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DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 1. Aula 5: Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho... 2 Introdução... 2

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Aula 5: Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho ... 2

Introdução ... 3

Conteúdo Da suspensão e interrupção do contrato de trabalho ... 3

Analisando o exemplo anterior ... 4

Hipóteses legais de suspensão do contrato de trabalho ... 4

Outros tipos de hipóteses legais de suspensão do contrato de trabalho ... 6

Mais exemplos de hipóteses legais de suspensão do contrato de trabalho ... 8

Hipóteses legais de interrupção do contrato de trabalho ... 10

... 17

Exercícios de fixação Chaves de resposta ... 25

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Introdução

A presente aula terá como objeto o estudo de um importante tema do Direito do Trabalho: a suspensão e interrupção do Contrato de Trabalho.

Saber distinguir cada um dos institutos auxilia na contagem do tempo de prestação de serviço e recebimento de direitos contratuais, bem como as hipóteses de ausência justificada ao trabalho, sem que haja rescisão por abandono de emprego. Assim, vamos à aula!

Objetivo:

1. Apresentar os institutos da suspensão e interrupção do Contrato de Trabalho, demonstrando os conceitos, as diferenciações e efeitos jurídicos; 2. Conhecer as hipóteses legais de suspensão e interrupção do contrato de trabalho.

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Conteúdo

Da suspensão e interrupção do contrato de trabalho

Conceito:

Inicialmente, faz-se necessário realizar uma pequena distinção entre suspensão total e parcial do contrato de trabalho, na visão de Arnaldo Sussekind (Instituições de direito do trabalho, v. 1, 9. ed, p. 454).

TOTAL

Ocorre quando ambos, empregador e empregado, ficam transitoriamente desobrigados do cumprimento de suas respectivas obrigações contratuais. PARCIAL

Ocorre quando o empregador mantém sua obrigação de remunerar seu empregado, sem que este lhe preste serviços.

Optou o legislador brasileiro por conceituar a 2ª hipótese, suspensão parcial, como sendo “interrupção do contrato de trabalho”, apesar do correto ter sido denominá-la como “interrupção da prestação de serviços”, pois o Contrato de Trabalho continua vigente durante esse lapso temporal.

Assim, de acordo com a maioria da doutrina, na suspensão e na interrupção ocorreria o seguinte:

Vamos a um exemplo:

Em caso de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, o plano de saúde continua sendo devido?

A maioria da jurisprudência entende que o direito à manutenção do plano de saúde depende da permanência do vínculo de emprego e não da prestação de serviço.

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Dessa forma, ocorrendo a suspensão do contrato de trabalho em virtude da fruição do auxílio-doença, por exemplo, o plano de saúde continua devido, pois o vínculo empregatício continua vigente, apesar de não ter havido prestação de serviços.

Analisando o exemplo anterior

O exemplo em questão não guarda nenhuma relação com a faculdade conferida ao ex-empregado, pelo artigo 30 da Lei 9.656/98 (dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde), que lhe permite manter o plano de saúde original, desde que assuma seu custo integral.

No tocante aos Contratos de Trabalho por prazo determinado, conforme art. 472, §2º da CLT, o tempo de suspensão do contrato não impede o seu término pelo decurso do tempo, podendo as partes acordarem o contrário.

O empregado afastado que tenha seu Contrato de Trabalho suspenso receberá, quando de seu retorno, todas as vantagens conferidas a sua categoria profissional (art. 471 da CLT). Entretanto, se a hipótese de suspensão do contrato for a percepção de auxílio-doença pelo empregado, tal fato não impede, por si só, a fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta impossibilidade de acesso ao Judiciário (OJ 375 da SDI1 do TST).

Hipóteses legais de suspensão do contrato de trabalho

Observe, abaixo, 4 hipóteses de suspensão do contrato de trabalho. Prestação de serviço militar ou de outro encargo público

Está previsto no art. 472 da CLT, que estabelece que “o afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de outro encargo público não constituirá motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.”

