• Nenhum resultado encontrado

Plano Diretor Municipal de Gondomar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Plano Diretor Municipal de Gondomar"

Copied!
77
0
0

Texto

(1)

VERSÃO FINAL DO PLANO

REGULAMENTO

(2)

ÍNDICE

Capítulo I ... 8

Disposições gerais ... 8

Artigo 1º ... 8

Natureza e âmbito territorial ... 8

Artigo 2º ... 8

Estratégia e objetivos ... 8

Artigo 3º ... 9

Composição do plano ... 9

Artigo 4º ... 10

Instrumentos de gestão territorial a observar ... 10

Artigo 5º ... 11

Definições ... 11

Artigo 6º ... 12

Preexistências ... 12

Capítulo II ... 14

Servidões administrativas e restrições de utilidade pública ... 14

Artigo 7º ... 14

Identificação ... 14

Artigo 8º ... 15

Regime ... 15

Artigo 9º ... 15

Valores naturais e Rede Natura 2000 ... 15

Artigo 10º ... 16 Zonas inundáveis ... 16 Capítulo III ... 17 Estruturação territorial ... 17 Artigo 11º ... 17 Identificação ... 17 Artigo 12º ... 17 Sistema urbano ... 17 Artigo 13º ... 18 Sistema relacional ... 18 Artigo 14º ... 18

Sistema biofísico ou ambiental ... 18

Artigo 15º ... 19 Sistema patrimonial ... 19 Capítulo IV ... 20 Uso do Solo ... 20 Secção I ... 20 Classificação e qualificação ... 20 Artigo 16º ... 20 Classificação ... 20

(3)

Qualificação do solo rural ... 20

Artigo 18º ... 20

Qualificação do solo urbano ... 20

Secção II ... 21

Condições gerais para o uso e transformação do solo ... 21

Subsecção I ... 21

De salvaguarda ambiental e urbanística ... 21

Artigo 19º ... 21

Condicionamentos estéticos, ambientais e paisagísticos ... 21

Artigo 20º ... 22

Compatibilidade de usos e atividades ... 22

Artigo 21º ... 22

Condições gerais de edificação ... 22

Artigo 22º ... 23 Edificabilidade de um prédio ... 23 Subsecção II ... 23 De salvaguarda patrimonial ... 23 Artigo 23º ... 23 Vestígios arqueológicos ... 23 Subsecção III ... 24

De proteção às redes de infraestruturas ... 24

Artigo 24º ... 24

Sistema público de abastecimento de água e drenagem de esgotos ... 24

Capítulo V ... 25 Solo Rural ... 25 Secção I ... 25 Disposições gerais ... 25 Artigo 25º ... 25 Princípios ... 25 Artigo 26º ... 25

Utilizações e intervenções interditas ... 25

Artigo 27º ... 26

Medidas de defesa da floresta contra incêndios ... 26

Artigo 28º ... 26

Infraestruturação ... 26

Artigo 29º ... 26

Afastamento das atividades pecuárias ... 26

Secção II ... 27 Espaços agrícolas ... 27 Artigo 30º ... 27 Identificação e usos ... 27 Artigo 31º ... 27 Regime de edificabilidade ... 27 Secção III ... 30 Espaços florestais ... 30 Artigo 32º ... 30 Identificação ... 30 Artigo 33º ... 30 Usos ... 30

(4)

Artigo 34º ... 31

Espaços florestais de produção – caraterização ... 31

Artigo 35º ... 31

Espaços florestais de produção – regime de edificabilidade ... 31

Artigo 36º ... 32

Espaços florestais de conservação – caraterização ... 32

Artigo 37º ... 32

Espaços florestais de conservação – regime de edificabilidade ... 32

Secção IV ... 33

Espaços de uso múltiplo agrícola e florestal... 33

Artigo 38º ... 33

Identificação e usos ... 33

Artigo 39º ... 33

Regime de edificabilidade ... 33

Secção V ... 34

Espaços de ocupação turística ... 34

Artigo 40º ... 34 Identificação e usos ... 34 Artigo 41º ... 35 Regime de edificabilidade ... 35 Secção VI ... 35 Espaços culturais ... 35 Artigo 42º ... 35 Identificação e usos ... 35 Artigo 43º ... 36 Regime de edificabilidade ... 36 Secção VII ... 36 Aglomerados rurais ... 36 Artigo 44º ... 36 Caracterização e regime ... 36 Secção VIII ... 37

Espaços de recreio e lazer ... 37

Artigo 45º ... 37 Identificação e regime ... 37 Artigo 46º ... 38 Identificação e usos ... 38 Artigo 47º ... 38 Regime de edificabilidade ... 38 Capítulo VI ... 39 Solo Urbano ... 39 Secção I ... 39 Disposições gerais ... 39 Artigo 48º ... 39 Princípios ... 39 Artigo 49º ... 39

Utilizações e intervenções interditas ... 39

(5)

Zonamento acústico ... 40 Secção II ... 40 Espaços centrais ... 40 Artigo 51º ... 40 Identificação e usos ... 40 Artigo 52º ... 40 Regime de edificabilidade ... 40 Secção III ... 41 Espaços residenciais ... 41 Artigo 53º ... 41 Identificação e usos ... 41 Artigo 54º ... 42 Regime de edificabilidade ... 42 Secção IV ... 42

Espaços urbanos de baixa densidade ... 42

Artigo 55º ... 42

Identificação e usos ... 42

Secção V ... 43

Espaços de equipamentos estruturantes ... 43

Artigo 56º ... 43

Identificação e usos ... 43

Artigo 57º ... 43

Regime de edificabilidade ... 43

Secção VI ... 44

Espaços de atividades económicas ... 44

Artigo 58º ... 44 Identificação e usos ... 44 Artigo 59º ... 44 Regime de edificabilidade ... 44 Secção VII ... 45 Espaços verdes ... 45 Artigo 60º ... 45 Identificação ... 45 Artigo 61º ... 46 Regime de edificabilidade ... 46 Capítulo VII ... 47 Mobilidade e transportes... 47 Artigo 62º ... 47 Identificação ... 47 Secção I ... 47 Rede rodoviária ... 47 Artigo 63º ... 47 Hierarquia funcional ... 47 Artigo 64º ... 48 Caraterísticas ... 48 Artigo 65º ... 49 Faixas de proteção ... 49

(6)

Secção II ... 49

Rede ferroviária ... 49

Artigo 66º ... 49

Identificação e regime ... 49

Secção III ... 50

Via navegável do Douro ... 50

Artigo 67º ... 50 Identificação e regime ... 50 Secção IV ... 50 Estacionamento ... 50 Artigo 68º ... 50 Dimensionamento ... 50 Capítulo VIII ... 53 Áreas de salvaguarda ... 53 Artigo 69º ... 53 Identificação ... 53 Secção I ... 53

Estrutura ecológica municipal ... 53

Artigo 70º ... 53

Identificação e regime ... 53

Secção II ... 54

Património cultural inventariado ... 54

Artigo 71º ... 54

Identificação e regime ... 54

Secção III ... 55

Áreas potenciais de exploração de recursos geológicos ... 55

Artigo 72º ... 55 Identificação e regime ... 55 Secção IV ... 55 Geossítios ... 55 Artigo 73º ... 55 Identificação e regime ... 55 Capítulo IX ... 57 Programação e execução ... 57 Secção I ... 57 Disposições gerais ... 57 Artigo 74º ... 57

Execução em solo urbanizado ... 57

Artigo 75º ... 57

Execução em solo urbanizável ... 57

Artigo 76º ... 57

Programação estratégica da execução do Plano ... 57

Artigo 77º ... 58

Áreas para espaços verdes de utilização coletiva, infraestruturas e equipamentos . 58 Artigo 78º ... 59

(7)

Secção II ... 60 Critérios de perequação ... 60 Artigo 79º ... 60 Âmbito ... 60 Artigo 80º ... 60 Mecanismos ... 60 Artigo 81º ... 61

