• Nenhum resultado encontrado

Invertebrados BIZ Aula 08. Mollusca II

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Invertebrados BIZ Aula 08. Mollusca II"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Invertebrados – BIZ 0213 – 2016 Aula 08

Mollusca II Classe Gastropoda

Ca. 75.000 spp.

Maior e mais diversificada classe <1 mm a >70cm

Marinhos; de água doce; terrestres

Concha:

Peça única (Univalve)

Externa ou interna (reduzida) ou ausente

Forma: cônica espiral (ampla variação), pateliforme (cônica baixa) Concha cônica espiral:

Cada volta recobre parcialmente a volta precedente Enrolada em torno de um eixo central

Concha e opérculo

Concha cônica espiral (conispiral): Assimétrica

Compacta (vs. planispiral)

Eixo da concha oblíquo ao eixo do corpo (distribuição equitativa do peso) Cavidade do manto

Anterior, lateral (direita), posterior ou perdida Abriga ctenídios (ou forma pulmão)

Torção: rotação da massa visceral em relação ao pé Torção:

Rotação de 180º (anti-horário) da massa visceral, manto, cavidade do manto e concha [em relação ao pé e cabeça]

Sinapomorfia de Gastropoda

Ocorre durante o estágio de larva véliger Duas etapas:

1ª (rápida): Músc. retrator do pé (assimétrico): contrai e causa da rotação da concha e vísceras em 90°

2ª (lenta): crescimento diferencial dos tecidos leva à segunda torção de 90° Torção:

Cavidade do manto e ânus deslocados para região anterior Vísceras giradas para a esquerda

Arranjo em forma de “8”dos cordões nervosos (estreptoneuria) Torção + concha conispiral assimétrica:

Restrição de espaço no lado direito da cavidade do manto

Ausência de estruturas no lado direito do adulto (ctenídio, átrio, osfrádio e nefrídio na grande maioria)

Torção – algumas hipóteses:

Proveu maior espaço para retração da cabeça para dentro da concha (proteção; opérculo) Deslocou anteriormente os osfrádios (órgãos sensores da qualidade da água)

(2)

Classificação

“Prosobranchia”

Maioria dos gastrópodes marinhos com concha e torcidos (caramujos, lapas, abalones) “Opisthobranchia”

Maioria dos gastrópodes marinhos com concha reduzida ou ausente e destorcidos (lebres-do-mar, lesmas-do-mar)

“Pulmonata”

Maioria dos gastrópodes terrestres e água doce (caracóis, lesmas) “Prosobranchia”

Maioria marinha, mas há vários límnicos e terrestres ~45.000 spp.

Torcidos (cavidade do manto anterior, estreptoneuria)

Concha espiralada (maioria); às vezes, em forma de capuz ou tubular Um par de tentáculos (com olhos na base)

Pé com sola rastejadora e opérculo (córneo ou calcário) “Archaeogastropoda”, “Mesogastropoda”, Neogastropoda “Archaeogastropoda”

Basais; lapas (patelídeas e fissurelídeas), abalones, caramujos fendidos etc. “Archaeogastropoda”

Ex.: Lapas (fissurelídeas), abalones, caramujos fendidos

Um par de ctenídios bipectinados, um par de átrios, um par de nefrídios (e nefridióporos); gônada esquerda ausente; duto nefridial direito serve como via de saída para gônada direita

Água entra pelos lados direito e esquerdo, flui sobre os ctenídios, em seguida pelos nefridióporos e ânus e, finalmente, sai pelo(s) poro(s) dorsais ou fenda da concha “Archaeogastropoda”

Ex.: Lapas (patelídeas)

Um ctenídio bipectinado (esquerdo), um átrio (esquerdo), um par de nefrídios (e nefridióporos); ânus e nefridióporos deslocados para o lado direito; gônada esquerda ausente; duto nefridial direito serve como via de saída para gônada direita

Água entra pelo lado esquerdo, flui sobre o ctenídio, em seguida pelos nefridióporos e ânus e, finalmente, sai pelo lado direito

“Mesogastropoda” e Neogastropoda

Um ctenídio monopectinado (esquerdo), um átrio (esquerdo), um nefrídio (esquerdo); ânus e nefridióporo deslocados para o lado direito; gônada esquerda ausente; duto nefridial direito serve como via de saída unicamente para gônada direita

“Prosobranchia”

“Archaeogastropoda”: não monofilético; compreende 3 clados basais (Patellogastropoda, Neritimorpha e Vetigastropoda)

“Mesogastropoda” + Neogastropoda = Caenogastropoda “Prosobranchia” – Locomoção

Pé: sola rastejadora

Sola ciliada e produtora de muco (ancoragem/deslizamento) Locomoção básica: ondas de contrações musculares Ondas de contração diretas (na direção do movimento) Ondas de contração retrógadas (oposta ao movimento)

Divisão do pé em lados direito e esquerdo independentes (ondas ditáxicas alternadas) Padrão mais comum em prosobrânquios: retrógrado ditáxico

(3)

