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MAIS SAUDÁVEIS COMO DISTINGUIR OS ALIMENTOS ...OU ESTA?

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(1)

COMO

DISTINGUIR

OS

ALIMENTOS

MAIS

SAUDÁVEIS

E

MELHOR

ESTA

MACA...

...OU

ESTA?

Parecem iguais,

mas a da

esquerda

tem

mais

vitamina

C

e

antioxidantes

que podem

ajudar

a

prevenir

a

diabetes,

doenças

do

coração

e cancro.

A

SÁBADO

revela todas

as

conclusões

dos

estudos

mais recentes

que comparam

comida

biológica

e

convencional

(2)

SAÚDE.

VEJA A

COMPARAÇÃO

PRODUTO

A

PRODUTO

O

QUE

ESTÁ

DENTRO

DOS

AUMENTOS

A escolha

entre

duas

maçãs quase

iguais

pode

significar

a

diferença

entre

prevenir doenças

cardiovasculares,

diabetes, demência

e

cancro-ou

não.

Descubra

tudo

o

que

se

sabe hoje

sobre

a

comida

biológica

:

os

números,

as

dúvidas

e

as

certezas.

Por

Joana

Stichini

Vilela

Imagine

duas maçãs: uma épequena,

depele baça, áspera erugosa; aoutra

brilha

e

tem uma

forma perfeita. Qual

será mais nutritiva? Se a

primeira

for biológica easegunda tiver sido produ-zidadeforma convencional, há poucas dú-vidas

-

aprimeira. Estudos recentes da Uni-versidade deVarsóvia, naPolónia,

concluí-ram

que

as maçãs

biológicas

têm

quantidades

muito

superiores de

substân-cias com acção antioxidante. Isto é,que

po-dem

ajudar aprevenir adiabetes, as

doen-çascardiovasculares, ademência e

sobretu-do certos tipos de cancro.

De forma geral, os níveis mais elevados

deantioxidantes ede

vitamina

C,queé

im-portante

para osistema

imunitário,

sãoas

duas grandes tendências positivas encon-tradas pelos cientistas nos frutos e

produ-tos hortícolas biológicos, como o

tomate,

o

kiwi,

opêssego e o

pimento

vermelho.

Em 2007,

pela

primeira

vez,

um

estudo holandês

provou

que há vantagens para a

saúde

no consumo

de

alimentos

biológi-cos, ao concluir que nas crianças

alimen-tadas com

produtos

lácteos

biológicos,

e

cujas mães

também consomem

produtos

Há menos

36%

de

casos

de

eczema

em

crianças

que

usam

produtos

lácteos biológicos

lácteos biológicos,

menos

36%

de

ca-sos de eczema (lesão da

pele).

Ao mesmo

tempo,

ede acordo com os

especialistas, preocupações ambientais e

vários escândalos alimentares

diminuíram

aconfiança dos consumidores nos

produ-tos convencionais. Em Portugal, o sector

daagricultura biológica

aumenta

cerca de

34% por

ano. Em Agosto,

um

estudo da Faculdade de Ciências Médicas da

Univer-sidade Nova de Lisboa revelou que quase

metade

das mães de crianças

entre

1 e 5

anos do

distrito

de Lisboa já

usaram

ali-mentos

biológicos na alimentação dos

fi-lhos

-

uma em cada 10

fá-lo

to-dos os dias. Quase todas

(90%)

justificam

aescolha com os "be-nefícios para asaúde".

Aarquitecta Livia Tirone, de47 anos, com

uma filha

de 20 anos e

um filho

de 17, acompanha esta

tendência.

Todos os

fins-de-semana

faz compras na cooperativa deprodutos

bioló-gicos Biocoop, no Prior Velho, perto de

Lis-boa.

quase 30anos queaalimentação é

uma

das suasprincipais preocupações.

"Ti-nha muitos

problemas de saúde que

ne-nhum

médico sabia explicar, principalmen-te alergias", conta. Recorreu, então, a espe- ?

