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O artigo 5º, inciso XXIV da Constituição Federal assim dispõe:

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COPEL Transmissão

COPEL TRANSMISSÃO S/A, sociedade por ações, subsidiária integral da COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL, neste ato representada por

sua procuradora, abaixo assinada, com o objetivo de subsidiar informações adicionais para o aprimoramento do ato regulamentar, a ser expedido pela ANEEL, (Audiência Pública 010/2001) que estabelecerá procedimentos gerais para solicitação da declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação e instituição de servidão administrativa de passagem, das áreas necessárias à implantação de instalações de geração, transmissão e distribuição de concessionários, permissionários e autorizados de energia elétrica, expor e requerer conforme os fundamentos abaixo, a supressão do artigo 4º , incisos I à V

“Diretrizes para Negociação”.

O artigo 5º , inciso XXIV da Constituição Federal assim dispõe:

“ A Lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade

pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;”

“Portanto, estabeleceu a C.F que cabe à lei federal ordinária estabelecer o rito ou

procedimento para desapropriação por necessidade pública, ou por interesse social. Na data da promulgação desta Constituição de 05 de outubro de 1.988, ainda estavam em vigor as leis expropriatórias, como Decreto Lei 3365/41(desapropriação por utilidade pública) e a Lei Federal 4132/6 além de outras inúmeras leis concernentes ao instituto expropriatório

Desapropriação em sentido amplo é o procedimento complexo de direito público, mediante o qual o Estado, fundamentado na utilidade publicam na necessidade pública ou no interesse social, subtrai, em benefício próprio ou de terceiros, bens do proprietário, mediante prévia indenização. Em sentido restrito, desapropriação o procedimento complexo de direito pública, mediante o qual o Estado, necessitando de um bem para fins públicos, subtrai a propriedade desse bem, pagando indenização prévia, justa e em dinheiro.

Conforme o atual direito positivo brasileiro, desapropriação é o processo de transferência compulsória da propriedade privada ou pública para o Estado, ou para terceiros, por utilidade pública, necessidade pública ou interesse social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro, exceto o caso da propriedade rural, considerada latifúndio, situada em zona prioritária, quando a indenização pode ser paga em títulos especiais da dívida pública.

No Brasil, compete à União legislar privativamente sobre desapropriação (artigo 22, III), cabendo porém, a declaração expropriatória, mediante decreto, ao Presidente da

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República, Governador, Prefeito ou Interventor (art. 6º do decreto-lei, n. 3365 de 21 de junho de 1.941.

A Desapropriação operação bastante complexa que se desdobra em duas fases: a fase administrativa (art. 1 a 10 do decreto 3363/41) e a fase judicial (do art. 11 até o fim). A fase administrativa inicia pela declaração de utilidade pública, necessidade pública ou interesse social), mediante decreto , editado pelo Chefe do Executivo competente, relação ao bem expropriado.

A fase judicial começa pela propositada da ação de expropriação perante o juízo competente;

(Comentários à Constituição, 1.988, Volume I, J. Cretella Jr., págs. 299 à 305)

Segundo a Obra DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO DO SAUDOSO ADMINISTRATIVISTA HELY LOPES MEIRELLES, 26 EDIÇÃO DE 2001, (PÁGS. 573 À 590) comenta de forma clara e objetiva sobre declaração expropriatória e seus efeitos:

“ A Declaração expropriatória pode ser feita por lei ou por decreto em que se identifique o bem, se identifique o seu destino e se aponte o dispositivo legal que a autorize. Como se trata, entretanto de ato tipificamente administrativo, consistente na especificação do bem a ser transferido compulsoriamente para o domínio da Administração, é mais próprio do Executivo, que é o Poder administrador por Excelência.