Casos especiais na aplicação ... 61

Secção III ... 61

Unidades operativas de planeamento e gestão ... 61

Artigo 82º ... 61

Conceito e objetivos ... 61

Artigo 83º ... 62

Disposições supletivas ... 62

Artigo 84º ... 63

Identificação e conteúdos programáticos ... 63

Capítulo X ... 64 Disposições finais ... 64 Artigo 85º ... 64 Incentivos ... 64 Artigo 86º ... 64 Legalização de construções ... 64 Artigo 87º ... 65 Revogações ... 65 Artigo 88º ... 65

Entrada em vigor, vigência e condições de revisão ... 65

Anexo I - Valores Naturais ... 66

Anexo II - Modelos de silvicultura e espécies florestais prioritárias de acordo com o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana do Porto e entre Douro e Vouga (PROF AMPEDV) ... 71

Anexo III - Valores Patrimoniais – Inventário ... 72

Anexo IV - Conteúdos Programáticos das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) ... 75

(8)

Capítulo I

Disposições gerais

Artigo 1º

Natureza e âmbito territorial

1 - O presente Regulamento, a Planta de Ordenamento e a Planta de Condicionantes são partes integrantes do Plano Diretor Municipal de Gondomar, adiante designado por Plano ou PDMG, estabelecendo, em conjunto, as regras e orientações a que devem obedecer as ações de ocupação, uso e transformação do solo na totalidade do território municipal, cujos limites se encontram definidos na Carta Administrativa Oficial de Portugal.

2 - As disposições deste Plano são aplicáveis cumulativamente com a demais legislação em vigor, em função da natureza e localização da operação urbanística, ou de qualquer outra ação com incidência no espaço territorial do município.

Artigo 2º

Estratégia e objetivos

1 - O Plano constitui a síntese da estratégia de desenvolvimento e de ordenamento territorial para a área do município, considerando a sua integração regional, tendo por base os critérios de classificação e qualificação do solo vigentes.

2 - O Plano visa concretizar um modelo de desenvolvimento territorial sustentável, assente nos seguintes vetores estratégicos:

a) Reforço da coesão territorial:

i) Reforço das acessibilidades externas e internas;

ii) Estabelecimento de uma rede de equipamentos e de espaços verdes públicos equilibrada;

iii) Requalificação dos núcleos urbanos e rurais e incentivo à reabilitação; iv) Acréscimo da dotação infraestrutural básica;

b) Modernização e diversificação dos setores económicos e produtivos: i) Relocalização e estruturação dos espaços de caráter empresarial; ii) Promoção do turismo fluvial e do turismo no espaço rural;

(9)

iii) Promoção e valorização das atividades produtivas em espaço rural, apoiando os usos agroflorestais diversificados e extensivos e as práticas de produção associadas;

c) Valorização e promoção do património:

i) Garantia do equilíbrio dos sistemas naturais e da paisagem;

ii) Valorização da multiplicidade da paisagem no desenvolvimento agrorural, promovendo o caráter extensivo das práticas de gestão agrícola, florestal e silvopastoril;

iii) Preservação e promoção da identidade histórica dos lugares e dos elementos e sítios histórico-culturais;

iv) Integração das “serras do Porto” em área “protegida” e criação de uma estrutura de gestão própria, de natureza supramunicipal que promova a investigação, monitorização, valorização e divulgação dos recursos e valores naturais.

Artigo 3º

Composição do plano 1 - O Plano é composto pelos seguintes elementos:

a) Regulamento;

b) Planta de Ordenamento desdobrada em: i) Qualificação do solo;

ii) Áreas de salvaguarda; iii) Zonamento acústico;

c) Planta de Condicionantes, com as seguintes cartas anexas:

i) Anexo A: Carta das áreas percorridas por incêndio nos últimos 10 anos;

ii) Anexo B: Carta de risco de incêndio florestal (classes de perigosidade alta e muito alta).

2 - Acompanham o Plano os seguintes elementos: a) Estudos de caraterização do território municipal;

b) Relatório das opções do plano, integrando o programa de execução e de financiamento e fichas de dados estatísticos;

c) Relatório temático de conformidade com o Plano sectorial da Rede Natura 2000; d) Relatório temático do património;

e) Planta de enquadramento regional; f) Planta da situação existente;

(10)

g) Planta de acessibilidades – rede estruturante; h) Planta de infraestruturas – abastecimento de água; i) Planta de infraestruturas – drenagem de esgotos; j) Carta da Reserva Ecológica Nacional;

k) Planta da estrutura ecológica municipal; l) Planta dos valores naturais;

m) Relatório de avaliação ambiental estratégica e resumo não técnico; n) Mapa de ruído;

o) Carta educativa;

p) Listagem com a indicação das licenças ou comunicações prévias de operações urbanísticas emitidas e informações prévias favoráveis em vigor;

q) Participações recebidas em sede de discussão pública e relatório de ponderação de resultados.

Artigo 4º

Instrumentos de gestão territorial a observar

1 - No território abrangido pelo Plano vigoram os seguintes instrumentos de gestão territorial:

a) Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT); b) Plano Rodoviário Nacional (PRN);

c) Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Douro (PBH Douro);

d) Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas do Douro (PGBH Douro);

e) Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana do Porto e entre Douro e Vouga (PROF AMPEDV);

f) Plano Setorial da Rede Natura 2000 (PSRN 2000);

g) Plano de Ordenamento da Albufeira de Crestuma/Lever (POACL);

h) Plano Regional de Ordenamento da Zona Envolvente do Douro (PROZED); i) Plano de Pormenor de Boialvo;

j) Plano de Pormenor das Pedreiras/Triana.

2 - As disposições do PDMG desenvolvem o quadro estratégico contido no PNPOT, acautelando e concretizando as políticas contidas nos planos sectoriais e incorporando os objetivos do plano especial (POACL).

(11)

3- No território abrangido pelo POACL, são aplicadas as regras definidas pelo PDMG, condicionadas às disposições do plano especial.

4- Os planos de pormenor referidos no n.º 1 mantêm-se em vigor, respeitando-se a disciplina neles consagrada ou a que resultar da sua revisão ou alteração.

Artigo 5º Definições

1 - Para efeitos de aplicação do presente Regulamento, entende-se por:

a) Cedência média – mecanismo perequativo correspondente à área a ceder ao município e integrando as parcelas destinadas a áreas verdes públicas, equipamentos públicos e espaços viários classificados como coletores, de distribuição principal e de distribuição local e resultante do quociente entre estas áreas e a área de construção admitida, excluindo desta a afeta a equipamentos públicos;

b) Colmatação – preenchimento, através de edificação nova ou de ampliação de edifício, de um prédio ou conjunto de prédios contíguos, situado entre edifícios existentes ou no fecho de uma frente urbana, em que a distância entre esses edifícios ou entre o último dos edifícios da frente urbana e o limite da via pública concorrente não é superior a 50 m.

c) Frente urbana – superfície em projeção vertical definida pelo conjunto das fachadas dos edifícios confinantes com uma dada via pública e compreendida entre duas vias ou espaços públicos sucessivos que nela concorrem;

d) Moda da altura da fachada – altura de fachada que apresenta maior extensão ao longo de uma frente urbana;

e) Plano de vedação ou de fachada dominante – plano que compreende as vedações dos prédios ou as fachadas dos edifícios em maior extensão numa dada frente urbana;

f) Via habilitante - via pública pavimentada com capacidade para a circulação automóvel, incluindo veículos prioritários.

2 - Os restantes conceitos técnicos constantes deste Regulamento têm o significado que lhes é atribuído na legislação urbanística em vigor e, na sua ausência, em documentos oficiais de natureza normativa produzidos por entidades nacionais.

(12)

Artigo 6º Preexistências

1 - Para efeitos do presente Plano, consideram-se preexistências as atividades, explorações, instalações, edificações, equipamentos ou quaisquer atos que, executados ou em curso à data da entrada em vigor do Plano, não careçam de qualquer licença, aprovação ou autorização, nos termos da lei.