(3)

Quase metade das mães decrianças entre

1e 5 anos, dodistrito de Lisboa, jáusaram alimentos biológicos na alimentação dosfilhos

(4)

h

Tematé97%mais flavonóides,

substâncias com acção antioxidante que

ajudam aprevenir doenças cardiovas-culares. Podem proteger de certos tipos de cancro, sobretudo seassociados

àvitamina C,aos betacarotenos

eao licopeno.

m

Tem mais vitamina C,que contri-bui para absorver oferro dos alimentos.

h

Tem mais betacarotenos, uma das

formas deobter vitamina A, boa para

os olhos, para apele epara asmucosas.

§¦

Tem mais licopeno, um poderoso anticancerígeno encontrado em

gran-desquantidades notomate maduro.

§¦

Tem mais glicoalcalóides. Em doses muito elevadas podem causar

envenenamento edanos nos sistemas nervoso central edigestivo.

0

tomate

verde contém 43vezes mais glico-alcalóides do que o maduro

-

onde

osteores desta substância são quase residuais.

¦i

Tem mais 60%deácido linoléico conjugado (CLA), associado aumaacção anticancerígena, aomenor risco de doença cardiovascular edediabetes tipo 2, e aoaumento da função imunitária.

¦

Tem mais 39% deácido alfa lino léico. Em conjunto com o CLA, contraria

osefeitos negativos dos ácidos gordos saturados {entre 60e70%da gordura do leite): aumento do risco de obesida-de, de doença cardiovascular, de pré--diabetes e desíndrome metabólica.

h

Tem mais 33% de carotenóides,

essenciais para aformação de

vitami-na A, benéfica para os olhos, para

apele eparaasmucosas.

¦

Tem mais 33% de alfa-tocoferol, uma forma devitamina E,um

antioxidante bom paraos olhos.

{Estesresultados só severificam no período emquea

vacaestá na pastagem. Quando está confinada, as dife-rençasentreos doismodos de produção desaparecem.)

Tem mais ácidos gordos saturados.

? dalistas emterapias naturais. A solução foi

mudar dedieta. Resultou.

"Nós sabemos que muitas toxinas vèm domeio que nos rodeia. Como mãe

cons-ciente, ao gerir acasa, cabe-me minimizar

o risco dessas toxinas entrarem em contac-to connosco", argumenta. Osprodutos

bio-lógicos chegam apenas paraaprimeira me-tade dasemana, depois recorre aomercado

local: "É impossível consumir apenas bio-lógico. Hápoucos pontos onde podemos abastecer-nos." Gasta mais dinheiro, mas diz que compensa: "Tudo aquilo que in-vestimos em prevenção aonível da nossa

saúde sópode sair barato." Eainda diz que éraro alguém ficar doente lá em casa.

MAS A CONVICÇÃO deLívia, ede cada vez mais consumidores, ainda não éuma

cer-teza científica. Mesmo considerando os vá-rios relatos demédicos edeoutros espe-cialistas que hádécadas associam o

consu-mo de produtos biológicos à cura de

doenças como o cancro. "Não háprovas de

quesecure ocancro com determinado ali-mento. As curas acontecem porum acumu-lardetratamentos", afirma Paula Ravasco,

autora do livro Alimentação para oDoente Oncológico. Acientista admite, no entanto, queseum produto biológico for mais rico

em termos nutricionais poderá ser

benéfi-co, não sóquando se seestá doente, masem qualquer situação.

0

problema équenão há provas

definiti-vas dequeosprodutos biológicos sejam

nu-tricionalmente vantajosos, avança Pedro Gra-ça,professor da Faculdade de Ciências da Nutrição edaAlimentação daUniversidade

(5)

doPorto. Onúmero detrabalhos científicos

ainda éreduzido emuitos apresentam

re-sultados contraditórios

-

como sepode ver emdois estudos sobre abatata realizados na Polónia enaSuécia. Em 1998,oprimeiro

tra-balho concluía que os níveis devitamina C

eram idênticos nos modos deprodução bio-lógico

-

com limites rigorosos emrelação aouso de pesticidas edefertilizantes

sinté-ticos, bem como deantibióticos e de

aditi-vos alimentares, que proíbe o uso de

orga-nismos geneticamente modificados e

privi-legia obem-estar animal

-

enoconvencional. Sete anos depois, o segundo demonstrava que asbatatas biológicas continham

maio-resquantidades destavitamina, que ajuda a

prevenir gripes einfecções. "Não há provas dequesecure o cancro com determinado alimento", defende acientista Paula Ravasco

