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a igreja
nova
Igrej
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nova
as últimas décadas e com algumas exceções, a história dos templos e igrejas evangélicas segue o mesmo padrão em se tratando de sono-rização. Primeiro o pastor procura um espaço
N
“quase pronto” para os cultos, o que normalmente é um antigo cinema, teatro ou galpão. Em alguns casos, o pastor consegue recursos para construir a sua igreja. Com espaços adaptados ou construídos, a parte mais importante para que a palavra (evan-gelho) seja bem compreendida e, portanto aceita, normalmente é relegada a um segundo plano e só pensada dias antes da inauguração. O projeto e a instalação do sistema de som que deveria ser a principal preocupação do pastor acabam nas mãos de algum conhecido da igreja ou de uma loja, que
Um novo som para uma
Igrej
a
backstage@backstage.com.br
As tentações pelos preços
nos produtos baratos
normalmente causam vários
problemas de qualidade. O
caro é o barato que não
funciona
sem ninguém preparado para a função, pode acabar pedindo ajuda a pessoas que só pensam em vender equipamentos. A Igreja Batista Nacional de Campinas - IBN - (Casa de Deus) é um grande exemplo de como um planejamento criterio-so e profissional pode criar um templo com todas as condições ideais para que a palavra ouvida seja transmitida, compreendida e, como conseqüência, assimila-da. E o mais importante, com pla-nejamento e assessoria
profissio-nal, todo projeto acaba sendo mais econômico, pois não há gastos com tentativas ou muitos erros e pou-cos acertos.
A HISTÓRIA DA IBN
Segundo o Pr. Rafael Borges, a Igreja Batista Naci-onal de Campinas - IBN - (Casa de Deus) foi fun-dada em 29 de março de 1987, permanecendo fir-me no propósito divino: o IDE de Jesus Cristo. “Iniciamos com as reuniões realizadas nos grupos de oração em residências particulares. Com o tempo e muita oração, fomos expandindo a ‘ten-da’ e passamos as nossas atividades para um pré-dio alugado no bairro Parque Industrial. Pouco tempo depois o local já não comportava mais o crescimento vertiginoso da igreja e, sob a lideran-ça do pastor-presidente Jorge Navac, os mais de 80 membros, em 1990, deram o passo inicial para a conquista de uma sede própria e compraram um terreno para construir o primeiro templo no bair-ro São Bernardo. O passo foi audacioso, afinal a nova casa, que nasceu no coração de Deus e foi revelada ao seu servo Jorge Navac, comportaria em torno de 500 membros. A unidade da igreja foi fundamental para que o plano divino fosse le-vado a efeito. E essa união resultou em uma cons-trução realizada em tempo recorde. Para isso con-tou com a ajuda dos irmãos da Primeira Igreja Ba-tista de Jundiaí (PIBJ), a qual o Pr. Jorge Navac também preside”. A PIBJ é a chamada
“igreja-mãe”, onde tudo começou nos anos 70 com um grande aviva-mento. A inauguração do pri-meiro templo em Campinas foi marcada por grande festa em 21 de abril de 1992. No ano de 1995 a IBN é presenteada com a chegada do evangelista Rafael Borges, atual pastor e vice-presidente da igreja. No dia 21 de abril de 1997 Borges é ordenado o primeiro pastor deste ministério. “Desde então a igreja adquiriu uma nova di-mensão. Os ministérios já im-plantados pelo Pr. Jorge Navac expandiram-se e desenvolveram-se, atendendo à demanda de seus membros. No início da era de 2000, o templo do São Bernardo tornou-se pequeno. A partir daí houve a necessidade urgente de ter um local ain-da maior para que os ministérios pudessem de-senvolver suas potencialidades e salvar almas. Deus aponta para o profeta Jorge Navac o endere-ço: Avenida das Amoreiras, 3.370 e no dia 16 de
janeiro de 2004 é concretizada a compra do imóvel. Em 15 de fevereiro de 2004, liderado pelo Pr. Rafael Borges, inicia-se o processo de construção com todo o cuidado de proporcionarmos maior conforto para todas as pessoas que participassem das nossas reu-niões, pois consideramos que esses elementos es-tão inteiramente ligados à dinâmica do culto, já que um áudio com problemas pode prejudicar toda a reunião. Paralela a isso vislumbra a procu-ra crescente do mercado evangélico por obter um local com infra-estrutura para eventos de grande
Pr. Rafael Borges
A Igreja Batista Nacional de Campinas é um grande
exemplo de como um planejamento criterioso e
profissional pode criar um templo com todas as
condições ideais para que a palavra ouvida seja
transmitida, compreendida e assimilada
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porte, como shows e gravações ao vivo, já que os grandes teatros e casas, quase sempre muito bem equipados e com ótima infra-estrutura, pouco trazi-am do trazi-ambiente normalmente encontrado nas igrejas. Pensando nisso, resolvemos investir nessa infra-estrutura para podermos atender a todas as
demandas que requer um grande evento. E em mea-dos de junho de 2008 acontece a mudança para a nova Casa de Deus que passa a comportar os seus cultos semanais e programações especiais por meio da Dança, Balé Aéreo, Teatro, Coral Gospel com 100 vozes, Grupo de Louvor, Intercessão, Oração, Recepção, Evangelismo, Grupos Jovens, de Adoles-centes e Escola Bíblica”, acrescenta o pastor Rafael.