Os efeitos da declaração expropriatória não se confundem com a desapropriação em si mesma. A declaração de necessidade ou utilidade pública ou de interesse social é apenas ato-condição que precede a efetivação da transferência do bem para o domínio do expropriante. Só se considera iniciada a desapropriação com o acordo administrativo ou com a citação para a ação judicial, acompanhada da oferta do preço provisoriamente estimado para o depósito. Até então a declaração expropriatória não tem qualquer efeito sobre o direito de propriedade do expropriado, nem pode impedir a normal utilização do bem ou sua disponibilidade, lícito é ao particular explorar o bem ou nele construir mesmo após a declaração expropriatória;

Enquanto o expropriante não realizar concretamente a desapropriação, sendo ilegal a denegação de alvará de construção; o impedimento do pleno uso do bem diante da simples declaração de utilidade pública importa restrição inconstitucional ao direito de propriedade, assim, como o apossamento sem indenização equivale a confisco. Daí porque consideramos a Súmula 23 do STF contraditória e inaplicável na sua parte final, porque, se a simples declaração expropriatória não tolhe o direito de construir, não se pode deixar de indenizar a construção no exercício normal desse direito.

Desde a declaração expropriatória ficam as autoridades expropriantes autorizadas a penetrar nos prédios atingidos, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio da força policial. Tal direito, entretanto, não significa imissão na posse, a qual só se dará por ordem judicial, após o pagamento da justa indenização ou do depósito provisório nos

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casos e formas admitidos em lei. Essa admissibilidade legal de penetrar nos prédios (art. 7) é limitada ao trânsito pelos imóveis, necessário aos levantamentos topográficos, aos atos avaliatórios e outros de identificação dos bens, mas que não prejudiquem a sua normal utilização pelos proprietários ou possuidores. Se nesse trânsito a Administração causar dano ao imóvel, responderá pelos prejuízos e seu agente poderá ser responsabilizado por ação penal.

A caducidade da declaração expropriatória ocorre ao fim de cinco anos ou de dois anos, conforme se trate, respectivamente, de manifestação de utilidade ou necessidade pública (decreto-lei 3365/41, art. 10) ou de interesse social (Lei 4132/62, art. 3), só podendo ser renovada, em qualquer das hipóteses, depois de um ano de decadência.

PROCESSO EXPROPRIATÓRIO

A DESAPROPRIAÇÃO poderá ser efetivada por via administrativa ou por processo judicial, sendo, mesmo, recomendável o acordo na órbita interna da Administração, após a declaração expropriatória;

VIA ADMINISTRATIVA

A via administrativa consubstancia-se no acordo entre as partes quanto ao preço, reduzido a termo para a transferência do bem expropriado, o qual, se imóvel, exige escritura pública para a subsequente transcrição no registro imobiliário competente, salvo leis específicas, que autorizam o instrumento particular.

PROCESSO JUDICIAL

O processo judicial segue o rito especial estabelecido na lei geral das desapropriações (Dec. Lei 3.365/41), admitindo supletivamente, a aplicação dos preceitos do Código de Processo Civil. No processo de desapropriação o Poder Judiciário limitar-se-á ao exame extrínseco e formal do ato expropriatório e, se conforme à lei, dará prosseguimento à ação para admitir o depósito provisório dentro dos critérios legais, conceder a imissão na posse quando for o caso e ao final, fixar a justa indenização e adjudicar o bem ao expropriante.

A ação de desapropriação , deverá ser iniciada, com despacho de citação, dentro de cinco anos, se proveniente de necessidade ou utilidade pública, ou de dois anos, se resultante de interesse social, a contar da data dos respectivos atos declaratórios, sob pena de extinção do processo baseado em ato caduco.

IMISSÃO NA POSSE

A imissão provisória na posse de prédios residenciais urbanos tem seu rito próprio etabelecido no Dec. Lei 1.075 de 22.01,70, que só a admite após a intimação da oferta ao expropriado, e, es esta a impugnar, deverá ser arbitrada por perito avaliador do juízo, para as providências subsequentes e depósito da metade do valor estimado, até o limite legal.

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A imissão definitiva na posse, em qualquer hipótese, só se dará após o integral pagamento, conforme o fixado no acordo ou na decisão judicial final, que adjudicará o bem ao expropriante, transferindo-lhe o domínio com todos os seus consectários. Mas é de observar-se que desde a imissão provisória na posse o expropriante aufere todas as vantagens do bem e cessa para o expropriado sua fruição, devendo cessar também todos os encargos correspondentes, notadamente os tributos reais.

