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ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO PARA DISCIPLINAR A CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE EMBALAGENS E SUPORTES DE MADEIRA UTILIZADAS NO TRÂNSITO INTERNACIONAL

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ANEXO I

REGULAMENTO TÉCNICO PARA DISCIPLINAR A CERTIFICAÇÃO

FITOSSANITÁRIA DE EMBALAGENS E SUPORTES DE MADEIRA UTILIZADAS NO TRÂNSITO INTERNACIONAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. As embalagens e suportes de madeira em bruto que acondicionarem quaisquer mercadorias, oriundas dos países que internalizaram a Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias -NIMF nº 15, tratadas e identificadas com a marca da IPPC acordada internacionalmente, serão reconhecidas como certificadas sem exigências de requerimentos adicionais para sua internalização pelo Brasil.

Art. 2º. Para os demais países, o requisito equivalente será a apresentação do Certificado Fitossanitário com declaração adicional indicando que as embalagens e suportes de madeira em bruto foram submetidas a um tratamento fitossanitário com fins quarentenários, previsto por este regulamento, ou o Certificado de Tratamento, chancelado pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país exportador.

Art. 3º. As exportações brasileiras deverão atender às exigências dos países que internalizaram a NIMF nº 15, utilizando somente embalagens e suportes de madeira tratadas por empresa credenciada pelo MAPA e identificadas com a marca da IPPC internacionalmente reconhecida, conforme o disposto por este regulamento.

Parágrafo único. Para os demais países, as exportações brasileiras deverão atender as exigências específicas da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país importador da mercadoria, relativas às embalagens e suportes de madeira.

Art. 4º. Será objeto desta Norma a madeira em bruto, assim entendida a que não sofreu processamento nem foi submetida a tratamento, presente em:

I - caixas, caixotes, caixas grandes, engradados e gaiolas; II - paletes, plataformas e outros estrados para carga;

III - madeiras de estiva, apeação, lastros, suportes e escoras; IV - blocos, calços e madeiras de arrumação;

V - tábuas, madeiras de aperto ou separação e cantoneiras.

§ 1º. As embalagens e suportes de madeira serão objeto deste Regulamento nos casos de reciclagem, refabricação, reparo, conserto, recuperação ou remontagem; situação em que todas as peças deverão receber novo tratamento, após retirada da marca anterior, e serem novamente marcadas e certificadas por empresas credenciadas junto ao MAPA.

§ 2º. Estão isentas das exigências de certificação, nas importações e exportações, as embalagens e suportes confeccionados na sua totalidade com derivados da madeira, sejam estes suficientemente industrializados ou processados, a exemplo de compensados, aglomerados de partículas ou de fibras orientadas, contra-placados, folhas, painéis, chapas, pranchas e outras peças de madeira que no processo de fabricação tenham sido submetidos ao calor, colagem ou pressão, podendo ser uma combinação dos mesmos.

CAPÍTULO II

DO REGISTRO E CREDENCIAMENTO DA EMPRESA PARA TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO COM FINS QUARENTENÁRIOS

Art. 5º. Somente as empresas prestadoras de serviços em tratamento fitossanitário, com fins quarentenários, que estejam registradas e credenciadas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conforme legislação específica, por intermédio da Coordenação de Fiscalização de Agrotóxicos do Departamento de Sanidade Vegetal - DSV, estarão autorizadas a executar os tratamentos aprovados e a

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usarem a marca da IPPC de certificação fitossanitária nas embalagens e suportes de madeira em bruto.

Art. 6º. As empresas de que trata o art. 5º referem-se a:

I - empresa que realiza o tratamento térmico e fabrica embalagens e paletes de madeira;

II - empresa que realiza o tratamento por fumigação com Brometo de Metila e fabrica embalagens e paletes de madeira;

III - empresa que realiza o tratamento por fumigação com Brometo de Metila, de forma estática ou volante, nas embalagens e paletes para terceiros;

IV - empresa que realiza tratamento térmico e trata embalagens e paletes para terceiros;

V - empresa que recicla, refabrica, remonta, recupera, conserta ou repara embalagens e suportes de madeira e as submete a novo tratamento.

§ 1º. A utilização dos mesmos equipamentos e infra-estrutura por diferentes empresas será vedada.