2 - São também consideradas preexistências, nos termos e para efeitos do disposto no número anterior, os direitos ou expetativas legalmente protegidos durante o período da sua vigência, considerando-se como tal, para efeitos do presente Plano, os decorrentes de alienações promovidas pela Câmara Municipal, de informações prévias favoráveis e de aprovações de projetos de arquitetura.

3 - Caso as preexistências ou as condições das licenças, comunicações prévias ou autorizações não se conformem com a disciplina instituída pelo presente plano, são admissíveis alterações às mesmas que não se traduzam numa plena conformidade com a referida disciplina, desde que sejam possíveis nos termos dos regimes legais das servidões administrativas ou restrições de utilidade pública eventualmente aplicáveis ao local, nas seguintes condições:

a) Quando, pretendendo-se introduzir qualquer novo uso:

i) Das alterações resulte um desagravamento, ainda que parcial, das desconformidades verificadas quanto ao cumprimento dos parâmetros urbanísticos e/ou às características de conformação física; ou

ii) As alterações, não agravando qualquer das desconformidades referidas na subalínea anterior, permitam alcançar melhorias relevantes quanto à inserção urbanística e paisagística ou quanto à qualidade arquitetónica da edificação; b) Quando, pretendendo-se realizar obras de ampliação, considera-se não existir

agravamento das condições de desconformidade quando esta seja comprovada e estritamente necessária à viabilidade da utilização instalada ou a instalar, seja dado cumprimento ao disposto no artigo 20.º, dela não resulte agravamento das condições de desconformidade quanto à inserção urbanística e paisagística, e: i) Quando destinada a habitação unifamiliar ou equipamento de utilização coletiva,

a ampliação não ultrapasse o dobro da área de construção da edificação pré-existente, a altura da fachada da construção não exceda 7 metros, nem a área de construção total resultante após a intervenção seja superior a 300 m2;

(13)

iii) Nos casos previstos nas subalíneas anteriores, seja feita prova documental, com base nas datas de registo predial ou inscrição matricial, de que a edificação é anterior à data do início da discussão pública do presente plano.

4 - Em caso de sucessivas operações urbanísticas de ampliação, as condições estabelecidas no número anteriores têm de verificar-se em relação à área de construção pré-existente à primeira ampliação realizada após a entrada em vigor do presente Plano.

(14)

Capítulo II

Servidões administrativas e restrições de utilidade

pública

Artigo 7º Identificação

No território municipal de Gondomar, são observadas as disposições referentes às servidões administrativas e restrições de utilidade pública ao uso do solo constantes na legislação em vigor ainda que, eventualmente, não constem na Planta de Condicionantes, designadamente:

a) Recursos hídricos:

i) Leitos e margens dos cursos de água;

ii) Albufeira de águas públicas e respetiva zona reservada e zona terrestre de proteção;

iii) Zonas inundáveis ou ameaçadas pelas cheias; b) Recursos agrícolas e florestais:

i) Reserva Agrícola Nacional (RAN);

ii) Espécies florestais protegidas (sobreiro, azinheira e azevinho); iii) Árvores de interesse público;

iv) Classes alta e muito alta de perigosidade de incêndio; v) Espaços florestais percorridos por incêndios;

c) Recursos ecológicos e naturais:

i) Reserva Ecológica Nacional (REN); ii) Área classificada da Rede Natura 2000; d) Património cultural classificado;

e) Infraestruturas: i) Rede elétrica; ii) Gasodutos;

iii) Rede rodoviária nacional; iv) Estradas regionais;

v) Estradas nacionais desclassificadas pelo Plano Rodoviário Nacional (PRN); vi) Rede rodoviária municipal;

vii) Rede ferroviária; viii) Aeroportos;

(15)

i) Marcos geodésicos; ii) Produtos explosivos;

iii) Central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro (estabelecimento SEVESO). Artigo 8º

Regime

As áreas abrangidas por servidões administrativas e restrições de utilidade pública regem-se, no que concerne à disciplina de uso, ocupação e transformação do solo, pelas disposições expressas no presente Plano para a categoria de espaço sobre que recaem, condicionadas ao respetivo regime legal vigente da servidão ou restrição de utilidade pública.

Artigo 9º

Valores naturais e Rede Natura 2000

1 - Os valores naturais identificados na Planta de Ordenamento – Áreas de Salvaguarda e descritos no Relatório Temático da Rede Natura 2000, incluem:

a) Os correspondentes a habitats e espécies protegidas incluídas no Sítio Rede Natura 2000 – Sítio Valongo (PTCON0024);

b) Bosques ripícolas.

2 - No território do concelho, que integra parte do Sítio da Rede Natura 2000 (PTCON0024), ocorrem os habitats e espécies constantes no Anexo I do presente Regulamento e integradas nos Anexos AI, AII, AIII, BI, BII, BIV e D do diploma de transposição das Diretivas Aves e Habitats.

3 - No sentido de promover a manutenção e conservação dos valores naturais em presença devem ser aplicadas as orientações de gestão gerais e específicas de cada habitat e espécie protegidos, nomeadamente os mencionados no ponto I.2 do Anexo I ao presente Regulamento.

4 - As orientações de gestão para este Sítio da Rede Natura 2000 são dirigidas prioritariamente para a recuperação e conservação da floresta autóctone (constituindo o controlo de eucaliptos e acácias uma ação urgente nas áreas mais sensíveis) incluindo os bosques ripícolas, bem como para a preservação de fojos e minas.

5 - Nas áreas da RN2000, fora dos perímetros urbanos, as ações, atividades ou projetos elencados no ponto I.3 do Anexo I estão condicionados a parecer vinculativo da entidade de tutela, sem prejuízo do quadro legal em vigor.

(16)

Artigo 10º Zonas inundáveis

1 - Consideram-se zonas inundáveis as áreas atingidas pela maior cheia conhecida de um curso de água e como tal delimitada nas Plantas de Ordenamento e de Condicionantes. 2 - Nas zonas inundáveis, não é admitido:

a) Construção de edifícios ou ampliação da sua área de implantação;

b) Alteração do sistema natural de escoamento por obstrução à circulação das águas; c) Realização de obras que impliquem alterações das suas características naturais; d) Destruição do revestimento vegetal ou alteração do relevo natural;

e) Instalação de vazadouros, lixeiras ou parques de sucata.

3 - Excetuam-se das alíneas a), b), c) e d) do número anterior e sem prejuízo de legislação específica aplicável, as obras hidráulicas, a realização de infraestruturas públicas, a instalação de equipamentos de utilização coletiva associados ao aproveitamento e utilização dos planos de água e das margens, para os quais seja demonstrada a inexistência de alternativa e a instalação de infraestruturas de cais de acostagem.

(17)

Capítulo III

Estruturação territorial

Artigo 11º Identificação

A estrutura de ordenamento municipal adotada tem por base a articulação dos seguintes sistemas territoriais: a) Sistema urbano; b) Sistema relacional; c) Sistema biofísico; d) Sistema patrimonial. Artigo 12º Sistema urbano

1- O sistema urbano estabelece o modelo de organização do seu território de acordo com as tendências de aglomeração e as funções que cada aglomerado ou espaço urbano desempenha num contexto municipal e supramunicipal, assente em relações de complementaridade funcional equilibradas e abrangentes.