A instituição da servidão administrativa ou pública faz-se por acordo administrativo ou por sentença judicial, precedida sempre de ato declaratório da servidão, à semelhança do decreto de utilidade pública para desapropriação. A própria lei geral da desapropriação_ decreto Lei 3.365/41- admite a constituição de servidões “ mediante indenização na forma desta lei (art. 40).

A indenização não será da propriedade mas sim dos danos ou prejuízos que o uso dessa propriedade pelo Poder Público efetivamente causar ao imóvel serviente .

Para as servidões administrativas de aqueduto bem como para a realização de obras hidráulicas, transporte e distribuição de energia elétrica, o Código de Águas (Dec. 24643, de 10.07.34) disciplina o respectivo processo criando uma ação especialíssima (arts. 117 a 138, 151 à 154) e o Decreto 35.851, de 16.06.54, editou normas para sua instituição. “ MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO em sua obra DIREITO ADMINISTRATIVO, 13 EDIÇÃO- PÁGS. 152 à 159, tece comentários bastante pertinentes sobre a questão do

Decreto de Utilidade Pública, conforme transcrevemos abaixo:

“O artigo 21, inciso XII , b da Constituição contém o princípio da competência da União para explorar, mediante autorização, permissão ou concessão, os cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos.

Quanto ao regime jurídico de aproveitamento dos potenciais de energia elétrica aplicam-se as normas contidas no Código de Águas, cujo artigo 151 estabelece, para o concessionário de serviços de energia elétrica, determinados privilégios, dentre os quais, na alínea c, o de “estabelecer as servidões permanentes ou temporárias exigidas para as obras hidráulicas e para o transporte e distribuição de energia elétrica.

Esse dispositivo foi regulamentado pelo Decreto n 35.851, de 16.07.54, que estabelece além do conteúdo da servidão, o processo de constituição, que assim se resume:

1- em um primeiro momento expedição de decreto do Poder Executivo reconhecendo a conveniência da servidão e declarando de utilidade pública as áreas destinadas à passagem da linha de transmissão e de distribuição de energia elétrica (art. 2º);

2- em um segundo momento, escritura pública em que o concessionário e os proprietários interessados estipulam , nos termos do mesmo decreto, a extensão e os limites dos ônus e os direitos e obrigações de ambas as partes (art. 4º);

3- em caso de embaraço oposto pelo proprietário, medidas judiciais serão adotadas visando ao reconhecimento da servidão ou, ainda, utilização do processo de desapropriação previsto no artigo 40 do Decreto-Le4i n.3365/41 (art.6º);

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Quanto ao conteúdo, a servidão compreende o exercício dos seguintes direitos por parte do concessionário:

1- o de praticar na área abrangida pela servidão, todos os atos de construção , manutenção, conservação e inspeção das linhas de transmissão de energia elétrica e das linhas telegráficas e telefôncias auxiliares, além de acesso à área da servidão , através do prédio serviente, desde que não haja outra via praticável (artigo 2º, parág. 2º);

2- o de mandar podar ou cortar árvores que , dentro da área da servidão ou da faixa paralela à mesma, que ameacem as linhas de transmissão ou de distribuição (art. 3, parág. 2);

Quanto aos proprietários dos prédios servientes o artigo 5º da Constituição Federal assegura o direito à indenização correspondente à justa reparação dos prejuízos causados pelo uso público e pelas restrições estabelecidas ao seu gozo.”

DESAPROPRIAÇÃO

É o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização. A desapropriação desenvolve-se por meio de uma sucessão de atos definidos em lei e que culminam com a incorporação do bem ao patrimônio público.

Esse procedimento compreende duas fases: a declaratória e a executória, abrangendo esta última, uma fase administrativa e uma judicial.

Na fase declaratória o Poder Público declara a utilidade pública ou interesse social do bem para fins de desapropriação.