§ 2º. A realização de tratamento fitossanitário com fins quarentenários em outras Unidades da Federação fica condicionada ao registro de filiais.

Art. 7º. A estrutura física da empresa deverá dispor de locais fisicamente separados para o material ainda não tratado do que já foi tratado, e estabelecer segregação entre embalagens de uso interno e as destinadas para as exportações, sendo que o armazenamento deverá ser em local limpo, seco e ventilado.

CAPÍTULO III

DOS TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS COM FINS QUARENTENÁRIOS APROVADOS PARA CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA INTERNACIONAL

Art. 8º. As modalidades de tratamento fitossanitário com fins quarentenários para as embalagens e suportes de madeira serão o tratamento térmico da madeira - HT, o tratamento por fumigação com Brometo de Metila - MB e o tratamento por secagem da madeira em estufa - KD - HT.

Art. 9º. No tratamento térmico, a madeira deverá ser submetida a um aquecimento, seguindo uma curva de temperatura e tempo, mediante a qual o centro da madeira atinja uma temperatura mínima de 56°C durante um período mínimo de 30 (trinta) minutos e será identificado pela inscrição HT.

Art. 10. No tratamento por Fumigação com Brometo de Metila, a aplicação mínima nas embalagens e suportes de madeira deverá atender os parâmetros indicados na Tabela 01 e será identificado pela inscrição MB.

Tabela 01.

Parâmetros para o Tratamento por Fumigação com Brometo de Metila Registros mínimos de concentração

(g/m3) durante Temperatura Dose (g/m3) 30min 2h 4h 16h 21°C ou maior 48 36 24 17 14 16°C ou maior 56 42 28 20 17 11°C ou maior 64 48 32 22 19

Parágrafo único. A temperatura mínima não deverá ser inferior aos 11°C e o tempo de exposição mínimo deverá ser de 16 (dezesseis) horas.

Art. 11. O tratamento por secagem da madeira em estufa será reconhecido como tratamento térmico, desde que cumpra com as especificações previstas no art. 9º, e será identificado com a inscrição KD - HT para efeito deste Regulamento.

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Art. 12. Na medida em que a NIMF nº 15 for revisada ou sofrer emendas, outros tratamentos poderão ser aprovados como tratamento fitossanitário com fins quarentenários para embalagens e suportes de madeira em bruto.

Parágrafo único. Poderão ser estabelecidos acordos bilaterais para embalagens e suportes de madeira em bruto, desde que justificados tecnicamente, ou quando se proporcionem evidências que demonstrem áreas com situações fitossanitárias similares ou livres de pragas e sejam respeitados os princípios de transparência, não discriminação e equivalência.

CAPÍTULO IV

DAS EXIGÊNCIAS PARA USO DA MARCA INTERNACIONAL NA CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA

Art. 13. O símbolo da IPPC, ilustrado no Modelo 01, certificará que a embalagem de madeira ou suporte de madeira foi submetida a um tratamento oficial aprovado, estando em conformidade fitossanitária com o estabelecido por este Regulamento.

Modelo 01. Símbolo da Marca de Tratamento da IPPC

§ 1º. A marca utilizada nas embalagens e suportes de madeira brasileira será constituída por um retângulo e, na parte esquerda superior, conterá o símbolo da Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais, da qual o Brasil é signatário, representado pelo desenho estilizado de uma espiga e com as letras IPPC na vertical.

§ 2º. O espaço preenchido por XX - 000 conterá, respectivamente, o código de duas letras do país, conforme a ISO 3166-1, da Organização Internacional de Padronização, e a codificação da empresa que realizou o tratamento, representado pelo número de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

§ 3º. O código do Brasil a ser utilizado nas embalagens e suportes de madeira em bruto aqui tratado será BR, e o registro, exclusivo para cada empresa junto ao

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MAPA, serão os dígitos numéricos finais do credenciamento em tratamento fitossanitário com fins quarentenários.

§ 4º. O espaço preenchido por YY deverá conter o símbolo do tratamento fitossanitário com fins quarentenários aprovado, ao qual a embalagem ou suporte de madeira foi submetida, ou seja, HT para tratamento térmico, MB para tratamento por fumigação com Brometo de Metila e KD - HT para o tratamento por secagem da madeira em estufa.