2- O sistema urbano é constituído por um conjunto de aglomerados ou espaços urbanos onde se concentram equipamentos e serviços que polarizam territórios envolventes, integrados nas seguintes unidades de planeamento, cuja identidade se encontra também na sua própria unidade paisagística:

a) UP1: Território do Baixo Concelho, quase integralmente urbano e compreendendo as bacias dos Rios Tinto e Torto e a hemi-bacia ocidental do Rio Ferreira e que abarca duas áreas de diferentes densidades de ocupação urbana:

i) Zona de Densidade Alta, constituindo uma coroa contigua com as cidades do Porto e de Ermesinde e abarcando as freguesias de Baguim do Monte, Rio Tinto, as anteriores freguesias de Fânzeres e S. Cosme e as áreas ocidentais das antigas freguesias de Valbom e S. Pedro da Cova, constituindo, independentemente das três cidades que a integram, uma grande urbe com continuidade territorial onde se localizam as funções do âmbito da globalidade do município;

(18)

ii) Zona de Densidade Baixa, abarcando o território a sul da A43 para nascente do aglomerado de Valbom e que se desenvolve ao longo do Rio Douro, compreendendo a antiga freguesia de Jovim e parte da freguesia de Valbom; b) UP2: Território do Alto Concelho, compreendendo todo o restante território do

concelho para nascente da foz do Rio Sousa e caracterizado por um povoamento que se desenvolve dominantemente ao longo do Rio Douro e onde se salientam os lugares sede das antigas freguesias, no qual é possível distinguir duas áreas diferentes:

i) Bacia do Sousa, compreendendo o território correspondente à União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo;

ii) Bacia da Albufeira de Crestuma/Lever, compreendendo o território correspondente à União das Freguesias de Melres e Medas e à freguesia da Lomba.

Artigo 13º Sistema relacional

1- O sistema relacional integra o conjunto de corredores afetos ou a afetar a infraestruturas de transporte de desenvolvimento linear, nomeadamente os associados às redes rodoviária e ferroviária, canal do metro de superfície e via navegável do Douro.

2- O plano privilegia os sistemas de transportes coletivos enquanto modo necessário à mobilidade intra e intermunicipal e fator de coesão social e territorial.

3- As áreas integradas nestes corredores regem-se pelos regimes legais vigentes e disposições constantes do presente Regulamento

Artigo 14º

Sistema biofísico ou ambiental

1- O sistema biofísico ou ambiental integra as zonas de maior sensibilidade ecológica, como as zonas inundáveis, os locais de ocorrência de valores naturais e áreas de reconhecida importância paisagística e que, globalmente, compõem a estrutura ecológica municipal (EEM).

2- O sistema biofísico visa garantir o equilíbrio ecológico do processo de transformação do território municipal, promovendo a melhoria das condições ambientais e de fruição ambiental nas áreas nele integradas.

(19)

Artigo 15º Sistema patrimonial

1- O sistema patrimonial integra os valores patrimoniais que pela sua importância histórica e cultural importa salvaguardar e promover e que numa lógica de complementaridade com os restantes sistemas contribuem para a estruturação do território.

2- O sistema patrimonial integra o património cultural arquitetónico e arqueológico.

3- Os elementos integrantes do sistema patrimonial regem-se pelos regimes legais vigentes e disposições constantes do presente Regulamento.

(20)

Capítulo IV

Uso do Solo

Secção I

Classificação e qualificação

Artigo 16º Classificação

O território do concelho de Gondomar reparte-se, de acordo com a delimitação constante na Planta de Ordenamento/Qualificação do Solo, nas classes de solo rural e solo urbano.

Artigo 17º

Qualificação do solo rural

Em função do uso dominante, o solo rural integra as seguintes categorias, identificadas na Planta de Ordenamento/Qualificação do Solo:

a) Espaços agrícolas; b) Espaços florestais;

c) Espaços de uso múltiplo agrícola e florestal; d) Espaços de ocupação turística;

e) Espaços culturais; f) Aglomerados rurais; g) Espaços de recreio e lazer;

h) Espaços de equipamentos e outras estruturas. Artigo 18º

Qualificação do solo urbano

1- Em função do uso dominante e das características morfotipológica, o solo urbano integra as seguintes categorias funcionais identificadas na Planta de ordenamento/Qualificação do Solo:

a) Espaços centrais; b) Espaços residenciais;

(21)

c) Espaços urbanos de baixa densidade; d) Espaços de equipamentos estruturantes; e) Espaços de atividades económicas; f) Espaços verdes.

2- Em função do grau de urbanização do solo e da programação de execução, o solo urbano integra as seguintes categorias operativas identificadas na planta de ordenamento:

a) Solo urbanizado; b) Solo urbanizável.

Secção II

Condições gerais para o uso e transformação do solo

Subsecção I

De salvaguarda ambiental e urbanística

Artigo 19º

Condicionamentos estéticos, ambientais e paisagísticos

1 - Para garantir uma correta integração na envolvente, ou para proteção e promoção dos valores arquitetónicos, ambientais e paisagísticos, a Câmara Municipal pode impor condicionamentos de ordem arquitetónica, construtiva, estética ou ambiental, designadamente:

a) À implantação das edificações, nomeadamente aos alinhamentos, recuo, afastamento e profundidade;

b) À volumetria das construções e ao seu aspeto exterior;

c) À ocupação ou impermeabilização do solo, bem como à alteração do coberto vegetal; d) À mobilização de solos, com alteração da sua morfologia.

2 - Para defesa de valores referidos no número anterior, a Câmara Municipal pode ainda impedir:

a) A demolição total ou parcial de qualquer edificação ou elemento construtivo;

b) O corte ou derrube de espécies arbóreas ou arbustivas de inegável valor natural e ou paisagístico.

(22)

3- O não cumprimento dos condicionalismos impostos pela Câmara Municipal ao abrigo do presente artigo justifica o indeferimento da pretensão.

Artigo 20º

Compatibilidade de usos e atividades

Consideram-se usos compatíveis os que não comprometam a afetação funcional da categoria do solo correspondente nem a sustentabilidade das condições ambientais e urbanísticas, podendo ser razão suficiente de recusa de licenciamento, aprovação ou autorização, em função da sua localização, as utilizações, ocupações ou atividades que:

a) Dêem lugar à produção de fumos, cheiros ou resíduos que afetem as condições de salubridade ou dificultem a sua melhoria;

b) Perturbem gravemente as condições de trânsito e estacionamento ou provoquem movimentos de cargas e descargas que prejudiquem as condições de utilização da via pública;

c) Acarretem agravados riscos de incêndio ou explosão;

d) Prejudiquem a salvaguarda e valorização do património classificado ou de reconhecido valor cultural, arquitetónico, paisagístico ou ambiental;

e) Correspondam a outras situações de incompatibilidade que a lei geral considere como tal.

Artigo 21º

Condições gerais de edificação

A edificação num terreno depende da verificação cumulativa das seguintes condições: a) A sua dimensão, configuração e circunstâncias topográficas sejam adequadas ao

aproveitamento pretendido, em boas condições de acessibilidade e integração paisagística;

b) Quando o terreno se situe em solo rural, seja servido por via pública habilitante e possua infraestruturas próprias com soluções adequadas às suas características; c) Quando o terreno se situe em solo urbano, seja servido por via pública habilitante

pavimentada e, no mínimo, com infraestruturas públicas de energia elétrica, abastecimento de água e drenagem de águas residuais;

d) Da verificação do disposto no artigo 27.º relativo às medidas de defesa contra incêndios, independentemente da classificação do solo.

(23)

Artigo 22º

Edificabilidade de um prédio

1- A edificabilidade de um dado prédio é determinada pelos parâmetros urbanísticos estabelecidos para a respetiva categoria ou subcategoria de espaço, sejam eles de ordem quantitativa ou qualitativa, condicionada às limitações impostas pelas servidões administrativas ou restrições de utilidade pública eventualmente existentes.

2- Quando a edificabilidade de um prédio for determinada pelo índice de utilização, não se consideram as áreas de construção afetas a equipamentos de utilização coletiva de natureza pública, independentemente dos usos existentes admitidos pelo plano, exceto se o índice de utilização se referir a categoria de área de equipamento.

Subsecção II

De salvaguarda patrimonial

Artigo 23º

Vestígios arqueológicos

1- Em caso de ocorrência de vestígios arqueológicos, no subsolo ou à superfície, durante a realização de qualquer operação urbanística, é dado cumprimento ao estabelecido na lei, designadamente:

a) É obrigatória a comunicação no prazo de 48 horas à Câmara Municipal, à entidade de tutela do património cultural competente ou à autoridade policial;

b) Os trabalhos em curso são imediatamente suspensos;

c) Os trabalhos só podem ser retomados após parecer da Câmara Municipal e da entidade de tutela competente.