ÀS VEZES, O PROBLEMA está na

própria

metodologia. "Da qualidade do solo ao

es-tado de maturação, passando pela

forma

como foi

colhido,

uma variedade

tão grande defactores que afectam a

compo-sição

final nutricional

do

alimento

que acredito que acabem

por influenciar

tam-bém

os resultados finais dos estudos",

ex-plica Pedro Graça.

Além

disso, para fazer

um

estudo conclusivo,

continua,

"tería-mos deter dois grupos populacionais com características

muito

semelhantes, quesó

diferissem no consumo deprodutos bio-lógicos ou convencionais

-

oque é

muito

difícil

deencontrar".

Por enquanto, ainda só se estão afazer comparações em relação a substâncias

es-pecíficas de cada

um

dos alimentos. "É

mui-to pouco para saber sevale apena

consu-mi-los", defende Pedro Graça. Depois,

mes-mo que um produto

biológico

tenha

maiores quantidades dedeterminado

nu-triente, épreciso perceber que impacto terá

essadiferença nasaúde.

Foi oque aconteceu em Abril, quando o

coordenador do

maior

projecto de

investi-gação desempre nesta área, o

Quality

Low Impact Food, apresentou os resultados de

um

estudo comparativo sobre oleite.

Car-io

Leifert,

professor

da Universidade

de Newcastle,

em

Inglaterra, concluiu que o

leite biológico

contém mais

39%

de

um

tipo

de ácido gordo ómega 3decadeia

cur-ta,que ocorpo

humano

transforma em

ca-deia longa (e são os de cadeia

longa

que

ajudam

acombater oenvelhecimento neu-

?

h

Tem mais vitamina E.Protege

ostecidos dos danos causados pela oxidação. Importante naformação

de glóbulos vermelhos.

H

Tem mais

20%

de proteína. Cerca

de

4/5

são glúten, uma alternativa à

proteína animal muito procurada pelos vegetarianos, mas que não étolerada

por1%da população que sofre de

doença celíaca.

H

Tem mais forca (qualidade decerta

farinha valorizada na produção de pão).

HAMBÚRGUER

DEVACA PRODUÇÃO EXTENSIVA

¦

Tem 10 vezes mais betacaroteno

eentre 2,5 e

4,5

vezes mais vitamina

E,duas substâncias com acção antio-xidante.

h

Tem mais

60%

de ómega 3, áci-dos gordos com acção

anti-inflamató-ria eque ajudam aprevenir doenças

coronárias.

m

Tem duas a três vezes mais ácido

linoléico conjugado (CLA). Ajuda aprevenir a arteriosclerose ecertos tipos de cancro.

HAMBÚRGUER

DEVACA PRODUÇÃO CONVENCIONAL

¦i

Tem carne mais

tenra

por ter mais

gordura.

h

Tem mais flavonóides, incluindo

aquercitina, uma substância com ac-ção antioxidante (anticancerígena) cin-covezes superior àdasvitaminas CeE.

H

Tem mais vestígios de pesticidas.

Éum dos alimentos mais

contamina-dos da União Europeia, com resíduos em 46% dasamostras analisadas.

¦i

Tem mais 14%devitamina C, cujo

consumo em frutos frescos reduz os

sin-tomas respiratórios associados àasma.

h

Tem mais 17%de polifenóis, subs-tâncias com acção antioxidante que podem ajudar aprevenir o cancro.

h

Tem maior quantidade de

mine-rais, incluindo cálcio epotássio

-

impor-tantes para evitar cãibras musculares.

KIWI

CONVENCIONAL

h

Tem maior firmeza edimensão.

Pele mais fina. Quantidade de açúcar igual.