Lapas, abalones e outros gastrópodes de ambientes litorâneos de alto hidrodinamismo Pé: amplo (adesão, além da locomoção)

[*concha baixa, achatamento etc.] “Prosobranchia” – Locomoção

Strombus: opérculo em forma de garra cravado na areia (ponto de apoio) Rápida distensão do pé lança o animal para frente

“Prosobranchia” – Locomoção

Prosobrânquios sésseis (ex. Vermetidae) Voltas da concha separadas umas das outras

Fixam as conchas a esponjas, rochas, outras conchas “Prosobranchia” – Locomoção

Heterópodes: prosobrânquios pelágicos Pé forma nadadeira ventral

Concha reduzida

Animal nada com dorso voltado para baixo “Prosobranchia” – Locomoção

Caramujos violeta (ex. Janthina): prosobrânquios pelágicos Pé secreta muco que aprisiona bolhas de ar

Flutuam aderidos sob essa “balsa de bolhas” “Prosobranchia” – Alimentação Micrófagos pastadores Herbívoros Carnívoros Comedores de depósitos Comedores de suspensão Parasitas “Prosobranchia” – Alimentação “Arquegastrópodes” Micrófagos pastadores

Algas, esponjas e outros organismos que crescem sobre o substrato Rádula com 13 ou dezenas de dentes

Impregnação com minerais (ex., ferro, silício) Mecanismo de seleção no estômago

Digestão extracelular e intracelular “Prosobranchia” – Alimentação

“Mesogastropoda”: macrófagos herbívoros ou carnívoros Rádula com 7 dentes por fileira transversal

Neogastropoda: carnívoros

Rádula com no máximo 3 dentes por fileira transversal Mecanismo de seleção no estômago ausente

Digestão extracelular “Prosobranchia” – Alimentação

Carnívoros

Rádula: cortar, rasgar, raspar

Probóscide tubular, extensível (c/ boca na extremidade)

Presas: bivalves, outros gastrópodes, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, poliquetos, crustáceos e até peixes

Estratégias: toxinas para subjugar a presa; secreções ácidas para perfurar carapaças; utilização do pé para imobilizar a presa

(4)

“Prosobranchia” – Alimentação Ex.: Conídeos

Presas: poliquetos, gastrópodes, peixes

Rádula modificada: dentes isolados em forma de arpão; dentes ocos e preenchidos por toxina (neurotoxina)

Dente atinge a presa a partir da rápida protração da probóscide (um por vez); dente injeta toxina

Algumas spp. do Pacífico produzem potente neurotoxina (alguns casos de acidentes fatais com humanos)

“Prosobranchia” – Reprodução Arqueogastrópodes (maioria) Dioicos

Gonoduto une-se ao nefrídio direito ou ao duto nefridial

Gametas liberados no nefrídio e transferidos à cavidade do manto Fecundação geralmente externa

“Prosobranchia” – Reprodução

“Mesogastropoda” e Neogastropoda Dioicos (maioria)

Sistema reprodutor isolado do excretor [nefrídio direito ausente; duto nefridial direito utilizado unicamente para saída de gametas]

Evolução de sistemas reprodutores complexos (órgãos copulatórios, glândulas femininas produtoras de envoltórios, albúmen etc.)

Grande variedade de padrões reprodutivos Fecundação interna, com cópula

“Prosobranchia” – Desenvolvimento

Arqueogastrópodes: larvas trocófora e véliger livre-natantes

Mesogastropoda e Neogastropoda: larva trocófora no interior da cápsula do ovo; estágio de véliger pode ser livre-natante ou ocorrer no interior da cápsula do ovo, com a eclosão da fase juvenil (muitos Neogastropoda)

Opisthobranchia

Maioria marinha; poucos de água doce 6.000 spp.

Destorção parcial ou completa; cavidade do manto e ctenídios geralmente reduzidos ou perdidos; eutineuria

Redução ou perda da concha; se presente, interna ou externa Opérculo geralmente ausente (se presente, em geral nas larvas) Rinóforos: par de tentáculos quimiossensoriais

Opisthobranchia – Alimentação

-Herbívoros, carnívoros e comedores de suspensão -Ex.: Nudibrânquios:

Carnívoros raspadores que se alimentam de animais sésseis (cnidários, esponjas, briozoários, ascídias etc.)

Predadores de cnidários: ingerem, conservam e utilizam os nematocistos não disparados como defesa (cleptocnida)

Cílios do estômago e cecos digestivos carregam os nematocistos para os ceratos (armazenados em cnidossacos)

Ex.: Glaucus, nudibrânquio pelágico que se alimenta de caravelas-do-mar -Ex.: Sacoglossos:

Algumas spp. sugam o conteúdo celular de algas e cultivam os cloroplastos não danificados (não são digeridos)

(5)

Cleptoplastia

Opisthobranchia – Reprodução Hermafroditas

Sistema reprodutor complexo

Transferência recíproca de espermatozoides Ex.: lebre-do-mar Aplysia

Cópula: desde um par até uma cadeia de indivíduos; primeiro atua somente como fêmea e o último apenas como macho, os demais como machos e fêmeas simultaneamente

Opisthobranchia – Algumas estratégias de defesa Proteção da concha ausente ou reduzida Natação de fuga com parapódios

Produção de substâncias tóxicas, espículas no manto Cleptocnida

Padrões de coloração

Coloração críptica (camuflam-se no substrato)

Coloração aposemática naqueles com toxinas ou nematocistos Pulmonata

Maioria terrestre e de água doce; poucos marinhos 25.000 a 30.000 spp.