§ 5º. As letras DB deverão agregar-se à abreviatura do tratamento aprovado para indicar que a madeira é descascada.

§ 6º. O nome da empresa ou logotipo será indicado na linha inferior da marca e, na seqüência ao lado direito, será colocado o código da Unidade Rastreável - UR definida no art. 17 deste Regulamento.

§ 7º. Nos casos de reuso das embalagens ou paletes já marcados por outro país, será necessário para as exportações brasileiras retirar a marca anterior da IPPC e remarcar devido às marcas serem permanentes e não transferíveis e serem mantidas sob controle e inspeção oficial.

Art. 14. A empresa que realizar o tratamento fitossanitário com fins quarentenários nas embalagens e paletes de madeira será a responsável, para efeito deste Regulamento, pela sua marca até a inspeção da mesma pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária do país de destino.

§ 1º. A gravação da marca internacional nas embalagens e suportes de madeira já confeccionada, ou em componentes, será feita de forma indelével em cor diferente de vermelho ou laranja, utilizando carimbo, estêncil ou outro processo que garanta a persistência ou adesividade da marca.

§ 2º. A marca deverá ficar visível em, pelo menos, dois lados opostos da embalagem ou palete e será gravada de maneira uniforme, legível e no formato indicado, vedado o uso de etiquetas facilmente destacáveis.

§ 3º. Madeiras de apeação, lastros e calços somente poderão ser marcados após o tratamento fitossanitário com fins quarentenários e a marca de certificação conterá a inscrição LASTRO e poderá ser aplicada com marcador tipo rolo, devendo ficar visível no caso de corte posterior, conforme ilustrado no Modelo 02.

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§ 4°. Outras informações poderão constar da embalagem desde que não venham a impedir ou dificultar a leitura e interpretação da marca internacional do tratamento.

Art. 15. Cópia fiel da marca de certificação, enviada por cada empresa credenciada junto ao MAPA para a realização de tratamento fitossanitário com fins quarentenários, deverá ficar arquivada junto à Coordenação de Proteção de Plantas, do Departamento de Sanidade Vegetal - DSV.

§ 1º. As empresas já credenciadas terão um prazo de 30 (trinta) dias, após a publicação deste Regulamento, para entregar cópia da marca a ser utilizada à Seção/Serviço de Sanidade Vegetal -SSV, da Unidade da Federação onde está registrada.

§ 2º. O documento deverá ser entregue em 2 (duas) vias, cabendo à SSV enviar uma das vias à Coordenação de Proteção de Plantas, do Departamento de Sanidade Vegetal - DSV, e arquivar a outra via.

CAPÍTULO V DA RASTREABILIDADE

Art. 16. O Responsável Técnico deverá identificar cada lote de embalagens e suportes de madeira tratada com um código único denominado de Unidade Rastreável, estabelecido para possibilitar a identidade do lote.

Art. 17. A Unidade Rastreável - UR será um lote de embalagens e suportes de madeira, de tamanho definido, submetidos ao mesmo tratamento, na mesma data, no mesmo local, do mesmo fabricante ou contratante, sob a supervisão direta do Responsável Técnico da empresa credenciada.

Parágrafo único. O código único será alfanumérico e deve conter a sigla UR, o número seqüencial de cada lote, a sigla da Unidade da Federação onde se realizou o tratamento e a data do tratamento; como exemplo, a forma final da unidade rastreável seria UR4321SP281104.

Art. 18. Para possibilitar o processo de rastreabilidade, o registro e a marca da IPPC, o Responsável Técnico pela empresa deverá manter livro de acompanhamento rubricado com páginas numeradas, podendo ser uma planilha eletrônica, caso em que deverá ser impressa com registro das informações técnicas exigidas por este Regulamento.

§ 1º. Para subsidiar a emissão do Certificado de Tratamento, o livro de acompanhamento citado neste artigo deverá conter, no mínimo, as seguintes informações sobre cada UR: código da UR, nome do fabricante ou contratante, quantidade ou volume do lote, tipo de tratamento, data do tratamento, data da expedição e número do Certificado de Tratamento.