2- Na eventualidade da execução de trabalhos arqueológicos, é suspensa, nos termos legais, a contagem dos prazos para efeitos de validade da licença da operação urbanística em causa.

3- A suspensão dos trabalhos a que se refere a alínea b) do número 1 do presente artigo tem como consequência a prorrogação automática da licença de obra, por tempo equivalente ao da suspensão.

4- As intervenções arqueológicas necessárias são integralmente financiadas pelo respetivo promotor da obra de urbanização ou edificação em causa, de acordo com a legislação em vigor.

(24)

Subsecção III

De proteção às redes de infraestruturas

Artigo 24º

Sistema público de abastecimento de água e drenagem de esgotos

1- É interdita a construção ao longo de uma faixa de 5,0 m, medida para cada lado do eixo das condutas de adução / adução-distribuição de água e dos emissários de esgotos. 2- É interdita a construção de edifícios ao longo de uma faixa de 1,0 m, medida para cada

lado do eixo das condutas distribuidoras de água e dos coletores de águas residuais ou pluviais.

3- É interdita a plantação de árvores ao longo de uma faixa de 10,0 m, medida para cada lado do eixo das conduta de água e dos emissários de esgotos ou coletores de águas residuais ou pluviais no solo rural, devendo esta distância ser aferida caso a caso quando em solo urbano.

(25)

Capítulo V

Solo Rural

Secção I

Disposições gerais

Artigo 25º Princípios

1- O solo rural visa a proteção e o aproveitamento dos recursos naturais, agrícolas, florestais e geológicos e destina-se ao desenvolvimento das funções produtivas em função da aptidão do solo e à conservação dos ecossistemas e valores naturais e culturais (património arquitetónico e arqueológico) que garantam a biodiversidade e a integridade biofísica natural e antrópica fundamental do território, devendo a edificação no solo rural restringir-se ao indispensável.

2- Em função da sua aptidão e uso atual, o solo rural inclui um conjunto de categorias e subcategorias, assumindo, no entanto, os espaços agrícolas e florestais a base fundamental para o aproveitamento de um leque mais vasto de recursos e para o desenvolvimento das atividades complementares e compatíveis com as atividades agrícolas, pecuárias e florestais que permitam a diversificação e dinamização social e económica do espaço rural.

3- As ações de ocupação, uso e transformação no solo rural, incluindo as práticas agrícolas e florestais, devem ter em conta a presença dos valores naturais, paisagísticos e arqueológicos que interessa preservar e qualificar, com vista à manutenção do equilíbrio ecológico e da preservação das referências históricas, devendo optar pela utilização de tecnologias ambientalmente sustentáveis e adequadas aos condicionalismos existentes. 4- A exploração de recursos geológicos, nos termos da legislação em vigor é,

generalizadamente, compatível com todas as categorias e subcategorias do solo rural, com as limitações indicadas nas disposições específicas.

Artigo 26º

Utilizações e intervenções interditas

São proibidas as utilizações e intervenções que diminuam ou destruam as potencialidades agrícolas, silvícolas ou geológicas dos solos e o seu valor ambiental, paisagístico e ecológico,

(26)

exceto quando aprovadas previamente pela Câmara Municipal ou pela respetiva tutela, nomeadamente:

a) As mobilizações de solo, alterações do perfil dos terrenos e técnicas de instalação e modelos de exploração suscetíveis de aumentar o risco de degradação dos solos e de destruição de vestígios arqueológicos;

b) As atividades que comprometam a qualidade da água, do solo e do ar, incluindo o vazamento de efluentes sem tratamento, o depósito de lixos, materiais combustíveis, inflamáveis ou poluentes, ou outros quaisquer resíduos a céu aberto sem tratamento prévio adequado;

c) A destruição ou obstrução das linhas de drenagem natural e alteração da morfologia das margens ao longo dos cursos de água;

d) Sem prejuízo do disposto no PROF AMPEDV e demais legislação em vigor, o corte de carvalhos, sobreiros, azinheiras, azevinhos e castanheiros e ainda folhosas ribeirinhas associadas a galerias ripícolas.

Artigo 27º

Medidas de defesa da floresta contra incêndios

Todas as construções, infraestruturas, equipamentos e estruturas de apoio enquadráveis no regime de edificabilidade previsto para as categorias de espaços e fora das áreas edificadas consolidadas, cumprem as Medidas de Defesa contra Incêndios Florestais definidas no quadro legal em vigor.

Artigo 28º Infraestruturação

Qualquer atividade ou edificação em solo rural só pode ser viabilizada se existirem ou forem executadas infraestruturas adequadas em função da natureza das atividades a instalar, podendo ser adotadas soluções autónomas para o abastecimento de água e de energia elétrica e para a drenagem e tratamento de esgotos que garantam a autosuficiência da construção.

Artigo 29º

Afastamento das atividades pecuárias

Deve ser garantido um afastamento mínimo de 200 metros entre as novas instalações ou utilizações de atividades pecuárias das espécies de bovinos, ovinos, caprinos e outros ruminantes, suínos, aves, equídeos e coelhos e os limites dos perímetros urbanos, bem como

(27)

pecuária se enquadra programaticamente no âmbito daquelas funções ou seja comprovado que, por condições orográficas, de coberto vegetal ou outras, é devidamente salvaguardada a compatibilidade de usos e atividades, nos termos definidos no art. 20º.

Secção II

Espaços agrícolas

Artigo 30º Identificação e usos

1- Os espaços agrícolas integram as manchas agrícolas de elevada fertilidade, bem como os solos de aptidão marginal e que, globalmente, se destinam, preferencialmente, à manutenção e desenvolvimento do potencial produtivo.

2- Os espaços agrícolas podem ainda acolher outras atividades complementares ou potenciadoras do aproveitamento dos recursos em presença.

Artigo 31º

Regime de edificabilidade

1- Nos espaços agrícolas incluídos na Reserva Agrícola Nacional, a edificabilidade é determinada e condicionada pelo disposto na legislação específica, cumulativamente com as seguintes disposições:

a) Nos casos de construção ou ampliação de habitação própria e permanente de agricultores em exploração agrícola:

i) Os novos edifícios devem implantar-se na área do prédio menos prejudicial à atividade agrícola;

ii) O índice de utilização, abrangendo a edificação eventualmente existente para o mesmo fim, não pode ser superior a 0,04 da área do prédio;

iii) A altura da fachada máxima é 7 metros;

iv) A área máxima de impermeabilização do solo não pode ser superior a 300 m2; b) Nos casos de construção ou ampliação de habitação para residência própria e

permanente dos proprietários e dos respetivos agregados familiares:

i) Os novos edifícios devem implantar-se na área do prédio menos prejudicial à atividade agrícola;

(28)

ii) O índice de utilização, abrangendo a edificação eventualmente existente para o mesmo fim, não pode ser superior a 0,04 da área do prédio;

iii) A altura da fachada máxima é de 7 metros;

iv) A tipologia e a área máxima de construção não podem ser superiores à admitida para habitação a custos controlados em função da dimensão do agregado familiar;

c) No caso de construções afetas à prospeção geológica e hidrogeológica e exploração de recursos geológicos e respetivos anexos de apoio à exploração:

i) O índice de utilização, abrangendo a edificação eventualmente existente para o mesmo fim, não pode ser superior a 0,02 da área do prédio nem a área de construção total ser superior a 500 m2;

ii) A altura da fachada máxima é de 7 metros, salvo por razões de ordem técnica; iii) A área máxima de impermeabilização do solo não pode ser superior a 500 m2; d) Nos casos de ampliação ou de construção de novos edifícios destinados a

estabelecimentos industriais ou comerciais complementares à atividade agrícola: i) Os novos edifícios devem implantar-se na área do prédio menos prejudicial à

atividade agrícola;

ii) A área máxima de construção, incluindo a edificação eventualmente existente para o mesmo fim, não pode ser superior, simultaneamente, a 1 000m2 e à resultante da aplicação de um índice de utilização de 0,01 aplicado ao total da exploração agrícola, no caso do promotor ser o próprio agricultor, ou a 1 000m2 e à resultante da aplicação de um índice de impermeabilização de 80% aplicado ao prédio, no caso do promotor não ser o agricultor;

iii) A altura da fachada máxima é de 10 metros;

e) Os casos de ampliação de edifícios existentes ou construção de novos edifícios para empreendimentos de turismo em espaço rural, turismo de habitação:

i) O índice de utilização resultante, considerando a construção existente, não seja superior a 0,15 da área do prédio;

ii) A área total de impermeabilização do solo, considerando a afeta à construção existente, não seja superior a 1.000 m2;

iii) A área total de implantação, considerando a afeta à construção existente, não seja superior a 600 m2;