Destorção parcial ou completa (cavidade do manto do lado direito na maioria) Cavidade do manto convertida em pulmão (teto vascularizado) – respiração aérea (pulmonados aquáticos ocorrem em águas rasas)

Concha conispiral, reduzida ou ausente nas lesmas; sem opérculo

Manto fecha completamente a abertura, com exceção do pneumóstoma (ou

pneumostômio) – ventilação pode ser ativa, realizada por movimentação do assoalho do pulmão

Pulmonata – Ordem Basommatophora

Exclusivamente aquáticos; com pulmão

1 par de tentáculos com olhos situados na base Maioria sem opérculo

Pulmonata – Ordem Stylommatophora

Exclusivamente terrestres; concha externa, reduzida ou ausente; opérculo ausente; com pulmão

2 pares de tentáculos (retráteis/protráteis); olhos na extremidade do par de tentáculos dorsais

Pulmonata – Ordem Systellommatophora

Exclusivamente terrestres; concha ausente

Destorção completa; pulmão ausente (trocas pela superfície do corpo) 2 pares de tentáculos; olhos na extremidade do par de tentáculos dorsais Pulmonata – Alimentação

Maioria herbívora Pulmonata – Reprodução

Hermafroditas; sistema reprodutor complexo

Geralmente transferência indireta por espermatóforos

Cópula geralmente precedida por ritual de corte (contato tentacular, enrolamento dos corpos etc.)

(6)

Dardo calcário produzido em um saco-do-dardo Durante a corte, dardo é introduzido no parceiro

Evidências recentes sugerem que o muco injetado pelo dardo causa reconfiguração no sistema reprodutor feminino do parceiro

Essa reconfiguração diminuiria as chances do esperma ser digerido pelo sistema reprodutor feminino; seleção sexual

Ex.: lesmas Limax

Cópula: enrolamento dos corpos (às vezes ficam dependurados por um cordão mucoso)

Pênis de ambos é estendido (10-25cm, algumas chegam a 90cm) e enlaçado na extremidade

Espermatóforos trocados pela extremidade do pênis Pulmonata – Estratégias associadas à invasão do ambiente terrestre

Transformação da cavidade do manto em um pulmão Excreção através de ácido úrico

Fecundação interna, ovos com casca e ricos em vitelo Hábitos noturnos e preferência por ambientes úmidos

Durante períodos secos, alguns caracóis podem estivar, selando a abertura da concha com um tampão mucoso (epifragma)

Secreção de muco

Higroscópico: proteção contra dessecação

Locomoção lubrifica a passagem do pé sobre o substrato Proteção contra infecções bacterianas

Pulmonata – Como saber se um caracol terrestre é pulmonado? Número de tentáculos (2 pares em Pulmonata terrestres) Presença de opérculo (ausente em Pulmonata)

*Nota sobre classificação: -“Prosobranchia”

-“Archaeogastropoda”: não monofilético; compreende 3 clados basais (subclasses Patellogastropoda, Neritimorpha e Vetigastropoda)

-“Mesogastropoda” + Neogastropoda = subclasse Caenogastropoda -“Opisthobranchia” + “Pulmonata” = subclasse Heterobranchia

Referências

Documentos relacionados

As categorias de meio de transporte responsáveis pelas maiores taxas de óbitos foram pedestre (6 por.. Figura 2 - Distribuição proporcional de óbitos por acidentes de

Paraná,  que  revezavam  a  presidência  do  estado  por  quase  duas  décadas  (Carlos  Cavalcanti  de  Albuquerque,  casado  com  uma  Munhoz  da 

Dieser Schalter dreht die Phase des HIGH Signals um 180°, um einen Ausgleich für falsch gepolte Lautsprecher zu schaffen.. Zur Kontrolle leuchtet der

Assim, essas diretrizes mostram a facilidade com que é possível adotar uma nova concepção para a drenagem urbana que seria o controle das águas de chuva na sua fonte,

55, tomou posse a Diretoria eleita para o biênio 2012-2014 tendo como presidente a professora Marinalva Silva Oliveira, conforme os resultados proclamados pela Comissão

Projeto de Lei n.º 553/XII/2.ª, que repõe o valor do trabalho suplementar e o descanso compensatório, aprofundando a recuperação de rendimentos e contribuindo

a) Sangramento excessivo: mulheres que classificaram sua perda sanguínea como em “grande quantidade”, na maioria das vezes, nos seis meses anteriores a pesquisa. b) Sangramento

O objetivo deste trabalho foi avaliar o enriquecimento de biomassa anammox, usando diferentes diluições de lixiviado de aterro sanitário como fonte de nitrogênio