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I Habilidades Pediátricas Alimentação no primeiro ano de vida I Thiago Almeida Hurtado 1) Introdução Alimentar Nos dois primeiros anos de vida,

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Academic year: 2021

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1) Introdução Alimentar

• Nos dois primeiros anos de vida, evitar alimentos associados à anemia, excesso de peso e alergias alimentares, como: açúcar, café, achocolatados, manteiga...

• O mel é contraindicado no primeiro ano de vida, devido ao risco de causar botulismo.

• Oferecer água (mais limpa possível) entre o intervalo das refeições.

• Os alimentos devem ser triturados gradativamente, até que seja servida a mesma comida da família (nunca bater no

liquidificador)

• A partir dos 06 meses: introduzir outros alimentos, pois o leite materno sozinho não é capaz de sustentar o crescimento do bebê. O leite materno deve ser mantido até os 02 anos de idade.

o Ex: oferecer um suco de fruta ou fruta íntegra (rica em vitamina A – banana, ou C – laranja, pois auxiliam na absorção do ferro contido em outros alimentos).

• A OMS estabeleceu dez passos para alimentação saudável

o Passo 01: dar leite materno exclusivo até os 06 meses de idade

o Passo 02: a partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

▪ O leite deve ser mantido pois continua alimentando a criança e a protege contra doenças. o Passo 03: a partir dos seis meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia ou cinco vezes

ao dia caso desmamada

▪ Três refeições: manhã, almoço, jantar

▪ Cinco refeições: manhã, lanche, almoço, lanche, jantar

▪ No segundo ano de vida, todas as crianças devem receber cinco refeições. ▪ Algumas crianças precisam de estímulo para comer (nunca serem forçadas) o Passo 04: alimentação complementar conforme a vontade da criança

▪ Estimula o controle entre apetite-saciedade da criança

▪ Não insistir em dar alimentos quando o bebê está sem fome (distinguir desconforto de fome)

o Passo 05: oferecer uma alimentação espessa e de consistência pastosa no início (papas/purês), gradativamente chegando à consistência da alimentação familiar a partir dos 08 meses.

▪ Evitar o uso de mamadeiras, pois a mesma pode atrapalhar a amamentação e é fonte de infecção.

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o Passo 06: oferecer a criança diferentes alimentos durante o dia (colorida)

▪ Garante a quantidade de ferro e vitaminas para manter saúde e crescimento adequados ▪ É necessário oferecer um mesmo alimento diversas vezes para a criança aceitar esse,

devendo ser oferecidos separadamente, para a criança aprender a identificar suas cores e sabores.

o Passo 07: estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições

o Passo 08: evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos; usar sal com moderação.

o Passo 09: cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir seu armazenamento e conservação adequados.

▪ Nunca oferecer restos de refeição (inclusive das que recusou)

o Passo 10: estimular a alimentação em crianças doente e convalescente, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação

▪ No período de convalescença a criança apresenta mais apetite, portanto, pelo menos mais uma refeição deve ser acrescentada.

▪ Crianças doentes apresentam, em geral, um apetite reduzido.

2) Crescimento e desenvolvimento a) Crescimento

• Crescimento: expressado pelo aumento de tamanho corporal, influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e ambientais (saúde, higiene, habitação, cuidados gerais...)

• O acompanhamento sistemático do crescimento permite a identificação de crianças com maior risco de morbimortalidade. Permitem tratamento para sub ou sobrealimentação.

• O melhor método de acompanhamento do crescimento é o registro periódico de: peso, estatura e IMC na caderneta da Saúde da Criança (curvas de crescimento). Na cardeneta da criança, consta:

o Perímetro cefálico o Peso para a idade

▪ Nasce com 3000g

▪ Perde 10% na primeira semana

▪ Recupera peso nascimento com 10 dias o Comprimento/estatura para a idade

▪ Nasce 50 cm homem e 49 mulher o IMC para a idade

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• Como lidar com crianças com desvio de crescimento?

o Sobrepeso/Obesidade: verificar existência de erros alimentares, atividades de lazer, realizar avaliação clínica

o Baixo peso para a idade

▪ Menores de 02 anos → investigar desmame, orientar alimentação complementar adequada, orientar retorno em 15 dias.

▪ Maiores de 02 anos → investigar infecções, alimentação, afeto, higiene, cuidados familiares, orientar retorno em 15 dias

o Peso muito baixo para idade: verificar desmame (<02 anos) e intercorrências infecciosas • Curvas → score z e percentil

o Socre z: distribuição normal (curva de gauss – média, mediana e moda da população) o Percentil: coloca paciente “em fila” e vê quantos % equivale o peso da criança • Peso → melhor marcador de desnutrição aguda (altura é crônica)

• Avaliação da desnutrição:

o Valor do peso ou estatura/p50 ou z0 (porcentagem da mediana) ▪ Aanálise na classificação de Waterlow ou Goméz

b) Desenvolvimento

• Desenvolvimento: conceito amplo que se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva que inclui, além do crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psico-sociais.