(29)

iv) A altura da fachada não seja superior a 7 metros, exceto nos casos de construções ou estruturas de caráter especial e pontual, destinadas a funções complementares e de enquadramento dos usos principais, previamente aprovados pela Câmara Municipal;

f) Os casos de ampliação de edifícios existentes ou construção de novos edifícios para instalações desportivas especializadas destinadas à prática de golfe:

i) A área total de impermeabilização do solo não seja superior a 600 m2; ii) A área total de implantação não seja superior a 600 m2;

iii) A altura da fachada não seja superior a 7 metros;

2 - Nos espaços agrícolas não incluídos na Reserva Agrícola Nacional, a edificabilidade restringe-se aos seguintes casos e condições:

a) Instalações de apoio direto e exclusivo a atividades agrícolas ou pecuárias, desde que:

i) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo por razões de ordem técnica; ii) O índice de utilização não exceda 0.02 da área da exploração, admitindo-se

sempre o mínimo de 50 m² de área de construção;

b) Instalações de transformação de produtos agrícolas ou pecuários ou de caráter industrial ou comercial complementares da atividade agrícola, desde que:

i) A altura da fachada não exceda 10 metros, salvo por razões de ordem técnica; ii) A área máxima de implantação não seja superior a 800m², salvo casos

excecionais de interesse técnico-económico reconhecido pela Câmara Municipal e uma vez demonstrada a correta integração paisagística no território;

c) Construção, ampliação e alteração de edifícios para fins habitacionais, desde que: i) Os novos edifícios devem implantar-se na área do prédio menos prejudicial à

atividade agrícola;

ii) O índice de utilização, incluindo a edificação eventualmente existente para o mesmo fim, não pode ser superior a 0,04 da área do prédio;

iii) A altura da fachada máxima é de 7 metros;

iv) A área máxima de impermeabilização do solo não pode ser superior a 300 m2; d) No caso de construções afetas à prospeção geológica e hidrogeológica e exploração

(30)

i) A altura da fachada máxima é de 7 metros, salvo por razões de ordem técnica; ii) A área máxima de impermeabilização do solo não pode ser superior a 800 m2; e) Construção, ampliação e alteração de edifícios para fins turísticos, de desporto ou

lazer, ou para equipamentos de utilização coletiva, nas seguintes condições:

i) O índice de utilização do solo não exceda 0.07 da área do prédio, no caso das construções novas;

ii) O acréscimo de área de construção não exceda 50% da área de construção original, nas situações de ampliação de construção existente;

iii) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo no caso em que o declive do terreno proporcione a construção em cave até uma altura máxima da fachada, no ponto mais desfavorável, de 9 metros, ou ainda no caso de estruturas com exigências técnicas especiais, desde que com soluções devidamente integradas na paisagem.

Secção III

Espaços florestais

Artigo 32º Identificação

1- Sem prejuízo do disposto no PROF AMPEDV e dos demais regimes aplicáveis, nomeadamente à RN2000 e POACL, os espaços florestais são áreas de uso ou de vocação florestal dominante, destinados prioritariamente ao aproveitamento dos recursos florestais e à salvaguarda do seu valor ambiental e paisagístico, assegurando a permanência da estrutura verde e do papel que desempenha na promoção das atividades de recreio e lazer da população.

2- Os espaços florestais compreendem as seguintes subcategorias: a) Espaços florestais de produção;

b) Espaços florestais de conservação;

Artigo 33º Usos

1- A ocupação e a gestão dos espaços florestais cumprem, para além das disposições legais aplicáveis a cada situação, as disposições constantes do Anexo II do presente

(31)

regulamento, do qual é parte integrante, e que materializam a compatibilização do presente plano com as orientações estratégicas florestais do PROF AMPEDV.

2- As disposições a que se refere o número anterior são definidas por sub-região homogénea, função, objetivos específicos, normas de intervenção e espécies florestais prioritárias.

3- As explorações privadas não sujeitas a Plano de Gestão Florestal (PGF) dão cumprimento às seguintes normas mínimas, desenvolvidas no Anexo II, desde que não integradas em Zona de Intervenção Florestal (ZIF):

a) Normas de silvicultura preventiva;

b) Normas gerais de silvicultura por sub-região homogénea e por função;

c) Modelos de silvicultura, de acordo com as espécies a privilegiar por sub-região homogénea e por função.

4- Admitem-se nestes espaços os usos e instalações compatíveis com a exploração dos recursos presentes, nomeadamente infraestruturas de vigilância, deteção e combate de incêndios florestais, bem como as atividades desportivas, recreativas e turísticas, desde que não comprometam o potencial produtivo ou a função de proteção dos solos e da rede hidrográfica que o revestimento vegetal assegura.

Artigo 34º

Espaços florestais de produção – caraterização

1- Os espaços florestais de produção compreendem os solos com aptidão para a produção florestal, integrando também terrenos incultos ou com mato, onde não ocorram condicionantes biofísicas significativas, restrição ou salvaguarda específica ao seu uso. 2- Nestes espaços devem ser adotadas técnicas de aproveitamento do potencial produtivo,

de acordo com o disposto em instrumentos de natureza sectorial.

Artigo 35º

Espaços florestais de produção – regime de edificabilidade

Nos espaços florestais de produção, a edificabilidade, sem prejuízo do disposto na legislação específica em vigor e dos princípios de salvaguarda estabelecidos no presente Regulamento, restringe-se aos seguintes casos:

a) Obras de conservação, de alteração e de ampliação de edifícios pré-existentes, desde que o acréscimo de área não seja superior a 50% da área de construção existente, nem a área de construção total resultante após a intervenção seja superior a 200 m²

(32)

e a altura da fachada não exceda 7 metros, salvo em edifícios para fins turísticos, aos quais se aplica o estabelecido na alínea d);

b) É tolerada a altura das edificações referidas na alínea anterior até uma altura máxima no ponto mais desfavorável de 9 metros, quando o declive do terreno proporcione a construção em cave com uma fachada desafogada, ou ainda no caso de estruturas com exigências técnicas especiais, desde que com soluções devidamente integradas na paisagem;

c) Obras de construção ou ampliação de instalações de apoio direto e exclusivo da atividade florestal e agropecuária, de instalações industriais e comerciais de produtos consequentes ou complementares da atividade florestal e de outras infraestruturas, não podendo a área total afeta a edifícios ser superior a 500 m², salvo casos excecionais de interesse técnico-económico reconhecido pela Câmara Municipal e desde que demonstrada a correta integração paisagística;

d) Obras de construção e de ampliação destinadas a equipamentos e estruturas de aproveitamento recreativo ou turístico e de apoio a projetos de animação ambiental, turismo da natureza ou outras vertentes de aproveitamento dos espaços florestais compatíveis em regime de uso múltiplo, desde que com índice de utilização inferior ou igual a 0,01 e altura das edificações limitada a 8 metros.

Artigo 36º

Espaços florestais de conservação – caraterização

Os espaços florestais de conservação correspondem a áreas com cobertos arbustivos diversificados onde ocorrem valores naturais e paisagísticos de grande importância para a conservação e composição da paisagem.