(6)

H

Tematémais 45%deflavonóides e cinco vezes mais de antocianina, ambos antioxidantes. Podem ajudar aprevenir

adiabetes, doenças cardiovasculares,

ademência e, sobretudo, o cancro.

m

Tematémais 67%devitamina

C.Para além da acção antioxidante, aumenta aimunidade.

m

Tematémais 47%de acção antio-xidante no puré de maçã. Este efeito di-minui quase 30%com a pasteurização.

m

Nãotem qualquer vantagem

sobre asmaçãs biológicas.

SALMÃO SELVAGEM

m

Temdoses mais reduzidas de subs-tâncias tóxicas como antibióticos, pestici-das e poluentes orgânicos persistentes.

SALMÃO AQUACULTURA

H

Tem mais ómega 3de cadeia lon-ga. Estes ácidos gordos diminuem o ris-code doença coronária, são

anti-infla-matórios e, no caso dasgrávidas, têm

um papel importante no

desenvolvi-mento docérebro edos olhos dofeto.

m

Tem maissubstâncias

carcinogéni-casou neurotóxicas como os PCB, os PBDE eas dioxinas. Alguns investigado-resrecomendam que seja evitado pelas grávidas epelas mulheres a

amamen-tar: existe o perigo de afectar o desen-volvimento dosistema nervoso do bebé, diminuindo-lhe ocoeficiente de inteli-gência e acapacidade de concentração.

?rológico, asdoenças cardíacas, adiabetes,

ahipertensão evários tipos decancro).

0

único senão éque para obter osbenefícios equivalentes aos deumasódose desalmão (um dos melhores fornecedores decadeia

longa) teríamos debeber nada menos que

100 litros deleite, alertou aFood Standards Agency (órgão responsável pela segurança alimentar no Reino Unido).

Por outro lado, também apartir do valor

nutridonal doleite, omesmo Quality Low Impact Food chegou auma conclusão

im-portante: muito mais relevante que omodo deprodução biológico é ofacto

de as vacas serem criadas na pastagem. Ao longo dos

últi-mos quatro anos, este projecto

europeu tem-se dedicado a

de-terminar aque sedevem as va-riações encontradas nos vários

estudos comparativos. "Seem médiaos

re-sultados dosbiológicos sãoclaramente

su-periores, os piores dos biológicos sobre-põem-se aosmelhores dos convencionais", explicou Leifert àSÁBADO, por telefone.

COMO LEITE, OS INVESTIGADORES condu-ziram ensaios científicos simultâneos em Inglaterra, País de Gales, Suécia,

Dinamar-caeItália. Além dos járeferidos níveis mais

elevados de ácido alfa-linoléico, oleite

bio-lógico revelou mais 60%de CLA,uma

gor-dura insaturada que poderá ajudar aevitar

o cancro, areduzir o risco de diabetes tipo

2 edoenças cardiovasculares eaaumentar

afunção imunitária; mais 33%deuma

subs-tância essencial paraasíntese davitamina

A,queéboa paraosolhos, pele emucosas;

emais 33% deuma forma devitamina E,

importante naregeneração das células. Mas

estes resultados surgem apenas na altura

do ano em que as vacas sealimentavam na

pastagem. Ouseja,oconflnamento dos

ani-maise aalimentação àbase deconcentrado, mesmo que biológico, parecem reduzir a

qualidade.

Jáem 1998, umgrupo detrabalho

espa-nhol deduzira que aquantidade deómega

3 edevitamina Enos ovos aumentava

quan-doasgalinhas podiam alimentar-se no cam-po. "O termo biológico não vale por sisó",

comenta Cario Leifert. "Os regulamentos

eu-Regra

geral,

o consumidor

não

tem

acesso

a pormenores

sobre a

criação dos

animais

ropeus nãoobrigam aquesedé aos frangos acesso aforragem fresca. Biológico pode

si-gnificar uma liberdade mínima num celeiro

com acesso muito reduzido ao exterior ou, nos sistemas mesmo bons, acesso a forra-gemfresca, pastagem eíndices muito eleva-dos debem-estar animal. Enquanto

consu-midor escolheria sempre este último."

