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5 QUALIDADE DA ÁGUA DA REPRESA BILLINGS E DO BRAÇO DO RIO GRANDE. (1) Pesquisa da CETESB entre

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Relatório Final

5 QUALIDADE DA ÁGUA DA REPRESA BILLINGS E DO BRAÇO DO RIO GRANDE 5.1 Condição da qualidade da água com base nos estudos existentes

5.1.1 Pesquisa da CETESB

(1) Pesquisa da CETESB entre 1997-1998

A CETESB tem realizado estudos quanto à qualidade da água e sobre o lodo sedimentado no lago desde 1970, através do monitoramento da qualidade da água do reservatório Billings. Condições da Poluição da Água da Represa Billings

Devido à sua importância pelas múltiplas formas de utilização, a qualidade da água da Represa Billings vem sendo monitorada desde 1970, tendo como centro a CETESB, através de pesquisas laboratoriais realizadas paralelamente com o monitoramento da qualidade da água. Dessa forma existem informações abundantes não só sobre a qualidade da água da represa, como também dados relativos aos sedimentos no fundo da represa.

A partir de 1992, passou a ser proibida a reversão das águas do canal do Rio Pinheiros, através da Estação Elevatória de Pedreira, para a Represa Billings, exceto quando houvesse previsão de enchentes da região metropolitana de São Paulo. A partir daí, o Projeto Billings desenvolveu, pôr meio da CETESB, com monitoramento entre abril de 1997 e março de 1998, um abrangente estudo sobre a qualidade das águas, sedimentos e peixes em diversos locais das bacias do Alto e Médio Tietê. Estes estudos são apresentados, de forma resumida, no Tomo 2 do Projeto Billings. Dentre os principais resultados depreendidos deste estudo tem-se:

• a região próxima a elevatória de Pedreira apresenta uma qualidade bastante degradada;

• de forma geral, os ambientes encontram-se eutrofizados ou hipereutrofizados;

• existe uma geral contaminação pôr metais pesados, até mesmo no braço do rio Pequeno localizado no extremo leste do reservatório e no canal de fuga da UHE Henry Borden. Verifica-se, de forma geral, um potencial de remobilização de contaminantes provenientes do sedimento;

• os braços Bororé e Taquacetuba apresentam valores mais elevados de coliformes fecais, indicando uma particular contribuição pôr esgotos domésticos a esses ambientes. Da mesma forma, nas bacias dos braços do Cocaia e no início do reservatório Rio Grande existem contribuições representativas de matéria orgânica biodegradável, nutrientes e coliformes fecais;

• no braço Taquacetuba existe a freqüente ocorrência de algas potencialmente tóxicas, que produzem gosto e odor indesejáveis na água e que, normalmente, não são eliminados pelo sistema convencional, tendo-se que utilizar carvão ativado;

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Relatório Final

• observaram-se nos sedimentos do braço Taquacetuba concentrações significativas de cádmio, níquel e zinco, possivelmente devido à presença de fontes internas ou locais ou a ocorrência de processos hidrodinâmicos de transporte destes contaminantes para o interior do braço;

• no braço do Taquacetuba, os resultados dos testes de toxidade aguda e crônica indicaram um nível de mutagenicidade relativamente baixo e consideraram, com reservas, o seu uso para abastecimento;

• o compartimento do rio Grande apresenta uma comunidade planctônica dependente da aplicação de sulfato de cobre pela SABESP;

• o rio Pinheiros e o rio Tietê, entre Suzano e o reservatório de Pirapora, apresentam qualidade d'água considerada péssima.

(2) Resultado do monitoramento da CETESB da qualidade da água 1) Ponto de monitoramento da qualidade da água

A CETESB e a SABESP têm pesquisado regularmente a qualidade da água da Billings e do braço do Rio Grande. Os pontos de monitoramento para esta pesquisa são apresentados na Figura 5.1.1.

Na Figura 5.1.2 e Tabela 5.1.1 é apresentada a qualidade média da água de um período de 10 anos, entre 1994 e 2003, e do ano de 2004, de acordo com o estudo da CETESB.

A pior fonte poluidora da Represa Billings atualmente é ocasionada pelo material poluente desprendido do lodo acumulado no fundo da represa durante longos anos, como resultado do despejo de efluentes. De acordo com a situação das camadas aeróbicas e anaeróbicas há diferenças, mas o cálculo é que haja no fundo cargas poluentes em uma quantidade várias vezes maior que a contribuição externa de poluentes.

Uma das importantes fontes externas de poluição é a água suja revertida do Rio Pinheiros pela Estação de Bombeamento da barragem da Pedreira por ocasião de chuvas. Como citado anteriormente, o bombeamento da água dessa barragem desde 1992 está limitado às ocasiões de perigo de inundação na área urbana de São Paulo, mas a média anual de bombeamento nos últimos 10 anos foi de 10 m3/s, e como esse rio está altamente poluído não só por esgoto doméstico como também por resíduos comerciais, é grande a influência exercida na qualidade da água da Represa Billings.

Por outro lado, a contribuição de cargas poluentes da área da Bacia da Represa Billings é principalmente formada por esgoto doméstico, com especial atenção às cargas orgânicas como nitratos e fosfatos.

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Relatório Final

ambiente encontra-se quase totalmente hipereutrofizado sob influência dessas cargas poluidoras, produzindo danos enormes aos múltiplos usos da água da represa, principalmente no que se refere ao abastecimento.

A maior fonte de poluentes no braço do Rio Grande é o efluente doméstico do município de Ribeirão Pires. Uma boa parte deste esgoto é tratada na ETE, através de um reator anaeróbico de manta de lodo (UASB). A taxa de eliminação de componentes orgânicos através deste método é baixa, cerca de 65%; além disso, o fósforo e o nitrogênio não são eliminados de forma prática. Somado a isto, temos o esgoto lançado pelo município de Rio Grande da Serra. Este último município possui ETE (piscina de oxidação) própria, mas a capacidade de tratamento é limitada. Por isso, a eutrofização do Braço do Rio Grande tem avançado.

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ESTUDO SOBRE O PLANO INTE GRADO DE ME LH ORIA AMBIENT A L NA AREA DE MA NANCIAIS DA RE PRES A BILL INGS R elatorio F inal

Figura 5.1.1 Ponto de monitoramento da qualidade da água

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ESTUDO SOBRE O PLANO INTE GRADO DE ME LH ORIA AMBIENT A L NA AREA DE MA NANCIAIS DA RE PRES A BILL INGS R elatorio F inal

Figura 5.1.2 Pontos de Monitoramento da Represa Billings e do Braço do Rio Grande

PINH04900 PINH04100

DBO 60 51 DBO 15 15

DQOCr DQOCr '94-'03 '04

NO3-N 0,57 2,11 NO3-N 1,50 0,50 Média Média

P TOTAL 2,097 2,148 P TOTAL 0,682 1,232 DBO 21 13

SOURCE: CETESB PIRE02900 RGDE02900 DBO 21 13 DBO 3 4 DQOCr DQOCr 6,35 4,47 NO3-N 0,20 0,87 NO3-N 0,51 0,73 P TOTAL 1,310 0,678 P TOTAL 0,069 0,070 GADE02900 DBO 4 3 DQOCr NO3-N 0,45 0,90 P TOTAL 0,095 0,095 BILL02100 6 5 RGDE02200 DBO 5 5 0,88 1,49 DQOCr 0,174 0,087 NO3-N 0,52 2,59 P TOTAL 0,104 0,082 BILL02500 DBO 5 5 DQOCr NO3-N 0,68 0,77 P TOTAL 0,054 0,063 BITQ00100 DBO 7 5 BILL02900 DQOCr 8,17 5,65 DBO 4 4 NO3-N 0,35 0,43 DQOCr P TOTAL 0,096 0,088 NO3-N 0,40 1,46 P TOTAL 0,068 0,048 LEGENDA  (Unidade:mg/L)

Figura 1.5.1 Situação das Cargas Poluentes

Rio TIETÊ RIO GRANDE Captação PINHEIROS川 REPRESA DE UARAPIRANGA TAQUACETUBA Captação RIO GRANDE REPRESA BILLINGS

Braço do Rio Grande

5

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Tabela 5.1.1 Situação das Cargas Poluentes na Billings

Point Year Pinheiros Billing Billing Billing Billing Rio Grande Rio Grande Rio Grande Rio Grande PINH04100 BILL02100 BITQ00100 BILL02500 BILL02900 RGDE02900 RGOE02200 GADE02900 PIRE02900

Conductivity 1994-2003 286 205 192 194 172 255 300 502 469 2004 289 210 201 190 155 241 269 366 251 Turbidity 1994-2003 22 25 17 8 7 3 14 9 17 2004 22 5 13 6 6 2 5 5 13 COD 1994-2003 8.17 6.35 2004 5.65 4.47 PFTHM 1994-2003 336 240 2004 548 293 Nitrate 1994-2003 1.5 0.88 0.35 0.68 0.4 0.51 0.52 0.45 0.2 2004 0.5 1.49 0.43 0.77 1.46 0.73 2.59 0.9 0.87 Nitrog. Amon. 1994-2003 4.70 0.29 0.13 0.11 0.08 0.26 0.71 0.58 10.74 2004 8.97 0.13 0.05 0.1 0.07 0.11 0.62 0.79 7.59 OD 1994-2003 1.4 7.4 10.1 7.4 8 7.2 8 4 2.5 2004 0.8 7.9 22.5 8.7 8.7 7.6 9.2 4.8 1.9 DBO 1994-2003 15 6 7 5 4 3 5 4 21 2004 15 5 5 5 4 4 5 3 13 FT 1994-2003 0.682 0.174 0.096 0.054 0.068 0.069 0.104 0.095 1.31 2004 1.232 0.087 0.088 0.063 0.048 0.07 0.082 0.095 0.678 Coliform Termot. 1994-2003 127.758 32 2 9 8 18 77 7.542 174.356 2004 18.418 52 1 4 3 18 37 596 23.565 Chlorophyl-a 1994-2003 89.35 58.09 42.18 20.33 13.01 2004 54.93 48.22 41.93 10

