GAPP Grupo de Apoio Permanente à Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar/SC
Mata Ciliar: importância e
implantação
Professores:
JASPER JOSÉ ZANCO
SILENE REBELO
Conteúdo
1. Objetivos da oficina
2. Mata ciliar para que?
Qual sua importância?
3. Histórico de
degradação do bioma
Mata Atlântica.
4. A legislação ambiental
e a mata ciliar.
5. Restauração versus
reabilitação.
6. Conceitos
imprescindíveis em
projetos de restauração florestal.
7. Grupos ecológicos e sucessão.
8. A restauração e as espécies de áreas ciliares.
9. Modelos e custos de implantação e manutenção.
10. Considerações
finais.
OBJETIVO
Realização de oficinas sobre “Mata Ciliar:
importância e implantação”.
Tais oficinas serão compostas de 4 horas teóricas em
sala de aula, 4 horas de implantação de áreas
demonstrativas de recuperação de mata ciliar.
PÚBLICO-ALVO
• Técnicos e funcionários de órgãos públicos e
privados
• Estudantes do último ano do ensino médio
• Estudantes de 3º grau
• Agricultores
INTRODUÇÃO
• BRASIL:
FLORESTAS
TROPICAIS
– MATA ATLÂNTICA E AMAZÔNIA – MATA ATLÂNTICA: 7% DA MATA ORIGINAL – AMAZÔNIA: 85% DA FLORESTA ORIGINAL• FLORESTA ATLÂNTICA
– ESPÉCIES ARBÓREAS: 35% – LIANAS E EPÍFITAS : 42% – HERBÁCEAS E ARBUSTIVAS: 23%• BIODIVERSIDADE EM 1 HA
“Floresta Tropical: estimativa de cerca de 100 x mais spp
animais do que plantas”
- 1 SÓ HECTARE :
150 ESPÉCIES ARBOREAS
;
500
ESPÉCIES VEGETAIS
EM MÉDIA; E CERCA DE
50.000 ESPÉCIES
DE ANIMAIS E
-+MICRORGANISMOS
O que é mata ciliar e qual a sua
importância?
Define-se como Mata ciliar aquela vegetação característica de margens ou áreas adjacentes a corpos d´água. Pode ser considerada um ecossistema
ripário (LIMA, 1989).
Possui várias denominações: floresta
beira rio, ribeirinha, ripária, ripícula, floresta de galeria e ciliar (SANTOS, 1975; BERTONI et al., 1987)
Sua função e importância:
• Proteção de rios/cursos
d’água;
• Corredores ecológicos;
• Mantenedora da
biodiversidade.
• Mantenedora da qualidade da água
• Estabilizadora do solo das margens;
• Regularizadora do lençol freático
• Contenção de enchentes
• Sustento para a fauna silvestre (peixes,
• Atua como esponja, armazenando a água na
serrapilheira e junto às raízes da floresta;
• Mantém o nível do leito dos rios sob controle;
• 80 a 100% da água da chuva é retida pela
floresta ripária; 40 a 50% nas áreas abertas
pela agricultura;
• Estabiliza a temperatura do leito dos rios e
consequentemente a vida silvestre;
• Funciona como corredor ecológico entre
áreas, mantendo o fluxo gênico pela dispersão
de sementes, polens, pequenos animais e
outras diversas estruturas
Mata de galeria
(caso especial de mata ciliar)
A: Desenho de um perfil da mata de galeria B: Aspecto da cobertura florestal e entorno
• Vegetação florestal típica que margeia os cursos d’água;
•
Transição brusca com as formações adjacentes
campestres, entretanto, quando a vegetação adjacente é
constituída por Matas Mesofíticas, a transição é pouco
perceptível (Ribeiro & col. 1983);
• Se localizam geralmente nos fundos dos vales, não
apresentando caducifólia durante a estação mais seca do
ano;
• A altura média das árvores varia de 20 a 30 metros,
havendo sobreposição das copas, com índice de cobertura
de 80 a 100%;
• O interior possui umidade mais elevada do que o entorno
e diversas espécies de plantas epífitas;
• O solo é mais úmido devido à sua posição topográfica em
relação ao leito do rio e também mais rico em matéria
orgânica, resultante da abundante produção de
serapilheira;
• Isto possibilita a presença nas Matas de Galeria de
diversas espécies da fauna e flora.