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• O desenvolvimento de uma criança depende de sua interação com o meio social (família, rede social de proteção). O vínculo afetivo durante os primeiros dois anos de idade é essencial para esse processo. Nos anos pré-escolares, a escola apresenta um papel central nesse processo (desenvolvimento moral,

autocontrole...) • Fatores de risco:

o Ausencia de pre natal o Intercorrencias o Baixo peso ao nascer o Imaturidade

• No RN:

o Tônus flexor

o Hipotonia paravertebral o Movimentos reflexos

o Reflexos primitivos (maioria some até os 06 meses)

▪ Reflexo de marcha: 0 a 2 meses de vida (suspende o mlq – “anda”)

▪ Reflexo de colocação das pernas (placing): 0 aos 2 meses (suspende o mlq e toca o pé na borda da mesa)

▪ Tônico cervical assimétrico (magnus-klein): 0 aos 4 meses (vira a cabeça à 90º para um dos lados → membro ipsilateral faz uma extensão)

▪ Succção: 0 aos 5 meses (introduz o dedo entre os lábios)

▪ Reflexo da busca: 0 aos 2 meses (estímulo leve nas comissuras)

▪ Reflexo de Moro: 0 aos 6 meses (queda súbita da cabeça ou tapinha na barriga → abduz membros superiores e depois faz a adução)

▪ Preensão palmar: 0 aos 4 meses ▪ Preensão plantar: 0 aos 11 meses

• O desenvolvimento ocorre em uma sequência crânio-caudal e próximo-distal!

• O acompanhamento do desenvolvimento infantil objetiva sua promoção, proteção e detecção precoce de alterações passíveis de modificações que possam repercutir em sua vida futura. A criança deve obedecer a uma sequência regular nos estágios de desenvolvimento, devendo ser estimulada para superar

eventuais atrasos.

• Os marcos do desenvolvimento são orientações para pais e médicos para detectarmos atrasos e tomarmos medidas. Podem sofrer leves variações de acordo com o estímulo.

o 02 meses: segue o objeto por 180º, presta atenção, sorri reflexo, consegue levantar a cabeça de bruços, faz “barulhos”

o 04 meses: sorri espontaneamente, ri alto, balbucia, equilibra bem a cabeça, consegue pegar objeto com a mão

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o 06 meses de vida: senta com apoio, consegue transferir objetos entre as mãos, faz preensão palmar, consegue fazer “baba, lala”.

o 09 meses: bebe engatinha, consegue sentar sozinho, consegue ficar de pé, consegue fazer pinça, consegue apontar para o que ela quer, tem medo de estranhos!

o 01 ano: caminha com ou sem apoio, consegue passar objetos o 18 meses (1,5 anos): consegue correr ou sobe degraus baixos

o 02 anos de vida: já é uma “criança criada”, conseguem formar frases simples, conseguem ouvir histórias e copiar o que os outros fazem

• Os quadros ilustram aspectos do desenvolvimento em crianças de 0 a 10 anos

• Os fatores de risco para problemas de desenvolvimento podem ser classificados em genéticos (síndrome de Down), biológicos (prematuridade, hipóxia neonatal, meningites) ou ambientais (fatores familiares, de ambiente físico, fatores sociais). O baixo peso ao nascer e a prematuridade são eventos que aumentam o risco da criança para alterações globais em seu desenvolvimento (tais como: distúrbios de linguagem, de motricidade, de aprendizagem e atraso neuropsicomotor), podendo, contudo, evoluir durante os primeiros dois anos de vida para padrões de normalidade na maioria dos casos. No entanto, as maiores taxas de deficiência ocorrem nas menores faixas de peso e idade gestacional, tendo correlação com a incidência de complicações no período neonatal

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• Os distúrbios de desenvolvimento se enquadram em três categorias principais:

o Mental: estado de redução notável do funcionamento intelectual, associado a limitações na

comunicação, cuidados pessoais, atividades da vida diária,

habilidades sociais, autonomia, lazer e trabalho.

o Relacional: distúrbios na interação social e comunicação (autismo)

o Motor: auto-explicativos, costumam ser os diagnosticados com maior facilidade.

• O tratamento de uma criança com distúrbio de desenvolvimento é individualizado e extremamente complexo. Entretanto, em todos os casos deve ser feito a orientação dos pais para estímulo de seu filho.

Referências

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