2) Variação Histórica na Qualidade da Água

Ordenamos os resultados das análises periódicas de monitoramento da qualidade da água realizadas pela CETESB entre 1985 e 2003, e os resultados das análises periódicas de monitoramento da qualidade da água realizadas pela SABESP, conforme apresentados abaixo: a) Qualidade da Água do Reservatório Billings

Os gráficos 5.1.3, 5.1.4 e 5.1.5 indicam separadamente a relação entre a variação histórica da qualidade da água do reservatório Billings e o volume de bombeamento a partir de Pedreira por meio de itens de qualidade de água (DBO, PT, Hg). Pode-se depreender pelos gráficos que DBO e PT refletem uma redução do volume de água bombeado de Pedreira, com tendência a gradual melhoria histórica. Ultimamente, há uma tendência a ligeira piora. Embora metais pesados como Hg, Mn, Fe, etc. apresentaram temporariamente tendência a melhoria, ultimamente a tendência é de piora. Acredita-se que isso se deva às descargas de sedimentos acumulados no fundo do lago. Nessa pesquisa, também foi efetuada análise do sedimento no fundo do reservatório, havendo expectativa com relação aos resultados.

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BOD Concentration Pumping Discharge 0 5 10 15 20 25 30 35 40 F eb-89 A ug-89 F eb-90 A ug-90 F eb-91 A ug-91 F eb-92 A ug-92 F eb-93 A ug-93 F eb-94 A ug-94 F eb-95 A ug-95 F eb-96 A ug-96 F eb-97 A ug-97 F eb-98 A ug-98 F eb-99 A ug-99 F eb-00 A ug-00 F eb-01 A ug-01 F eb-02 A ug-02 F eb-03 Period BO D ( m g /L ) 0 20 40 60 80 100 120 P u m p in g D isch ar g e (m 3/s )

BILL 02500 BILL 02900 BILL 02100 Discharge

Figura 5.1.3 Variação histórica da qualidade de água (DBO) no reservatório Billings (relação entre o volume de água bombeada das águas do reservatório e de Pedreira)

TP Concentration and Pumping Discharge

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 F eb-89 A ug-89 F eb-90 A ug-90 F eb-91 A ug-91 F eb-92 A ug-92 F eb-93 A ug-93 F eb-94 A ug-94 F eb-95 A ug-95 F eb-96 A ug-96 F eb-97 A ug-97 F eb-98 A ug-98 F eb-99 A ug-99 F eb-00 A ug-00 F eb-01 A ug-01 F eb-02 A ug-02 F eb-03 Period TP ( m g /L) 0 20 40 60 80 100 120 P u m p in g D isch ar g e (m 3/s )

BILL 02500 BILL 02900 BILL 02100 Discharge

Figura 5.1.4 Variação histórica da qualidade da água (PT) no reservatório Billings (relação entre o volume bombeado das águas do reservatório e de Pedreira)

(8)

Hg Concentration and Pumping Discharge 0.0000 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008 0.0010 0.0012 0.0014 0.0016 F eb-89 A ug-89 F eb-90 A ug-90 F eb-91 A ug-91 F eb-92 A ug-92 F eb-93 A ug-93 F eb-94 A ug-94 F eb-95 A ug-95 F eb-96 A ug-96 F eb-97 A ug-97 F eb-98 A ug-98 F eb-99 A ug-99 F eb-00 A ug-00 F eb-01 A ug-01 F eb-02 A ug-02 F eb-03 Period Hg ( m g /L ) 0 20 40 60 80 100 120 P u m p in g D isch ar g e (m 3/s )

BILL 02500 BILL 02900 BILL 02100 Discharge

Figura 5.1.5 Variação histórica da qualidade da água (Hg) no reservatório Billings (relação entre o volume bombeado das águas do reservatório e de Pedreira)

b) Qualidade da Água do Braço do Rio Grande

Os Figuras 5.1.6, 5.1.7 e 5.1.8 apresentam a variação histórica da qualidade da água no lado

do braço do Rio Grande separadamente por item de qualidade de água (DBO, NH4,

Clorofila-a). Pode-se depreender pelos gráficos uma tendência de aumento do NT, PT e Clorofila-a e tendência ao progresso gradual de eutrofização.

BOD(mg/l) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Feb-89 Jun-90 Oct-91 Mar-93 Jul-94 Dec-95 Apr-97 Sep-98 Jan-00 May-01 Oct-02

RGDE 02900 GADE 02900

Figura 5.1.6 Variação histórica da qualidade da água (DBO) do reservatório do braço do Rio Grande (Relação entre os pontos de coleta de água no Rio Grande (RGDE) e em Ribeirão do Estiva (GADE))

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NH4(mg/l) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2

Feb-89 Jun-90 Oct-91 Mar-93 Jul-94 Dec-95 Apr-97 Sep-98 Jan-00 May-01 Oct-02

RGDE 02900 GADE 02900

Figura 5.1.7 Variação histórica da qualidade da água (NH4) do reservatório do braço do Rio Grande (Relação entre os pontos de coleta de água no Rio Grande (RGDE) e em Ribeirão do Estiva (GADE))

Chla-a(μg/l) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Jan-97 May-98 Sep-99 Feb-01 Jun-02

RGDE 02900

Figura 5.1.8 Variação histórica da qualidade da água (Clorofila-a) do reservatório do braço do Rio Grande

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5.1.2 Qualidade da Água do Braço Rio Grande (1) Dados anteriores da qualidade da água

De acordo com o Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo, emitido pela CETESB, os dados da qualidade de água do ano 2000 do RGDE02900 do braço Rio Grande, estão na planilha abaixo. A medição foi realizada conforme os seguintes parâmetros: físico-químico (37), microbiológico (5), hidrobiológicos (2) e ecotoxicológico (5). Os itens físico-químico e microorganismo foram avaliados de acordo com os parâmetros do CONAMA (20/86).

1) Parâmetro físico-químico

Os itens que ultrapassaram os parâmetros do CONAMA foram: fósforo, identificado 0,16mg/l (CONAMA 0,025mg/l); chumbo, identificado 0,42mg/l (CONAMA 0,03mg/l); cobre, identificado 0,170mg/l (CONAMA 0,02mg/l); manganês, identificado 0,15mg/l (CONAMA 0,1mg/l) e fenol, identificado 0,007mg/l (CONAMA 0,001mg/l).

(11)

Tabela 5.1.2 Dados da qualidade de água referente ao ano 2000 da área próxima ao tratamento de água(RGDE02900) PADRÃO DE QUALIDADE CONAMA 20/86

JAN MAR MAI JUL SET NOV

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS

TEMPERATURA DO AR (oC) 26 24 27 20 31 23

TEMPERATURA DA ÁGUA (oC) 27 24 25 19 25 23

6,0 a 9,0 6.9 7.4 7.2 7.6 8.5 7.9

OXIGÊNIO DISSOLVIDO (mgO2/L) 5.0 6.6 6.5 6.1 7.4 8.5 7.4

DBO5,20 (mgO2/L) 5 4 <3 <3 <3 3 3

DQO (mgO2/L) <17 <25 <25 <25 <25 <25

CARBONO ORGÂNICO DISSOLVIDO (mg/L) 7.00 6.55 6.55 5.70 5.64 8.32

ABSORBÂNCIA NO ULTRAVIOLETA 0.056 0.092 0.073 0.070 0.025 0.060 NITRATO (mgN/L) 10.00 0.70 0.60 0.60 0.53 0.66 0.63 NITRITO (mgN/L) 1.000 0.050 0.010 0.010 0.007 0.050 0.060 AMÔNIA (mgN/L) # 0,50 0.05 0.05 0.05 <0,02 0.03 0.28 KJELDAHL (mgN/L) 0.54 0.09 0.09 0.76 0.76 0.87 NITROGÊNIO TOTAL (mgN/L) 1.29 0.70 0.70 1.30 1.47 1.56 ORTOFOSFATO SOLÚVEL (mgP/L) <0,007 0.009 0.009 0.009 <0,007 <0,007 FÓSFORO TOTAL (mgP/L) 0.025 <0,030 <0,030 <0,030 0.160 0.110 0.050 RESÍDUO FIXO (mg/L) 139 116 116 28 144 163 RESÍDUO VOLÁTIL (mg/L) 26 28 28 42 36 27 RESÍDUO FILTRÁVEL (mg/L) 500 164 134 134 164 175 190