• IMPACTOS NA MATA CILIAR
– PODE SER NATURAL OU ANTRÓPICO: CATÁSTROFES E/OU
POR INTERVENÇÃO HUMANA
– AMBOS PODEM PROVOCAR PERTURBAÇÕES OU
DEGRADAÇÕES
• ÁREAS PERTURBADAS
– TEM RESILIÊNCIA, PORTANTO, PODE VOLTAR À
SITUAÇÃO PRÓXIMA À ANTERIOR SE DEIXADA A
RECUPERAR
• ÁREAS DEGRADADAS
RESTAURAÇÃO DE ÁREAS CILIARES
• RESTAURAÇÃO
– OBJETIVA O REESTABELECIMENTO DAS INTERAÇÕES
ECOLÓGICAS ANTERIORES;
– ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (MATA CILIAR);
– DEVE SER FEITA COM ESPÉCIES NATIVAS LOCAIS:
REPRESENTATIVAS
• REABILITAÇÃO / RECUPERAÇÃO
– OBJETIVA O REESTABELECIMENTO DO COMPONENTE
ARBÓREO;
– MINERADORAS; OLARIAS; RECUPERAÇÃO DE
VOÇOROCAS;
CONCEITOS IMPRESCINDÍVEIS
EM PROJETOS DE
GRUPOS ECOLÓGICOS DE ESPÉCIES
ARBÓREAS DA FLORESTA TROPICAL
PIONEIRAS: BUDOSWKI
PIONEIRAS TÍPICAS E ANTRÓPICAS
CLAREIRAS GRANDES E COLONIZADORAS
“FUNCIONAM COMO SOMBREADORAS”
SEC. INICIAIS: BUDOWSKI
SECUNDÁRIAS QUE COLONIZAM ÁREA
ANTROPIZADAS;
PIONEIRAS LONGEVAS
SECUNDÁRIAS TARDIAS: BUDOWSKI
SECUNDÁRIAS TARDIAS; NÔMADES
OPORTUNISTAS DE CLAREIRAS PEQUENA
“FUNCIONAM COMO SEMI-SOMBREADAS”
CLIMÁCICAS: BUDOWSKI;
DE DOSSEL E DE SUB-DOSSEL
GERMINAM, CRESCEM E SE REPRODUZEM À
SOMBRA; MAS
RESPONDEM À LUZ
RESTAURANDO ÁREAS
CILIARES
MODELOS DE RESTAURAÇÃO:
• INDUÇÃO DO BANCO DE SEMENTES;
• CONDUÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL;
• ADENSAMENTO E ENRRIQUECIMENTO;
• PLANTIO;
• PLANTIO DE ESPÉCIES AO ACASO:
NÃO USO DE
GRUPOS ECOLÓGICOS; “COQUETEL”
• MODELO DE SUCESSÃO:
LINHAS DE PIONEIRAS (P+I)
E DE NÃO PIONEIRAS (T+C) INTERCALADAS (
linhas de
diversidade e preenchimento
)
• MODELO DE SUCESSÃO E RARIDADE:
PLANTIO
DAS SPP RARAS (< DENSIDADE) E COMUNS (>DENSIDADE)
• MODELO DE ILHAS DE DIVERSIDADE
: USO DE SPP
PIONEIRAS (ÁREA TOTAL) E DE SPP NÃO PIONEIRAS
(20% DA ÁREA)
MODELO DE ILHAS DE DIVERSIDADE
(BARATEAMENTO DE CUSTOS)
Pioneiras+não-pioneiras
US$ 1500,00/ha
Ilhas de diversidade
US$ 1000,00/ha
Ilhas e Sítio
US$ 750,00/há
PIONEIRAS + NÃO-PIONEIRAS
PIONEIRAS
OUTRAS
ESPÉCIES TRABALHADAS DURANTE A OFICINA SOBRE MATA CILIAR
Nome Popular
Nome Científico Família Ecologia Altura (cm) Disponibilidade
1. Araçá-vermelho Psidium cattleianum Sabine (var. vermelha) MYRTACEAE Secundária Inicial 40 100
2. Guamirim Calyptranthes sp MYRTACEAE Clímax 20 100
3. Aroeira-piriquita Schinus molle ANACARDIACEAE Secundária Inicial 20 150
4. Aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius ANACARDIACEAE Secundária Inicial 20 150
5. Baguaçu Talauma ovata . MAGNOLIACEAE Clímax 25 150
6. Cedro Cedrela fissilis MELIACEAE Secundária Tardia 20 100
7. Coqueiro-jerivá Syagrus romanzoffiana ARECACEAE Pioneira 25 100