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Além disso, o empregado tem de notificar seu empregador da sua intenção de voltar ao cargo do qual se afastou, no prazo máximo de 30 dias da data “em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.”

Mandato sindical

O art. 543 da CLT prevê o seguinte: “O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.

§ 2º Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo.

Eleição de diretor de sociedade anônima

De acordo com a Súmula 269 do TST, “o empregado eleito para ocupar o cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.”

Suspensão disciplinar

O empregador, em virtude do poder disciplinar a que está investido, pode punir seus empregados com suspensão de suas atividades pelo prazo máximo de 30 dias (art. 474 da CLT). Assim, durante o período da suspensão, o Contrato de Trabalho do empregado também encontra-se suspenso.

Esta suspensão disciplinar não guarda nenhuma relação com a faculdade que o empregador tem de suspender o empregado que responde a inquérito judicial para apuração de falta grave (art. 494 da CLT), cuja duração não está limitada

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a 30 dias, podendo perdurar até a decisão final do processo (ver art. 853 da CLT, Súmula 403 do STF, OJ 137 da SDI2 do TST).

Se o empregado voltar em até 90 dias da aludida baixa ou terminação do encargo, computar-se-á o tempo anterior ao seu afastamento no período aquisitivo das férias (art. 132 da CLT).

Além disso, o período em que o empregado ficou afastado será computado para todos os fins (art. 4º da CLT), inclusive para depósito do FGTS (art. 15, §5º da lei 8.036/90 e art. 28, I do Decreto 99.684/90). Ver também Súmulas 10 e 463 do STF.

Outros tipos de hipóteses legais de suspensão do contrato de

trabalho

Em seguida, acompanhe mais 4 hipóteses de suspensão do contrato de trabalho, clicando no objeto em destaque.

A greve

Conforme art. 7º da Lei nº 7.783/89, a participação do empregado “em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais durante o período ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.”

Além disso, “é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos artigos 9º e 14.”

Aposentadoria por invalidez

O empregado terá seu contrato de trabalho suspenso (art. 475 da CLT). Recuperando a capacidade de trabalho e cancelando a aposentadoria, tem direito a retornar à função anterior (§1º da aludido artigo). Seu benefício previdenciário continuará pago conforme os prazos estabelecidos no art. 47 da

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Lei 8.213/91, podendo o ex-aposentado retornar ao trabalho (vide Súmula 160 do TST e 217 do STF). Apesar da aposentadoria por invalidez e contrato de trabalho suspenso, o prazo prescricional para ajuizamento de reclamação trabalhista não é suspenso, conforme prevê a OJ 375 da SDI1 do TST.

Licença não remunerada

A licença não remunerada é toda aquela em que há suspensão do contrato de trabalho, e não é prevista na legislação trabalhista, como na hipótese em que o empregado requer um afastamento sem remuneração para realização de um curso no exterior.

Ademais, nos termos do art. 444 da CLT, as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não sejam contrárias às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

Assim, não há impedimento legal para a empresa conceder uma licença não remunerada ao empregado, visando, de tal modo, atender a uma necessidade específica dele.

No caso da licença não remunerada, como não produz efeitos ao contrato de trabalho, não fará jus o empregado às férias e 13º correspondentes ao período em que estiver na licença não remunerada.

Exceção feita à regra é a fundamentada pelo art. 543, § 2º, da CLT, que considera como licença não remunerada, o tempo em que o empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional se ausentar do trabalho para exercer os referidos cargos no sindicato, inclusive no órgão de deliberação coletiva.

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Licença-Maternidade

A licença-maternidade está prevista no art. 7º, inciso XVIII da CFRB/88, no art. 392 da CLT e no art. 71 da Lei 8.213/91, que preveem uma licença de 120 dias de duração. Esta licença também se estende à mãe adotiva (art. 392-A da CLT e art. 71-A da Lei 8.213/91). Conforme IN 20/07 do INSS, art. 236, §4º, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto. Esta licença pode ser prorrogada até 60 dias, de acordo com a lei 11.770/08, que criou o programa Empresa Cidadã.