RESÍDUO NÃO FILTRÁVEL (mg/L) 1 10 10 6 5 0.0

RESÍDUO TOTAL (mg/L) 165 144 144 170 180 190 TURBIDEZ (UNT) 100 0.82 1.00 1.00 4.34 2 2 CLORETO (mg/L) 250.0 71.9 57.4 57.9 63.3 93.9 85.3 SURFACTANTES (mg/L) 0.50 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 COND. ESPECÍFICA (μS/cm) 321 288 288 295 351 353 ALUMÍNIO (mg/L) 0.10 <0,10 0.14 0.14 <0,10 0.17 0.24 BÁRIO (mg/L) 1.00 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 <0,08 CÁDMIO (mg/L) 0.001 <0,001 <0,009 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 CHUMBO (mg/L) 0.03 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0.42 <0,02 COBRE (mg/L) 0.02 0.02 0.06 0.06 0.170 0.02 <0,004 CROMO TOTAL (mg/L) # 0,05 <0,05 <0,06 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 NÍQUEL (mg/L) 0.025 <0,010 0.040 0.010 <0,010 <0,010 <0,010 MERCÚRIO (mg/L) 0.0002 <0,0003 <0,0003 <0,0003 <0,0003 <0,0010 ZINCO (mg/L) 0.18 <0,01 0.01 0.01 <0,01 <0,01 0.01 FERRO (mg/L) 0.07 0.21 0.21 0.16 0.14 MANGANÊS (mg/L) 0.10 0.01 0.09 0.09 0.15 0.03 0.01 FENÓIS (mg/L) 0.001 <0,003 0.007 0.007 <0,003 0.005 <0,003 POTENCIAL DE FORMAÇÃO DE THM (μg/L) 162.0 244.0 189.0 163.0 231.0 187.0 pH DADOS DE QUALIDADE 2) Parâmetros microbiológicos

Foram realizadas análises sobre cinco itens: coliformes fecais, estreptococos fecais, clostridium, cryptosporidium e giardia. A poluição causada por microorganismos é muito pouco. Não foram identificados cryptosporidium e nem giardia, causadores de problemas no Japão

(12)

Tabela 5.1.3 Dados de qualidade da água do Ano 2000 no ponto próximo à captação do Braço do Rio Grande (RGDE02900) ( 2: microorganismos)

PADRÃO DE QUALIDADE CONAMA

20/86

JAN MAR MAI JUL SET NOV

COLIFORME FECAL (NMP/100mL) 1.0E+03 9.0E+01 Ausente 4.0E+00 Ausente <2,0E+00 4.0E+00

ESTREPTOCOCOS FECAIS (NMP/100mL) Ausente Ausente Ausente <2,0E+00

CLOSTRIDIUM PERFRINGENS (NMP/100mL) 1.7E+01 2.2E+01 1.4E+01 1.3E+01

CRYPTOSPORIDIUM sp (oocistos/L) Ausente Ausente Ausente Ausente

GIARDIA sp (cistos/L) Ausente Ausente Ausente Ausente

DADOS DE QUALIDADE PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS

3) Parâmetros hidrobiológicos

No teste biológico, foi realizada medição de clorofila-a e de feofitin-a, como forma de avaliar a quantidade de seres vivos, em quantidades definidas. A concentração de clorofila-a encontrada foi de 1 a 9μg/l, um resultado baixo.

Tabela 5.1.4 Dados de qualidade da água do Ano 2000 no ponto próximo à captação do Braço do Rio Grande (RGDE02900) ( : seres vivos)

PARÂMETROS HIDROBIOLÓGICOS

PADRÃO DE QUALIDADE CONAMA

20/86

JAN MAR MAI JUL SET NOV

CLOROFILA-a (μg/L) 5.75 1.53 9.08 9.15 2.45 4.54

FEOFITINA-a (μg/L) 2.30 4.35 5.32 4.74 6.44 11.26

DADOS DE QUALIDADE

4) Parâmetro ecotoxicológico (teste de agentes mutagênicos: teste AMES)

No item intoxicação do meio ambiente, foi feito o teste do bioensaio (teste AMES) usando o S9. Este teste é feito através de um exame a nível celular agentes mutagênicos causadas por material químico.

Tabela 5.1.5 Dados de qualidade da água do Ano 2000 no ponto próximo à captação do Braço do Rio Grande (RGDE02900) ( 4: ecotoxicidade)

PARÂMETROS ECOTOXICOLÓGICOS

PADRÃO DE QUALIDADE CONAMA

20/86

JAN MAR MAI JUL SET NOV

TESTE DE AMES

TA98-S9 (revertentes/L) ND ND ND ND ND ND

TA98+S9 (revertentes/L) ND ND ND ND ND ND

TA100-S9 (revertentes/L) ND ND ND ND ND ND

TA100+S9 (revertentes/L) ND ND ND ND ND ND

TESTE DE TOXICIDADE CRÔNICA DADOS DE QUALIDADE

5) Dados da qualidade de água de 1993 a 2004

Abaixo, temos os dados da qualidade de água de 2003 e a média calculada de 1993 a 2002 e também, os dados de 2004 e a média calculada de 1994 a 2003.

(13)

local RGDE2900 é o ponto de onde é retirada a água de tratamento do Rio Grande. Os itens registrados no relatório, mostram diferenças de acordo com o ano, como é mostrado a seguir os dados de 2003 e 2004.

2003: índice de condutividade elétrica, índice de turbidez da água, azotito, nitrito, amônia, oxigênio dissolvido, resíduo de vaporização, ativadores de íon negativo, cultura de bacilos. 2004: índice de condutividade elétrica, índice de turbidez da água, Chemical Oxygen Demand-COD, metano tri-halogênio, ácido nítrico, amônia, oxigênio dissolvido, resíduo de vaporização, fósforo, cultura de bacilos, clorofila-a.

Tabela 5.1.6 Dados da qualidade de água de 2003 e a média calculada de 1993 a 2002 do Braço Rio Grande

Codigo do Ponto M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02 M e di a 200 3 Media 19 93 -20 02

RGDE02200 327 299 8.9 13 0.235 0.067 0.55 0.48 0.91 0.68 8.6 7.8 6.2 5 178 502 0.07 0.200 0.093 1.20E+02 7.40E+01 RGDE02900 271 252 1.9 3 0.048 0.047 0.42 0.49 0.08 0.28 7.3 7.3 4 3 147 135 0.05 0.062 0.068 4.50E+00 1.90E+01

PARAMETROS

NH3-N OD DBO5.20 Res.Filtravel Conductiv. Turbidez NO2 NO3

μS/cm NTU mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L

Surfact.

mg/L MPN mg/L

Fosforo Total Coliforme Termot.

Tabela 5.1.7 Dados da qualidade de água de 2004 e a média calculada de 1994 a 2003 do Braço Rio Grande Codigo do Ponto M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 M e di a 1994-2003 Media 2004 RGDE02200 300 269 14 5 0.52 2.59 0.71 0.62 8.0 9.2 5 5 0.104 0.082 77 37 RGDE02900 250 241 3 2 6.35 4.47 240 293 0.51 0.73 0.26 0.11 7.2 7.6 3 4 0.069 0.070 18 18 13.01 10.00 Conductiv. Turbidez μS/cm NTU COD mg/L mg/L OD mg/L PFTHM μg/L NO3 mg/L Coliforme Termot. MPN Clorofila a μg/L DBO5.20 mg/L Fosforo Total mg/L NH3-N PARAMETROS

(2) Sistema de monitoramento da água do Braço

No Braço é realizado um monitoramento do aparecimento de eventuais plantas aquáticas, uma vez que essas plantas produzem forte mau cheiro. Como o aparecimento dessas plantas está condicionado às estações do ano, o monitoramento causa um certo trabalho. O sistema de monitoramento é feito da seguinte forma: o braço foi dividido em quatro áreas, e conforme as plantas forem aparecendo, a frequência de monitoramento é alterado, fazendo as análises das amostras.

As amostras foram retiradas de quatro locais, apresentados abaixo: RG101, RG102, RG103 e RG104.

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Mapa 5.1.9 locais de onde foram retiradas as amostras do Braço Rio Grande

Para o controle de proliferação de plantas aquáticas, foram pulverizados sulfado de cobre e peróxido de hidrogênio, nos locais abaixo assinalados.

Figura 5.1.10 locais de onde foram pulverizados herbicidas no Braço Rio Grande

(3) Época de surgimento de plantas aquáticas no Braço do Rio Grande

A época de surgimento de plantas aquáticas no Braço do Rio Grande se dá principalmente no verão, entre os meses de dezembro e março, mas dependendo do nivel da água da represa, admite-se que há tendências de haver diferenças. Quando se identifica a possibilidade de surgimento das plantas, antecipadamente, faz-se a pulverização de sulfato de cobre, por exemplo, para controlar o surgimento dessas plantas.

Entre os anos de 2001 e 2002, devido às estiagens ocorridas, o nível da água da represa chegou a cair pela metade de sua capacidade. Nessa época, nos arredores do local de onde era retirada a água, houve grande infestação de plâncton, que foi impedida de se espalhar, com a

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implantação de barreiras. Em 2005, o nível da água voltou ao seu normal, em 85% de sua capacidade.

Foto 5.1.1 2001 surgimento de plânctons no local de retirada da água

(4) Os tipos de plânctons identificados no braço

Os plânctons surgem a partir de um fenômeno natural onde há uma grande infestação de algas em lagos e pântanos, deixando, principalmente, a superfície da água com uma cor verde escura em sua extensão.