Artigo 37º

Espaços florestais de conservação – regime de edificabilidade

Nestes espaços e sem prejuízo das orientações de gestão da RN 2000 e dos princípios de salvaguarda estabelecidos no presente regulamento, a edificabilidade restringe-se a:

a) Obras de conservação, de alteração e de ampliação de edifícios pré-existentes, desde que o acréscimo de área não seja superior a 25% da área de construção existente, nem a área de construção total resultante após a intervenção seja superior a 200 m² e a altura da fachada não exceda 7 metros;

(33)

b) Obras de construção e de ampliação destinadas a equipamentos e estruturas de aproveitamento recreativo ou turístico e de apoio a projetos de animação ambiental, turismo da natureza ou outras vertentes de aproveitamento dos espaços florestais compatíveis em regime de uso múltiplo, desde que correspondam a instalações aligeiradas, não tenham uma área coberta superior a 50 m² e correspondam a soluções devidamente integradas na paisagem;

Secção IV

Espaços de uso múltiplo agrícola e florestal

Artigo 38º

Identificação e usos

Os espaços de uso múltiplo agrícola e florestal compreendem os sistemas agrossilvo-pastoris e os usos agrícolas e silvícolas funcionalmente complementares que, além da importância produtiva, desempenham um papel importanteno equilíbrio ambiental e paisagístico.

Artigo 39º

Regime de edificabilidade

A edificabilidade nestes espaços, sem prejuízo do disposto na legislação específica em vigor e dos princípios de salvaguarda estabelecidos no presente Regulamento, restringe-se aos seguintes casos:

a) Instalações de apoio direto e exclusivo a atividades agrícolas ou pecuárias, desde que:

i) O índice de utilização não exceda 0.02 da área da exploração, admitindo-se um mínimo de 50 m² de área de construção.

ii) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo por razões de ordem técnica. b) Instalações de transformação de produtos agrícolas ou pecuários, desde que:

i) A área máxima de implantação não seja superior a 800 m², salvo casos excecionais de interesse técnico-económico reconhecido pela Câmara Municipal e demonstrada a correta integração paisagística no território;

ii) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo por razões de ordem técnica. c) Construção, ampliação e alteração de edifícios para fins habitacionais, nas seguintes

(34)

i) Os novos edifícios implantarem-se na área menos prejudicial à atividade agrícola;

ii) O índice de utilização do solo não exceda 0.04 da área do prédio, exceto em situação de construção entre construções existentes a um e outro lado da mesma margem de uma dada via pública e que distem entre si menos de 100 metros, caso em que a área máxima de impermeabilização do solo não pode ser superior a 300m2;

iii) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo quando o declive do terreno proporcione a construção em cave até uma altura máxima no ponto mais desfavorável de 9 metros, desde que com soluções devidamente integradas na paisagem.

d) Construção, ampliação e alteração de edifícios para fins turísticos, de desporto ou lazer ou para equipamentos de utilização coletiva, nas seguintes condições:

i) O índice de utilização do solo não exceda 0.07 da área do prédio, sem prejuízo da área de ampliação de construções existentes atingir 50% da área de construção original;

ii) A altura da fachada não exceda 7 metros, salvo no caso do declive do terreno proporcione a construção em cave com uma fachada desafogada até uma altura máxima da fachada, no ponto mais desfavorável, de 9 metros, ou ainda no caso de estruturas com exigências técnicas especiais, desde que com soluções devidamente integradas na paisagem.

Secção V

Espaços de ocupação turística

Artigo 40º Identificação e usos

1- Os espaços de ocupação turística correspondem aos locais de elevada aptidão turística identificados no POACL, compreendendo:

a) O empreendimento a norte da barragem de Crestuma-Lever, em Esposade; b) O parque de campismo Campidouro, em Medas;

(35)

2- Nos espaços de ocupação turística correspondentes às alíneas a) e d) admite-se a alteração de uso desde que para equipamento de utilização coletiva.

Artigo 41º

Regime de edificabilidade

1- No conjunto edificado a que se refere a alínea a) do artigo anterior, admitem-se obras de construção e de ampliação dos edifícios existentes desde que o índice de utilização não seja superior a 0,2 e a altura da fachada seja igual ou inferior a 7 metros.

2- No atual recinto do parque de campismo e caravanismo Campidouro, apenas se admitem obras de conservação das construções existentes e de qualificação do espaço de uso comum que contribuam para a integração paisagística do empreendimento.

3- Na área de expansão do parque de campismo e caravanismo Campidouro, admite-se a instalação de novas unidades de caravanismo desde que o número de unidades no recinto atual e na área de expansão não seja superior a 1,3 das unidades existentes no atual recinto, sem prejuízo dos equipamentos de apoio que a legislação específica exige. 4- Nas Quintas da Azenha e da Varziela é dado cumprimento aos parâmetros urbanísticos

definidos para a respetiva Unidade de Planeamento e Gestão.

5- No conjunto edificado a que se refere a alínea d) do artigo anterior, admitem-se obras de construção e de ampliação dos edifícios existentes desde que o índice de utilização não seja superior a 0,2 e a altura da fachada seja igual ou inferior a 7 metros.

Secção VI

Espaços culturais

Artigo 42º Identificação e usos

1- Os espaços culturais integram antigas instalações de unidades industriais que pelo seu valor cultural constituem exemplares de arqueologia industrial a salvaguardar, reabilitar e promover, nomeadamente:

a) Minas de S. Pedro da Cova, incluindo o Cavalete de S. Vicente e as galerias mineiras; b) Central Térmica da Tapada do Outeiro.

(36)

2- Nestes espaços admite-se a instalação de equipamentos de utilização coletiva e intervenções de promoção turística e recreativa que promovam a salvaguarda e reabilitação das instalações existentes e que incentivem a sua visitação e uso coletivo enquanto espaços identitários da atividade mineira do concelho.

Artigo 43º

Regime de edificabilidade

Nestes espaços não são permitidas quaisquer ações que contribuam para a degradação do património existente e desvirtualização da sua envolvente, admitindo-se exclusivamente:

a) Obras de conservação dos edifícios existentes e ações de valorização ambiental e paisagística da envolvente;

b) Obras de alteração ou de reconstrução dos edifícios existentes necessárias à adaptação de novas exigências funcionais, desde que sejam preservados os elementos característicos dos edifícios;

c) Obras de construção de novos edifícios desde que o índice de utilização não seja superior a 0.05 e a altura da fachada seja igual ou inferior a 8 metros.

Secção VII

Aglomerados rurais

Artigo 44º

Caracterização e regime

1- Os aglomerados rurais são pequenos núcleos populacionais de valor patrimonial pelo conjunto dos edifícios, que se apresentam consolidados em termos de ocupação e com funções residenciais e de apoio a atividades processadas em solo rural e que pela sua dimensão, características morfológicas ou nível de infraestruturação não reúnem condições para integrarem o solo urbano.

2- Nos aglomerados rurais são permitidos, além do uso residencial, usos complementares às atividades agrícola e pecuária, desde que compatíveis com a função dominante, tais como equipamentos, serviços, comércio de apoio e empreendimentos de turismo no espaço rural e de turismo de habitação.

3- Nos aglomerados rurais é instituído um regime de proteção que implica a preservação e conservação dos aspetos dominantes da sua imagem, nomeadamente das suas

(37)

características morfológicas, incluindo a estrutura, forma de agregação, tipologia, materiais e cores bem como a forma, dimensão e funcionamento dos vãos.

4- Admitem-se obras de ampliação até ao dobro da área de construção existente, desde que respeitada a moda da altura da fachada na frente edificada ou da dominante na envolvente próxima, na ausência daquela frente.

5- Quando apresentem espaços de colmatação, admitem-se novas edificações, desde que seja garantida a correta integração urbanística, arquitetónica e paisagística, respeitando a altura das fachadas dominante dos edifícios contíguos, os alinhamentos existentes e os materiais que contribuam para a valorização do espaço público.

6- Em prédios onde já exista edificação de caráter residencial, permite-se a construção de anexo, desde que a área de construção deste não exceda 25% da área do logradouro e 50m².