§ 2º. A empresa que realizar o tratamento térmico HT ou tratamento por secagem da madeira em estufa KD - HT manterá os registros do tratamento, curvas, histogramas, planilhas com temperatura e hora do início do tratamento, monitoramento dos sensores de temperatura da câmara e do centro da madeira.

§ 3º. A empresa que realizar o tratamento por fumigação com Brometo de Metila MB manterá os registros de doses utilizadas, planilhas com temperatura ambiente, umidade relativa do ar, hora do início do tratamento e monitoramento dos sensores de concentração na câmara.

CAPÍTULO VI

DA EMISSÃO DO CERTIFICADO DE TRATAMENTO

Art. 19. A empresa que realizar o tratamento fitossanitário HT, MB ou KD - HT, com fins quarentenários, deverá emitir o Certificado de Tratamento para cada Unidade Rastreável - UR de embalagens e suportes de madeira em bruto que receberam o tratamento fitossanitário com fins quarentenários.

§ 1º. O Certificado de Tratamento terá numeração seqüencial para cada empresa e deverá constar nome da empresa, número do registro junto ao MAPA, o

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código da Unidade Rastreável, descrição da embalagem ou suporte, quantidade tratada, data do tratamento, dose mínima estabelecida e data da expedição do Certificado de Tratamento.

§ 2º. O Certificado de Tratamento será emitido e firmado pelo Responsável Técnico somente depois de finalizado o tratamento e confirmados os parâmetros mínimos.

Art. 20. Para os países que não internalizaram a Norma Internacional de Medidas Fitossanitárias NIMF nº 15, o Certificado de Tratamento subsidiará a emissão do Certificado Fitossanitário com Declaração Adicional quando exigida pela ONPF do país importador.

Art. 21. O Certificado de Tratamento deverá ser emitido em duas vias com a seguinte destinação:

I - 1ª via original para acompanhar a remessa das embalagens tratadas; II - 2ª via para o Responsável Técnico da empresa emitente.

Art. 22. O Certificado de Tratamento deverá ser corretamente preenchido, apresentado na via original, sem emendas ou rasuras.

Art. 23. O Responsável Técnico deverá encaminhar até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente, ao SSV/DFA, relatório sobre os Certificados de Tratamento emitidos no mês anterior.

Parágrafo único. O SSV/DFA deverá consolidar os dados da Unidade da Federação e encaminhar relatórios ao DSV até o 25º (vigésimo quinto) dia útil após a data prevista no caput deste artigo.

CAPÍTULO VII

DA INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS EMBALAGENS E SUPORTES DE MADEIRA Art. 24. As ações de inspeção e fiscalização de embalagens e paletes de madeira em bruto terão caráter permanente, constituindo-se em atividade rotineira nos portos, aeroportos, portos secos e postos de fronteira dos SVA/PVAs do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 25. A Fiscalização Federal Agropecuária, no desempenho de suas atividades, terá livre acesso aos locais onde se processem, em qualquer fase, a realização dos tratamentos fitossanitários com fins quarentenários nas embalagens de madeira, paletes e seus componentes destinados ao trânsito internacional podendo, ainda:

I - coletar amostras necessárias às análises de controle ou fiscalização;

II - executar inspeções e vistorias para apuração de infrações ou eventos que tornem as embalagens de madeiras passíveis de alteração e lavrar os respectivos termos;

III - verificar o cumprimento das condições necessárias aos tratamentos fitossanitários com fins quarentenários.

CAPÍTULO VIII

DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS UTILIZADOS ANTES DA EXPORTAÇÃO Art. 26. As exportações brasileiras deverão atender as exigências dos países que internalizaram a NIMF no 15, utilizando somente embalagens e suportes de madeira tratados e identificados conforme o disposto neste Ato; para os demais países, as exportações brasileiras deverão atender as exigências específicas da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país importador da mercadoria.

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Art. 27. As embalagens e suportes de madeira deverão ser declaradas na introdução dos dados e informações no Sistema de Comércio Exterior - SISCOMEX, relativas à remessa da mercadoria para exportação.