Os plânctons mais conhecidos são os das famílias Anabaena, Microcystis e Oscillatoria, mas os mais numerosos realmente são os Microcystis, que por sinal, são os que mais aparecem na represa Billings. Os tipos de plancton que emitem maior odor são a Anabaena e a Oscillatoria, que estão presentes na represa Billings, o que se conclui que o problema do surgimento de planktons e o mau cheiro exigem especial atenção.

(5) Situação do aparecimento de plânctons na Represa Billings (represa principal) e no Braço Rio Grande (represa secundária)

Nesta investigação, foi realizada a retirada de água no dia primeiro de setembro da represa Billings (represa principal) e no dia 2 de setembro do Braço Rio Grande (represa secundária). Os locais de retirada de amostras estão indicados no mapa abaixo, sendo quatro pontos na represa principal e 3 pontos na represa secundária.

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Mapa 4.2.9 – locais de retirada de amostras a) Represa principal

Na tabela abaixo, são apresentados os resultados obtidos na classificação dos plânctos identificados por microscópio, nas amostras retiradas da represa Billings

Tabela 5.1.8 Resultados obtidos na classificação dos plânctos identificados na represa Billings

Na represa Billings, no local número 1, do lado leste da rodovia dos Imigrantes, se comparado com outros locais, até que não houve tanta incidência de planktons. Mas nos locais 2, 3 e 4 do lado oeste, o que identificou foi uma cobertura quase total da área com planktons, criando uma fina camada de algas.

Pelos resultados obtidos no microscópio, o maior número identificado no local 1 foi o do tipo Cylindrospermopsis sp, seguido pelos tipos Microcystis sp. e Oscillatoria sp. Na superfície, predominou o tipo Cylindrospermopsis sp. Mas amostras retiradas de 20 a 30 cm abaixo da superfície da água, o maior número identificado foi o do Microcystis sp., seguido por Oscillatoria sp. e Melosira sp. Nos locais 2 e 3, foi identificada grande quantidade de planctons, mas os tipos se resumiram só no Microcystis sp. e Oscillatoria sp., conforme Figura 5.1.11 Pontos de coleta de Agua

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identificado também no local 1. Em relação ao local número 4, a predominância foi do Microcystis sp. seguido por Anabaena sp. No caso do Anabaena, ele é do tipo cianobactéria, que libera fungos que emitem forte cheiro. E esse resultado combina com o cheiro que foi identificado no local.

b) Braço Rio Grande

Na tabela abaixo, são apresentados os resultados obtidos na classificação dos plânctons identificados por microscópio, nas amostras retiradas do Braço Rio Grande.

Tabela 5.1.9 Resultados obtidos na classificação dos plânctons identificados no Braço Rio Grande

Diferente do que foi identificado na represa Billings, onde a predominância foi principalmente do Microcystis sp, no Braço Rio Grande, o tipo Mougeotia foi o mais identificado. O Mougeotia sp é um tipo de plâncton também identificado nos reservatórios de água do Japão, mas a quantidade identificada no Braço, foi muito além dos registros históricos, quantidade nunca apresentada no passado.

(6) Medidas as serem tomadas no tratamento de água em relação ao plâncton

Na represa Billings, o tipo de plâncton que predomina é o Microcystis sp. Esse Microcystis sp tem muitas de suas células revestidas por agar. Como o tratamento anterior era feito com aplicação de cloro, este destruia o agar e espalhava as células, que podem facilmente migrarem dos reservatórios de tratamento de água, e são conhecidos como causadores da elevação de sujeiras à superfície e também da coloração da água. Assim, os Microcystis sp que compõem os plânctons, são mais difíceis de serem retirados dos tratamentos de água convencionais. Por isso, os Microcystin que são tóxicos e que compõem o Microcystis, são um grande problema.

Tem-se pensado que os Microcystin tóxicos, são desmanchados através do tratamento usando o carvão ativo, ou por oxidação de contato ou por absorção, ou ainda, pelo processo de tratamento por ozônio.

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O que se pensa, é que não há esperanças de eliminá-los dos reservatórios de tratamento de água, de onde se origina toda a água da represa Billings e do Braço Rio Grande, usando o sulfato de ferro 2, num sistema de tratamento de água baseado na coesão-decantação Æ filtragem com areia Æ tratamento com cloro.

No Braço Rio Grande, o aparecimento de plânctons ainda não é tão grande, não chegando a estar num estado crítico, mas não se pode deixar de pensar que existe a necessidade de um plano de contenção para continuar os trabalhos de forma satisfatória.

Tabela 5.1.10 Comparativo dos índices de eliminação do Microcystin através do tratamento de água

No. Métodos de tratamento de água

Concentração de carvão ativo (mg/l) Agente de coesão Tipo de toxidade Índice de eliminação (%) M1 11 1 Coesão-decantação + filtragem com areia + esterilização por cloro Al2(SO4)3 H20

M2 11 M1 0 2 Coesão-decantação + filtragem com areia + esterilização por cloro FeCl3

M2 16 M1 20 3 Coesão-decantação + filtragem com Carvão ativo em pó +

areia + esterilização por cloro 5 Al2(SO4)3 8H20 M2 34

M1 100 4 Coesão-decantação + filtragem com areia + Carvão ativo granulado +

esterilização por cloro

Al2(SO4)3 8H20

M2 100 M1 100 5 decantação + filtragem com areia + Tratamento por ozônio + Coesão-

esterilização por cloro

1 Al2(SO4)3 8H20

M2 100 Fonte(Humberg et al, uma parte adaptada)

(7) Aparecimento de plantas aquáticas e medidas de eliminação

No Braço, além dos plânctons, existe um crescimento anormal de plantas aquáticas. No ano de 1982 houve um grande aparecimento dessas plantas no braço. Após isso, não houve mais aparecimento. Porém, de Maio a Outubro de 2004 novamente, houve um grande crescimento. A quantidade do crescimento das plantas aquáticas não tem correlação com a temperatura atmosférica e nem com temperatura da água. Quanto mais baixo o nível da água do braço, a quantidade do crescimento tende a aumentar. Como razão disso, é possível pensar que a densidade de sais e nutrientes dentro do lago, sobe quando o nível da água no período de estiagem, abaixa. Em relação as espécies de plantas aquáticas crescentes, são chamadas pelo nome genérico macrófitas, cuja maioria está em 2 espécies: a salvinia e a pistia. Entre outros, é admitido também uma parte de aguapés (Eichhornia crassipes).

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Foto 5.1.2 Trabalho de eliminação das macrófitas que cresceram de Maio a Outubro de 2004

As plantas aquáticas que cresceram no Braço Rio Grande, foram arrastadas pelo vento da cabeceira na região de Ribeirão Pires, o lado da serra, em direção do local de captação de água, e todo ano se acumulam na zona das águas que fica entre a ponte e o sifão. A área atingida pelo surgimento das plantas aquáticas, alcançou seu pico neste ano, em torno de 50.000 metros quadrados mas, em 2004 foi de 150.000 metros quadrados, 3 vezes o desse ano.

Esses trabalhos de eliminação das plantas aquáticas, antes eram efetuados com forca braçal, necessitando de 20 a 30 pessoas. Porém, atualmente como mostra a foto, com a instalação de uma esteira rolante, o trabalho é efetuado com 2 a 3 pessoas. As plantas aquáticas eliminadas são utilizadas como adubo ou ainda jogadas no depósito de lixo.

A situação flutuante das plantas aquáticas no local de captação da água e também, onde está instalada a esteira rolante para retirada das algas, em setembro de 2005, estava bem menos que anteriormente, como mostra a foto abaixo. Todos os anos a partir de setembro as plantas aquáticas aparecem menos, e em outubro, desaparecem quase que por completo. Pode se dizer que isso acontece pois, entre os meses de setembro e outubro, tem início a época de chuvas e o nível das águas acaba subindo.

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Foto 5.1.3 Plantas aquáticas no local de captação de água (02 / 09 / 2005)

Foto 5.1.4 Arredores da esteira rolante usada para eliminação das plantas (02 / 09 / 2005)

5.1.3 Qualidade da Água do Braço Taquacetuba

(1) Resultado do monitoramento da SABESP da qualidade da água

A SABESP iniciou, no ano 2000, a captação e o fornecimento de água do braço do Taquacetuba (ponto do Taquacetuba), a 4,0 m3/s, para suprir o reservatório de Guarapiranga, fonte de abastecimento de água de São Paulo. Segundo o “Guarapiranga 2005 Report”, publicado pela SABESP, a água fornecida pelo Taquacetuba representa 29% de todo o recurso hídrico do Guarapiranga. Pode-se dizer, portanto, que o reservatório Billings é uma fonte importante para suprir o Guarapiranga.

Por este motivo, a SABESP, ciente de que a poluição da Represa Billings tem relação com a poluição do reservatório de Guarapiranga, tem monitorado a situação da qualidade da água, em particular quanto à poluição. Segundo as cianobactérias vistas na Figura 5.1.12, a água captada na Represa Billings é uma das fontes de poluição do Guarapiranga.