Mais exemplos de hipóteses legais de suspensão do contrato de

trabalho

Dando continuidade, por fim, conheça mais 4 exemplos de hipóteses de suspensão do contrato de trabalho que podem ocorrer.

Afastamento para requalificação profissional (curso)

O contrato de trabalho do empregado será suspenso por um período de 2 a 5 meses quando optar por participar de curso ou programa de qualificação oferecido por seu empregador, desde que esteja previsto em convenção ou acordo coletivo (art. 476-A da CLT).

Caso o empregador opte por dispensar seu empregado no transcurso da suspensão contratual, terá de pagar, além das verbas previstas na legislação trabalhista, uma indenização de, no mínimo, 100% sobre o valor da última remuneração, devendo esta indenização estar prevista em instrumento coletivo (art. 476-A, §5º da CLT).

Afastamento quando a mulher for vítima de violência doméstica

Em caso de violência doméstica contra a mulher, com base na Lei nº 11.340/06, o juiz, quando for necessário afastá-la do local de trabalho para

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preservar sua integridade física, assegurará a manutenção do vínculo empregatício por até 6 meses, (art. 9º, §2º).

Prisão cautelar do empregado

Se o empregado for preso e não puder comparecer ao trabalho, como ocorre no caso da prisão preventiva, prisão provisória e prisão em flagrante delito, seu contrato de trabalho será suspenso.

No caso da prisão decorrer do trânsito em julgado da ação penal e o empregado for condenado ao regime fechado, o empregador poderá aplicar a justa causa, conforme art. 482, alínea “d” da CLT.

As faltas injustificadas

As faltas injustificadas são todas aquelas que não estão enquadradas no artigo 473, da CLT:

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;

IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva.

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).

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VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

Assim, nos casos apontados acima, a ausência ao trabalho não causará qualquer prejuízo ao salário do empregado, e os direitos decorrentes.

São três os efeitos mais comuns das faltas injustificadas: a) Redução ou perda das férias;

Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;

II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;

III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e

IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.

b) Dispensa por justa causa – abandono de emprego

Ocorre quando o empregado falta por 30 dias injustificadamente, devendo nestes casos ser o mesmo convocado para justificar a falta sob pena de aplicação da justa causa prevista no artigo 482, alínea “i”.

c) Dispensa por justa causa – desídia

Ocorre quando o empregado falta reiteradamente ainda que sem continuidade, mas suas faltas ocasionam verdadeiro prejuízo à empresa, nos termos do artigo 482, alínea “e”.

Hipóteses legais de interrupção do contrato de trabalho

A seguir, serão estudadas 19 hipóteses de interrupção do contrato de trabalho. São elas:

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Ausências justificadas, licença remunerada, férias, repouso semanal remunerado e feriados, aviso-prévio indenizado, trabalho nas eleições, períodos sem serviço por culpa ou responsabilidade do empregador, interrupção do serviço por causa acidental ou de força maior, afastamento, até 90 dias, com requisição da autoridade competente, por interesse da segurança nacional, lockout, amamentação, tempo para a gestante realizar consultas e exames complementares, atuação como membro representante dos empregados em CCP criada no âmbito da empresa, aborto, durante 2 semanas, afastamento do empregado para participação em atividade do Conselho Curador do FGTS, afastamento do empregado para participação em atividade do Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS, convocação pelas forças armadas para guerra, manobras ou manutenção da ordem interna, falência convertida em recuperação judicial e doença e acidente do trabalho.

19 Hipóteses Legais de Interrupção de Contrato e Trabalho

A) Ausências justificadas:

As ausências que podem ser justificadas estão, em sua maioria, reunidas no art. 473 da CLT.