Art. 28. Nas modalidades de regime de trânsito aduaneiro especial e nos envios que se movimentem em passagem pelo território brasileiro ou sejam reexportados pelos pontos de egresso, admitir-se-á a saída de mercadorias com embalagens e suportes de madeira marcados em outro país, desde que não sejam manipuladas no Brasil.

CAPÍTULO IX

DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA IMPORTAÇÃO

Art. 29. As embalagens e suportes de madeira serão inspecionadas e vistoriadas para verificação da marca da IPPC de Certificação Fitossanitária.

Parágrafo único. Para os países que não internalizaram a NIMF nº 15, o requisito equivalente é a apresentação do Certificado Fitossanitário, com declaração adicional, indicando que o material foi submetido a um tratamento previsto por este Regulamento ou o Certificado de Tratamento, chancelado pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país exportador.

Art. 30. No registro do licenciamento de importação no SISCOMEX, na tela complemento no campo informações complementares, deverá ser informado se a mercadoria está acondicionada em embalagens e paletes de madeira em bruto, bem como se está certificada ou não com a marca de Certificação Fitossanitária.

Art. 31. Quando da chegada da mercadoria, o importador, por seu representante legal, deverá requerer junto à unidade VIGIAGRO - Programa de Vigilância Agropecuária, nos pontos de ingresso no país e recintos alfandegados, a inspeção e fiscalização fitossanitária das embalagens e paletes de madeira que acondicionem qualquer tipo de mercadorias; para isto, utilizará o modelo de requerimento para fiscalização de produtos agropecuários constante do Manual de Procedimentos Operacionais do VIGIAGRO.

Art. 32. A Fiscalização Federal Agropecuária verificará o sistema de certificação e a marca de tratamento das embalagens e suportes de madeira que acondicionem mercadorias importadas pelo Brasil.

Art. 33. A inspeção e liberação das embalagens e suportes de madeira serão oficializadas através do Termo de Fiscalização, no qual o Fiscal Federal Agropecuário deverá manifestar-se conclusivamente sobre a conformidade da certificação.

Art. 34. O Termo de Ocorrência Fitossanitária deverá ser emitido pelo Fiscal Federal Agropecuário nos casos de constatação de não-conformidade na certificação fitossanitária das embalagens e paletes de madeira em bruto.

CAPÍTULO X

MEDIDAS DE DEFESA FITOSSANITÁRIA PARA O NÃOCUMPRIMENTO NO PONTO DE INGRESSO OU EGRESSO

Art. 35. A madeira utilizada na fabricação de embalagens, suportes e seus componentes, deverá estar livre de casca, de insetos vivos em qualquer estágio evolutivo e de danos produzidos pelos mesmos.

Parágrafo único. O Fiscal Federal Agropecuário prescreverá tratamento fitossanitário com fins quarentenários, eliminação ou rechaço da entrada nos pontos de ingresso para as embalagens e suportes de madeira em bruto que não cumpram o disposto no caput deste artigo.

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Art. 36. A embalagem ou suporte de madeira que apresentar evidências de pragas florestais vivas, exibindo ou não a marca de tratamento acordada, será submetida a uma das seguintes medidas:

I - tratamento fitossanitário, com fins quarentenários, aprovado para eliminar a praga;

II - eliminação da embalagem e suporte de madeira, utilizando um dos métodos recomendados no art. 38 e seguintes;

III - rechaço da entrada, por meio de comunicado à Receita Federal no ponto de ingresso.

§ 1º. A prescrição das medidas ficará a critério da Fiscalização Federal Agropecuária, podendo ser cumulativas como o tratamento emergencial para somente após proceder à retirada da mercadoria para eliminação das embalagens e suportes de madeira em bruto.

§ 2º. No caso da interceptação de pragas florestais vivas ocorrer na área de abrangência da Amazônia Legal, que corresponde em sua totalidade aos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e, parcialmente, o Estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º WGr.), a medida a ser prescrita será o rechaço da entrada, sendo vedada a prescrição de tratamento no ponto de ingresso.

Art. 37. Constatada a presença de pragas vivas nas embalagens e suportes de madeira, suspeitas de serem pragas quarentenárias, a Fiscalização Federal Agropecuária realizará a coleta de amostra da praga, enviará o material para laboratório credenciado e emitirá os respectivos termos de coleta e envio da amostra e a proibição de despacho, conforme modelos do Manual de Procedimentos Operacionais do VIGIAGRO.