Tomando como base os relatórios da SABESP "Qualidade da Água do Sistema Billings - Guarapiranga”, Relatório 28, de Janeiro e Julho/05, e Relatório 29, de Agosto e Dezembro/05, a situação da qualidade da água no ponto do Taquacetuba (BL105) é como apresentada abaixo (vide Figura 5.1.13). Ainda, o padrão ambiental da qualidade da água aplicável para o braço do Taquacetuba é, segundo o CONAMA no 357, da classe 1.

a)Sais nutrientes

No ponto BL105, o valor do PT de janeiro a dezembro era baixo, quando comparado ao padrão ambiental da qualidade da água de 0,020 mg/L (CONAMA no 357). E o valor de NT de janeiro a junho, que era praticamente igual ao padrão, atingiu valores inferiores aos do

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padrão de agosto a dezembro. b) Algae-cianobactérias

Os pontos BL102 e BL103 da Represa Billings se encontravam em estado de Alerta 2 de maio até início de julho, atingindo uma única vez uma alta concentração de 300.000 cel/mL em meados de julho. O ponto BL105 se encontrava em estado de Alerta 3 (alta concentração) entre janeiro e julho, mas entre agosto e dezembro estava em 100.000 cel/mL. A propósito, a Represa Billings indica o seu estado de perigo através de níveis de alerta, aplicando Alerta 1 quando se tem de 100.000 a 300.000 cel/mL, Alerta 2, de 300.000 a 600.000 cel/mL, e Alerta 3 para mais de 600.000 cel/mL.

Já o reservatório de Guarapiranga, diferente dos níveis de Alerta da Represa Billings, é mais rigoroso, com Alerta 1 para menos de 20.000 cel/mL, Alerta 2, de 20.000 a 100.000 cel/mL, e Alerta 3 para mais de 100.000 cel/mL.

c) Microcystis

A concentração era de 1,0 μg/L em todos os pontos da Represa Billings, mas, em um único dia (11 de julho), foi registrada uma alta concentração na camada externa dos pontos BL102 e BL103. No dia 26 de maio foi registrada uma alta concentração em BL105, de 4,0 μg/L. A partir do dia 25 de outubro foi registrada continuamente uma alta concentração na camada externa dos pontos BL102, BL103, BL105, e na camada intermediária do ponto BL105 o valor era de 2,0 μg/L.

d) Elementos tóxicos (toxidade)

A concentração em todos os pontos da Represa Billings era baixa, mas foi registrada nos dias 3 de fevereiro, 19 de julho e 20 de setembro uma concentração média na camada externa do ponto BL105.

e) Metais pesados

A concentração na camada externa de todos os pontos era alta para os padrões do CONAMA no 357. Ainda, o Cd e o Hg estão elevados na camada externa, com valores altos de Cd e Pb na camada do fundo. Foi medido o valor máximo de 0,0012 mg/L de Hg, no dia 18 de janeiro, na camada do fundo do ponto BL103. E o Pb é alto, com 0,045 mg/L na camada do fundo do BL102, segundo a medição de 18 de janeiro.

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(23)

Figura 5.1.13 Variação da qualidade da água (taxa de condutividade elétrica, NT, PT, pH) do Taquacetuba (BL105) (Dez/2004 a Dez/2005)

A propósito, o ponto de monitoramento BL105 da SABESP e o ponto BITQ00100 da CETESB são os mesmos pontos.

A propósito, o fornecimento de água do braço do Taquacetuba para o reservatório do Guarapiranga no ano de 2005, quando foi realizado este estudo, ficou parado entre 18 de janeiro a 5 de maio devido a problemas na bomba, mas reiniciou as atividades a 2,0 m3/s a

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partir de 6 de maio. O volume de abastecimento foi aumentado para 4,0 m3/s em 4 de junho e voltou a ficar inativo em 6 de novembro (vide Figura 5.1.14).

Figura 5.1.14 Situação do fornecimento de água do Taquacetuba para o Guarapiranga

(2) Resultado do monitoramento da qualidade da água da CETESB e da JICA de 2005

Os resultados das quatro investigações da qualidade da água realizadas pela JICA são apresentados na Tabela 5.1.11. Se juntarmos os valores do monitoramento da CETESB,

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temos o resultado apresentado na Tabela 5.1.12 e na Figura 5.1.15. Entre as quatro investigações da JICA, a de setembro foi realizada durante chuvas, muito diferente das condições das outras investigações. Assim, a avaliação será realizada excluindo os dados de setembro.

Segundo o presente estudo da JICA, com DBO de 5 a 14 mg/L, o padrão de 3 mg/L foi ultrapassado. Os valores para DQO estavam entre 26 e 45 mg/L, e os de NT, entre 0,90 e 1,87 mg/L. O valor para PT estava entre 0.042 e 0.215 mg/L, ultrapassando muito o padrão de 0,020 mg/L. O F-Coli estava entre 0 e 1 MPN/100 mg/L, abaixo do padrão de 200 MPN/100 mg/L. Ainda, o Fe estava entre 0,103 e 0,152 mg/L, o Mn entre 0,018 e 0,022 mg/L e o Hg não está disponível.

A tendência do NT e PT na camada inferior é de alta. Em particular, as concentrações de Fe e Mn tendem a ser altas, indicando influência da carga dissolvida.

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Tabela 5.1.11 Resultado da pesquisa da qualidade da água no braço do Taquacetuba (agosto de 2005 a janeiro de 2006)

Data Hora Tempo Profund. da águaTemp. OD DBO DQO COD PT NT F-coli Clorofila-a Fe Mn Hg

(dd/mm/aa) (m) (°C) (mg /L) (mg /L) (mg /L) (mg /L) (mg /L) (mg/L) (NMP/100ml) (・g/L) (mg /L) (mg /L) (mg /L) 0 22,3 10 6 26 7,3 0,215 1,87 0 3,21 -feo 45,44 0,139 0,016 n.d. 2 19,8 7 5 20 6,8 0,192 1,2 20 9,62 -feo 26,68 0,187 0,019 n.d. 4 19 5,8 6 24 7 0,158 0,9 1 2,14 - feo 15,82 0,124 0,024 n.d. 18/08/05 2:20 PM Nublado 6 19,5 2,8 5 22 6,8 0,238 1,31 0 nd - feo 8,55 0,302 0,071 n.d. 0 19 8,8 1 19 6 0,045* < 0,71 1 1,60 - feo 54,53 0,187 0,032 n.d. 2 19 8,4 1 18 5 0,045* < 1,16 2 nd - feo 25,98 0,22 0,037 n.d. 4 19 8,2 2 16 6,6 0,045* < 1,3 1 nd - feo 14,38 0,217 0,035 n.d. 06/09/05 10:40 AM Chuvoso 6 19 6 1 12 6,8 0,045* < 1,18 4 nd - feo 12,72 0,454 0,077 n.d. 0 25 10 14 45 9,2 0,082 1,601 1 48,6 0,152 0,022 n.d. 2 24 10,2 12 43 9,5 0,119 2,285 0 43,3 0,197 0,023 n.d. 4 24 9,4 14 52 9 0,083 2,511 20 63,1 0,223 0,028 n.d. 23/11/05 3:40 PM Nublado 6 21 8,6 7 61 9,5 1,84 1,866 2 1,1 0,629 0,333 n.d. 0 28 11 5 29 6,5 0,042 0,904 0 72,7 0,103 0,021 n.d. 2 28 11 6 38 7,5 0,057 0,97 0 39 0,141 0,023 n.d. 5 27 8,2 6 26 5,5 0,051 0,95 0 78 0,21 0,042 n.d. 11/01/06 2:00 PM Tempo bom 7 25 1,8 5 34 5,5 0,013 1,715 1 25,7 0,415 0,248 n.d. n.d.: <0.0001 5 - 2 6

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Tabela 5.1.12 Resultado do monitoramento da qualidade da água da CETESB e da JICA (2005)

Data da

amostra DBO (mg/L) DQO (mg/L) NT (mg/L) PT (mg/L)

Clorofila-a (・g/L) 05/01/05 5 <50 1,60 0,05 63,4 09/03/05 4 <50 2,36 0,06 32,4 04/05/05 5 <50 1,80 0,07 67,3 06/07/05 3 <50 1,75 0,03 28,3 18/08/05 6 26 1,87 0,22 45,4 06/09/05 1 19 0,71 0,05 54,5 20/09/05 4 <50 1,29 0,05 52,1 23/11/05 5 <50 2,09 0,06 71,5 23/11/05 14 45 1,60 0,08 48,6 11/01/06 5 29 0,90 0,04 72,7

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BOD (mg/L) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 05/ 01/ 05 09/0 3/0 5 04/05 /05 06/ 07/ 05 18/0 8/0 5 06/09 /05 20/ 09/ 05 23/11/ 05 23/1 1/0 5 11/01 /05 TN (mg/L) 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 05/0 1/05 09/0 3/05 04/0 5/05 06/0 7/05 18/0 8/05 06/0 9/05 20/0 9/05 23/11 /05 23/1 1/05 11/0 1/05 TP (mg/L) 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 05/0 1/05 09/0 3/05 04/0 5/05 06/07 /05 18/0 8/05 06/0 9/05 20/0 9/05 23/11 /05 23/1 1/05 11/0 1/05

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5.2 Avaliação da qualidade da água para o estudo

Para a avaliação da qualidade de água, serão usados como referência o relatório da qualidade de água (Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo) e os dados de resultado da pesquisa realizada desta vez.

A CETESB dividiu o Estado de São Paulo em 22 áreas, sendo que a 6ª Área corresponde ao objeto de nossa pesquisa. A avaliação das águas será feita em termos de verificação do impacto à saúde humana por se tratar de mananciais de água encanada e com base no índice de preservação ambiental que verifica a balneabilidade destas águas.