I - até 2 (dois) dias consecutivos (para o professor é de 9 dias – art. 320, §3º da CLT), em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento (para o professor também é de 9 dias – art. 320, § 3º da CLT);

III - por um dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana (a Constituição Federal, no art. 10, §1º do ADCT, ampliou para 5 dias o prazo da licença- maternidade);

IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

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VI- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do artigo 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar);

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo (a testemunha não pode ser descontada por comparecer em juízo – vide art. 822 da CLT e Súmula 155 do TST);

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

B) Licença remunerada:

Como o próprio nome já diz, se o empregado obtiver uma licença remunerada, continuará a receber sua remuneração normalmente, com exceção das férias, as quais não serão pagas se ele permanecer em gozo de licença por mais de 30 dias (art. 133 , II da CLT).

C) Férias:

De acordo com o art. 129 da CLT, “todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.”

D) Descanso semanal remunerado e feriados:

Conforme visto anteriormente na aula 4, o empregado tem direito a descansar 1 dia a cada 6 dias de trabalho, preferencialmente aos domingos, sendo este descanso remunerado para todos os fins, conforme art. 7º, inciso XV da CFRB, art. 67 da CLT, art. 1º da Lei nº 605/49 e art. 1º do Decreto 27.048/49.

E) Aviso-prévio indenizado:

A OJ 82 da SDI1 do TST determina que “a data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso-prévio, ainda que indenizado”.

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Dessa forma, no aviso-prévio indenizado, o empregado recebe sua remuneração sem dar sua contrapartida em serviços, sendo esse período considerado como interrupção do contrato de trabalho.

F) Trabalho nas eleições:

A legislação eleitoral prevê uma hipótese de interrupção do Contrato de Trabalho, na medida em que determina que “os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação(art. 98 da Lei 9.504/97).

G) Períodos sem serviço por culpa ou responsabilidade do empregador:

É o caso do empregado que fica sem trabalhar, recebendo salário, por período superior a 30 dias (ex: art. 161, § 6º da CLT), em virtude de paralisação parcial ou total das atividades da empresa (art. 133, III da CLT). Ainda que não tenha laborado por culpa de seu empregador, o empregado perderá seu direito a férias, já que ficou mais de 30 dias recebendo salário sem ter que trabalhar.

H) Interrupção do serviço por causa acidental ou de força maior:

Se ocorrer a interrupção do trabalho em virtude de força maior ou causa acidental, o empregado receberá normalmente seu salário, mesmo estando impossibilitado de prestar seus serviços (art. 61, §3º da CLT).

I) Afastamento do empregado requerido pela autoridade competente de interesse para a segurança nacional:

Se a autoridade competente entender ser motivo de interesse para a segurança nacional, pode requerer o afastamento do empregado, o qual continuará a receber sua remuneração pelo prazo de 90 dias (art. 472, § 3º, § 4º e § 5º da CLT).

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J) Lockout:

Mais conhecida como “greve do empregador”, sendo ilegal em nosso ordenamento. Como é o empregador que dá causa à interrupção do trabalho, os empregados atingidos fazem jus ao salário dos dias de paralisação (art. 722, § 3º da CLT – o legislador foi atécnico ao utilizar “suspensão” ao invés de “interrupção”).

K) Amamentação:

Os intervalos concedidos à mulher para amamentar seu filho durante a jornada de trabalho (2 intervalos de 30 minutos cada um – art. 396 da CLT) são considerados como sendo uma hipótese de interrupção do contrato de trabalho. L) Tempo para a gestante realizar consultas e exames complementares:

CLT, art. 392 § 4º: é garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos:

II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

M) Atuação do empregado como membro representante dos empregados em CCP criada no âmbito da empresa:

O empregado eleito representante dos empregados em Comissão de Conciliação Prévia (CCP), quando se afastar de suas atividades para desempenhar a função para a qual foi eleito, terá esse tempo computado como de trabalho efetivo, não podendo o empregador descontar do salário sua ausência (art. 625-B, §2º da CLT).

N) Aborto não criminoso:

Estatui o art. 395 da CLT: “Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.”

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O) Afastamento do empregado para participar em atividade do Conselho Curador do FGTS:

O Conselho Curador do FGTS é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais. Caso o representante dos trabalhadores tenha que se ausentar de seu trabalho para exercer sua função no Conselho Curador, tal ausência será computada como sendo de trabalho efetivo (art. 3º, § 7º da Lei 8.036/90 e art. 65, § 6º do Decreto 99.684/90).