§ 1º. Constatados problemas na marca da certificação ou detectada a presença de pragas nas embalagens e suportes de madeira em bruto a serem exportadas, será determinado retorno à origem do material com a emissão do Termo de Ocorrência Fitossanitária.

§ 2º As interceptações deverão ser comunicadas e encaminhadas ao DSV, que notificará a Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país exportador. § 3º. No caso de haver interceptação de praga quarentenária nas embalagens e suportes de madeira em bruto de uma origem determinada, as importações serão passíveis de suspensão e obedecerão aos requisitos fitossanitários estabelecidos por Análise de Risco de Pragas - ARP.

CAPÍTULO XI

DOS MÉTODOS PARA ELIMINAÇÃO

Art. 38. A empresa, na ocasião do credenciamento, firmará Termo de Compromisso indicando o local de eliminação da madeira a ser descartada, podendo ser indicada uma empresa credenciada junto ao MAPA para a realização do serviço de eliminação, a qual fornecerá um Certificado de Eliminação da madeira.

Parágrafo único. Será descartada a madeira com presença de casca, insetos vivos em qualquer estágio evolutivo ou com danos e galerias causados por pragas.

Art. 39. Os métodos internacionalmente utilizados para eliminação de embalagens e suportes de madeira como opção do manejo de risco fitossanitário são a incineração, o enterro e o processamento das embalagens e suportes de madeira em bruto.

I - a incineração é a queima total;

II - o enterro deverá ser feito a uma profundidade mínima de 1 (um) metro; III - no processamento adicional após o estilhamento, à madeira poderá ser utilizada na manufatura de aglomerados de fibra orientada.

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CAPÍTULO XII

DAS OBRIGAÇÕES DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.

Art. 40. Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a implementação deste Regulamento e o credenciamento concedido às empresas não implicará qualquer responsabilidade subseqüente pelas embalagens certificadas submetidas a algum dos tratamentos fitossanitários com fins quarentenários aprovados.

Art. 41. A verificação das medidas de tratamento aprovadas será feita por meio de:

I - inspeção nas embalagens e suportes de madeira em bruto;

II - auditoria e controle das empresas credenciadas para tratamento fitossanitário com fins quarentenários.

Art. 42. Ao Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento compete:

I - credenciar as empresas responsáveis pelos tratamentos quarentenários em embalagens e suportes de madeira e manter os registros;

II - auditar as conformidades e não conformidades da certificação nas embalagens e paletes de madeira previstas neste Regulamento;

III - avaliar relatórios técnicos consolidados pelo SSV/DFA e emitir parecer; IV - divulgar a relação de empresas credenciadas;

V - treinar equipes de fiscalização federal agropecuária;

VI - notificar as Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária - ONPF de outros países nos casos de interceptações de pragas vivas.

Art. 43. Ao Serviço de Sanidade Vegetal das Unidades da Federação compete: I - encaminhar o credenciamento e comprovar com o serviço de fiscalização que as empresas credenciadas cumprem as exigências;

II - inspecionar as empresas credenciadas que realizam os tratamentos quarentenários;

III - fiscalizar o desempenho, eficiência, confiabilidade e integridade dos tratamentos realizados pelas empresas credenciadas;

IV - elaborar relatórios das inspeções e fiscalizações realizadas nas empresas; V - participar de programas de treinamento.

Parágrafo único. O SSV/DFA deverá elaborar recomendações quanto às condições de implementação das atividades desenvolvidas, níveis de qualidade dos resultados e desempenho das equipes executoras das empresas credenciadas pelo MAPA, quando não estiverem satisfazendo às normas estabelecidas por este Regulamento.