5.2.1 Situação da eutrofização

As causas da contaminação e da poluição de água das lagoas e das represas e suas influências podem ser organizadas conforme abaixo:

Tabela 5.2.1 Causas da poluição e da contaminação de água e seus impactos

CAUSA IMPACTO Substâncias em suspensão como terra e areia Turbidez

Matéria orgânica

Anaeróbio devido ao consumo de oxigênio dissolvido (geração de mau cheiro, mortandade de peixes causada por falta de oxigênio).

Sais nutrientes (nitrogênio, fósforo, etc.) Eutrofização

Substâncias químicas (agroquímicos, etc.) Impacto à saúde e ao sistema ecológico. Microorganismos causadores de doenças Impacto à saúde.

(Fonte: Relatório de Hirama da Coordenadoria da Qualidade de Água do Centro de Pesquisa Ambiental da Província de Chiba - 2004)

(1) Ambiente de substâncias em lagos e represas

A Represa Billings é importante para os moradores daquela bacia hidrográfica como manancial de água encanada e para fins de irrigação de lavoura, uso industrial, geração de energia elétrica e também como local de recreação. No entanto, a referida área encontra-se com problemas de geração de cheiro de mofo causado por aoko e outras algas, proliferação de outras plantas aquáticas como macrófitas causadas pela eutrofização. Serão feitas considerações acerca da situação da eutrofização da Represa Billings.

A figura abaixo mostra o ambiente de substâncias formado por afluxo na represa, produção interna, sedimentação, eluição e defluxo.

Existem como fonte de poluição da Represa Billings por substâncias orgânicas, as oriundas de residências e indústrias, chamadas de “poluição por cargas pontuais” e as advindas das áreas rurais e urbanas, denominada de “poluição por cargas difusas ou não pontuais”. Além disso,

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ocorre a composição de matérias orgânicas provocada pelos plânctons vegetais pertencentes à produção interna. A pesquisa realizada recentemente demonstra que a proporção de matérias orgânicas pertencentes à produção interna é bem maior do que o previsto e, inclusive, é relatado que essas matérias orgânicas de produção interna podem atingir 50% no período do verão, dependendo da área hidrográfica.

S e d im e n ta ç ã o S e d im e n ta ç ã o Sedimentação (Fósforo) L o d o d o fu n d o Decomposição E lu iç ã o Inorgânicos (Nitrogênio-Fósforo) E lu iç ã o A n iq u ila ç ã o Incorporação (Fotosíntese) A flu x o Nonbioorgânicos P lâ n c to n v e g e ta is

Retirada de nitrogênio (Nitrogênio) Defluxo/captação de água)

Figura 5.2.1 Ambiente de substâncias formado por afluxo, produção interna, sedimentação, eluição e defluxo

Ao utilizar o COD como indicador de quantidade de matérias orgânicas no ambiente de substâncias da Represa Billings, é possível verificar o total do COD da represa que é a soma do afluxo proveniente de fora e a parte produzida internamente com a proliferação de plânctons vegetais. Acredita-se que a quantidade de proliferação de plânctons vegetais é regulada por concentração de sais nutrientes como o nitrogênio e o fósforo na represa com possibilidade de utilização, quantidade de incidência de raios solares, temperatura de água e tempo de permanência.

Apesar de existir poucos dados de COD da Represa Billings, segundo dados da CETESB, a média anual entre 1994 e 2003 no ponto de medição BITQ00100, localizado no extremo do braço do sudoeste da Represa Billings é de 8,17mg/L e no ano de 2004 é de 5,85mg/L. É difícil predizer o COD de todas as regiões da Represa Billings só com dados de um ponto, mas pelo fato de este ponto apresentar-se praticamente no mesmo nível de todas as regiões a oeste da Rodovia Imigrantes em se tratando das condições geográficas e da proliferação de aoko, é possível imaginar que se aproxima de um valor representativo da qualidade de água. O resultado da medição do COD na Represa Billings apresenta-se relativamente alto, fato este pode ser explicado pelos seguintes motivos.

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Os plânctons vegetais na água promovem a fotossíntese da mesma forma que vegetais terrestres, portanto, o nitrogênio e o fósforo na água exercem as idênticas funções de fertilizantes, causando exuberância e proliferação dos plânctons vegetais. Assim sendo, mesmo que se diminua o afluxo de matérias orgânicas, haverá a produção interna causada pela proliferação de plânctons vegetais, se o nitrogênio e o fósforo não forem reduzidos, resultará no aumento de matérias orgânicas como o COD, não podendo, deste modo, esperar pela redução do mesmo.

(2) Situação de eutrofização na Represa Billings e no Braço do Rio Grande

O nitrogênio e o fósforo necessários como sendo sais nutrientes para a proliferação dos plânctons na água são empregados como indicadores para avaliar a situação de eutrofização das lagoas e represas.

Os dados relativos à medição do nitrogênio e do fósforo na Represa Billings e no Braço do Rio Grande estão relativamente completos, sendo que os nitratos, o nitrogênio-amônia, o fósforo total e a média entre 1992 e 2002 e nos anos 2003 e 2004 dos respectivos pontos-núcleo de medição nas regiões são conforme abaixo.

Tabela 5.2.2 Comparação da concentração do nitrogênio e do fósforo na Represa Billings e no Braço do Rio Grande

Ponto de

Monitoramento Ano dos Dados NKT NH4-N NO2-N NO3-N T-N T-P T-N/T-P

mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L BILL02100 2004 1,14 0,13 0,06 1,49 2,69 0,087 31 2005 BILL02500 2004 0,92 0,10 0,04 0,77 1,73 0,063 27 2005 BILL02900 2004 0,95 0,07 0,14 1,48 2,57 0,048 54 2005 BITQ00100 2004 1,58 0,05 0,02 0,43 2,03 0,088 23 2005 RGDE02200 2004 1,69 0,62 0,17 2,59 4,45 0,082 54 2005 RGDE02900 2004 0,83 0,11 0,05 0,73 1,61 0,070 23 2005

As lagoas e represas são classificadas em eutrofização alta, média e baixa, segundo o nível de produção de seres vivos. As referências de classificação no Japão são mostradas na tabela

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abaixo.

Tabela 5.2.3 Classificação das lagoas e represas segundo a concentração de nitrogênio e de fósforo

Tipo de

Eutrofização Nitrogênio (n) Fósforo (p) Baixa 0,02 – 0,2mg/L 0,002 – 0,02mg/L Média 0,1 – 0,7mg/L 0,01 – 0,03mg/L

Alta 0,3 – 1,3mg/L 0,01 – 0,09mg/L

Tem-se a tabela abaixo ao organizar, com base na classificação acima, quanto ao estado de eutrofização em cada ponto pesquisado com base nos dados relativos à Represa Billings e do Braço do Rio Grande (média entre 1993 e 2002). O ponto BILL02100, área central da Represa Billings e o BILL02500 na Guarapiranga apresentam alta eutrofização, tanto de nitrogênio quanto de fósforo, enquanto que o BILL02900 na área de entrada do Braço a sudeste e o BITQ00100 situado na extremidade do Braço que se estende da região central até o sul, são de alta eutrofização pelo fósforo em ambos os pontos, mas o nitrogênio encontra-se no estado de média eutrofização. Ao observar a situação em termos de concentração de nitrogênio e de fósforo, pode-se dizer que tanto a Represa Billings quanto ao Braço do Rio Grande encontra-se no estado de alta eutrofização.

Tabela 5.2.4 Estado de eutrofização da Represa Billings e do Braço do Rio Grande

Código do ponto

Nitrogênio (n) Fósforo (p)

BILL02100 Alta eutrofização Alta eutrofização

BILL02500 Alta eutrofização Alta eutrofização

BILL 02900 Média eutrofização Alta eutrofização

BITQ00100 Média eutrofização Alta eutrofização

RGDE02200 Alta eutrofização Alta eutrofização

RGDE02900 Alta eutrofização Alta eutrofização

No que se refere ao afluxo dos poluentes de matérias orgânicas e dos sais nutrientes, existem como poluição por cargas pontuais formadas pelos efluentes das favelas (construção ilegal de casas), que formam as vilas na bacia hidrográfica, e efluentes provenientes das fábricas de produtos químicos de grande porte. Enquanto que em relação à poluição por cargas difusas ou

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não pontuais, é possível imaginar nos efluentes que tem como origem a área urbana do município de São Paulo. A área noroeste da Represa Billings é junto à cidade de São Paulo, motivo pelo qual é verificado o progresso da eutrofização na totalidade dessa região e a proliferação de aoko, e ainda, em parte dos braços é gerado o mau cheiro e verificou-se a geração de gás metano em conseqüência da decomposição.

Inclusive na Represa de Guarapiranga situada a oeste da Represa Billings, desde 7 anos atrás, o aoko e outras espécies de algas estão afetando a qualidade da água encanada. Desde antigamente o aoko e outras algas presentes nessa represa, sendo que os mesmos eram controlados através da pulverização de sulfato de cobre (CuSO4). Entretanto, com a mudança da legislação proibindo a pulverização do sulfato de cobre em represas, não foi possível controlar a proliferação das algas, motivo pelo qual afetou o tratamento de purificação da água.