P) Afastamento do empregado para participar em atividade do Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS:

O Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS também é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores, sociedade civil, aposentados e pensionistas, órgãos e entidades governamentais. Caso o representante dos trabalhadores tenha que se ausentar de seu trabalho para exercer sua função no Conselho Curador, tal ausência será computada como sendo de trabalho efetivo (art. 3º, § 6º da Lei 8.213/91).

Q) Convocação para manobras, exercícios, manutenção da ordem interna ou guerra pelas forças armadas:

O empregado que for convocado para elaborar manobras, exercícios, manter a ordem interna ou participar de guerra terá assegurado o retorno ao cargo, função ou emprego que exercia ao ser convocado e garantido o direito à percepção de 2/3 (dois terços) da respectiva remuneração, durante o tempo em que permanecer incorporado (art. 61 da Lei 4.375/64).

R) Falência convertida em recuperação judicial:

Os direitos decorrentes do Contrato de Trabalho subsistirão em caso de falência, recuperação judicial/extrajudicial ou dissolução da empresa (art. 449, §2º da CLT).

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S) Doença e Acidente do Trabalho:

Se o trabalhador se afastar do trabalho por motivo de doença por até 15 dias, a obrigação de pagar o salário integral é de seu empregador (art. 60, §3º da Lei 8.213/91 e art. 75 do Decreto 3.048/99). Nesta hipótese, é caso de interrupção do Contrato de Trabalho (ver também Súmula 15 e 282 do TST).

A partir do 16º dia de afastamento por doença em diante, seria caso de suspensão do contrato de trabalho (art. 476 da CLT). Em se tratando de acidente de trabalho, o tempo de afastamento é computado para todos os fins, de acordo com o art. 4º, § único da CLT, inclusive o FGTS continua sendo devido (art. 15, § 5º da Lei 8.036/90 e art. 28, III do Decreto 99.684/90).

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Exercícios de fixação

Questão 1

(MAGISTRATURA TRT1 – 2004) Na suspensão do contrato de trabalho para

qualificação profissional do empregado, quais dos requisitos abaixo são indispensáveis?

I – Expressa regulação do afastamento, através de convenção ou acordo coletivo de trabalho.

II – A suspensão contratual deve ser comunicada ao Sindicato com antecedência mínima de quinze dias.

III – É necessária a aquiescência expressa do empregado com a suspensão do seu Contrato.

IV – O curso ou programa de qualificação profissional deve ser oferecido pelo empregador ou por instituição por ele eleita.

V – Embora possa ser prorrogado, o prazo estabelecido, para a presente hipótese suspensiva, é de dois a cinco meses.

Assinale:

a) Se todos os itens são indispensáveis.

b) Se apenas os itens I, III e IV são indispensáveis. c) Se apenas os itens III, IV e V são indispensáveis. d) Se apenas o item II é indispensável.

e) Se nenhum dos requisitos é exigível legalmente, já que a determinação para a qualificação do empregado encontra-se dentro dos limites do poder de comando do empregador, que assume os riscos da atividade por ele empreendida.

Questão 2

(Magistratura TRT3 – 2007) É situação de suspensão do contrato de trabalho: a) Afastamento do segurado empregado doméstico para percepção de

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c) Repouso remunerado de 2 semanas concedido à empregada mulher, em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial.

d) Comparecimento do empregado a juízo pelo tempo que se fizer necessário. e) Afastamento do professor no decurso de 9 dias por motivo de gala ou de luto,

em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho. Questão 3

(Magistratura TRT3 – 2007) Sobre a suspensão do Contrato para qualificação profissional do empregado, analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta:

I - O empregado com contrato de trabalho suspenso para qualificação profissional (art. 476-A da CLT ) mantém a qualidade de segurado, independente de contribuições até 12 meses após a cessação das contribuições. II - Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador.