Mas não éassim tão simples. Regra

ge-ral,oconsumidor não temacesso a

porme-nores sobre acriação dos animais. Além dis-Conceição Calhau coordena um grupo de investigadores desta área, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

(7)

so, mais de metade desconhece as

verda-deiras implicações da palavra "biológico", como concluiu

um

inquérito realizado em 2008 no

âmbito

do projecto Extensity, para promoção de sustentabilidade na agricul-tura. "As pessoas

têm

a percepção deque o

vitelo biológico andou na pastagem toda a

vida, mas oregulamento sóexige que este-jano estábulo ou algo equivalente durante

um máximo

de

20%

da sua vida", explica Tiago

Domingues,

o gestor da

iniciativa,

professor do

Instituto

Superior Técnico.

ENTRE OUTRAS IDEIAS erradas,

60%

dos

consumidores acredita que estes animais não

tomam

antibióticos (o uso é

permiti-do, embora sujeito a

um

período de

segu-rança mais

prolongado)

e

61%

pensa que

só se

alimentam

de

forragem (na

verdade,

podem consumir

concentrado

durante

o

período de

confinamento

eaté

-

embora em porções pequenas

-

enquanto estão na pastagem;

uma parte reduzida

da ração pode não serbiológica).

Apesar de a

norma desenvolvida

pelo projecto Extensity nãoserestritamente bio-lógica, cerca de

um

terço dos produtores aderentes praticam este tipo de agricultu-ra. "É aFórmula 1 daalimentação,

um

de-safio tecnicamente

muito

grande", consi-dera Tiago Domingues. "Penso que

nun-cavairepresentar mais doque uma

minoria

de agricultores, de área e de

consumido-res, porque écara."

Um

dos "problemas graves" de que se

queixam osagricultores biológicos, acres-centa oinvestigador, équeoscontrolos não

são exigentes. "Os [produtores] sérios

fi-cam

em

desvantagem, porque osmenos ri-gorosos fazem oque quiserem, recebem os

mesmos subsídios enão estão sujeitos às

mesmas exigências", lamenta.

O

Ministério

daAgricultura garante que, depois de receberem acertificação, os ali-mentos biológicos sãotãoverificados como

os convencionais. Em

2006,

para

um

total

de1468 operadores, realizaram-se

2207

vi-sitas decontrolo. No entanto, apenas

9,5%

não foram anunciadas.

A

partir de Janeiro,

todos osprodutos certificados passam ater

de mostrar o

logotipo

daUnião Europeia

(uma

espiga verde sobre

um fundo

azul). Outros símbolos, como aJoaninha ou o

Portugal Bio, sãofacultativos. De resto,

de-"Os piores produtos biológicos sobrepõem-se aos melhores convencionais", defende o cientista Carlos Leifert

H

Tem odobro da vitamina C,

boa para reforçar aimunidade.

h

Tem

até

mais

80%

de luteína, um carotenóide relacionado por alguns in-vestigadores aum menor risco de

dege-nerescência da mácula (parte da retina)

e de cegueira.

h

Emalgumas variedades tem mais flavonóides, associados auma redução

no risco de cancro do rim.

h

Tem mais vestígios de pesticidas.

Éum dos alimentos mais contaminados da União Europeia, com resíduos em 46%

das amostras analisadas.

BATATA BIOLÓGICA

¦i

Tem mais fósforo, que ajuda a

liber-tar aenergia da comida que ingerimos.

¦i

Tem mais cálcio, essencial para

ter dentes eossos fortes.

h

Tem mais magnésio, importante

para os ossos e para transformar a

comida em energia.

ma Tem mais cobre, que facilita a pro-dução de glóbulos brancos evermelhos.

m

Tem mais ácido cloragénico, um elemento com acção antioxidante.

Pode ajudar a reduzir a incidência de arteriosclerose e de alguns tipos de cancro.

BATATA CONVENCIONAL

¦i

Tem mais carotenóides, pigmentos

essenciais para aformação da vitamina

A, boa para a pele e para aumentar aresistência ainfecções.

h

Tem mais nitritos, embora dentro

dos limites permitidos. Em quantidades muito elevadas, tornam-se tóxicos e

podem ser cancerígenos.

h

Têm mais flavonóides, compostos com acção antioxidante (pode ajudar a

prevenir oenvelhecimento, certos tipos

de cancro, arteriosclerose, doenças cardiovasculares eneurodegenerativas)

eanti-inflamatória.