E ainda, um dos motivos do estado de alta eutrofização pelo fósforo em todos os pontos de medição na Represa Billings e no Braço do Rio Grande, é a presença do ácido fosfórico (aditivo para melhorar a formação de espuma com o abaixamento da dureza de água) contido em detergentes que são utilizados em todas as áreas da referida bacia hidrográfica. Esse fato é evidenciado pela detecção do agente ativo interfacial de íon negativo (MBAS), principal composição de detergentes, no nível aproximado de 0,1mg/L em todos os pontos de medição. Diante dessa situação, o governo do Estado de São Paulo está estabelecendo padrões ambientais e promovendo a redução do afluxo de nitrogênio e de fósforo através das regulamentações de efluentes. No entanto, a realidade mostra que os resultados da regulamentação não estão satisfatórios devido a fatores sócio-econômicos.

Acredita-se que existem no lodo do fundo (sedimentação no fundo) da Represa Billings, altas concentrações de nitrogênio e de fósforo despejados no passado. Um dos ambientes de substância na represa é caracterizado pela proliferação de plânctons devido à eluição de sais nutrientes a partir da sedimentação no fundo. Este fenômeno deve estar ocorrendo motivado pela aceleração da proliferação de plânctons vegetais através da eluição do nitrogênio e do fósforo da sedimentação do fundo com a elevação da temperatura de água no período do verão.

O carbono contido na matéria orgânica é decomposto em dióxido de carbono e água pelos microorganismos, enquanto que o nitrogênio e o fósforo contidos na matéria orgânica, mesmo sofrendo decomposição para transformar-se em ácido nítrico e ácido fosfórico, passam a ser nutrientes para a proliferação dos plânctons vegetais. Assim sendo, com o afluxo de nitrogênio e de fósforo em represas e bacias hidrográficas fechadas, estes elementos se transformam nessas condições e começam a circular gerando proliferação anormal de aoko e algas causadoras de cheiro de mofo.

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Em seguida, será feita a comparação da concentração de clorofila-a que é o padrão sugerido por Vollenweider (1986) da OMS como sendo indicador de eutrofização. A clorofila-a é um pigmento contido nas espécies de algas, sendo que é empregada como indicador para avaliar a quantidade de algas devido à sua extremamente alta correlação com as mesmas. De acordo com o padrão de Vollenweider, a média entre 1994 e 2003 dos pontos BILL02100, BILL02500 e BITQ00100 estão no estado de acentuada eutrofização e, tanto BILL02900 da Represa Billings quanto RGDE02900 do Braço do Rio Grande, encontram-se no estado de alta eutrofização, apesar de ser uma avaliação levemente mais rigorosa em relação a que foi feita pelo nitrogênio e fósforo. De qualquer forma, ambas as avaliações demonstram a situação de alta eutrofização.

Tabela 5.2.5 Padrão de eutrofização de Vollenweider

Concetração de Clorofila-a (µg/l) Estado de

eutrofização Média Máxima

Alta eutrofização 8,0 - 25,0 25,0 - 75,0 Acentuada

eutrofização >25,0 >75,0

No entanto, observada a situação através da geração de aoko, verifica-se que a Represa Billings está constantemente a 40 - 80µg/L conforme mostram os dados de clorofila-a, enquanto que no Braço do Rio Grande é cerca de 10µg/L, representando apenas de 1/4 a 1/8 da Represa, constatando uma grande diferença no volume produzido.

Tabela 5.2.6 Clorofila-a da Represa Billings

Clorofila-a (μg/L) Código do Ponto de

Medição Média entre

1994 a 2003 Média de 2004 BILL02100 89,35 54,93 BILL02500 42,18 41,93 BILL02900 20,33 BILL00100 58,09 48,22 RGDE02200 RGDE02900 13,01 10,00

Até o momento não está ocorrendo uma acentuada geração de Microcystis, espécie de algas azuis, representado por aoko no Braço do Rio Grande, sendo que a espécie predominante é a alga verde Mougeotia. Na superfície da Represa Bilings é constatado constantemente, mesmo agora, um filme fino de Microcystis.

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5.2.2 Avaliação da Qualidade da Água do ponto de vista da preservação ambiental A classificação dos corpos d’água pelos parâmetros ambientais de qualidade da água é:

• Classe 2: corpo central da Represa Billings, da Barragem de Pedreira até o Summit Control, inclusive o Braço do Rio Grande;

• Classe Especial: braço dos Rio Bororé, Taquecetuba, Pedra Branca e Capivari e todos os seus afluentes à montante do primeiro cruzamento com a linha de alta tensão da Light; braço do Rio Pequeno e todos os seus afluentes à montante do cruzamento com a Via Anchieta.

Existem 6 pontos de monitoramento dos parâmetros de qualidade da água, sendo 4 na Represa Billings e 2 no Braço do Rio Grande. O número total de variáveis de qualidade da água é 103, e a CETESB realiza o monitoramento a cada bimestre. No entanto, nem todos as variáveis são analisadas, sendo centro principal da análise alguns indicadores orgânicos de poluição e outros inorgânicos de qualidade da água, tais como precipitação, coloração, pH, temperatura, temperatura da água e transparência, totalizando 27 variáveis físico-químicas; 3 variáveis microbiológicas; 1 variável ecotoxicológica. A situação do cumprimento dos parâmetros ambientais no período de 3 anos entre 2003 e 2005 está demonstrada na Tabela 5.2.7. Através dessa tabela, é possível observar o não-cumprimento de parâmetros como DBO5, Alumínio, Fenol, Manganês e Fósforo Total, em ambos os reservatórios.

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Tabela 5.2.7 Situação do cumprimento de alguns dos parâmetros ambientais nos reservatórios Billings e Braço do Rio Grande

(Unidade: em quantos dos 6 monitoramentos anuais os parâmetros não foram alcançados)

Represa Billings Braço do Rio Grande

BILL02100 BILL02500 BILL02900 BITQ00100 RGDE02900 RGDE02200 Variáveis Ambientais Próximo à Barragem de Pedreira Ponto de junção com Taquacetuba Captação do Summit Control Taquacetuba Próximo à captação da ETA Ponto Central Classe 2 2 2 Especial 2 2 Ano 03 04 05 03 04 05 03 04 05 03 04 05 03 04 05 03 04 05 Alumínio 4 2 4 2 3 5 2 3 3 5 4 5 1 2 3 5 4 5 Cloretos 1 Chumbo 1 Cobre 3 5 2 DBO 5, 20 3 1 1 3 1 2 6 5 5 1 1 3 1 3 Fenóis 2 1 2 1 1 2 Fósforo Total 5 6 6 5 6 5 5 5 4 5 6 6 5 3 4 5 5 Manganês 3 1 2 Mercúrio 2 2 Níquel 1 Amônia 1 4 3 1 Nitrate 1 1 Nitrite 1 OD 1 2 1 1 1 Turbidez 1

Nota1) Os parâmetros ambientais do CONAMA foram revisados em 2004, podendo haver diferença entre os valores de 2005 e dos anos anteriores, conforme a variável;

Nota2) Na revisão do CONAMA de 2004, o parâmetro “Alumínio: 0,1mg/l” mudou para “Alumínio solúvel: 0,1mg/l”. No entanto, como não houve alteração da metodologia de teste, não foi avaliado o cumprimento ou não de tal parâmetro, tendo sido mantido para 2005 os valores do parâmetro antigo;

Os parâmetros ambientais para os níveis de Cobre não estão sendo cumpridos no Braço do Rio Grande, porém estão sendo cumpridos em seus afluentes Ribeirão Pires e Rio Grande, que são as maiores fontes de vazão de cargas poluentes desse reservatório, de onde se conclui que só pode estar sendo gerado por fontes internas. Acreditamos que os níveis de Cobre no Braço do Rio Grande sejam causados pela utilização de Sulfato de Cobre como algicida, para facilitar a captação e tratamento na ETA Rio Grande.

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Existem inúmeros parques e clubes de esporte instalados ao longo da margem da Represa Billings, Braço do Rio Grande e da Represa Guarapiranga, conforme mostra a figura abaixo. A Represa Billings e o Braço do Rio Grande são mananciais de água encanada e ao mesmo tempo, as margens destas represas constituem ambiente aquático importante para o lazer da população.

Figura 5.2.2 Clubes e Parques às margens da Represa Billings e Braço do Rio Grande

A CETESB realiza anualmente a avaliação da balneabilidade das águas da Represa Billings e do Braço do Rio Grande. A avaliação quanto à balneabilidade nas bacias hidrográficas é divida em 4 categorias em função do nível de coliformes fecais e de microorganismos infecciosos, sendo que em todos os pontos de medição, do centro até o lado leste da Represa Billings, apresentaram resultados normais com boa balneabilidade. Observando a evolução da avaliação da Represa Billings e do Braço do Rio Grande entre 1995 e 2004, pode-se dizer que há uma tendência de melhora geral na qualidade da água.