Secção VIII

Espaços de recreio e lazer

Artigo 45º Identificação e regime

1- Os espaços de recreio e lazer correspondem a locais de elevada aptidão turística e recreativa, integrando:

a) As áreas como tal classificadas no POACL afetas a cais de acostagem, fluvinas e praias fluviais;

b) As praias fluviais a jusante da albufeira de Crestuma-Lever.

2- Nestas áreas, sem prejuízo do regime legal das albufeiras de águas públicas, admitem-se as seguintes intervenções:

a) Obras, ações e atividades de apoio ao recreio e turismo fluvial e ao uso balnear, nomeadamente os correspondentes serviços e infraestruturas, preferencialmente em estruturas aligeiradas que permitam a sua fácil desmontagem e que não tenham, individualmente, uma área coberta superior a 200m2;

(38)

Secção IX

Espaços de equipamentos e outras estruturas

Artigo 46º Identificação e usos

1- Integram-se nesta categoria, identificadas e delimitadas na Planta de Ordenamento, as instalações correspondentes a:

a) Central Térmica da Tapada do Outeiro;

b) LIPOR, instalações metropolitanas de gestão de resíduos.

2- Nestes espaços só são permitidos os usos e ocupações diretamente relacionados com a atividade instalada ou complementares desta, tendo em conta, quando for o caso, os instrumentos reguladores das respetivas atividades.

Artigo 47º

Regime de edificabilidade

1- A edificabilidade admitida para cada uma destas áreas é a exigida pela própria natureza da atividade instalada, incluindo a modernização e expansão necessária, tendo como limite a correta integração urbanística em termos funcionais e paisagísticos.

2- Nestes espaços deve ser garantida, dentro do seu perímetro, a área de segurança ou proteção exigidas pela natureza específica das atividades processadas.

(39)

Capítulo VI

Solo Urbano

Secção I

Disposições gerais

Artigo 48º Princípios

1- O solo urbano destina-se dominantemente à urbanização e à edificação urbana, compreendendo os terrenos urbanizados e os suscetíveis de urbanização, incluindo os solos afetos à estrutura ecológica necessários ao equilíbrio do espaço urbano e albergando as necessárias dotações em infraestruturas urbanas e serviços indispensáveis às necessidades coletivas da população.

2- Tendo presente que o solo é um recurso escasso, finito e não renovável, a ocupação de solo urbano deve ser a indispensável, quantitativa e qualitativamente, à implementação da estratégia de desenvolvimento local, privilegiando os processos de reabilitação das áreas urbanas existentes e da requalificação do edificado.

3- O desenho urbano deve ser o instrumento ordenador da ocupação, devendo incentivar-se a sua utilização nas diferentes escalas de planeamento e como prévio ao licenciamento.

Artigo 49º

Utilizações e intervenções interditas

Independentemente de em cada categoria de espaço os usos dominantes condicionarem a permanência ou a instalação de usos com eles incompatíveis, consideram-se incompatíveis com o solo urbano, sem prejuízo do disposto no artigo 20.º:

a) Os depósitos de entulhos, de sucata, de produtos tóxicos ou perigosos e de resíduos sólidos urbanos, fora das áreas destinadas a esses fins;

b) As atividades instaladas que gerem incompatibilidades com os usos dominantes, tendo em conta os impactes sobre os espaços em que se localizam ou os níveis de incomodidade para as atividades e funções preferenciais.

(40)

Artigo 50º Zonamento acústico

1- A classificação acústica e as áreas de conflito ou de sobre-exposição, decorrente do Mapa de Ruído elaborado para o concelho, estão identificadas na Planta de Ordenamento: Anexo - Zonamento Acústico.

2- Com exceção das áreas empresariais, para as quais não é estabelecida classificação acústica, todo o solo urbano é classificado como zona mista.

3- As operações urbanísticas a realizar em zonas mistas devem respeitar os valores limites de exposição estabelecidos legalmente, tendo como referência os indicadores de ruído diurno-entardecer-noturno (Lden) e indicador de ruído noturno (Ln), expressos em dB(A), definidos de acordo com o Regulamento Geral do Ruído (RGR).

4- Para efeitos do estabelecido no RGR integram a “Zona Urbana Consolidada” todas as categorias funcionais integradas em solo urbanizado.

5- As zonas de conflito identificadas, em que o ruído exterior ultrapassa os limites previstos no RGR, devem ser objeto de Planos Municipais de Redução de Ruído.

6- Os recetores sensíveis isolados, existentes e propostos, são equiparados a zona mista.

Secção II

Espaços centrais

Artigo 51º Identificação e usos

1- Os espaços centrais correspondem aos espaços onde predominam ou se pretenda venham a predominar as funções direcionais dos principais núcleos urbanos localizados na UP 1 – Território do Baixo Concelho.

2- Nestas áreas pretende-se uma maior qualificação e disponibilização de espaço público e o incremento de funções comerciais, de serviços, de turismo e a instalação de equipamentos urbanos, sem prejuízo da indispensável função habitacional e de outras utilizações ou ocupações compatíveis com o uso dominante.

Artigo 52º

Regime de edificabilidade

1- No solo urbanizado e na ampliação ou na construção de novos edifícios aplicam-se as seguintes regras:

(41)

a) Em frente urbana consolidada, dá-se cumprimento ao plano de vedação ou de fachada dominante e à moda da altura da fachada e da forma de relação do edifício com o espaço público na frente urbana em que o prédio se integra;

b) Na ausência de frente urbana consolidada, os parâmetros de edificabilidade são os seguintes:

i) O índice de utilização não pode ser superior a 1,4, exceto nas situações de cumprimento de uma altura de fachada devidamente estabelecida para a frente urbana respetiva;

ii) O índice de impermeabilização do solo não pode ser superior a 80%.

2- Excetuam-se do número anterior as situações de colmatação, nas quais as novas construções ou ampliações de edifícios existentes respeitam os planos de vedação ou de fachada dos edifícios contíguos e estabelecem a articulação volumétrica desses mesmos edifícios.

3- No solo urbanizável, o regime de edificabilidade é o estabelecido na alínea b) do n.º 1 do presente artigo, salvo quando integrado em UOPG e quando no conteúdo destas, em anexo ao presente regulamento, se dispuser sobre tal.

Secção III

Espaços residenciais

Artigo 53º Identificação e usos

1- Nestes espaços integram-se as áreas que em função das tipologias e morfologias dominantes se destinam preferencialmente a funções residenciais, complementadas com usos comerciais, de serviços, turísticos e de equipamentos, incluindo áreas verdes de utilização coletiva públicas ou privadas, admitindo-se usos industriais, de armazenagem ou outros desde que compatíveis com a função habitacional nos termos do disposto no artigo 20.º.

2- Os espaços residenciais encontram-se divididos, em função das tipologias edificatórias e das densidades pretendidas, nas seguintes subcategorias:

a) Espaços residenciais Tipo I; b) Espaços residenciais Tipo II.

Referências

Documentos relacionados

hospitalizados, ou de lactantes que queiram solicitar tratamento especial deverão enviar a solicitação pelo Fale Conosco, no site da FACINE , até 72 horas antes da realização

Embora uma rápida avaliação do funcional B3LYP perante outros métodos, mostre a importância de seus funcionais de troca e correlação, pois mesmo superestimando o valor de

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Na verdade, a assistência social passa a ser condição necessária para a eficácia das demais políticas de inclusão social, sejam aquelas oriundas da área da saúde,

Tanto em sua paisagem física como em sua paisagem humana, o Mediterrâneo encruzilhada, o Mediterrâneo heteróclito apresenta-se em nossas lembranças como uma imagem coerente, como

Compete ao conselho geral emitir parecer sobre todas as questões solicitadas pelo conselho de administração da ULS, nomeadamente sobre programas e planos de actividade e

No período de primeiro de janeiro a 30 de junho de 2011, foram encaminhadas, ao Comitê de Segurança do Paciente da instituição sede do estudo, 218 notificações de

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no