8. Guabiroba-lisa Campomanesia xanthocarpa (var.lisa) MYRTACEAE Secundária Inicial 30 100 9. Guabiroba-crespa Campomanesia xanthocarpa (var. crespa) MYRTACEAE Secundária Inicial 25 250
10. Ingá feijão Inga marginata MIMOSACEAE Secundária Inicial 40 250
11. Ingá-banana Inga uruguensis MIMOSACEAE Secundária Inicial 15 50
12. Ingá-anão Inga sp. MIMOSACEAE Secundária Inicial 15 200
13. Ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha BIGNONIACEAE Secundária Inicial 25 200
14. Bacupari Rheedia gardneriana RUBIACEA Clímax 15 100
15. Ipê-rosa Tabebuia impetiginosa BIGNONIACEAE Secundária Tardia 40 150
16. Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides CAESALPINIACEAE Secundária Inicial 50 200
17. Baga-de-macaco Posoqueira acutifolia RUBIACEAE Clímax 30 50
18. Timbaúva Enterolobium contortisiliquum CAESALPINIACAE Pioneira 15 50
19. Tucaneira Cytharexyllum myrianthum VERBENACEAE Pioneira 30 200
20. Cereja Eugenia involucrata MYRTACEAE Secundária Inicial 15 50
21. Cortiça Rolinia sp. ANNONACEAE Secundária Inicial 30 200
22. Paineira-rosa Chorisia speciosa BOMBACACEAE Secundária Inicial 50 100
NOVAS TENDÊNCIAS DO USO DA
DIVERSIDADE E SUCESSÃO
COM ESPÉCIES NATIVAS
• PLANTIO DE ESPÉCIES NATIVAS
ECONÔMICAS – COM MODELO DE
SUCESSÃO
– 10-20 ESPÉCIES NATIVAS ECONÔMICAS,
SEGUNDO A SUCESSÃO
(I+T+C)
– REFORMULAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL;
RESERVA LEGAL
• SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFs )
COM DIVERSIDADE E SUCESSÃO
– POEMA (PARÁ) – AGRICULTURA EM
ANDARES
– ERNST (BAHIA) – RECUPERAÇÃO COM SAFs
DE ALTA DIVERSIDADE
– RECA : REFLORESTAMENTO ECONÔMICO
CONSORCIADO ADENSADO - ACRE
– SAFs COM PLANTAS MEDICINAIS – MST
ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO PARA O REFLORESTAMENTO
ASPECTO DA FLORESTA PRESENTE (P) BANCO DE SEMENTE MATRIZES REMANESCENTES FAUNA ALTERNATIVAS PRESENTE DEGRADADA AUSENTE (A)(P) (A) (P) (A) (P) (A)
AÇÕES Prioritárias OUTRAS AÇÕES A 1 12,13 B 2, 5, 6b, 6c 1,3,4,7,8,9,10,13 C 2, 7, 5, 6a 3,4,9, 12,13 D 2, 7, 5 1,6,9, 13 E 2, 6a, 12, 6b 5,9,10, 11,13 F 2, 6 10, 11, 13, 12
A – Proteção da Área (1. Isolamento da área e 2. Retirada dos Fatores de Degradação)
B – Manejo da Vegetação Remanescente (3. Eliminação seletiva ou desbaste; 4. Adesamento; 5. Enriquecimento; 6. Plantios de: (a) pioneiras; (b) secundárias; (c) climácicas)
C – Manejo do Banco de Sementes (7. Indução de banco; 8. Adensamento; 9. Enriquecimento; 10. Módulos; 11. Transferência de bancos)
D – Manejo dos Dispersores (12. Implantação de Mudas pioneiras e/ou frutíferas)
PLANTIO E MANUTENÇÃO
O plantio pode ser em linha, em grupos ou diversificado.
Depende muito do local e da finalidade. Linhas são
recomendadas para o acompanhamento (pesquisa,
cultivo, etc) ou em áreas de demonstração.