BRÓCOLOS CONVENCIONAIS

m

Não

têm

qualquer vantagem sobre

(8)

m

Tem mais cerca de47%de polrfe-nóis, substâncias com acção antioxidan-te que pode proantioxidan-teger de certos tipos de cancro.

§¦

Tem mais vitamina C,que, para

além do efeito antioxidante, aumenta

as defesas do organismo.

PÊSSEGO CONVENCIONAL

m

Temmais vitamina E,sob aforma

dealfa edegama-tocoferol. Com ou-tros antioxidantes, estas substâncias previnem adegenerescência da mácu-la(uma parte do olho) eprotegem

aretina dos danos provocados pelo

glaucoma

-

doenças que podem levar

àcegueira

ROBALO SELVAGEM

íb

Tem mais ácidos gordos saturados.

Em quantidades muito altas, podem aumentar os riscos deobesidade e de doença cardiovascular.

H

Tem maisácidos gordos polinsa turados. Protegem da doença coroná-ria etêm capacidade anti-inflamatória.

Tem proporção mais elevada de

ómega 3para ómega 6. Umarelação inversa muito acentuada contribui

para aumentar o risco de cancro da

próstata, damama, de doença cardíaca ededoenças auto-imunes. ROBALO AQUACULTURA

¦i

Temmaior risco deconter po-luentes orgânicos carcinogénicos, tais como osPCBs eo DDT.

ESPINAFRES BIOLÓGICOS

m

Têm até120%mais actividade antioxidante, relacionada com uma menor incidência de certos tipos de cancro edearteriosclerose.

H

Têm um teor mineral mais ele-vado: cálcio, bom para osossos e

para osdentes; ferro, necessário para

aformação de glóbulos vermelhos; magnésio, queajuda atransformar a

comida ingerida em energia; eácido fólico, muito importante durante a

gravidez para prevenir malformações

no feto, como aspina bífida.

ESPINAFRES CONVENCIONAIS

H

Nãotêmqualquer vantagem so-bre os espinafres biológicos.

?signações como "Ovos doMonte" ou "Ovos

do Quintal" são apenas marketing. Mas os agricultores não são os únicos a

questionar origor da fiscalização. Há15 anos que aempresária Isabel Flores, de 39anos,

consome produtos biológicos sem se

preo-cupar comoselo."Tenho muitas dúvidas so-breacertificação. Como é que eles têma cer-teza de queasquintas nãousam fertilizantes, nemsementes geneticamente modificadas ?"

DESDE

2006

QUE, "por uma questão de

bem-estar", todaafamíliaé vegetariana. Para

seabastecer das quantidades massivas de

frutas, vegetais elegumes que consomem

recorre a três ouquatro fornecedores dazona

de Caxias, onde vive. Chegaa gastar 500 eu-rospor mês.Osprodutos podem não sertão brilhantes, nem homogéneos como os das grandes superfícies, mas têmmais sabor e,

acredita aempresaria, mais vitaminas e ou-tros nutrientes. "São mais frescos. Não an-daram para aíarebolar", defende. "Etêm

menos pesticidas. Acho queaspessoas com quintas pequenas nãoinvestem tanto nisso." Oproblema équando esses mesmos pe-quenos produtores não sabem qual é a de-finição depesticida, explica Conceição

Ca-lhau, professora deToxicologia Alimentar

daFaculdade de Ciências daNutrição e Ali-mentação daUniversidade do Porto. "No mercado, na mercearia, puxo aconversa e

percebo queusaram, por exemplo, um

pro-duto para 'matar obicho'."