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Tabela 5.2.8 Evolução do resultado de avaliação da balneabilidade

‘95 ‘96 ‘97 ‘98 ‘99 ‘00 ‘01 ‘02 ‘03 ‘04

Clube Prainha Taiti D C C B B C B C C C

Clube de Campo do Sind. Metal. Do ABC A B B A C A A

Próximo ao Zoológico do Parque

Municipal C C C C C B A A C C

Prainha do Parque Municipal D C C C C C C A A A

Prainha da ETE D D D D D D C C C C

Parque Imigrantes C C C C

Próximo a Entrada de DERSA C C C C C C

Praia do Jardim Los Angeles C C B C C C C

Qualificação

A: Ótimo Praias classificados como EXELENTES em 100% do ano

B: Boa Praias PROPRIAS em 100% do ano exceto as classificados como EXELENTES em 100% do ano

C: Regular Praias classificados como IMPROPRIAS em porcentagen de tempo inferior a 50% do ano D: Ma Praias classificados como IMPROPRIAS em porcentagen de tempo igual ou superior a

50% do ano

Obs: Os dados em destaque são da Represa Billings, e o restante do Braço do Rio Grande.

5.2.3 Avaliação da qualidade de água verificada a partir dos mananciais de água para abastecimento

Da Represa Billings são enviados 4,0m3/s de água do Braço de Taquacetuba para a Represa Guarapiranga, desta represa são captadas de 14 a 15m3/s e depois de tratadas são distribuídas no Município de São Paulo. No Braço do Rio Grande são captadas 4,5m3/s de água destinada para água encanada, sendo esta tratada na Estação de Tratamento Rio Grande e posteriormente distribuída como água potável para a região do ABC.

Estão listados abaixo os supostos problemas da qualidade de água da Represa Billings e do Braço do Rio Grande como mananciais da água encanada.

1) Represa Billings

• Geração de grande quantidade de cianobactérias (aoko: Microcystis) • Geração de cheiro de mofo (2-MIB)

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• Geração do cheiro de decomposição em determinados braços e geração de gás metano

• Alta cromaticidade 2) Braço do Rio Grande

• Geração do cheiro de mofo (2-MIB) • Formação de algas verdes (Mougeotia) • Formação de plantas aquáticas (macrófitas)

• Eluição de ferro e de manganês a partir da sedimentação do fundo • Alta cromaticidade

• Baixa alcalinidade

(1) Situação da geração de algas

Verifica-se uma nítida diferença na formação de algas entre Represa Billings e Braço do Rio Grande. Acredita-se que se deve à diferença do nível de eutrofização.

O aparecimento de algas (plânctons vegetais) e a quantidade de proliferação possui uma estreita relação. Geralmente, em lagos e represas de baixa eutrofização aparecem predominantemente algas do tipo baciolarifita e algas douradas, em pequena quantidade. Enquanto que com o avanço da eutrofização, a predominância passa a ser de algas verdes, algas azuis e algas Euglena, demonstrando também um aumento de suas variedades. Com o avanço acentuado da eutrofização, ocorre a diminuição das variedades de espécies, mas com tendência extremamente forte de aumentar a quantidade de seres vivos.

a) Represa Billings

Na pesquisa realizada desta vez na Represa Billings, foi observada a presença de aoko praticamente em toda a superfície, excluindo-se o lado leste da Rodovia dos Imigrantes. A espécie predominante de aoko na Represa Billings é a Microcystis, detectando-se ainda, Anabena em determinadas áreas causando cheiro de mofo (2-MIB). Dentro de aoko foram detectados Cylindrospermopsis além do Microcystis.

b) Braço do Rio Grande

Não foi constada a geração de aoko no Braço do Rio Grande durante a pesquisa realizada desta vez.

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tendo ainda muitas espécies de algas verdes como a Euglena e a Staurastrum. Pelo fato de não ter praticamente detectada a presença de Microcystis, presume-se que o nível de eutrofização no Braço do Rio Grande é mais baixo em relação à Represa Billings.

(2) Impacto das algas sobre a saúde (toxicidade das algas azuis)

A presença de aoko é normal nas lagoas e nas represas situadas próximas ao nosso redor, diante disso, julgamos que não é prejudicial à saúde e mesmo com certa suspeita, acabamos achando que no máximo poderia prejudicar o sabor e o odor da água potável. Entretanto, existem relatórios apontando a morte de animais domésticos com a ingestão de água contendo aoko e ocorrência de disfunção hepática entre homens na época de proliferação dos mesmos nas regiões que utilizam a água de lagoas e de represas para o consumo, chamando a atenção sobre o aparecimento das algas azuis tóxicas.

Foi confirmada até hoje a presença de toxinas em muitas algas azuis e as mesmas são classificadas em função dos órgãos prejudicados: toxina para o fígado, toxina para o sistema nervoso, toxina para as células, etc. São conhecidas as espécies de Microcystin, toxina para o fígado produzida a partir de Microcystis aeruginosa, M.viridis, Anabaena flos-aquae e Oscillatoria agardhii; a toxina para o sistema nervoso Anatoxin-a e Anatoxin-a(s) gerada a partir de Anabaena flos-aquae e Neosaxitokicyn e Saxitocykin produzida a partir de Aphanizomenon flos-aquae. Além dessas, a toxina para as células Scytophicin, é produzida a partir de Scytonema pseudohofmanni e Hapalindol A gerado a partir de Hapalosiphon fontinalis.

(3) Prejuízos causados pelas algas azuis tóxicas

A figura abaixo mostra o mapeamento das regiões que tiveram prejuízo entre os animais domésticos e outros animais com as algas azuis tóxicas e os países que relataram o aparecimento das mesmas.

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Figura 5.2.3 Regiões reconhecidas sobre prejuízo entre animais com as algas azuis tóxicas

Inclusive no Brasil estão ocorrendo acidentes causados por Microcystin. A ocorrência foi em fevereiro de 1996, no Centro de Hemodiálise do Município de Caruaru, a 134km do Recife, capital do Estado de Pernambuco.

Neste hospital, teve a manifestação do sintoma em 117 dos 136 pacientes (86%) e posteriormente, 100 foram acometidos pela hepatite aguda, dos quais 50 vieram a falecer. Atualmente, esse acidente é denominado de “Síndrome de Caruaru”. Por se tratar de um acidente com origem na água encanada, as entidades que cuidam da água encanada possuindo mananciais com geração de aoko, devem intensificar o controle das fontes e o tratamento de água.

(4) Situação de geração de odor

Existem muitos tipos de odor da água encanada como, por exemplo, cheiro de mofo, de peixe, de alga, de terra, de remédio, de metal etc. e na água encanada proveniente das represas como manancial, o cheiro de mofo e o de peixe se tornam problemas causados pelas algas. Inclusive, na Represa Billings e no Braço do Rio Grande também é constatado o cheiro de mofo causado pelas algas azuis da espécie de Anabaena e Oscillatoria.

A Tabela 5.2.9 abaixo mostra as algas que produzem geralmente o cheiro de mofo e os tipos de mofos.

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Tabela 5.2.9 Espécie de algas azuis com a produção comprovada de substâncias geradoras do cheiro de mofo

藍藻類 かび臭の原因物質

Anabaena macrospora Geosmin

Anabaena spiroides Geosmin

Aphanizomenon flos-aquae Geosmin

Oscillatoria agardhil Geosmin

Oscillatoria amoena Geosmin

Oscillatoria splendida Geosmin

Phormidium autumnale Geosmin

Schizothrix muellerii Geosmin

Oscillatoria cortiana 2-metyl-iso-boruneol

Oscillatoria geminata 2-metyl-iso-boruneol

Oscillatoria limnetica 2-metyl-iso-boruneol

Oscillatoria tenuis 2-metyl-iso-boruneol

Phormidium favosum 2-metyl-iso-boruneol

Phormidium tenue 2-metyl-iso-boruneol

(5) Subprodutos de desinfecção

Existem como subprodutos de desinfecção o trihalometano e o ácido dicloroacético, espécie de ácido haloacético como o ácido tricloroacético, aldeído fórmico e o íon do ácido brômico, apesar disso, o único item medido na Estação de Tratamento do Rio Grande é o trihalometano. Acredita-se que em relação ao aldeído fórmico e ao íon do ácido brômico não tenha problema do ponto de vista do método de tratamento de água empregado e do tipo da fonte hídrica, no entanto, é desejável que se faça a medição das espécies do ácido haloacético, especialmente do ácido dicloroacético.

O PFTHM (capacidade de geração do trihalometano), segundo a pesquisa realizada pela CETESB, foi de 240µg/L na média entre 1994 e 2003 e 293µg/L em 2004, situação esta demonstrando bem acima do padrão da qualidade de água que é de 100µg/L. Na Estação de Tratamento do Rio Grande que processa essa água bruta, a média de trihalometano na água tratada entre 1997 e 2002 foi de 64µg/L, com o valor máximo de 158µg/L e, em 3 oportunidades, ultrapassou o padrão de 100µg/L.

(6) Substâncias químicas

Estão sendo detectados diversos tipos de agroquímicos na água tratada pela Estação de Tratamento do Rio Grande.

Está instalada uma fábrica de produtos químicos, denominada Solvay, de grande porte, ao sul ESPÉCIE DE ALGAS AZUIS SUBSTÂNCIA CAUSADORA DO CHEIRO DE MOFO

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do Braço do Rio Grande, sendo que supostamente a referida fábrica é a fonte de contaminação pelo despejo de efluentes. Está programado que até dezembro de 2005, esses efluentes serão enviados para a Estação de Tratamento ABC da SABESP, motivo pelo qual a previsão é de melhora no futuro. Entretanto, é possível que se tenha acúmulo de sedimentação no fundo de agroquímicos e de metais pesados, motivo pelo qual, é necessário continuar com o monitoramento.

Referências

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