III - O empregado que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim, fará jus à bolsa de qualificação profissional custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, cabendo também a este Fundo custear a bolsa em caso de prorrogação do prazo limite de 5 meses, mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado.

a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Nenhuma das alternativas está correta.

c) Há 2 alternativas incorretas e 1 alternativa correta. d) Há 1 alternativa incorreta e 2 corretas.

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Questão 4

(Magistratura TRT9 – 2009) Analise as proposições a seguir:

I. O afastamento do empregado por motivo de doença interrompe o contrato de trabalho por 15 dias e suspende o Contrato a partir do 16º dia.

II. As férias e os descansos semanais remunerados importam em exemplos de interrupção do contrato de trabalho.

III. Em todas as situações de suspensão do contrato de trabalho, cessa para o empregador a obrigação de pagamento de salários, de cômputo do período no tempo de serviço do empregado e de depósito do FGTS.

IV. Conforme súmula do TST, após 5 anos da concessão da aposentadoria por invalidez, cessa para o empregado o direito de retornar ao trabalho, se o benefício for cancelado a partir de então.

V. O casamento do professor interrompe o respectivo contrato de trabalho por 9 dias.

a) Somente as proposições II, III e IV são corretas. b) Somente as proposições I, II e V são corretas. c) Somente as proposições I, II e IV são corretas. d) Somente as proposições II, IV e V são corretas. e) Todas as proposições são corretas.

Questão 5

(Magistratura TRT18 – 2006) Considere o enunciado e as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta. De acordo com a CLT, não será considerada falta ao serviço, para os efeitos da duração do período de férias, a ausência do empregado:

I - Durante o licenciamento compulsório da empregada, por motivo de maternidade ou aborto não criminoso, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social.

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II - Durante o licenciamento compulsório da empregada, por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social.

III - Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, exceto se tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.

IV - Por motivo de acidente do trabalho ou de incapacidade que propicie concessão de auxílio-doença pela Previdência Social, exceto se tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.

V - Justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário.

a) As assertivas I, III e V são corretas. b) As assertivas I e IV são corretas. c) As assertivas II e III e V são corretas. d) As assertivas II e IV são corretas. e) As assertivas I e III são incorretas.

Questão 6

(Magistratura TRT1 – 2004) Empregada sofre acidente de trabalho no curso de contrato de trabalho por prazo determinado, quando se encontrava no 3º mês de gestação e restavam 4 meses para o término do prazo contratual. Ficou inapta, tendo alta 5 meses após o acidente. Leia as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I - O contrato de trabalho sofre interrupção, pelo prazo que restar para o seu termo, devendo o empregador arcar com pagamento do salário dos primeiros quinze dias.

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II - O contrato de trabalho sofre interrupção por quinze dias, ficando, a seguir, suspenso pelo prazo que restar para o seu termo, terminando no prazo pactuado.

III - O contrato de trabalho sofre interrupção por quinze dias, ficando, a seguir, suspenso até a verificação de alta, mesmo ultrapassando o prazo inicialmente pactuado, quando estará a empregada apta para o trabalho, comutando-se o Contrato para prazo indeterminado.

a) As afirmativas I e II estão corretas. b) As alternativas II e III estão incorretas. c) Apenas a alternativa II está correta. d) Todas as alternativas estão incorretas.

Questão 7

(Magistratura TRT3 – 2009) Analise as proposições abaixo e, considerando o entendimento jurisprudencial sumulado e a legislação em vigor, assinale a alternativa correta:

I - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho.

II - Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, trata-se de interrupção contratual o afastamento de nove dias no caso de falecimento do cônjuge, pai, mãe ou filho do empregado professor.

III - Ao empregado afastado do trabalho efetivo em razão de doença, são assegurados, por ocasião de seu retorno, os reajustes salariais que, em sua ausência, tiverem sido atribuídos à categoria, por força de convenção coletiva, ainda que o seu contrato de trabalho preveja expressamente o oposto.