A Declaração de Utilidade Pública já produz alguns efeitos: a) submete o bem à força expropriatória do Estado;

b) fixa o estado do bem, isto é, suas condições, melhoramentos, benfeitorias existentes; c) confere ao Poder Público, o direito de penetrar no bem a fim de fazer verificações e

medições, desde que as autoridades administrativas atuem com moderação e sem excesso de poder,

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CONCLUSÃO

O artigo 22, inciso II da C.F estabeleceu que compete privativamente à união legislar sobre desapropriação.

E o artigo 5º , inciso XXIV, dispõe que a lei estabelecerá o procedimento para

desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro;

A Constituição recepcionou a Lei 3365/41 (Desapropriações) e a Lei 35851/54(Servidões), que continuam estabelecendo os procedimentos para estes dois institutos.

Também a Lei 8987 de 13 de fevereiro de 1.995, em seu artigo 18, inciso XII, estabelece a competência do Poder Concedente para declarar bens privados de utilidade pública ou de interesse social.

Este poder não pode ser delegado. No entanto, pode-se atribuir aos concessionários de

serviços públicos os poderes para promover as atividades destinadas a tornar efetiva a desapropriação, tal como previsto no Decreto Lei 3365/41, art. 3º..

O art. 29, inciso IX, dispõe que incumbe ao Poder Concedente declarar a necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante a outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;

Os efeitos da declaração expropriatória não se confundem com os da desapropriação em si mesma. A declaração de necessidade ou utilidade pública é apenas ato-condição que precede a efetivação da transferência do bem para o domínio do expropriante.

Só se considera iniciada a Desapropriação ou Servidão, com o acordo administrativo, portanto através da lavratura de escritura pública, sendo necessário o Decreto de Utilidade Pública, para fazer constar desta escritura. ou com a citação para a ação judicial acompanhada da oferta do preço provisoriamente estimada para o depósito.

Até então, a declaração expropriatória não tem qualquer efeito sobre o direito de propriedade do expropriado, nem pode impedir a normal utilização do bem ou sua disponibilidade.

Lícito é ao particular explorar o bem ou nele construir mesmo após a declaração expropriatória, enquanto o expropriante não realizar concretamente a desapropriação,

O impedimento do pleno uso do bem diante da simples declaração de utilidade pública importa restrição inconstitucional ao direito de propriedade. A simples declaração desapropriatória não tolhe o direito de construir, não se pode deixar de indenizar a construção levantada no exercício normal deste direito.

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De tudo que ficou exposto, verifica-se que a Declaração de Utilidade Pública deve preceder todo e qualquer ato, pois é através da mesma que os topógrafos e avaliadores das concessionárias poderão adentrar nas propriedades dos particulares para cadastrar as propriedades e efetuar as medições e avaliações. Não se pode inverter este processo que se divide em duas fases distintas a declaratória como já falamos que não gera qualquer direito à concessionária senão depois de efetuado o acordo com a indenização prévia ou com a citação no processo judicial, mediante o depósito prévio, aí sim estará se partindo para a fase executória , promovendo-se então a servidão ou Desapropriação, conforme preceitua o artigo 31 da Lei das Desapropriações.

Portanto, o que temos a sugerir na minuta da Resolução , na audiência Pública 010/2001, para aprimoramento do ato regulamentar a ser expedido pela ANEEL , estabelecendo procedimentos gerais para solicitação da declaração de utilidade pública para fins de servidão ou desapropriação é o que segue:

Os incisos , I, II, III, IV e V do artigo 4º ,(Diretrizes para Negociação) se contrapõem ao que apregoa a Constituição federal, a Lei 3365/41 o Decreto 35851/54, confundindo as fases da Declaração de Utilidade pública, a fase declaratória e a fase executória da Desapropriação que conforme já citado na legislação e na Doutrina, são distintas, sendo que somente a segunda-fase é que gerará efeitos para o imóvel do expropriado; mas, estes efeitos só começarão a existir após a indenização seja pela via administrativa no ato da lavratura da escritura pública , ou com o depósito prévio na ação judicial, e após a citação judicial.