PROJETO DE SONORIZAÇÃO
Diego Scutti é musico e profissional de áudio des-de 2000, responsável pela parte técnica do áudio na Igreja. Ele nos conta como foi o processo da es-colha do projeto e dos equipamentos de som. “Durante o escopo do projeto fomos definindo que o nosso principal objetivo era proporcionar inteligibilidade sonora para todas as pessoas que estivessem em qualquer lugar do templo, tanto no louvor como também nas pregações, mas tam-bém buscando equipamentos que possuíssem interface para gravação ao vivo e broadcasting, que é o próximo objetivo da igreja. Optamos por entre-gar o projeto ao Marcelo Claret devido à sua vasta experiência como sound designer e pela grande preocupação dele em tornar o áudio no país uma referência. Este é um dos objetivos que também queremos trazer para o mercado fonográfico evan-gélico. Também contratamos a assessoria do enge-nheiro Framklim Garrido, um grande especialista em áudio e elétrica no Brasil. O Framklim tem nos ajudado muito com toda a parte elétrica e de broadcasting. Já para os projetos de iluminação cê-nica, contamos com a ajuda de um grande amigo que
Um dos maiores problemas das igrejas evangélicas
é justamente a falta de critério na determinação
dos investimentos em duas áreas fundamentais:
o áudio e a acústica
Pr
. Alessandro
Técnicos da esquerda para direita - Danilo, Diogo, Lucio, Rodrigo, Thiago e Eduardo Coral IBN
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conhecemos por meio do Claret, o lighting designer Marcelo Gonzalez, respon-sável técnico do teatro Abril e de grandes espetá-culos musicais no Brasil”.
DEPOIMENTO DO
MARCELO CLARET
Um dos maiores proble-mas das igrejas evangéli-cas é justamente a falta de critério técnico na determinação dos inves-timentos em duas áreas fundamentais: o áudio e a acústica. Normalmen-te por questões de falta de verba, acaba-se optan-do por caminhos inicial-mente mais baratos, mas que no final acarretam em
custos de duas a três vezes superiores para se tentar consertar os erros cometidos pelas adaptações que investimentos equivocados proporcionam. Isso não aconteceu na Batista Nacional de Cam-pinas. Os investimentos realizados sob o comando do Pr. Rafael seguiram as orientações que os con-sultores contratados em cada área determinaram. Em um prazo que talvez pudesse ter sido mais cur-to, caso tivessem optado por soluções aparente-mente mais econômicas, os investimentos realiza-dos já trazem benefícios que durarão por muitos
Relação de equipamentos
PA: 22 FZ J08A (médias/altas); 3 FZ J212A (suple-mento de graves); 4 FZ 218A (subs); 4 FZ 108 (sob o mezanino).Monitor: 12 Avion A-16II (para banda e backing vo-cal); 2 FZ 102; 6 K414 e 6 K324; 4 In-ear IVM-4 AKG. Palco: 1 ND 967 Eletro Voice; 1 RE 20 Eletro Voice; 1 ND 868 Eletro Voice; 4 SM 58; 10 E604, 4 E64 e 4 E835 (Sennheiser); 3 C400B AKG; 4 bastões Beta 87A (Shure); 2 bastões EW64; (Sennheiser); 1 headset CountryMan; 1 Amplificador Marshall AVT275X; 1 Amplificador G&K 400RB IV.
House: 1 Console LS9 32 – 64 canais; 2 UHF-R e 1 PGW (Shure); 2 EW172 Sennheiser; 1 IMac Mb324ll; 1 Digi002; 1 Fast Track Pro M-Audio; 1 234XL dbx; 1 FZ Ware.
anos. É nisso que se ba-seia uma consultoria: produzir resultados dife-renciados e gerar benefí-cios de longo prazo a seus clientes. No caso de uma Igreja, o mais importante é garantir que a palavra seja compreendida por todos os presentes. O projeto da Igreja Batista Nacional em Campinas nasceu há vários anos quando um antigo aluno do IAV, Diogo Scutti, pro-curou-me com a idéia de fazer em sua igreja aquilo que aprendera no curso de áudio. Ele queria – e esse sentimento sempre este-ve presente em toda a comunidade – que a Igre-ja Batista tivesse um exemplo de profissionalismo no áudio, na acústica e em suas áreas correlatas. A partir daí começamos uma série de reuniões ainda na fase de projeto. Isso foi fundamental para o sucesso alcançado, pois o que normalmen-te aconnormalmen-tece é que depois de tudo “pronto” as
pes-Marcelo Claret
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soas vão procurar alguém para “resolver” a acús-tica e “colocar” um som na igreja... A essa altura pode ser tarde demais.