CAPÍTULO XIII

DAS OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS CREDENCIADAS Art. 44. Às empresas credenciadas competirá:

I - manter registros dos tratamentos realizados pelo prazo mínimo de 1 (um) ano;

II - colocar à disposição da Fiscalização Federal Agropecuária, sempre que solicitado, toda documentação relativa aos procedimentos utilizados nos tratamentos fitossanitários com fins quarentenários;

III - garantir a presença obrigatória do Responsável Técnico para acompanhar diretamente a realização de todos os tratamentos fitossanitários, com fins quarentenários, prescritos pela Fiscalização Federal Agropecuária ou exigido pelo país importador;

IV - apresentar e manter um plano de qualidade e cumprir uniformemente os processos de tratamentos e controles de certificação e aplicação da marca de tratamento;

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V - manter programa de treinamento e atualização de seu pessoal técnico, administrativo e operacional;

VI - manter documentação comprobatória da realização de vistorias e inspeções, planejadas e sistematizadas, por entidade ou empresa especializada na manutenção e calibragem dos equipamentos de precisão;

VII - comunicar a realização do tratamento prescrito pelo Fiscal Federal Agropecuário com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas ao Posto/Serviço de Vigilância Agropecuária (PVA/SVA) do MAPA.

§ 1º. Na comunicação deverá constar o nome e endereço da empresa credenciada para realizar o tratamento, nome e endereço da empresa solicitante, produto e volume a ser tratado, método e dosagem a serem empregados no tratamento da embalagem ou suporte de madeira.

§ 2º. A empresa que realizar o serviço de tratamento quarentenário para terceiros deverá manter um cadastro de clientes e controle das quantidades dos produtos tratados.

§ 3º. No trânsito das embalagens e paletes de madeira tratados, a carga deverá ser acompanhada do respectivo Certificado de Tratamento.

CAPÍTULO XIV

DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 45. São infrações administrativas:

I - identificar as embalagens e suportes de madeira com marca de tratamento diferente da regulamentada pelo arts. 1º e 13 deste Regulamento;

II - deixar de certificar embalagens e suportes de madeira nas exportações de mercadorias para os países que internalizaram a NIMF nº 15, previsto nos arts. 3º e 26;

III - executar tratamentos quarentenários sem estar credenciado junto ao MAPA, previsto no art. 5º;

IV - realizar tratamentos fitossanitários, com fins quarentenários, em local para o qual não está credenciado conforme dispõe o § 2º, do art. 6º;

V - manter embalagens e suportes de madeira tratadas junto com as não tratadas sem haver nenhuma segregação entre as mesmas previsto no art. 7º;

VI - reusar embalagens ou suportes de madeira já marcados por outro país sem retirar a marca anterior e colocar a brasileira na exportação previsto no art. 13, § 7º;

VII - gravar a marca de tratamento com dados incorretos ou falsos, descumprindo o previsto no art. 14;

VIII - não manter sistema e registros de lotes para rastreabilidade, dispostos no art. 16;

IX - não manter livro de acompanhamento estipulado no art. 18;

X - emitir Certificado de Tratamento quarentenário de forma irregular ao previsto nos arts. 19, 20, 21 e 22;

XI - não encaminhar relatórios nos prazos estabelecidos no art. 23;

XII - omitir informações ou prestá-las de forma incorreta às autoridades registrantes e fiscalizadoras infringindo o art. 44, incisos I, II, VI e VII;

XIII - realizar tratamentos sem o acompanhamento do Responsável Técnico, conforme determina o art. 44, inciso III;

XIV - deixar de comunicar ao MAPA a realização de tratamento quarentenária, prescrita pelo Fiscal Federal Agropecuário previsto no parágrafo único do art. 35;

XV - certificar embalagens e suportes de madeira com presença de casca, insetos vivos em qualquer estágio de evolutivo e de danos, infringindo o previsto no parágrafo único, do art. 38;

XVI - certificar embalagens e paletes de madeira não tratados, contrariando o previsto no art. 14 e seus parágrafos.

Art. 46. São sanções administrativas a advertência, rechaço das embalagens e suportes, suspensão e o cancelamento do credenciamento:

I - advertência: será aplicada às infrações dos incisos II, III, IV, V, VI, VIII, IX, XI, XII, XIV, do art. 45;

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II - rechaço das embalagens e suportes: será cabível às infrações dos incisos I, VII, XV, do art. 45;

III - suspensão pelo prazo até 30 (trinta) dias: será aplicada às infrações dos incisos VII, X, XIII, do art. 45 e na reincidência de infração apenada com advertência;

IV - o cancelamento do credenciamento: será aplicado à infração do inciso XVI, do art. 45.

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