IV - O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

(23)

V - A participação pacífica em greve implica na interrupção do contrato de trabalho nos termos da Lei nº. 7.783/89, salvo se a greve for ilícita e a participação do empregado tiver sido ativa.

a) São falsas as proposições I, II, IV. b) São falsas as proposições II, III, V. c) São falsas as proposições I, II, IV e V.

d) Apenas a proposição II é falsa e as demais são verdadeiras. e) Apenas a proposição V é falsa e as demais são verdadeiras.

Questão 8

(Magistratura TRT3 – 2008) É situação de suspensão do contrato de trabalho: a) Afastamento do segurado empregado doméstico para percepção de

auxílio-doença previdenciário, a contar da data do início da incapacidade. b) Licença remunerada do empregado concedida pelo empregador.

c) Repouso remunerado de 2 semanas concedido à empregada mulher, em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial.

d) Comparecimento do empregado a juízo pelo tempo que se fizer necessário. e) Afastamento do professor no decurso de 9 dias por motivo de gala ou de luto,

em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho. Questão 9

(Magistratura TRT3 – 2008) Sobre a suspensão do Contrato para qualificação profissional do empregado, observe as afirmativas abaixo e selecione a opção correta:

I - O empregado com contrato de trabalho suspenso para qualificação profissional ( art. 476-A da CLT ) mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até 12 meses após a cessação das contribuições.

(24)

II - Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador.

III - O empregado que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim, fará jus à bolsa de qualificação profissional custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, cabendo também a este Fundo custear a bolsa em caso de prorrogação do prazo limite de 5 meses mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado.

a) Apenas a alternativa III está incorreta. b) As alternativas I e III estão corretas.

c) Assim como a alternativa III, a alternativa II está incorreta. d) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 10

(Magistratura TRT8 – 2007) Sobre as formas de inexecução provisória da prestação de serviços, leia com atenção as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:

I - Tanto na suspensão, como na interrupção ao empregador, é possível romper o vínculo de emprego, independentemente do motivo, desde que arque com o pagamento da indenização devida.

II - Considerando que em determinadas situações, embora inexistindo prestação de serviços por parte do empregado, persiste a obrigação do empregador pagar-lhe salário, constitui ônus do empregador o pagamento dos salários até o décimo quinto dia do afastamento do trabalhador por motivo de doença.

III - Um dos traços comuns entre suspensão e interrupção do contrato de trabalho é que, em razão da cessação contratual, que logicamente decorre

(25)

dessas duas situações, ao empregado não são asseguradas as vantagens que durante o período de afastamento são atribuídas à sua categoria profissional. a) As alternativas I e II estão corretas.

b) As alternativas II e III estão corretas. c) Apenas a alternativa II está correta. d) Nenhuma das alternativas está incorreta.

(26)

Aula 5

Exercícios de fixação

Questão 1 - A

Justificativa: Artigo 476-A e seus parágrafos da CLT. Questão 2 - A

Justificativa: Art. 476, da CLT. Questão 3 - D

Justificativa: Afirmativa III incorreta (Art. 476-A, §4º da CLT). Questão 4 - B

Justificativa: Artigo 476, da CLT e artigo 60 § 3º e 4º da Lei 8.213/91; II: art. 71 §2º, da CLT; V: Art. 320 parágrafo 3º, CLT.

Questão 5 - C

Justificativa: Artigo 131, II, da CLT; III: Art. 131, III, da CLT; V: Artigo 131, IV da CLT.

Questão 6 - C

Justificativa: Letra c (Art. 472 §2º da CLT e Súmula nº 244, III do TST). Questão 7 - E

Justificativa: I: verdadeira – art. 475, da CLT e Súmula 160 do TST; II: verdadeira – art. 320, § 3º da CLT; III: verdadeira – art. 471, da CLT: IV: verdadeira – Súmula nº 369, do TST; V: falso – art. 7º da Lei 7.783/89.

Questão 8 - A

(27)

Questão 9 - A

Justificativa: Letra a (Art. 476-A. §7º, da CLT). Questão 10 - C

Justificativa: Letra c (Art. 476, da CLT, art. 60 da Lei.8.213/91 e 75 §4º do Decreto 3.048/99).

Referências

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