• Conservação do solo: terraços, curvas de nível e outras • Abertura de covas:
o Espaçamento: pioneiras (2x2m); tardias (4x5m a
7x7m); climácicas (até 7x7m)
o Forma: áreas extensas – broca perfuratriz, quebrando
o espelho lateral e áreas íngremes – cavaderia manual
o Dimensões: sem troca de solo – manual (30x30x40
cm e 40x40x40 cm) – com troca de solo (aterros) - mecanizada (80x80x100 cm)
• Correção do solo e adubação: 300 g / cova de calcário 30 a
60 dias antes do plantio; 3 litros de esterco de galinha ou 6 litros de esterco de gado curtidos / cova, 20 dias antes do plantio; 100 g de adubo 10-20-10 ou superfosfato simples / cova bem misturado no solo.
• Manutenção:
o Primeiros 18 a 24 meses: coroamento periódico das
mudas (2 a 3 vezes/ano); limpeza das entre-linhas (2 vezes por ano); poda (facultativa) de elevação para retirada dos ramos laterais nas tardias e de cobertura, devido à indução do forquilhamento nas pioneiras; estaquemento das mudas no primeiro ano (facultativo).
o Primeiros 4 a 5 anos: controle de formigas cortadeiras
LEGISLAÇÃO
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 004/94 (04 de maio de 1994)
Assunto: Definição de vegetação
primária e secundária nos
estágios inicial, médio e avançado
de regeneração da Mata Atlântica
Objetivo: orientar os procedimentos de licenciamento de
Artigos da resolução
Nº 004/94
Art. 1º Vegetação primária:
• Máxima expressão local, com grande diversidade biológica, • Efeitos mínimos das ações antrópicas,
• Características originais de estrutura e de espécies não afetada significativamente,
o Área basal média > 20,00 m2/ha, o DAP médio > 25 centímetros e o Altura total média > 20 metros.
Art. 2º Vegetação secundária ou em regeneração
• Resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária.
Art. 3º Os estágios em regeneração da vegetação secundária a que se refere o artigo 6o. do Decreto 750/93, passam a ser assim definidos:
I - Estágio inicial de regeneração:
a) Área basal média é de até 8 m2/há; b) Fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo; altura total média até 4 metros, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta; c) Distribuição diamétrica das espécies lenhosas de pequena amplitude: DAP médio até 8 centímetros; d) Baixa diversidade: epífitas, se existentes, são representadas principalmente por líquens, briófitas e pteridófitas; e) Trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas; f) Serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta, contínua ou não; g) Diversidade biológica variável: poucas espécies arbóreas ou arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de outros estágios; h) Espécies pioneiras abundantes;
j) Espécies indicadoras:
j.1) Floresta Ombrófila Densa:Pteridium aquilium (Samambaia- das-Taperas), e as hemicriptófitas Melinis minutiflora (Capim-gordura) e Andropogon bicornis (capim-andaime ou capim-rabo-de-burro) cujas ervas são mais expressivas e invasoras na primeira fase de cobertura dos solos degradados, bem assim as tenófitas Biden pilosa (picão-preto) e Solidago microglossa (vara-de-foguete), Baccharis elaeagnoides (vassoura) e Baccharis dracunculifolia (Vassoura-braba),
II - Estágio médio de regeneração:
a) Área basal média 15 m2/ha; b) Fisionomia arbórea e arbustiva predominando sobre a herbácea podendo constituir estratos diferenciados; altura total média de até 12 metros; c) Cobertura arbórea variando de aberta a fechada, com ocorrência eventual de indivíduos emergentes; d) Distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com predomínio dos pequenos diâmetros: DAP médio de até 15 centímetros; e) Epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em relação ao estágio inicial, sendo
mais abundantes na floresta ombrófila; f) Trepadeiras, quando presentes, são predominantemente lenhosas;
g) Serapilheira presente, variando de espessura, de acordo com as
estações do ano e a localização; h) Diversidade biológica significativa; i) Subosque presente; j)
Espécies indicadoras: j.1) Floresta Ombrófila Densa:Rapanea Ferruginea (Capororoca), árvore de 7,00 a 15,00 metros de altura, associada a Dodonea viscosa (Vassoura-vermelha).