Hádois anos,umestudo norte-americano com crianças entre os 3 eos11 anos provou que aalimentação convencional éamaior fonte de exposição a pesticidas

organofosfo--0pesquisador Tiago Domingues acha queos

(9)

rados, quesãodosmais utilizados na

produ-çãoagrícola. Mostrou tambémque uma die-ta biológica reduz esses vestígios quase de imediato aníveis indetectáveis. Entretanto, em Outubro, umrelatório oficial da União Eu-ropeia revelou umnível recorde de contami nação nos produtos

convencio-nais: 49%dos frutos, vegetais e

cereais convencionais continham vestígios de pesticidas; quase5%

apresentavam concentrações

aci-madoslimites legais; e10%

mos-traram resíduos de quatro ou mais compostos. As uvas

-

que secomem com casca

-

eram asrecordistas, com 71%

dos exemplares contaminados, seguidas das

bananas (56%) edos pimentos (46%). "Mesmo que os valores sejam baixos,

nãodiria commuita segurança que não haja riscos paraasaúdehumana", diz Conceição

Aempresária Isabel Floresconsome produtos biológicos há15anos

Calhau. "[Outros pesticidas] sóforam

proi-bidos quando sepercebeu asuatoxicidade,

muito anos depois." A especialista refere-se, por exemplo, aoDDT,hojedefinido como alterador endócrino

-

ou seja,porter com-ponentes muito parecidas com hormonas, como oestrogéneo, vaiinterferir na função

hormonal dos seres humanos.

O DDTFOI BANIDO na década de 70 quan-dosechegou àconclusão de que podia pro-vocar certos tipos de cancro no ser humano.

Mesmoassim, este pesticida persiste no am-biente sob aforma de poluente orgânico

-como demonstra um estudo comparativo sobre o robalo da Ria de Aveiro realizado em 2003 peloInstituto das Pescas da

Investiga-ção edo Mar. Todos osexemplares

revela-ram concentrações deDDT,etambém de PCBs(outro poluente orgânico). Emrelação

A

alimentação

do

peixe

de cultura

é

à base

de

farinhas

com

poluentes

orgânicos

àsamostras selvagens, osanimais de

aqui-cultura chegam aconter níveis sete vezes mais elevados deDDTeotriplo dos PCBs.

Oproblema do peixe de cultura éque é

alimentado àbasede farinhas de peixe, que contêm quantidades muito mais concentra-dasde poluentes orgânicos do quea

gene-ralidade da faunamarítima. "Estes

compos-tos dificilmente são excretados esão arma-zenados no tecido adiposo. Àmedida que subimos na cadeia alimentar, a concentra-ção vai aumentando. Quando chega ao ser

humano, serácertamente muito superior à

encontrada nos solos ou na água", explica. Para além dos riscos de cancro ou de doença cardiovascular, asrestantes

impli-cações paraasaúde destes alteradores en-dócrinos ainda são desconhecidas. A tese mais recente ésurpreendente

-

ecomeçou agora a ser estudada na Faculdade de Me-dicina da Universidade do Porto. Ogrupo de investigadores coordenado por Concei-ção Calhau estáatentar avaliar o efeito des-tes compostos sobre otecido adiposo. Caso

seconfirme ahipótese, aexposição diáriaa

estes alteradores endócrinos poderá reve-lar ser mais umdos factores responsáveis pela obesidade.

m

Têm mais ómega 3,osácidos gordos relacionados com índices mais baixos de doenças cardiovasculares

ede certos cancros.

H

Têm níveis muito superiores de alfa-tocoferol, uma forma de vitamina

E:boa para asaúde dos olhos epara evitar adegradação dostecidos.

m

Têm mais ácido fólico,

recomenda-do àsgrávidas para prevenir

malforma-ções no sistema nervoso central dofeto.

m

Têmmaisvitamina 812, importan-te para aboa formação de glóbulos vermelhos.

m

Nãotêm qualquer vantagem sobre os ovos de produção extensiva

FRANGO BIOLÓGICO

¦¦

Tem mais alfa-tocoferol, uma forma de vitamina E:antioxidante,

benéfico para osolhos epara apele.

m

Tem mais ferro, importante para

osistema imunitário epara evitar

afadiga.

h

Tem mais ácidos gordos ómega 3; são anti-inflamatórios, favorecem

acirculação eestão associados

àprevenção de doenças coronárias.

FRANCO CONVENCIONAL

m

Tem maisácidos gordos ómega 3 eómega 6.

Referências

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