Quando vi o projeto inicial eu tinha certeza de que a Igreja Batista Nacional seria uma das me-lhores do Brasil.
Todos os detalhes estavam sendo dis-cutidos, desde os pontos de fixação das caixas acústi-cas com suas res-pectivas cargas, até o aterramento técnico e a equipo-tencialização do sis-tema. Foi nessa fa-se que, estudando a forma da igreja e os ângulos e altu-ras disponíveis,
propus que fizéssemos a sonorização com três co-lunas principais de line array, valorizando princi-palmente o cluster central. Essa idéia do centro ser mais importante que as laterais tem sido ado-tada por muitos projetistas, pois dessa forma o som acompanha a imagem, e aquilo que é mais importante está sempre no centro. Por isso, o cluster central é bem maior que os laterais em um primeiro momento; entretanto, eles poderão ser igualados em quantidade de caixas na medida em que a lotação da igreja (cerca de sete mil lugares) supera os 80% de sua capacidade.
A escolha das caixas FZ aconteceu em uma reu-nião com o Pr. Rafael, após a análise da relação custo/benefício, diante das outras opções – todas importadas – que se apresentavam. O item decisi-vo foi o nodecisi-vo sistema de processamento com DSP disponível nas caixas FZ. É um sistema extrema-mente completo e preciso que permite o controle absoluto de tudo o que acontece com a caixa, com a visualização da temperatura dos amplificadores, do estado de funcionamento dos componentes e status de clipping com memorização dos últimos três dias, além de oferecer equalização paramétrica
de oito bandas, filtros HPF e LPF, dois Shelving – um no grave outro no agudo – ajuste de delay e nível por caixa. Só com isso a diferença de custo e de resultado supera qualquer outro sistema na mesma faixa de preço. Aliados a esse fator, somam-se os recursos dis-poníveis nas me-sas digitais e o sis-tema de retorno de fone com mi-xagem indepen-dente para cada músico. Ou seja, o ideal de consumo de qualquer músi-co, técnico e dos Pregadores para benefício de to-dos os que parti-cipam dos cultos.
FZ ÁUDIO NA IGREJA
De acordo com Fábio Zacarias, diretor da FZ Áudio, a empresa foi procurada pelo Diogo Scutti em maio de 2008 para atender a um projeto de sonorização em um templo que estava sendo er-guido na Campinas (SP). O mesmo teria capaci-dade para cerca de 7 mil pessoas e um nível de acabamento e detalhamento únicos.
“Realmente ao visitar a obra pude constatar a qualidade e o excelente acabamento além, é cla-ro, da arquitetura. O sistema de áudio deveria ser condizente com o nível e investimento da obra e também contemplar a complexidade das fontes de sinais, pois haveria corais e bandas com vários instrumentos acústicos e elétricos e acima de tudo isso, os vocais que deveriam ser claros e in-teligíveis. De início, sugerimos o uso da FZJ 08A / FZ J212A , line array amplificado composto por 2 x Alto falantes de 8” e 1 x driver de 1,4” distribu-ídos em 3 sistemas , central e L/R , sendo 11 no array central e 7 em cada lateral. O modelo é plificado, o que dispensaria o uso de racks de am-plificadores que geralmente fica difícil de acomo-dar, além de precisar de uma sala isolada devido
ao ruído das ventoinhas. Havia uma preocupação com a estética e, por isso, foi desenvolvida uma pintura no tom que mais se adequasse ao ambien-te. O resultado final é uma leveza e um conjunto harmonioso. Havia um problema ainda a ser resol-vido – subwoffers. Precisávamos de muita energia nesta região, porém de forma controlada. A opção foi então usar 4 x subs FZ 218A em um nicho aci-ma do palco em montagem cardióide para que o palco ficasse livre de retorno de graves. No palco foram utilizados 4 FZ 102A para monitoração dos pastores. Todo o sistema é gerenciado pelo soft-ware de controle FZ soft-ware, a partir do micro insta-lado na house mix podendo verificar todo o funci-onamento e controlar individualmente cada ele-mento. Isso permitiu fazer ajustes finos em deter-minadas áreas resultando em uma grande coerên-cia na cobertura. Nossos especoerên-cialistas em instala-ções, Fernando Gabriel e Henrique Marques auxi-liaram o projetista Marcelo Claret com os últimos detalhes e nossa equipe acompanhou toda a etapa
de instalação. Finalmente com tudo pronto o pró-prio Marcelo fez os alinhamentos finais com o software de medição Systune usando vários micro-fones espalhados pela sala. Ficamos todos muito
satisfeitos com a oportunidade de trabalhar neste projeto, não só pela equipe da Igreja Batista Nacio-nal que nos deixou sempre muito à vontade para sugerir otimizações assim como a grande qualidade do resultado final”, relata o diretor.