O crédito privilegiado da Fazenda Nacional, no montante de 376,13€;

2 ) Os créditos garantidos por hipotecas reclamados pelo Banco B…, S.A., no montante de 64.373,86€ [52.163,63€ e de 12.210,13€], acompanhados nos termos que se acima se deixaram descritos pelos juros vencidos e vincendos após a reclamação de créditos e com o limite temporal de três anos após o incumprimento;

3) Os créditos comuns, pelo remanescente, em paridade e rateadamente, se necessário.

B) Pela afetação de quantias em dinheiro entregues pelos insolventes no período de cessão da exoneração do passivo restante:

1) Os créditos comuns, pelo remanescente, em paridade e rateadamente, se necessário. Custas a cargo da massa insolvente.

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Porto, 14.7.2020 Rodrigues Pires Márcia Portela José Igreja Matos ________________

[1] Cfr. Carvalho Fernandes e João Labareda, “CIRE Anotado”, 2ª ed., pág. 572; Maria do Rosário Epifânio, “Manual de Direito da Insolvência”, 7ª ed., pág. 281.

[2] Escreve Marco Carvalho Gonçalves (in “Lições de Processo Executivo”, Almedina, 2016, pág. 357): “…o juiz deve proceder a tantas graduações quantos sejam os bens penhorados em relação aos quais tenham havido reclamações de créditos.”

[3] Cfr. Ac. Rel. Évora de 10.4.2013, proc. 1708/13.6 TBPTM-D.E1, relator Acácio Neves, disponível in www.dgsi.pt.

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