Data vênia, cumpre-nos ressaltar que ao se exigir da concessionária para se expedir o Decreto de Utilidade pública, o cumprimento dos dispositivos contidos nos incisos do artigo 4º, estará se criando um complicados senão vejamos:

Inciso I- descrição da estrutura sócio econômica e critérios adotados para valoração da terra, avaliação de benfeitorias e indenizações , - Como já ficou evidenciado nas citações

acima, o acesso às propriedades, para medições e levantamentos topográficos e avaliações , só podem ser efetivadas com o Decreto de Utilidade Pública em mãos, para poder-se adentrar na propriedade dos expropriados;

Inciso II- “ cadastro discriminando as propriedades conforme sua situação fundiária, especificando a extensão, por propriedade , das áreas atingidas;- Esta exig|ência da

extensão , por propriedade, das áreas atingidas, não é necessária para o Decreto de Utilidade Pública, mas tão somente o traçado total, que é o que vai ser descrito no Decreto de Utilidade Pública;

Inciso III-“ a especificação das área adquiridas amigavelmente, comprovadas por meio de documentação legal pertinente” , Está se invertendo o procedimento, pois para se

adquirir as áreas servientes ou desapropriadas, imprescindível se faz ter-se o Decreto de Utilidade Pública , a fim de poder adentrar nas propriedades para os levantamentos topográficos, avaliações , n negociações e lavratura das escrituras públicas, sendo esta uma exigência legal, conforme já salientamos.

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Inciso IV, “especificação das áreas em negociação, comprovadas por meio de

documentação legal pertinente”, Neste inciso também inverte-se o procedimento,

ressaltando que os expropriados praticamente recusam-se a qualquer tipo de negociação se não houver um documento comprovando que efetivamente sua propriedade foi declarada de utilidade Pública pelo Poder Concedente.E caso consigamos negociar , imediatamente é lavrada a escritura pública, sendo o Decreto de Utilidade Pública indispensável dentre outros documentos exigidos pela Lei de Registros Públicos.

Inciso V -“discriminação das áreas sobre as quais não se estabeleceu acordo,

identificando suas situações fundiárias e os problemas detectados, relatando pontos de divergência e pendências de qualquer ordem”; Neste inciso fica demonstrada, e é

louvável a preocupação da ANEEL com as questões de divergências e conflitos, no entanto, desnecessária esta preocupação nesta fase declaratória, uma vez que a nossa Carta Magna e as leis de Desapropriação e Servidão garantem a indenização prévia justa e em dinheiro; E, caso não haja acordo administrativo, o expropriado tem oportunidade, em ação judicial, seja por Desapropriação Direta ou Indireta, de vir a discutir o preço, a fim de se encontrar o mais justo possível pelos prejuízos que possam advir à sua propriedade, ou então , caso haja problemas documentais que não permitam a lavratura da escritura pública, judicialmente fica assegurado ao expropriado (em depósito na conta do Juízo) o valor a que faz jus pelo desapossamento compulsório, até que venha a ter a documentação atinente à sua propriedade regularizada;

Entendemos que a ANEEL tenha todo o direito como Agência Reguladora que é de ter todas as informações acima, mas não nesta fase , como condição para expedição do Decreto, mas numa fase posterior depois de efetivamente concluídos os atos expropriatórios, seja após os registros das escrituras de Desapropriação ou Servidão de Passagem, seja após o ajuizamento das ações judiciais necessárias.

Estas exigências além de contrariarem a Constituição federal., a legislação pertinente , criam obstáculos na promoção das Servidões e Desapropriações, bem como contribuem com atrasos na execução das obras, objeto das concessões .

Todos sabemos que as obras objeto de concessões possuem cronogramas bastante apertados, face a necessidade preemente de se expandir o setor de energia, principalmente com a atual crise energética presente no cenário nacional.

Para o bom andamento do processo de expansão do setor elétrico sugerimos que seja excluído o artigo 4º e seus incisos, nesta fase de obtenção do Decreto de Utilidade Pública pelos motivos expostos.

Atenciosamente;

JOSIANE MARIA DE OLIVEIRA BRANCO

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