III - Estágio avançado de regeneração: a) Área basal média é de até 20,00 m2/ha;
b) Fisionomia arbórea dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores emergentes; altura total média de até 20 metros; c) Espécies emergentes ocorrendo com diferentes graus de intensidade; d) Copas superiores horizontalmente amplas; e) Epífitas presentes em grande número de espécies e com grande abundância, principalmente na floresta ombrófila; f) Distribuição diamétrica de grande amplitude: DAP médio de até 25 centímetros; g) Trepadeiras geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em espécies na floresta estacional; h) Serapilheira abundante; i) Diversidade
biológica muito grande devido à complexidade estrutural; j) Estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo; k) Fisionomia semelhante à vegetação primária; l) Subosque normalmente menos expressivo do que no estágio médio; m) Dependendo da formação florestal pode haver espécies dominantes;
n) Espécies indicadoras:
n.1) Floresta Ombrófila Densa:Miconia cinnamomifolia, (Jacatirão-açu), árvore de 15 a 20 metros de altura, formando agrupamentos bastante densos, com copas arredondadas e folhagem verde oliva, sendo seu limite austral a região de Tubarão, Psychotria longipes (Caxeta), Cecropia adenopus (Embaúba), que formarão os primeiros elementos da vegetação secundária, começando a aparecer Euterpe edulis (palmiteiro), Schizolobium parahiba (Guapuruvu), Bathiza meridionalis (Macuqueiro), Piptadenia gonoacantha (pau-jacaré) e Hieronyma alchorneoides (licurana), Hieronyma alchorneoides (licurana) começa a substituir a Miconia cinnamomifolia (Jacutirão-açu), aparecendo també Alchornea triplinervia (Tanheiro), Nectandra leucothyrsus (Canela-branca), Ocotea catharinensis (Canela-preta), Euterpe-edulis (Palmiteiro), Talauma ovata (Baguaçu), Chrysophylum viride (Aguai) e Aspidosperma olivaceum (peroba-vermelha), entre outras.
Art. 4º A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação definidos no artigo 3o. e os parâmetros de DAP médio, altura média e área basal média do artigo 1o. desta Resolução, não são aplicáveis para manguezais e restingas.
Parágrafo Único. As restingas serão objeto de regulamentação específica.
Art. 5º Os parâmetros desta Resolução, exceto mangue e restinga, são válidos para todas formações florestais existentes no território do Estado de Santa Catarina (Decreto 750/93); os demais parâmetros podem apresentar diferenciações em função das condições de relevo, clima e solos locais; e do histórico do uso da terra. Da mesma forma, estes fatores podem determinar a não ocorrência de uma ou mais espécies indicadoras, citadas no artigo 3º, o que não descaracteriza, entretanto, o seu estágio sucessional.
Conclusões
• Pesquisas básicas e aplicadas em restauração de áreas
degradadas têm tido grande avanços;
• Inciativas como essas, adotada pela ALCOA, são exemplos que
devem ser perseguidos pela iniciativa privada;
• Projetos institucionais precisam ser desenvolvidos em muitas
regiões de Santa Catarina, com técnicas mais comuns;
• Já existem vários viveiros com alta diversidade de espécies e
com boa qualidade das sementes;
• Existem muitos projetos com uso de espécies nativas:
o Seqüestro de CO
2;
o Safs;
Bibliografia consultada:
BERTONI, J.E. et al. Composição florística de uma floresta ripária na Reserva Estadual de Porto Ferreira, SP. Acta Bot. Brás. 1(1):17-26, 1987.
KAGEYAMA, P.Y. Revegetação de matas ciliares e de proteção ambiental. Gov. Est. São Paulo, Fundação Florestal. 1993.
KAGEYAMA, P.Y. et al. Recursos Florestais em Propriedades Agrícolas. Restauração de Matas Ciliares. Depart. Ciências Florestais, ESALQ, LCF581, 2004.
RIBEIRO, J. F. SANO, S. M.; MACEDO, J.; SILVA, J.A. Os principais tipos fitofisionômicos da região dos cerrados. Boletim de Pesquisa Embrapa/CPAC, n.21, p.1-28, 1983.
SANTOS, L. B. dos. Floresta de Galeria. In: Tipos e Aspectos do Brasil 10ª ed. RJ, Fund. Inst. Bras. Geog. Estat. (IBGE), p.484, 1975.